notas de aula de organização e normas de trabalho

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  • 8/18/2019 Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho

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    SERVIÇO PÚBLICO FEDERALINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ

    CAMPUS BRAGANÇA

    Prof. Gustavo da Silva Salles, Curso Técnico de Edificações, Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho.  Página 1 

    Curso Técnico de Edificações.

    Professor: Gustavo da Silva Salles.

    Disciplina: Organização e Normas de Trabalho.

    Carga Horária: 40 h.

    Ementa:

    1-  Histórico da Organização Científica do Trabalho: Da Pré-História aoFeudalismo; Revolução Industrial. 

    2-  Precursores da Organização Científica do Trabalho: Taylor, Fayol e Ford. 

    3-  Estudo da Estrutura da Empresa: Conceito e classificação das empresas; Evoluçãodas Empresas; Estrutura organizacional das empresas. 

    4-  Estudo dos Postos de Trabalho: Layout: conceitos e objetivos; Cálculo de superfície. 

    5-  Normalização: Conceitos e objetivos; Vantagens da normalização; SINMETRO eABNT; Estrutura das Normas. 

    6-  Legislação Aplicada ao Trabalho: Aspectos fundamentais: Contrato de Trabalho;Estagiários; Carteira de Trabalho e Previdência Social. 

    7-  Chefia e Liderança: Relações interpessoais; Formação de grupos; Comportamentoem pequenos grupos. 

    8-  Conhecendo o Empreendedorismo: Visão do processo histórico produtivo; Visãoeconômica de hoje; Histórico do empreendedorismo no mundo. 

    9-  Empreendedor no Mundo dos Negócios: O empreendedorismo e a globalização;O empreendedor como unidade de negócio; A dinâmica dos negócios na atualidade. 

    10-  Modelo de Empreendedorismo: Modelo do plano de negócios; Análise domercado e competitividade. 

    Bibliografia:

      Básica:

    o  HEMÉRITAS, ADHEMAR BATISTA. Organização e Normas. Editora Atlas.

      Complementar:

    o  Notas de Aula do Professor Gustavo da Silva Salles.

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    Prof. Gustavo da Silva Salles, Curso Técnico de Edificações, Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho.  Página 2 

    Capítulo 1: Histórico da Organização Científica do Trabalho.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Verificar a importância dos conhecimentos da História Geral para compreensão deaspectos do desenvolvimento das empresas.

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    1 – Histórico da Organização Científica do Trabalho.

    1.1 – Da Pré-História ao Feudalismo. 

    O Homem, a Natureza e a Organização.

    Comparado com outros animais, o homem é um ser fisicamente indefeso. Seus dentes sãofracos e seus braços irrisórios se comparados aos de um gorila. Não é muito veloz, não voa, nãoenxerga no escuro. No período pré-histórico, lutou com facas de sílex e machados de pedra.Construiu seus abrigos no gelo, sobre a água e no alto das árvores.

    Em virtude de combates contra animais poderosos ou da procura incerta por frutossilvestres, sua subsistência foi precária e escassa. Defendeu seu corpo do frio, cobrindo-se com apele de outros animais e sofreu privações constantes e atrozes. Enquanto o homem sobreviveu etranspôs seus obstáculos, espécies mais fortes e fisicamente mais bem dotadas, no entanto, foram

    extintas, não conseguindo alcançar o século XX.

    Aplicando a inteligência à resolução de problemas vitais, o homem, gradativamenteaperfeiçoou suas armas e implementos, domesticou animais, deu maior segurança a suashabitações, controlou a produção do solo, pela proteção das colheitas e pelo cultivo da terra.Posteriormente, melhor protegido da rudez do meio, melhorou suas técnicas e espalhou-selentamente pela Terra.

    Contudo, o homem não conseguiu sozinho todas essas realizações. Somos seresinelutavelmente sociais. A necessidade que temos um dos outros para nos desenvolvermos é tãovital quanto a própria alimentação.

    Diante do exposto, pode-se afirmar que Aristóteles tinha razão ao dizer que o homem éum ser social por natureza e não consegue viver isolado. Sua inteligência o levou a agrupar-separ viver melhor e, dessa forma, venceu mais facilmente os obstáculos. Entretanto, ao agrupar-se, o homem percebeu que precisava de organização para progredir. Verificou que somentemediante uma estrutura adequada às necessidades do grupo sobreviveria e atingiria seusobjetivos.

    Por conseguinte, conclui-se que desde as épocas mais remotas existiu organização, que ohomem sempre procurou racionalizar, aperfeiçoar e simplificar suas ações com o objetivo deconseguir maior rendimento e máximo bem estar com mínimo esforço. Esse objetivo é o princípiobásico e o objetivo fim da organização.

    Associações de Classes Profissionais da Antiguidade.

    Na Antiguidade já existiam associações de classes profissionais, que durante a IdadeMédia prosseguiram sob a forma de corporações. As corporações eram as instituições básicas dascidades medievais. As primitivas eram divididas em artífices ou de ofício e mercadores.

    As corporações de mercadores tinham como principais funções manter o monopólio domercado local para seus membros e assegurar um sistema econômico estável, sem concorrência.Para isso limitavam duramente o comércio feito na cidade por mercadores estrangeiros;

    garantiam, a todos os seus membros, o direito de participar em qualquer compra demercadorias realizada por outro membro; exigiam a cobrança de preços uniformes pelos artigosvendidos; e proibiam muitas formas de propaganda.

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    As corporações de artífices ou de ofício eram compostas de três categorias: os mestres, oscompanheiros e os aprendizes. Formavam profissionais de acordo com uma hierarquia deconhecimento e experiência.

    Os mestres eram os aristocratas da indústria medieval, possuíam oficinas, empregavamoutros trabalhadores e eram responsáveis pelo adestramento dos aprendizes. Todo o sistemacorporativo trabalhava em seu benefício.

    O companheiro era um artífice que trabalhava por salário nas oficinas do mestre, com otempo, os que mais se destacavam podiam tornar-se mestres, desde que tivessem dinheirosuficiente para instalar sua própria oficina e passassem por um exame que poderia incluir aapresentação de uma obra prima de seu ofício.

    O aprendiz ficava sob o controle total do mestre, que se encarregava de sua instruçãocom disciplinas elementares e da formação de seu caráter e, ao mesmo tempo, lhe ensinava o

    ofício. O aprendiz não recebia remuneração, mas alimentação, alojamento e vestuário e, após operíodo de aprendizado, de dois a sete anos, tornava-se companheiro.

    No final da Idade Média, as corporações tornaram-se mais exclusivista, prolongando otempo de aprendizagem e os companheiros encontravam maiores dificuldades para se tornaremmestres.

    Durante o período que abrange de 1400 a 1700, a civilização moderna viveu suaprimeira revolução econômica. A Revolução Comercial eliminou a economia semiestática daIdade Média, substituindo-a por um capitalismo dinâmico dominado por comerciantes,banqueiros e armadores de navios.

    1.2 – Revolução Industrial. 

    A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundoimpacto no processo produtivo em nível econômico e social.  Iniciada no Reino Unido em meadosdo século XVIII, expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. 

    Ao longo do processo, a era da agricultura foi superada, a máquina foi superandoo trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs, novas relações entrenações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa,  entre outros eventos. Essa

    transformação foi possível devido a uma combinação de fatores, como o liberalismo econômico, a acumulação de capital e uma série de invenções, tais como o  motor a vapor. O capitalismo tornou-se o sistema econômico vigente.

    A Primeira Revolução Industrial teve como principais causas:

      surgimento de uma classe de capitalistas, por conta da Revolução Comercial, queprocurava constantemente novas oportunidades de investimento para seu excessode riquezas;

      aperfeiçoamentos iniciais de técnicas para desenvolver as invenções do fim doséculo XVIII;

     

    maior procura de produtos industriais provocada pelo aumento da população; e  necessidade de melhoramentos mecânicos para atender à maior procura por

    produtos industrializados.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Economiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_(economia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_(economia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_massahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_econ%C3%B4micohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Capitalismohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_a_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_econ%C3%B4micohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_massahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Rela%C3%A7%C3%B5es_internacionaishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Industrialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Capital_(economia)http://pt.wikipedia.org/wiki/Trabalho_(economia)http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quinahttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttp://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIIIhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unidohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Sociedadehttp://pt.wikipedia.org/wiki/Economiahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Produ%C3%A7%C3%A3ohttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologia

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    Tal fase compreendeu a mecanização da indústria e da agricultura, a aplicação da forçamotriz à indústria, o desenvolvimento do sistema fabril e a grande aceleração dodesenvolvimento dos meios de transporte e de comunicações.

    A fase inicial da Revolução Industrial testemunhou grande desenvolvimento da aplicaçãoda maquinaria à indústria, servindo de base à mecânica moderna.

    Por volta de 1860, a Revolução Industrial entrou em nova fase, distinta da primeira,anunciada por aperfeiçoamentos e invenções nas áreas da siderurgia, mecânica e eletricidade,tendo por características:

      a substituição do ferro pelo aço como matéria industrial básica;  a substituição do vapor pela eletricidade e pelos derivados do petróleo como

    principais fontes de energia motriz; e  mudanças radicais no transporte e nas comunicações.

    Muitos foram os benefícios proporcionados pela Revolução Industrial, podendo-sedestacar a oferta de uma enorme quantidade de mercadorias e objetos para proporcionarfacilidade e conforto ao homem contemporâneo. Além disso, o aumento dos salários, que nodecorrer do século XIX, foram calculados como sendo quatro vezes maior em poder aquisitivo,quando comparados a 1801.

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    Questionário.

    1.  De que maneira o homem pré-histórico promoveu sua subsistência?

    2. 

    A que fatores se deve atribuir a vitória do homem pré-histórico sobre o meio adverso emque vivia?

    3.  O que é um ser social?

    4.  Qual é o princípio básico da organização?

    5.  De que categorias eram compostas as corporações?

    6.  Nas corporações, de que fatores dependia o acesso de uma pessoa de uma categoria aoutra?

    7.  No final da Idade Média, qual foi a transformação sofrida pelas corporações?

    8.  O que foi a Revolução Industrial?

    9.  Quais as principais atividades desenvolvidas durante a Revolução Industrial queimpulsionaram a atividade industrial de nossa época?

    10. Que benefícios foram proporcionados pela Revolução Industrial?

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    Capítulo 2: Precursores da Organização Científica do Trabalho.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Identificar as ideias básicas dos precursores da Organização Científica do Trabalhoe verificar a aplicação dessas ideias nas empresas do mundo moderno.

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    2 – Precursores da Organização Científica do Trabalho.

    2.1 – Introdução. 

    Muitos foram os estudiosos que se interessaram pela Organização Científica do Trabalho,contudo, como ciência, só iniciou com Taylor, que sistematizou a organização das oficinas. NaOrganização do Trabalho destacam-se Taylor, Fayol e Ford.

    2.2 – Taylor (1856-1915).

    Nascido em 1856, próximo à Filadélfia, Frederick Winslow Taylor era filho de imigrantes.Antes de dedicar-se à profissão, preparou sua admissão à Harvard, mas teve de renunciar aosestudos em virtude de doença visual.

    Aprendiz em uma fábrica de bombas tornou-se modelador mecânico. Em razão da criseda indústria americana, empregou-se como braçal na Midvale Steel Company . Formou-seengenheiro seis anos depois, fazendo curso noturno. Foi chefe de equipe, contramestre, chefe demanutenção e da seção de desenho, depois engenheiro-chefe das oficinas. Afastou-se dacompanhia para consagrar-se como engenheiro-consultor na aplicação de seus métodos deorganização.

    Suas observações e experiências industriais com relação à organização de oficinas foramsistematizadas em sua obra Shop Management e suas ideias básicas são atualmente expressõesclássicas:

     

    a “vadiagem sistemática” e seu sistema diferencial de salários;   a cronometragem;

      a seleção do operário; e

      a preparação para o trabalho.

    A Vadiagem Sistemática.

    Segundo Taylor, quando um certo número de operários é colocado em trabalhosemelhante e pago com uma taxa uniforme, os melhores operários reduzem sua velocidade até

    a dos menos produtivos. Isso ocorre por duas razões:  o bom operário sente-se desestimulado, pois seu salário será igual ao do mau

    operário; e  se o salário por peça diminui à medida que o rendimento do bom operário

    aumenta, este acha desnecessário esforçar-se.

    Para evitá-la, Taylor criou o sistema diferencial, atualmente ilegal por levar o operário àestafa.

      Se não for ultrapassada a produção de base:

    S = s.n, onde: S = salário/hora s = salário/peça n = número de peças/hora

      Se for ultrapassada a produção de base:

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    S = K.s.n, K>1; K = QP/PB QP = quantidade produzida PB = produção de base

    Exemplo Numérico do Sistema Diferencial de Salário de Taylor: 

    Calcular o salário por hora de dois operários, A e B, pelo sistema diferencial de salários deTaylor, sabendo que:

      o operário A produz 12 peças/hora;  o operário B produz 21 peças/hora;  a produção de base é de 14 peças/hora; e  o salário por peça é de R$ 0,40.

    Solução:

    Operário A: S = s.n = 12 x 0,40 = R$ 4,80

    Operário B: S = K.s.n = 1,5 x 21 x 0,40 = R$ 12,60; K = 21/14 = 1,5

    A Cronometragem.

    Antes de Taylor, julgava-se que só quem executava o trabalho era capaz de conhecersuas peculiaridades, logo avaliar sua duração. Entretanto, segundo ele, um especialista munidode um método (decomposição e análise de tempos globais) e de um instrumento (cronômetro)poderia fazê-lo.

    Taylor aplicou na cronometragem a seguinte sistemática:

      dividir o trabalho em tempos elementares;  determinar todos os movimentos inúteis e eliminá-los;  estudar de que maneira vários operários hábeis, um após outro, executam cada

    operação;

      estudar a porcentagem que é preciso acrescentar aos tempos registrados duranteo treinamento de um operário que executa a tarefa pela primeira vez;

      estudar a porcentagem a se acrescentar aos tempos registrados para cobrir atrasosinevitáveis;

      determinar a porcentagem a ser acrescida para repouso (permissões);

     

    estudar os intervalos que devem ser concedidos para evitar fadiga;  reconstruir as combinações de movimentos elementares que mais se encontram nos

    trabalhos de oficina; registrar o tempo desses grupos de movimentos e classificá-los.

    A Seleção da Mão-de-Obra.

    Em relação à seleção de pessoal, seguiu o processo vigente na época, tornando-o maisrigoroso por força de tendências do estilo americano. Conseguiu fazer prevalecer seus pontos devista, por haver oferta abundante de mão-de-obra imigrante. Estabeleceu padrões para otrabalho operário, baseado no tempo gasto para executar uma tarefa

     

    pelo melhor de seus

    operários, em seu melhor momento.

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    Os de rendimento médio deveriam cumprir a mesma tarefa, no mesmo tempo, sob penade demissão. Considerava desinteressante dispensar os que não consegiam salários altos, masprocedia a seleções periódocas, rejeitando os que não atingiam as metas de produção.Selecionava os trabalhadores pelo rendimento. Estabelecia tempo de tarefa normal (hoje,tempo-padrão) acima da capacidade do operário médio e dispensava os que não atingiam essemínimo.

    Define-se como tempo-padrão o tempo em que uma pessoa adaptada ao trabalho ebem treinada no método específico executa uma tarefa, trabalhando em ritmo consideradonormal. Serve para que a indústria realize a seleção dos operários e se calcule os incentivossalariais por produção.

    A Preparação do Trabalho.

    “O cérebro no escritório e o braço no trabalho”, “… não cabe à oficina pensar”.

    O princípio da preparação do trabalho consiste em:

      um grupo de pessoas encarregado de desenvolver o estudo do trabalho através doestudo de tempos;

      um grupo de operários experientes encarregado de instruir, auxiliar e guiar seuscolegas;

      um grupo encarregado de fornecer as ferramentas e conservá-las; e  um grupo de pessoas especializadas que preparam previamente o trabalho.

    O Taylorismo é um conjunto de regras práticas introduzidas no mundo do trabalhoindustrial, objetivando o rendimento máximo da empresa. Na França, a aplicação dos métodosde Taylor resultou em greve geral e muitas críticas.

    2.3 – Fayol (1841-1925).

    Henri Fayol era francês, formou-se engenheiro de minas e durante muito tempo foidiretor-geral de uma empresa por ele recuperada de uma situação difícil. Enquanto Taylor,para aumentar a produção da empresa partiu da classe operária, Fayol o fez dos órgãos dedireção.

    Fayol estudou cientificamente o trabalho de direção e destacou dois princípios essenciais:

      em toda indústria existem seis funções; e

      a cada uma dessas funções deve corresponder uma capacidade particular.

    Essas funções dividem-se em dois grupos:

      técnica, comercial e financeira (criadoras de recursos); e  de segurança, contábil e administrativa (funções não produtivas, mas que

    conservam os meios da empresa).

    A cada uma dessas funções corresponde uma série de operações:

      operações técnicas: produção, fabricação, transformação;

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      operações comerciais: compra, venda, troca;

      operações financeiras: procura e gestão de capitais;

      operações de segurança: proteção de bens e pessoas;

      operações contábeis: inventário, balanço, custo, estatística;

      operações administrativas: previsão, organização, comando, controle.

    Por preocupar-se com as funções de diretor, Fayol considerava que a ele cabia apenasadministrar, que considerava como sendo o sistema nervoso da empresa. Segundo ele,administrar significava prever, organizar, comandar, coordenar e controlar, onde:

      prever: sondar o futuro e traçar um programa de ação;

      organizar: constituir os órgãos que desenvolvem a atividade que é a própria vidada empresa;

     

    comandar: dar as diretrizes e as instruções, fazer o pessoal funcionar;  coordenar: introsar, unir, harmonizar todas as atividades, todos os esforços; e

      controlar: verificar se tudo se desenvolve de acordo com o programa traçado.

    A mais importante contribuição de Fayol, em se tratando de Organização do Trabalho,foi seu Quadro de Capacidades, onde são demonstradas, sob sua ótica, as capacidadesnecessárias em um indivíduo de acordo com o que exerce na empresa.

    CATEGORIACAPACIDADES

    Administrativa Técnica Comercial Financeira Segurança Contábil

    OPERÁRIO 5% 85% 0% 0% 5% 5%CONTRAMESTRE 15% 60% 5% 0% 10% 10%

    CHEFE DE OFICINA 25% 45% 5% 0% 10% 15%

    CHEFE DE DIVISÃO 30% 35% 10% 5% 10% 10%

    CHEFE GERAL 35% 30% 10% 5% 10% 10%

    DIRETOR 40% 15% 15% 10% 10% 10%

    Quadro de Capacidades de Fayol.

    2.4 – Ford (1863-1947).

    Henry Ford, industrial norte-americano, foi o responsável em grande parte pelaintrodução das linhas de montagem e da produção em grande escala na indústria moderna.

    Nascido em uma fazenda, entretanto desde cedo demonstrou interesse pela mecânica.Fundou com dois amigos uma empresa de automóveis em Detroit. Em 1903 fundou a FordMotor Company .

    Suas ideias básicas foram:

      o ciclo de produção começa no consumidor; 

    um carro deve ser desenhado para satisfazer as necessidades, em preço equalidade, do maior número possível de consumidores;

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      pagando bons salários aos operários das fábricas, aumenta-se o poder de compra,expandindo-se o mercado consumidor; e

      tinha como lema “pequenos lucros e grandes vendas”.

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    Questionário.

    1.  Qual a diferença básica entre os métodos de organização de Taylor e Fayol?

    2. 

    Quais as desvantagens do sistema de salários que Taylor chamou de “vadiagemsistemática”?

    3.  Quais são, na opinião de Fayol, as seis funções de uma indústria?

    4.  Em que tipo de atividade industrial se destacou Ford?

    5.  Qual era o lema principal de Ford?

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    Capítulo 3: Estudo da Estrutura da Empresa.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Conceituar empresa.

      Reconhecer o modo pelo qual as empresas estão estruturadas de acordo com seusdiversos tipos.

      Classificar as empresas e identificar as suas formas evolução.

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    Prof. Gustavo da Silva Salles, Curso Técnico de Edificações, Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho.  Página 15 

    3 – Estudo da Estrutura da Empresa.

    3.1 – Conceito e Classificação das Empresas.

    Conceito. 

    Conceitua-se empresa como as entidades econômicas que fixam entre seus principaisobjetivos obter lucro.

    Entidade econômica, por sua vez, é o conjunto econômico vinculado a um sujeito jurídico,ou seja, a entidade com seu patrimônio. Abrange, portanto, dois elementos essenciais:

      o patrimônio: o conjunto de valores econômicos; e  o sujeito jurídico: pessoa ou entidade que possui ou administra esse patrimônio.

    Classificação das Empresas. 

    As entidades econômicas são classificadas em duas grandes categorias:

      as de caráter econômico: objetivam produzir e negociar bens materiais e serviçosúteis, obtendo lucro (empresa).

    EMPRESA = PESSOA + PATRIMÔNIO + LUCRO

      as de caráter social: visam à prestação de serviços sem fim lucrativo (entidadefilantrópica, de fins ideais).

    Muitas são as classificações em que uma empresa pode se enquadrar, entretanto nestematerial serão destacadas apenas quatro.

    1.  Podem ser classificadas pela distinção da atividade exercida, onde se destacam otipo de empresa, a atividade exercida e o seu campo operacional.

      Agrícola - exploração da terra – lavoura. 

    Pecuária - criação de gado - empresas pastoris.  Financeira - coordenação de recursos - bancos, órgãos fomento.  Comercial - elo produtor/consumidor - mercearias, supermercados.

    2.  Podem ser classificadas de acordo com a atividade fim:

      As que produzem bens – indústrias.

    o  Produtoras de matérias-primas: agrícolas, florestais, de caça e pesca.o  Produtoras de bens manufaturados: combinam, transformam, beneficiam

    ou modificam as matérias-primas.

      Transformam a matéria-prima.  Produzem em série.

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      As que distribuem bens – comércio.

      As que prestam serviços.

    3. 

    Podem, também, ser classificadas de acordo com a área de atuação, onde sob esteaspecto podem pertencer às áreas abaixo:

      Área primária: recebe esta nomenclatura por se tratar da primeira área envolvidapara a obtenção de qualquer bem útil ao homem, retirando ou obtendo danatureza as matérias-primas.

      Área secundária: segunda área envolvida para obtenção de um bem. Transforma,modifica ou beneficia as matérias primas fornecidas pelas empresas da áreaprimária.

     

    Área terciária: última fase para obtenção de um bem. Aproxima produtor econsumidor, ou seja, distribuem bens produzidos pelas empresas da áreasecundária.

    4.  Podem, ainda, ser classificadas de acordo com seu tamanho:

      Microempresa: aquela em que o dono centraliza quase todas as atividades,exercendo várias funções ao mesmo tempo.

      Média empresa: é aquela que quando começa a evoluir, o dono, não tendocondições de exercer todas as atividades, transfere algumas funções parapessoas de confiança, que passam a ter maiores responsabilidades nacondução da empresa. Ocorre a descentralização das atividades.

     

    Macroempresa: é a grande empresa, com serviços, departamentos e seçõesespecíficas para cada atividade.

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    3.2 – Evolução das Empresas.

    Evoluir deve ser um dos principais objetivos das empresas. De acordo com a forma comoevolui, a evolução pode ser horizontal ou vertical.

      Evolução horizontal: ocorre quando a empresa mantém a mesma especialidade ediversifica seus produtos e/ou aumenta a quantidade produzida. Ex: uma empresaque só fabricava automóveis, passou a fabricar, também, ônibus, jipes, caminhões.

     

    Evolução vertical: ocorre quando a empresa passa de vendedora a compradorade si mesma, ou seja, quando passa a fabricar oque antes adquiria de outrasempresas. A evolução caminha em direção à origem do produto. Ex: umaempresa que só construía casas, passou a fabricar, também, tijolos, telhas, lajespremoldadas.

    3.3 – Estrutura Organizacional das Empresas.

    Conceitos.

    Estrutura é a disposição dos órgãos de uma entidade de acordo com as condições definalidade, de lugar e de atualidade.

    Organograma é a representação gráfica da escala de posições ou de funções de umaentidade.

    Descrição de cargos é uma relação organizada das tarefas ou dos deveres atribuídos a umindivíduo que exigem, em maior ou menor escala, determinados conhecimentos ou aptidões,bem como das responsabilidades inerentes a ocupação de tal cargo.

    Estrutura é a disposição dos órgãos de uma entidade de acordo com as condições definalidade, de lugar e de atualidade.

    Organograma é a representação gráfica da escala de posições ou de funções de umaentidade.

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    Descrição de cargos é uma relação organizada das tarefas ou dos deveres atribuídos a umindivíduo que exigem, em maior ou menor escala, determinados conhecimentos ou aptidões,bem como das responsabilidades inerentes à ocupação de tal cargo.

    Organização por funções uma vez estabelecida a descrição dos cargos, passa-se àdefinição da estrutura e à elaboração do organograma.

    Organograma Linear ou Militar.

    Organograma Linear ou Militar com Staff .

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    Questionário.

    1.  Quais os três fatores que caracterizam uma empresa?

    2. 

    O que caracteriza uma empresa industrial?

    3.  O que caracteriza uma empresa comercial?

    4.  O que fazem as empresas das áreas primária, secundária e terciária?

    5.  Classifique as empresas segundo seu tamanho.

    6.  O que é organograma?

    7.  Liste da cidade de Bragança, ou das de entorno, cinco exemplos de empresas, uma

    de cada classificação, conforme solicitado abaixo.a)  Agrícola.

    b)  Industrial.

    c)  Prestadora de serviços.

    d)  Comercial.

    e)  Produtora de matéria prima.

    f) 

    Produtora de bens manufaturados.

    g)  Distribuidora de bens.

    h)  Da área primária.

    i)  Da área secundária.

     j)  Da área terciária.

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    Capítulo 4: Estudo dos Postos de Trabalho.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Conceituar e classificar leiaute.

      Elaborar o Leiaute de uma empresa.

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    4 – Estudo dos Postos de Trabalho.

    4.1 – Introdução. 

    Historicamente o projeto do posto de trabalho surgiu antes da Ergonomia, ou seja, surgiucom o trabalho, e este, como sabemos, é tão antigo quanto a humanidade.

    A Ergonomia como ciência teve suas origens em estudos e pesquisas na área da Fisiologiado Trabalho, mais especificamente na fadiga e no consumo energético provocado pelo trabalho.Estes estudos tiveram como objetivo diagnosticar os problemas que a causavam e,consequentemente, procurar soluções que pudessem eliminar ou minimizá-la.

    Na Inglaterra, durante a I Guerra Mundial (1914 a 1917), fisiologistas e psicólogos foramchamados para colaborar no setor industrial, como recurso para aumentar a produção dearmamentos com a criação da Comissão de Saúde dos Trabalhadores na Indústria de Munições,

    em 1915. Com o fim da guerra, esta comissão foi transformada no Instituto de Pesquisa da FadigaIndustrial, que, por sua vez, realizou diversas pesquisas sobre o problema da fadiga na indústria.

    O projeto de design do posto de trabalho torna-se ergonômico à medida que osconhecimentos científicos relativos ao homem são utilizados na concepção do projeto de design,com vistas a reduzir a fadiga física, facilitar a operação dos equipamentos e instrumentos,proporcionar segurança, eficácia e eficiência.

    Nos dias atuais, o que estamos percebendo é que a maioria dos problemas ergonômicosestão exatamente onde sempre estiveram, ou seja, no projeto das máquinas, dos equipamentos,das ferramentas, do mobiliário e do posto de trabalho e, evidentemente, agravados pelas

    inadequações relativas a organização do trabalho.Desta forma, se não houver a adaptação ergonômica do projeto do posto de trabalho, os

    problemas ergonômicos continuarão a existir. Estes podem ser minimizados com açõesremediadoras (ginástica laborativa, pausas durante a jornada de trabalho, redução da jornadade trabalho, rotatividade de tarefas e etc.), mas jamais eliminados em sua totalidade, pois comestas ações, não se combate a causa, e sim o efeito. Por este motivo, é que se deve aplicar osconhecimentos ergonômicos na concepção do projeto dos postos de trabalho, das máquinas, dasferramentas, do mobiliário e, até mesmo, no planejamento da organização do trabalho.

    4.2 – Leiaute: Conceito e Objetivos.

    Leiaute ou arranjo físico, em sentido amplo, é a distribuição física de elementos em umdeterminado espaço. Esse conceito abrange um leiaute de qualquer natureza. Entretanto, nestecaso, define-se como a maneira em que homens, máquinas e equipamentos estão dispostos emuma fábrica.

    O leiaute é a disposição mais econômica dos diversos setores de produção ou a formamais racional de utilização de um espaço, de modo a proporcionar um processamento maiseficiente, com menor percurso e menor tempo.

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    4.3 – Tipos de Leiaute.

    Para fins didáticos admitem-se três tipos de leiaute, entretanto, na prática, o que severifica é a combinação dos três. Tais tipos dependem da movimentação existente na área detransformação da indústria, que pode ser do produto, das máquinas ou das pessoas.

      Leiaute por Produto ou Linear. 

    É o tipo aplicado em indústrias que operam em linha de montagem. As máquinassão dispostas de acordo com a sequência de operações a serem realizadas até aobtenção do produto. O material a ser transformado movimenta-se, enquanto asmáquinas permanecem fixas.

    Como exemplo, apresentam-se as montadoras de automóveis, fábricas deeletrodomésticos e refinarias de petróleo.

      Leiaute por Processo ou Funcional. 

    É o leiaute em que as máquinas são agrupadas em seções específicas para realizaroperações semelhantes em um mesmo local. O material movimenta-se através deseções especializadas.

    Como exemplo, apresentam-se as fábricas de sapatos, indústrias têxteis e indústriasmecânicas.

      Leiaute Posicional ou Fixo. 

    É o leiaute em que o produto fica parado, enquanto operadores e máquinas semovimentam, pois é contraproducente movimentá-lo.

    Como exemplo, apresentam-se a fabricação de navios, de grandes máquinas e aconstrução civil.

    4.4 – Cálculo de Superfície (St).

    A verificação da área necessária para a acomodação de equipamentos exige o uso detabelas e quadros fornecidos por seus fabricantes e, também, alguns conceitos e cálculosrelacionados como:

      A área ocupada por um equipamento não é somente aquela que fisicamenteocupa.

      As máquinas requerem operadores e materiais, logo a área efetivamenteocupada é aquela utilizada por ela, pelos operadores e pelos materiais.

    A área que determinado equipamento ocupa é a soma das três superfícies seguintes:

      Superfície estática (Se): 

    É aquela projetada no chão pelo equipamento. É o tamanho do equipamento.

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      Superfície de Utilização (Su):

    É o espaço em torno do posto de trabalho necessário ao operador doequipamento e para depósito de materiais indispensáveis à execução das operações.É calculada pelo produto da superfície específica (Se)  pelo número de lados (N) pelos quais o operador utiliza o equipamento, ou seja: Su = Se x N.

      Superfície de Circulação (Sc):

    É o espaço necessário para a circulação de materiais entre postos de trabalho.Calcula-se aplicando a fórmula: Sc = K (Se + Su) , onde K  é o coeficiente decirculação que pode variar entre 0,5 e 1,5, em função do tipo de equipamento, dotransporte, do produto, da matéria prima, do número de operadores por máquina

    ou do número de máquinas por operador, etc.A superfície total (St) é a soma dessas três superfícies supracitadas. Então:

    St = Se + Su + Sc 

    Figura 01 – Layout de fábrica de blocos de concreto.

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    Capítulo 5: Normalização.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Reconhecer as vantagens decorrentes da normalização.

      Reconhecer a estrutura da ABNT.

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    5 – Normalização.

    5.1 – Conceitos e objetivos.

    Normalizar é especificar, unificar e simplificar. Tem por objetivo substituir vários objetosempregados para uma mesma finalidade por um único, que deve atender às mesmasnecessidades dos que substitui e limitar o número de especificações para um mesmo objeto.

    Toda norma deve atender, simultânea e harmoniosamente a três requisitos:

      Especificação: significa descrever com precisão as características do objeto a sernormalizado, de modo que impeça dúvida e assegure a qualidade.

      Unificação: significa escolher entre várias características, aquelas mais usadas emais convenientes, afim de permitir uso polivalente.

      Simplificação: significa eliminar as variedades de objetos considerados inúteis paraas necessidades presentes.

    5.2 – Vantagens da Normalização.

    Os produtos, as especificações, os métodos de ensaio, os processos de fabricação, aterminologia, a simbologia, enfim tudo que for normalizado apresenta uma ou mais dasseguintes vantagens:

      Facilidade de interpretação e comunicação.

      Aumento da quantidade fabricada, gerando uso de processos e métodosaperfeiçoados, redução de custos e melhoria de qualidade.

      Intercâmbio de peças avulsas.

      Diminuição de estoques através da facilidade de encontrar no mercado o que senecessita, diminuição da variedade de produtos semelhantes, facilidade deestocagem por serem conhecidas as especificações dos produtos.

    5.3 – SINMETRO E ABNT.

    No Brasil, a Associação Brasileira de Normas de Técnicas (ABNT) é o grande FórumNacional de Normalização. Com a Instituição do Sistema Nacional de Metrologia, Normalizaçãoe Qualidade Industrial (SINMETRO), o entrosamento das normas técnicas nacionais conquistamposição de destaque no cenário econômico e industrial brasileiro e faz integração com a políticade desenvolvimento nacional.

    O SINMETRO é composto por entidades públicas e privadas que exercem as referidasatividades. O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial(CONMETRO) é o órgão normativo do sistema. O Instituto Nacional de Metrologia,Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) é o órgão executivo do sistema.

    O SINMETRO é composto por entidades públicas e privadas que exercem as referidasatividades. O Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

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    (CONMETRO) é o órgão normativo do sistema. O Instituto Nacional de Metrologia,Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO) é o órgão executivo do sistema.

    5.4 – Estrutura das Normas.

    Independente do seu tipo devem constar em uma norma:

      Identificação.  Elementos preliminares.  Texto, que compreende capítulos gerais e/ou capítulos específicos.  Elementos complementares.

    A identificação é composta de:

      Título. 

    Tipo.  Classificação e numeração.  Mês e ano de registro.

    O título de uma norma dado pela Comissão de Estudos deve ser escrito com letrasmaiúsculas, no singular e tão curto quanto o permitam a clareza e a distinção inconfundível comoutras normas.

    O tipo da norma dado pela Comissão de Estudos deve ser colocado no cabeçalho e nalinha seguinte à do título, em letras minúsculas, exceto a primeira, que deve ser maiúscula.

    A indicação da classificação e da numeração são atos do INMETRO.

    Os elementos preliminares são dispostos na primeira página da norma e são:

      Cabeçalho.  Sumário, quando necessário.  Rodapé.

    O cabeçalho de uma norma contém:

      Logotipo da ABNT.

     

    Título com a indicação do Tipo.  Identificação numérica.  Data (mês e ano) do registro.

    Quando necessário, para facilitar a consulta, a norma deve ter um sumário colocado logoabaixo do cabeçalho e antes do primeiro capítulo do texto. No sumário devem constar apenas ostítulos dos capítulos, anexos e índices alfabéticos (se houver).

    No rodapé, na primeira página de uma norma devem constar:

      O(s) número(s) dos documento(s) da ABNT e a indicação do órgão que a elaborou

    – Comitê Brasileiro (CB) e Comissão de Estudos (CE) – com seu(s) título(s).  Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial.

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      A última edição da própria norma que ela cancela e substitui, colocando-se otítulo somente quando houver mudança em relação à edição anterior.

      Outras normas que ela cancela e substitui.

     

    A(s) palavra(s) chave.  O número da classificação decimal universal (CDU).  O total de páginas (texto mais anexos).  ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).  Data de publicação no DOU (Diário Oficial da União) a ser indica pelo INMETRO.  Classificação de registro a ser indica pelo INMETRO.

    O texto contém as prescrições da norma e apresenta-se subdividido em seções e,eventualmente, alíneas e subalíneas, incluindo também figuras, tabelas, notas e anexos.

    As seções dos textos são numeradas progressivamente em algarismos arábicos.

    Folha de rosto de uma Norma Brasileira

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    Capítulo 6: Legislação Aplicada ao Trabalho.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Verificar e reconhecer os aspectos fundamentais da legislação trabalhista.

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    6  - Legislação Aplicada ao Trabalho.

    6.1 – Aspectos Fundamentais.

    6.1.1 - Contrato de Trabalho:  é o compromisso recíproco entre empregado eempregador.

      Empregado: pessoa física que presta serviços de maneira não eventual aempregador, sob a dependência deste e mediante salário.

      Empregador: toda empresa individual ou coletiva que, assumindo os riscos deatividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.

    Cabe ao empregado: dentre outras obrigações, acatar os regulamentos, normas usuais,instruções de serviço e ordens, desde que legais, emanadas pelos representantes da empresa.

    Cabe ao empregador: dentre outras obrigações, cumprir as disposições legais, asconvenções e os acordos coletivos de trabalho, as sentenças normativas, bem como seus própriosregulamentos.

    6.1.2 - Estagiários: 

    A Lei N.° 11.788, de 25/09/2008, define, classifica e estabelece as relações de estágio nasempresas a serem integradas por alunos oriundos das Instituições de Ensino Superior e Técnicasde Nível Médio. O estagiário pode ser admitido mediante condições acertadas com as instituiçõesde Ensino, através de Contrato de Complementação Educacional, em que deve constar aduração, objeto e valor da bolsa oferecida pela empresa e horário do estágio.

    Em seu Art. 1˚, define Estágio como ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido noambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos queestejam frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educaçãoprofissional de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, namodalidade profissional da educação de jovens e adultos.

    6.1.3 - Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS): 

    A CTPS é obrigatória para o exercício de qualquer emprego regido pela Consolidação dasLeis do Trabalho (CLT). Para sua obtenção são necessários: Certidão de Nascimento oudocumento legal que a substitua; duas fotografias 3x4; Título de Eleitor para brasileiros maioresde 18 anos de idade; e quitação com o serviço militar para brasileiros do sexo masculino entre 18 e45 anos de idade.

    Para o caso de estagiários, a CTPS é emitida mediante apresentação de documentospessoais, declaração de estágio emitida pela empresa e declaração de matrícula emitida pelainstituição.

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    Capítulo 7: Chefia e Liderança.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Verificar e reconhecer que o êxito da liderança e das relações interpessoais temíntima relação com o desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e atitudesadequados ao grupo, à situação e aos objetivos comuns.

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    7 – Chefia e Liderança.

    7.1 – Introdução. 

    A qualidade de chefia e liderança é a capacidade de dirigir e comandar um grupo ou aprópria vida. Será um dom ou uma habilidade que pode ser desenvolvida?

    Qualquer pessoa pode aprender a ser chefe e tornar-se líder, quando a circunstância seapresenta. A liderança é um dom presente em todos os seres humanos, que pode ser lapidado edesenvolvido para que aflore e seja utilizado em toda a sua plenitude.

    Todo chefe deve ser capaz de exercer liderança, de conduzir seu grupo, seja eleprofissional ou familiar. E isso se aprende e exercita.

    Preparar-se para chefiar com conhecimento e justiça lhe dará confiança em sua carreiraprofissional e em sua vida pessoal e poderá tornar você um líder. Aprenda a estimular e motivar

    uma equipe.Saiba como se comportar numa posição de chefia e aprenda como estabelecer e manter

    a distância certa entre ser líder e ser amigo. Ser chefe não significa estar só nem afastar-se doscompanheiros ou perder sua amizade. Desenvolva um bom relacionamento entre as pessoas desua equipe.

    Os conhecimentos adquiridos durante o aprendizado de Chefia e Liderança podem seraplicados por todas as pessoas em todas as áreas. Não é necessário ser líder de um grupo paraaplicar os princípios da liderança, nem estar numa posição de chefia no trabalho. Quando duasou mais pessoas se juntam com um objetivo em comum, seja na vida profissional ou pessoal, estáaberta a possibilidade de uma exercer liderança, cabe a você decidir qual das duas pessoas querser.

    7.2 – Conceitos.

    Chefia é a arte de influenciar o comportamento humano e a capacidade de conduzirhomens. Essa arte se fundamenta na compreensão, na análise, na previsão e no controle dasnoções humanas. Para o seu bom êxito também se exigem, vontade de chefiar e qualidades decaráter que inspirem confiança.

    Liderança, para Cartwright, é a realização de funções necessárias e a adaptação àsituações mutáveis”. De acordo com essa concepção, os grupos são flexíveis na atribuição dasfunções de liderança a diferentes membros, de acordo com as mudanças de condições.

    Os líderes eficientes são sensíveis às transformações de condições de seus grupos e flexíveisna adaptação de seu comportamento às novas exigências. Pode-se esperar o aperfeiçoamentode liderança, não a partir do aperfeiçoamento de líderes separados do grupo, mas através damodificação das relações entre os líderes e os outros participantes do grupo.

    Não tem cabimento, então, falar-se de líder “nato” ou “qualidade de líder”, uma vezque somente a circunstância dirá que membro do grupo, naquela ocasião, é o mais indicadopara assumir a liderança. Para Piaget se a todos os membros de um grupo é permitido assumir aliderança de acordo com a relação “aptidão-circunstância”, o grupo estará mais bem provido deelementos de sobrevivência e de êxito; quanto mais móvel a regulação, maior o nível deestruturação da totalidade.

    A cada tipo de liderança corresponde uma qualidade que lhe serve de base.

      Liderança coercitiva: poder.

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      Liderança distributiva: autoridades.  Liderança executiva: competência.  Liderança reformista: fé.

     

    Liderança educativa: responsabilidade.  Liderança inspiradora: exemplo.

    7.3 – Relações Interpessoais.

    A comunicação entre as pessoas, hoje, é um dos aspectos que ganha muito destaque porsua relevância em nossa qualidade de vida. Não são raras às vezes que assistimos assustados aepisódios nos telejornais, expondo situações corriqueiras, próprias do nosso cotidiano, queterminam em ações violentas, chegando, por vezes, às ultimas consequências. Tudo isso gera umformato social preocupante, onde o imediatismo, a intolerância com a dificuldade, seja ela emque grau for, vai assumindo a tonalidade predominante nas relações interpessoais.

    A sociedade, portanto, não é uma "entidade", um "ser", mas sim uma reunião das pessoas,e estas sim, é que determinam as características que a sociedade terá. Se desejarmos umasociedade diferente, teremos que mudar as pessoas; a maneira de pensar e sentir, para que sepossa alterar a conduta, já que são essas maneiras de ser que determinam o comportamento doser humano. Sem dúvida a linguagem é a principal forma de comunicação e transmissão doconhecimento, ideias, crenças e até emoções.

    O ambiente em que se vive certamente se reflete no ser humano. Podemos, por exemplo,observar um Shopping Center e a maneira como as pessoas normalmente se comportam quandoestão lá dentro, a limpeza, o clima, a decoração, as pessoas bem vestidas ou não, fazem com que

    ajamos de certa maneira.Portanto, podemos dizer que o ambiente de trabalho também pode influenciar o

    comportamento das pessoas e influenciar nas relações interpessoais e supostamente nosresultados das empresas em todos os sentidos.

    A interação, em qualquer ambiente que seja, nasce da aceitação, desprendimento eacolhimento, e no mundo atribulado em que vivemos às vezes não nos damos conta disto.Relacionar-se é dar e receber ao mesmo tempo. É abrir-se para o novo. Passamos mais tempoem nosso ambiente de trabalho do que em nosso lar, e ainda assim não nos damos conta decomo é importante estar em um ambiente saudável, e o quanto isto depende de cada um denós.

    7.4 – Formação de Grupos.

    Primeiramente, devemos entender o que é um grupo. Para ROBBINS (2005, pag.186)“um grupo é definido como dois ou mais indivíduos interdependentes que se reúnem visando àobtenção de um determinado objetivo”, podendo ser grupos formais ou informais.

    Os grupos formais, segundo CHIAVENATO (2005, pag.280) são estabelecidos pelaorganização, que atribui tarefas específicas a eles. Esse tipo de grupo tem como finalidadealcançar os objetivos organizacionais. Dividem-se em grupos de comando, grupos de tarefas egrupo temporários com prazos definidos.

    Um grupo de comando, para ROBBINS (2005, p.186) “é determinado pelo organogramada organização. É composto por pessoas que se reportam diretamente a um executivo.” 

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    CHIAVENATO (2005, p.201) conceitua grupos de tarefas como aqueles tambémdeterminados pela organização “formados por pessoas que se juntam para executardeterminada tarefa [...]. Contudo, não se limitam à área de seu superior imediato e podeultrapassar as relações de comando.”. 

    Os grupos temporários, como o próprio nome diz, “são formados para a execução decertas tarefas organizacionais com prazos definidos de duração, como as comissões”, comentaCHIAVENATO (2005, pag.281).

    Já os grupos informais, como explica CHIAVENATO (2005, pag.281), “surgemespontaneamente graças às relações de interação entre as pessoas. Sua natureza é tipicamentesocial. Ocorrem naturalmente no ambiente de trabalho em resposta a necessidade de contatosocial.” Podem ser: grupos de interesse, grupos de amizade e coalizões.  Um grupo de interesse, na ótica de ROBBINS (2005, p.186) acontece quando as pessoas sereúnem para atingir um determinado objetivo comum a todos.

    Os grupos de amizade, na concepção de CHIAVENATO (2005, p.282) “são grupos de pessoas queultrapassam o ambiente de trabalho para manter relacionamentos sociais.” As coalizões, de acordo com os grupos de amizade, na concepção de CHIAVENATO (2005, p.282)“são entidades separadas, poderosas e eficazes dentro das organizações.” 

    7.4–Comportamento nos Pequenos Grupos.

    O Pequeno Grupo é um mecanismo essencial da socialização e uma fonte importante daordem social.

    Há fortes indícios que o pequeno grupo proporciona a maior fonte de valores e atitudesque uma pessoa possui. Os papéis aprendidos por uma criança através de sua família ou de seugrupo de amigos de infância serão os exemplos seguidos em outras situações futuras de sua vida.

    A definição mais clara e aceita para pequenos grupos é que ele constitui-se da interaçãoentre duas ou mais pessoas.

    Não existe um numero exato de componentes para que seja considerado como pequenogrupo, entretanto os grupos estudados geralmente não passam de quinze pessoas. Deve sergrande a ponto de apresentar características de grupo e pequeno para que seus membrostenham sensação de identidade.

    À medida que o pequeno grupo cresce, atinge um limite superior em que se altera, demodo que seus membros estabelecem regras e regulamentos formais, e o grupo se torna maisparecido com uma organização formal do que um pequeno grupo.

    A compreensão do comportamento individual e dos pequenos grupos em situação detrabalho constitui o campo de estudo do Comportamento Organizacional. De modo particular,investiga as questões relacionadas com liderança e poder, estruturas e processos de grupo,aprendizagem, percepção, atitude, processos de mudanças, conflitos e dimensionamento detrabalho, entre outros temas que afetam os indivíduos e as equipes nas organizações, comopersonalidade, coletividade, autonomia, competência, liderança, individualismo e motivação.

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    Capítulo 8: Conhecendo o Empreendedorismo.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Definir empreendedorismo, em seus diferentes momentos históricos.

      Verificar e compreender seus efeitos sobre processo produtivo.

      Analisar o empreendedorismo historicamente com vistas à compreensão de seusefeitos sobre a economia mundial.

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    8 – Conhecendo o Empreendedorismo.

    8.1 – Definição. 

    Historicamente, empreendedorismo tem sido definido como uma maneira diferenciadade alocação de recursos e otimização de processos organizacionais, sempre de forma criativa,visando à diminuição de custos e melhoria de resultados. Percebe-se ainda que o termo éconstantemente relacionado à criação de novos negócios, geralmente micro e pequenasempresas. Por trás destes negócios estão indivíduos diferenciados, conhecidos porempreendedores.

    O conceito "Empreendedorismo" foi popularizado pelo economista JosephSchumpeter em 1950. Segundo ele, o empreendedor é alguém versátil, que possui as habilidadestécnicas para saber produzir, reunir recursos financeiros, organizar as operações internas erealizar as vendas de sua empresa. Schumpeter chegou a escrever que a medida para umasociedade ser considerada capitalista é saber se ela confia seu processo econômico ao homem de

    negócios privado.Uma das definições mais aceitas hoje em dia é dada pelo estudioso de

    empreendedorismo, Robert Hirsch, em seu livro “Empreendedorismo”. Segundo ele,empreendedorismo é o processo de criar algo diferente e com valor agregado, dedicando tempoe o esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, psicológicos e sociais correspondentes erecebendo as consequentes recompensas da satisfação econômica e pessoal.

    A satisfação econômica é resultado de um objetivo alcançado (um novo produto ouempresa, por exemplo) e não um fim em si mesma.

    8.2 – Visão do Processo Histórico Produtivo.

    O “velho” modelo econômico da era da manufatura, anterior à Revolução Industrial,dirigido pelos modelos clássicos, tinham como características principais:

      recursos materiais escassos;  o meio de transformação era a força de trabalho, baseada no poder dos músculos;  pouca rentabilidade;  pequenas economias de escala;  ativos físicos, que são bens palpáveis transformados em valor monetário

    mensurável; e  sobrevivência dos maiores.

    Entretanto, no “novo” modelo econômico , da era da inovação empreendedora, dirigidopor novos modelos de negócios, tem por características:

      recursos escassos são imaginação e conhecimento;  retornos maiores;  baixas barreiras de entrada;  ativos intelectuais;  poder do conhecimento; e  sobrevivência dos mais rápidos.

    8.3 – Visão Econômica de Hoje.

    O empreendedorismo hoje é visto como uma forma diferenciada de empreender egerenciar recursos e capital da empresa no mercado. O problema é como aliar a nova visãoestratégica no mundo contemporâneo junto ao empreendedorismo.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeterhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Joseph_Schumpeter

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    O mundo contemporâneo dispõe de muitas informações rápidas e precisas. O mercado éágil e para tanto o empreendedorismo apresenta um novo pensamento estratégico para ademanda na qual vivemos atualmente. A importância da nova estratégia se faz necessária vistoque apresenta caminhos alternativos para o desenvolvimento e crescimento organizacional.O empreendedorismo auxilia como uma nova forma de estratégia de gestão executiva àempresa, resultando em diferencial para o produto/serviço oferecido ao cliente gerando por suavez valor, inovação e forte impacto positivo às necessidades mercadológicas exigidas à épocacontemporânea.

    8.4 – Histórico do Empreendedorismo no Mundo.

    Análise Histórica.

    A palavra empreendedor, do francês, entrepreneur  , significa aquele que assume riscos ecomeça algo novo.

    Século XVII.Os primeiros indícios de relação entre assumir riscos e empreendedorismo ocorreram nessaépoca, em que o empreendedor estabelecia um acordo contratual com o governo para realizaralgum serviço ou fornecer produtos. Richard Cantillon, importante escritor e economista doséculo XVII, é considerado por muitos como um dos criadores do termo empreendedorismo, tendosido um dos primeiros a diferenciar o empreendedor (aquele que assume riscos), do capitalista(aquele que fornecia o capital).

    Século XVIII.

    Nesse século o capitalista e o empreendedor foram finalmente diferenciados,provavelmente devido ao início da industrialização que ocorria no mundo, através da Revolução

    Industrial. Séculos XIX e XX.

    No final do século XIX e início do século XX, os empreendedores foram frequentementeconfundidos com os administradores (o que ocorre até os dias atuais), sendo analisadosmeramente de um ponto de vista econômico, como aqueles que organizam a empresa, pagamempregados, planejam, dirigem e controlam as ações desenvolvidas na organização, mas semprea serviço do capitalista.

    Empreendedorismo no Brasil.

    No Brasil, o empreendedorismo começou a ganhar força na década de 1990, durante aabertura da economia. A entrada de produtos importados ajudou a controlar os preços, umacondição importante para o país voltar a crescer, mas trouxe problemas para alguns setores quenão conseguiram competir com os importados, como foi o caso do setor de brinquedos e deconfecções, por exemplo. Para ajustar o passo com o mundo, o país precisou adaptar-se.Empresas de todos os tamanhos e setores tiveram de se modernizar para poder competir e voltara crescer.

    O governo iniciou uma série de reformas, controlando a inflação, ajustando a economia e,em poucos anos, ganhou estabilidade, planejamento e respeito no cenário mundial e a economiavoltou a crescer. No ano 2000 foi registrado um milhão de novos postos de trabalho, investidoresde outros países voltaram a aplicar seu dinheiro no Brasil e as exportações aumentaram. 

    http://www.blogger.com/wiki/Industrializa%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3ohttp://www.blogger.com/wiki/Revolu%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o_Industrialhttp://www.blogger.com/wiki/Revolu%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o_Industrialhttp://www.blogger.com/wiki/Revolu%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o_Industrialhttp://www.blogger.com/wiki/Revolu%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o_Industrialhttp://www.blogger.com/wiki/Industrializa%C3%83%C2%A7%C3%83%C2%A3o

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    Prof. Gustavo da Silva Salles, Curso Técnico de Edificações, Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho.  Página 38 

    Capítulo 9: Empreendedor no Mundo dos Negócios.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Verificar a ação do empreendedor no mundo dos negócios no cenário globalizado.

      Identificá-lo como unidade de negócio.

      Compreender a dinâmica dos negócios na atualidade.

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    Prof. Gustavo da Silva Salles, Curso Técnico de Edificações, Notas de Aula de Organização e Normas de Trabalho.  Página 39 

    9 – Empreendedor no Mundo dos Negócios.

    “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente através daintrodução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização, ou pelas

    exploração de novos recursos e materiais.” , Joseph Shumpeter (1949).“É aquele que faz acontecer, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da

    organização.”, José Dornelas (2001). 

    9.1 – O Empreendedorismo e a Globalização.

    Tal como foi nos tempos primitivos, quando o homem das cavernas descobriu comomoldar o barro, trabalhando a argila e fabricando os primeiros utensílios de cerâmica, a açãoempreendedora do homem possibilitou-lhe intervir, transformar e dominar o meio ambientecriando e inovando, avançando sempre na busca de novos patamares de produção, de melhores

    níveis de qualidade de vida.Foi a manifestação e o exercício desta ação, demonstrada por nossos antepassados, que

    fez a humanidade perpetuar-se; e, por isso, renascer continuamente em nosso meio. A sociedademoderna, cada vez mais urbanizada, necessita de pessoas empreendedoras, capazes de criarempresas privadas ou qualquer outro tipo de organização, para gerar bens e serviços destinadosa satisfazer as necessidades de uma população mundial crescente.

    Quem decide criar uma empresa, especialmente neste início do século XXI, temimportância vital para a nossa sociedade, pois são grandes os desafios, como o aumento daprodução de alimentos, a construção de habitações, a fabricação de medicamentos, entre outrasprioridades. Superá-los requer a ação decisiva de empreendedores dispostos a capitanearempresas industriais, comerciais e de serviços.

    Deste modo, o empreendedor está agindo dentro de um contexto internacional muitodiferente daquele vivido pelos empresários pioneiros das primeiras décadas do século passado. Asmudanças no ambiente internacional estimulam cada vez mais a integração econômica entrepaíses. A formação dos blocos econômicos, por exemplo, ampliam as fronteiras do comércio ecriam zonas multipaíses de livre mercado.

    A exemplo disso, há o MERCOSUL, o NAFTA, além da União Europeia, que possibilitam otrânsito facilitado de pessoas e produtos, ou seja, uma oportunidade de expansão. Podercompetir em um mercado supranacional leva os empreendedores a disputarem um contingentede consumidores sem os entraves alfandegários convencionais.

    Ao mesmo tempo em que criam oportunidades, os megamercados fazem com que aconcorrência interna de cada país seja acirrada. Há, então, uma tendência mundial para aabertura do comércio, mesmo interblocos.

    A busca do livre mercado entre os povos vem, também, consolidando-se no cenáriomundial. Neste contexto de economia globalizada, o desafio dos empreendedores já atuantes ede pessoas que estão pensando em iniciar seu empreendimento agora, será desenvolver acapacidade de criar uma empresa verdadeiramente competitiva.

    Os produtos ou serviços que a empresa vai oferecer à clientela terão de ser produzidosdentro de padrões de qualidade do mercado mundial. Os preços dos produtos a serem cobradosa clientes e os serviços prestados terão de ser iguais ou melhores que aqueles oferecidos porempresas similares, atuantes em outros países.

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    9.2 – O Empreendedor como Unidade de Negócio. 

    A maioria das empresas atua em negócios que podem envolver variados segmentos. Porvezes alguns segmentos são altamente lucrativos e outras vezes não.

    A administração da empresa como um todo, sem levar em conta os desempenhosindividuais das unidades, não possibilita a avaliação do negócio em cada segmento daí anecessidade das empresas adotarem o gerenciamento por unidade de negocio.

    A segmentação visa o melhor gerenciamento dos subnegócios e pode se dar de váriasformas. Cada empresa deve, levando em conta suas características próprias, buscar o melhormodelo divisional de gerenciamento. Por vezes a segmentação é mais ou menos clara visto queos negócios são específicos.

    9.3 – A Dinâmica dos Negócios na Atualidade.

    O empreendedor atual que se inicia no mundo dos negócios está entrando em um terrenodesconhecido. Aventura-se nele contando às vezes apenas com sua própria coragem edeterminação. Está disposto a reunir recursos, geralmente escassos, organizando-os de formaprodutiva para gerar bens e serviços, que serão consumidos pelos clientes. Põe-se à frente deuma empresa e a organiza cuidadosamente, de modo a que sobreviva e cresça ao longo dosanos.

    O sonho do verdadeiro empreendedor é estruturar um negócio que resista àaposentadoria do seu criador. Obedecendo à dinâmica do mercado, em constante mudança,uma pessoa jurídica também evolui, se modifica e até se transforma, tem tempo de vidaindefinido, pois não obedece às limitações da vida biológica.

    As empresas precisam se munir de informações, crédito, tecnologias e recursos, arcabouço jurídico, flexibilidade, em suas mais diversas formas, para que resistam às adversidades e seperpetuem diante à dinâmica dos negócios na atualidade.

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    Capítulo 10: Modelo de Empreendedorismo.

    Objetivos:

    Após estudar este capítulo, o discente deverá estar apto a:

      Compreender as nuances de negócio com o objetivo de criar um plano denegócios, voltado à demanda de mercado e à competitividade.

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    10 – Modelo de Empreendedorismo.

    10.1 – Modelo de Plano de Negócios.

    A elaboração de um Plano de negócio é fundamental para o empreendedor, nãosomente para a busca de recursos, mas, principalmente, como forma de sistematizar suas ideias eplanejar de forma mais eficiente, antes de entrar de cabeça em um mercado semprecompetitivo.

    O seu Plano de Negócio deve ajudá-lo a responder questões importantes relativas ao seunegócio antes de seu lançamento. Não são incomuns mudanças profundas no projeto ou atémesmo o abandono da ideia inicial, quando se começa a pesquisar e checar as suposições iniciaispara a montagem do Plano de Negócio. É justamente aí, que reside o seu valor: é muito maisfácil modificar um negócio que está apenas no papel do que quando sua empresa já está ativacom o comprometimento de parcela expressiva de seus recursos.

    Para auxiliar na montagem do plano é importante um modelo que sirva como uma

    espécie de roteiro na construção de seu Plano de Negócio. A partir da posse do modelo de planode negócio você pode imediatamente começar a trabalhar em seu projeto.

    O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, SEBRAE, disponibiliza em sesítio na rede mundial de computadores uma cartilha que esclarece uma diversidade de dúvidaspertinentes à elaboração do Plano de Negócio.

    http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/$File/NT000361B2.pdf

    10.2 – Análise do Mercado e Competitividade.

    Tal análise tem por objetivos efetivar um levantamento de informações sobre o mercadopotencialmente fornecedor para a solução pretendida com vistas a:

      identificar e avaliar os recursos disponíveis no mercado, especialmente no mercadolocal, e as possibilidades de ampliação da competitividade, sem perda deeconomia de escala;

      levantar os preços correntes do mercado;  levantar as condições de aquisição e pagamento usualmente praticadas pelo setor

    privado;   levantar os padrões de desempenho e qualidade usualmente adotados no

    mercado; e 

    estimar a homogeneidade ou heterogeneidade entre os fornecedores quanto àpossibilidade de uso do direito de preferência nos casos de empate e/ou parainserção de mecanismos de estímulo às micro e pequenas empresas. 

    As análises de mercado e competitividade poderão utilizar, entre outras, as seguintesfontes de informação:

      consultas aos fornecedores;   consultas a outros entes adquirentes de solução semelhante;   cadastros de preços mantidos pelo Poder Público (Sinapi/CEF);

    cadast os de p eço dos fo ecedo es e

    http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/$File/NT000361B2.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/$File/NT000361B2.pdfhttp://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-1http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-1http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-3http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-3http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-3http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-8http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-9http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-9http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-8http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-6http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-5http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-4http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-3http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-2http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-1http://www.ticontrole.gov.br/portal/page/portal/ticontrole/legislacao/repositorio_contratacao_ti/001.002.050.107.186.html#Fund97-1http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/$File/NT000361B2.pdfhttp://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/797332C6209B4B1283257368006FF4BA/$File/NT000361B2.pdf