notas sobre indicações bibliográficas

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1 Faculdade de Letras da Universidade do Porto Território e Sociedade Ano letivo 2012/2013 Alice Duarte Notas sobre Indicações Bibliográficas A Lista Final de Referências 1. A Bibliografia (ou Referências Bibliográficas) consiste na listagem de todos os documentos impressos referidos ao longo de um texto e que surgem reunidos no final desse texto, em folha separada e por ordem alfabética. Tem por finalidade constituir-se como fonte de informação. Na lista devem figurar todos os documentos referidos e citados, mas não os apenas consultados sem terem sido mencionados ao longo do texto. O ordenamento é alfabético pelo apelido do autor. Em casos de referências a múltiplos obras do mesmo autor, deve- se utilizar uma ordem cronológica, da mais antiga para a mais recente ou vice-versa. 2. Cada Referência Bibliográfica (strictu sensu) é o conjunto de indicações precisas e minuciosas que permitem a identificação de uma publicação. 3. Para proceder à listagem bibliográfica completa é possível optar por diferentes Normas de apresentação: a) Norma APA American Psychological Association b) Norma Portuguesa 405 (NP 405) c)Norma ASA American Sociological Association (Norma Harvard) - As duas primeiras (Norma APA e Norma Portuguesa 405) são as normas mais usadas em Portugal. - De qualquer modo, o autor tem geralmente liberdade de escolha. É exigido, contudo, que, quando use uma determinada norma, a use correta e consistentemente (sempre a mesma ao longo de toda a Bibliografia).

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Notas sobre Indicações Bibliográficas

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    Faculdade de Letras da Universidade do Porto

    Territrio e Sociedade

    Ano letivo 2012/2013

    Alice Duarte

    Notas sobre Indicaes Bibliogrficas

    A Lista Final de Referncias

    1. A Bibliografia (ou Referncias Bibliogrficas) consiste na listagem de todos os

    documentos impressos referidos ao longo de um texto e que surgem reunidos no final

    desse texto, em folha separada e por ordem alfabtica. Tem por finalidade constituir-se

    como fonte de informao.

    Na lista devem figurar todos os documentos referidos e citados, mas no os apenas

    consultados sem terem sido mencionados ao longo do texto. O ordenamento alfabtico

    pelo apelido do autor. Em casos de referncias a mltiplos obras do mesmo autor, deve-

    se utilizar uma ordem cronolgica, da mais antiga para a mais recente ou vice-versa.

    2. Cada Referncia Bibliogrfica (strictu sensu) o conjunto de indicaes precisas e

    minuciosas que permitem a identificao de uma publicao.

    3. Para proceder listagem bibliogrfica completa possvel optar por diferentes Normas

    de apresentao:

    a) Norma APA American Psychological Association

    b) Norma Portuguesa 405 (NP 405)

    c)Norma ASA American Sociological Association (Norma Harvard)

    - As duas primeiras (Norma APA e Norma Portuguesa 405) so as normas mais

    usadas em Portugal.

    - De qualquer modo, o autor tem geralmente liberdade de escolha. exigido,

    contudo, que, quando use uma determinada norma, a use correta e consistentemente

    (sempre a mesma ao longo de toda a Bibliografia).

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    4. A disposio grfica tem a forma de pargrafo, a um espao, com a primeira linha de

    cada nova referncia sada em relao s linhas seguintes, que aparecem mais curtas.

    Nos exemplos que se seguem aparecem, primeiro, as referncias segundo a norma APA

    e, a seguir, as mesmas referncias segundo a NP 405.

    Exemplos

    1.Livro com um s autor:

    Roldo, M. C. (1999). Os Professores e a Gesto do Currculo (4 ed.). Porto: Porto

    Editora.

    ROLDO, Manuel Carlos Os Professores e a Gesto do Currculo, 4 ed., Porto,

    Porto Editora, 1999.

    2. Livro com dois autores:

    Guichard, J., & Huteau, M. (2002). Psicologia da Orientao. Lisboa: Instituto Piaget.

    GUICHARD, Jean e HUTEAU, Michel Psicologia da Orientao, Lisboa, Instituto

    Piaget, 2002.

    3. Livro com mais de dois autores:

    Blomm, B., Krathwohl, D. R. & Masia, B. B. (1976). Taxonomia de Objetivos

    Educacionais: Domnio Afetivo. Porto Alegre: Globo.

    BLOMM, Boris, KRATHWOHL, Doris Ruth e MASIA, Boris Benedict Taxonomia

    de Objetivos Educacionais: Domnio Afetivo, Porto Alegre, Globo, 1976.

    4. Livro coletivo (com um ou mais editores/organizadores:

    Miguens, S., & Mauro, C. E. (eds.) (1992). Perspectives on Rationality. Porto: FLUP.

    MIGUENS, Samuel e MAURO, Carlos Esteves (Orgs.) Perspectives on Rationality,

    Porto, FLUP, 1992.

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    5. Captulo em livro coletivo:

    Barros, J. H., & Barros, A. M. (1989). Locus de controlo dos professores: Relao com

    o tempo de servio e o nvel de ensino. In J. F. Cruz, R. A. Gonalves & P. P.

    Machado (Orgs.), Psicologia e Educao: Investigao e Interveno. Porto:

    APPORT, 327-336.

    BARROS, Joo Henrique e BARROS, Antnio Mendes Locus de Controlo dos

    Professores: Relao com o Tempo de Servio e o Nvel de Ensino, in Joo

    Ferreira Cruz, Raul Arminho Gonalves e Paulo Pereira Machado (Orgs.),

    Psicologia e Educao: Investigao e Interveno, Porto, APPORT, (1989),

    327-336.

    6. Artigo de Revista:

    Jou, G., & Sperb, T. M. (1999). Teoria da mente: Diferentes abordagens. Cadernos

    de Consulta Psicolgica, 22, 123-135.

    JOU, Gustav e SPERB, Thomas Marc Teoria da mente: Diferentes abordagens,

    Cadernos de Consulta Psicolgica, Lisboa, Instituto de Psicologia, vol. 22,

    (1999), 123-135.

    7. Texto publicado na Imprensa:

    Palma, A. (2008, 10 de Maro). Indisciplina nas escolas. Viso, 32: 122-124.

    PALMA, Antnio Indisciplina nas Escolas, Viso, 32: 122-124, (2008, 10 de Maro).

    (caso o autor no esteja indicado, iniciar com o ttulo: Indisciplina nas escolas

    (2008,10 de Maro). Viso, 32: 122-124.).

    8. Teses e Dissertaes:

    Silva, J. M. T. (1997). Dimenses da Indeciso da Carreira: Investigao com

    Adolescentes. Coimbra: Faculdade de Psicologia e de Cincias da Educao da

    Universidade de Coimbra. Tese de Doutoramento no publicada.

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    SILVA, Jorge Manuel Tavares Dimenses da Indeciso da Carreira: Investigao

    com Adolescentes, Coimbra, Faculdade de Psicologia e de Cincias da Educao

    da Universidade de Coimbra, 1997. Tese de Doutoramento no publicada.

    9. Comunicao apresentada em Congresso e publicado em livro de Atas:

    Gomes, C. F. (2003). Carreiras profissionais e (des)orientao profissional. In Atas IV

    Congresso Internacional de Formao Norte de Portugal/Galiza, Integrao

    das Polticas e Sistemas de Educao e Formao: Perspetivas e Desafios.

    Instituto de Emprego e Formao Profissional (Org.). Porto: IEFP, 151-154.

    GOMES, Carlos Ferreira Carreiras Profissionais e (Des)orientao Profissional, in

    Atas do IV Congresso Internacional de Formao Norte de Portugal/Galiza,

    Integrao das Polticas e Sistemas de Educao e Formao: Perspetivas e

    Desafios, Instituto de Emprego e Formao Profissional (Org.), Porto, IEFP,

    (2003), 151-154.

    10. Artigo disponvel em meio electrnico:

    Lobo, A. (2008). SOS indisciplina. Retirado em 17/04/2008, na World Wide Web:

    (http://www.educare.pt/educare/Detail.aspx?contentid=4AFF13BD4F740D11E04

    400144F16FAAE&channelid=1EE474ED3B3E054C8DCFD48A24FF0E1B&sch

    emaid=1CD970AB0836334EB627B1FF128684C3&opsel=1).

    B Referncias no corpo de texto

    1. Todas as referncias a autores e obras, bem assim como todas as citaes diretas

    concretizadas no corpo do texto, devem ser acompanhadas da informao indispensvel

    que permita a identificao inequvoca da obra em questo.

    2. No corpo de texto (de modo a no dificultar a leitura do prprio texto), utiliza-se uma

    forma abreviada de indicaes colocadas dentro de parnteses curvos. O mtodo Autor-

    Data (Giddens,1992) apelido do autor apenas com a inicial maiscula, seguido do ano

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    da edio; correspondncia direta com a norma APA o nico mtodo aqui

    considerado. Defendo a sua aplicao universal por parte dos estudantes.

    Exemplos

    1.Se o nome do autor em questo no faz parte do texto, o seu apelido e o ano da edio

    so inseridos entre os parnteses. Isto at dois autores.

    Segundo as concluses da Psicologia do Desenvolvimento (Paiget e Inhelder,

    1971), a criana cresce a expensas do prestgio dos adultos.

    O autor da expresso Modernidade Tardia (Giddens, 1984) pde assistir sua

    completa banalizao.

    2. Se o nome do autor em questo faz parte do texto, apenas o ano da edio do trabalho

    vai entre parnteses.

    Piaget e Inhelder (1971) defendem que a enumerao resulta da conjugao

    das operaes de classificao e seriao.

    Giddens (1997) v a identidade pessoal como um projeto reflexivo.

    3. Quando a obra tem mais de dois autores, referido o apelido do primeiro autor,

    seguido da expresso latina et al. (e outra coisa; e outras coisas), bem como do ano

    da edio.

    Almeida (et al., 1988); (Almeida et al., 1988) defendem

    (Nota: Na lista final de referncias bibliogrficas todos os nomes devem ser includos.)

    4. Referncia simultnea de vrias obras:

    4.1 Vrias obras do mesmo autor so separadas por vrgulas, da mais antiga para a mais

    recente (e obras ainda no prelo, sero as ltimas da enumerao).

    4.2 Referncias simultneas de vrios autores so separadas por ponto-e-vrgula.

    H vrios estudiosos de quetopodologia (Jeremias e Elias, 1985, 1987, 1988,

    no prelo; Marnoto, 1986, 1987; Oliveira, 1987) que fundamentaram este processo

    de cultivo.

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    5. Quando na mesma pgina repetida a referncia a um mesmo autor e obra, j antes

    identificados pelo mtodo autor-data, evita-se a repetio escrevendo: (idem).

    4. Citaes/ Transcries Textuais:

    Exemplos

    4.1Citaes Diretas: indicar sempre a pgina, a seguir ao ano de edio da obra.

    (Giddens, 1997: 25) ou Giddens (1997: 25)

    4. 2 Transcrio Curta (at 3/4 linhas): surge inserida no corpo de texto, entre aspas,

    com indicao da pgina.

    Reconhecendo que a cultura no um atributo que se ganha ou se perde,

    mas antes um processo pelo qual todos os povos do mundo tentam que o mundo

    faa sentido (Miller, 1995: 269), o desenvolvimento da Antropologia do Consumo

    contribui para a maturidade da prpria disciplina.

    4. 3 Transcrio Longa (com mais de 4 linhas ou 40 palavras): surge inserida num

    bloco separado do texto. iniciado um pargrafo novo, com margens, esquerda e direita,

    mais largas e com letra mais pequena, prescindindo-se ou no das aspas, j que fica

    visualmente claro que se trata de uma citao. A indicao do (Autor, ano: pgina) deve

    figurar antes ou no final do texto citado:

    McCracken (1988: 88) conclui assim o seu ponto de vista:

    O sistema de consumo abastece os indivduos com

    materiais culturais para realizarem as suas vrias e mutveis ideias

    sobre o que ser um homem ou uma mulher, de meia-idade ou idoso,

    um pai, um cidado ou um profissional. Todas estas noes culturais

    so concretizadas nos bens, e atravs da sua posse e uso que o

    individuo se apercebe das noes da sua prpria vida.

    4. 4 Indicao de omisso e acrscimo de material em transcries textuais:

    Pode-se mudar a primeira letra da transcrio para minscula ou omitir-se o seu ponto

    final se a construo da frase assim o exigir. A indicao de que se omitiu algum material

    em transcries textuais faz-se atravs do sinal de reticncias dentro de parnteses

    curvos. A indicao de que se acrescentou algum material no interior de transcries

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    textuais (normalmente, apenas para permitir correo gramatical ou correta

    compreenso) faz-se colocando as partculas acrescentadas dentro de parnteses retos.

    O discurso inaugural foi proferido pelo Prof. Victor Jeremias, que manifestou a

    opinio de que a recuperao da agricultura no Alentejo () exige medidas

    inovadoras, revolucionrias. () S a combinao da [cultura] da minhoca com o

    extermnio da toupeira pode ajudar a produzir trigo a preos competitivos.

    (Jeremias, 2007: 27)

    4. 5 Mais de um autor com o mesmo apelido:

    Se a listagem final de Referncias Bibliogrficas inclui dois autores com o mesmo

    apelido, as referencias a tais autores no corpo de texto devem ser sempre acompanhados

    pelas iniciais dos seus nomes prprios.

    I. M. Soares (1987); M. N. Soares (1990); (I. M. Soares, 1987); (M. N.

    Soares, 1990);

    4. 6 Referncia de livro da autoria de uma instituio:

    Um livro que no tem indicao de autor alm da instituio responsvel pela sua

    publicao referido pelo nome da instituio, escrito por extenso.

    As revistas editadas pela APA seguem normas de redao definidas pela

    American Psycological Association (1983).

    4.7 Ttulos de livros e artigos expressamente referidos no corpo do texto:

    Os ttulos de livros expressamente referidos no texto vo em itlico, com maiscula

    inicial nas principais palavras (exceo para as pequenas partculas de ligao como: de,

    os, por, com, etc). Os ttulos de artigos expressamente referidos no texto surgem com

    maiscula inicial apenas na palavra inicial e inseridos entre aspas.

    Sabemos todos que o Ensaio sobre a Ddiva se debrua sobre a natureza das

    trocas.

    Muito temos a aprender com o artigo recentemente publicado, A cultura do

    mexilho onde o mar bate na rocha, da autoria de P. Penedo.

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    4.8 Referncias de referncias: autores discutidos em fontes secundrias.

    Deve evitar-se, sempre que possvel, recorrer a referncias secundrias, especialmente

    quando a fonte original pode ser consultada com facilidade. No entanto, caso seja

    imprescindvel, a referncia secundria poder ser usada desde que se fornea informao,

    para alm dos dois autores/obras em questo, das duas datas de publicao: da fonte

    original e da nossa fonte secundria, com ou sem indicao das pginas conforme se trate

    ou no de uma transcrio textual, respetivamente. A expresso citado em /por deve ser

    usada.

    (Nota: Na lista final de referncias bibliogrficas, ambos os trabalhos devem ser

    listados.)

    H j meio sculo, Woodworth (1941, citado em Scarr e Crter-Saltzman,

    1982), concluiu que perguntar qual o mais importante para a vida, a hereditariedade

    ou o ambiente, de resposta impossvel.

    C Comentrios Finais

    1. Na elaborao de trabalhos acadmicos, as notas de rodap devem ser usadas com

    moderao. Quando usadas, devem ser enumeradas no texto por algarismos rabes e

    clarificado o seu contedo no final da pgina onde so mencionadas. Em alternativa

    (menos defensvel porque menos prtica), podem ser listadas em pgina separada

    intitulada Notas, localizada no final do trabalho.

    D Bibliografia

    Azevedo, M. (1994). Teses, Relatrios e Trabalhos Escolares: Sugestes para a sua

    Elaborao. Lisboa: Faculdade de Cincias da Universidade de Lisboa,

    Departamento de Educao.

    Ceia, C. (2006). Normas para Apresentao de Trabalhos Cientficos (6 ed.). Lisboa:

    Presena.

    Frada, J. J.C. (1997). Guia Prtico para a Elaborao e Apresentao de Trabalhos

    Cientficos (8ed.). Lisboa: Edies Cosmos.

    Pereira, A., & Poupa, C. (2004). Como Escrever uma Tese, Monografia ou Livro

    Cientfico (3ed.). Lisboa: Edio Slabo.

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