notícias de israel - 11/2009

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NOVEMBRO DE 2009 | ANO 31 | Nº 11 | RS 3,50 A Aliança Entre a Rússia e o Irã

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A Aliança Entre a Rússia e o Irã Israel: Ainda a Menina dos Olhos de Deus - Parte 2 Palestinianismo Cristão A doutrina do mahdismo A política messiânica de Amadinejad O relatório do tribunal simulado de Goldstone

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A Al iança Entre a Rússia e o I rã

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A nova vida em Cristo, que desponta como um recomeço triunfante, sem a árdua funda-mentação do discipulado pode fazer de cris-tãos sinceros crentes medíocres.

Em sua obra mais conhecida, cuja circulação supera a surpreendente marca de um milhão de exemplares, William MacDonald alerta para o risco de se perder o necessário zelo pelas coisas de Deus.

O Reino de Deus é o tema absolutamente central da Bíblia. No entanto, há diferentes compreensões a seu respeito. Teólogos ca-tólico-romanos dizem que o Reino de Deus se encontra em todos os lugares por onde a igreja católica se difundiu.

As controvérsias acerca das doutrinas da fé carismática e pentecostal dependem da compreensão correta do que significa Rei-no de Deus na Bíblia.

O que tem valor na minha vida? Quais são as mi-nhas prioridades? Vale a pena todo o meu empenho, ou chegarei à triste conclusão:

Foi tudo inútil?

A resposta você pode encontrar neste livre-te. Leia-o. Vale a pena!

Com base em um exemplo bíblico, o autor mostra os valores que realmente contam e para o que vale a pena viver.

Como já consta no volume 2 dessa sé-rie, a maior parte dos filmes transmite uma visão de mundo anti-bíblica, sutil-mente embalada em histórias e cená-rios atraentes. Desta vez o autor alerta para a mensagem nociva, entre outros, do que foi considerado “o filme número um para a família, na América”.

Satanás tem uma agenda secreta e a mantém muito bem guardada. Enquanto isso, ele desenvolve seu plano, minando as mentes das pessoas com atrativos místicos e aventuras fantasiosas, adulterando verdades e doutrinas até que estas sejam “normalmente aceitas”, inclusive pelos filhos de Deus.

Neste livro o autor alerta para algumas dessas artimanhas do inimigo, para que não sejamos surpreendidos quando esta agenda for divulgada.

Freqüentemente surgem livros de ficção, como A Cabana, que são facilmente considerados livros de “novas doutrinas”, porém, encontram-se rechea-dos de uma pedagogia anticristã e podem iludir até fiéis seguidores de Jesus Cristo.

Este livrete pretende contribuir para que as heresias, descritas no livro menciona-do acima, fiquem evidenciadas e que, à luz da Palavra de Deus, sigamos os en-sinamentos do verdadeiro Salvador e Se-nhor Jesus Cristo.

volume 3

2ª edição ampliada

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Índice04P r e z A d o S A m i g o S d e i S r A e l

É uma publicação mensal da “Obra Missionária Chamada da Meia-Noite” com licença da “Verein für Bibelstudium in Israel, Beth-Shalom” (Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel), da Suíça.

Administração e Impressão:Rua Erechim, 978 • Bairro Nonoai90830-000 • Porto Alegre/RS • BrasilFone: (51) 3241-5050 Fax: (51) 3249-7385E-mail: [email protected]

Endereço Postal:Caixa Postal, 168890001-970 • PORTO ALEGRE/RS • Brasil

Fundador: Dr. Wim Malgo (1922 - 1992)

Conselho Diretor: Dieter Steiger, Ingo Haake, Markus Steiger, Reinoldo Federolf

Editor e Diretor Responsável: Ingo Haake

Diagramação & Arte: Roberto Reinke & Julia Wiesinger

Assinatura - anual ............................... 31,50 - semestral ......................... 19,00

Exemplar Avulso ................................... 3,50

Exterior: Assin. anual (Via Aérea)... US$ 35.00

Edições InternacionaisA revista “Notícias de Israel” é publicada também em espanhol, inglês, alemão, holandês e francês.

As opiniões expressas nos artigos assinados são de responsabilidade dos autores.

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

O objetivo da Associação Beth-Shalom para Estudo Bíblico em Israel é despertar e fomentar entre os cristãos o amor pelo Estado de Israel e pelos judeus. Ela demonstra o amor de Jesus pelo Seu povo de maneira prática, através da realização de projetos sociais e de auxílio a Israel. Além disso, promove também Congressos sobre a Palavra Profética em Jerusalém e viagens, com a intenção de levar maior número possível de peregrinos cristãos a Israel, onde mantém a Casa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monte Carmelo, em Haifa).

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A A l i A n ç A e n t r e A r ú S S i A e o i r ã

i S r A e l : A i n dA A m e n i n A d o S o l h o S d e d e u S - PA rt e 2

PA l e S t i n i A n i S m o c r i S t ã o

15 A d o u t r i n A d o m A h d i S m o

19 A P o l í t i cA m e S S i â n i cA d e A h m A d i n e j A d

21 o r e l At ó r i o d o t r i b u n A l S i m u l A d o d e g o l d S to n e

h o r i z o n t e

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p r e z a d o sa m i g o s de israel

O Relatório Goldstone sobre a ação militar israelense em Gaza levantou muita poeira. Israel rejeitou esse relatório desde o começo, porque seu conteúdo é parcial e preconceituoso. Afinal, ele contém uma mensagem preocupante: aos países que combatem o terrorismo, o Direito Internacional não oferece respaldo genuíno para solucionar esse problema.

Há cinco anos os israelenses retiraram aproximadamente 8.000 colonos da Faixa de Gaza, e também encerraram sua presença militar ali. O mundo inteiro lhes disse que, com essa medida, a paz finalmente iria chegar. Na realidade, aconteceu exatamente o contrário. Gaza tornou-se uma incubadora do terrorismo. Os cerca de 8.000 foguetes e mísseis lançados nos últimos 8 anos de Gaza sobre Israel já alcançaram cidades israelenses como Ashkelon, Ashdod e Beersheva. Chegou-se ao ponto de meio milhão de israelenses não viverem mais uma vida normal porque eram obrigados a se manter constantemente nas proximidades de abrigos de proteção.

Os terroristas do Hamas consideravam-se relativamente seguros com relação a medidas de retaliação da parte de Israel, porque se escondiam atrás da população civil. Uma decisão que envolve ações militares jamais deve ser tomada levianamente, mas a de agir contra um inimigo que usa mulheres e crianças como escudos foi imensuravelmente mais difícil. O fato de que, numa operação militar inevitavelmente há civis atingidos foi a principal razão da longa hesitação de Israel.

Contrariamente aos terroristas do Hamas, que exultam com cada civil israelense morto, para Israel toda vítima civil entre os palestinos é uma tragédia. Por isso, a liderança do Exército de Israel sente-se na obrigação de examinar a fundo qualquer eventual comportamento falho de algum soldado seu. Quando, por exemplo, foi solicitada ao coronel inglês Richard Kemp uma avaliação da ação militar israelense em Gaza, ele declarou: “Creio que em toda a história militar jamais houve um caso em que um exército se empenhou tanto para evitar vítimas civis”.

No Relatório Goldstone não há nenhuma menção ao direito de autodefesa de Israel e, em parte alguma, ele condena o contrabando de armas dos palestinos por meio de centenas de túneis cavados por eles [na fronteira de Gaza com o Egito]. Todo o relatório se baseia em declarações de testemunhas palestinas “preparadas”. Nenhuma delas foi questionada sobre os atos dos terroristas do Hamas ou acerca de seu uso abusivo de escolas, hospitais e mesquitas. No relatório, todas as acusações contra Israel foram apresentadas como confiáveis, mas busca-se em vão alguma atribuição direta de culpa aos líderes do Hamas.

Pelo visto, a comissão de investigação não estava muito preocupada em buscar a verdade dos fatos, mas tentou atacar Israel por motivações políticas. Essa condenação não atinge apenas Israel, pois afeta qualquer outro país que tenha de se defender do terrorismo. Mesmo que o Relatório Goldstone pretensamente defenda os princípios do Direito Internacional, acaba transformando-o em farsa, por minar a confiança em sua credibilidade e suas condições de aplicação. Uma preocupação ainda maior é outra mensagem transmitida por esse relatório: pode-se chegar à conclusão de que, no final, uma ação tão cínica como a dos terroristas do Hamas, abusando da população civil, acaba valendo a pena.

As palavras do Salmo 120.7 são atualíssimas nesse contexto: “Sou pela paz; quando, porém, eu falo, eles teimam pela guerra”.

Confiando no Juiz incorruptível que trará à luz a justiça e a verdade, e unidos nEle, saúdo com um cordial

Shalom!

P.S.: A respeito, recomendo os DVDs O Interminável Conflito no Oriente Médio e a Bíblia.

Fre di Win kler

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uando a União Soviética desmo-ronou, em 1991, muitos disse-ram: “O urso está morto!” Mas o urso russo não morreu; ele sim-

plesmente hibernou e hoje está acordando com grande fúria, uma vez que o primei-ro-ministro Vladimir Putin tenta restau-rar à nação moderna a glória anterior da Mãe Rússia.

O “urso” russo tem estado ocupado fazen-do novos amigos. Os mais significativos são os países islâmicoss dedicados à destruição de Israel, com os quais a Rússia está forman-do alianças. O mais notável de todos eles é a Pérsia, ou seja, o Irã dos dias modernos.

Olhando milhares de anos à frente, através das lentes da história profética (a profecia é simplesmente a história anteci-pada), o profeta Ezequiel viu vários eventos surpreendentes (Ez 36-39), alguns dos

(chamada “Magogue”, Ez 38.1-4) e uma coalizão de nações (todas atualmente islâ-micas) virão contra Israel em uma tentati-va de destruí-lo: “a Pérsia, a Etiópia e a Lí-bia estão com eles, todos com escudo e capa-cete” (v.5).

A primeira nação que as Escrituras mencionam na coalizão é a Pérsia, agora chamada de Irã. O estudioso da Bíblia Da-vid Jeremiah escreveu o seguinte:

O próximo país que Ezequiel cita é a Pérsia, nome que aparece trinta e cinco vezes no Antigo Testamento. Para nós é fácil identificar a Pérsia, porque ela reteve o nome que tinha nos tempos da Antigüi-dade até o ano de 1935, quando se tor-nou a nação do Irã. Aproximadamente quatro décadas e meia mais tarde, o Irã trocou seu nome oficial para República Is-lâmica do Irã. Hoje, com sua população

quais nos avisam para mantermos os olhos voltados para o urso.

Primeiro, Ezequiel disse que o povo de Israel, espalhado por todo o mundo, re-tornaria à terra de Israel, sua antiga pá-tria, dada a ele por Deus. E os judeus já retornaram. Vieram da Europa, da Rússia, da Etiópia, da América, de nações da anti-ga União Soviética, e de um grande nú-mero de outros países para os quais ha-viam sido espalhados.

E, segundo, em 14 de maio de 1948, aconteceu um milagre que tanto os eruditos quanto os céticos haviam dito que era im-possível: Israel renasceu como nação.

A INVASãO VINDOURAEntretanto, Ezequiel escreveu sobre

uma ainda futura guerra na qual a Rússia

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A Al iança Entre a Rússia e o I rã

PATRICK NEFF

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de Israel e finalmente destroçará a coalizão (Ez 38.18-39.10).

O resultado do resgate divino será a re-denção de Israel:

“Saberão que eu sou o Senhor, seu Deus, quando virem que eu os fiz ir para o cativeiro entre as nações, e os tornei a ajuntar para vol-tarem à sua terra, e que lá não deixarei a ne-nhum deles. Já não esconderei deles o meu ros-to, pois derramarei o meu Espírito sobre a casa de Israel, diz o Senhor Deus” (Ez 39.28-29).

Deus não esquecerá as promessas de Sua aliança; Ele não abandonará o povo de Sua aliança.

A Rússia e o Irã estão em marcha, e têm más intenções com relação a Israel. Mas o Deus que fez os judeus retornar será o Deus do resgate e da redenção de Israel. (Israel My Glory)

Patrick Neff é o diretor dos ministérios eclesiásticos de The Friends of Israel.

Notas:1. David Jeremiah, What in the World is Going On?

Nashville, TN: Thomas Nelson, 2008). 167.2. Robert Baer, “The Russian Empire Strikes Back” [O

Império Russo Revida], revista Time, 12 de agosto de 2008, www.time.com/time/world/article/ 0,8599,1831857,00.html.

Baer escreveu na revista Time que a Rússia quer um império:

A invasão da Geórgia pela Rússia tem menos a ver com a Ossétia do Sul do que com uma Rússia que nunca se perdoou por perder um império – ou por ser tratada co-mo uma potência de segunda categoria du-rante todos esses anos. O ressentimento da Rússia apenas cresceu à medida que os pre-ços do petróleo aumentaram. (...) Ao inva-dir seu país vizinho, a Rússia cruzou o Rubi-cão. (...) A questão agora é: o que mais ela está tramando por causa daqueles 17 anos de humilhação? Uma coisa deveríamos aguardar com certeza: agora mesmo Mos-cou está lançando olhares para o Irã, a rota mais direta para a restauração de sua influ-ência no Oriente Médio.[2]

RESGATE E REDENçãOQue chances o pequenino Israel teria

contra o urso russo e seus muitos filhotes islâmicos? A resposta está em Ezequiel 38.18: “Naquele dia, quando vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor Deus, a minha indignação será mui grande”. Deus ficará enfurecido, Se levantará em defesa

A S m u i tA S A l i A n ç A S d e v l A d i m i r P u t i n dA r ú S S i A .

à eSquerdA: Putin APlAude enquAnto o chefe dA

corPorAção nucleAr eStAtAl dA rúSSiA trocA documentoS com o miniStro do exterior do jAPão.

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de 70 milhões de habitantes, o Irã tornou-se o viveiro para o desenvolvimento rápi-do do islamismo militante e do ódio anti-semita.[1]

A realidade do aquecimento das rela-ções do urso russo com o Irã é evidente a partir das manchetes na mídia:

• “A Rússia Planeja Mais Cinco Usinas Nucleares no Irã” – por Peter Baker, The Washington Post, 27 de julho de 2002.

• “Em Israel, Putin Defende Negócios com a Síria e o Irã” – por Molly Moore, Wa-shington Post Foreign Service, 29 de abril de 2005.

• “O Kremlin Está Pronto Para Defender o Irã” – por Mikhail Zyar e Dmitri Sidorov, Mosnews.com, 13 de setembro de 2005. Os autores dizem que o Irã quer “aliados con-fiáveis como a Rússia e a China”.

• “A Rússia Faz Acordo de um Bilhão de Dólares em Armas Com o Irã” – Associated Press, 2 de dezembro de 2005. Esse artigo, publicado pelo site da FOX News, chama a Rússia de “o aliado-chave do Irã”.

Durante anos, a Rússia não ficou feliz por ter de sentar-se nos bancos de trás do ônibus, por assim dizer. No ano passado, depois dela ter invadido a Geórgia, Robert

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Muitas pessoas que se tornam cristãs en-frentam lutas em sua vida de fé e acham di-fícil confiar sincera-mente em Deus. A

humanidade em geral tem problemas para confiar em Deus. Israel não é diferente. E, embora tenha sempre havido um remanes-cente fiel, a rejeição a Deus pela grande maioria dos judeus, no decorrer de toda a história, tem custado muito à nação. Três exemplos principais ilustram o fracasso de Israel – e de toda a humanidade.

A REBELIãO NO DESERTOSeguindo Moisés pelo deserto, Israel

murmurava o tempo todo. Quando parecia que os israelitas estavam encurralados en-tre o Mar Vermelho e o exército de Faraó

que se aproximava rapidamente, eles logo começaram a reclamar, embora a glória de Deus lhes estivesse servindo de escudo, protegendo-os contra os egípcios: “Será, por não haver sepulcros no Egito, que nos ti-raste de lá, para que morramos neste deser-to? (...) Pois melhor nos fora servir aos egíp-cios do que morrermos no deserto” (Êx 14.11-12). Infelizmente, aquela atitude tem sido a história da vida deles.

Acampados no deserto, eles adoraram a deuses estranhos. Enquanto Moisés esta-va no monte Sinai recebendo os Dez Man-damentos, Arão construiu um bezerro de ouro que a nação adorou (Êx 32). Os israe-litas também adoraram Moloque e os deu-ses dos países vizinhos (At 7.43).

Levítico 17.7 (texto em hebraico) diz que alguns israelitas adoraram demônios em forma de bodes mesmo quando o Ta-bernáculo estava no meio deles, com a nu-

vem de Deus visível durante o dia e Sua co-luna de fogo durante a noite. Alguns adora-ram deuses estranhos até mesmo quando coletavam o alimento na forma do maná, enviado por Yahweh (Javé).

De muitas formas eles não eram dife-rentes de inúmeros cristãos de hoje. A cada dia experimentamos a bênção de Deus e vemos tudo o que Ele nos dá, mas, mesmo assim, vemos nosso coração pender para “deuses estranhos”. Estamos mais preocu-pados em comprar o mais moderno MP4 ou celular, ou em termos o modelo mais novo de carro, do que ocupados em buscar a Deus e em investir tempo na devoção pessoal. Estamos mais preocupados com coisas materiais do que em cultivar nosso relacionamento com Deus.

Imagine como Deus deve ter Se sen-tido quando estava guiando Israel pelo deserto. E então veio Cades-Barnéia, o

RICHARD D. EMMONS

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Israe l : A inda a Menina dos Olhos de Deus Parte 2

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A HIPOCRISIA DOS FARISEUS

A Bíblia nos diz que os fariseus, líderes religiosos judeus dos dias de Jesus, conside-ravam-se justos, e tinham a si mesmos em alta conta. Embora dessem o dízimo das es-peciarias, seus corações eram endurecidos. Jesus disse que eles jamais levantariam um dedo para ajudar alguém a se livrar dos pe-cados – em vez disso, eles estavam ansiosos por tornar a todos escravos da justiça pró-pria, assim como eles (Mt 23.1-39).

Os fariseus desprezavam o ministério de Jesus. Ele veio proclamando ser o Filho do Deus vivo, oferecendo-lhes o Reino que Deus havia prometido a Davi e a Salomão, e oferecendo a Si mesmo como o Salvador de Israel. Mas esses líderes religiosos O re-jeitaram e buscavam maneiras de se livra-rem dEle. Finalmente, Ele foi crucificado.

Jesus lhes disse que a hipocrisia era a marca da vida deles. Em Mateus 23, Ele os repreendeu por sua pecaminosidade, rebe-lião e dureza de coração, dizendo vez após vez: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócri-tas!”. Eles haviam se afastado de Deus, que lhes havia dado bênçãos tão maravilhosas.

Não é aí que estamos hoje? A maioria dos ocidentais não rejeitou as coisas de Deus, ignorando todas as bênçãos que Ele proporcionou? Nos EUA, por exemplo, cele-bra-se o Dia de Ação de Graças e se diz: “Obrigado, Deus, por essa maravilhosa terra.

ponto mais baixo para aquela geração. De Cades-Barnéia Moisés enviou doze homens, um de cada tribo, até Canaã pa-ra espiar a terra que Deus lhes havia da-do. Os espias voltaram com amostras dos frutos, dizendo que a terra “verdadeira-mente, mana leite e mel” (Nm 13.27). Contudo, eles também desanimaram a congregação dizendo: “Não poderemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós” (Nm 13.31). Apenas os espias Calebe e Josué creram que Deus lhes daria vitória, mas a voz deles foi abafada: “Todos os filhos de Israel mur-muraram contra Moisés e contra Arão; e toda a congregação lhes disse: Tomara ti-véssemos morrido na terra do Egito ou mesmo neste deserto!” (Nm 14.2).

A falta de fé em Cades-Barnéia foi tão extraordinária que Deus Se recusou a con-tinuar Sua obra com aquela geração. Farto, Deus a rejeitou; e ela vagueou pelo deserto durante os próximos 38 anos, até que todos morreram. Então, Ele levou os filhos deles a entrarem na Terra Prometida.

A IDOLATRIA DE SALOMãO

A Bíblia nos diz que Salomão, filho de Davi, começou bem em seu reinado sobre Israel. Davi havia conquistado a terra e

alargado as fronteiras do país. Então, Salo-mão subiu ao trono como o governante es-colhido por Deus (1 Cr 22.9-10). Ele era um homem de paz; é isso que seu nome significa [Pacífico]. Ele estendeu as frontei-ras até o ponto mais longínquo daqueles tempos da história, e o fez buscando sabe-doria de Deus. A grande sabedoria de Salo-mão é legendária.

Foi ele quem construiu o primeiro Templo em Jerusalém, que se tornou uma das maravilhas do mundo antigo. Com a glória de Deus habitando no Templo e o povo de Deus governado por seu maior rei, Israel experimentou bênçãos tremendas do Senhor. Então, no ápice de sua vida, Salo-mão voltou as costas a Deus para adorar os deuses de suas esposas estrangeiras. Salo-mão fez o que Moisés havia proibido clara-mente em seus escritos. Finalmente, seu pecado alcançou-o e os últimos anos de sua vida são uma história triste de sua re-belião contra Deus.

Esses fatos mostram o que aconteceu à nação inteira de Israel. Em 722 a.C., Deus dis-solveu o Reino do Norte, permitindo que fos-se para o cativeiro na Assíria. E de 605 a.C. a 586 a.C, o Reino do Sul foi para o cativeiro na Babilônia. A história da nação é virtualmente a história de Salomão, repetida vez após vez, através dos anos, à medida que Israel se afas-tava da glória da majestade e da revelação de Deus, que o havia atraído para Si.

A fA ltA d e f é e m cA d e S - b A r n é i A f o i t ã o e x t r A o r d i n Á r i A q u e

d e u S S e r e c u S o u A c o n t i n uA r S uA o b r A c o m A q u e l A g e r A ç ã o.

fA rto, d e u S A r e j e i to u ; e e l A vA g u e o u P e l o d e S e rto

d u r A n t e o S P r ó x i m o S 3 8 A n o S , At é q u e to d o S m o r r e r A m .

e n t ã o, e l e l e vo u o S f i l h o S d e l e S A e n t r A r e m n A t e r r A

P r o m e t i dA .

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Obrigado por todas as bênçãos e liberdades religiosas que temos”. Mas, logo depois ma-nifesta-se através das atitudes: “Obrigado nada, Deus. Eu não quero tua Palavra. Não quero teus caminhos. Não te quero em nos-sas escolas. Não te quero em nossas áreas públicas”. E, como aos fariseus, o dia virá em que os EUA serão julgados.

No final de Mateus 23, lemos que Jesus saiu de Jerusalém. Quando olhou por sobre a cidade, Ele lamentou:

“Jerusalém, Jerusalém, que matas os pro-fetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos de-

baixo das asas, e vós não o quisestes! Eis que a vossa casa vos ficará deserta. Declaro-vos, pois, que, desde agora, já não me vereis, até que venhais a dizer: Bendito o que vem em nome do Senhor!” (Mt 23.37-39).

Assim, a rejeição de Jesus foi a última gota no que se refere ao que Deus queria fazer com a nação de Israel naquele mo-mento da história.

Hoje, muitos diriam que não há futuro para Israel. Eles crêem que não há nada de bom aguardando a nação de Israel porque ela falhou em receber Jesus como seu Messias.

Mas as Escrituras nos ensinam algo bem diferente. Através dos anos, Israel já

pagou um preço elevadíssimo pelo seu fra-casso em andar nos caminhos de Deus. Ele não abandonou Israel. De fato, Sua Palavra é incrivelmente clara a respeito da futura restauração e glória de Israel. (Israel My Glory) – continua na próxima edição.

Richard D. Emmons é professor titular de Bíblia e Doutrina na Universidade Bíblica de Filadélfia e pastor-sênior da Bible Baptist Church, em Hamilton Township, Nova Jersey, EUA.confiraconfira

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Títulos das PalestrasMENO KALISHER*• O Trio Santo - Quando o Egito e a Assíria Terão Paz Com Israel? (Is 19)• O Remanescente de Israel no Tempo da Volta de Cristo (Zc 12-14)• Deus Esqueceu de Israel? (Rm 9-10)

ARNO fROESE*• A Igreja Exclusiva• Porque Jerusalém é Judaica• Edifique o Templo de Deus

NORbERT LIETH*• Através de Dez Portas Para o Acelerado Cumprimento das Profecias• Cem Anos de Tel Aviv - Prova do Poder da Profecia Bíblica• Sinais Inegáveis do Cumprimento Acelerado das Profecias• Tempos Tempestuosos no Cumprimento das Profecias Bíblicas

EROS PASquINI jR• A Igreja Que, se Não se Arrepender, Não Será Arrebatada

REINHOLd fEdEROLf• As Duas Testemunhas e o Arrebatamento

* Tradução consecutiva.

Veja clipes e fotos na cobertura online:www.Chamada.com.br

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Palest in ianismo Cr istão

THOMAS ICE

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Paul Wilkinson, um cristão sionista britânico, incluiu recentemente um capítulo em seu livro For Zion’s Sake (Por Amor a Sião)[1] sobre um movimento que é diametralmente oposto

ao Sionismo Cristão. Ele denominou essa tendência de “Palestinianismo Cristão”. Wilkinson o define como “um movimento anti-sionista relativamente novo, ampla-mente intelectual, professamente cristão [que] surgiu juntamente [com o Sionismo Cristão]. Eu o classifiquei como Palestinia-nismo Cristão”.[2] “Basicamente, Naim Ateek fundou o Palestinianismo Cristão em 1994, quando lançou o Centro Ecumê-nico Palestino da Teologia da Libertação, conhecido como Sabeel”.[3]

O Sabeel, em sua Quinta Conferência Internacional em Jerusalém em 2004, inti-tulada “Desafiando o Sionismo Cristão”, promoveu um programa esquerdista con-tra os cristãos que apóiam o moderno Es-tado de Israel. Entre os participantes e pa-lestrantes que afirmam ser evangélicos es-tavam Stephen Sizer, Donald Wagner, Marc Ellis da Universidade Baylor, e Gary Burge da Faculdade Wheaton. Demonstrando sua aliança com o islamismo, para muitos o ponto alto da conferência foi o encontro do grupo inteiro com Yasser Arafat, em seu complexo residencial em Ramallah. A de-claração final emitida na conferência in-cluiu o seguinte: “Advertimos que a teolo-gia do Sionismo Cristão está levando à jus-tificação moral do imperialismo, à colonização, ao apartheid, e à opressão”.[4]

O QUE ELES CRÊEMO Palestinianismo Cristão é basicamen-

te um sistema de pensamento que se opõe ao Sionismo Cristão. Philip Saa’d, um cristão palestino que mora em Haifa, Israel, diz: “Em anos recentes, um fenômeno de pales-tinização também tem ocorrido entre os árabes cristãos que vivem em Israel”. Saa’d descreve essa tendência recente da seguinte maneira: “Teologia da Libertação, Amilenis-mo, Teologia da Substituição e Teologia Aliancista da Graça”. Também inclui uma “forte rejeição ao dispensacionalismo e à in-terpretação literal da Bíblia”.[5] Ele observa que alguns cristãos palestinos “não usam o Antigo Testamento como fonte para sua teo-logia” e que “alguns escritores ainda citam o

Antigo Testamento, mas seletivamente”, em-bora ele diga que todos estão usando “uma hermenêutica espiritual”.[6]

Bat Ye’or, uma erudita egípcia, dedica um capítulo inteiro de seu livro Eurabia à islamização do Cristianismo.[7] É de tirar o fôlego ler seu bem documentado texto, no qual ela diz: “O Marcionismo Palestino (Pa-lestinianismo) lança as bases para a islami-zação da Igreja, uma vez que prepara as mentalidades para uma Teologia da Substi-tuição islâmica”.[8] Como eles tentam al-cançar esse objetivo? O Palestinianismo “pressiona para que os Evangelhos sejam re-movidos de sua matriz judaica e enxertados no palestinianismo árabe, trazendo-os as-sim para mais perto do islamismo”.[9] Após citar algumas das organizações que advo-gam tais coisas, ela observa: “O processo da islamização do Cristianismo está enraizado precisamente nesse esforço de separar o ju-deu Jesus do judaísmo e na Sua arabização e palestinização”.[10] “Muitos palestinos cris-tãos, como também os muçulmanos, não admitem nenhuma ligação histórica ou teo-lógica entre o Israel bíblico, o povo judeu, e o Estado de Israel moderno”.[11]

Melanie Phillips, uma judia britânica, escreveu um livro intitulado Londonistan [Londrestão],[12] admoestando a Inglater-ra de que o islamismo está tomando posse de seu país e de sua cultura, principalmente porque a Igreja tem se tornado favorável ao islamismo e contrária ao cristianismo his-tórico. Ela observa a ascensão do palesti-nianismo cristão da seguinte forma:

Portanto, quando os cristãos árabes reinterpretaram as Escrituras a fim de des-legitimarem as reivindicações dos judeus quanto à terra de Israel, isso deflagrou a Te-ologia da Substituição, que tomou conta da imaginação, dos sermões e do pensamento da Igreja Anglicana.

Esse revisionismo afirmava que os ára-bes palestinos eram os donos originais da terra de Israel. O bispo anglicano de Jerusa-lém, Riah Abu El-Assal, declarou a respeito dos cristãos palestinos: “Nós somos o ver-dadeiro Israel”.[13]

Essa nova espécie de Teologia da Subs-tituição ou supersessionismo não apenas substitui Israel pela Igreja, mas está mo-vendo a Igreja em direção à subjugação is-lâmica. Bat Ye’or declara que o movimento dos cristãos palestinos é culpado de “des-biblicizar a Bíblia”, expulsando “os judeus de suas próprias Escrituras”, e reinterpre-

o b i S P o A n g l i cA n o d e j e r u S A l é m , r i A h A b u

e l - A S S A l , d e c l A r o u A r e S P e i to d o S c r i S t ã o S

PA l e S t i n o S : “ n ó S S o m o S o v e r dA d e i r o i S r A e l” .

n o t Í c i a s d e i s r a e l , n o v e m b r o d e 2 0 0 9 | 1 1

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tando-a “a partir do ponto de vista do Al-corão”.[14]

Donald Wagner tenta argumentar que cerca da metade da população de Israel na época de Cristo não era de judeus, para que possa dar amparo à sua pseudo-alegação de que os cristãos árabes são racialmente descendentes da igreja original de Atos 2 em Jerusalém.[15] Pode ter havido alguns prosélitos árabes ao judaísmo no início da Igreja, mas é clara a ênfase de que a igreja primitiva era inicialmente judaica. Na ver-dade, Eusébio (cerca de 263-339 d.C.) nos fala em sua famosa História Eclesiástica, “que, até o cerco dos judeus por Adriano [132-135 d.C.], os bispos que se sucederam foram em número de quinze. Ele disse que todos eram hebreus de origem... Pois toda a Igreja naquela época consistia de hebreus que haviam continuado cristãos desde o tempo dos Apóstolos até o cerco, época em que os judeus se rebelaram novamente contra os romanos”. A seguir, Eusébio lista seis nomes, começando com Tiago, o meio-irmão de Jesus. Ele conclui seus comentá-rios sobre esse assunto da seguinte manei-ra: “Tais foram os bispos da cidade de Jeru-salém, desde os Apóstolos até o tempo mencionado, e eles todos eram judeus”.[16] A tentativa de Wagner de desestabele-cer o papel de Israel e de exaltar os palesti-nos, pretendendo que eles tomem o lugar dos judeus, é típica do movimento [do pa-lestinianismo cristão].

Aqueles que estão envolvidos com o movimento dos cristãos palestinos costu-mam demonizar seus inimigos – os sio-nistas cristãos – como “racistas”,[17] [que seguem] “uma interpretação heréti-ca das Escrituras”, uma “heresia desvia-da”,[18] e são uma “seita herética”.[19]. Os palestinianistas cristãos crêem, geral-mente, que os sionistas cristãos estão an-siosos pelo Armagedom[20] quando, na verdade, estamos aguardando ansiosa-mente por Cristo e pelo Seu retorno para nós no Arrebatamento.

OS EVANGÉLICOSTal movimento seria um tanto mais fá-

cil de entender se fosse composto apenas por liberais; todavia, muitos dentro do Mo-vimento Cristão Palestino afirmam ser evangélicos em sua teologia. É surpreen-dente ver alguém como Gary DeMar, dire-tor da Americam Vision [Visão America-na], que normalmente adota uma teologia e valores conservadores, dar voz, repetidas vezes, ao Movimento Cristão Palestino. De-Mar recebeu Stephen Sizer em seu progra-ma de rádio para discutir os males do Sio-nismo Cristão e para recomendar seus li-vros. Ele também promove e vende os livros de Colin Chapman.

Hank Hanegraaff, do Christian Resear-ch Institute (Instituto Cristão de Pesqui-sas), tem recebido em seu show de rádio

diário “The Bible Answer Man”, transmiti-do em rede nacional nos EUA, a maioria dos proeminentes porta-vozes do Movi-mento Cristão Palestino. Hanegraaff entre-vistou em seu programa os ingleses Ste-phen Sizer e Colin Chapman, assim como Gary Burge e o Irmão André. Em seu livro de não-ficção sobre escatologia intitulado The Apocalipse Code [O Código do Apoca-lipse], quando Hanegraaff trata da questão do atual Estado de Israel, ele cita essencial-mente os defensores do Palestinianismo Cristão para defender suas posições. É por causa de sua disposição mental palestinia-nista cristã que ele chama a Tim LaHaye e a mim de racistas, porque nós cremos que o moderno Estado de Israel foi trazido à existência por Deus.[21]

REESCREVENDO A HISTóRIA

Mais adiante, Hanegraaff demonstra sua mentalidade palestinianista cristã quando acusa Israel de “limpeza étnica de palesti-nos”.[22] Ele cita como autoridade o desa-creditado historiador revisionista israelense Benny Morris, que afirma que Ben-Gurion disse: “Devemos expulsar os árabes e tomar seus lugares”.[23] Hanegraaff provavelmen-te não está consciente de que a afirmação de Morris sobre Ben-Gurion é uma farsa total; algo que foi fabricado. É difícil perceber esse

n A i m At e e k f u n d o u o PA l e S t i n i A n i S m o c r i S t ã o

e m 1 9 9 4 , q uA n d o l A n ç o u o c e n t r o e c u m ê n i c o

PA l e S t i n o dA t e o l o g i A dA l i b e rtA ç ã o, c o n h e c i d o

c o m o S A b e e l .

1 2 | n o t Í c i a s d e i s r a e l , n o v e m b r o d e 2 0 0 9

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tipo de informação quando se está cercado por militantes da causa palestinianista cris-tã. Não obstante, esse é o caso.

Efraim Karsh, na introdução de seu li-vro Fabricating Israeli History [Fabricando a História de Israel], revela como suspeitou das maquinações de Morris: “O texto em questão foi um livro sobre o surgimento do problema dos refugiados palestinos, escri-to pelo acadêmico israelense Benny Morris. (...) Enquanto folheava as páginas da ver-são do livro na língua inglesa, cheguei a uma citação de uma carta escrita por Da-vid Ben-Gurion a seu filho Amós em 1937, afirmando: ‘devemos expulsar os árabes e tomar o lugar deles’. Isso me fez relembrar de algo distante. Tendo lido há vários anos a citação da carta em um livro na língua hebraica, lembrei-me dela de forma bas-tante diferente. Na verdade, um exame do texto em hebraico confirmou minha lem-brança. A carta diz: “Não desejamos e nem queremos expulsar os árabes e tomar seu lugar. (...) Toda a nossa aspiração está fun-damentada no pressuposto (...) de que há lugar suficiente no país para nós e para os árabes”.[24] Karsh continuou a examinar todos os elementos da pesquisa de Morris e concluiu: “Para meu espanto, descobri

que praticamente não existe documento ci-tado por Morris que não tenha sido rees-crito de forma a distorcer completamente seu significado original”.[25]

A Bíblia ensina o sionismo (Sl 132). Es-tá se tornando claro que, quando alguém se rebela contra a Palavra de Deus nesse ponto, fica aberto não apenas para a Teolo-gia da Substituição, mas é levado a aceitar cada vez mais os pontos de vista islâmicos. À medida que as questões vão sendo escla-recidas, não há lugar para a neutralidade em que alguém possa se esconder. Marana-ta! (Pre-Trib Perspectives).

Thomas Ice é diretor-executivo do Pre-Trib Research Center em Lynchburg, VA (EUA). Ele é autor de muitos livros e um dos editores da Bíblia de Estudo Profética.

Notas: 1. Paul Richard Wilkinson, For Zion’s Sake: Christian

Zionism and the Role of John Nelson Darby (Milton Keynes, England: Paternoster, 2007), xix, 308 páginas.

2. Wilkinson, For Zion’s Sake, p. 48. 3. Wilkinson, For Zion’s Sake, p. 49. 4. Informação sobre a conferência retirada de um relato

não-publicado feito por Paul Wilkinson, que esteve presente à conferência.

5. Philip Saa’d, “How Shall We Interpret Scripture about the Land and Eschatology? Jewish and Arab Perspectives” in Wesley H. Brown and Peter F. Penner, editors, Christian Perspectives on the Israeli-Palestinian confiraconfira

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Conflict (Pasadena, CA: William Carey International University Press, 2008), p. 114.

6. Saa’d, “How Shall We Interpret”, p. 115. 7. Bat Ye’or, Eurabia: The Euro-Arab Axis (Teaneck, NJ:

Fairleigh Dickinson University Press, 2006), pp. 211–24.

8. Ye’or, Eurabia, p. 213. 9. Ye’or, Eurabia, p. 214. 10. Ye’or, Eurabia, p. 214. 11. Ye’or, Eurabia, p. 214. 12. Melanie Phillips, Londonistan (New York: Encounter

Books, 2006), xxv, 237 páginas. 13. Phillips, Londonistan, p. 152. 14. Ye’or, Eurabia, p. 215. 15. Donald E. Wagner, Dying in The Land of Promise:

Palestine and Palestinian Christianity from Pentecost to 2000 (London: Melisende, 2003), pp. 41-50.

16. Eusébio, Ecclesiastical History, translated by Kirsopp Lake, Loeb Classical Library (Cambridge, MA: Harvard University Press, 1926), vol. I, pp. 309–11.

17. Stephen Sizer, Christian Zionism: Road-map to Armageddon? (Leicester, England: Inter-Varsity Press, 2004), p. 205.

18. Sizer, Christian Zionism, pp. 22, 259. 19. Donald E. Wagner, Anxious for Armageddon: A Call to

Partnership for Middle Eastern and Western Christians (Scottdale, PA: Herald Press, 1995), p. 111.

20. Wagner, Anxious for Armageddon, (título do livro). 21. Hank Hanegraaff, The Apocalypse Code (Nashville:

Thomas Nelson, 2007), pp. xxii–xxiii. 22. Hanegraaff, Apocalypse Code, p. 166. 23. Benny Morris, The Birth of the Palestinian Refugee

Problem, 1947–1949 (Cambridge: Cambridge University Press, 1987), p. 25, citado in Hanegraaff, Apocalypse Code, p. 167.

24. Efraim Karsh, Fabricating Israeli History: The ’New Historians’ (New York: Frank Cass, 2000), p. xvii.

25. Karsh, Fabricating Israeli History, p. xvii-xviii.

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Muitos ocidentais gostam de pensar que a religião não tem ne-nhum papel na política moderna. Entretanto, a crença na figura mes-siânica do islamismo, denominada o Mahdi ou o Imã Oculto (ou Es-condido), é que dirige as políticas do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad. Os xiitas crêem que o Mahdi voltará, governará sobre um sistema único na terra, e derra-mará o julgamento sobre todos os não-muçulmanos. Este artigo apre-senta a doutrina do mahdismo e mostra como ela afeta o mundo. (extraído de Middle East Media Research Institute [Instituto de Pesquisa Sobre a Mídia do Oriente Médio] – www.MEMRI.org).

De acordo com a tradição xiita, os Doze Imãs, descendentes de Ali Ibn Abi Talib (Imã Ali), primo e genro do profeta Maomé, foram dotados de qualidades divinas que os capacita-ram a conduzir os crentes xiitas e pa-ra operarem como emissários de Alá na terra. No entanto, quando o Déci-mo Segundo Imã, Muhammad Al-Mahdi,[1] desapareceu no ano 941 d.C., sua conexão com os crentes xii-tas foi rompida. Desde então, foi or-

denado aos xiitas que aguardem pelo retorno dele a qualquer momento.

Nesse ínterim, os clérigos xiitas mais destacados são considerados re-presentantes dos Imãs. Assim, eles têm autoridade para tratar dos assuntos da comunidade xiita, principalmente nas esferas religiosa e jurídica, até que o Imã Oculto retorne, lidere a comunida-de xiita e a liberte de seus sofrimentos.

De acordo com a crença xiita, du-rante o período da ausência do Mahdi (período esse denominado ghaibat ou “ocultação”), ninguém, exceto Deus, sabe a hora do retorno do Mahdi, e nenhum homem pode pressupor ou prever quando essa ho-ra chegará. Com o reaparecimento do Mahdi, todos os males serão re-parados, a justiça divina será instau-rada e a verdade do islamismo xiita será reconhecida pelo mundo inteiro (mahdismo).[2]

O mahdismo e o regime islâmico no Irã

Desde o estabelecimento do regi-me islâmico, em 1979, até a ascen-são ao poder de Mahmoud Ahmadi-

nejad, em agosto de 2005, o mahdis-mo vinha sendo uma doutrina religiosa e uma tradição que não possuía nenhuma manifestação políti-ca. O sistema político funcionava in-dependentemente dessa crença mes-siânica e da expectativa do retorno do Mahdi. Foi apenas com a presi-dência de Ahmadinejad que essa doutrina religiosa tornou-se uma filo-sofia política e foi levad a um lugar central na política.

Durante a era do aiatolá Ruhollah Khomeini, fundador do regime islâ-mico do Irã, o mahdismo permaneceu fora do âmbito político. Sem dúvida, porém, a era de Khomeini foi carac-terizada pelo fervor messiânico. Os iranianos atribuíam qualidades mes-siânicas a ele e lhe conferiram o título de “Imã”, que até então havia sido reservado para os Doze Imãs. Na verdade, a chegada de Khomeini ao poder foi vista na época como a rea-lização da profecia que dizia respei-to ao retorno do Mahdi.

A instauração do Governo do Ju-risprudente (velayat-e faqih) por Kho-meini no Irã motivou uma transforma-ção no xiismo, substituindo sua tradi-cional passividade por uma

HorizonteHORIzOnTE

Horizontehor izonte

a doutrina do mahdismo

calendários 2010

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perspectiva mais ativa. Como parte dessa mudança, Khomeini afirmou que os xiitas não deveriam apenas aguardar passivamente pelo retorno do Mahdi, mas deveriam ativamente preparar o terreno para seu retorno e para a libertação da comunidade xii-ta. Um componente dessa abordagem ativa foi a tomada do poder pelos clérigos. Entretanto, Khomeini mante-ve a doutrina do mahdismo na peri-feria da esfera política. Ele nem afir-mou possuir uma conexão direta com Deus, nem presumiu prever a hora do retorno do Mahdi.

Após a morte de Khomeini em 1989, o mahdismo teve um declínio no Irã. As administrações de Ali Ak-bar Hashemi Rafsanjani (1989-1997) e de Mohammad Khatami (1997-2005) mantiveram uma estreita sepa-ração entre a política e o mahdismo

– uma política que mudaria com a presidência de Ahmadinejad.[3]

Este documento analisa a politiza-ção do mahdismo pelo presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e por seu mentor espiritual, aiatolá Taqi Mesbah-e Yazdi.

O messianismo na política externa iraniana

A doutrina messiânica do mahdis-mo também está manifestada na políti-ca externa iraniana, especialmente em sua atitude com relação às superpotên-cias ocidentais e com respeito ao pro-grama nuclear. O aiatolá Mesbah-e Ya-zdi, mentor de Ahmadinejad, expressou a seguinte abordagem em um discurso no dia 11 de outubro de 2006: “A maior obrigação daqueles que aguar-dam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global [i.e., do Ocidente, principalmente dos Estados Unidos]”.[4]

Os discursos de Ahmadinejad são caracteristicamente irônicos a respei-to das “forças da arrogância”, i.e., do Ocidente, principalmente dos Es-tados Unidos, e ameaçadores com relação a quaisquer pessoas que não aceitem o messianismo xiita como uma alternativa à “perdição e des-truição” que as está aguardando: “Aqueles que não responderem ao chamado para prosseguirem em dire-ção à verdade – um bom destino não os aguarda. Ouvi dizer que o presi-dente de um desses países [i.e., o [então] presidente dos Estados Uni-dos, George Bush] (...) disse que o presidente do Irã o estava ameaçan-do. Eu disse a ele: ‘Não sou eu que o está ameaçando. É o mundo inteiro que o ameaça porque o mundo em sua totalidade é rápido contra a opressão e os opressores. Vocês [paí-ses ocidentais] não são nada compa-rados ao poder de Deus. Nós os con-vidamos a [tomarem] o caminho da retidão, o caminho dos Profetas, do monoteísmo e da justiça. Se pensam que podem se sentar em seus palá-cios de cristal e determinar o destino do mundo, vocês estão enganados. (...) Nosso chamado [a vocês] para

tomarem a direção da verdade [tem origem] na compaixão. Não quere-mos que se metam em problemas, uma vez que vocês sabem que o re-sultado da opressão e da injustiça é perdição e destruição”.[5]

Essas características também são evidentes na política nuclear de Ah-madinejad. Em contraste com o go-verno de Khatami, que se empenhou por amenizar a posição do Ocidente com respeito à questão nuclear via constante diálogo, Ahmadinejad e seu círculo mais próximo não evitam confrontar o Ocidente, já que eles consideram que essa luta é uma das maneiras de preparar o terreno para o retorno do Mahdi.

De acordo com o diário Rooz, “Alguns daqueles mais próximos de Ahmadinejad, que freqüentemente falam sobre [a necessidade de] pre-parar o terreno para o retorno do Mahdi, fazem explicitamente a liga-ção [do destino] do dossiê nuclear iraniano com essa necessidade. (...) De acordo com informações confiá-veis, eles enfatizaram, em diversas reuniões privativas, que a oposição [iraniana] à pressão global [sobre o programa nuclear iraniano] e sua in-sistência no direito de utilizar a ener-gia nuclear estão entre as maneiras de preparar o terreno para o retorno do Imã [Oculto]”.[6]

O mahdismo e a ideologia do aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi

Um discurso feito no Seminário In-ternacional sobre a Doutrina do Mahdismo pelo aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi mostra que ele também considera a crença no Mahdi como um conceito que transcende o âmbito religioso ou teórico. O aiatolá Yazdi deu a essa crença uma tangível dimensão político-ideológica quando explicou que o retorno do Mahdi le-varia ao estabelecimento de um go-verno único sobre todo o mundo e que a presente batalha contra os infi-éis e contra “a arrogância global” es-tá preparando o terreno e apressan-do a vinda do Mahdi:[7]

A i Ato l Á A h m A d j A n n At i ,

c h e f e d o c o n S e l h o d e g uA r d i õ e S .

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A i Ato l Á A h m A d k h AtA m i , u m A m i g o c h e g A d o d e A h m A d i n e j A d .

“Implementar as leis do islamismo, estabelecer a justiça e lutar contra a heresia e a opressão são os deveres mais importantes daqueles que aguardam o [retorno do] Imã Oculto e preparam o terreno para sua vinda. (...) Devemos intensificar a fé religio-sa e [o poder] da religião no Irã e no mundo inteiro. (...) Com a finalidade de apressar a vinda do Imã Oculto, devemos disseminar a justiça e a lei religiosa para aumentarmos a consci-ência do público a respeito dessas coisas [por todo o mundo] para que a fé [xiita] seja aceita pela sociedade [em todos os lugares]. (...)

Um dos aspectos ideológicos da doutrina mahdista é [sua] universa-lidade, uma vez que o Mahdi vem para estabelecer justiça e retidão no mundo inteiro. Um outro aspecto é a disseminação da justiça e da re-tidão [segundo a lei de] um único homem, um único centro, e um úni-co sistema. Como o Imã Oculto é o responsável pela disseminação da justiça e da retidão, o mundo preci-sará ter um único centro e governo (...) para que possa sair de um es-tado de [divisão] e estabelecer um único governo [universal] dirigido pelo [Imã Oculto], e todo tipo de opressão e de exploração será [en-tão] banido do mundo”.

Em um discurso em 2006 que marcava o aniversário do Mahdi, o aiatolá Mesbah-e Yazdi enfatizou a importância de lutar contra a heresia que, em sua opinião, está retardando a vinda do Mahdi:

“Nosso mais nobre dever é lutar para reduzir a opressão, ser mais [rigorosos] na execução da lei islâ-mica (...) e enfraquecer o controle dos regimes opressivos e tirânicos sobre os oprimidos. Essas [ações] podem [acelerar] o retorno do Imã Oculto. (...) Se quisermos acelerar a vinda do Mahdi, devemos remo-ver quaisquer obstáculos [que este-jam atrasando seu retorno]. Quais são os obstáculos que estão atra-sando o aparecimento do Mahdi? [Eles são] a negação [herética] da bênção [conferida] sobre a socie-dade pela presença do Imã, [assim como] a ingratidão, a insubordina-

ção e as objeções [à doutrina do mahdismo]. Se quisermos apressar a vinda do Mahdi, devemos elimi-nar esses obstáculos. Devemos lutar para instaurar maior justiça, asse-gurar uma implementação [mais ri-gorosa] da lei islâmica, [fazer com que] as pessoas tenham maior inte-resse na fé e suas diretivas, [estabe-lecer] as leis religiosas como [valo-res] dominantes da sociedade, [as-segurar] que a fé religiosa seja tida como um consenso nas conferên-cias, e limitar [o controle dos opres-sores, i.e., das potências ocidentais] sobre os oprimidos em todo o mun-do – tanto muçulmano quanto não-muçulmano. [É isso que devemos fazer] a fim de prepararmos o ter-reno para a vinda do Mahdi. Dessa forma, a maior obrigação daqueles que aguardam o aparecimento do Mahdi é lutar contra a heresia e a arrogância global”.[8]

Fatemeh Rajabi, que é afiliado ao Ansar-e Hezb’allah e autor de um li-vro sobre Ahmadinejad intitulado The Miracle of the Third Millenium [O Mi-lagre do Terceiro Milênio], disse que

o “governo de Ahmadinejad [foi es-tabelecido para facilitar] a vinda do Imã Oculto”. (A. Savyon e Y. Mansha-rof – extraído de www.memri.org – Israel My Glory)

A. Savyon é diretor do Projeto de Mídia Iraniana. Y. Mansharof é pesquisador do MEMRI.

Notas: 1. O Décimo Segundo Imã, o messias xiita, também é

chamado Muhammad Al-Muntazar (“O Esperado”), Imã Al-Zaman (“o Imã das Eras”) e “o Imã Oculto”.

2. Sobh-e Sadeq (Irã), 30 de abril de 2007. 3. Para detalhes sobre a ascensão de Ahmadinejad ao

poder e sobre a “Segunda Revolução Islâmica”, ver MEMRI Inquiry and Analysis nº 253, “‘The Second Islamic Revolution’ em Iran: Power Struggle at the Top”, 17 de novembro de 2005, www.memri.org/bin/articles.cgi?Page=archives&Area=ia&ID=IA25305.

4. Parto-ye Sokhan (Irã), 11 de outubro de 2006. 5. ISNA (Irã), 6 de setembro de 2006, http://www.isna.

ir/Main/NewsView.aspx?ID=News784304&Lang=P. 6. Rooz, 16 de outubro de 2006, citado pelo site

Entekhab em 16 de outubro de 2006 www.entekhab.ir/display/ID=6760&Page=1.

7. Kayhan (Irã), 10 de setembro de 2006. 8. Parto-ye Sokhan (Irã), 11 de outubro de 2006.

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A vida é incerta. Todo dia pessoas se levantam e vão trabalhar sem pensar que antes do anoitecer poderão se encontrar com Deus. Hoje algumas deixarão o planeta Terra devido a um ataque cardíaco, um acidente ou um assalto violento. Há inúmeras possibilidades de morte súbita.Por essa razão cada pessoa consciente deveria pensar sobre onde irá quando morrer e onde passará a eternidade. Qual será o seu destino final?

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A h m A d i n e j A d tA m b é m S e A P r e S e n to u c o m o A q u e l e q u e e S t Á i n t e i r A d o

dA S i n t e n ç õ e S e A ç õ e S d e d e u S , o q u e S e r e f l e t i u e m S uA A f i r m A ç ã o d e q u e

“ d e u S d e S i g n o u o i m ã o c u lto PA r A S e r n o S S o S u S t e n tA d o r ” .

Imediatamente após assumir a presidência do Irã, Mahmoud Ahma-dinejad começou a declarar sua cren-ça no retorno iminente do Mahdi co-mo base para suas atividades políti-cas. A despeito da crença tradicional de que ninguém pode prever a hora do retorno do Mahdi, Ahmadinejad freqüentemente afirmava que a vinda dele estava próxima, e até mesmo fez uma predição específica. Durante uma reunião com o ministro de Rela-ções Exteriores de um país islâmico, ele disse que a crise no Irã “era um presságio da vinda do Imã Oculto (ou Escondido), que apareceria dentro dos próximos dois anos”.[1] Em um discurso feito em dezembro de 2006 em Kermanshah, Ahmdinejad dese-jou aos cristãos um Feliz Natal, e dis-se: “Eu, neste ato, anuncio que, com a ajuda de Deus, não está longe o dia em que Jesus voltará ao lado do Imã Oculto”.[2]

Ahmadinejad não apenas deseja-va proclamar a iminente vinda do Mahdi e, desta forma, dar legitimida-de a sua política e suas ações ao as-sociá-las com o Imã Oculto, como também se apresentou como sendo aquele que está em conexão direta com Deus. Em um discurso sobre o programa nuclear do Irã, ele afirmou ter “uma conexão com Deus” e exor-tou os iranianos a serem crentes ver-dadeiros para que Deus os apoiasse em sua luta justa em favor da tecno-logia nuclear.

“Creiam[-me], falando legalmente, e aos olhos da opinião pública, nós fomos absolutamente bem sucedidos. Falo isso com conhecimento de causa. Certa pessoa me perguntou: ‘Você re-almente possui uma conexão? Com

quem?’ Eu respondi: ‘Tenho uma cone-xão com Deus’, uma vez que Deus dis-se que os infiéis não terão como fazer mal aos crentes. Bem, [mas] apenas se formos crentes, porque Deus disse: Vo-cês [serão] os vitoriosos. Mas os mes-mos amigos dizem que Ahmadinejad diz coisas estranhas.

Se nós formos [verdadeiramente] crentes [islâmicos], Deus nos mostrará a vitória, e este milagre. Hoje é neces-sário que um camelo fêmea surja do coração da montanha[3] para que meus amigos aceitem o milagre? Não foi a Revolução [Islâmica] [suficiente-mente] miraculosa? O Imã [aiatolá Khomeini] não foi um milagre?”.[4]

Ahmadinejad também se apre-sentou como aquele que está intei-rado das intenções e ações de Deus, o que se refletiu em sua afir-mação de que “Deus designou o Imã Oculto para ser nosso susten-tador”.[5] A reivindicação de ter um relacionamento direto com Deus também ficou evidenciada no discurso que ele fez quando de seu retorno ao Irã após ter se pronun-ciado na Assembléia Geral da O.N.U., em 2005. Ahmadinejad afirmou que, à medida que ele es-tava fazendo seu pronunciamento na O.N.U., sentiu-se “rodeado por um halo de luz” simbolizando a

a política messiânica de ahmadinejad

hor izonte

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de Acordo com SuA PolíticA meSSiânicA, AhmAdinejAd tAmbém endoSSou umA trAdição folclóricA

irAniAnA-xiitA que AfirmA que o imã oculto dÁ imPortânciA eSPeciAl à meSquitA jAmkArAn, em

qom – umA trAdição que não tem Sido APoiAdA PelAS AutoridAdeS religioSAS conServAdorAS.

natureza messiânica de sua mensa-gem às nações do mundo.[6]

Os discursos de Ahmadinejad têm sido caracterizados pelo uso de ter-mos messiânicos e pela ênfase na ne-cessidade de preparar o terreno para o retorno do Mahdi.[7] Por exemplo, em um discurso feito em maio de 2007 na província de Kerman, ele disse: “Temos uma missão – fazer do Irã o país do Imã Oculto”.[8]

Como parte do compromisso dos ministros iranianos com essas prepara-ções, e a partir da sugestão de Parviz Daoudi, assessor sênior de Ahmadine-jad, eles assinaram um compromisso de fidelidade a Ahmadinejad.[9]

De acordo com sua política messi-ânica, Ahmadinejad também endos-sou uma tradição folclórica iraniana-xiita que afirma que o Imã Oculto dá importância especial à mesquita Ja-mkaran, em Qom – uma tradição que não tem sido apoiada pelas autorida-des religiosas conservadoras.[10] Como parte dessa política, o ministro Iraniano da Cultura e da Orientação Educacional Islâmica, Mohammad Hossein Saffar Harandi, recebeu a ordem de jogar o compromisso de fi-delidade dos ministros em um poço

no pátio da mesquita Jamkaran, on-de os crentes jogam suas orações e pedidos pessoais.

Ahmadinejad também alocou 10 milhões de dólares para a renovação da mesquita e de seus arredores em preparação para o retorno do Mahdi, e, em 2005, gastou em torno de 8 milhões de dólares em refrigerantes para os peregrinos durante a cele-bração do aniversário do Mahdi.[11] O encorajamento do regime ao mahdismo também fica evidente no conteúdo do site do serviço de notí-cias do governo do Irã. Por exemplo, o site apresenta informações sobre a série iraniana de televisão chamada “O Mundo em Direção à Ilumina-ção”, que trata da chegada iminente do Mahdi.[12]

Deve-se observar que as manifes-tações políticas das crenças messiâni-cas de Ahmadinejad eram evidentes mesmo antes de sua eleição à presi-dência do país. De acordo com rela-tos, durante seu mandato como prefei-to de Teerã (2003-2005), a municipa-lidade imprimiu um mapa da cidade que mostrava, dentre outras coisas, o roteiro que será empreendido pelo Mahdi quando de seu retorno.[13]

No Seminário Internacional Sobre a Doutrina do Mahdismo, realizada no Irã nos dias 6 e 7 de setembro de 2006, durante as celebrações do ani-versário do Mahdi, e tendo a participa-ção de representantes de diversos paí-ses, Ahmadinejad enfatizou a natureza universal e ativa do mahdismo e convi-dou o Ocidente a aceitá-la: “Hoje, a humanidade está prosseguindo em di-reção à verdade. Hoje, a felicidade da humanidade depende de se prosseguir em direção à verdade. Hoje, nós convi-damos a todos para prosseguirem em direção à verdade, uma vez que [a verdade] é o único caminho (...) Esta celebração [do aniversário do Mahdi] não é apenas para os muçulmanos, mas para todo o mundo. O Mahdi per-tence a toda a humanidade (...).

O Imã Oculto não possui uma presença tangível entre nós, mas ele está sempre [aqui], e devemos prepa-rar o caminho para seu rápido apa-recimento (...) Alguns afirmam que, durante sua ocultação, sua [nobreza] está suspensa, mas isso não é verda-de (...) Pelo contrário, devemos nos apressar em direção a ele e acelerar o passo para preparar o caminho para seu aparecimento. [Ele não apa-recerá] se nós ficarmos sentados pre-guiçosamente. A humanidade deve avançar com rapidez em direção ao Imã Oculto a fim de alcançá-lo. Uma pessoa que [apressa ativamente a vinda do Imã] é diferente daquela que não o faz (...) Hoje, a humanida-de está prosseguindo rapidamente em direção à perfeição, à verdade, à justiça, ao amor, à paz e à compai-xão, e isso é possível apenas debaixo do governo do homem perfeito[14] [i.e., o Imã Oculto]. (extraído de www.memri.org – Israel My Glory)

Notas: 1. Aftab (Irã), 16 de novembro de 2005, citado em Rooz

(Irã), 12 de dezembro de 2005. 2. Emrooz (Irã), 20 de dezembro de 2006. 3. Isso se refere a um verso do Alcorão (7:73). 4. Iran News (Irã), 15 de outubro de 2006. Para as

informações a respeito das afirmações de Ahmadinejad acerca de sua conexão com Deus, veja MEMRI Special Dispatch, nº 1328: “Ahmadinejad, o presidente do Irã: ‘Eu tenho uma conexão com Deus, uma vez que Deus disse que os infiéis não terão uma maneira de prejudicar os crentes’; ‘Falta apenas um passo para chegarmos ao cume da tecnologia nuclear’; ‘O Ocidente não vai ousar nos atacar’.”.

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hor izonte

19 de outubro de 2006, http://memri.org/bin/articles.cgi?Page=aechives&Area=sd&ID=SP132806.

5. Fars (Irã), 1 de abril de 2006. 6. Rooz (Irã), 1 de outubro de 2006. 7. Para obter exemplos, ver Kayhan, 29 de setembro de

2005; agência de notícias Fars, 11 de outubro de 2005; Sharaq, 12 de novembro de 2005; agência de notícias ISNA, 16 de novembro de 2005; agência de notícias IRNA, 16 de abril de 2006; Kayhan, 23 de novembro de 2006; Emrooz, 20 de dezembro de 2006; Jomhouri-ye Eslami, 24 de dezembro de 2006.

8. Aftab (Irã), 10 de maio de 2007. 9. ILNA (Irã), 17 de outubro de 2005. 10. Estudiosos xiitas estão divididos no que se refere ao status

dessa mesquita. O diário Jomhouri-ye Eslami, que é afiliado

dos seminários religiosos em Qom e que representa as visões dos importantes aiatolás dos seminários, declarou que a mesquita não é em nada diferente de qualquer outra (13 de setembro de 2006), enquanto que o semanário Parto-ye Sokhan, afiliado ao aiatolá Mohammad Taqi Mesbah-e Yazdi, citou a crença tradicional de que a mesquita havia sido construída baseada na ordem do Imã Oculto e que ela possui importância especial para ele (20 de setembro de 2006).

11. Os xiitas celebram o aniversário do Imã Oculto no 15º dia do mês islâmico de Sha’ban, que, em 2006, coincidiu com o mês de setembro.

12. Ver MEMRI Special Dispatch nº 1436, “Waiting for the Mahdi: Official Iranian Eschatology Outlined in Public Broadcasting Program in Iran” [Esperando pelo Mahdi:

Escatologia Oficial Iraniana Esboçada em Programa de Noticiário Público no Irã], 25 de janeiro de 2007. http://memri.org/bin/articles.cgi?Page=archives&Area=sd&ID=SP143607.

13. Os relatos afirmaram que “a distribuição de um mapa deturpado (...) mostrando o roteiro [que será empreendido] pelo Mahdi [quando de seu retorno] foi interrompida [seguindo] reações [críticas] de círculos políticos e religiosos. O mapa foi distribuído pela prefeitura de Teerã (...) mas as cópias foram recolhidas seguindo [as orientações críticas] de oficiais seniores do regime”. (site Hatef – aparentemente o site Hatef News, associado a patrocinadores de Rafsanjani – 5 de dezembro de 2005, citado em Rooz, 5 de dezembro de 2005).

14. ISNA (Irã), 6 de setembro de 2006.

Em uma breve e rápida revisão, o relatório de 575 páginas da missão Goldstone parece tão ruim quanto, ou pior do que se esperava – os críti-cos que chamaram a atenção sobre um “tribunal simulado”* criado para culpar Israel, vão afirmar que esta-vam certos.

A entrevista coletiva dada por Goldstone em Nova York e as reco-mendações do relatório constituem um outro passo da estratégia de Durban, na qual a linguagem dos direitos hu-manos e da lei internacional é mal uti-lizada como arma na batalha política para isolar e demonizar Israel.

O teor do documento, o “equilí-brio” entre acusações formais de cri-mes de guerra cometidos por Israel e pelo Hamas, e o esforço para envolver

o Conselho de Segurança da ONU e o Tribunal Criminal Internacional cons-tituem um ataque frontal contra Israel. Como resultado disso, os prejuízos po-dem não parar com a publicação des-se relatório, e o governo israelense deve enfrentar um desafio estratégico sério e difícil para demonstrar que o comitê e seus membros apresentavam falhas fundamentais desde o início.

Mas, quando o relatório for exa-minado detalhadamente, uma série de erros básicos deve aparecer – tal-vez o suficiente para desmascarar to-do o processo como sendo inválido e moralmente corrompido.

As evidências, como afirmou Goldstone, foram baseadas quase que inteiramente em afirmações de palestinos, impossíveis de serem ave-riguadas, e em publicações de orga-nizações não-governamentais politi-zadas pró-palestinos. Por exemplo, o relato cita a B’Tselem e o Centro Pa-lestino de Direitos Humanos mais de 70 vezes cada, as alegações de Al-Haq são mencionadas mais de 30

o relatório do tribunal simulado de Goldstone

vezes, e há menções de muitos outros co-autores de ONGs.

Há 33 referências à organização Human Rights Watch (HRW), inclusi-ve ao relatório “The Rain of Fire” [A Chuva de Fogo], que tem a co-auto-ria de Marc Garlasco. Ele era o “ex-pert militar sênior” da HRW (até que foi suspenso após a revelação de seu fetiche de colecionador de lembran-ças nazistas), mas suas análises são manchadas por falsas afirmações e especulações disfarçadas em opiniões técnicas. A longa associação de Goldstone com a HRW significa es-sencialmente que, nesse relatório, ele está citando sua própria organiza-ção, que é altamente problemática.

De maneira mais generalizada, a metodologia usada nos 36 incidentes analisados pelo comitê dará aos críti-cos do relatório e à comissão uma base mais forte para recusar suas conclusões.

Ao mesmo tempo, o relatório de Goldstone é cheio de afirmações de “fatos” que desafiam a confiança e

* Um tribunal simulado é caracterizado pela desonestidade ou pela incompetência, arquitetado em violação a processos legais estabelecidos. São ações fraudulentas, com aparente legalidade, montadas com a finalidade de darem a impressão de que são um processo jurídico legal.

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que aparecem sem nenhuma fonte de provas. Por exemplo, contrariamente a inúmeros relatórios contemporâneos em meios de comunicação como The New York Times, o relatório nega, sem citar nenhuma evidência, que os guer-rilheiros do Hamas, vestidos com rou-pas civis, se escondiam nas dependên-cias de hospitais e usavam ambulân-cias para transportar combatentes e para outros propósitos militares.

Ainda mais impressionante é que o relatório de Goldstone acusa repe-tidamente Israel de violar a lei inter-nacional ao cometer atos de terror, enquanto que se abstém de acusar

diretamente o Hamas de violar aque-las mesmas leis. Pior que isso, o rela-tório nunca admite sequer que o Ha-mas seja uma organização terrorista.

Se esse fosse um processo legal verdadeiro, e não uma farsa baseada em um mandato político do Conselho de Direitos Humanos das Nações Uni-das, inerentemente tendencioso, tanto Goldstone quanto a professora Christi-ne Chinkin teriam sido desqualificados para participar. Como observou a UN Watch, em sua síntese legal de 28 pá-ginas enviada à ONU, a tendência de Chinkin se refletiu em afirmações que “rejeitam categoricamente” o direito

de Israel à autodefesa contra os ata-ques de foguetes de Gaza e acusam Israel de “agressão” e de “crimes de guerra que não necessitam de pro-vas”. Mas, sem nenhum processo de-vido, a síntese da UN Watch foi sim-plesmente descartada.

Paralelamente, a escolha de Gol-dstone foi vista como uma apólice de seguro contra acusações de anti-se-mitismo. De fato, quando a questão surgiu na entrevista coletiva em Nova York, Goldstone invocou como defesa seu histórico como judeu e seu envol-vimento com Israel. Ele expressou tris-teza por ter sido constatado (pelo menos por seu comitê e seus aliados) que Israel cometeu crimes de guerra.

Perto do final de seu depoimento, Goldstone disse a seu público que ele deveria “se regozijar por estarmos vi-vendo hoje em um mundo em que há responsabilização por crimes de guerra”.

É triste, mas o regozijo virá exata-mente da parte daqueles grupos que temem a verdadeira responsabiliza-ção. A liderança do Hamas e aqueles que o apóiam, inclusive o regime ira-niano, aceitaram alegremente os re-sultados, mas poucos israelenses ou indivíduos imparciais considerarão que essa missão, seu relatório e suas recomendações apresentaram res-ponsabilização ou restauraram a mo-ralidade das Nações Unidas. (Gerald Steinberg, The Jerusalem Post)

O Prof. Gerald M. Steinberg lidera a NGO Monitor (Monitoramento de Organizações Não-Governamentais) e é docente de ciência política da Universidade Bar-Ilan.

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uma das buscas mais intensas do homem é por felicidade. Ele a busca nas mais diferentes frentes, razão pela qual uma das indústrias que mais cresce nos dias atuais é a do entretenimento.A pergunta a ser respondida é: eu quero a felicidade que puder encontrar, à minha moda, e nas fontes em que eu escolher buscá-las ou estou disposto a seguir a prescrição de jesus para obtê-la?Esta série de mensagens se propõe a ajudá-lo a responder essa pergunta!

Abençoe seus amigos e parentes com lindas músicas natalinas. Presenteie este Cd/cartão!

A partir de

dave Hunt encoraja os santos com uma das exortações mais sinceras já gravadas com o versículo: “Amarás, pois, o Senhor, teu deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força” (Mc 12.30).

Estamos num “novo dia” para os ateus: eles agora são autores best-sellers. E nós vamos tentar virar esse jogo! Por isso assista esses dVds e lembre-se, em breve jesus virá! E não queremos ser surpreendidos fazendo o que não deveríamos, quando Ele vier!

A cantora israelense Irit Iffert apresenta, neste Cd, músicas em estilo contem-porâneo cantadas em hebraico.

Na música tema, a cantora declara:

“Meu desejo é que minha vida refl ita a Ti, jesus”

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11 de setembro de 2001... O maior ícone do poder financeiro do mundo foi ao chão em questão de minutos, ceifando milhares de vidas. que recado teria a Palavra de deus para momentos tenebro-sos assim, quando nos sentimos tão impotentes, tão inseguros?

quando começam os tempos finais? Ao tratar da Sua volta, o Senhor jesus sempre começa falando do engano, da sedução (Mt 24.4ss.). Em nossos dias, está acontecendo um grande avivamento ou uma grande apostasia?

O que diz a Palavra de deus sobre as tendências atuais, especialmente com relação a Israel? de que lado você estará quando jesus voltar? Essa pergunta indica a grande atualidade desse tema.

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Page 24: Notícias de Israel - 11/2009

graNDes laNçameNtos!

A revelação das 70 semanas-ano descrita em Daniel 9 pertence às provas mais convincentes do exato cumprimento da Palavra de Deus. Ela indica, com muita precisão, o cronograma da história da redenção, o destino de Israel, a Vinda do Messias e como Deus age com as nações. A impressionante coincidência dos eventos já ocor-ridos com os previamente indicados em Daniel 9 é de tirar o fôlego!

Para os cristãos é encorajador ver o que Deus antecipa de forma resumida, através do profeta Daniel, ao mesmo tempo que serve de reflexão para os céticos.

Enquanto TV, jornais e revistas nos bombardeiam com notícias sobre confrontos, caos, terrorismo e pirataria, Apocalipse 13 revela outra imagem: “E toda a terra se maravilhou, seguindo a besta [...] e adoraram a besta [...] Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação [...] e adorá-la-ão todos os que habitam sobre a terra [...] Seduz os que habitam sobre a terra.”• Quando isso vai acontecer?• E como ocorrerá?• Quem serão os líderes?Este livro mostra as ações de Satanás e seus seguidores no sentido de criar paz, segurança e prosperidade para todas as pessoas do planeta Terra. Esse é o tema de “A última vitória de Satanás”. Uma revelação dinâmica sobre a nossa época!

• Quem é o Anticristo?• Como reconhecê-lo?• Que eventos atuais indicam que

estamos realmente vivendo os últimos dos “últimos dias”?

Usando passagens bíblicas e informações atualizadas, o autor chega à empolgante conclusão de que, realmente, o tempo é curto. Em seguida, mostra que atitude a Bíblia recomenda e relembra qual é a esperança que temos em Cristo.Este livro ensina, encoraja, fortalece e alerta os leitores, ecoando a exortação bíblica: “Vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo, porque os dias são maus” (Efésios 5.15-16).

Muitos conhecem o Salmo 23. Alguns até o memorizaram. Mas será que todos descobriram as inúmeras preciosi-dades espirituais que ele contém?Neste livro o autor traz aos olhos do leitor os tesouros escondidos desse Salmo.

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