noticiário - 28/04/2013

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POLÍTICA WWW.ODEBATEON.COM.BR MACAÉ (RJ), DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013 ANO XXXVII Nº 8071 FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO R$ 1,50 Governo garante alteração de gabarito Projeto de lei que muda Código de Urbanismo será enviado nesta semana à Câmara pág. 9 DIVULGAÇÃO WANDERLEY GIL Enquanto nova frente de trabalho é iniciada em Casimiro, trecho que registra o maior número de acidentes e mortes, que corta Macaé ainda não term previsão para a realização de obras Avarias em ruas e o descarte irregular de lixo gera reclamações dos moradores do bairro Indefinição sobre obras na BR 101 coloca futuro de Macaé em xeque Diante das expectativas sobre a expansão econômica do município, falta de prazos concretos para a construção de novas pistas no trecho da rodovia que corta a Capital do Petróleo compromete crescimento econômico pág. 3 Área nobre que registra franca expansão imobiliária precisa de maior atenção por parte do governo pág. 10 KANÁ MANHÃES Buracos e lixo em ruas causam transtornos BAIRROS EM DEBATE - SÃO MARCOS SARDINHA ESPORTE WANDERLEY GIL O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da se- cretaria de Saúde de Macaé inicia nesta segunda- feira (29) novas ações de reforço para o combate à dengue. Serão intensificadas as visitas domicilia- res e orientações nos bairros Riviera Fluminense e Cajueiros durante toda a semana. pág. 12 termina hoje (28) o II Festival da Sardinha, desenvolvido pelo Polo Gastronômico Praia dos Cavaleiros, que teve início na quinta-feira (25). Os doze restaurantes participantes compraram mais de uma tonelada de sardinha, uma média de 150 quilos por estabelecimento. A expectativa é que o festival movimente cerca de R$ 200 mil. pág. 6 Prefeitura reforça combate a dengue em vários bairros Ocupação de comunidades gera resultados Um ano e meio após a pacificação de algumas comunidades, Macaé vive um novo momento. Moradores de locais onde antes eram conside- rados como “territórios inimigos”, hoje comemo- ram o direito de ir e vir. A instalação dos postos avançados da Polícia Militar são símbolos de um novo modelo de combate ao tráfico. pág. 5 WANDERLEY GIL Homenagem no último adeus a Olga Neme Rios Atletas da Ascom se preparam para desafio 24 H Festival deve gerar R$ 200 mil a restaurantes A luta por causas sociais, o acolhimento de pes- soas vítimas de preconceito e sensibilidade de uma mulher que lutou sozinha para montar uma das or- ganizações não governamentais mais reconhecidas no Estado na defesa dos direitos dos homossexuais foram lembrados com saudosismo por parentes, amigos e autoridades que participaram do velório e do sepultamento do corpo da advogada, Procu- radora do Município e presidente da ONG/AIDS Milagre da Vidda, Drª Olga Sueli Neme Rios. pág. 12 Competição será realizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nos dias 04 e 05 do próximo mês pág. 7

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Noticiário - 28/04/2013

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Page 1: Noticiário - 28/04/2013

POLÍTICA

WWW.ODEBATEON.COM.BR • MACAÉ (RJ), DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013 • ANO XXXVII • Nº 8071 • FUNDADOR/DIRETOR: OSCAR PIRES • O JORNAL DE MAIOR CIRCULAÇÃO DO MUNICÍPIO • R$ 1,50

Governo garante alteração de gabaritoProjeto de lei que muda Código de Urbanismo será enviado nesta semana à Câmara pág. 9

DIVULGAÇÃO

WANDERLEY GIL

Enquanto nova frente de trabalho é iniciada em Casimiro, trecho que registra o maior número de acidentes e mortes, que corta Macaé ainda não term previsão para a realização de obras

Avarias em ruas e o descarte irregular de lixo gera reclamações dos moradores do bairro

Indefinição sobre obras na BR 101 coloca futuro de Macaé em xequeDiante das expectativas sobre a expansão econômica do município, falta de prazos concretos para a construção de novas pistas no trecho da rodovia que corta a Capital do Petróleo compromete crescimento econômico pág. 3

Área nobre que registra franca expansão imobiliária precisa de maior atenção por parte do governo pág. 10

KANÁ MANHÃES

Buracos e lixo em ruas causam transtornos

BAIRROS EM DEBATE - SÃO MARCOSSARDINHA ESPORTE

WANDERLEY GIL

O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da se-cretaria de Saúde de Macaé inicia nesta segunda-feira (29) novas ações de reforço para o combate à dengue. Serão intensificadas as visitas domicilia-res e orientações nos bairros Riviera Fluminense e Cajueiros durante toda a semana. pág. 12

termina hoje (28) o II Festival da Sardinha, desenvolvido pelo Polo Gastronômico Praia dos Cavaleiros, que teve início na quinta-feira (25). Os doze restaurantes participantes compraram mais de uma tonelada de sardinha, uma média de 150 quilos por estabelecimento. A expectativa é que o festival movimente cerca de R$ 200 mil. pág. 6

Prefeitura reforça combate a dengue em vários bairros

Ocupação de comunidades gera resultados

Um ano e meio após a pacificação de algumas comunidades, Macaé vive um novo momento. Moradores de locais onde antes eram conside-rados como “territórios inimigos”, hoje comemo-ram o direito de ir e vir. A instalação dos postos avançados da Polícia Militar são símbolos de um novo modelo de combate ao tráfico. pág. 5

WANDERLEY GIL

Homenagem no último adeus a Olga Neme Rios

Atletas da Ascom se preparam para desafio 24 H

Festival deve gerar R$ 200 mil a restaurantes

A luta por causas sociais, o acolhimento de pes-soas vítimas de preconceito e sensibilidade de uma mulher que lutou sozinha para montar uma das or-ganizações não governamentais mais reconhecidas no Estado na defesa dos direitos dos homossexuais foram lembrados com saudosismo por parentes, amigos e autoridades que participaram do velório e do sepultamento do corpo da advogada, Procu-radora do Município e presidente da ONG/AIDS Milagre da Vidda, Drª Olga Sueli Neme Rios. pág. 12

Competição será realizada em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nos dias 04 e 05 do próximo mês pág. 7

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2 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013

Cidade NOTA

SEMANA EM DEBATE O DEBATE EM MEMÓRIAImprudência é causa de acidentes

iniciada em julho de 2012, a obra do Centro de Visitantes do Parque Jurubatiba, no bairro Lagomar está previsto para ser entregue na segunda quinzena de julho deste ano. A previsão inicial era maio, mas de acor-do com a chefia da unidade de conservação, as chuvas ocorri-das no final do ano passado e início deste ano resultaram no atraso dos serviços. O projeto é fruto de um Termo de Ajusta-mento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Federal, o ICMbio, NUPEM, a Transpetro e a Petrobras assinado em 2011.

Obras de Centro de Visitantes avançadas

A seguir, as principais notícias veiculadas na edição de número 129 do jornal O DEBATE, que circulou entre os dias 12 e 14 de março de 1980.

Paletó e gravata em discussão na Câmara de Macaé

O então vereador Ivair de Barros Simões apre-sentou Projeto que pretendia extinguir a obriga-toriedade do uso de paletó e gravata nas reuniões da Câmara Municipal. A tentativa de estabelecer o traje esporte fino no plenário foi frustrada e o visual engravatado segue até hoje no plenário, de acordo com regimento interno da Casa.

* * *Justiça mantem condenação de “Trambique”

Acusado pelo assassinato de Eucimar Montei-ro, em abril de 1975, e pela tentativa de homicídio de Hélio de Assis Machado, Jorge Gomes de Alemeida, conhecido como Trambique, foi con-denado a 13 anos de prisão. A Defensoria Pública chegou a apelar a favor do réu, mas a justiça negou o provimento e manteve a condenação.

* * *Sindicato dos Jornalista parabeniza O DEBATE

O jornalista Tácito Tani, então presidente do Sindicado dos Jornalistas do Estado do Rio, enviou um telegrama ao diretor de O DEBATE, jornalista Oscar Pires, parabenizando a equipe do jornal macaense pela “dedicação à profissão e trabalhos realizados em prol da imprensa do inte-rior, sendo motivos de orgulho para a categoria”.

* * *Petrobras recebe homenagem pela produção

Responsável por impulsionar o desenvolvi-mento da região que cerca a produção na Bacia de Campos, a Petrobras foi homenageada com

um diploma oferecido pela Marinha Mercante de “armador que mais incorporou tonelagem a sua frota petroleira”. À época, a estimativa da Estatal era de incorporar 5,1 milhões de toneladas, com mais 10 navios.

* * *Macaé-Fogo invade Belo Horizonte

A torcida organizada do Botafogo no municí-pio, Macaé-Fogo, marcou presença em grande número na partida entre o Alvinegro e o Cruzeiro, na capital mineira, válida pelo Campeonato Bra-sileiro daquele ano. A organização da excursão fiou a cargo de Roberto Possat, diretor de faixa e bandeiras da torcida, hoje conselheiro técnico do Serra Macaense.

Taxa de desemprego nacional fica em 5,7% em março

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MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013 3

Política Apontado como pré-candidato a governador do Estado, o vice-governador Pezão (PMDB) esteve em Casimiro de Abreu

NOTA

Indefinição sobre obras coloca região em xeque

IMPASSE

Devido ao crescimento econômico do município, duplicação da BR 101 é fundamental para evitar caos nas operações de logísticas direcionadas a MacaéMárcio [email protected]

O alerta já foi apre-sentado por represen-tantes do setor em-

presarial. Porém, nem mesmo a possibilidade do registro do caos na mobilidade regional, em virtude da demora no an-damento do projeto total de duplicação da BR 101, consegue superar os argumentos apre-sentados nesta semana pelos representantes da Agência Na-cional de Transporte Terrestre (ANTT) e da Autopista Flu-minense, referentes a falta de previsão para a realização das obras nos 40 quilômetros da rodovia, que cortam a Capital Nacional do Petróleo.

Iniciada em 2011, a batalha pela antecipação das obras, previstas para acontecer apenas no 9º de concessão da rodovia, contado a partir de 2008, garan-tiu, em dois anos, a realização de duas, das três fases, previstas pelo projeto total de duplicação, dividido a partir da solicitação dos representantes dos municí-pios cortados pela rodovia, atra-vés da mobilização realizada na Câmara de Vereadores.

O acordo inicial era de que as obras fossem desenvolvidas a partir do trecho de 60 quilô-metros, compreendido entre Ururaí, localidade de Campos dos Goytacazes, até o "Trevo dos 17", que dá acesso a Macaé, através da rodovia Amaral Pei-xoto (RJ 106).

Realizada em três frentes de trabalho, a expectativa era que as obras, orçadas pela Autopis-ta em R$ 200 milhões, fossem concluídas no segundo semes-tre do ano passado. Devido a sucessivos atrasos, as interven-ções ainda não foram concluí-das, e seguem sem prazo.

Quase dois anos após o início

da primeira fase do projeto, a Autopista Fluminense deslo-cou máquinas que já executam a duplicação no trecho de 70 quilômetros compreendidos entre Casimiro de Abreu e Rio Bonito, consolidando assim a segunda fase das obras.

Orçadas em R$ 350 milhões, as obras tem prazo de conclu-são de dois anos, podendo ser entregue em 2015.

Apesar de ser o menor trecho

do projeto total de duplicação, correspondendo a 40 quilôme-tros, dos 300 quilômetros admi-nistrados pela Autopista Flumi-nense a partir da concessão, o trecho pertencente a Macaé segue sem prazo definido para implantação, o que acaba com-prometendo o objetivo princi-pal da mobilização regional.

"É importante dar sequência ao projeto de duplicação, garan-tindo assim o início da segunda

fase do projeto, cerca de cinco anos antes do prazo estabeleci-do por contrato. Porém, a nossa expectativa maior é por Macaé, não por ser a nossa cidade, mas sim pela importância econô-mica e pela necessidade das atividades industriais, relativas ao segmento offshore. A realiza-ção das obras é uma necessida imediata e real", apontou o pre-sidente da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Esteves.

MARCOS VINÍCIUS/O DEBATE

Ilustração mostra trecho de 40 quilômetros da BR 101, em Macaé, que falta ser duplicado

representantes do setor empresarial apontam que a necessidade das obras de du-plicação da BR 101 torna-se fundamental para a expansão econômica de Macaé e de todos os municípios da região, tanto pela consolidação de investi-mentos em empreendimentos portuários, quanto pela amplia-ção da exploração do petróleo, nas camadas do pré-sal.

"Atualmente a rodovia não consegue atender a demandas das empresas que necessitam do transporte viário de materiais. Caso a duplicação ainda leve muitos anos para ser concluía, o projeto não conseguirá atender também a necessidade futura da economia regional", apontou Evandro Esteves, presidente da Comissão Municipal da Firjan.

A consolidação da terceira e mais importante fase da dupli-cação será a pauta central do Fórum Técnico para a Infraes-

trutura, formado pela Firjan e pelo governo federal, através da atuação do vice-prefeito Danilo Funke (PT).

"A atuação política tem a sua parcela na responsabilidade para a consolidação das obras", afirmou Danilo Funke.

Obras não acompanham crescimentoMÁRCIO SIQUEIRA

Evandroe Danilo integram Fórum Técnico que buscará realização de obras no trecho da BR 101 que corta Macaé

JONAS GAMBARÔ/ASSESSORIA

Tópicos que serão discutidos durante a Audiência Pública

reconhecido até mesmo pe-los representantes da Agência Nacional de Transporte Terres-tre (ANTT), a pressão política é fator fundamental para que a terceira fase das obras de dupli-cação sejam consolidadas ainda neste ano.

Contrário ao argumento apresentado pela ANTT e a Autopista relativo a demora na liberação das licenças ambien-tais para as obras no trecho, o Movimento Parlamentar pela Duplicação Imediata da BR 101 se une a Comissão Permanente de Assuntos Municipais e De-senvolvimento Regional da As-sembleia Legislativa do Estado

do Rio de Janeiro (Alerj) para reunir, na Câmara de Macaé, to-dos os atores responsáveis pela realização do projeto.

"No próximo dia 10 de maio, vamos reunir todos os respon-sáveis pela consolidação do projeto e buscar prazos oficiais para a realização da duplica-ção em Macaé. Vamos buscar o que de fato amarra a conso-lidação das obras e garantir a nossa cidade o verdadeiro re-conhecimento tamanha a sua importância para o Estado e o país", afirmou o vereador maca-ense Igor Sardinha (PT), líder do Movimento que conta com parlamentares da região.

Audiência garantirá pressão política

PONTODE VISTA

O leitor que acompanha esta co-luna aos domingos, com certeza vai afirmar que não conhece o deputado federal petista Nazareno Fonteles (PT-PI). Também que nunca ou-viu falar neste nome, em qualquer ocasião. E, ainda, que é completa-mente um desconhecido no meio político do Congresso Nacional. Pois é. Todo mundo levou um tremendo susto quando tomou conhecimen-to de que ele, Nazareno Fonteles, decidiu apresentar uma proposta que fere a Constituição e vai contra o princípio da separação dos pode-res e, sabem por quê? Ele é o autor da proposta de emenda constitu-cional que submete as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) ao Congresso. O projeto já aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça - atente bem, aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça da qual fazem parte dois deputados condenados no processo do men-salão, Luiz Paulo da Cunha, e José Genoíno, ambos de São Paulo e do PT, envolvidos no esquema de Marco Valério, aquele carequinha lá de Belo Horizonte que arquitetou todo o plano para distribuir grana a rodo em troca de votos, segundo comprova a Ação Penal 470 (nin-guém gosta da palavra “mensalão”). Como se pode observar, o baixo clero continua fazendo fogueira e colocando lenha para arder mais as chamas. Evidente que todos os especialistas em questões judiciais

já declararam e afirmam que não cabe ao Congresso Nacional rever as decisões do Supremo Tribunal Federal (STF), que tem o ministro Joaquim Barbosa como presidente. Mas todos que acompanham o de-senrolar da novela, sabem que tudo isso é apenas retaliação por causa do julgamento do rumoroso caso do mensalão que tem como principal ator o ex-ministro da Casa Civil e de-putado federal cassado, José Dirceu, que está percorrendo todo o país fa-zendo palestras e, mais propriamen-te, mobilização política contra o STF, levando a Câmara dos Deputados a dar o primeiro passo para tentar tirar poder do STF. Enquanto essa “briga” que mal começou vai se de-senrolando e pode até ter um final feliz nesta segunda-feira quando os presidentes da Câmara e do Senado se reúnem com o ministro Gilmar Mendes, para minimizar a crise ini-ciada com a liminar concedida pelo STF a partidos de oposição que esta-riam sendo atingidos com a criação de outras agremiações políticas com perda do fundo partidário (dinheiro nosso) e tempo de exposição na TV, o ministro Dias Toffoli deu prazo de 72 horas para que a Câmara dos Deputados se manifeste sobre a Proposta de Emenda Constitucio-nal (PEC), que submete decisões da Corte ao Congresso Nacional. Va-mos aguardar o fim da novela que ainda promete bons capítulos com a campanha eleitoral antecipada.

A duplicação da BR-101, trecho que vai de Macaé até Rio Bonito, vai ser iniciada após a instalação do canteiro de obras no quilômetro 194, próximo a Casimiro de Abreu. Quer dizer, as autoridades presen-tes ao ato político quarta-feira com palanque montado mais para ato-res políticos do que propriamente para as obras, confirmaram o que já sabemos há bastante tempo. Desde 2011, quando uma grande mobiliza-ção realizada em Macaé e que teve a Câmara Municipal como palco das discussões, o superintendente da Autopista Fluminense, Alberto Gallo foi bem claro ao afirmar que “o trecho de duplicação da BR-101 que corta Macaé até Casimiro de Abreu será o último a ter obras re-alizadas porque o Ibama, o Iphan, o IcmbRio, e a própria ANTT, não concedem as licenças, principal-mente as ambientais por causa da região onde está sediada a Fazenda União, ali em Rocha Leão, tornada Área de Proteção Ambiental”. A cada alteração no projeto para cumprir exigências, a necessida-de de mudança geral burocratiza a ação e amplia o prazo. Por mais que um deputado federal do PMDB “venda” a sua imagem como arti-culador da concessão das licenças, o que não aconteceu até agora e os representantes da ANTT e da Autopista Fluminense confirmam que dificilmente ocorrerá a curto prazo, não adianta ficar “plantan-

do” releases para a imprensa que, sendo séria, não embarca nessa canoa. O que é preciso ficar bem claro é: a) Para diminuir a pressão política lá em 2011, com trabalho árduo do senador Lindberg Farias (PT) e também do deputado fede-ral Anthony Garotinho (PR), foi ini-ciada a duplicação do trecho entre Macaé e Campos, do quilômetro 144 até 89; b) com a obra quase pronta mas deve levar mais algum tempo, a pressão fez com que fosse anunciado o novo trecho que vai de Casimiro de Abreu até Rio Bonito; c) O trecho entre o quilometro 144 até o 190, que corta Macaé e onde é registrado a maioria dos acidentes com vítimas fatais, passando pelo conhecido Brejo da Severina até Casimiro, bem, quem afirma é o re-presentante da Autopista, vai ficar mesmo lá para 2017. Enquanto isso, vamos continuar aqui registrando mais mortes porque a burocracia se sobrepõe à vontade política que representa a população. Feitas es-sas considerações, só restam as li-deranças políticas - se é que ainda estarão existindo - ter vontade e praticar atos de protesto em vários pontos, fechando o trânsito, única maneira de fazer soar o tambor de “guerra” para que as autoridades responsáveis entendam que todos têm pressa em evitar mais mortes. Você aí, topa a parada? Se der para participar, participe e cobre ação de quem você, eleitor, votou.

O Pronto Socorro Municipal foi transferido das dependências da Casa de Ca-ridade, que dispõe de todos os recursos para atender a casos de emergência, para o Hospital da Casa do Idoso, no Asilo da Velhice Desamparada, que não possui equipamentos - sequer raio x - para atender urgências. A Procuradora Municipal Olga Sueli Neme Rios, antes de morrer foi transferida para aquela unidade, em vez do HPM ou Unimed. O SAMU - 192 - atende ali e...

Mexer com as leis de uso do solo sem uma ampla discussão com a socie-dade e categorias profissionais ligadas à construção civil é dar um tiro no escuro. A qualidade de vida em Macaé diminuiu por causa da pressa e da especulação imobiliária, quando na década de 80, ao aprovar cerca de 20 novos loteamentos, foram diminuídos os lotes para 200m2, as ruas mais estreitas e calçadas de apenas 1,5 metro. Repensar para melhorar não custa.

Como foi anunciado que existem mais de mil projetos aprovados e o cres-cimento vertical continuará sendo objeto de uma febre expansionista em pequenos lotes, que o Poder Legislativo defenda nos novos loteamentos, espaço de terra para unidade habitacional com 360m2 no mínimo, e pro-íbam as construções geminadas. Como a zona urbana se estende até as margens da BR-101, não custa muito olhar o futuro com qualidade de vida.

Todos sabem que as obras devem ser feitas, algumas com urgência. Mas planejar alguns procedimentos que obrigam o fechamento do trânsito no centro, seria a melhor maneira de respeitar o contribuinte. Na última semana o centro virou um “inferno astral”, com obras que poderiam estar sendo feitas em períodos de fins de semana ou feriados longos, quando a cidade fica vazia. Ninguém merece o castigo que está sofrendo por falta de...

Até domingo.

PONTADAS

Confusão à vista

Rodovia da morte* * *

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4 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013

OpiniãoEDITORIAL

ESPAÇO ABERTO

FOTO LEGENDA

PAINEL

EXPEDIENTE

Para garantir uma cidade organizada, não é necessário apenas os projetos e ações definidas pelo poder públi-co, através da aplicação dos recursos, gerados por um dos orçamentos mais ricos do país. É preciso contar com a atuação do poder legislativo e ouvir a população para garantir uma verdadeira cidade organizada.

Com a escassez de mão de obra do Brasil, cada vez mais a gestão de pessoas nas organizações deve ser vista como estratégica.

Cidade organizada

Profissionais qualificados no mercado

A boa vontade prevalece como uma das marcas registradas do novo

governo. A mudança na ima-gem do município, mais lim-po e até mais bonito, através da reforma dos canteiros de plantas, é visível para quem circula nos pontos centrais da cidade.

Obras estão sendo desen-volvidas nos quatro cantos da cidade. Na Praia Campis-ta e dos Cavaleiros, prosse-guem, a todo vapor, as obras de instalação da nova rede de captação de esgoto. O que falta agora é a implantação do sistema que integrará as caixas coletoras de mate-riais orgânicos até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da Fazenda Mutum, situada na parte Sul do município.

No Parque Aeroporto, um dos bairros mais abandona-dos pela gestão pública nos últimos anos, máquinas e operários trabalham no re-capeamento do asfalto da avenida Hildebrando Alves, que garante acesso ao Aero-porto de Macaé, e rota para os veículos que chegam a cidade através da rodovia Amaral Peixoto, ou que se-guem do Lagomar e Enge-nho da Praia, em direção a

parte sul da cidade, através do acesso as Linhas Azul e Verde.

Caminhões amenizam a falta de rede de abasteci-mento d'água no Lagomar. E máquinas atendem as re-clamações sobre vazamento de esgoto, descarte irregular de lixo e entulhos.

Tudo isso é necessário pa-ra garantir o mínimo espera-do pela população da cida-de. Mais que os serviços do governo, a aplicação de leis e as propostas apresentadas pelos moradores da cidade são viáveis, na busca pelo tão esperado desenvolvimento do município.

Medidas como a fiscaliza-ção de procedimentos como a ocupação irregular das calçadas, a atuação de ven-dedores em semáforos, e o funcionamento de bares e restaurantes sem as devidas documentações necessárias fazem parte da lista da tare-fas que devem ser cumpri-das para garantir uma nova Macaé.

Enquanto o “jeitinho polí-tico” e a inércia de profissio-nais responsáveis pela ges-tão de setores prevalecer, o município levará ainda mais tempo para alcançar a tão esperada nova realidade.

Observamos que al-guns segmentos, co-mo: Contabilidade,

Fiscal e Tributária, Enge-nharia, e Tecnologia da In-formação têm vagas abertas e não fechadas devido à fal-ta de mão de obra qualifica-da. Se utilizarmos TI como exemplo, temos 100.000 vagas! E hoje não falamos mais somente de mão obra qualificada, mas em níveis técnicos e operacionais tam-bém há falta de profissionais experientes.

Com este cenário, torna-se imperioso olhar para Gestão de Pessoas não mais como uma área burocrática, mas como uma área que precisa prover, desenvolver e reter pessoas para dar sustentação às estratégias de negócios. Um tópico extremamente importante é como prover pessoas já que não temos uma oferta significativa para selecionarmos os melhores profissionais para compor os quadros de funcionários das empresas.

É mais fácil, mais rápido e mais barato desenvolver conhecimentos do que com-portamentos. Com isso em mente, precisamos ter pro-cessos seletivos bem estru-turados focando os aspectos comportamentais e capaci-dade de aprendizagem para que possamos desenvolver profissionais dentro das pró-prias organizações. Utilizar ferramentas de avaliação para identificação de gaps de competências para otimi-zação dos recursos em trei-namento e desenvolvimento é um caminho interessante,

uma vez que, as ações são direcionadas para a neces-sidade organizacional e dos indivíduos.

A retenção de pessoas pas-sa pelo modelo de gestão, is-to inclui, a liderança, perfis de liderança desenvolvimen-tista. A adoção de tal políti-ca é necessária neste cenário para manter os profissionais e desenvolvê-los “dentro de casa”. Explicitar oportunida-des de carreira trazendo um guia claro, específico e trans-parente para a equipe visu-alizar o potencial de cres-cimento dentro da própria organização e manutenção da remuneração na media-na de mercado, podem ser fatores críticos de retenção das pessoas na organização.

Se como executivo, você ainda não pensou em Ges-tão de Pessoas como uma das vertentes estratégicas do seu negócio, é melhor refletir sobre o assunto, pois investir em pessoas pode ser o dife-rencial para a evolução ou a involução do seu negócio. Os conceitos tradicionais de gestão de pessoas não mais atendem às necessidades das organizações e das pessoas, ao mesmo tempo em que não existem conceitos e práticas consagradas para ocupar o espaço que se abre. O traba-lho criativo e individualizado que perceba a empresa como tendo personalidade própria e única é fundamental para que seu processo de gestão tenha sucesso em suas metas.

Susana Falchié Consultora em Recursos Hu-manos.

EJORAN - Editora de Jornais, Revistas e agências de Notícias.cnpj: 29699.626/0001-10 - Registrado na forma de lei.diretor responsável: Oscar Pires.sede própria: Rua Benedito Peixoto, 90 - Centro - Macaé - RJ.Confeccionado pelo Sistema de Editoração AICS e CTP (Computer to Plate).Impresso pelo Sistema Offset.circulação: Macaé, Quissamã, Conceição de Macabu, Carapebus, Rio das Ostras, Campos dos Goytacazes e Casimiro de Abreu.

A direção do O DEBATE não se responsabiliza e nem endossa os conceitos emitidos por seus colaboradores em ações ou artigos assinados, sendo de total responsabilidade do autor.

Filiado à ADJORI-RJ - Associação dos Diretores de Jornais do Estado do Rio de Janeiro e à ABRAJORI - Associação Brasileira de Jornais do Interior. ANJ - Agência Nacional de Jornais. ADI Brasil - Associação dos Jornais Diários do Interior.

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KANÁ MANHÃES

CódigoDepois de muita discussão, o governo municipal deve apresentar nesta semana um projeto de lei que altera os dispositivos do Código de Urba-nismo, reduzindo o tamanho permitido para a construção de novos imóveis na região litorânea da cidade. O gabarito, que define as dimensões permitidas para as construções, será alterado, de acordo com a vontade de moradores das Praias dos Cavaleiros, Campista, do Pecado e da Lagoa de Imboassica.

RachaNos bastidores, a discussão sobre o Código de Urbanismo dividiu opiniões e criou até mesmo um racha na bancada governista, na Câmara de Vereadores. O assunto seria discutido na sessão extraordinária, agendada pelo legisla-tivo em fevereiro, antes mesmo da instalação dos trabalhos oficiais do parlamento municipal. Depois de uma verdadeira quebra de braços, a alteração chegará ao plenário com uma avalia-ção técnica confiável, e sem padrinho político.

Igual para todosA proposta é que o gabarito seja definido para a permissão de construção de prédios de até três andares. O posicionamento do prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) é que a alteração seja estabelecida para todas as áreas, do litoral da cidade, não beneficiando apenas trechos, con-forme proposto anteriormente. Não se pode negar que a defesa pela mudança, iniciada por movimentos de moradores, acabou se transfor-mando em uma batalha política.

AuditoriaNão foi surpresa para ninguém a informação passada oficialmente pelo governo sobre a si-tuação de servidores que estavam exercendo cargos comissionados em municípios vizinhos, sem a devida transferência. A identificação do problema faz parte da lista de várias irregu-laridades, cometidas pela gestão municipal passada, na administração do município. De forma preliminar, a auditoria aponta um rombo de cerca de R$ 300 milhões.

PavimentaçãoO governo realiza uma grande obra de pavimen-tação na avenida Hildebrando Alves, que dá acesso ao Parque Aeroporto, através do trevo dividido pela sede do 32º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Avariada há anos, a pista recebe o processo de recapeamento, permanecendo atualmente com a faixa da direita interditada. O trabalho está concentrado inicialmente no sentido Centro/Aeroporto. As obras atendem a solicitação da gerência do Aeroporto de Macaé.

VenalO valor venal, definido pelo governo municipal para a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) tem gerado questionamento por parte dos proprietários de imóveis, situados prin-cipalmente em áreas bastante valorizadas do município, como próximo ao centro comercial, e nas imediações do Polo Offshore. O percentual, considerado como elevado pelos proprietários, será questionado através de protocolos registra-dos junto a secretaria de Fazenda.

GinásioEm meio ao momento de resgate dos esportes coletivos em Macaé, através da boa fase da equipe de basquete que representa a cidade, a população aguarda com expectativa o retorno dos jogos e campeonatos de várias modali-dades esportivas que aconteciam no Ginásio Poliesportivo Engenheiro Maurício Bittencourt Filho. A quadra do espaço já foi considerada como uma das mais modernas do Estado, pas-sando por reforma no ano passado.

BolsaE por falar em esporte, atletas que alcançam o nível de alto rendimento ainda não foram contemplados pelo Bolsa Esporte, programa de incentivo criado pela Prefeitura, através da Fundação de Esporte e Turismo (Fesportur) há quase 10 anos. Os recursos possibilitam que lutadores, corredores e membros de equipes de esportes coletivos, entre praticantes de outras modalidades, possam competir no Brasil e até em outros países.

ProdesmarO Prodesmar não pode ficar enfraquecido, em Macaé. Criado a partir da iniciativa do governo municipal, Petrobras e do governo do Estado, o Programa de Desenvolvimento de Macaé e Região discutiu e consolidou projetos como a criação do sistema de monitoramento por câmaras, espalhadas em vários pontos da ci-dade. A instalação de portais de fiscalização, nos acessos do município, assim como outras propostas precisam ser resgatadas.

O tráfego de caminhões é o principal gerador de impactos ao trânsito de Macaé. Além de não comportar o número excessivo de veículos, o município não foi projetado para registrar a circulação de carretas que transportam principalmente materiais destinados às bases logísticas de empresas offshore. Diante desses fatores, situações como o flagrante, que registra a manobra do caminhão sobre a calçada da praça do Novo Cavaleiros, tornam-se mais comuns em Macaé.

GUIA DO LEITORJORNAL O DEBATEtel/fax: (22) 2106-6060acesse: http://www.odebateon.com.br/e-mail: [email protected]: Ligue (22) 2106-6060 - Ramal: 215e-mail: [email protected]: E-mail: [email protected]

TELEFONES ÚTEIS:POLÍCIA MILITAR: 190POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL: 191SAMU - SERV. AS. MED. URGÊNCIA: 192CORPO DE BOMBEIROS: 193DEFESA CIVIL: 199POLÍCIA CIVIL - 123ª DP: 2791-4019DISQUE-DENÚNCIA (POLÍCIA MILITAR): 2791-5379DELEGACIA DE POLÍCIA FEDERAL (24 HORAS): 2796-8330DEL. DE POL. FEDERAL (DISQUE DENÚNCIA): 2796-8345DEL. DE POL. FEDERAL (PASSAPORTE/VISTO): 2796-8346DISQUE-DENÚNCIA (CÂMARA DE MACAÉ): 2772-7262HOSPITAL PÚBLICO MUNICIPAL: 2773-0061AMPLA: 0800-28-00-120CEDAE: 2772-5090PREFEITURA MUNICIPAL: 2791-9008DELEGACIA DA MULHER: 2772-0620GUARDA MUNICIPAL: 2773-0440ILUMINAÇÃO PÚBLICA: 0800-72-77-173AEROPORTO DE MACAÉ: 2772-0950CARTÓRIO ELEITORAL 109ª ZONA: 2772-9214CARTÓRIO ELEITORAL 254ª ZONA: 2772-2256CORREIOS - SEDE: 2759-2405AG CORREIOS CENTRO: 2762-7527TELEGRAMA FONADO: 0800-5700100SEDEX: 2762-6438CEG RIO: 0800-28-20-205RADIO TAXI MACAÉ 27726058

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MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013 5

PolíciaNOTA

AVANÇOS

Ocupação de comunidade leva paz aos moradoresÀ frente do 32º BPM, o tenente-coronel Ramiro de Oliveira Campos pode se orgulhar do trabalho feito em prol de uma cidade mais seguraBertha [email protected]

Um ano e meio após a pacificação de algu-mas comunidades,

Macaé vive um novo momen-to. Moradores de locais onde antes eram considerados como “territórios inimigos”, hoje co-memoram o direito de ir e vir.

Essa mudança pode ser sen-tida tanto na periferia quanto nos bairros nobres. Anos atrás era comum na Capital do Pe-tróleo se deparar com cenas como as de ônibus incendia-dos, além de assaltos e homi-cídios em números elevados. Tais fatores contribuíram pa-ra que Macaé fosse em 2004 considerada a cidade mais violenta do estado do Rio de Janeiro, e a 10ª cidade do país em número de homicídios por habitantes.

Após anos em franca de-cadência, Macaé está renas-cendo. A população tem se mobilizado para cobrar ações das autoridades e a política de pacificação das comunidades tem sido vitoriosa até o mo-mento. A descoberta do pré-sal fez aumentar o volume de investimentos e a renda futu-ra com royalties do petróleo. Os olhares se voltaram para o município e o comando da Po-lícia Militar reagiu com pulso aos ataques criminosos.

À frente do 32º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Ramiro de Oliveira Campos, pode se orgulhar do trabalho feito em prol de

uma cidade mais segura para a população. Quando assumiu o comando em outubro de 2011, ele teve o desafio de re-ordenar a Capital do Petróleo e agir severamente contra as organizações que ocupavam toda a cidade. E deu conta.

Números apontam que os homicídios sofreram uma diminuição em incidências criminais na cidade de 2006 a 2013. O destaque é para a queda do número de homi-cídios dolosos, que caíram de 126, em 2006, para 85, em de-zembro de 2012, e os números continuam caindo. É possível verificar que, comparado com os mesmos períodos de 2012, houve queda do número de homicídios nos meses de ja-neiro e fevereiro de 2013. Em janeiro, de nove para cinco e em fevereiro, de seis para quatro.

Macaé também obteve avanços em relação à Vulne-rabilidade de Jovens à Violên-cia, passando da 7ª colocação em 2007 para a 185º em 2010, mesmo com um crescimento populacional de cerca de 30% neste período. Foram pesqui-sados 283 municípios com mais de 100 mil habitantes, que tiveram os dados com-parados.

O trabalho está, no entanto, longe de terminado. Há várias questões que devem ser me-lhoradas para que a cidade consiga atingir o seu poten-cial. E para isso, a população macaense torce pela perma-nência do tenente-coronel

FOTOS WANDERLEY GIL

O tenente-coronel Ramiro assumiu o comando em outubro de 2011 e teve o desafio de agir severamente contra as organizações que ocupavam a cidade. Anos atrás era comum na Capital do Petróleo se deparar com cenas como as de ônibus incendiados

no comando. Pessoas que hoje se sentem mais próximas da Polícia Militar, reforçam a im-portância do comando atual.

“Essa relação entre a Polícia e a população é um exemplo a ser seguido. Não podemos deixar que esse trabalho seja

interrompido, pois hoje vive-mos mais tranquilos. Sei que a violência está longe de aca-bar, mas posso dizer que hoje

em dia vivo em paz”, relatou a costureira Maria José Ribeiro Portugal, moradora da comu-nidade Nova Holanda.

Curso de reciclagem para agentes de trânsito visa melhorar a qualidade dos serviços prestados por todos os agentes de trânsito

Caos e incêndios em 2009No dia 20 de janeiro de 2009, a noite de Macaé nos dois lados da ponte Ivan Mundim, estava mais do que diferente. Além do Morro de Sant'ana, foi ateado fogo ainda num ônibus na Rua Alcides Mourão, na Aroeira. Um outro ainda foi queimado no bairro Malvinas.

Já próximo à entrada da No-va Holanda, perto de onde na noite anterior um ônibus foi queimado, uma barricada es-tava estendida no meio da rua - também com fogo. Do outro lado da Rodovia Amaral Pei-xoto, já na entrada do bairro

Fronteira - onde um segundo ônibus foi incendiado - cerca de três viaturas e dez policiais militares monitoravam à distân-cia a movimentação na entrada da Nova Holanda.

Um contingente parecido estava posicionado na RJ-168, entre a Aroeira e a entrada pa-ra as Malvinas. Em todos estes bairros e arredores, quem cami-nhava na rua assistia uma gran-de movimentação de policiais e poucos ônibus em trânsito.

Após os incidentes, muitos coletivos pararam de circular pela cidade - provocando caos

e dúvida em quem estava nas paradas. No Terminal Central, nenhum passageiro entrava no local. A cidade estava deserta e com medo.

Um carro da Guarda Muni-cipal e outro da Polícia Militar, dentro do terminal, cuidavam da segurança e os ônibus que saíam estavam com luzes apagadas e apenas com o motorista dentro dirigindo até o estacionamento da empresa. Os bombeiros tra-balharam sobre o fogo até o fim da noite, quando conseguiram apagar tudo de vez. A cidade es-tava deserta e com medo.

A hora da viradaAntes, os traficantes regulavam a vida nas comu-nidades macaenses impondo toques de recolhida, puni-ções para os crimes que lá ocorriam, limitação da circu-lação de motos. Eles também faziam festas e shows, e, mui-tas vezes, promoviam o assis-tencialismo, preenchendo a lacuna que o poder público tinha deixado de exercer.

Havia também um con-trole do comércio por parte dos criminosos, que deter-minavam os dias em que os

empresários não poderiam realizar nenhuma atividade comercial. Com a ocupação da Polícia, locais como a Nova Holanda, Malvinas e Lagomar, hoje apresentam um novo aspecto. A polícia está aos poucos preenchen-do essa função de controlar a vida nas comunidades, com a proibição de bailes funk na maioria dos territórios.

Após um ano e meio de funcionamento, as UPP’s instaladas em Macaé, co-lecionam bons resultados.

A medida funcional inibiu as ações criminosas. Nesse período trailers foram ins-talados dentro de alguns bairros para que as ações ganhassem força. A vitória da Polícia Militar pode ser vista logo na entrada de co-munidades antes dominadas pelo tráfico. A Capital do Pe-tróleo ainda possui muitos desafios na questão seguran-ça, mas no que depender do esforço do atual comando, a população pode esperar me-lhorias contínuas.

Homem sofre tentativa de homicídio em Rio das Ostras

RIO DAS OSTRAS

O município de Rio das Ostras sofreu mais um caso de violên-cia no fim da noite desta sexta-feira (26), por volta das 23h30. Durante patrulhamento na re-gião, policiais do 32º Batalhão da Polícia Militar depararam-se com uma caminhonete S10, de placa KUT 8216, onde o condu-tor estava pedindo auxílio, pois havia levado tiros na região da perna esquerda e da mão.

Segundo a vítima, de 24 anos, informou aos policiais, ele tinha acabado de sofrer uma tentativa de assalto.

Os policiais procederam com a vítima ao Pronto Socorro Mu-nicipal de Rio das Ostras, onde recebeu atendimento. O caso

Nenhum suspeito foi encontrado, mas Polícia Militar está investigando o caso

foi registrado na 128ª Delega-cia de Policia do município, que instaurou inquérito para inves-tigar o caso. No local do crime, ninguém soube informar sobre o possível autor dos disparos.

Na delegacia, o Serviço Re-servado da Polícia Militar (P2) realizou uma pesquisa para verificar se havia algo contra a

vítima, mas nada foi encon-trado. De acordo com infor-mações, por falta de sistema, não foi possível fazer a con-sulta do veículo.

A vítima permaneceu em observação no Pronto So-corro e passa bem. O veícu-lo foi entregue a um de seus familiares.

Dois homens são presos suspeitos de furto

CENTRO

Na noite desta sexta-feira (26), por volta das 19h30, a Polícia Militar efetuou a prisão de dois homens, que estariam praticando assaltos na área central de Macaé.

De acordo com a Polícia Militar, os acusados estariam praticando assaltos com uma moto

Os acusados Diego Ar-mando de Queiroz, 22 anos, e Weverton Noronha Ma-ciano, 20 anos, estavam em uma moto Honda CG150, de cor prata, placa LBZ 7880, quando foram abordados por policiais, após a suspeita de que estariam praticando assaltos na Rua Teixeira de Gouveia, próximo à favela do Carvão, no centro da ci-

dade. Com os acusados foi en-

contrada uma pistola de marca e calibre desconheci-dos. Diante dos fatos, os dois foram levados à 123ª Delega-cia de Polícia para registro de ocorrência. Ambos fica-ram detidos na carceragem da polícia e a motocicleta foi encaminhada para o pátio do Rodando Legal em Macaé.

Integração com a PrefeituraDemonstrando o alinha-mento com o governo muni-cipal, em janeiro de 2013, uma comitiva formada pelo juiz Wyclisse de Melo Couto, da Va-ra Criminal e pelo juiz Raphael Baddini, da Segunda Vara de Fa-mília, da Infância, da Juventude

e do Idoso, pelo prefeito de Macaé Dr. Aluízio Júnior, por delegados das polícias Federal e Civil, jun-tamente com a Ordem dos Advo-gados do Brasil (OAB) visitou as três comunidades pacificadas em Macaé, Nova Holanda, Malvinas e Lagomar. Recepcionadas pelo co-

mandante do 6º CPA, Coronel Salles e pelo Comandante do 32º BPM, as autoridades conhe-ceram as instalações das bases policiais e o trabalho realizado nas comunidades, através da in-tegração da Polícia Militar com a prefeitura.

Caso foi registrado na 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras

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EconomiaNOTA

Prefeitura mobiliza moradores para Conferência Municipal da Cidade

KANA MANHÃES

A expectativa da Receita é que 74 mil declarações sejam entregues em Macaé

QUESTÃO DE JUSTIÇA

Neste mês de abril, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro cassou a liminar que impedia a manifestação pública do Movimento “Sou Niterói” contra as Barcas S.A., empresa responsável pelo transporte marítimo entre Rio e Niterói.

Direito livre a manifestação - censura nunca mais

Anteriormente, a juí-za de primeiro grau acatou o pedido li-

minar do processo proposto pela empresa de transporte, considerando que haveria risco de tumulto porque a manifestação popular ocor-reria no horário de rush.

Com o fim do movimen-to, o governo estadual con-seguiu autorizar o aumento de 60% no valor das passa-gens, de R$ 2,80 para R$ 4,50, sem que a população conseguisse protestar.

A Constituição Federal garante a livre manifesta-ção do pensamento (artigo 5º, inciso IV), a liberdade de expressão (artigo 5º, inci-sos IX) e que todos possam “reunir-se pacificamente, sem armas, em locais aber-tos ao público, independen-temente de autorização, desde que não frustrem ou-tra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente” (artigo 5º, in-ciso XVI).

Ou seja, a liminar conce-dida pela justiça de primei-ro grau à empresa de trans-porte impediu o exercício de um direito previsto na Constituição Federal!!

Chama ainda mais a aten-ção, a multa de cinco mi-lhões deferida na liminar em favor das Barcas S/A. Caso se promovesse qual-quer ato que ameaçasse ou limitasse o direito de ir e vir de usuários e funcionários da Barcas S/A, os líderes da manifestação seriam obri-gados a pagar uma soma milionária de multa!

Pela decisão, os usuários do transporte público que são castigados com um serviço de péssima quali-dade, ainda poderiam ser penalizados com uma mul-ta de cinco milhões. Inver-samente, as empresas, que recebem incentivos fiscais, subsídios e aumentos de passagens, seriam benefi-ciadas com o silêncio da po-pulação, que sequer poderia protestar.

O desembargador que cassou a liminar, disse em sua decisão que “não se po-de aceitar que, diante do au-mento da tarifa do serviço público de transporte ma-rítimo diário de milhões de pessoas, sejam os usuários de tal serviço impedidos de, pacificamente, revela-rem à sociedade indigna-ção pública contra o fato. Foi-se - e espera-se que jamais retorne... - o tempo

negro da história nacional, quando a censura, às escân-caras, tolhia a democracia, não tolerava a crítica às instituições e as decisões unilateralmente impostas e deixava o brasileiro es-cravo do rumo que mino-rias ilegítimas imprimiam ao país”, destacou ainda o fato de que a manifestação foi previamente agendada e recebeu "a chancela de entidades e usuários que participaram de audiência pública promovida pela Câ-mara Municipal de Niterói, aos 18 de março de 2013".

Quem faz uso diário do transporte público sabe a via crucis que é. A maioria da população sofre diaria-mente com essa mazela da cidade grande: a (i)mobili-dade urbana, que ultrapas-sou todas as fronteiras e chegou às cidades menores, como Macaé.

O transporte público é uma das questões mais de-safiadoras da administra-ção pública. Somente um transporte de qualidade poderá desafogar o número de veículos que atualmente transitam nas cidades, e que tende a crescer proporcio-nalmente à população.

Mais enquanto isso não acontece, não se pode im-pedir a livre manifestação. Sofrer com a baixa qualida-de do transporte público já é terrível, imagine ainda re-tirar da população o direito constitucional de protestar por melhores condições no transporte público?

A decisão de primeira ins-tância do judiciário abriu um precedente perigoso, que embora logo tenha si-do corrigido pela cassação da liminar pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janei-ro, foi determinante para impedir o protesto contra o aumento de 60% das pas-sagens, que se efetivou dias depois.

Se a moda pega restará à população sofrer emude-cida, com a Constituição rasgada aos seus pés pelo próprio órgão que jurou de-fendê-la: o poder judiciário.

É e exatamente por isso, que devemos estar sempre atentos, verdadeiros guar-diões dos direitos cons-titucionais, pois são eles que garantem a nossa de-mocracia. Muitas pessoas foram mortas e torturadas para que hoje, nós, brasi-leiros, tivéssemos o direito de protestar pacificamente e manifestar livremente a nossa opinião.

Andrea Meirelles

DE JUSTIÇAMais da metade dos contribuintesainda não declarou o imposto de renda

IMPOSTO DE RENDA

Agência da Receita informou que apenas 35.220 declarações foram entreguesPatricia [email protected]

Faltando apenas três dias para o término do prazo de entrega das de-

clarações de imposto de renda, mais da metade do esperado pela Agência da Receita Fede-ral de Macaé ainda não acertou as contas com o leão.

De acordo com o delegado substituto da agência, José Vi-tor, até o dia 20 de abril, 35.220 declarações haviam sido entre-gues. Porém, a expectativa da agência é que cerca de 74 mil contribuintes façam a decla-ração. Ou seja, mais da metade ainda está em dívida com a Re-ceita. Vale lembrar que o con-sumidor que entregar depois do prazo pagará uma multa de R$ 165,74 ou de até 20% sobre o imposto devido, prevalecen-do o maior valor.

E quem ainda não declarou seu imposto de renda é bom ficar atento. O prazo termina na próxima terça-feira (30). A Receita Federal do Brasil aler-ta que muitas pessoas podem encontrar dificuldades, caso deixem para os últimos dias, devido ao acúmulo de acessos

no site. A Receita Federal fixou em

4,5% o índice de correção para o IR 2013/ano - calen-dário 2012. Dessa forma, o contribuinte que recebeu R$ 24.556,65 ou mais em 2012, te-rá que obrigatoriamente apre-sentar sua declaração à Recei-ta. No ano passado, esse valor

era de R$ 23.499,15.Se optar pelo desconto sim-

plificado, o consumidor terá direito a 20% de abatimento na declaração, índice limita-do à quantia de R$ 14.542,60. Em 2012, o limite era de R$ 13.916,36. Já aqueles que fi-zerem a declaração completa poderão abater R$ 985,96, refe-

rente ao pagamento de salário da empregada doméstica.

Além disso, para cada depen-dente, o abatimento foi fixado em R$ 1.974,72 (em 2012/11, o valor era de R$ 1.889,64). Já o gasto com instrução de cada um deles ficou em R$ 3.091,35, contra R$ 2.958,23 fixados no ano passado.

Prominp inscreve para evento com mil vagas de emprego

MERCADO DE TRABALHO

ex-alunos do Programa de Mobilização da Indústria Na-cional de Petróleo e Gás Natural (Prominp) já podem se inscre-ver para o Conexão Prominp, evento que acontece em 22 e 23 de maio, em Macaé. O obje-tivo do programa é aproximar empresas do setor de petróleo e gás natural e profissionais qualificados pelos cursos do Prominp que estão à procura de emprego.

Os interessados que tiverem

Objetivo do evento é aproximar empresas e profissionais do setor de petróleo

concluído pelo menos um dos 28 cursos do Programa, e que estejam desempregados, po-derão se candidatar às mais de mil vagas disponíveis. Bas-ta acessar o site do Prominp (www.prominp.com.br), baixar e preencher a ficha de inscrição e enviá-la por e-mail à coorde-nação do programa na Bacia de Campos, por meio do endereço [email protected]. As vagas serão preenchidas com alunos que, preferencialmente, tenham feito o curso em Macaé. Se não houver essa disponibili-dade local, será considerada a inscrição do aluno que fez cur-so em outra unidade do Estado do Rio.

O Conexão Prominp conta-rá com a participação de gran-des empresas da região que têm necessidade de contrata-ção imediata de trabalhadores qualificados. As vagas estão abertas para as seguintes ocu-pações: ajudante de cozinha, almoxarife de bordo, aper-feiçoamento em técnicas em delineamento, apoio adminis-trativo, auxiliar de limpeza, auxiliar de movimentação de cargas, caldeireiro, comissá-rio, cozinheiro, eletricista de manutenção, instrumentista reparador, montador de an-daimes, operador de movi-mentação de cargas, operador de sonda de perfuração, pa-

deiro, pintor industrial, pin-tor industrial offshore, plata-formista, saloneiro, soldador, taifeiro, técnico de mecânica aplicada a petróleo e gás, téc-nico de manutenção, técnico de planejamento, torneiro mecânico, torrista, turbomá-quina com ênfase em instru-mentação e turbomáquina com ênfase em mecânica.

Embora a participação no evento não garanta a vaga de emprego, o Conexão Prominp é uma oportunidade para os candidatos, que terão seus cur-rículos avaliados e serão entre-vistados diretamente pela área de recursos humanos de em-presas participantes.

Festival da Sardinha deve movimentar cerca de R$ 200 mil

GASTRONOMIA

termina hoje (28) o II Festi-val da Sardinha, desenvolvido pelo Polo Gastronômico Praia dos Cavaleiros, que teve início nesta quinta-feira (25). Os doze restaurantes participantes com-praram mais de uma tonelada de sardinha, uma média de 150 quilos por restaurante. A expec-tativa é que o festival tenha mo-vimentado cerca de R$ 200 mil a mais no faturamento, ou seja, a venda de aproximadamente 400 pratos em cada restaurante, diariamente.

Nos primeiros dias do evento, o Durval Restaurante ofereceu uma entrada com a iguaria para seus clientes fi-carem cientes do festival. E a estratégia deu certo. A ana-lista de Recursos Humanos, Mariana Freitas aprovou a ideia. “Oferecer um aperiti-vo certamente abre o apetite e aguça a curiosidade de vir experimentar o prato espe-

Restaurantes do Polo Gastronômico oferecem pratos no valor simbólico de R$ 15

cial do festival. Convidarei os amigos para participar”, garantiu a cliente.

Cada restaurante está ofere-cendo um prato especial com a sardinha, no valor simbólico de R$ 15, cada.

O tema “Sardinha” foi ins-pirado nos cardumes que

existem em abundância no mar que banha o município de Macaé. O município é privilegiado por uma beleza natural, representada pelo mar que agrega valor com a existência deste pescado que apresenta uma importante característica: o ômega-3,

um “protetor” do coração. Especialistas afirmam que a sardinha contém ácido graxo ômega-3 em quantidades que não deixam nada a desejar a parentes estrangeiros, como o salmão, que levam a fama de ser uma das melhores fon-tes da substância.

Os 12 restaurantes participantes compraram mais de uma tonelada de sardinha

MARIANNA FONTES

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EsporteAtletas da Ascom se preparam para desafio de 24hVera Mota e Erick José vão representar Macaé na Ultramaratona de Santa Maria

Letícia [email protected]

Dois atletas da Asso-ciação de Corredores de Rua de Macaé (As-

com) se preparam para mais um grande desafio no próximo fim de semana. Vera Mota e Erick José vão representar o muni-cípio na sexta edição da Ultra-maratona Internacional 24h de Santa Maria. O evento realizado pela União dos Corredores de Rua de Santa Maria (UCRSM) acontece nos dias 04 e 05 de maio, no interior gaúcho.

A largada da prova acontece no sábado da próxima semana (4), às 8h, com chegada previs-ta para o domingo seguinte, no mesmo horário. De acordo com o site oficial do evento, haverá troféu do primeiro ao quinto colocado na classificação geral, tanto no feminino, como no masculino, além de premiação por categorias.

RIO GRANDE DO SUL DIVULGAÇÃO

Vera Mota e Erick José vão representar Macaé no desafio internacional no interior gaúcho

A viagem dos corredores maca-enses está marcada para a próxi-ma quinta-feira (2). E o cansaço não será apenas no dia do desafio, e sim desde a saída de Macaé. A maratona começa com uma via-gem de ônibus rumo ao Rio de Janeiro. Da capital fluminense, Vera e Erick, na companhia do presidente da ASCOM, Adenil-son Aprígio dos Santos, pegarão um avião para Porto Alegre, de onde seguem novamente de ôni-bus até a cidade de realização da prova. Da capital gaúcha até San-ta Maria são estimadas cerca de 4 horas de estrada.

Após superar uma dengue, que a impediu de participar da II Ultramaratona de 12h de Ma-caé, Vera se recupera de uma sinusite. Ela garante que desta vez a doença não a impedirá de levar a bandeira do município pela terceira vez consecutiva neste evento. “Erick e eu nos preparamos bem. Tivemos um treinamento intensivo. Estamos

focados e determinados a trazer mais um trofeu para Macaé”, comenta a corredora.

Vera destaca que além de es-tar de bem com a forma física, a prova também exige que o atle-ta esteja bem emocionalmente. “O desgaste é físico e mental. É uma prova de resistência que devemos superar a dor. A primeira dor que se senti dá vontade de desistir. O corredor precisa superar esse pensamen-to. Para isso precisa estar bem psicologicamente”, explica.

Nas duas edições que parti-

cipou Vera conseguiu subiu no pódio. Em 2011 e 2012, a atleta conquistou a terceira colocação. No ano em que completa 21 anos de carreira esportiva, ela pretende superar a sua melhor marca. “Meu objetivo é tentar ficar entre as cinco primeiras colocadas. Quero bater a minha marca de 143 km nas 24h. Estou focada neste objetivo”, ressalta.

A participação de atletas macaenses no desafio de Santa Maria já se tornou tra-dição. Nas edições anteriores, além de Vera e Erick, outros

atletas integraram ao grupo da Ascom. Porém, a falta de apoio fez com que a equipe fosse reduzida no desafio deste ano. Nas edições ante-riores os esportistas recebiam o auxílio do Bolsa Atleta, mas em 2013, o benefício ainda não foi repassado. “Sabemos da dificuldade da atual gestão devido a transição de governo. Estamos aguardando que tudo se acerte para que possamos ter o incentivo das nossas autoridades. Sempre levarei comigo a bandeira de Macaé,

pois todo o reconhecimento da minha carreira devo a esta cidade e ao Jornal O Debate, por quem tenho um carinho muito especial”, realça Vera.

Todas as despesas como inscrições, passagens e hos-pedagem serão arcadas pelos próprios atletas. Quem quiser contribuir com os representan-tes de Macaé na Ultramaratona Internacional de Santa Maria podem entrar em contato pelos telefones (22) 9915-5355 (Vera), (22) 9767-8557 (Aprígio) ou (22) 9863-7259 (Erick).

DIVULGAÇÃO

A Seleção Amadora do Macaé conquistou o bicampeonato em novembro de 2012

Macaé se prepara para a Copa Inter TV de Futsal

RUMO AO TRI

em busca de trazer mais um título para o município, a Se-leção Amadora de Macaé já iniciou os treinos para a tem-porada 2013. Campeã da Copa Inter TV de Futsal, a equipe macaense trabalha duro pa-ra se consagrar tricampeã de uma das maiores competições da modalidade. A quinta edi-ção do torneio começa em junho e segue até o mês de setembro.

Os treinos são realizados às terças e quintas-feiras, das 21h às 22h30, no Ginásio do Tênis Clube de Macaé, o “Ju-

Seleção amadora realiza a pré-temporada no Ginásio do Tênis Clube de Macaé

quinha”. O técnico de Macaé, Cláudio Márcio, o "Cacau", disse que a equipe é pratica-mente a mesma do ano passa-do, com alguns atletas novos. O grupo ainda está aberto e outros jogadores ainda poderão ainda compor a equipe.

A campanha de 2012 foi ex-cepcional para o Macaé. Com 100% de aproveitamento em todo o campeonato, a time de Cacau conquistou pela segun-da vez o torneio após o em-pate com o Laje do Muriaé, no Ginásio Benedito Zarour, em Rio das Ostras. Diego, da equipe do Macaé, foi eleito o melhor goleiro da Copa Inter Tv de Futsal.

O torneio ainda não co-meçou, mas os torcedores já

confirmaram a presença no Juquinha. “O Maca vai fa-zer bonito outra vez. Vamos apoiar o time e fazer festa nas arquibancadas. O Tri é nos-so e não tem pra ninguém”, exalta o comerciante Luiz Vieira Júnior.

O campeonato integra os 50 municípios da área de co-bertura da Inter TV - Núcleo Rio de Janeiro, divididos em três regiões: Serrana, Norte Fluminense e Dos Lagos. Os jogos acontecerão simulta-neamente em cada região de junho a setembro de 2013. Os campeões e vice-campeões de cada região disputarão a Supercopa em outubro/2013 e os dois times classifica-dos farão a grande final em novembro.

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8 MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013

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MACAÉ, DOMINGO, 28 E SEGUNDA-FEIRA, 29 DE ABRIL DE 2013 Geral 9 CÓDIGO

Governo garante alteração de gabarito e suspensão de alvaráDurante audiência pública, vereadores Julinho, Igor e Marcel defenderam a alteração no Código de UrbanismoMárcio [email protected]

Nesta segunda-feira (29), o governo munici-pal deve encaminhar a

Câmara de Vereadores o Projeto de Lei que altera dispositivos do Código de Urbanismo, reduzin-do o gabarito para construção de imóveis em áreas próximas ao litoral macaense. Acatando a uma solicitação apresentada também por parlamentares e membros de movimentos sociais, o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV) deve assinar nos próximos dias um decreto que irá suspender alvarás liberados para construções até que a no-va proposta seja apreciada pelo parlamento municipal.

Realizada na noite da última sexta-feira (26), a audiência foi conduzida pelos vereadores Ju-linho do Aeroporto (PPL), líder do governo da Câmara, Marcel Silvano (PT) e Igor Sardinha (PT) e contou com a participa-ção de representantes do gover-no municipal, vereadores e da sociedade civil organizada.

Primeiro a usar a palavra, Igor Sardinha reforçou a luta do mo-vimento popular “Deixa o Sol Entrar” que desde o ano passa-do defende a redução do gaba-rito na área da Praia do Pecado. Igor, que apoia o movimento desde o seu início, relatou uma série de problemas originários da verticalização acentuada da área, como o sombreamento da praia, saturação da mobilidade urbana, formação de ilhas de calor com a formação de pare-dões ao longo da orla, dentre outros.

Seguindo o discurso que já

vem fazendo desde o início das sessões legislativas, o vereador solicitou urgência na solução do problema.

“Defendemos que seja en-caminhado imediatamente o Projeto de Lei que reduza o gabarito, mas também que o prefeito publique um Decre-to suspendendo a liberação de alvarás de construção até o encaminhamento deste proje-to. Essa é uma ação desejada

DIVULGAÇÃO

Audiência Pública resultou no atendimento de demandas apresentadas por representantes de movimentos sociais

pelos movimentos sociais para que as mudanças produzam re-sultados, já que se não frearmos a liberação de obras, os efeitos já serão irreversíveis e as cons-truções já liberadas”, disse Igor.

Representando o governo municipal, Dr. Augusto César Salgado, Procurador Geral do Município, garantiu que o Pro-jeto de Lei será encaminhado na próxima segunda-feira a Câ-mara com o gabarito na orla da

Praia do Pecado sendo reduzido para 12 metros.

Augusto informou ainda à população que a jurisprudência permite que até mesmo alvarás concedidos possam ser revistos dependendo do estado da obra e que o fato de ter havido um número de protocolos volu-mosos não significa que já está liberada a construção.

“A Prefeitura aguardou a au-diência pública para ter certeza

que o anseio de toda a popula-ção era a redução do gabarito. A causa nesse momento se tornou um desejo de todos os macaen-ses e não mais de um movimen-to”, declarou o procurador.

Acatando a vontade da popu-lação e dos defensores pela sus-pensão imediata de alvarás de construção para a localidade, o governo municipal encaminhou através do vereador Julinho do Aeroporto (PPL), líder de go-

verno na Câmara e do verea-dor Marcel Silvano a proposta de ser publicado na próxima segunda-feira um Decreto de suspensão provisória de novas licenças para a área.

“Como no fim de semana não há protocolo, nem liberações, a ação garantirá a segurança de que precisamos para que a ma-téria seja discutida com a calma necessária pelos vereadores. Todos nós vereadores somos a favor da redução do gabarito e o decreto permitirá que ninguém saia prejudicado”, declarou Ju-linho.

A notícia da publicação do Decreto e do encaminhamen-to do projeto já na próxima semana foi comemorada pelos representantes da sociedade ci-vil organizada.

“É um grande passo na prote-ção da nossa orla e uma vitória dos movimentos sociais que não esmoreceram e persistiram na luta. Foi a realização dessas mo-bilizações que fizeram com que o governo tomasse as medidas cabíveis. Aguardamos as me-didas na próxima semana com ansiedade de ter a situação re-solvida o mais rápido possível”, ressaltou André Coelho, repre-sentante do movimento “Deixa o Sol Entrar”.

Estiveram presentes ainda na reunião os vereadores Dr. Eduar-do (PPS), Welberth (PPS), Boca (PMDB), Luciano Diniz (PT), representantes das secretarias de meio ambiente e habitação, além das associações de moradores das localidades de Vivendas da Lagoa e Morada das Garças, CAU - Conselho de Arquitetura e Ur-banismo, SOS – Praia do Pecado, NUPEM/UFRJ e Agenda 21.

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BAIRROS EM DEBATE SÃO MARCOS

Área nobre sofre com problemas de infraestruturaBuracos na pista e trânsito pesado estão entre as reclamações no São MarcosMarianna [email protected]

“Os p r o b l e m a s continuarão lá quando voltarmos

para casa.” Quem mora no São marcos sabe bem como é isso. Apesar de ter um dos IPTUs mais caros do município, o bairro clama por melhorias, assim como qualquer outra área de Macaé.

Essa área nobre, com be-las residências, localizadas em um ponto privilegiado a poucos minutos das praias do Pecado e Cavaleiros, registra diversos problemas que, so-mados, geram muitas insatis-fações. Quem vê a situação do São Marcos se questiona para onde estão indo os investi-mentos dos altos impostos pagos todos os anos pelos ci-dadãos que ali vivem.

Essa semana o Bairros em Debate foi ao local, onde con-versou com os moradores, que listaram as diversas reivindi-cações. Entre as reclamações estão a falta de limpeza de ter-renos baldios, ruas esburaca-

das e sem sinalização, trânsito pesado e falta de área de lazer.

Um dos principais proble-mas enfrentados todos os dias pelos moradores é a questão do trânsito. Com o fluxo inten-so na Rodovia Amaral Peixo-to, muitas pessoas acessam a cidade pelo bairro, que se tor-nou uma rota de escapamento dos constantes congestiona-mentos da RJ-106.

Na Rua Cláudio Ferreira Gonçalves, uma das principais do bairro, os moradores con-tam que entrar e sair de casa passou a ser uma tarefa árdua. Como o trânsito da Amaral Peixoto é jogado para lá, a rua que era tranquila passou a so-frer com o tráfego de carros, motos, ônibus e até carretas.

“Eles desviam pela Fazenda Mutum para dentro do bairro. Muita gente passa por aqui pa-ra acessar o Polo Offshore, que fica próximo ao bairro. Isso es-tá gerando muitos transtornos para nós. Já cheguei a ficar 30 minutos para sair com o carro da garagem por causa do trân-sito pesado da manhã”, conta o morador William Brito.

FOTOS KANÁ MANHÃES

Bairro tem um dos IPTUs mais caros do município, porém valor não é revertido em melhorias

Buracos tomam conta das viasCom o tráfego pesado, ou-tros problemas surgem conse-quentemente. Sem manuten-ção e controle dos veículos que passam por dentro do bairro, as ruas estão com o asfalto fi-cando deteriorado, formando diversos buracos. Na rua Pedro Aguiar Franco, por exemplo, o asfalto praticamente não existe mais devido ao péssimo estado de conservação.

Os diversos buracos, além de atrapalharem o trânsito e colo-carem em risco a segurança de motoristas, trazem vários pre-juízos para os proprietários de veículos. Essa semana, um mo-rador da Granja dos Cavaleiros sofreu uma pequena colisão por conta de uma dessas avarias.

“No último final de semana, fui convidado para um churras-co na casa de um amigo na rua Chico Mendes, e quando estava a caminho bati com meu carro ao desviar de uma cratera. Aca-bei colidindo com outro veículo

por conta disso e tive meu pa-ralama danificado. Alô, manu-tenção, em questão de buraco a coisa está feia em Macaé. O churrasco acabou saindo caro para mim. Segundo o morador Juliano, a cratera já passa de dois meses aberta e só aumen-ta”, conta Dirant Ferraz.

A população deve cobrar das autoridades essas manutenções, pois, segundo a lei, é dever do poder público proporcionar ao cidadão essas melhorias. Um exemplo disso é o Código Bra-sileiro de Trânsito (CBT) , que garante que é dever das auto-ridades promover um trânsito seguro e de qualidade. De acor-do com o Art. 1º, “o trânsito, em condições seguras, é um direi-to de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsi-to, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito”.

Buracos têm causado muitos acidentes e prejuízos aos motoristas

Calçada da Tenente Célio precisa de manutençãoSe as vias estão esburacadas, a situação das calçadas também deixa a desejar. Na Alameda Te-nente Célio, próximo a rodovia Amaral Peixoto, um trecho da calçada está quebrada há me-ses. Em janeiro, os moradores pediram à Prefeitura que fosse feito o reparo, porém, apesar das promessas, nada mudou.

“A abertura desse buraco foi feita na época da obra de esgoto da MRV. A Prefeitura quebrou e não consertou. Prometeram que até fevereiro tudo estaria resol-vido, mas não é o que a gente pode ver. Aqui nos horários de pico passam muitas pessoas, que precisam andar pelo meio da rua por conta disso”, ressalta Dirant.

Apesar de promessa de reforma, calçada continua destruída

Área de lazer não saiu do papelUma enorme área entre as ruas Chico Mendes, José Lapa Filho e R1 está, desde a antiga gestão, predestinada a ser a praça Jorge Mussi de Barcellos com área de lazer, uma creche, um lago e uma igreja católica, porém atualmente o cenário encontrado é apenas um ter-reno baldio que está virando um grande depósito de lixo e

entulhos. A equipe de reporta-gem flagrou até um sofá aban-donado e um pneu exposto ao tempo no local. O pneu chama atenção, pois em meio a epide-mia de dengue em Macaé, es-ses materiais podem virar um foco do mosquito. Não muito longe dali, a equipe do jornal chegou a encontrar vários mosquitos da dengue.

A única construção feita no terreno até o momento foi a creche do Recanto da Lagoa, que já deveria ter sido entre-gue à população ainda em 2012, coisa que não foi feita. Já ao lado, o local onde deve-ria ficar a igreja, a única coisa que tem de indício dela é uma cruz de madeira que está co-berta pelo matagal que toma o terreno.

Sem sinalização, trânsito fica confusoUma das queixas da popula-ção é a falta de sinalização no bairro. Sem informação sobre sentido das ruas, veículos trans-formam as ruas do bairro em mão-dupla, transformando o trânsito em um tremendo caos.

Já na entrada da rua Cláu-dio Ferreira Gonçalves, há anos existe o planejamento de implantar uma placa in-dicando a entrada do bairro para quem vem da Rodovia Amaral Peixoto.

Um protocolo foi aberto pela Associação de Moradores do Novo Cavaleiros em 2009, soli-citando duas placas informando a direção e localização. Além da placa na entrada do Condomí-nio São Marcos, na Alameda Tenente Célio, a outra seria colocada na Rodovia Amaral Peixoto, sentido Rio das Ostras.

“Pedimos isso desde 2009, através de um ofício, eles apro-varam e até hoje nada. É uma simples placa com uma seta informando a entrada do bair-ro. Muita gente não sabe que tem que virar ali e vai direto, parando sempre na Granja dos Cavaleiros. Já perdi as contas de quantas pessoas me pararam na rua para pedir informação e tiveram que voltar por causa disso”, conta Dirant.

Resposta da PrefeituraEm relação ao pedido de instalação das placas de identificação no bair-ro, a prefeitura diz que vai analisar o ofício para sa-ber o motivo da placa não ter sido instalada e adotar as providências para a sua instalação.

Quanto ao trânsito no bairro, buracos nas vias e quebra-molas sem pintura, ela informa que equipes de fiscalização de trânsito se-rão encaminhadas até o lo-cal para fazer o levantamen-to. Caso haja necessidade, o trânsito poderá ser desviado para outra rua. A pintura dos quebra-molas será efetuada.

Em relação aos buracos, a Prefeitura diz ter ciência deles na Rua Cláudio Fer-reira Gonçalves por causa do trânsito, por isso, infor-ma que a operação tapa-bu-racos já começou na cidade, e em breve estará no local solicitado.

Já a área de lazer, a in-formação passada é de que o projeto das construções permanece, porém, um novo processo, assim como nova auditoria será realiza-da para que as obras sejam retomadas no local o mais rápido possível.

E quanto a calçada da Alameda Tenente Célio, a prefeitura informa que vai ao local fazer uma vistoria para adotar as providências necessárias.

Solicitação de sinalização foi feita e aprovada em 2009

Os quebra-molas também são alvo de reclamações. Sem pin-tura, muitos motoristas dizem que batem neles por não conse-guir vê-los a tempo. “Está tudo sem pintura e sinalização. Você passa e não dá para ver”, conta o morador Juliano.

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Homenagens no último adeus a Olga Neme Rios

OBITUÁRIO

Parentes, amigos e autoridades participaram do velório e do sepultamento do corpo da advogada e ProcuradoraMárcio [email protected]

A luta por causas so-ciais, o acolhimento de pessoas vítimas de

preconceito e sensibilidade de uma mulher que lutou sozinha para montar uma das organiza-ções não governamentais mais reconhecidas no estado do Rio de Janeiro na defesa dos direi-tos dos homossexuais foram lembrados com saudosismo por parentes, amigos e autoridades que participaram do velório e do sepultamento do corpo da advogada, Procuradora do Mu-nicípio e presidente da ONG/AIDS Milagre da Vidda, Drª Olga Sueli Neme Rios.

A comoção estava estampada no olhar e no rosto de todas as pessoas que acompanharam a

trajetória de muito trabalho de Olga que, mesmo passando por tratamentos de saúde, mante-ve o espírito de humildade e de sabedoria que ajudou a muitos macaenses, e moradores de vá-rias cidades da região.

Durante toda a manhã de on-tem e o período da tarde, deze-nas de pessoas visitaram a cape-la I do Cemitério memorial Re-canto da Igualdade para prestar as últimas homenagens a Olga, além de oferecer palavras de conforto ao seu esposo, Gilmar Souza, casados há 14 anos, e a uma de suas melhores amigas, a fotógrafa e colunista social de O DEBATE, Lília Vídeo.

Abalados pela dor da perda, os dois receberam populares e autoridades do município, co-mo o prefeito Dr. Aluízio Júnior (PV), o vereador Julinho do Ae-

roporto (PPL) e a presidente da 15ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Macaé, Andreia Meirelles, que depositou sobre a urna fúnebre uma bandeira da Ordem, a qual Olga era integrante e também militava.

"Dr.ª Olga será sempre lem-brada pelo trabalho social de-senvolvido na cidade, e também pelo seu carinho e sua deter-minação em lutar por tudo que sempre acreditou", afirmou An-dreia Meirelles.

Sob aplausos, discursos de ca-rinho e muita oração, o corpo de Olga foi sepultado às 15h15 de sábado (27), na ala principal do Mirante da Igualdade.

Além da bandeira da OAB, a bandeira do arco-íris, que sim-boliza o Orgulho GaY, também foi depositada sobre a urna.

WANDERLEY GIL

Cortejo do corpo de Dr.ª Olga foi companhado por autoridades, amigos e parentes

Prefeitura reforça combate a dengue no município

SAÚDE

o centro de Controle de Zo-onoses (CCZ) da secretaria de Saúde de Macaé inicia nesta se-gunda-feira (29) novas ações de reforço para o combate à den-gue. Serão intensificadas as vi-sitas domiciliares e orientações nos bairros Riviera Fluminense e Cajueiros durante toda a se-mana. Ainda na segunda-feira, 25 agentes de combate à dengue e de controle de roedores atuam no Parque da Cidade e no Par-que de Exposições Latiff Mussi.

Na segunda quinzena de maio, será realizada a terceira pesqui-sa do Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LI-RAa) do ano. O trabalho é uma das ferramentas utilizadas pela secretaria de Saúde para orien-tar as ações de controle da den-gue, priorizando as áreas onde há maior infestação do mosquito transmissor da doença.

O último levantamento exe-cutado em março apresentou um índice de infestação predial do município de 3,8%, o que representa situação de alerta para epidemia. O governo não tem medido esforços para com-bater a dengue de forma séria e continuada, mas a adesão da comunidade contribui de forma significativa.

Durante os mutirões, os agen-tes intensificam as orientações aos moradores sobre a neces-sidade de fiscalizar todos os depósitos que acumulam água como calhas, tonéis, caixas d’água, garrafas, sacolas plásti-cas e vasos de planta.

Segundo dados da secreta-ria de Saúde, este ano, entre os meses de janeiro e 16 de abril, foram registradas no município 2.519 casos notificados de den-

Objeto é reduzir focos de proliferação que contribuem para a infecção de pessoas

gue, sendo que deste total 336 confirmados. Os bairros com maior número de casos notifi-cados são Lagomar, Visconde de Araújo, Aroeira e Cajueiros.

A população pode, ainda, denunciar a existência de possíveis focos do mosquito em terrenos baldios e imóveis fechados, através do telefone 08000226461.

O município possui 35 ca-deiras de hidratação que estão distribuídas no Pronto Socorro Municipal e nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Barra e Lagomar. Os profissio-nais de saúde reforçam o alerta de que a população deve pro-curar a unidade de saúde mais próxima assim que sentirem os primeiros sintomas.

A equipe do Núcleo Munici-pal de Saúde Integrada esten-deu ao calçadão da Avenida Rui Barbosa um posto de oferta de dose homeopática para o trata-mento complementar contra a dengue. O tratamento visa mi-nimizar os sintomas da doença e não a imunização. Por isso, a equipe distribui folhetos para a conscientização da população

sobre a necessidade de se elimi-nar os criadouros do mosquito Aedes aegypti. Na sexta-feira (26), a vacina foi disponibiliza-da no calçadão das 9 às 17 horas.

O tratamento complementar homeopático minimiza sinto-mas como queda de plaque-tas, febre e dores no corpo e é realizado no município desde 2007. Pesquisas realizadas por médicos da Secretaria de Saúde comprovam a eficácia do trata-mento preventivo, também ob-servada pela população.

As doses são oferecidas no Núcleo Municipal de Saúde In-tegrativa, localizado na Rua Al-fredo Backer, 433, no Centro, de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. Eventualmente um grupo se desloca para o posto de saúde Jorge Caldas, no Centro, e para o calçadão a fim de divulgar es-se tratamento preventivo. Não há restrição de idade. Bebês e idosos devem tomar o medica-mento, que não tem qualquer contra indicação. O Núcleo oferece além desse, outros tra-tamentos alternativos e dispõe de médicos homeopatas, fisio-terapeutas e homoterapeutas.

SECOM

Equipe realiza no Calçadão a orientação da população

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Itaipu Binacional leva vencedores do Prêmio de RSA a Foz do Iguaçu

MEIO AMBIENTE

Os primeiros colocados vão ganhar uma viagem de três dias a Foz do Iguaçu, onde conhecerão, além das belezas naturais, a sede da Itaipu Binacional e o Programa Cultivando Água BoaMartinho Santafé

No dia 16 de maio, em cerimônia às 18 horas no Auditório da Cida-

de Universitária de Macaé, du-rante a VI Feira de RSE, serão conhecidos os vencedores das seis categorias do II Prêmio

de Responsabilidade Socioam-biental Bacia de Campos, rea-lização da Revista VisãoSocio-ambiental, com o patrocínio da UENF e Prefeitura de Macaé e o apoio de O Debate, Sistema Firjan e Itaipu Binacional. Os primeiros colocados vão ga-nhar uma viagem de três dias a

Foz do Iguaçu, onde conhece-rão, além das belezas naturais, a sede da Itaipu Binacional e o Programa Cultivando Água Boa, contemplado com o Prê-mio Socioambiental do Institu-to Chico Mendes e citada como exemplo na Rio+20.

Concorrem ao II Prêmio de

RSA Bacia de Campos as se-guintes categorias: micro e pe-quenas empresas, médias em-presas, grandes empresas, ON-

DIVULGAÇÃO

Itaipu é a maior hidrelétrica do mundo em geração de energia

Gs, empreendedores sociais e universidades e núcleos de pes-quisas. Os projetos dos candi-datos já estão sendo avaliados

por uma comissão coordenada pela pedagoga Rita Ippolito e pelos consultores Aristóteles Riani e Gustavo Miguelez.

Cultivando Água Boa: iniciativa socioambientalA maior hidrelétrica do mundo em ge-ração de energia é também a promotora do mais abrangente programa de cuidado com as águas em desenvolvimento no setor elétrico brasileiro. O Cultivando Água Boa é uma am-pla iniciativa socioambiental concebida a partir da mudança na missão institucional da Itaipu Binacional, promovida em 2003.

O Cultivando Água Boa parte do reconheci-mento da água como recurso universal e, por-tanto, um bem pertencente a todos. Trata-se de uma estratégia local para o enfrentamento de

uma das mais graves crises com as quais a huma-nidade já se defrontou: as mudanças climáticas, que põem em risco a sobrevivência humana e estão diretamente relacionadas com a água e seus usos múltiplos (a produção de alimentos e de energia, o abastecimento público, o lazer e o turismo).

Para prevenir essas alterações no clima, o programa estabelece uma verdadeira rede de proteção dos recursos da Bacia Hidrográfica do Paraná 3, localizada no oeste do Paraná, na confluência dos rios Paraná e Iguaçu.

Atualmente, são desenvolvidos 20 progra-mas e 65 ações fundamentadas nos principais documentos planetários, emanados dos mais importantes fóruns de debates a respeito da problemática socioambiental.

As ações vão desde a recuperação de mi-crobacias e a proteção das matas ciliares e da biodiversidade, até a disseminação de va-lores e saberes que contribuem para a for-mação de cidadãos dentro da concepção da ética do cuidado e do respeito com o meio ambiente.

Reconhecimento internacionalMais do que um projeto am-biental, o Cultivando Água Boa é um movimento de participação permanente, que envolve a atu-ação de aproximadamente 2 mil parceiros, dentre órgãos gover-namentais, ONGs, instituições de ensino, cooperativas, associações comunitárias e empresas.

Em 2005, o reconhecimento mundial do Cultivando Água Boa foi comprovado com a conquista do prêmio Carta da Terra (Earth Char-ter + 5), entregue em Amsterdã, Holanda. De lá pra cá, o programa tem se firmado como um exemplo a ser seguido no que se refere ao desenvolvimento sustentável e à gestão participativa em projetos so-cioambientais. Uma iniciativa que prova que é possível compatibilizar desenvolvimento econômico com produção de energia e preservação do meio ambiente.

De acordo com o diretor de Meio Ambiente da Itaipu Binacio-nal, Nelton Friedrich, que esteve na V Feira de RSE ano passado, o programa marcou a história de gestão ambiental da hidrelétrica de Itaipu. “É preciso conectar as questões globais com as questões locais. Nós não estamos vivendo uma época de problemas pontu-ais, precisamos compartilhar as responsabilidades. O quadro é tão grave que o governo não resolverá o problema sozinho; as empresas precisam se responsabilizar e en-tender que o que está em risco é a vida humana”, disse Nelton.

Ele acredita que todos os com-ponentes que levam problemas ao

planeta estão no próprio planeta. “Hoje o Brasil gasta 14 reais por segundo para tratar as doenças do aparelho respiratório, produzimos uma tonelada de lixo eletrônico, com chumbo, que é prejudicial ao cérebro. A Itaipu não vai ter um empresário poluidor se ele com-preender que os filhos dele estão se contaminando”, afirmou.

Uma das preocupações do Culti-vando Água Boa é com a responsa-bilidade ambiental. Hoje são 18 pro-gramas, 70 projetos e 108 ações de responsabilidade socioambiental na verdadeira unidade de planejamen-to da natureza, que são as bacias hi-drográficas. “A água se transformou em mercadoria, um insumo. Caímos na indústria do plástico e na compra da água mineral. Pagamos para uti-lizar a água. Poderíamos reutilizar a água. Sem água não há vida, mas continuamos pensando que fechan-do a torneira para escovar o dente estamos economizando água e aju-dando a salvar o planeta”, salientou Nelton Friedrich.

Para o diretor da Itaipu Binacio-nal, a lógica do crescimento infini-to, do consumismo, separou o ser humano da natureza. Alimentada pelos seres humanos, essa lógi-ca que destrói o planeta. Mas ele acredita que a raiz do problema é a educação. “A educação deveria ser socioambiental. Ecopedagogia é diferente de pedagogia antro-pocêntrica. As escolas formam os predadores que hoje estamos con-denando. Compreender isso é fazer voltar a amizade do homem com a natureza”, afirmou.

Parcerias e gestão compartilhadaAs ações do Cultivando Água Boa envol-vem parcerias com setores dos movimentos sociais, com agricultores, pescadores, cata-dores, suinocultores, assentados, indígenas e instituições de ensino e pesquisa. Com es-sa gestão compartilhada de cuidados com o meio ambiente e com o ser humano é possí-vel construir, coletivamente, um ambiente correto para se viver.

Segundo Nelton, o modelo de gestão adotado pelo programa definiu as áreas de atuação por microbacias, aproveitando a interação da água com o meio ambiente e a população. Assim, independente das di-visões político-administrativas da região, a efetividade do Cultivando Água Boa requer um trabalho voltado para toda a Bacia.

Cada região tem um comitê gestor, que será parceiro nas ações ambientais. Todos os 29 comitês gestores são leis municipais. Cuidar da qualidade da água da bacia co-mo um todo é fundamental para se planejar corretamente o bom uso da terra, o manejo e a conservação do solo da região.

Entre os objetivos do programa estão: a conservação dos solos, melhorar o sistema

viário rural, implementar medidas de sane-amento rural, diminuindo a contaminação dos recursos hídricos, contribuir para a proteção das áreas de matas ciliares.

Um dos eixos de atuação do programa é a mobilização social, realizando suas ações por meio de parcerias, cada parceiro assu-me um papel de protagonista nos projetos. Atualmente são mais de dois mil parceiros.

Uma etapa do programa é sensibilizar a comunidade, essa etapa é muito impor-tante para despertar o sentimento de co-responsabilidade. São realizados encontros da equipe da Itaipu com as autoridades, lideranças e comunidade da microbacia, quando apresentam o programa e deba-tem os problemas a serem enfrentados na localidade, bem como as ações corretivas necessárias.

Outra etapa é a Oficina de Futuro, que re-úne a comunidade em grupos de “cidadania ativa” que, por meio de atividades lúdicas, aprendem a identificar problemas, elaborar o diagnóstico participativo e montar o plano de ações para a construção da Agenda 21 do Pedaço, ou seja, um planejamento específi-

co para aquele território.Toda a comunidade participa de um mo-

mento de reflexão em três momentos: Mu-ro das lamentações, quando a comunidade avalia sua própria conduta em relação ao meio ambiente, anotando as reclamações e verificando o que pode ser resolvido; arvo-re da esperança, quando cada participante avalia o que se pode fazer para um mundo melhor; caminho adiante, a comunidade descobre o papel de sua atuação .

“Durante essa oficina é criada a carta do pacto das águas, e no dia da festa, todos firmam o compromisso assumido durante a oficina. Não tem discurso, os atores são pessoas da comunidade. Esse momento tem um envolvimento tão grande da comunida-de”, explicou Nelton.

De acordo com ele, para as pessoas agi-rem é preciso motivação, é preciso criar um novo paradigma, do cuidado. “Se não mudarmos nosso pensamento, iremos na direção do abismo. A humanidade não está mais vivendo dos juros da natureza, mas esgotando seu capital”, concluiu o diretor da Itaipu Binacional.

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