notaer - janeiro de 2016

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SGT PAULO REZENDE / CECOMSAER ANIVERSÁRIO DA FAB - Há 75 anos, as asas protegem o País (Pág. 10) www.fab.mil.br Ano XXXIX Nº 1 Janeiro, 2016 ISSN 1518-8558 #éissoqueimporta SERVIÇO SEU DINHEIRO Conheça a história inspiradora da Sargento Juliana que superou dificuldades na infância e se tornou atleta de alto rendimento da FAB (Pág. 05) Saiba quais os documentos necessários e procedimentos para solicitar o ressarcimento de material escolar (Pág. 04) O que importa pra você? Saiba mais sobre a nova campanha institucional da FAB (Págs. 8 e 9) Você tem metas para 2016? Veja como se planejar para conquistas a curto prazo. (Pág. 13) # éissoqueimporta

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Força Aérea Brasileira

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Page 1: NOTAER - Janeiro de 2016

SGT

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ANIVERSÁRIO DA FAB - Há 75 anos, as asas protegem o País (Pág. 10)

www.fab.mil.br Ano XXXIX Nº 1 Janeiro, 2016 ISSN 1518-8558

#éissoqueimportaSERVIÇO SEU DINHEIRO

Conheça a história inspiradora da Sargento Juliana que superou dificuldades na infância e se tornou atleta de alto rendimento da FAB (Pág. 05)

Saiba quais os documentos necessários e procedimentos para solicitar o ressarcimento de material escolar (Pág. 04)

O que importa pra você? Saiba mais sobre a nova campanha institucional da FAB (Págs. 8 e 9)

Você tem metas para 2016? Veja como se planejar para conquistas a curto prazo. (Pág. 13)

#éissoqueimporta

Page 2: NOTAER - Janeiro de 2016

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

Fale com a gente!Fale com a gente!

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2 Janeiro - 2016

CARTA AO LEITOR

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltada ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Editoras: Tenente Jornalista Emília Maria (MTB 14234RS) e Tenente Jornalista Cyn-thia Fernandes (MTB 2607GO).

Repórteres: Ten JOR Cynthia Fernandes, Ten JOR Evellyn Abelha, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Iris Vasconcellos,Ten JOR Raquel Sigaud, Ten JOR João Elias, Ten JOR, Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR Raquel Alves, Ten REP Fabiana Cintra, Ten JOR Jussara Peccini, Ten JOR Flávio Nishimori.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Revisão: Ten JOR Gabrielli Dala Vechia, Ten JOR João Elias e Ten JOR Jussara Peccini.

Diagramação e Arte: SO Cláudio Ramos, SGTs Emerson Linares, Santi ago Mora-es, Lucemberg Nascimento, Subdivisão de Publicidade e Propaganda.

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Comentários e sugestões de pauta so-bre aviação militar devem ser enviados para: [email protected] dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Expediente

O acesso à informação é o processo mais democrático que o mundo já experimen-tou. Essa percepção também se reflete no cotidiano da sociedade brasileira, onde é cada vez mais comum as pessoas fazerem uso da in-ternet e das redes sociais, principalmente por meio de aparelhos celulares e tablets.

O volume de dados que circulam e são acessados livremente é quase incomen-surável; mas, muitas vezes, a proteção do conhecimento é essencial para o sucesso, especialmente na área mi-

litar. No entanto, está cada vez mais difícil manter dados protegidos, e os vazamentos têm aumentado.

Além dessa preocupação, requer cautela o uso indiscri-minado de dispositivos mó-veis, sobretudo smartphones, por indivíduos no cumprimen-to de serviços de escala (pre-vistos no RISAER) ou quais-quer outros, que envolvam ati vidades essenciais ou que requeiram um adequado nível de alerta situacional.

Tal conduta tem afetado notoriamente o bom desem-penho na missão, devido aos

constantes descuidos em matéria de segurança e na execução dos procedimen-tos previstos. Ocorre que, quando se faz uso desses dispositivos móveis, tem-se a atenção nas tarefas fun-cionais reduzida.

Vazamentos de informa-ções e desatenção no serviço são tão prejudiciais às organi-zações que demandam ati tudes enérgicas. Por isso, as mais avançadas forças aéreas, po-lícias militares, bem como im-portantes empresas nacionais e internacionais já adotaram providências restriti vas para o

uso de aparelhos celulares e ta-blets no ambiente de trabalho.

Nesse senti do, com vistas ao fortalecimento da mentali-dade de segurança no âmbito das OM’s do COMAER, e a fi m de se evitar eventuais proble-mas advindos do uso inopor-tuno e indevido de dispositi vos móveis, o CIAER recomenda a leitura, a divulgação e a aplicação das medidas con-tidas na ICA 200-17/2015 (UTILIZAÇÃO DE DISPOSITIVOS MÓVEIS NO COMAER), publi-cada no BCA nº 212, de 19 de novembro de 2015. (Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

Tem um comentário, sugestão de reportagem

ou crítica?

Aguardamos seu email [email protected]

2016 chegou com os ares que todo novo ano traz: desafios, desejos, planos e renovação.

É nesse clima que traze-mos mais uma edição do jor-nal Notaer, com informações que interessam ao efeti vo e aos familiares.

Seguindo a linha de nos-sa campanha institucional – #éissoqueimporta, que você pode conhecer e entender me-lhor na reportagem das páginas centrais – vamos apresentar, ao longo do ano, histórias de militares que fazem a diferença, seja no trabalho ou fora dele.

Nossa capa reproduz uma das imagens apresentadas na campanha. Ela destaca o impor-tante trabalho de um de nossos

militares da Saúde junto a um pequeno indígena, mostrando o alcande da FAB para o Brasil e os brasileiros. Além disso, traz também a ideia do novo, do nascimento, da renovação que o início do ano merece.

Em 2016, queremos ins-pirá-lo a refl eti r sobre o que realmente importa em sua vida, por meio de reportagens que vão mostrar exemplos de superação, dedicação e preo-cupação com o outro e com o meio em que vivemos.

Este mês, a Força Aérea Brasileira completa 75 anos de criação. E nossa home-nagem a essa data vem por meio de uma matéria que mostra como a vida de um de nossos militares se mistura

aos anos em que ele serviu à Aeronáuti ca. Sua história é uma entre tantas de homens e mulheres que dedicaram seu trabalho ao longo da história. Lembremo-nos sempre de que devemos construir o futu-ro valorizando nosso passado.

Finalmente, estamos desta-cando cada vez mais conteúdos de uti lidade práti ca, a exemplo das matérias do espaço “Seu Dinheiro”, que vão mostrar

como alcançar metas de curto, médio e longo prazo nessa e nas próximas edições. Também mostramos como solicitar o ressarcimento de gastos rela-cionados à educação e como se preparar para o próximo Teste de Apti dão do Condicionamen-to Físico (TACF).

Boa leitura!

Brig Ar Pedro Luís FarcicChefe do Cecomsaer

Ano novo, novas oportunidades

Utilização de dispositivos móveis no Comando da Aeronáutica

Page 3: NOTAER - Janeiro de 2016

“O Brasil precisa de nós em muitos

momentos, e sempre estamos lá .

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3Janeiro - 2016

PALAVRAS DO COMANDANTE

“Passou voando”. Essa expressão, tão aeronáuti ca, costuma ser muito repeti da no fi m do ano. De fato, há sempre uma mistura de sur-presa e alívio com a chegada do período, mas isso nada representa além da certeza de que, durante longos me-ses, trabalhamos e vivemos a grande velocidade.

Foi um ano desafi ador. O contexto nacional reduziu

nossos recursos, ao mesmo tempo em que as demandas conti nuaram em níveis eleva-dos. O resultado da conta, tão bem sabido, foi a exigência de uma dedicação ainda maior dos senhores e das senhoras.

Portanto, manifesto meu profundo respeito a todos aqueles que, independente-mente das adversidades, fi ze-ram valer nosso principal obje-ti vo: o cumprimento da missão.

O Brasil precisa de nós em muitos momentos, e sempre estamos lá. Da defesa da sobe-rania do nosso espaço aéreo até o complexo transporte de um paciente com suspeita de ebola, como aconteceu em novembro, a Força Aérea Bra-sileira se faz presente.

Além disso, mantivemos um elevado nível de ades-tramento por meio das mais diversas iniciativas de manu-

tenção operacional.A certeza de contar com

a confi ança do nosso povo e de poder dar respostas efe-ti vas a todas as demandas a nós apresentadas, nos dão a alegria de poder comemorar a chegada do ano novo com senti mento de dever cumpri-do. Muito obrigado!

Feliz 2016!

Page 4: NOTAER - Janeiro de 2016

Militares da ati va, da re-serva, seus dependen-

tes, além de servidores civis do Comando da Aeronáuti ca (COMAER) podem solicitar, a parti r de fevereiro de 2016, o ressarcimento de aquisição de livros, uniformes e ma-terial escolar. Os benefí cios fazem parte do Projeto Edu-cação, que se estende ainda, conforme a ICA 163-1/2014, ao pagamento de mensalida-de escolar e acompanhamen-to pedagógico especializado para crianças com necessida-des especiais.

Para solicitar o ressarci-mento é preciso entrar em con-tato com o Núcleo de Serviço

Social (NUSESO) da região onde o militar trabalha e agendar ho-rário com uma assistente social, que analisará cada situação parti cularmente. A pessoa será orientada a trazer documentos, como cópia do últi mo contra-cheque, relatório individual de dependentes (conseguido por meio do SIGPES), cópias dos comprovantes das despesas mensais, cópia do comprovante de matrícula, lista do material escolar, além de cópias e origi-nais das notas fi scais com o CPF do militar.

“Agendando seu horário e munido de seus documentos, o benefi ciário passará por uma breve entrevista com a assisten-

Fique atento para solicitar ressarcimento do material escolar

te social. Ela recolherá os documentos e realizará um parecer”, explica a Tenen-te Assistente Social Cecília Sobral de Paiva, Chefe da Divisão de Serviço Social do NUSESO-BR.

O Sargento Jairo Cavalcanti pediu o res-sarcimento de material escolar para suas duas fi lhas no ano leti vo de 2015. “Consegui um ressar-cimento de 60% dos gastos relati vos a livros, cadernos e uniformes. Tendo todos os comprovantes e documentos solicitados, o processo é rápi-do”, destaca o sargento.

A assistente social explica

que o atendimento para gastos com educação segue até o mês de abril. Para gastos relati vos a faculdade, o ressarcimento se dá durante todo o ano. “No entanto, o benefi ciário deve trazer a ementa de seu curso a fi m de comprovar a neces-

sidade de compra daquele material bibliográfi co”, ressalta a Tenente Cecília Paiva.

Segundo o NUSESO-BR, em 2014 foram contabilizados um total de 180 militares atendidos. Já em 2015 esse número subiu para mais de 200.

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4 Janeiro - 2016

TACF

SERVIÇO

Anualmente, a Comissão de Desportos da Aero-

náuti ca (CDA) sinteti za os re-sultados do Teste de Avaliação do Condicionamento Físico (TACF) dos militares da FAB. No relatório gerado em 2015 – com dados levantados em 2014 sobre aproximadamente 40 mil pessoas – o que chama a atenção é o nível elevado de militares que apresentam risco cardiovascular.

Quase 40% dos avaliados possuem Índice de Massa

Corporal (IMC) acima do con-siderado normal, aliados a uma circunferência abdominal elevada. Outros 9% apresen-taram níveis altos, muito altos ou extremamente altos de desenvolverem algum ti po de problema cardiovascular.

Segundo a Tenente Grace Sá, educadora fí sica da CDA, a práti ca de exercícios é impor-tante para todas as pessoas, mas em especial para os milita-res. “O condicionamento fí sico é inerente à profi ssão militar e

fundamental para o combate e para desenvolvimento de ati vidades de voo. No entanto, é importante ressaltar, que até mesmo para manter-se senta-do no computador o dia todo, necessitamos de um bom pre-paro fí sico”, afi rma.

Para quem faz parte das

estatísticas e já colocou na lista de objeti vos de 2016 o item “levar uma vida mais sau-dável”, não há como fugir do binômio alimentação equili-brada e exercícios fí sicos – que devem ser uma combinação de treinamentos aeróbicos, fl exibilidade e musculação.

Cerca de 40% dos militares avaliados em 2015 estão com o Índice de Massa Corporal (IMC) acima do normal. Você é um deles?

Prazo vai de fevereiro a abril de 2016

Prepare-se para a próxi-ma avaliação:

- Pratique atividades ae-róbicas (correr, nadar, pe-dalar, etc), no mínimo, três vezes por semana, por 30 minutos.

- Exercícios localizados de-vem ser prati cados no mínimo duas vezes por semana, com uma série de 8 a 10 exercícios que envolvam grandes grupos musculares. Para cada grupo, duas ou três séries de repeti -ções. Isso é fundamental para manutenção da força e massa muscular, o que previne le-sões e dores lombares.

- Não se esqueça da fl e-xibilidade: ela diminui se não for treinada conti nuamente e sua falta pode comprometer até mesmo as ati vidades co-ti dianas simples.

Condicionamento físico é importante o ano todo

Foco na missão: o próximo teste físico acontece em março!

Page 5: NOTAER - Janeiro de 2016

Na foto, à esquerda o tio Turíbio e à direita o pai

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5Janeiro - 2016

#éissoqueimporta

Sargento Juliana descobriu, ao longo dos 30 anos, que força de vontade era o seu combustível para vencer na vida

Na FAB e na corrida, a superação

Superar limites sempre foi a realidade de Juliana Paula

de Souza. No povoado de Zé Si-mão, interior de Minas gerais, ela cursou até a 4ª série. Filha única de um casal de agricul-tores, enfrentou o desafi o de estudar sem apoio. “Minha vontade de mudar o rumo da minha vida era tão grande que fui escondida fazer minha ma-trícula na cidade”, relembra.

Para que a fi lha seguisse os estudos, o pai, Cícero, buscou a estadia da menina na casa de desconhecidos em troca de serviços domésti cos. A roti na cansati va de limpar uma casa se repeti u mais de cinco vezes com patroas diferentes. “Tinha uma mulher que trancava os

potes de biscoitos para eu não tomar café da manhã”, relata. A vontade de estudar era tão grande que Juliana ia para a escola mesmo em jejum.

Com as negati vas de ou-tras famílias da cidade, Juliana voltou para a casa dos pais. Caminhava cinco quilômetros para pegar condução. Até sur-

gir o convite de uma vizinha para morar com ela. O sonho de terminar o Ensino Funda-mental, mais uma vez, virou pesadelo quando foi isolada do convívio dos pais.

Ela, então, pediu ajuda a um ti o que morava no Rio de Janeiro. Turíbio Patrocínio ajudava a manter financei-ramente a sobrinha. Aos 15 anos, Juliana concluiu o En-sino Fundamental e lembra da formatura, que teve a pre-sença apenas do pai. “Foi um dia muito feliz, meu pai fi cou lendo meu diploma”, disse.

Era hora de buscar novas oportunidades. Juliana seguiu para Barbacena (MG), onde moraria na casa de amigos do ti o Turíbio. Em 2001, sofreu a perda da mãe e, em meio a tantas lutas, conseguiu con-cluir o Ensino Médio.

Depois, se mudou para o Rio de Janeiro para morar com o ti o. Foi ele quem pagou o curso preparatório para a Escola de Especialistas de Ae-ronáuti ca (EEAR). “Ele achava melhor eu fazer um curso de manicure ou cabeleireira. In-sisti e ele pagou mesmo não acreditando. Passei na minha segunda tentati va”, orgulha-se.

Nasce uma corredora - Na EEAR, em Guarati nguetá (SP), ela foi designada para o Curso Básico em Eletricidade e Ins-trumentos de Aeronaves (BEI). No últi mo ano, não foi bem em Eletrônica e precisou recuperar a média no teste fí sico. “Che-guei na frente de quase todo o meu esquadrão”, comemora.

Após a formatura, foi de-signada para o Esquadrão Har-pia (7º/8º GAV), em Manaus (AM) e tornou-se a primeira

mulher do Brasil a fazer o cur-so completo do helicóptero Black Hawk. Mas já guardava o sonho de correr levando o nome da FAB. “Em 2008, conquistei a medalha de prata geral numa competi ção militar sem nunca ter ti do um treina-mento profi ssional”, recorda.

Um sonho realizado - Em 2010, a Sargento Juliana conse-guiu transferência “ex-ofi cio” para a Comissão de Desportos da Aeronáuti ca (CDA), no Rio de Janeiro, graças aos exce-lentes resultados alcançados.

Na época, a FAB conquistava a primeira e única representante de carreira na corrida de rua de alto rendimento.

Na primeira maratona dis-putada, a militar alcançou ín-dice para representar o Brasil no Mundial Militar de Marato-na, em Athenas – Grécia. Com a evolução e o acompanha-mento profi ssional, os bons resultados melhoraram ainda mais. Em 2015, ela parti cipou de 14 competi ções, subiu 12 vezes ao pódio e levou oito medalhas de ouro.

Agora, ela divide a vida com o marido e faz visitas fre-qüentes ao pai no interior de Minas. Seu Cícero, aos 67 anos, conta com a ajuda da fi lha. “Ela lutou para estudar e a vida aqui é apertada. Tenho muito orgu-lho de ser pai dela porque ela venceu”, conta emocionado.

Roti na puxada - Diáriamen-te, a militar treina para levar o nome da FAB. “Não posso comer ou beber qualquer coi-sa, tenho horário para dormir, acordar, treino pela manhã e, às vezes, à tarde e malho toda noite”, destaca.

Neste ano a sargento foi condecorada com a Medalha Mérito Desportivo Militar, concedida pelo Ministério da Defesa. Em abril de 2016, ela vai receber a Ordem do Mérito Judiciário Militar, des-taque oferecido pelo Superior Tribunal Militar (STM).

“Meu sonho é poder aju-dar pessoas como eu, que ti nha tudo para dar errado e deu tão certo. Quero poder visitar es-colas e comunidades carentes para encontrar novos talentos para corrida de rua”, fi naliza.

Sargento Juliana superou difi culdades para estudar e se tornar atleta

Juliana em uma das muitas c o m p e t i ç õ e s e m q u e representou a FAB

Page 6: NOTAER - Janeiro de 2016

Manter a operacionali-dade dos esquadrões

é tarefa árdua e requer um grande movimento logísti co. Em cada exercício desdobra-do, há o planejamento para deslocar recursos e manter as manutenções periódicas.

Desde 2012, a manuten-ção das Unidades Aéreas que operam a aeronave F-5 – os Esquadrões Pampa (1]/14º GAV), Pacau (1°/4° GAV) e o 1° Grupo de Caça – estão trabalhando de forma com-partilhada quando fora de sede, como aconteceu recen-temente na Operação Unitas.

O Capitão Primo Antonio Corral de Medeiros, do Esqua-drão Pampa, explica que além das manutenções regulares, existem as intervenções não programadas, que sanam pa-nes apresentadas conforme a aeronave realiza missões.

“Para isso, é necessária a presença dos graduados espe-cialistas em cada uma das oito ofi cinas, que são as partes do avião (hidráulica, estruturas e pintura, armamento aéreo e assentos ejetáveis, elétrica, motores, célula, equipamento de vôo e eletrônica)”, explica.

Integração e troca de experiências – Nas manobras fora de sede, cada esquadrão desloca com seu suporte lo-gísti co para realizar a mesma missão na mesma localidade. Então, por que não unir esfor-ços? Sob a coordenação da III FAE, o novo conceito de ma-nutenção integrada estabe-lece o raciocínio “macro” do modus operandi. A aeronave e o mantenedor não mais se restringem ao esquadrão, mas à operação, mantendo o nível técnico, a operacionalidade em todas as unidades aéreas

e reduzindo a quanti dade de pessoal e materiais necessá-rios ao apoio de manutenção.

A evolução técnica é res-saltada pelo comandante do Esquadrão Pampa, Tenen-te-Coronel Ricardo Guerra Rezende. “Aumentamos o esforço aéreo com um efeti -vo menor e trabalhamos de forma unifi cada, promovendo troca de experiências. Além disso, temos a oportunidade de efetivar uma consolida-ção doutrinária e logística

em meio a culturas organi-zacionais disti ntas”, relata o comandante.

Para o Sargento Gustavo Provin Flores, encarregado da Subseção de Motores do Pampa, as manutenções com-parti lhadas evoluíram desde a implantação. “A adapta-ção trouxe integração técnica dos esquadrões. Conhecendo como os outros trabalham a gente evolui”, conta.

O índice positivo, além de diminuir o desgaste de

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6 Janeiro - 2016

OPERACIONAL

Aviação de Transporte realiza exercício inédito entre aeronaves com rampa

Manutenção integrada otimiza recursos e melhora operacionalidadeEsquadrões observam resultados positivos em manobras fora de sede

Pela primeira vez, a Aviação de Transporte da Força Aé-

rea Brasileira reuniu, em um exercício operacional, apenas as aeronaves que possuem rampa. Cerca de 150 militares parti ciparam, nos meses de novembro e dezembro, da TRANSFAEX, que envolveu dois aviões C-130 Hércules e dois C-105 Amazonas, em Campo Grande (MS). O objeti -vo foi capacitar as tripulações para planejar e conduzir mis-sões de tarefa de sustentação ao combate, como o lança-mento de pessoal e carga, uti lizando voos a baixa altura, além de decolagem e pouso táticos, formatura básica e

táti ca e emprego dos óculos de visão noturna.

“Considerando a alta ro-tati vidade das aeronaves de rampa durante o ano inteiro, é raro o momento de se reunir as unidades aéreas para pre-paro operacional em missões de formatura táti ca e básica. A TRANSFAEX aconteceu para que pudéssemos focar no trei-namento de nossas equipa-gens”, explicou o Comandante da Quinta Força Aérea (V FAE), Brigadeiro do Ar Robson Roger Garcia Tavares de Melo.

Os militares foram trei-nados em cenários táticos fi ctí cios próprios da Aviação de Transporte, com missões

de ressuprimento aéreo, uti lizadas para levar material (alimentos, água, munição, roupas, medicamentos etc.) à tropa terrestre infi ltrada em terreno hosti l. Também foram formados novos loadmaster, profi ssional responsável pela preparação da carga a ser lançada. As tripulações rea-lizaram lançamentos no ti po rasante, leve (CDS) e pesado (heavy), além de lançamen-tos noturnos.

“A realização de missões com o uso de óculos de visão noturna amplia a capacidade da Aviação de Transporte em apoiar operações à noite, seja em tempo de guerra ou em

tempo de paz, como as mis-sões humanitárias”, destacou o Coordenador-Geral do exer-cício, Coronel Alexandre Pinto Sampaio. De acordo com os organizadores, a rampa das aeronaves permite maior capacidade operacional du-rante as missões.

Para o Comandante do Esquadrão Onça (1º/15º GAV), Tenente-Coronel Robson Lou-zada de Lima Ferreira, as

metas de elevar o nível opera-cional dos pilotos, preparar os esquadrões e fi xar a doutrina de emprego das aeronaves foram alcançadas. “Ressalto a importância de outros exercí-cios dessa natureza, para que o adestramento da Aviação de Transporte esteja sempre no mais alto nível, possibilitando o emprego real das suas aero-naves e tripulações a qualquer tempo”, fi nalizou.

intervenções, representa, operacionalmente, um apro-veitamento muito maior do número de treinamentos efeti vos dos pilotos.

Otimização – Antes, cada unidade deslocava , em média, 90 mantenedo-res, número que foi reduzido para 55 por esquadrão.

Ganho logísti co – Plane-jamento facilitado e asserti -vidade. Exemplo foi o envol-vimento dos esquadrões da FAB na USABRA, fragmento do exercício UNITAS, realiza-do em novembro de 2015.

Resultados – Nas Cam-panhas de combate BVR em 2014, a média de voos aborti vos por falha material foi de 25%. Em 2015, o índice caiu para 5%.

Vantagens

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Em dezembro, a FAB concluiu o recebimento do primeiro H-36 operacional, que é capaz de realizar o reabastecimento em voo.

7Janeiro - 2016

REAPARELHAMENTO

Esquadrão Puma passa a operar o H-36 Cararal

DESPEDIDA DO H-34

O Esquadrão Puma (3º/8º GAV), sediado no Rio de

Janeiro (RJ), vive um momen-to de transição. Após 29 anos operando o helicóptero H-34 Super Puma em missões de transporte tático, evacuação aeromédica, apoio logístico, busca e salvamento, entre outras, a unidade começou a operar apenas o H-36 Caracal no final de novembro.

O novo helicóptero come-çou a integrar a Força Aérea Brasileira (FAB) em 2011 como parte do projeto H-XBR, que o designou também para a Mari-nha e o Exército Brasileiro. No caso da FAB, ele é operado pelo Esquadrão Falcão (1º/8º GAV), em Belém (PA); pelo Grupo de Transporte Especial (GTE), em Brasília (DF); e agora pelo Esquadrão Puma.

Há quatro anos como me-cânico operacional da unidade aérea, o Sargento Antonio Carlos Rodrigues Alves vem acompanhando o ritmo de transição de um helicóptero para o outro. Ele realizou o curso da aeronave na capital

paraense em duas etapas: uma parte teórica e outra mais operacional. Nelas, o militar se tornou mecânico básico do helicóptero e agora, com a chegada da aeronave, vive a expectati va de virar instrutor e mecânico operacional do H-36.

Segundo o Sargento Alves, a transição para os mecânicos está sendo tranquila porque a aeronave tem um sistema totalmente automatizado. “Essa tecnologia facilita muito o monitoramento do voo em tempo real, pois conseguimos controlar o desempenho do helicóptero. Em contraparti -da, demanda muito estudo para que nós possamos domi-nar e compreender todo esse sistema”, explica.

Os H-36 têm a configura-ção e aviônica diferenciadas. A i luminação da cabine, por exemplo, é compatível com o uso de NVG (Night Vision Goggles – óculos de visão noturna), além disso, os helicópteros possuem os sistemas automatizados, como o piloto automático de

quatro eixos, que permite a aeronave chegar sozinha a um ponto pré-estabelecido e paire no ar.

De acordo com o Co-mandante do Esquadrão, Tenente-Coronel Eduardo Barrios, a tecnologia faz toda a diferença nas missões de resgate. “O grande diferencial para o esquadrão é que nós vamos poder executar todas as missões que o H-34 reali-zava com mais segurança e no período noturno”, ressalta.

O Tenente Ramati s Garcia Bozz complementa e diz o que o ganho operacional vai significar para a sociedade brasileira. “Em pouco tempo, a unidade vai estar operacio-nal para conseguir fazer uma missão de resgate noturno em alto-mar”, destacou o pi-loto, que já pode voar o novo helicóptero após um treina-mento de três meses na sede da Helibrás, em Itajubá (MG).

A expectativa é que até a metade de 2016 todos os pilotos do esquadrão estejam aptos para voar o H-36.

Com mais de 10 anos no Esquadrão Puma, o oficial de operações da unidade, Major Aislan Brum Cursi, parti cipou de diversas mis-sões com o helicóptero H-34.

Algumas foram bem marcantes na carreira do Major Cursi, como o apoio às vítimas do acidente da Gol em 2006, no sul do Pará, e durante a enchente em

Após 29 anos realizando inúmeras missões pelo Brasil e no exterior, a unidade se despediu do H-34 Super Puma

Santa Catarina em 2008. “Todo o vale do Itajaí estava realmente embaixo d’água. Muito desmoronamento, mui-tas estradas sem acesso da população. E nós fi camos lá por quase um mês com essas aeronaves ti rando as pessoas que estavam ilhadas e levando medicamento. Nós transpor-tamos cerca de cem pessoas por dia”, conta o Major.

Page 8: NOTAER - Janeiro de 2016

“A cada decolagem, uma expectati va de fazer a diferença. A cada pou-

so, uma sensação de dever cumprido. É isso que importa!” Essa é uma das frases que ilustram o material publicitário da campanha insti tucional da Força Aérea Brasileira (FAB) de 2016. O objeti vo é despertar nos militares o senti mento de realização profi ssional com foco no cumprimento da missão da FAB e dos benefí cios decorrentes para a sociedade.

“Refl eti ndo sobre algumas experi-ências que ti ve na carreira, pude perce-ber a sati sfação das pessoas ao receber alimentos e remédios, quando voava na Amazônia; ou em outra ocasião, na busca do Air France, quando senti a grati dão dos parentes das víti mas do acidente. E conversando com os publi-citários, resolvemos focar nos valores e no signifi cado que cada militar ti ra para si depois de um trabalho bem feito”, conta o Chefe da Subdivisão de Publicidade e Propaganda do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), Tenente-Coronel Avia-dor Rodrigo Alessandro Cano.

A mensagem está expressa em di-versos materiais, como agenda de mesa (planning), calendário de mesa e agenda de mão. O conteúdo reforça, por meio de frases e fotos, o trabalho em equipe, a confi ança em si mesmo, o autocontro-le, a ajuda humanitária, a lealdade e a dedicação, entre outros aspectos.

Ao abrir a agenda de mão, por exemplo, você vai encontrar entre os dias 04 e 05 de novembro uma página com a seguinte frase. “A agenda vai até o dia 31/12. E você? Prioridade de hoje: Elogiar quem fez algo que você gostou”. “A gente uti liza as fotos que têm relação com o dia a dia da FAB, mas mesmo quem não faz parte da insti tuição vai se identi fi car com o conteúdo da cam-panha”, explica o Tenente Publicitário Rachid Jereissati de Lima.

8 Janeiro - 2016

CAMPANHA INSTITUCIONAL

O que importa para você?

Page 9: NOTAER - Janeiro de 2016

FOTO: SGT BATISTA / CECOMSAER

9Janeiro - 2016

Na foto, a equipe de criação do CECOMSAER. E, na ilustração, alguns materiais da campanha publicitária.

Page 10: NOTAER - Janeiro de 2016

10 Janeiro - 2016

75 ANOS DA FAB

“Quando chegar 20 de janeiro de 2016, meu

sonho se completa: serão 60 anos de Força Aérea”. A frase é do Suboficial da Reserva Antranik Cassapian. Com voz mansa e fala pausada, que expressam a experiência dos 78 anos de vida, ele conta sua história de dedicação à Força Aérea Brasileira (FAB) e ao Parque de Material Aeronáu-ti co de São Paulo (PAMA-SP). Uma história que se confunde com a da insti tuição, que com-pleta 75 anos neste mês.

De uma família de seis ir-mãos, foi o único que não se-guiu a profi ssão de sapateiro. A relação com a insti tuição, que na época era um ministé-rio recém-criado, nasceu em 1956, quando foi servir como soldado. “Eu morava a 1,5 km do Campo de Marte e sempre via os aviõezinhos passando.

Ficava sonhando quando chegasse a época de servir e seguir carreira”, relata.

Foi soldado, cabo, for-mou-se sargento especialista em suprimentos na Escola de Especialistas de Aeronáu-tica, em 1957, e chegou à graduação de subofi cial em 1981, sempre trabalhando no PAMA-SP, unidade histórica. “Nunca me movimentaram e também eu nunca pedi”, diz o subofi cial, que foi para a reserva em 1986, mas não deixou de trabalhar.

A disposição é mantida com a práti ca de exercícios e o rigor na alimentação. Optou por ser vegetariano há 40 anos e é um assíduo parti ci-pante da educação fí sica. “Eu

só não corro mais. Sou o guia da caminhada”, esclarece.

Com tanta experiência, o subofi cial é uma “enciclopédia aeronáuti ca”. “O que não está no computador está na cabe-ça do Cassapian”, relatam os colegas de trabalho.

“Ele tem informações sobre os projetos anti gos que já foram desati vados. Às vezes, a peça não consta no sistema, mas ele consegue encontrar itens, do Bufalo, por exemplo, que puderam ser usados no F-5”,

A trajetória de um militar que se mescla com a história da FABSão 60 anos de serviços prestados à manutenção de aeronaves

Com 77 mil militares, centenas de aviões, dou-trina operacional consoli-dada, a Força Aérea Bra-sileira chega aos 75 anos repensando seu futuro. No ano passado, passos impor-tantes foram dados nesta direção. A assinatura do contrato da nova aeronave de caça e a chegada de um novo helicóptero operacio-nal com capacidades inédi-tas para este ti po de aviação são exemplos. E sempre buscando aprimorar gestão, meios e técnica, a Força Aé-

Para saber mais sobre a história da FAB consulte a revista Aerovisão 70 anos da FAB

Sete décadas e meia de históriarea Brasileira se consolidou e passou a fazer história.

O surgimento do Ministé-rio da Aeronáuti ca - A Aero-náuti ca nasceu em 20 janeiro de 1941 ao incorporar as aviações do Exército e da Ma-rinha. Getúlio Vargas escolheu o advogado gaúcho e ministro do trabalho, Joaquim Salgado Filho, para o comando da pasta. Ele fi cou no cargo entre 1941 e 1945. Com Assis Chate-aubriand lançou a Campanha Nacional de Aviação, doando centenas de aviões e criou um ambiente aeronáuti co no país.

detalha o mecânico Sargento Rômulo Alves Mendonça, que tem 14 anos de PAMA-SP.

O militar acompanhou a modernização da Força Aérea nas últi mas seis décadas. Ele é da época do “Cartex”, quando cada item que saía do estoque ti nha que ser relatado em car-tões. Nos anos 60, foi a vez do projeto 300, que possibilitou um avanço. A parti r dos anos 80 foi incorporado o Sistema Integrado de Logísti ca de Ma-teriais e de Serviços (SILOMS).

Quando perguntado so-bre o legado que acredita ter deixado para a FAB, ele não ti tubeia em enaltecer o quan-to ama o que faz e todas as oportunidades que ele teve na insti tuição. “O meu legado é a amizade. Amo trabalhar aqui. Os mecânicos sempre ti veram meu apoio. Contribuí com a instituição. Dei o melhor

de mim para a FAB e auxiliei meus companheiros”, fi naliza.

Família – Do casamento, que em 2017 completará 50 anos, nasceram dois fi lhos. Um deles também adotou a carreira militar e a mesma especialida-de. “Acho que tenho muito do meu pai. Na escola até fi z um teste de apti dão e o resulta-do apontou para essa área”, lembra o Major Antranik Cas-sapian Júnior, especialista em Suprimento, que trabalha no Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Tráfego Aéreo (CINDACTA II), em Curiti ba (PR). Na memória do oficial estão vívidas as imagens de quando criança circular por entre os aviões no hangar enquanto acompanhava o pai. “O hospital fi cava bem perto. Quando ia ao médico e ouvia a banda, eu saía correndo da sala para ver a tropa passar”, relata o fi lho.

Suboficial Cassapian com os fi lhos, que cresceram em meio aos aviões

1958: Ainda como aluno, junto aos colegas (primeiro da esquerda)

Aos 78 anos, Subofi cial Cassapian continua trabalhando e é uma “enciclopédia aeronáutica”

A trajetória de um militar que se mescla com a história da FAB

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FAB fecha 2015 com mais de mil novos militares

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11Janeiro - 2016

FORMATURAS

O mês de dezembro foi de muitas alegrias e comemorações Brasil afora. Cinco escolas de formação da Força Aérea Brasileira formaram 1.156 militares. Veja como foi:

A Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Guaratinguetá (SP), formou 564 novos sargentos em 23 especialidades de três turmas (CFS, EAGS e EAGS-ME). Duas militares receberam destaque: Fabiana do Nascimento Ferraz e Luiza Martins Mathias. Elas integram as primeiras turmas que abriram vagas para mulheres especialistas em Eletromecânica e Bombeiro.

No Centro de Instrução e A d a p t a ç ã o d a Aeronáutica (CIAAR), em Belo Hor izonte (MG), 179 novos ofi ciais foram formados. São 139 alunos do Estágio d e A d a p t a ç ã o a o Ofi cialato (EAOF) e 40 do Curso de Formação de Ofi ciais Especialistas (CFOE). Todos eles já trabalhavam na FAB, alguns com mais de 20 anos de carreira.

Em Barbacena (MG), 143 alunos da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR) concluíram o Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR), que durou três anos.

Os 181 cadetes da Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga (SP), foram declarados Aspirantes-a-Oficial: 110 Aviadores, 45 Intendentes e 24 de Infantaria. A formatura também marca o intercâmbio do Brasil com nações-amigas. Este ano se formaram dois cadetes peruanos.

O Inst i tuto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) formou 91 engenheiros em São José dos Campos (SP) . Destes, 21 atuarão em unidades da FAB pelo País.

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LEMBRETE

12 Janeiro - 2016

CELULAR

Novas regras para uso de dispositivos móveis

Você sabia que a caixa-preta é laranja?Entenda a importância da caixa-preta para a investigação de acidentes aeronáuticos

PENSANDO EM SEGURANÇA DE VOO

A eficiência e a eficácia na condução dos processos de investi gação de acidentes aeronáuticos significa a pre-venção de futuros acidentes, resultando na preservação do bem mais precioso que exis-te: a vida humana. Para isso, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aero-náuti cos (CENIPA) conta com uma importante ferramenta de análise de dados: a caixa-preta.

Os gravadores de voo, comumente chamados de caixa-preta, são dispositi vos

que gravam informações de voo, em forma de dados e em áudio. São registros feitos em mídia apropriada, protegida, e foram projetados para se-rem usados como ferramentas de apoio à investigação de ocorrências aeronáuti cas. A caixa-preta é, na verdade, produzida na cor laranja por ser uma coloração mais fácil de ser encontrada.

Mas o que torna os grava-dores indestrutí veis? Sua par-te mais importante, fabricada para suportar os requisitos

de resistência e proteger os dispositivos de gravação, é chamada de crash surviva-blememoryunit (CSMU). Os modelos mais modernos e leves são feitos de liga de ti tâ-nio e, como isolante térmico, é uti lizada a sílica.

Concebida em 1953 pelo cientista David Warren, do Laboratório de Pesquisa Ae-ronáutica da Austrália, a caixa-preta representou o avanço na elucidação de aci-dentes, uma vez que até en-tão a investi gação se restrin-

gia à análise dos escombros que restavam da aeronave.

O cientista idealizou o sistema que grava a comuni-cação na cabine dos pilotos. A ideia surgiu após o estudo da primeira queda de avião comercial de passageiros no mundo, o Comet, em 1953.

Foi no final dos anos 60 que o gravador de voo viria a ser essencial em rotas comer-ciais. Deste então, a indústria de helicópteros, navios e trens também passou a desenvolver equipamento semelhante. A

maioria dos modelos tem o ta-manho médio de uma caixa de sapato e pesa cerca de 5 quilos.

No CENIPA, o Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (LAB-DATA) é composto por milita-res tecnicamente habilitados para o estudo e análise da caixa-preta. Em novembro de 2015, o LABDATA recebeu a certi fi cação ISO 9001 relati va à qualidade e efi ciência em seus processos. Centro de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos

O uso de celulares, notebooks e tablets por militares e servidores civis do COMAER diminui o nível de alerta situacional e põe em risco atividades essenciais. Por isso, a ICA 900-7 padroniza o procedimento de utilização desses aparelhos para a prevenção de problemas de segurança nas organizações militares

Conectar dispositi vos mó-veis parti culares aos recursos corporati vos informati zados da Organização Militar.

Também é vedado o ingresso de dispositi vos móveis parti -culares de visitantes em áreas restritas do COMAER. E informa-ções classifi cadas não devem ser tramitadas ou armazenadas em dispositi vos móveis, exceto no caso dos equipamentos que possuem controles compatí veis com seu nível de classifi cação, dotados de recursos criptográfi cos e homologados pelo Centro de Inteligência da Aeronáuti ca (CIAER).

Uso/porte de dispositi vos móveis parti culares em reuni-ões, briefi ngs, palestras e au-las nas Organizações Militares do COMAER.

Os dispositivos móveis funcionais fornecidos pelo COMAER podem ser usados em serviço. Para saber sobre a correta uti lização – conteúdos a serem acessados, instalação de aplicativos, responsabi-lidade – leia a ICA 900-7, publicada no BCA nº 212, de 19/11/2015.

Uso/porte de dispositi vos móveis parti culares, por mili-tares e servidores civis do CO-MAER, durante todo o período em que esti verem cumprindo serviços de escala (os previs-tos no RISAER ou quaisquer outros estabelecidos na OM).

É PROIBIDO É PERMITIDO

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13Janeiro - 2016

SEU DINHEIRO

Qu i ta r e m p ré st i m o s , aprender a investi r, fa-

zer uma viagem, trocar de carro, reformar a casa. Al-guma dessas metas está na sua lista de 2016? Se não, comece a pensar em algo que gostaria de conquistar. Isso ajuda na disciplina para reorganizar a vida fi nanceira e na fi rmeza em aceitar priva-ções temporárias para obter recompensa futura.

“O primeiro passo para alcançar metas financeiras é conhecer a fundo suas receitas e despesas. Com isso, já dá para identi fi car os cortes que vão aumentar sua capacidade de poupar o valor necessário para alcançar o objeti vo no prazo defi nido”, explica o educador fi nanceiro Carlos Eduardo Moretti .

As metas podem ser de curto prazo (1 ano), médio prazo (1 a 5 anos) ou longo prazo (10, 20, 30 anos). Neste mês, o NOTAER mostra como ati ngir metas de curto prazo.

O raciocínio é simples: se daqui a 12 meses você deseja fazer uma viagem que custará R$ 3.600, será pre-ciso economizar R$ 300 por mês. Para isso, acompanhe semanalmente a evolução das despesas. Faça também revisões trimestrais para se certi fi car de que os gastos es-tão dentro do planejamento.

Quando ficar com pre-guiça de registrar toda e qualquer despesa, lembre-se dos benefí cios que virão com a conquista do objeti vo. Além disso, cada etapa vencida deve ser comemorada, o que dá mais determinação para seguir adiante.

Passo a passo- Separe, em primeiro

lugar, a quantia que será poupada;

- Registre em planilha os pequenos gastos coti dianos (estacionamentos, cigarro, cafezinho, chicletes) para não perder o controle;

- Poupar não é se pri-var totalmente: separe uma quanti a para diversões mo-destas e pequenas compras;

- Tenha uma poupança para emergências (situações inesperadas podem adiar ou até inviabilizar as metas);

- Invista tudo o que pou-pa, mas estude antes as opções mais vantajosas de investimento com base no prazo em que você precisará do dinheiro;

- Ajustes são obrigatórios para mantê-lo dentro do planejamento. Analise o que deu certo e o que deu errado em cada etapa.

Qual a sua meta para 2016 ?Planejamento e disciplina encurtam caminhos e podem transformam sonhos em realidade

Metas de curto prazo (até 1 ano):

Reformar a casa Fazer uma viagem Trocar de carro Quitar emprésti mos Habituar-se a poupar

Metas de médio prazo (entre 1 e 5 anos):

Dar entrada na casa própria Fazer pós-graduação Fazer curso no exterior Comprar um carro zero

Metas de longo prazo (acima de 10 anos):

Antecipar a aposentadoria Pagar a faculdade dos fi lhos Abrir o próprio negócio Investi r no segundo imóvel

Desafi o NOTAER

Minha meta para 2016:

Fonte e mais informações: Portal Tá na Hora, do Banco do Brasil (www.dinds.com.br)

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14 Janeiro - 201614

COMPORTAMENTO

NO PADRÃO O uso do 10º uniforme

e seus acessórios está pre-visto no arti go 29, inciso III, alínea a, do Regulamento de Uniformes para Militares da Aeronáuti ca (RUMAER).

Essa farda é utilizada em campanha, serviço e instru-ção militar; e em formaturas ou representações quando autorizado.

As mangas da gandola, quando dobradas, devem estar na linha dos cotovelos.

Estão previstas as tarjetas de nome (mais o tipo san-

guíneo) sobre o bolso direito e Força Aérea sobre o bolso esquerdo da gandola, além das insígnias de posto ou graduação.

A meia deve ser preta e a calça não deve cobrir o cotur-no – para isso pode-se uti lizar o elástico conhecido como “bombacha”.

Não é porque se trata de um uniforme operacional que vamos descuidar da apresen-tação pessoal, certo? Então, consulte o RUMAER para saber tudo sobre a uti lização do 10º.

O Comandante da Aero-náuti ca, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, gravou uma mensagem para o encerra-mento de 2015 e início de 2016.

No vídeo, ele enaltece o trabalho dos militares que de-safi aram seus limites no ano que passou para que a Força Aérea Brasileira (FAB) cum-prisse sua missão e esti vesse sempre presente no coti diano da sociedade brasileira.

Entre no portal da FAB (www.fab.mil.br) e confi ra!

Comandante grava mensagem para

efetivo e familiares

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15Janeiro - 2016

ENTRETENIMENTO

Jogo dos seis erros

TRABALHO em EQUIPE, CONFIANÇA em si mesmo, autocontrole, ajuda HUMANITÁRIA, LEALDADE e DEDICAÇÃO são alguns dos aspectos que a campanha insti tucional da FAB destaca em 2016.

A CAMPANHA também é um INCENTIVO para revermos nossas PRIORIDADES: brincar com os FILHOS, marcar aquele ENCONTRO que disse “vamos marcar mesmo”, começar a ler um LIVRO, fazer uma VIAGEM com a FAMÍLIA, falar com seus pais ou o que mais você considera que é IMPORTANTE. Afi nal, #éissoqueimporta!

RESPOSTAS DA EDIÇÃO PASSADA

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