notícias de matosinhos nº34

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José Guilherme Aguiar António Parada Recebem galardão de mérito pelo apoio às colectividades Senhor de Matosinhos Um evento grandioso Director: Francisco Samuel Brandão | Distribuição gratuita | Mensal ISSN 1649-3639 pág. 06 e 07 pág. 09 Empresas | Grupos | Aniversários Rua do Progresso, 359/375 - Perafita Tel. 229 968 858 www.kartcentermatosinhos.com 96 900 06 17 Rua Almeiriga Norte 2242 4455 – 417 Perafita | Matosinhos T + 351 229 959 852 | F + 351 229 963 994 facebook.com/kartodromo.cabodomundo www.kartodromocabomundo.net Leça da Palmeira Matosinhos Rua Alfredo Cunha, 546 Matosinhos Tel. 229 381 131 * Por cada abastecimento igual ou superior a 40€ recebe 1 convite para frequentar durante 1 dia qualquer modalida- de, com acesso a sauna e banho turco. PONHA GASOLINA E VÁ AO GINÁSIO* Matosinhos está representado por obras significativas Alcino Soutinho pág. 02 e 03 Ano 3 | nº 34 Junho 2012 facebook.com/noticias.matosinhos

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Notícias de Matosinhos nº34

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Page 1: Notícias de Matosinhos nº34

JoséGuilhermeAguiar

AntónioParada

Recebem galardãode mérito pelo apoioàs colectividades

Senhor de MatosinhosUm evento grandioso

Director: Francisco Samuel Brandão | Distribuição gratuita | Mensal ISSN 1649-3639

pág. 06 e 07

pág. 09

Empresas | Grupos | Aniversários

Rua do Progresso, 359/375 - PerafitaTel. 229 968 858

www.kartcentermatosinhos.com

96 900 06 17

Rua Almeiriga Norte 2242

4455 – 417 Perafita | Matosinhos

T + 351 229 959 852 | F + 351 229 963 994

facebook.com/kartodromo.cabodomundo

www.kartodromocabomundo.net

Leça da Palmeira

Matosinhos

Rua Alfredo Cunha, 546MatosinhosTel. 229 381 131

*Por cada abastecimento igual ou superior a 40€ recebe 1 convite para frequentar durante 1 dia qualquer modalida-de, com acesso a sauna e banho turco.

PONHA GASOLINA E VÁ AO GINÁSIO*

Matosinhos estárepresentado por obras significativasAlcino Soutinho pág. 02 e 03

Ano 3 | nº 34Junho 2012 fa

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Page 2: Notícias de Matosinhos nº34

Biografia

Alcino Soutinho nasce em 1930 em Vila Nova de Gaia. Em 1957, termina a licenciatura na Escola de Belas Artes do Porto, rumando a Itália em 1961 como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Em 1973 inicia carreira de docente universitário na Escola de Belas Artes do Porto e depois na Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.Obteve em 1982 o prémio “Europa Nostra” (International Federation of the Protection of Europe’s Cultural and Natural Heritage) com o projecto da Pousada de S. Dinis em Vila Nova de Cerveira e em 1984 o prémio AICA (Associação Internacional de Críticos de Arte) com o projecto da Biblioteca Amadeu Souza Cardoso e o Edifício dos Paços de Concelho de Amarante.

“Matosinhos é uma cidade que está representada por obras significativas”

“Os Paços do Concelho foram a primeira obra pública representativa

realizada no pós 25 de Abril e como tal esse acontecimento conferiu-lhe uma

importância muito significativa…”

onsiderado pela crítica nacional e internacional como parte integrante da

“Escola do Porto”, é na década de 60 que Alcino Soutinho inicia uma carreira de sucesso marcada por viagens exaustivas por todo o mundo que fizeram do ecletismo a sua principal referência. Mas é com a obra dos novos Paços do Con-celho de Matosinhos, em 1987, que obtém o reconhecimento nacional e internacional.

NM - A realização do projecto dos Paços do Concelho torna-ram-no num símbolo de Mato-sinhos. É em Matosinhos, aliás, que outros dois grandes nomes da chamada “Escola do Porto”, Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, têm alguns dos seus projectos mais emblemá-ticos. Podemos dizer que Mato-sinhos é um símbolo da “Escola do Porto”? AS - Talvez não vá tão longe, face a esse repositório que fez, às in-tervenções de três arquitectos aliados à “Escola do Porto”. Ma-tosinhos é uma cidade que está representada por obras signifi-cativas no que respeita ao seu in-teresse público, embora existam obras de carácter privado, mas é nas obras de carácter público que tem maior relevância.

NM - O edifício dos Paços do Concelho sintetiza várias ten-dências e tem um valor simbóli-co. Fale-nos deste projecto.AS - A importância para além das opiniões sobre o valor ar-quitectónico que se possa ter, aquilo que importa referir é o seu significado, o seu valor se-mântico, que teve na época em que foi feito. Foi a primeira obra pública representativa realizada no pós 25 de Abril e como tal esse acontecimento conferiu-lhe uma

Cimportância muito significativa e até sob o ponto de vista mediático, onde contamos com a presença do Dr. Mário Soares, Presidente da República na altura.A própria configuração arquitec-tónica, todos os valores internos, todas as continuidades espaciais, a luz, estavam ligados a uma ideia de democraticidade.Por outro lado, durante anos a Associação dos Arquitectos pug-nava que os arquitectos deveriam colocar nas suas obras uma ta-buleta a identificar a sua autoria, no sentido de identificar a obra e coloca-la à crítica pública.Neste edifício, pela força mediá-tica que teve, apareceu a autoria.

NM – Em Maio decorreram as comemorações do sétimo ani-versário da Biblioteca Florbela Espanca. Fa-le-nos deste edifício tam-bém. AS - Quando foi feita a pro-posta para o projecto dos Paços do Concelho, era exigido fazer para todo o quarteirão, excepto onde está aque-le conjunto residencial. Fazia parte um projecto cívico-

-cultural ambicioso.Mas desse ambicioso projecto cultural restou apenas a biblio-teca e uma galeria de exposições, assim como um auditório.Relativamente ao projecto do auditório e ao museu, devido à situação económica actual nada mais se adiantou por considerar que a biblioteca era o elemento mais premente em termos de cidade. Quando fiz o edifício dos Paços

do Concelho, era meu objectivo que ele fosse pertença da rua, não fosse edifício com recuo majes-tático. Pretendi que dentro do princípio de democraticidade o edifício prosaicamente, indepen-dentemente da sua concepção arquitetónica, estivesse ligado à própria rua. Não ficou bem como eu pretendia. A ideia era ser uma rua com permissão para passa-gem automóvel, mas o presiden-te na altura optou por uma rua pedonal com a colocação de uns repuxos de água, os quais não me agradam.Aquando da concepção da biblio-teca, eu decidi que ela assentaria em cima de água, embora sem repuxos. Achei que seria interes-sante pois os espelhos de água só têm viabilidade quando estão perto do poder, porque noutro

sítio qualquer da cidade transformar-

-se-iam em cinzeiros gi-gantes. Hoje a obra está c o n c l u í d a tal como era pretendida. Mais do que impacto sob o ponto de vista público, aquilo que me deixou mais feliz foi

o facto de a biblioteca ter uma utilização efectivamente feliz!

NM - Nos anos 50 e 60 fez vá-rias viagens que o colocaram em contacto direto com diversas correntes…AS - Para conhecer a verdadeira arquitectura é necessário ir lá e é muito diferente uma pessoa ver as coisas representadas, apesar de não deixarem de ser úteis as revistas e os livros.Na fase final do meu curso estive

preso cerca de sete meses jun-tamente com outros jovens. Na sequência disso, não tive possibi-lidade de utilizar passaporte e só mais tarde é que comecei a viajar.Viagei exaustivamente para compensar o tempo que estive impedido. Entretanto, ganhei uma bolsa de estudo da Calouste Gulbenkian e vivi em Itália por-que o objectivo era fazer uma análise das realizações museo-lógicas que foram feitas na altura. Havia uma série de arquitectos por quem eu tinha uma grande admiração e que tinha estudado com algum interesse. Existia um grande número de edifícios com uma carga histórica significativa que haviam sido adaptados com intervenções modernas e então viagei desde o norte até à Sicília. Paralelamente a isso frequentei aulas no politécnico de Milão e na faculdade de arquitectura de Roma.

NM - O seu trabalho caracteriza--se pelo ecletismo. Qual é o fio condutor nas suas obras?AS - Para além da arquitectura moderna que vi e estudei, mas fundamentalmente a visita a toda a riqueza histórica que Itália ti-nha desde o renascimento à idade média, é necessário depois fazer a destrinça da carga histórica que isso tem e das razões que justi-ficaram a sua realização numa determinada época histórica e fazer o seu transporte para os conceitos actuais.Posteriormente fiz visitas em conjunto com outros colegas, aos Estados Unidos, Egipto, Turquia e à Síria, Jordânia, mas aí já foi claramente a observação da ar-quitectura moderna.Durante toda a minha vida es-tudantil tive grande admiração por Frank Lloyd Wright, que era um arquitecto americano que não servia muito de referência

Desde há uns anos que o vejo aparecer na comunicação social ligado às lides partidárias do PSD mas nunca pensei que chegasse tão longe e surpreendeu-me quando, ao lado de Passos Coelho – aliás onde sempre esteve – se alcandorou ao segundo lugar da hierarquia governativa.

Sempre o senti algo inseguro e impreparado para lidar com a pressão que a política exerce sobre os seus actores e tinha a sensação também de que, mais tarde ou mais cedo, era o tipo de personagem que iria pôr a “pata na poça”. E pôs!

O poder pode tornar o mais pacífico e comum dos mortais num pequeno tirano, centro do mundo e prenhe – julga - do poder absoluto, que passa por cima de tudo e todos não olhando a meios para atingir fins, quando à luz da harmonia em que as comunidades deveriam exercer as suas existên-cias, não passam de lunáticos. E temos uma enorme lista de exemplos de larga história.

A aparente mestria com que desenvolve o seu papel como “dono” do governo faz-me lembrar a mesma mestria do bailarino de tango argentino cujos passos bens sincroni-zados alvo de muito treino são prenúncio do sucesso junto de plateias. Mas, às vezes, por azar, há passos que correm mal, só que em espectáculos é tudo pacífico e tolerável ao contrário da política, em que um passo mal dado pode ditar o fim do autor.

De cima dos seus galões de tempo limitado, Miguel Relvas quis calar uma jornalista com a ameaça de publicação de pormenores da sua vida íntima ou privada, como forma de travar o desenvolvimento de notícias que a ele também di-ziam respeito. Correu mal porque, felizmente, a comunicação social, regra geral, já não se assusta com ameaças promovidas por quem está de passagem em funções que deveriam ser exemplares em matéria de transparência pública e que mais não são do que palcos para desfiles de vaidades e de defesa de interesses próprios.

Segundo os mais atentos às manobras da política, o braço direito da Passos Coelho já está a prazo no governo pela ati-tude intolerável que teve para com uma jornalista e as suas ligações às histórias das secretas que já o levaram a inquérito parlamentar donde não saiu com os melhores dos “ares”.O próximo passo será mesmo Passos mudar o passo ao dançarino não vá a audiência passar-se e o baile vir abaixo.

Francisco Samuel BrandãoEDITORIAL

porque a sua arquitectura é tão fortemente marcada que bastava colocarmos uma pequena coisa que diriam logo que se estaria a imitá-lo. Para mim, o Frank Lloyd Wright era mais uma espécie de figura do Planeta Marte, onde eu jamais iria por ser muito longe.

NM – Que mensagem deixa aos arquitectos que o tomam como exemplo?

AS - Costumo dizer aos meus alunos que o arquitecto tinha que ter uma função humanista, no sentido de compreender as pessoas, onde estava a claridade dos seus desejos.Eu critico muitas vezes jovens arquitectos que se julgam se-nhores do seu poder e muitas vezes determinam vidas atra-vés da sua arquitectura. Para mim, há uma coisa que é cen-

tral ao arquitecto: tem obriga-toriamente de criar condições de felicidade para as pessoas. Felicidade num sentido muito genérico, sejam elas edifícios públicos onde as pessoas de-ambulam para tratar dos seus assuntos.É necessário uma total compre-ensão, capacidade crítica, no sentido de vislumbrar onde está a razão ou não está.

ALCINO SOUTINHO

“[...] o arquitecto

tem que ter uma função

humanista”

NOTÍCIAS MATOSINHOS | GRANDE ENTREVISTA 0306.2012

Page 3: Notícias de Matosinhos nº34

Quem corre por gosto não cansaLuísa Miranda

Durante o fim-de-semana de 26/27 de Maio, o Banco

Alimentar recolheu em 1655 superfícies comerciais

2.644 toneladas de produtos alimentares com

a participação de 37000 voluntários, o que representou

um aumento em relação ao ano passado de 13,7%. Por todo

lado, incluindo telejornais, vi e ouvi glorificar o espírito

solidário do povo Português. É um facto indesmentível,

mas é só um lado da moeda. É também uma vergonha que

deveria fazer corar qualquer governante que tenha passado

pelo poder. Em Portugal, país europeu no século XXI, morre-se à

fome se a esmola não chegar a tempo. Seria algo assim que

os meios de comunicação deviam ter noticiado, para

que todo o mundo soubesse o que os mandantes deste

País, que se pavoneiam pelos salões internacionais,

fizeram da sua Pátria. Porque será que ninguém consegue

ver um governante com ar preocupado? Porque será que estão sempre a sorrir

para a objectiva? Começo a desconfiar que não é pose

mas sim satisfação verdadeira. Pudera; bom emprego,

exposição pública, muito poder, plantando aqui e além

favores para mais tarde serem recordados e pagos a peso

de ouro, transformando-os numa nova classe de ricos.

Como pode um mortal destes preocupar-se agora com essa

coisa da fome. Ele que até mandou a mulher dar dois sacos de arroz para lavar a

consciência.

Solidariedade sem direitos

é esmolaRui Viana Jorge

Este artigo não respeita o acordo ortográfico porque ele não se deu ao respeito

No passado dia 06 de Maio, o Stella Maris de Leixões celebrou numa cerimónia cheia de simbolismo e esplendor o dia da sua Padroeira Nossa Senhora Estrela do Mar, incluído nas festividades do seu 50º aniversário ao serviço da Obra do Apostolado do Mar.

Para esta cerimónia foram convidadas as autoridades civis, militares, instituições do concelho, amigos e antigos colaboradores da Casa, assim como a comunidade local. A iniciativa contou também com a presença dos actuais colaboradores e direcção.As cerimónias tiveram início na sexta-feira, dia 05, às 20,30 horas nas instalações do Stella Maris em Leça da Palmeira, onde foi rezado um terço pelo presidente da direcção, Padre Francisco Andrade Costa, que teve a acompanhá-lo um grupo de jovens da Paróquia de Leça da Palmeira, directores e colaboradores e outras pessoas da comunidade que se quiseram associar a esta celebração. No fim, com a casa aberta, foi feita uma visita guiada às instalações, em que todos os visitantes se mostraram muito interessados nas explicações que a Secretária Geral Maria Manuela Ló Ferreira lhes fez, realçando a importância do serviço e apoio que a Casa presta aos homens e mulheres que por mar demandam o Porto de Leixões, destacando a sua especificidade na Obra do Apostolado do Mar.No domingo, dia 06 de Maio, às 18,00 horas foi celebrada pelo presi-dente da direcção do Stella Maris, Padre Francisco Andrade Costa, coadjuvado pelo Padre Heitor, hoje já octogenário e que foi durante muitos anos capelão da Casa, uma missa solene que teve a presença do presidente Pedro Sousa e outros elementos da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, do capitão do Porto de Leixões, o Comandante Martins dos Santos, do representante dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos-Leça, Jorge Magalhães, instituições locais, amigos, antigos e actuais colaboradores da casa. Notou-se ainda a aderência interes-sada da comunidade local, que encheu a Matriz de Leça da Palmeira.A cerimónia foi iniciada com um cortejo solene no qual se incorpo-raram, após os acólitos que transportavam a cruz, os elementos da direcção do Stella Maris e as confrarias convidadas, que para além do simbolismo da sua presença deram um colorido festivo à celebração.Durante o serviço religioso interveio o director Lima Torres, que fez à assembleia uma resenha do historial dos 50 anos de existência do Stella Maris de Leixões, focada nos valores e percurso da Casa na Obra do Apostolado do Mar até aos dias de hoje, em que a sua missão maior é o acolhimento e apoio aos homens do mar, e que muitas vezes tem que se substituir às suas famílias distantes.Foi um dia bonito e com muito esplendor, este da celebração da Padro-eira do Stella Maris de Leixões, Nossa Senhora Estrela do Mar, que deu ainda mais brilho à missão desta meritória Casa de Leça da Palmeira.

Stella Maris de Leixões celebra Dia da Padroeira

Foi um dia bonito e com muito esplendor, este da celebração da Padroeira do Stella Maris de Leixões, Nossa Senhora Estrela do Mar.

Luísa Miranda é uma jovem matosinhense da qual nos podemos orgulhar. Com uma carreira académica em percurso ascendente, conta no seu currículo com a autoria e publicação de 20 artigos científicos sobre as associações entre a actividade física e a saúde, e integra, actualmente, a equipa de investigação da prestigiada Harvard School of Public Health. Licenciada em Enfermagem e em Desporto e Actividade Física pela Faculdade de Ciências de Desporto e Educação Física da Universidade do Porto, Luísa Miranda doutorou-se em Actividade Física e Saúde pela mesma faculdade, em 2011, frequenta o Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e é ainda investigadora de Pós-Doutoramento do Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.Mesmo envolvida em tantos projetos, Luísa Miranda encontrou tempo na sua agenda para falar do seu percurso ao Notícias Matosinhos, já que, nas palavras da própria, “com alguma disciplina acaba por se arranjar tempo para tudo.”

NM- É um orgulho para Matosinhos e para o país. Com apenas 32 anos, conseguiu realizar todo este trajecto. Como é possível?LM- Muito obrigada pelo vosso interesse no meu percurso. Nada do que fiz foi sozinha, o apoio da minha família, colegas e orientador foram fundamentais. E como diz o ditado, quem corre por gosto...não cansa.

NM- O desporto e a saúde são as duas áreas a que tem dedicado o seu percurso académico. Qual foi a sua primeira paixão? Em que ponto se interligaram?LM- A minha primeira paixão foi o desporto. Desde miúda que ia com o meu pai (que na altura era dirigente do FCP) para o estádio das Antas, onde praticava ginástica e natação. Nos intervalos das actividades via os treinos de hóquei, basquetebol e os treinos de futebol. Era impossível não ficar apaixonada pelo desporto. Mais tarde, e já quando estava na Faculdade a frequentar o curso de Educação Física e Desporto, despertou em mim a paixão e o querer saber mais na área da saúde, até porque Actividade Física é uma importante forma de nos man-termos saudáveis. Queria saber mais e queria conjugar as duas áreas.

NM- Quando e como decidiu desenvolver uma carreira académica?LM- Sempre gostei de estudar e sinceramente nunca me importei de ficar a estudar em vez de ir sair à noite, por exemplo. Ou seja, para mim não é sacrifício nenhum estudar, antes pelo contrário, dá-me prazer fazê-lo. A carreira académica permite-me fazer as duas coisas de que mais gosto: estudar e investigar.

NM- Como chegou à prestigiada Harvard? Como tem corrido a sua experiência na comunidade científica internacional?LM- A chegada a Harvard surgiu de um velho sonho de querer ir para lá. Decidi então escrever a um professor dessa Universidade, que após umas entrevistas me acolheu no seu grupo de trabalho. A experiência tem sido fantástica, tive e tenho a sorte de poder trabalhar com pessoas que sabem imenso e tenho aprendido muito com eles. Para além de terem um conhecimento imenso, são pessoas extremamente simples e disponíveis.

NM- O estudo que demonstra que a prática regular de actividade física diminui o risco de doença cardiovascular em pessoas com mais de 70 anos, desenvolvido no seio do grupo de investigação da Harvard School of Public Health, é um dos projectos mais recentes em que esteve envol-vida. Fale-nos dos trabalhos científicos que tem realizado. Quais destaca?LM- Esse é sem dúvida um dos que destaco, que tem uma mensagem simples, prática e importante. Verificamos que caminhar entre cinco a oito quilómetros por semana diminuía o risco de doença cardiovascular em pessoas com mais de 70 anos. No fundo, a mensagem que deve ser passada é: Se tem mais de 70 anos, caminhe!

NM- Desenvolve uma carreira profissional fora da universidade?LM- Não, para já penso somente em seguir carreira académica.

NM- Com tantos projectos em mãos, consegue tempo livre para activi-dades de lazer? O que gosta de fazer para carregar baterias?LM- De facto não tenho muito tempo livre, mas com alguma disciplina acaba por se arranjar tempo para tudo. Como conheço os benefícios que a actividade física regular tem, tento fazer algo todos os dias, geralmente corro ao fim do dia.

NM- Que projectos tem para o futuro?LM- Os meus projectos passam por continuar a trabalhar no mundo da investigação, pois é o que eu gosto de fazer, e por procurar um lugar numa Universidade para trabalhar como docente/investigadora.

NM- Que mensagem deixa aos jovens universitários que todos os dias são bombardeados com notícias sobre desemprego e vivem na incerteza relativamente ao seu futuro? LM- A principal mensagem que lhes posso dar é através de Fernando Pessoa: “Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor.” Eu sei que às vezes as coisas não são fáceis e que dá vontade de desistir de tudo, mas a verdade é que para se passar além do Bojador tem que se passar além da dor.

04NOTÍCIAS MATOSINHOS | REPORTAGEM NOTÍCIAS MATOSINHOS | SOCIEDADE 0506.201206.2012

Page 4: Notícias de Matosinhos nº34

Rua do Conde Alto Mearim, 1416Telf. 229 389 898 |Fax 229 389 899

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As ruas do centro de Matosinhos enchem-se de populares e ganham um brilho especial.

A

Senhor de MatosinhosUm evento grandioso

s festas do Senhor de Matosinhos são um marco do con-celho. Todos os anos, durante os meses de

Maio e Junho, atraem milhares de pessoas de todas as freguesias de Matosinhos, das cidades circun-dantes e não só.Na origem destas festas está a de-voção ao Senhor de Matosinhos, cuja imagem pode ser contempla-da no altar-mor da Igreja Matriz, sendo considerada uma das mais antigas imagens de Cristo cru-cificado existentes em Portugal, datada do século XII/XIII. Mas a lenda é mais antiga.Segundo aquela, no ano de 124

deu à praia de Matosinhos uma escultura de Cristo crucificado da autoria de Nicodemos, que as-sistiu aos seus últimos momentos de vida e por isso, diz-se, realizou uma cópia fiel do seu rosto. Devi-do à perseguição dos judeus, Nico-demos lançou a imagem ao mar, no mediterrâneo, que foi levada pelas águas, até ser depositada na nossa praia. Um dos seus braços foi perdido na viagem e em vão se procurou o membro em falta ou se conseguiu, posteriormente, encaixar na perfeição as diver-sas soluções encomendadas aos melhores artífices e carpinteiros. Então, a imagem foi depositada no Mosteiro de Bouças.

Um dia, muitos anos depois, uma mulher que recolhia lenha na praia de Matosinhos levou, sem disso se aperceber, o braço per-dido da imagem para casa. Aí, atirou várias vezes este pedaço de madeira para a fogueira e em todas elas saltou da lareira. Até que a filha lhe disse que se tratava do braço da imagem no mostei-ro, um milagre, sendo a criança surda-muda. De facto, confirmou-se que aque-le era o membro em falta na imagem.”Começava desta forma a veneração desta imagem que, des-de muito cedo, fez rumar a Bouças e, posteriormente, a Matosinhos inúmeros peregrinos fascinados com a fama crescente dos seus milagres que, desde então, não deixaram de se multiplicar. Tan-to que em 1342 a sua fama já era suficiente para motivar que gente de outros reinos se deslocasse em peregrinação até “ao croçessiço

de Ssan Salvador de Bouças.” (…) “É uma imagem que só muito rara-mente sai do interior da sua igreja, tendo ocorrido em 1944 e 1967 as únicas excepções das últimas dé-cadas. No entanto, em momentos de particular aflição, deslocou-se até ao Porto em procissão e gran-de fervor religioso. Caso de 1526 na sequência de “apavorantes” ca-lamidades naturais que vinham atingindo a cidade, 1596 e 1644 por ocasião de grandes cheias, ou 1696 por causa de uma “mortífera peste” que enchia os hospitais e

“mergulhara a cidade num imen-so pavor”. (Joel CLETO e Suzana FARO - Imagem do Bom Jesus de Matosinhos. Um velho e famoso náufrago. O Comércio do Porto. Revista Domingo, Porto, 15 de Abril 2001, p.20-22.)Hoje, a lenda persiste e o Senhor de Matosinhos continua a ser o santo padroeiro desta terra. Todos os anos, têm lugar as festas em sua

honra, acompanhadas por um plano de actividades, que, além das festividades religiosas, inclui acções lúdicas, culturais e des-portivas que se prolongam por três semanas. As ruas do centro de Matosinhos enchem-se de populares e ga-nham um brilho especial com a iluminação colocada no espaço da festa e na Igreja matriz, que é decorada a preceito para a oca-sião. O fogo de bonecos, o fogo-de-

-artifício, a feira de artesanato, os divertimentos diversos, as fartu-ras, a sardinha assada e, claro, a grandiosa procissão são tradições que se repetem. Há reencontros entre pessoas, convívio entre a comunidade… Estamos a queimar os últimos cartuxos da festa deste ano, mas em breve começam os preparati-vos para o próximo, dando conti-nuidade à tradição e a um evento grandioso.

NOTÍCIAS MATOSINHOS | SOCIEDADE 07

Matosinhos e o Leixões Sport Club têm uma história secular que se conjuga.Uma história rica de glórias e alegrias que enobrecem e orgulham, mas também de sacrifícios e de tristezas de quem sempre precisou de lutar pelo seu futuro.O Leixões vive mais um desses momentos críticos da sua vida, face às dificuldades financeiras que atravessa, em resultado de muitos momentos de desvario ocorridos no passado.Compreendem-se pois as preocupações dos associados do clube e apoiam-se todas as iniciativas genuínas que permitam encontrar um futuro condigno com o passado centenário deste nobre clube.Por este motivo haverá que racionalizar todas as acções, orientá-las no sentido de resolver os problemas, e não subjugando-as a uma emotividade “saloia” que apenas interessa a quem usa o Leixões em conformidade com os seus interesses e do seu partido.Urge separar os percursos do Leixões, da Câmara Municipal e do Partido Socialista.Compete ao Leixões, SAD e Clube, encontrar a solução

Contraponto - O Leixões, a Câmara Municipal e o PSManuel Leão TavaresEngenheiro Químico

que permita estabilizar a situação fiscal e financeira. A Direcção do Clube, em particular o Sr. Carlos Oliveira, tem a competência mais do que suficiente para reencontrar o caminho que todos desejam, sem necessidade de recorrer aos recursos dos munícipes matosinhenses.Cabe à Câmara Municipal, deixar de interferir activamente nos destinos do clube, libertando-o para todos os amantes do clube, independentemente da sua cor partidária. São tão leixonenses os membros do partido socialista, como os do PSD, os do CDS, os do partido comunista, os do bloco de esquerda ou mesmo os que não têm qualquer filiação partidária.Finalmente, no que respeita ao PS, deverá este partido deixar de considerar o Leixões como seu próprio

“feudo”. A política partidária tem o seu próprio espaço, não necessita de utilizar abusivamente os interesses desportivos, sociais e lúdicos dos clubes em favor de uma qualquer estratégia de poder local ou distrital!...

(Sócio LSC nº 2464)

06.2012

Page 5: Notícias de Matosinhos nº34

Rua do Progresso, 589

4455-534 PERAFITA

Tel.: 229 996 53 66/22 996 45 76

Fax: 22 995 48 89

O São Valentim, na rua Heróis de França, em Matosinhos, é um dos melhores restau-

rantes onde já comi. Logo à entrada, perto do grelhador,

encontramos o dono, o Sr. Valentim, a grelhar sobretudo

peixe. Depois entramos e so-mos recebidos pela Elisabete,

uma senhora muito simpática e sempre bem-disposta.

O restaurante tem dois pisos. Se ficarmos pelo de baixo, não

fumadores, somos atendidos pelo Daniel, mas se preferir-

mos o piso superior vamos encontrar o Sr. Sousa.

O São Valentim serve excelen-tes refeições tanto de carne

como de peixe, principal-mente grelhado, e tem uma esplanada. Além disso, tem também parque de estacio-

namento, o que é uma grande vantagem naquela zona da

cidade onde é muito difícil en-contrar lugar para estacionar.

Onde eu gostode comer bem

Maria Inês Brandão

Restaurante São Valentim

dinamismo de António Parada enquanto presidente da Junta de Freguesia de Matosinhos acaba de ser reconhecido pelas colectividades. No dia 02 de Junho, o autarca recebe, no Auditório António Macedo, em Valongo, o Galardão de Mérito atribuído pela

Confederação Portuguesa das Colectividades da Cultura, Recreio e Desporto, proposto pela Associação das Colectividades de Matosinhos.A Associação das Colectividades deste concelho justifica a escolha com o facto de António Parada ser o presidente de junta do concelho de Matosinhos que mais apoio tem dado à união pelo associativismo.

“ Fiquei surpreendido com esta nomeação a ao mesmo tempo muito honrado” revela o autarca, acrescentando que “não é todos os dias que se obtém um reconhecimento vindo de uma entidade tão prestigiada como esta e que a mim me diz muito. O Associativismo tem um papel importante na sociedade e eu tudo farei em prol do seu crescimento.”

Colectividades premeiam apoio de

António Parada

OCriada em 1997, a Associação das Colectividades do Concelho de Matosinhos tem como objectivo a união e o apoio às colectividades do concelho, com vista à satisfação de interesses comuns e ao melhor desenvolvimento e prossecução das suas actividades associativas, com especial incidência para as vertentes da formação, informação e apoio técnico.Conta com colectividades inscritas na Confederação Portuguesa das Colectividades da Cultura Recreio e Desporto (CPCCRD), que atribui esta Galardão de Mérito. A CPCCRD visa “valorizar o movimento associativo popular, através da formação, da apresentação e discussão de diplomas legais adequados e justos para as colectividades de cultura, recreio e desporto e de alguns projectos específicos nas áreas da actividade física e desporto lazer, dos jogos tradicionais, das novas tecnologias e da própria actividade musical.” Trata-se de uma organização com mais de 80 anos, com cerca de 30 estruturas descentralizadas por todo o país, e mais de duas mil associadas.

Além de António Parada, também José Guilherme Aguiar será distinguido com o mesmo galardão pelo seu papel no apoio às colectividades enquanto vereador do Desporto da Câmara Municipal de Matosinhos.

“O Associa-tivismo tem

um papel importante

na socieda-de e eu

tudo farei em prol do

seu cres-cimento.”

A

Conceito inovador no ramo automóvel

actual conjuntura económica afecta todos os sectores da economia e o sector automóvel não é excepção.

Mas são estas, costuma dizer--se, as alturas mais propícias para a criação de novas opor-tunidades, já que é necessário inovar, criar novos conceitos de negócio para ir ao encontro de novas necessidades. Foi neste contexto que Paulo Silva criou a sua empresa de mediação e consultadoria automóvel, que se posiciona como um conceito

“inovador e único em Portugal”.Engenheiro mecânico de for-mação, Paulo Silva colocou toda a sua experiência profissional no sector automóvel e em ma-rketing e vendas na base desta nova empresa. Mas o que torna este conceito inovador? O facto de “actualmente no mercado apenas existir o conceito da mediação automóvel” explica-

-nos o próprio. À mediação, a paulosilva-eca.com acrescen-ta a consultadoria automóvel,

“apoiando o cliente desde a com-pra, bem como durante a vida útil da viatura.”Quem procura esta empresa tem acesso a serviços de me-diação na compra e venda de

viaturas novas e usadas, no sen-tido de obter o melhor preço do mercado, tanto para empresas como para particulares, assim como consultadoria automóvel, com acompanhamento técnico e comercial de todos os serviços e produtos necessários para o seu correcto funcionamento, também para particulares e

empresas, além da gestão de frotas para empresas, de forma a optimizar os seus custos.O objectivo destes serviços pas-sa pela “poupança de tempo e dinheiro” através do apoio pro-fissional na escolha do tipo de viatura que melhor se adequa às necessidades de cada clien-te e uma correcta manutenção

para prolongar a sua vida útil e prevenir gastos desnecessários.Actualmente a actividade da paulosilva-eca.com está centra-da na zona norte, mas o objec-tivo é chegar a uma cobertura nacional e, dependendo “da aceitação deste novo conceito”, a evolução para um conceito de franchising.

NOTÍCIAS MATOSINHOS | ECONOMIA 0906.2012

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0806.2012 NOTÍCIAS MATOSINHOS | FREGUESIAS

Page 6: Notícias de Matosinhos nº34

O São João aproxima-se a passos largos e, por isso, de 08 a 30 de Junho, e mantendo a tradição, estará em exposição uma cascata de santos populares na Cooperativa das Sete Bicas com visita aberta a toda a população.

Verão em São MamedeS. Mamede de InfestaSenhora da Hora

Senhora da Hora em festa

Ü Este ano a Junta realiza, uma vez mais, o Passeio do Idoso. As inscrições podem ser feitas a partir da segunda semana de Junho na secretaria, onde será confirmada a data e o percurso do passeio, que vai proporcionar, à semelhança dos anos anterio-res, muita animação e convívio entre os participantes.

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Ü No dia 7 de Julho realiza-se uma Caminhada por São Mame-de de Infesta, uma iniciativa or-ganizada no âmbito da Comissão Social desta freguesia. O evento visa apelar à adopção de um es-tilo de vida saudável por parte da população em geral e consistirá num percurso de cinco quiló-metros com partida da Praça da

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Centralidade depois das 9h30, a hora marcada para a concentra-ção no local. A ex-atleta Aurora Cunha estará presente para dar início à cami-nhada, entre outros convidados. As inscrições devem ser feitas no Gabinete de Inserção Profissional da Junta, onde serão facultados mais detalhes sobre a iniciativa.

Ü Já em Julho, no dia 14, realiza--se a Feira da Saúde, onde a popu-lação poderá realizar rastreios vi-suais, de glicemia, tensão arterial, colesterol, triglicerídeos, podologia, espirometria, osteoporose, glicose, entre outros. A feira decorre entre as 9h e as 13h e é realizada também no âmbito da Comissão Social de Freguesia de São Mamede Infesta.

Ü Destaque ainda para a Quinzena Cultural, que decorre de 21 de Julho a 04 de Agosto com diversas actividades que serão divulgadas em breve, e, em es-pecial para os mais pequenos, as Férias Desportivas, que de-correm também em Julho, tendo como público alvo crianças em idade pré-escolar e escolar.

A Junta de Freguesia de São Ma-mede de Infesta vai levar a cabo uma série de iniciativas dirigi-das a toda a população, onde a saúde, a cultura, a diversão e o convívio marcam presença para que os participantes tirem o melhor partido deste início de Verão.

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Maio foi mês de festa na Senhora da Hora. A freguesia “vestiu-se” a preceito para receber as festas em honra da Nossa Senhora da Hora, uma das primeiras cele-brações populares do ano na região.O presidente Valentim Campos faz um balanço “muito positivo” das festividades, realçando que “o apoio da Igreja foi muito im-portante, porque ajuda a formar pessoas com princípios e valo-res que são universais”.A festa junta a vertente religiosa à da animação popular, e até meados do século XX era muito visitada também devido a al-gumas crenças e tradições. As grávidas vinham pedir à Senho-ra da Hora que corresse tudo bem na hora do parto, as mães e as avós para que as crianças se

livrassem do “mal da gota” e os jovens procuravam a Fonte das Sete Bicas pelo seu poder casa-menteiro. Estas crenças já não têm tanta força como outrora, mas ainda são recordadas pelos populares, que hoje se juntam na festa mais pelo convívio e pela animação.Ainda no mês de Maio, com iní-cio em Abril, a Junta de Freguesia da Senhora da Hora realizou a iniciativa Abril/Maio Cultural, com actividades que envolveram noites de poesia, caminhadas solidárias, torneios de malha e sueca e muito desporto, com torneios de futebol, provas de orientação pedestre e um pedi-paper que levou os participantes a descobrir a Senhora da Hora. Tudo isto realizado em conjunto com colectividades da freguesia.

Mas a festa na Senhora da Hora não fica por aqui. O São João aproxima-se a passos largos e, por isso, de 08 a 30 de Junho, e mantendo a tradição, estará em exposição uma cascata de san-tos populares na Cooperativa das Sete Bicas com visita aberta a toda a população.

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Rua do Vale, 777 - Arm. Dt. º - S. Pedro Fins 4425-399 Folgosa - MAIA

Telf. 229 673 511 | Telm. 932 791 337E-mail: [email protected]

COMÉRCIO E REPARAÇÃO DE PNEUS E JANTES | ALINHAMENTO DE DIRECÇÕES

11NOTÍCIAS MATOSINHOS | FREGUESIAS 06.2012

Page 7: Notícias de Matosinhos nº34

MEDICINA AYURVÉDICAVictor Palhão Clínica do Parque da Cidade

Interrogava-me, há dias, um paciente sobre a medicina em título.Vamos falar um pouco sobre ela!Surgida na Índia, diz-se 7.000 anos antes de Cristo, conheceu alguns baixos aquando das in-vasões muçulmanas e, em 1853, o governo colonial britânico ti-rou mesmo o apoio à sua prática.Ayurveda significa literalmente ciência ou conhecimento da vida.A exemplo doutras medicinas orientais, com ligeiras varia-ções, a medicina indiana crê que todos os seres vivos são criados e compostos das se-guintes substâncias eternas:A - Eter (espaço), ar, fogo, água e terra (lembram-se dos 5 ele-mentos da Medicina Chinesa?)B - As três doshas (falaremos adiante)C - Os sete tecidos básicos (igualmente a serem descritos à frente)

1. DOSHASSão três, como se disse, e nomeiam-se VÂTA, PITTA e KAPHA. VâtaCorresponde ao sistema nervoso, à energia do corpo, ao movimento.PittaRepresenta o metabolismo, a digestão dos alimentos, o Ph, a bílis e retrata a transformação.KaphaTem uma influência estabi-lizadora correspondendo às membranas, mucosa, humida-de, gordura e sistema linfático.Diz-se PRAKRUTI o equilíbrio dos 3 doshas como quando nas-cemos sãos (equilíbrio genético).Quando existe um desequilí-brio destes, estamos perante VIKRUTI, que é igual a doença.Ou seja, os 3 doshas em estado normal sustentam o corpo e em estado anormal destroem-no.

A Ayurveda tenta manter essa harmonia com técnicas tera-pêuticas a abordar em próximo artigo.A Física Quântica diz que o corpo físico somente ocupa um nível mais denso sendo que os outros níveis correspondem ao plano energético, mental e espiritual.Na Índia fala-se, para descrever esta energia anímica, em PRA-NA, como na China se fala em QI e no Japão em KI (ReiKi = energia universal).Esta Energia Vital pode ser descrita como um fluido mais ou menos densificado, carregado electromagneticamente, com autonomia limitada e supervi-sionada por outra mais subtil designada por mente.A Energia, fundamental para a vida, permite explicar como os vários elementos que a consti-tuem se “podem pôr de acordo” afim de que partículas subató-micas se unam dando origem a átomos, que se organizam em moléculas, originando órgãos e sistemas.Teremos assim um corpo energético, um emocional e um mental.O primeiro seria, por definição, o responsável pela manifestação e manutenção da vida.A sua representação manifesta-

-se nos CHAKRAS.Mas isso será assunto para próxi-mo artigo.

Até lá!

Matosinhos recebe delegação Norte da Associação Protectora

dos Diabéticos de PortugalAssociação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) instalou-se em Matosinhos no passado mês de Maio, passando assim a contar com uma delegação no Norte do país. A associação fica, desta forma, mais perto da região do Grande Porto - que, segundo dados da APDP, apresenta

os valores mais elevados no que toca à prevalência da diabetes em todo o Portugal continental - para prosseguir com a sua missão de prevenir e educar para esta doença.O gabinete situa-se no Edifício Antiga Câmara, na Rua Brito Capelo, tendo as instalações sido cedidas pela Câmara Municipal de Matosinhos. O protocolo para atribuição da chave do espaço foi assinado no passado dia 22 de Maio pelo presidente da APDP, Luís Gardete Correia, e o presidente Guilherme Pinto, perante mais de uma centena de convidados, entre os quais se encontravam personalidades da vida política e civil da região.Na cerimónia, foi contada a história dos 86 anos de actividade da APDP, que se constitui como a associação de doentes mais antiga do mundo, e explicados os objetivos do início da actividade a Norte, tendo o coordenador do Programa Nacional para a Diabetes, José Manuel Boavida, salientado que para que a proximidade com a população seja cada vez maior “é fundamental a criação de parcerias com escolas, câmaras municipais, universidades e outras associações. As instituições devem adaptar-se à sociedade, devem ter flexibilidade nas suas estruturas para ir de encontro às necessidades da população”.Já Guilherme Pinto considerou aquele “um dia histórico para a região”

e fez questão de realçar que “acolhemos bem aqueles que querem trabalhar em prol do próximo e promovemos a participação activa na melhoria da qualidade de vida da população”.A APDP tem como grandes objectivos prevenir e educar para a doença que coloca Portugal como o terceiro país (num total de 33) da OCDE com maior prevalência de diabetes. Como referiu José Manuel Boavida,

“um dos pontos fundamentais para a cura da Diabetes é a participação individual do doente no seu próprio tratamento.”Neste sentido, a APDP Norte realizou já os primeiros cursos de formação destinados a profissionais, com o tema “Cuidados à Pessoa Idosa – Como Prevenir e Controlar a Diabetes”, onde foram apresentados e discutidos aspectos importantes no tratamento da diabetes, vigilância e controlo da doença, cuidados preventivos aos pés, entre outros.A APDP nasceu em 1926, pelas mãos do médico Ernesto Roma, como Associação Protectora dos Diabéticos Pobres – uma forma de o clínico ajudar todos aqueles que morriam com diabetes, sem terem meios de adquirir a insulina. Ao longo dos seus 86 anos de actividade, tem desempenhado um papel importante na educação das pessoas com diabetes e de todos aqueles que, por relação pessoal ou função profissional, lidem diariamente com elas.Os sócios são fundamentais para que a APDP continue a desenvolver o seu trabalho. “Juntos Vamos Dar a Cara pela Diabetes” é o nome da campanha que continua em marcha com o objectivo de angariar novos sócios, que a associação pretende que cheguem aos 50 mil.

Portugal é o terceiro país da OCDE com maior prevalência de diabetes

A

O Hospital Pedro Hispano re-alizou no dia 17 de Maio uma colheita de sangue a potenciais dadores de medula óssea. A iniciativa decorreu em co-laboração com os técnicos do CEDACE (Centro Nacional de Dadores de Células de Medula

Pedro Hispano recebe mais de 500 potenciais dadores de medula óssea

Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão), que se deslocaram ao hospital para a realização de colheitas. Mas a afluência foi muito maior, com mais de 500 pessoas a participarem, entre profissionais da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, fami-

liares, amigos e utentes. O Hospital Pedro Hispano pre-tendeu com esta acção contri-buir para o aumento de poten-ciais dadores. Dado o sucesso da iniciativa, está já prevista uma nova colheita, a agendar em breve.

O presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos, Victor Herdeiro.

A Junta de Freguesia de Guifões realizou entre os dias 14 e 19 de Maio diversas acções inseri-das na “Semana da Saúde”, em colaboração com o Centro de Saúde da Senhora da Hora e as Instituições Particulares de So-lidariedade Social sediadas na freguesia - Associação Social e de Desenvolvimento de Guifões e Centro Cultural e de Solidarie-dade de Guifões.A prevenção de quedas nos ido-sos, a estimulação diária da me-mória, o desporto e a diabetes e a alimentação saudável foram alguns dos temas abordados no Largo do Padre Joaquim Pereira dos Santos nos seis dias em que decorreu a iniciativa, que contou ainda com a realização de diver-

sos rastreios e culminou com a realização de uma “Marcha pela

Saúde”, com a participação de miúdos e graúdos.

Guifões realiza Semana da Saúde

13NOTÍCIAS MATOSINHOS | SAÚDE 06.2012

Page 8: Notícias de Matosinhos nº34

Não bastava os paquetes atracarem no Porto de Leixões

e os passageiros deslocarem--se imediatamente para os

autocarros que até lugar de estacionamento têm, não vá

no tempo de espera algum dos passageiros influenciar os outros para darem uma

volta por Matosinhos e pode-rem almoçar na cidade ou aí comprar alguma lembrança;

não bastava Matosinhos ser um dormitório do Porto. Agora é a

vez dos taxistas do Porto…Depois de um hotel do Porto

ter feito a reserva de mesa num restaurante de Matosi-

nhos para 15 turistas alemães, indicando até o tipo de entra-

das que deveriam ser servidas, quando tudo estava prepara-do para os receber, eles não

apareceram. Porquê? Porque os taxistas que estavam à porta

dessa unidade hoteleira resol-veram levar os clientes para

restaurantes do Porto porque recebem uma comissão que

varia entre os dois e os cinco euros por cliente.

Penso que o Câmara ou Asso-ciação de Restaurante deveria

ter um papel de divulgação muito forte da nossa restaura-

ção fora de Matosinhos para poder evitar confusão entre

Porto e Matosinhos por parte dos turistas que visitam a re-

gião e que preferem o peixe de Matosinhos.

Não critico os taxistas, porque quando vejo televisão e vejo

quem nos governa, com os maus exemplos de “salve-se

quem puder” da parte de políti-cos, é natural que numa altura de crise, os taxistas possam ter atitudes como esta, que nunca

é tão má como os exemplos que vêm de cima.

Isto é um alerta para que as entidades de Matosinhos pos-sam fazer alguma coisa pela restauração e pelo comércio

local em geral.

No mês em que foi celebrado o Dia Mundial da Cruz Vermelha (dia 08 de Maio), estivemos na

Delegação que esta instituição possui em Matosinhos para fi-car a par do trabalho meritório que tem desenvolvido em prol da comunidade e dos cidadãos mais vulneráveis do nosso con-celho. A Delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha Portuguesa existe desde 1998, sempre com direção da presidente Joana Sa-linas. Desde então, tem contri-buído para melhorar a vida de muitos dos utentes de todas as faixas etárias e estratos sociais que chegam até si diariamente, desenvolvendo actividades de acordo com as necessidades do concelho, o que acontece, aliás, com todas as delegações da Cruz Vermelha espalhadas pelo país. A violência doméstica centra-liza muito do trabalho levado

15NOTÍCIAS MATOSINHOS | ACÇÃO SOCIAL 06.2012

a cabo pela Delegação de Ma-tosinhos, embora esta estru-tura tenha também sempre tido actividade na vertente do apoio social, ajudando famílias com géneros alimentares, rou-pa, calçado, ou, algumas vezes, apenas com uma orientação. Por isso, criou uma Casa de Abrigo, co-financiada pela Segurança Social, que acolhe mulheres vítimas de violência doméstica e filhos menores com o objectivo de ajudá-las a alcan-çarem um patamar de liberdade e segurança que lhes permita refazer a sua vida. É “com or-gulho” que esta instituição tem alcançado casos de sucesso, in-tegrando mulheres da Casa de Abrigo no mercado de trabalho e dando-lhes o apoio que pre-cisam para seguirem um novo rumo sempre em esforço par-tilhado com outros agentes de desenvolvimento local.Ainda neste âmbito, a Delegação de Matosinhos da Cruz Verme-lha Portuguesa possui um Cen-

tro de Atendimento que conta com técnicos especializados em diversas áreas, como a jurídica, a da psicologia e a social, para prestar o apoio necessário às vítimas de violência que o pro-curam.Ao nível do apoio domiciliário, para além do serviço de apoio domiciliário co-financiado pela Segurança Social, importa refe-rir o Projecto Raízes. Além do apoio normal, que abrange a higiene, a entrega de refeições e o tratamento de roupa e da habitação a pessoas dependen-tes, a Cruz Vermelha de Mato-sinhos encontrou neste projeto uma forma de prestar um apoio mais completo aos seus uten-tes, durante todo o tempo que for necessário: quando acor-dam, tomam banho, fazem as refeições, etc…, têm um agente especializado sempre presente. Um serviço que faz a diferença para muitas pessoas. Mas o apoio que a instituição presta não se fica por aqui. A

A violência doméstica centraliza muito do trabalho levado a

cabo pela Delegação

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Para que a dieta da nossa mas-cote seja nutritiva e equilibrada deve ser baseada no seu modo de vida e necessidades básicas, que variam com as diferentes fases da vida. Ao contrário dos humanos, a escolha do alimento é feita pelo olfato e não pelo pa-ladar. É comum pensarmos que a alimentação da nossa mascote deve ser igual à nossa. Errado! O cão e o gato são carnívoros e apresentam diversas diferenças no que diz respeito ao seu modo de alimentação e digestão. A dieta mais equilibrada para as nossas mascotes é um alimento pré-

-fabricado pois os nutrientes já estão formulados na quantidade certa. A qualidade também é importante. Devemos apostar em alimentos de alta qualidade para promover uma estrutura óssea forte, músculos resis-tentes, pelagem saudável e um sistema imunitário competente. Um cão satisfeito é aquele que come sempre a mesma dieta, à mesma hora, no mesmo local e

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no mesmo comedouro; o gato, como caçador nato que é, gosta de petiscar ao longo do dia e da noite, por isso deve ter sempre a dieta à sua disposição e em vários locais. Os ossos quebradiços estão contraindicados em qualquer alimentação pois podem provo-car danos no trato digestivo. São também frequentes as “birras” para obterem guloseimas extra, às quais cedemos com facilidade, no entanto, por mais pequenas que sejam, provocam um dese-quilíbrio na dieta contribuindo para a obesidade e todas as suas consequências (diabetes, patolo-gias cardíacas e articulares, etc.). Os animais obesos apresentam uma pior qualidade de vida, bem como uma menor esperança mé-dia de vida. Se a tua mascote tem excesso de peso deve consultar o médico veterinário a fim de estabelecer um plano de emagre-cimento saudável e promover o exercício físico. Ao contrário do que diz o ditado: gordura não é formosura!

Delegação trabalha com a Li-nha Nacional de Emergência da Segurança Social, accionando uma resposta social imediata sempre que necessário e fazen-do um diagnóstico de cada caso para que sejam encontradas as soluções mais adequadas pela Segurança Social. Possui tam-bém uma Estrutura Local de Emergência, com duas viaturas de socorro e outra de transpor-te, constituindo-se como uma das respostas que contam com mais voluntários na Delegação de Matosinhos da Cruz Verme-lha Portuguesa.

A instituição desenvolve ainda o projeto Rotas para a Igualdade, realizando acções de sensibi-lização junto de várias faixas etárias, desde os mais jovens, nas escolas, até aos mais ido-sos, com base na prevenção de casos de violência doméstica e de todos os que ainda não estão sensibilizados com as questões relacionadas com a igualdade de género.A Delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha encontra-se também a apostar na Forma-ção em Socorrismo certifica-da, que se dirige à comunidade

institucional e empresarial e também à população civil, ou seja, a todas as pessoas que quei-ram aprender a prestar o apoio mais adequado sempre que for necessário socorrer alguém.Esta instituição tem visto o seu valor reconhecido através das parcerias estabelecidas com en-tidades de referência, devido ao papel muito importante que tem tido no concelho a nível social.Todos os serviços desta Dele-gação funcionam permanen-temente, intervenção esta que obriga a uma disponibilidade sem limites.

Delegação de Matosinhos da Cruz Vermelha

Portuguesa

O apoio que está sempre presente

Page 9: Notícias de Matosinhos nº34

Há coisas que mesmo ditas sem maldade nos incomodam, nos tocam cá dentro, e nos põem a pensar. Ouvi um jovem dizer, no coração da nossa cidade, que “Matosinhos já não é uma terra de pescadores”. Esta frase, apesar de inocente, tem-me preenchido o pensamento. Há coisas que, como Matosinhense, me custa ouvir e muito mais sentir.Apesar de há já alguns anos, por motivos profissionais, ter saído de Matosinhos, não há nada que me dê hoje mais prazer do que visitar esta cidade fantástica, à beira mar plantada. Faço-o com a regularidade que as circuns-tâncias permitem e considero-

-me um embaixador orgulhoso de Matosinhos. Sempre que posso, falo com um sorriso aberto das praias da nossa costa, do cheiro a maresia nos fins de tarde de Verão, da sardinha as-sada, das conservas da Ramirez e de todo o património cultural

Pesca – Património genético de MatosinhosNuno CampoAssessor Parlamento Europeu

herdado pelos meus, nossos, antepassados que no mar e com o mar construíram Matosinhos. Já recebi muitos amigos de todos os cantos do Mundo e a todos Matosinhos deixou um senti-mento de saudade.A todos fiz questão de explicar que Matosinhos é uma cidade de Mar e de pescadores. Será certamente também uma cidade de muitas outras coisas mas a Pesca está no património genético da nossa cidade! Bem entendido, os tempos mudam, a sociedade altera-se, as zonas costeiras passam a ser palco de múltiplas atividades, mas, como em tudo na vida, é fundamental ter consciência de onde vimos, de quem somos, e da realidade sócio-cultural em que nos inserimos. Porventura, os mais jovens desconhecerão que Matosinhos tem a mais antiga fábrica de conservas do Mundo, que o porto de pesca de Leixões é um

dos três mais importantes do país e que as estátuas que estão à entrada da nossa praia não foram aí colocadas por acaso.Porque será que as novas gerações estão cada vez mais distanciadas das raízes profun-das da nossa cidade? A resposta parece-me óbvia: porque alguém anda distraído e não tem sabido transportar para os tempos modernos a riqueza do passado.Matosinhos precisa de ideias novas, de projetos inovadores e geradores de riqueza mas isso pode perfeitamente ser feito em sintonia com o nosso patrimó-nio cultural, singular, único e diferenciador. Deve, aliás, ser feito desse modo!Importa darmo-nos conta que, a Pesca em Matosinhos, para além da sua importância para o abastecimento alimentar e para a geração de postos de traba-lho na sua vertente extractiva, poderia e deveria ser também

encarada e rentabilizada na prossecução e produção de inú-meros outros bens públicos! No domínio da cultura, contribuin-do para uma imagem de marca na gastronomia, na etnografia, literatura e a museologia asso-ciada ao património histórico da cidade, no domínio da ciência, aproveitando o conhecimento exaustivo que os pescadores têm da nossa zona costeira para uma gestão mais sustentável do mar e das praias, da recreação e do turismo, através de um con-junto vasto de atividades como a “pescaturismo”, complemento importante para a subsistência de várias comunidades piscató-rias por essa europa fora e que poderia e deveria ser explorado na nossa cidade, da energia, através da promoção e do desenvolvimento de novas tec-nologias, mais limpas e menos dispendiosas (ex: motores de embarcações mais ecológicos) que poderiam ser utilizadas

ulteriormente em benefício de toda a sociedade, do ambiente, na prevenção de catástrofes ecológicas e na ajuda na limpeza dos mares (projectos piloto para limpeza das zonas costeiras), na educação, fomentando o gosto pelo mar e pela prática de ativi-dades ao ar livre, etc.Por tudo isto, importa que a Pesca seja assumida em Matosinhos na plenitude da sua multifuncionalidade, devida-mente adaptada aos tempos mo-dernos e à panóplia de soluções interessantes que a montante e a jusante poderão fomentar o crescimento económico da nossa cidade e a preservação da nossa herança cultural que, ao que parece, tende já a ser esque-cida por alguns.Pede-se àqueles que têm res-ponsabilidade direta no fomen-to das políticas da cidade, mais e melhor!

[email protected]

Ficha Técnica de HabitaçãoO diploma que prevê a existência da ficha técnica de habitação estabelece um conjunto de mecanismos que visam reforçar os direitos dos consumidores à informação e à protecção dos seus interesses económicos no âmbito da aquisição de prédio urbano para a habitação. Estão, pois, em causa decisões relacionadas com o preço de venda, com o enquadramento urbanístico e, fundamentalmente, com as características da habitação, incluindo opções relacionadas com eficiência energética e gestão ambiental.Para apoiar os consumidores que pretendem adquirir a sua habitação, através da ficha técnica disponibiliza-se um conjunto de informações suficientes que permita fazer análises comparativas em função daquilo que, em cada momento, constitui

a oferta no mercado da construção e perceber o que melhor satisfaz os interesses em causa. Concretizando estes objectivos, o diploma que prevê a existência da ficha técnica estabelece um conjunto de obrigações a cargo de quantos se dediquem, profissionalmente, à actividade de construção e comercialização de prédios urbanos habitacionais. Desde logo, importa referir a obrigação de elaboração e d ispon ibi l i zação aos consumidores adquirentes de um documento descritivo das principais características técnicas e funcionais da habitação, características estas que se reportam ao momento de conclusão das respectivas obras de construção.Este documento descritivo, que no presente diploma toma a

designação «Ficha técnica da habitação», deve obedecer a um conjunto de requisitos legais e conter um conjunto mínimo de informações, eventualmente acompanhado de informações complementares. Quer as informações mínimas obrigatórias quer as informações complementa res devem encontrar-se redigidas em língua portuguesa, de forma clara e perceptível para o destinatário.De acordo com o preâmbulo do decreto-lei que prevê a existência da ficha técnica, compete ao técnico responsável da obra e ao promotor imobiliário atestar a correspondência das informações dela constantes com as características da habitação à data de conclusão das obras, através das respectivas assinaturas feitas na própria ficha.

Por outro lado, o mesmo diploma determina que a não apresentação de ficha técnica da habitação implica a não celebração da escritura pelo notário. Esta regra, destinada aos contratos celebrados entre profissionais e consumidores, aplica-se, também, aos contratos celebrados entre consumidores, caso o prédio urbano objecto de transmissão já possua ficha técnica da habitação.Existem, todavia, excepções. Assim, quando o imóvel para habitação a transaccionar seja anterior a 7 de Agosto de 1951, ou se o pedido de licença de habitabilidade for anterior a 30 de Março de 2004, não tem aplicabilidade a exigência de ficha técnica de habitação.Acresce também que o diploma obriga sobre o proprietário do imóvel o conservar a ficha técnica da habitação, podendo este, em

caso de perda ou de destruição, solicitar a emissão de segunda via da referida ficha ao promotor imobiliário ou à câmara municipal onde se encontra depositada. O citado diploma inclui, igualmente, as regras a que deve obedecer a publicidade sobre imóveis para habitação e a informação que deve estar disponível nos estabelecimentos de venda, bem como normas de responsabilização do técnico da obra e do promotor imobiliário pelos danos causados ao comprador em virtude da declaração ou das informações que, constando da ficha técnica da habitação, não correspondam às verdadeiras características do imóvel.

Luís Laboreiro, Notário em Matosinhos

Avenida da República

“Sim sempre, todos os anos venho cá, a semana passada já cá estivemos e hoje vimos outra vez.”

Aurora Borges, 72 anos

“Todos os anos venho cá, desde criança que venho cá com a minha família, acabando sempre por levar uma lembrança.”

António Silva, 62 anos

“Adoro! Venho cá propositadamente, todas as ve-zes que tenho possibilidade, não perco as Festas do Senhor de Matosinhos. Estou sempre presente.”

Joaquim Ferreira, 73 anos

Costumaparticipar

nas celebrações do Senhor de Matosinhos?

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NOTÍCIAS MATOSINHOS | VOX POP NOTÍCIAS MATOSINHOS | NOTARIADO16 1706.2012 06.2012

Page 10: Notícias de Matosinhos nº34

m plena festa do Senhor de Matosinhos, decidimos abordar a história de um templo tão intimamente ligado a estas comemorações e que se constitui como um dos mais belos exemplos do património do concelho. Falamos, naturalmente, da Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, que

encerra entre as suas paredes uma longa e rica história e possui um poder imenso de fascinar qualquer visitante com a beleza da sua arquitectura.A história da Igreja remonta ao século XVI, altura em que foi construída, embora a sua origem esteja ligada a um mosteiro da Idade Média - o Mosteiro de Bouças - onde durante séculos se venerou a imagem do Bom Jesus de Bouças. Devido à ruína do mosteiro, a imagem foi transferida para a nova Igreja, cuja construção começou em 1542 por iniciativa da Universidade de Coimbra a quem D. João III tinha concedido o padroado de Matosinhos. Estavam lançadas as bases da actual Igreja do Bom Jesus de Matosinhos, que foi sofrendo inúmeras alterações ao longo dos séculos.A intervenção que mais se destaca foi realizada no século XVIII pelas mãos do famoso arquitecto Nicolau Nasoni, que restaurou a Igreja e edificou uma nova fachada, e do entalhador Luís Pereira da Costa, que levou a cabo as obras de remodelação e acrescento da capela-mor,

com um trabalho notável em talha dourada. Do trabalho de ambos resultou uma igreja mais rica e imponente graças às contribuições dos devotos ao santo padroeiro, que incluíam emigrantes que faziam fortuna no Brasil e pescadores.A fachada principal, com duas torres sineiras, o frontão quebrado, a porta principal decorada com medalhão, no qual se insere uma concha de vieira, e os dois nichos laterais que contêm as estátuas de S. Pedro e S. Paulo, espelha o estilo barroco de Nasoni e acentua a horizontalidade da construção. O interior está dividido em três naves, separadas por cinco arcos quinhentistas de volta perfeita, destacando-se o grandioso altar-mor de talha dourada, considerado uma das obras-primas do barroco nacional. Aqui, encontra-se a imagem de Cristo crucificado, que foi recentemente restaurada. Trata-se de uma escultura em madeira com cerca de dois metros de altura, considerada uma das mais antigas imagens de Cristo existentes em Portugal, sendo atribuída ao século XII/XIII.Desde a arquitectura barroca de Nicolau Nasoni, à obra-prima que representa a talha dourada e à imagem de Cristo crucificado com toda a sua história, a Igreja do Bom Jesus de Matosinhos está repleta de elementos de interesse público. Por esta altura, é o centro da festa em honra do Senhor de Matosinhos.

Igreja do Bom Jesus de Matosinhos

EA Igreja encerra

uma longa história

e possui um poder

imenso de fascínio.

oi durante mais de 20 anos locutor na extinta Rádio Clube Matosinhos (RCM) e tem na rádio a sua grande paixão. Elísio Santos falou ao Notícias de Matosinhos do seu percurso, do encerramento da RCM e dos seus próximos projectos.Filho de pescadores, Elísio Santos nunca se sentiu fascinado

pela vida do mar, nem ele nem o seu irmão, “e o meu pai ficava todo contente por nenhum dos filhos ter tendência de ir para o mar” começa por contar-nos. Iniciou cedo a sua vida profissional porque entendia que “era preciso ajudar a família, e, após a escola primária, em vez de ir estudar – o que poderia ter feito porque os meus pais me deram essa possibilidade – fui trabalhar.”O seu primeiro trabalho foi numa empresa de comércio e reparação de automóveis. “Foi lá que comecei, mas pelo lado errado. Eu sonhava ser mecânico de automóveis de competição, mas no dia em que lá cheguei o gerente pôs-me à consideração se queria ser mecânico ou empregado de escritório, se queria ir para o sujo ou para o limpo. Eu respondi: para onde vocês quiserem. Puseram-me no escritório e ali o sonho de mecânico morreu.” Ao fim de quatro anos, respondeu a um anúncio de uma empresa na Senhora da Hora para telefonista. “Estava numa central com música, chamava A, B ou C pelo microfone e a paixão pela locução começou a surgir.” Rapidamente “saltei para o escritório” e permaneceu na empresa por 42 anos, até que em 2010 esta entrou em processo de insolvência e Elísio se viu confrontado, pela primeira vez na vida, com o desemprego.Mas voltando atrás, falemos da rádio. Após a experiência como telefonista, a paixão pela rádio começou a desenvolver-se. “Tinha os meus 15/16 anos e o bichinho era tanto que escrevi uma carta à Rádio Renascença solicitando para prestar provas e responderam-me, dizendo que gostariam de o fazer mas oficialmente não devido às minhas habilitações.” Depois, já nos anos 90, começa a aventura pela RCM. “Uma colega minha tinha lá ido fazer umas gravações para uns spots de rádio e disse que aquilo era giro. E eu disse - olha, se há sonho que eu tenho em mente há muitos anos é a rádio. Ela própria nesse mesmo dia incentivou-me. Fui atendido pelo saudoso Domingos Parker, um homem sabedor do ofício que me entrevistou e mandou que o técnico me fizesse uma gravação. A resposta veio passado três meses.”

No dia seguinte à noite, fez o seu primeiro programa. “Estava um colega a fazer a emissão dele e deu-me as indicações. Mas nunca eu imaginando que viria a acontecer logo a seguir. Por volta das 23h50 disse-me para ir à discoteca e escolher alguns discos e também um nome para o programa, porque a partir da meia-noite entrava no ar. Ainda hoje sei com que discos abri. Já eram as músicas dos anos 60 que estavam em causa, a adoração pelos Beatles, Bee Gees, todos os ídolos da altura. Era um sonho mas ao mesmo tempo uma grande responsabilidade.”A experiência correu bem e aí nasce o locutor. Ao longo do tempo “fui acompanhando a evolução, fiz coisas que via fazer noutras rádios em dimensão muito maior mas que eu queria e fiz nesta rádio.” Na RCM, fez um pouco de tudo e ainda hoje guarda na memória “os ensinamentos de Domingos Parker. Ele dizia: nunca deves ficar agarrado a um género musical e outra das situações é o respeito que tem de haver pelo microfone. É uma arma de dois gumes. É dele que tiras tudo mas se cometeres erros é uma desgraça.“ O locutor confessa: “a minha menina foi a rádio.”Sobre o encerramento da RCM, Elísio frisa que não tem “nada contra a forma de gestão que o senhor João Lourival fez”, mas “não olhou para os interesses da população de Matosinhos e muito mais para os ouvintes que esta rádio tinha. A venda foi feita a uma rádio com conteúdo totalmente diferente. Hoje em dia a Nostalgia é uma rádio emitida de Lisboa que apenas manda música cá para fora e a chamada rádio local não mais existiu”, lamenta. “A Câmara nada fez e Matosinhos está órfão de um órgão informativo. Sois vós, jornal, que apenas dão notícias de Matosinhos. Rádio local não existe e a informação em Matosinhos não chega actualizada, no momento” diz, dando como exemplo o incêndio na Petrogal e a emissão que fez nesse dia. “Fui eu que dei indicações através da rádio para que a população não passasse para o lado de Leça na ponte móvel.”Agora, Elísio Santos está envolvido no projecto de fazer ressurgir a RCM. “Já foram entregues na Assembleia da República perto de 6.000 assinaturas e vamos aguardar que o actual famoso ministro Relvas nos conceda o alvará, já que por parte da ERC, em relação à frequência, ela existe.” Entretanto, Elísio Santos abre caminho à televisão. “Fui solicitado pelo senhor Vasco, actual presidente do Senhora da Hora, que está à frente de um projecto de televisão, a TV Senhora da Hora, em fase de arranque.” Para já o bichinho da rádio terá de esperar mas, esperamos, não por muito tempo.

Matosinhos está órfão de um órgão informativo. Sois vós, jornal, que apenas dão notícias de Matosinhos.

F

“A minha menina foi a rádio”Elísio Santos

LINDA DE SOUSA

RUA CONSELHEIRO COSTA BRAGA, Nº 21 | 4450-102 MATOSINHOS

T 220 996 000 | TM 910 334 451

CABELEIREIRORua D. Nuno Álvares Pereira, 423/301

918 447 326 · 967 094 215

PRONTO SOCORROPaulo Esteves e Ana Silva, Lda.

PUB.

NOTÍCIAS MATOSINHOS | PATRIMÓNIO 19NOTÍCIAS MATOSINHOS | ONDE PARAM 18 06.201206.2012

Page 11: Notícias de Matosinhos nº34

Parece que estar no coiso é uma oportunidade, segundo reza a palavra do nosso Primeiro.

Pelos vistos, o Álvaro agarrou na oportunidade e saiu-lhe o coiso pela boca fora, quando

segurava na mão perto de 1.000.000 de portugueses que

estão repletos de oportunidades.O coiso do Álvaro atormenta-

-nos e só alguém com os coisos no sítio é capaz de aguentar

tanto disparate vindo de um só governo há tão pouco tempo

eleito. O coiso do Álvaro cresce a um ritmo alucinante e parece incapaz de parar, numa espécie

de Viagra de longo prazo que parece não ter fim à vista. O

pior é que aqueles que agora es-tão num plano de oportunidade

não poderão processar a far-macêutica por possíveis danos causados. O coiso está aí, firme

e hirto, e afecta uma popula-ção cada vez mais descrente.

Importa, por isso, que do coiso se faça força para lutarmos

pelas oportunidades que todos temos de ter. Mesmo aqueles

portugueses menos mediáticos que não aparecem nos límpidos,

claros e objectivos relatórios das secretas que o ministro

Relvas alega desconhecer.O coiso de que falava o Álvaro

era o desemprego. Faltou-lhe a palavra, pois claro. Pode

acontecer a qualquer um que não dê a mínima importância

ao assunto.

O coiso do Álvaro é uma oportunidade

Ricardo Santos

Desta vez, algumas dicas que ajudarão os mais incautos a evi-tarem situações desagradáveis.Cada vez mais, há novos e menos novos a andarem de bicicleta nas nossas ruas, não propriamente para fazer bem ao corpo mas para ajudar o bolso. É importante que saibam que as passagens para peões não são para ciclistas, isto é, não podem os ciclistas atravessar nas passadeiras pensando gozar de prioridade. Cautela!Senhores condutores, ao muda-rem de direcção, os peões gozam de prioridade, desde que tenham iniciado o atravessamento da via onde o condutor vai entrar. Ainda que não exista passadeira assinalada no pavimento, (o não cumprimento desta norma, além de ter uma sanção pecu-niária, é considerada contra-or-denação grave, que pode levar a uma inibição de conduzir).O acesso às rotundas, bem como a circulação no seu interior e respectivo abandono requer uma postura correcta, que a grande maioria dos condutores desconhece ou propositada-mente não respeita. Assim, o condutor deve aceder à rotun-da de acordo com o destino pretendido, (se vai sair na 1ª saída, 2ªsaida, etc) feita a opção, o condutor cede a passagem a quem circula na rotunda e ao descrevê-la deve progres-sivamente ir mudando de via até chegar àquela que mais se adequa à saída pretendida. Claro que usando sempre os respec-tivos sinais regulamentares (pisca-pisca). Há muito tempo que a circulação nas rotundas já não se faz sempre na via mais à direita e não se muda de via na diagonal. Notem, um local só é considerado rotunda quando lá se encontra o sinal.Finalizo as minhas dicas lem-brando que o cinto de segurança é para todos os ocupantes do veículo. Sem excepção! Até breve.

Desta vez, algumas dicas...Mafalda Portela

Dia 05 – O Rotary Club de Matosinhos realizou uma vez mais a Ceri-mónia de Entrega dos Prémios Escolares com o objectivo de premiar os alunos que mais se destacaram nas escolas do concelho, e não só, no ano lectivo de 2010/2011. O evento decorreu no Salão Nobre da Câmara Municipal de Matosinhos.

Dia 09 – A Biblioteca Florbela Espanca comemorou o seu sétimo ani-versário. Para assinalar a data, a Câmara Municipal levou a cabo um conjunto de iniciativas que incluiu a apresentação de obras, sessões de leitura, exposições, mostra de artesanato, música, dança e workshops. A biblioteca municipal assume-se, hoje, como um equipamento cultural dinâmico com um papel importante na valorização e divulgação do património e da memória colectiva do concelho, na criação de condições que permitem a reflexão, o debate e a criação artística e como promotor da leitura, do livro e da literacia.

Dia 10 – José Freitas apresentou a sua candidatura à secção do PS de Leça do Balio, contando com um grupo “jovem” e “dinâmico” que pretende “afirmar Leça do Balio no panorama político local e regional” e trabalhar “por uma secção de proximidade”.

Dia 11 – Foram inauguradas as iluminações das Festas do Senhor de Matosinhos.

Dia 11 – Antigas alunas do Internato da Nossa Senhora da Conceição inauguraram a 15ª exposição e venda de rendas, bordados e tapeçarias na Casa das Artes. A decorrer até dia 03 de Junho.

Dia 12 – Abertura da Feira de Artesanato de Matosinhos.

Dia 16 – Começou a Feira Pedagógica na Escola Gonçalves Zarco. A feira decorre todos os anos e conta com stands tanto de áreas relacionadas com o ensino regular como com o profissional.

Dia 16 – A Juventude Socialista de Leça da Palmeira promoveu uma conversa informal entre o actual presidente da Junta de Freguesia, Pedro Sousa, e os jovens de Leça da Palmeira, numa iniciativa intitulada como “Café com Pedro Sousa”, que decorreu no Bar do Óscar.

Dia 18 – Câmara Municipal e NAPESMAT - Núcleo de Amigos dos Pes-cadores de Matosinhos assinaram, no Museu da Quinta de Santiago, um protocolo para a integração do Núcleo Museológico do Mar na MuMa

– Rede Museus de Matosinhos. Localizado na antiga Escola Primária do Bairro dos Pescadores, a nova sede social do NAPESMAT, o Núcleo Museológico do Mar foi criado em Março deste ano para dar vida e preservar memórias com a exposição de objectos que fizeram parte do “modos vivendi” de tempos passados na comunidade dos pescadores de Matosinhos, oferecidos por estes ou pelos seus familiares à instituição.

Dia 19 – Pedro Sousa apresentou a sua candidatura ao Secretariado do Partido Socialista de Leça da Palmeira no Auditório da APDL. Perante mais de uma centena de pessoas, Pedro Sousa destacou como principal objectivo o combate às políticas governamentais de direita ultra-liberal. A constituição de um gabinete autárquico a e elaboração de um ma-nifesto eleitoral autárquico foram também apontadas como medidas prioritárias no seu programa. Guilherme Pinto sublinhou a “energia do jovem candidato”, exemplificando com o “combate à extinção das juntas de freguesia.”

Dia 21 – Guilherme Pinto visitou quatro instituições particulares de solidariedade social que integram a Rede Social de Matosinhos e di-reccionam a sua intervenção para as pessoas seniores e portadoras de deficiência, marcando o progresso e qualificação da intervenção social no concelho de Matosinhos. O presidente da Câmara visitou a obra de ampliação do Centro Social de Leça do Balio, que permitirá criar mais 21 vagas em lar para pessoas idosas, a obra de um novo edifício da AA-JUDE – Associação de Apoio à Juventude Deficiente, que será composto por lar residencial, CAO (Centro de Actividades Ocupacionais) e SAD (Serviço de Apoio Domiciliário), o evento de recepção da nova viatura para apoio domiciliário da Associação de Apoio Social de Perafita e a obra de construção do lar para mais 57 pessoas idosas do Centro Social Paroquial Padre Ângelo Ferreira Pinto.

Dia 21 – Joaquim Jorge recebeu a Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, para mais um debate do Clube dos Pensadores, que decorreu no hotel Holiday Inn em Gaia. O tema do debate foi “Agricultura, Mar, Ambiente e Território”. A ministra dissertou sobre o que o seu ministério fez num ano de go-vernação, tendo depois respondido a várias questões de Joaquim Jorge e dos participantes que encheram a sala do hotel. Entre os vários temas que abordou, Assunção Cristas revelou-se atenta ao sector agrícola, onde pretende ver mais jovens e conferir dignidade a quem escolha o campo para viver e produzir. Joaquim Jorge classificou a ministra como uma mulher que “sabe o que quer, como fazer e que caminho tomar.”

Dia 23 – Matosinhos recebeu um dos debates do ciclo “Conversas em Rede”, organizado pela Docapesca – Portos e Lotas, S.A. em parceria com o sector e entidades locais, que teve como tema “A Valorização do Pescado em Portugal e a Fuga à Lota”. O evento decorreu em formato de tertúlia, com a audiência a participar na discussão do tema, no Mercado de 2ª Venda da Docapesca de Matosinhos.

Dia 24 – Igreja do Bom Jesus de Matosinhos recebeu o ciclo de con-ferências “À conversa com a História”, com uma conferência de Liliana Silva, Mestre em História de Arte pela Universidade do Porto, intitulada “A Fé, a Imagem e as Formas. Uma proposta para o estudo iconográfico dos retábulos de talha dourada da igreja do Bom Jesus de Matosinhos”. Esta conferência, integrada no programa das Festas de Matosinhos, resultou de um trabalho de investigação efectuado no âmbito da realização de uma tese de mestrado em História de Arte acerca da iconografia da imagem do Bom Jesus.

Dia 25 – Estreia a peça “A Casa Encantada” no Cine-Teatro Constan-tino Nery, inspirada em ”A Casa encantada“ (Spellbound) , título dado ao filme de 1945, realizado por Alfred Hitchcock, particularmente famoso pela cena que inclui um momento onírico vivido pelo perso-nagem central, ilustrado pelo pintor Salvador Dali. A peça consiste numa instalação encenada onde o actor procura uma relação mais próxima com o espectador, com várias figuras das artes do século XX que deambulam pelos espaços num contexto surrealista falando sobre temas comuns a todos nós - o amor, a obra, a vida e a morte. Estará em cena até dia 09 de Junho.

Dia 25 – Dia Internacional das Crianças Desaparecidas. A Junta de Matosinhos organizou em parceria com a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas uma caminhada em que participaram mais de 5.000 crianças e população em geral, que contou com a presença de pais de crianças desaparecidas, a mãe de Rui Pedro, Rosa Mota e Margarida Durão Barroso. A iniciativa contou ainda com a apresen-tação de um software para localização de crianças nesta situação.

Dia 25 - “Inova +” e “Victor Hugo A. Pereira, Fotografia e Imagem, Lda” são as mais recentes empresas instaladas no Centro de Inova-ção de Matosinhos, espaço que outrora acolheu o antigo matadouro municipal. Neste dia, o Presidente da Câmara deu as boas vindas aos novos inquilinos das áreas da inovação e indústrias criativas, meio ano depois da vinda do Grupo Impresa.

Dia 26 – Salão Nobre da Junta de Freguesia de Matosinhos recebeu um workshop de danças latino-americanas, uma iniciativa que se inseriu no plano de angariação de fundos para o programa SonRise – Autismo.Dia 26 – O Movimento União Leixonense reuniu centenas de adeptos com as cores do clube numa concentração junto à Câmara de Matosinhos. A iniciativa visou mostrar “a força e mística” do Leixões, que “atravessa um momento crítico, de muitas dificuldades e incertezas relativamente ao futuro.”

Dia 26 – Abriu oficialmente a III Feira do Livro de Leça da Palmeira, que decorre até dia 10 de Junho com uma série de actividades. Destaque para a temática da extinção das freguesias, que será debatida no dia 09 de Junho, e para a noite de Fados que decorre no dia 10 de Junho, entre muitas outras.

Dia 27 – Decorreu a tradicional procissão do Senhor de Matosinhos.

Dia 28 – Começaram a ser demolidos os anexos ilegais no Bairro dos Pescadores. A Câmara dá assim início ao processo de requalificação do bairro, que visa “recuperar a traça típica” que o caracterizava no passado. A autarquia anunciou que “além das recuperações ao nível da arquitectura paisagística, serão intervencionadas, recuperadas e reabilitadas todas as fachadas deste núcleo de edifícios.”

Dia 28 - A Unicer e a Câmara Municipal de Matosinhos, através da Mato-sinhos Sport, assinaram um protocolo de cooperação para a promoção e divulgação de um conjunto de iniciativas e eventos de carácter cultural e desportivo da autarquia. Entre estas iniciativas encontram-se as festas do Senhor de Matosinhos e a Festa do Mar.

Dia 29 – Feriado Municipal. Decorreu uma Eucaristia Solene do Bom Jesus de Matosinhos presidida pelo Bispo do Porto, D. Manuel Clemente, na Igreja Paroquial.

Dia 30 – A Associação Portuguesa de Portadores de Ictiose terminou mais uma campanha de recolha de cremes, para as quais “o apoio de diversos laboratórios tem sido muito importante”. A presidente Vera Beleza tem lutado por mais apoios para esta doença, estando a aguardar uma portaria que permita aos portadores de ictiose obter tratamentos gratuitos. Entre-tanto a associação encontra-se também a realizar a recolha de tampas de embalagens em plástico, sendo que cada tonelada “oferece” 200 euros à ASPORI. Até ao momento já foram arrecadadas três toneladas, um número que irá certamente aumentar com o apoio dos matosinhenses, e não só.

CLUBE DOS PENSADORES DIA 21

CAmINhADA SOLIDARIA DIA 25

MATOSINHOS

918 887 163

2106.2012NOTÍCIAS MATOSINHOS | DIÁRIO DE BORDO

Page 12: Notícias de Matosinhos nº34

Um clube ao serviço da comunidade

Com organização do Clube de Vela Atlântico e da Federação Portuguesa de Vela realizou-se em Matosinhos o EDP – VII Cam-peonato de Portugal de Juvenis, que contou com a participação de 120 velejadores do continente e ilhas. Ao longo dos quatro dias de prova foram disputadas as 12 regatas previstas no programa.

Nos dois primeiros dias, predominou o vento fraco com Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos a terminar a primeira jornada na frente e Rodrigo Correia, do Clube Naval de Portimão, a liderar no final da segunda jornada.No terceiro, o vento aumentou de intensidade e Serra somou três vitórias que lhe deram o comando à frente de Correia e de Miguel Santos, do Clube de Vela da Costa Nova.No dia de todas as decisões e sob condições difíceis de vento e mar, apenas o Grupo de Ouro esteve na água. Tiago Serra consolidou o primeiro lugar sagrando-se Campeão de Portugal de Juvenis. O jovem velejador do Clube de Vela de Lagos terminou com 40

pontos de vantagem sobre Miguel Santos e 43 do seu companheiro de clube, Rodolfo Pires.No sector feminino, Francisca Pinho, do Sport Club Porto, con-quistou o título, seguida de Rita Lopes, do Sport Algés e Dafundo e de Ana Mariz, do Clube Naval de Leça.Tiago Serra (Clube de Vela de Lagos), Miguel Santos (Clube de Vela da Costa Nova), Rodolfo Pires (Clube de Vela de Lagos), Diogo Costa (Clube de Vela Atlântico) e Francisca Pinho (Sport Club Porto) garantiram a qualificação para o Mundial de Optimist, a realizar de 15 a 26 de Julho, em Boca Chica, na República Dominicana.Rodrigo Correia (Clube Naval de Portimão), Rita Lopes (Sport Algés e Dafundo), Emanuel Duarte (Clube Naval de Portimão), Henrique Frutuoso (Sport Club Porto), Francisco Mourão (Sport Algés e Dafundo), Ana Mariz (Clube Naval de Leça) e Mafalda Pires de Lima (Clube de Vela Atlântico) estarão no Campeonato da Europa, a disputar entre 30 de Junho e 8 de Julho, em Lignano Sabbiadoro, Itália.

O evento teve a

participa-ção de 120

velejado-res do

continente e ilhas.

EDP - VII Campeonato de Portugal de Juvenis

É Presidente do Balio Futsal Clube, faz do clube a sua primeira casa e é com carinho e alguma comoção que Joaquim Pereira nos fala não dos craques que espera que ali cresçam, mas sim da esperança que tem em que de ali saiam Homens de grande carácter.

NM- É um clube jovem, com apenas seis anos de vida. Como e porquê foi criado o Balio Futsal Clube?JP- A ideia surgiu de um grupo de 14 pessoas que se mantêm unidos há muito tempo, e depois decidimos fazer uma colectividade que seria para se chamar Futsal Amigos de Santana e quando fomos pedir para registar o clube tínhamos que dar três nomes e aí optou-se pelo Balio Futsal Clube. A ideia era dar a entender que pertencia a Leça do Balio.

NM- Onde treinam? JP- Nós treinamos no Pavilhão Municipal de Leça do Balio.

NM- Qual foi o melhor momento do clube até hoje?JP- Foi desde que começamos a apostar nos seres humanos. Os clubes em geral pretendem craques, nós somos diferentes, o nosso objectivo é formar homens, e como temos equipas muito jovens isso é possível.

NM- Que dificuldades têm encontrado pelo caminho?JP- Essencialmente monetárias. Dificuldades humanas não, estamos rodeados de seres humanos maravilhosos, estamos aqui para servir, não para ser servidos. Para combater isso, em conjunto com a Junta de Freguesia de Leça do Balio fazemos recolhas para ajudar os mais carenciados.

NM- Qual é a constituição actual do clube? JP- Ao todo 17 membros na direcção, mas o grupo é muito grande, é composto por mais 40 pessoas e muitos deles fazem questão de par-ticipar, de ajudar, e quando é para decidir algo, todos são chamados. Ao todo temos perto de 100 associados.

NM- Em que campeonatos se encontra e que resultado tem obtido?JP- Iniciámos na 3ª divisão e passámos para a 2ª, mas esta épo-ca correu bastante mal. Estamos de momento a apostar mais na formação e já conseguimos subir dois juniores. Não temos conseguido campeonatos, mas, em recompensa, temos formado “Homens para a vida”.

NM- Fale-nos da formação.JP- O Balio Futsal Clube tem uma academia, que tem como objec-tivo ir “recolher” crianças com algumas carências e integrá-las, e entre todos os membros tentamos arranjar soluções para a aquisição de equipamentos.

NM- Quais são as consequências do corte dos subsídios por parte da câmara para a vossa instituição? Disse numa entrevista que “não é esta situação que vai acabar com o clube”, mas...JP- Aquilo que eu acho é que contrariamente ao que se possa pen-sar nós não estamos parados, é necessário fazer algo para colocar termo a esta situação. Uns dizem que a Câmara não paga porque não quer, outros dizem que a Câmara não paga por causa da Lei 8/12, sinceramente aquilo que eu tenho vindo a reparar nas mais diversas opiniões é que a Câmara não paga porque não quer. A Câmara deve ponderar as dificuldades que atravessamos e pelo menos ajudar nas inscrições para a formação.

NM- Quais são as aspirações do clube e os seus projectos para o futuro?JP- O nosso objectivo é formar jovens, temos um gabinete montado com equipamentos de fisioterapia, dois massagistas, um médico de clinica geral, um fisioterapeuta e duas psicólogas. Isto porque a juventude necessita de quem os ajude, existem jovens que passam por grandes dificuldades.

O DAHP – Desporto Adaptado do Hospital da Prelada organi-zou em parceria com o Grupo Desportivo 4Caminhos, sede-ado na Senhora da Hora, o II Open de Orientação de Precisão, no passado dia 05 de Maio.A iniciativa, que teve mais de 150 participantes e, como pa-drinhos, a atleta da República Checa Hanka Doležalová e o antigo jogador Fernando Go-mes, Bi-Bota de Ouro do Futebol Clube do Porto, contou para a Taça de Portugal da modalida-de e encerrou o II Circuito de Orientação de Precisão “Todos Diferentes, Todos Iguais”.

O desporto e a inclusão esti-veram de mãos dadas durante todo o evento, que reuniu atle-tas dos escalões Paralímpico (para atletas federados com mo-bilidade reduzida), Aberto (para atletas federados sem mobili-dade reduzida e não federados, com ou sem mobilidade reduzi-da) e Iniciação (para atletas que nunca tenham participado, com ou sem mobilidade reduzida). A par da Orientação de Precisão, o II Open do Hospital da Prelada organizou ainda uma activi-dade de Orientação Adaptada, dirigida a pessoas portadoras de deficiência intelectual.

A prova desenvolveu-se entre o Hospital da Prelada e o Parque da Prelada, tendo, na categoria Paralímpica sido vencedora Dia-na Coelho, do DAHP, alcançando assim a terceira vitória consecu-tiva em etapas pontuáveis para a Taça de Portugal de Orientação de Precisão. Na categoria Aber-ta, António Amador, do clube Ori-Estarreja, foi o grande ven-cedor com a totalidade das dez respostas correctas. Quanto à iniciação, a afluência de partici-pantes excedeu as expectativas da organização, tendo cerca de uma centena de pessoas, entre inscrições individuais e em gru-

Open de Orientação de Precisão po, realizado o percurso de um quilómetro com sete pontos de observação.Fernando Gomes confessou no final que “não percebia bem o que era a Orientação mas, depois de fazer estes percursos, fiquei maravilhado com esta activida-de”. O padrinho do evento salien-tou mesmo pontos em comum com o futebol: “Necessitamos de concentração, de tomar decisões acertadas e de pensar rápido, tudo isto para termos êxito.”Esta foi uma iniciativa que mos-trou que o desporto pode mes-mo ser praticado por todas as pessoas.

NOTÍCIAS MATOSINHOS | DESPORTO

Os clubes pretendem craques, nós somos diferentes, o nosso objectivo é formar homens.

O desporto e a inclusão estiveram de mãos dadas durante todo o evento.

2306.2012

Page 13: Notícias de Matosinhos nº34

AAssociação de Restaurantes de Matosinhos (ARM) está a criar uma cooperativa para os seus associados que visa prestar-lhes um melhor serviço e potenciar o seu negócio, numa altura em que a restauração se vê afectada com o aumento do IVA e as dificuldades

que os sectores que a rodeiam atravessam.A ARM vive exclusivamente da quota dos seus associados, o que, como explica o presidente Rui Sousa Dias, “não é suficiente para fazer face àquilo que é o mínimo.” Mas mais do que o mínimo, a associação pretende concretizar os projectos que tem em carteira para aumentar o número de clientes nos seus restaurantes, algo

“prioritário” e que implica maiores recursos.A criação de uma cooperativa foi a solução encontrada. Com sede nas instalações da ARM, a cooperativa será propriedade dos seus associados, que dividirão entre si as obrigações e os proveitos de forma igual, e terá uma personalidade jurídica e fiscal autónoma em relação à associação, que a promove mas não a integra no seu seio por questões fiscais. A ARM é uma entidade sem fins lucra-tivos e por isso, explica o presidente, “não podemos ter nada que esteja em regime de facturação como uma empresa, algo que é fundamental para colocar em funcionamento, por exemplo, um gabinete técnico, com todas as despesas que daí decorrem, e movimentar as pessoas.”Um dos serviços que terá possibilidade de ser concretizado com a cooperativa será a central de reservas, que vai trabalhar em parceria com operadores de cruzeiros e hotéis, numa fase inicial, do concelho, e, posteriormente, da região metropolitana do Porto, que “é um destino vivamente aconselhado em quase todo o mundo, por ser seguro, ter uma grande diversidade de oferta e ser bara-to.” A gastronomia de Matosinhos será, assim, promovida junto de turistas de todo o mundo a bordo dos cruzeiros e nos hotéis, que depois entrarão em contacto com a cooperativa para fazer reservas, que as distribuirá, por sua vez, pelos seus restaurantes.Em vista está também uma central de compras. “Há produtos que todos nós compramos e se calhar ao mesmo fornecedor.

Associação de Restaurantes cria cooperativa

Porque não centralizar a compra de um determinado produto na cooperativa? E, como é um grupo de 20 ou 30 pessoas que faz a compra, e não apenas duas ou três, faz sentido rever condições junto do fornecedor.”Neste momento a ARM encontra-se a fazer a consulta aos asso-ciados, que terão, na sua totalidade, acesso à integração nesta cooperativa. “Dependendo do número de associados, vamos perceber que tipo de esforço é que vamos pedir a cada um, porque sabemos aquilo que é necessário” adianta Rui Sousa Dias. A ARM continuará a fazer o acompanhamento ao associado de acordo com os seus estatutos, mas “tudo o que venha a obrigar a uma actividade comercial, a uma dedicação de tempo das pessoas que aqui estão” serão do usufruto dos restaurantes que se unirem no projecto da cooperativa.

Rua Heróis de Françanº 211 3º Esq. 4450-158 Matosinhos - PortugalT. +351 220 962 [email protected]/armatosinhos

Caros leitores e enófilos, este mês estou a sugerir-lhes um vinho que é uma homenagem à amizade, o RISO 2010 tinto. Segundo o produ-tor, trata-se de muito mais que um vinho, é -“uma atitude de partilha”.

RISO 2010 Segundo o mesmo - “A 7 de Setem-bro iniciámos a vindima. Este foi um dia de homenagem a alguém que nos inspirou muito, convocando-nos para o sentido da Festa e da Vida, António de Souza-Cardoso faria 87 anos. Ele foi um coleccionador de afectos, de amigos e emoções. Com Ele homena-geamos todos, os nossos Pais e Avós que nos ensinaram o valor transcen-dente da Terra e da Família. Fizemos questão de sermos nós, familiares e amigos, a colher o produto desta terra abençoada, numa vindima que juntou gerações e que celebrou a verdadeira amizade.”

Vinificação/Maturação: Vindima manual para caixa de 12 Kg. Seguindo nova selecção em tapete de escolha, desengaço e suave esma-gamento. As uvas fermentaram em balseiro a temperaturas controladas. Real¬izaram-se macerações longas, maturação em barricas novas de car-valho francês (75%) e americano (25%) durante 12 meses.

Notas de Prova:Vinho de cor rubi de boa profundidade.Aroma intenso e complexo, fruta vermelha silvestre madura bem evidente, floral a violeta, balsâmico e

ligeira nota de cacau, característica de uma boa matura¬ção. A madeira de muito boa qualidade perfeitamente envolvida.Na boca, enche-nos de prazer. Evi-dencia uma boa estrutura, taninos

Região: Alentejo/ QuintosCastas: Touriga Nacional (84%) e Sousão (16%)Vol Alc%: 13%PVP: 14,00€Produtor: Sousa Otto & Friends

redondos, firmes e de boa textura, aci-dez bem integrada a evidenciar bem a sua frescura. Confirma a fruta ver-melha silvestre madura, especiado a pimenta, com um final muito longo distinto mas harmonioso e que nos dá imenso prazer.Acompanha bem um peixe de forno ou uma cabeça de cherne cozida, até umas costeletas de borrego ou umas tripas à moda do Porto, enquanto se ouve “O Cavaleiro e a Rosa” de Ri-chard Strauss.

Até ao próximo mês com mais Vinhos

Bernardino Costa

NOTÍCIAS MATOSINHOS | GASTRONOMIA 25

Participe !!! Venha passar

um dia divertido com o

Notícias Matosinhos!!!

06.2012

Page 14: Notícias de Matosinhos nº34

Hotel Porta do Sol em Caminha, uma terra

onde o mar, o rio e a

montanha se tocam

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27NOTÍCIAS MATOSINHOS | FIGURAS 06.2012

NOTÍCIAS MATOSINHOS | ONDE COMER

PROGRAMAS VERÃO“LOW COST”

Programa Verão 7 noites - Meia / Pensão

→ Situado em Matosinhos o The Wine Bar é um espaço acolhedor e charmoso, com paredes de granito e mobili-ário retro. Um bar de vinhos com uma oferta a copo ou à garrafa, das várias regiões de-marcadas. Destacam-se os vinhos Portu-gueses e Internacionais. Para acompanhar o néctar dos deuses existe uma boa va-riedade de petiscos.

Música ao vivo 5 feiras e sextas.

RESTAURANTE THE WINE BAR

Avenida Serpa Pinto 2974450-281 MATOSINHOSTlm.: 911191317www.thewinebar.com

ABERTO TODOS OS DIAS

→ O “Mar na Brasa”, está si-tuado na Avenida Serpa Pinto e é talvez um dos restaurantes mais antigos da cidade, se não o mais antigo. Conhecido pela simpatia do seu proprietário, Albino Pinto, este restau-rante marca a gastronomia de Matosinhos há 25 anos. É aqui que se pode comer um bom bacalhau à Lagareiro, ou até mesmo um robalo no sal acompanhado com arroz de grelos, feito à boa moda tradi-cional. O cuidado e a atenção que este estabelecimento dá

aos seus clientes que fazem deste restaurante um sucesso.O “Mar na Brasa” é um restau-rante que prima pelo aten-dimento e pela qualidade da sua comida. Um restaurante aberto a to-dos onde todos são iguais e onde o atendimento chega a ser mesmo personalizado. É devido a este serviço perso-nalizado e a pensar no bem--estar do cliente que o Mar na Brasa oferece aos seus clien-tes um serviço de entrega ao domicílio.

RESTAURANTE MAR NA BRASA

Avenida Serpa Pinto, 4644450-277 MatosinhosTlf: 229 372 371www.marnabrasa.pai.pt

Horário: 12h às 16h / 19h às 24hAbertos todos os dias

→ Duas gerações... o Senhor Manuel Marinho trabalhou durante 50 anos como barbeiro, o filho António Marinho segue-lhe as pisadas.

→ António Monteiro não está de férias... Podem encontrá-lo na Rua Mouzinho de Albuquerque em Matosinhos, onde conti-nua a prestar um excelente serviço aos seus clientes e amigos.

→ Mário Costa, um jornalista convidado pelo Albino Pinto a almoçar no Mar na Brasa.

Page 15: Notícias de Matosinhos nº34

“Contos Consentidos”António de Souza-Cardoso lança livro

Na sua visita ao Fórum do Mar, que decorreu de 10 a 12 de Maio na Exponor, Cavaco Silva defendeu a exploração do mar como “um verdadeiro objectivo estratégico nacional.” O evento, que resultou de uma organização conjunta entre a As-sociação Empresarial de Portugal e a Oceano XXI – Associação para o Conhecimento e Economia do Mar, mostrou o potencial do mar para a economia portuguesa. Além da Feira Internacional do Conhecimento e Economia do Mar, o evento contou com um ciclo de conferências onde foram desenvolvidos temas relacionados com as energias renováveis offshore, a segurança marítima, a internacionalização da economia do mar e a cooperação inter-

-regional, e também com encontros de negócio entre decisores e compradores nacionais e internacionais, de cerca de uma dezena de países.Insistindo “nas potencialidades que o Mar encerra para o desen-volvimento económico do país”, o Presidente da República reco-nheceu que “o empreendedorismo nesta área da nossa economia tem sido limitado” e que “não tem sido fácil em Portugal passar das potencialidades às oportunidades de negócio.” Mas Cavaco Silva referiu que existem alguns sinais positivos, “sinais que vêm das autarquias locais, das zonas costeiras do nosso país, das uni-versidades, das organizações empresariais. Também temos agora um Secretário de Estado do Mar que reconhece as potencialidades desse nosso recurso natural e temos aqui este Fórum do Mar, que é uma forma de pôr em contacto todos aqueles que se interessam pela economia do mar e estabelecerem redes de cooperação.”O presidente referiu que são necessárias “empresas no sector, médias empresas com vocação para a inovação e modernas tec-nologias”, assim como “facilitar o licenciamento da exploração do Mar e do domínio público marítimo” e “captar investimento estrangeiro”. Esta foi uma das razões que levaram Cavaco Silva à Finlândia, onde “tive uma reunião acompanhado de vários empresários portugueses, do senhor Secretário de Estado e do Presidente do Cluster do Mar, para verificar como os Finlande-ses num período curto de tempo conseguiram desenvolver um Cluster do Mar.”O presidente alerta para o facto de “não podermos desaproveitar este que é um dos mais importantes recursos naturais que temos, e eu acredito que insistindo e aguardando as decisões que o gover-no irá tomar não daqui a muito tempo nesta área conseguiremos algum progresso tirando partido da produção mais intensa de todos os recursos que podem ser obtidos do mar e também para a criação de emprego” concluiu.

Fórum do Mar Mostra o potencial do mar para a economia portuguesa

NOTÍCIAS MATOSINHOS | À NOITE

→ O Lais de Guia está intima-mente ligado ao mar, quer pela sua localização, em plena praia de Matosinhos, quer pelo pró-prio edifício, que nos transmite a sensação de estarmos num na-vio. Também o nome tem origem num dos nós mais usados na fai-na marítima, nomeadamente para atracar os barcos que che-gam ao porto de abrigo.O espaço é um marco em Mato-sinhos e ganhou fama que che-ga muito além das fronteiras do concelho. Com o mar como pano

LAIS DE GUIA

Avenida Norton de Matos4450 - 208 MATOSINHOS Tlf: 22 9381428 [email protected]

→ Situado em Matosinhos o The Wine Bar é um espaço acolhedor e charmoso, com paredes de granito e mobili-ário retro. Um bar de vinhos com uma oferta a copo ou à garrafa, das várias regiões de-marcadas. Destacam-se os vinhos Portu-gueses e Internacionais. Para acompanhar o néctar dos deuses existe uma boa va-riedade de petiscos.

Música ao vivo 5 feiras e sextas.

RESTAURANTE THE WINE BAR

Avenida Serpa Pinto 2974450-281 MATOSINHOSTlm.: 911191317www.thewinebar.com

ABERTO TODOS OS DIAS

de fundo e música ambiente se-lecionada, está aberto durante todo o ano, proporcionando o prazer de tomar uma bebida ou saborear uma refeição na agra-dável esplanada virada para o mar, ou então no conforto do in-terior, nos dias frios de inverno.O Lais de Guia é também uma referência na noite do grande Porto, sendo frequentado por pessoas de todas as faixas etárias, que aí encontram um excelente ambiente. Ocasionalmente pro-move eventos sociais.

António de Souza-Cardoso lançou o seu primeiro livro, “Contos Con-sentidos”, em Abril, na Associação Nacional de Jovens Empresários.Administrador, empresário, comentador televisivo, colaborador em várias revistas e jornais, professor e escritor – são apenas algumas das experiências que o sobrinho-neto do internacionalmente reco-nhecido pintor Amadeu de Souza-Cardoso acumula no seu primeiro livro “Contos Consentidos”. Para o autor, Contos Consentidos “é um Livro de confissões, de intimi-dades, de sentidos. É um Livro feito com os Amigos e para os Amigos. É um espaço em que eu consinto e partilho vivências, memórias e afectos. É um pouco de mim mas principalmente de como eu sinto o outro. Aquele que me interessa e também me pertence.”Com prefácio de Miguel Esteves Cardoso e posfácio de Manuel Serrão, Contos Consentidos congrega um conjunto de seis contos – cada um deles dedicado a um sentido diferente, aos quais se somam a intuição.Uma obra que explora o universo português tradicional – o retrato de um certo Portugal desaparecido.A obra conta com ilustrações de Graça Paz, Katty Xiomara, Maria do Rosário Cruz, Paulo Teixeira Pinto, Rita Sousa-Cardoso Macedo e Rui Zink.Após o lançamento no Porto, que contou com a apresentação de Katty Xiomara e Manuel Serrão, “Contos Consentidos” foi também apresentado em Maio na Fnac do Chiado, em Lisboa, desta vez com Paulo Teixeira Pinto e Rui Zink.

Biografia

Licenciado em Direito pela Faculdade de Ciências Humanas da Uni-versidade Católica Portuguesa e pós-graduado em Economia Europeia e em Direito Comunitário pelo Centro de Estudos Europeus da mesma universidade, cedo despertou o seu espírito empreendedor.António de Souza-Cardoso dedicou grande parte da sua actividade profissional à Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE), a qual dirigiu durante 18 anos e presidiu à equipa que concebeu e lançou a Academia dos Empreendedores, primeira iniciativa desta natureza lançada pela ANJE em 1996 ou o Portugal Fashion em 1995. Depois do cargo exercido na ANJE, António de Souza-Cardoso não descurou o espírito empreendedor que bem o caracteriza e dedica--se actualmente à gestão de empresas, para além da presidência do Congresso da Causa Real – Federação das Reais Associações - e da Direcção da AGAVI – Associação para a Promoção e Apoio da Gas-tronomia, Vinhos, Produtos Regionais e Biodiversidade.

28NOTÍCIAS MATOSINHOS | EVENTOS

Mudar de vida? Porque não?

O nosso Primeiro-Ministro não pára de nos surpreender.

Mais uma vez ele tirou um “coe-lho da cartola”.

Eu não vou dizer que ele é um génio, porque é obviamente

exagerado, mas de facto ele é no mínimo uma mente superior.

Eu sou daqueles que começa a ficar farto de lamúrias e pieguices, em que infelizmente os portugue-

ses são tão tristemente pródigos.Os sindicatos, como sempre,

atacam o Governo duma forma desenfreada por causa do suposto

aumento da taxa de desemprego.É triste. É sempre a mesma coisa,

uma visão catastrófica da reali-dade, em que parece que tudo vai

dar ao abismo.Haja paciência!

Pensem comigo. Querem ou não querem mudar de vida?

Estão à espera de quê?Espero eu que não estejam a pen-

sar mudar de vida, continuando a fazer as mesmas coisas, ainda por

cima, rotineiras e aborrecidas.Para mim, chegou a hora de dar um murro na mesa e mudar os ponteiros do relógio da minha

vida.Realmente, acordar de manhã, sempre à mesma hora, ir traba-

lhar para ganhar um dinheirito para poder comer a sopa todas os

dias, é no mínimo enfadonho.Basta!

Vou aceitar a sugestão do nosso Primeiro-Ministro, vou despedir o meu patrão e vou passar a fazer parte do 15% de privilegiados que

não têm patrões para aturar e que podem fazer o que muito bem

entendem.Já me estou a imaginar a apanhar sol na foz a olhar para o mar sem fazer absolutamente nada de útil.

Parece um sonho…mas está quase.Posso até correr o risco de entrar

em incumprimento em relação às minhas contas, mas para isso está

cá a Troika…Quanto a vocês não sei, mas eu

não vou deixar fugir esta oportu-nidade…

Paulo Ferreira

29NOTÍCIAS MATOSINHOS | EDITAL 06.201206.2012

Page 16: Notícias de Matosinhos nº34

Palavras Cruzadas

Sudoku

Ter VozSara Antunes de OliveiraJornalista SIC

3106.2012NOTÍCIAS MATOSINHOS | OPINIÃO 3006.2012 NOTÍCIAS MATOSINHOS | JOGOS

Director Francisco Samuel BrandãoDirector Adjunto Mário A. CostaChefe Redacção Patrícia PinhoCorpo Redactorial Emídio Brandão, Isabel Costa Pereira, Ivo Vaqueiro, Júlio Pinto da CostaColaboradores Bernardino Costa, Joana d´Oliveira, Lurdes Costa, Luís Laboreiro, Mafalda Portela, Manuel Leão, Nuno Campos, Paulo Ferreira, Ricardo Santos, Rui Viana Jorge, Victor PalhãoDirecção Comercial e ComunicaçãoSandra CoimbraConteúdos Editoriaise FotografiaPaula Monteiro, Pegada CriativaDesign Gráfico Diogo Vareta, Pegada CriativaProdução Marlene PereiraSecretariado Américo FrazãoPublicidade Ilda EstrelaDistribuição Norberto PereiraPropriedadeEmibra, Lda.E-mail [email protected] [email protected]ção PostalApartado 21534451-901 MatosinhosTlf. +351 229 999 318Fax +351 229 999 319Registo ERC 125730Periodicidade MensalTiragem 5.000 Exemplares (gratuito)ISSN 1649-3639

Ficha Técnica

MATOSINHOS937 731 177

Soluções

Vamos falar de mais um ponto relevante para uma boa deco-ração

LUMINOSIDADELUZ – CLARIDADE – BRILHO

Sempre que escolhemos uma casa, devemos ter em conta um dos aspectos mais importantes. A Disposição solar. Bastante benéfica para a entrada da luz, do calor e da claridade para assim ter um ambiente quente e iluminado, fazendo com que toda a deco-ração contenha mais realce e beleza. A colocação das janelas é que dita a intensidade de Luminosidade que vamos receber. O interior da casa tem quatro zonas de colocação de luz.

NASCENTE - Sol Directo Logo ao romper do dia fortifica o es-pírito e activa a boa disposição.

SUL – Luz ForteErradia a casa de sol e calor durante várias horas do dia.

POENTE – Luz Média Arrecada ainda sol, mas o mais reconfortante é o término do dia, que tanto de verão como de inverno é de uma beleza natural insubstituível. Ajuda a relaxar da azáfama do dia que todos nós temos de uma for-ma ferina nos tempos de hoje. A partir daí devemos começar a saborear o conforto do lar.

NASCENTE – Luz Fraca Onde nunca chega a luz solar directa mas sim a claridade. A claridade tem a particula-ridade de transmitir brilho e calma.

O que é a Decoração?Lurdes CostaDecoradora

Nem sempre é possível adqui-rirmos uma CASA que obte-nha todas estas características, detemos alguns truques para minorar essas faltas.Sempre que possível rasgar ao máximo as janelas, portas e mesmo usar paredes de vidro no exterior e interior. Algumas das divisões interiores tam-bém podem ser decididas com meias paredes. Não as levar até ao tecto faz com que a cla-ridade passe de um lado para o outro sem impedimento. Os Vitrais ou Clarabóia fixas ou de abrir são mais uma alterna-tiva bastante interessante. Nos corredores quase sempre es-curos usar cores ou papel, em tons claras e translúcidas ou verdes frescos. Podemos ainda fazer pequenos rasgos nas pa-redes das divisões sociais, que deixam assim transpor a luz e criar efeito decorativo. Tendo sempre em conta resguardar as divisões intimistas e sua privacidade.Quando abate a noite temos de usar a luz artificial. A luz do tecto deve ser usada só em algumas situações. Pequenos pontos de luz nos cantos mais escuros da casa é suficiente, dá um toque de conforto e ambiente acolhedor. As velas ateadas nos locais de passa-gem mantêm brilho e lumino-sidade para a energia positiva seguir as setas de trajecto para o silêncio e a serenidade que a noite nos proporciona. Desfrute de um DESCANSO perfeito!

Durante anos, acordei a ouvir as notícias num rádio grande e velho que o meu pai tinha na sala, sintonizado na TSF. Primeiro porque ele precisava de saber o que fazia notícia, naquele dia, para construir depois os noticiários na Rádio Clube de Matosinhos; depois porque

se tornou um hábito que nenhum de nós dispensava.Não teria ainda, nessa altura, 12 ou 13 anos. Talvez possa dizer que a

“dependência” noticiosa que criei fez com que quisesse, anos mais tarde, ser jornalista. Mas acredito que foi mais que isso, mais que o pai jornalista, mais que algum jeito para comunicar.Gosto de saber o que se passa. Gosto de saber como está o país, como está o sítio onde moro, se quem nos governa, a nível local ou nacional, está a fazer o trabalho como deve ser. E isso não se faz sem jornalistas. E sem jornais e rádios e televisões e páginas na internet.Acredito que a democracia só se faz inteira com conhecimento. Que o direito de informar e ser informado está na linha da frente de sermos cidadãos. E que lutámos tempo demais para abdicar, agora, desse bem tão precioso que é a liberdade de expressão.Custa-me entender, por isso, como é possível uma comunidade viver bem sem uma boa imprensa. Como é possível essa comunidade assistir, indiferente, à morte lenta de jornais, revistas, rádios. Como é possível aceitar que é inevitável, que é a crise, que não há nada a fazer ou outras explicações quaisquer que sirvam para não pensarmos mais nisso.Ainda me custa mais quando essa comunidade é Matosinhos, a minha comunidade.Desaparece um jornal, outro vai morrendo devagar, vende-se a Rádio que chegou a ser referência no país. Perdem-se notícias (boas e más), informações (mais ou menos importantes), perde-se voz.Já tive oportunidade de defender, aqui na nossa terra, que os jornais, as rádios, os projectos jornalísticos independentes são a nossa voz. Independentes, sublinho. Mas isso não iliba as autarquias da responsabilidade que têm em assegurar que os jornais, revistas e rádios têm condições para existir. Não é uma questão de subsídio-dependência. O apoio autárquico a projectos jornalísticos independentes devia ser uma obrigação, definida por lei. Uma obrigação, repito. Não um favor, uma ajudazinha, uma contrapartida por uma informação simpática – como a publicidade, que tantas vezes funciona como arma poderosa do Estado contra os meios de comunicação social.As autarquias têm a obrigação de construir escolas, piscinas municipais, parques e estradas. Eu acredito que essa obrigação se entende a garantir que os cidadãos têm acesso a informação independente sobre o que se passa no sítio onde vivem.Em tempos de crise, como os nossos, é difícil um jornal local sobreviver sem apoio. Estamos nós, Matosinhenses, dispostos a exigir esses apoios? E a apoiar, com a compra, esses jornais? Ou a insistir no regresso da Rádio?Gostava muito de voltar a acordar ao som do rádio velho do meu pai, com ele a ouvir as notícias, para as contar depois aos microfones da RCM. Porque significaria, pelo menos, que Matosinhos tinha recuperado alguma voz.

* este texto não foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Barcos de recreioN

a edição passada do Notícias Matosinhos mostramos quais os cuidados a ter quando se coloca o barco na água para garantir o seu bom funcionamento e a segurança dos tripulantes. Ainda tem muito tempo pela frente para desfrutar de

passeios pelo rio e pelo mar, mas deixamos já a dica, com a ajuda do reputado mecânico de náutica da Ondastar Esteves, sobre o que deve fazer quando retirar o barco da água, para o manter sempre nas melhores condições.

Cuidados a ter quando se retira o barco da água

Quando o barco for retirado da água, deve ser hibernado. Esteves explica que “com o motor a trabalhar”, deve-se “colocar óleo dentro do carburador para ficar hibernado, com excesso de óleo nos cilindros e no colector de escape.” Depois, deve-se “desligar a bateria, colocar WD-40 por todo o motor e está pronto a ser retirado.” Uma vez cá fora, “deve-se retirar a boleira (taco no casco) para escoar a água, limpar o casco com jacto de água e analisar o estado do vedante anti-fungo e do zinco.” Agora, o barco está pronto a ser guardado até à próxima primavera.O especialista refere que “é sempre bom levar o barco à oficina quando sai da água e quando volta a ser colocado.” Os barcos acompanhados na Ondastar têm uma checklist com todos os pormenores relacionados com o barco, que permite “saber o que foi feito, o que será necessário fazer e quando. Os barcos saem da nossa oficina para a água lavados, limpos, aspirados e com tudo a funcionar correctamente”, conclui.

Contacte-nos para mais informações: [email protected]

EstevesTécnico de Náutica

Quando o barco for retirado da água, deve ser hibernado. Esteves explica que “com o motor a trabalhar”, deve-se “colocar óleo dentro do carburador para ficar hibernado, com excesso de óleo nos cilindros e no colector de escape.” Depois, deve-se “desligar a bateria, colocar WD-40 por todo o motor e está pronto a ser retirado.”

Contacte-nos para mais informações: [email protected]. 229 385 013

Receba gratuitamento em sua [email protected]

O Notícias Matosinhos apoia a causa da ASPORI - Associação Portuguesa de Portadores de Ictiose.

Apelamos à solidariedade dos nossos leitores.

Deixamos abaixo o NIB da Associação para que possa dar o seu contributo a esta causa.

NIB - 0007 0000 0076 7078 2322 3

Page 17: Notícias de Matosinhos nº34

Custóias

Padaria Central de CustóiasPapelaria de AvilhóCafé OceanoL2A Combustíveis, Lda. (BP)Café Xa FumegaPapelaria VilarinhoRestaurante Churrasqueira Bem RegadoPropel - Produtos de Petróleo, Lda (CEPSA)Bufete Feira NovaAndreia - Papelaria - TabacariaRestaurante Churrascaria FloranteD. Filipe Confeitaria - PastelariaConfeitaria Pão de DeusJunta de Freguesia de Custóias

Guifões

Café VenezaConfeitaria XanitaFarmácia Veloso RibeiroPão Quente GuifonenseJunta Freguesia GuifõesTalhos Bem ServirClube Caçadores Matosinhos

SAIBA ONDE NOS ENCONTRAR

Lavra

Talho RosbifePadaria AméliaCafé LobitoSítio Doce 4Farmácia Nova de LavraCafé JuventudeCafé DuartePapelaria de Lavra PintalapisCafé Snack-Bar GandraBombas CepsaCentro de Saúde LavraJunta Freguesia LavraCafé Já Fumega

Leça do Balio

Junta Freguesia Leça BalioCoffee Shop AllegroBombeiros Leça BalioRestaurante BajuCentro Empresarial LionesaBrasinhasKindet RestauranteCafé KalinkaDivinu´sMister ChurrascoPapelaria Tabacaria BazarDesportivo Leça Balio - SedeCafé BalioBicicletas VIGOSILCafé Ponte da PedraSucesso dos GrelhadosRepsolCafé Restaurante Santana

Leça da Palmeira

Centro MédicoPadaria Pastelaria Boa NovaLab. de Análise Clínicas Dr. Carlos TorresChurrasqueira Leça da PalmeiraJunta de Freguesia Leça Pal-meiraPalácio do PãoClínica Leça da PalmeiraCafé Coffe BreakCafé Black CoffeCafetaria TorreãoConfeitaria StarCafé WoodStockO Casarão do CasteloClínica QuiroprácticaPão Quente Estrela da ManhãCasa do LemeFrancesinhas Al FornoRestaurante BusCachorro do MarPapa PizzaRestaurante o FarolGrão GeladoCafé ImpaçoCafé Oscar RestauranteBombeiros Matosinhos-LeçaBar FuzelhasCafé da Ponte

Matosinhos

Café Fonte LuzClimatosinhosTorta de NozCafé Estrela do MarConfeitaria Ferreira - ParqueCafé ImpactoConfeitaria Forninho do MarConfeitaria CaravelaCafé LuaCafé Las PalmasCafé EdenRemaxJunta de Freguesia MatosinhosBiblioteca MatosinhosCafé Biblioteca MatosinhosPerfume ArteCasa MouraMiminho aos AvósJadeC.S. JóiasOurivesaria PeresOstra CoralD. LaberentoAmaral CafésTeresa Vieira CabeleireirosArte em LingerieFlorilândiaErvanária Olguinha

Perafita

Café MicafféPosto Galp - Norte/SulPosto Galp - Sul/NorteAssador do FreixieiroCafé GrelhadinhoCafé Snack-Bar BelinhoJunta de Freguesia de PerafitaCentro de SaúdeBombas AviaHospital Privado da Boa NovaRestaurante Take Away Ondas Sobre o MarConfeitaria PolpasConfeitaria Forno de PerafitaCafé Snack-Bar LordRestaurante O MotoristaRestaurante RochedoBar Campo Perafita

São Mamede Infesta

Padaria São MamedeQuiosque Ribeiro Café Sol-PoenteBar Académica São MamedeC.A.T.I.Café Snack-Bar Bom DiaCentro de Saúde São Mamede InfestaRestaurante Aromas do GarfoCafé Restaurante O Grande ConvívioISCAPConfeitaria e Snack-Bar LogosIndoor Soccer - Bar - Café Bola em JogoCafé - Nova CentralidadeCasa da Juventude de S. Mame-de de InfestaJunta freguesia São Mamede InfestaREPSOL

Senhora da Hora

Café Batida de CôcoClínica Sra da HoraClihoraPão Quente e Pastelaria Ave-nidaPsihora Serviços de SaúdePizzaria LimousineISSSPSportsBarRibatejo RestauranteOralVitalCentro de SaudeRestaurante Ponto de EncontroRestaurante MantelJunta de Freguesia Sra. HoraCafé MomentosCafé BoulevardPorto CanalESADPSPBar Campo do Sra da HoraBar Campo PadroenseRestaurante Avô ManelCafé Canal 11Café Sétimo CéuConfeitaria CC LondresConfeitaria O Nosso PãoCafé Pão e Churrasco

Santa Cruz Bispo

Junta de Freguesia de Santa Cruz do BispoPavilhão Caça Restaurante ChurrascariaCafé MorgadinhaConfeitaria Biquinho DoceCafé Rio LeçaConfeitaria Pão Quente Princesa de CidresCafé TobiFarmácia Santa CruzConfeitaria Rima TortaCasa Juventude Santa Cruz Bispo

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