notaer - março de 2015

16
NOVO PADRÃO Sites de unidades da FAB adotarão identidade digital do governo federal (Pág.07) CRIATIVIDADEi Invento de especialista economiza milhões de dólares para Aeronáutica (Pág.13) MISSÃO DE PAZ 9º pelotão da FAB se prepara para atuar no Haiti (Pág.11) FOTO: DIVULGAÇÃO EMBRAER FOTO: BINFAE-CO FOTO: MACRO8 STOCK PHOTOS ISSN 1518-8558 www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 03 Março, 2015 Os novos voos da FAB Primeiro voo do KC-390, voo solo de pilotos brasileiros na aeronave de caça Gripen e destruição de alvo pelo míssil A-Darter consolidam três projetos fundamentais para os novos patamares operacionais da Força Aérea Brasileira (Págs. 8 e 9) Filha participa de instrução da mãe em curso de formação. Número de mulheres na FAB ultrapassa 10 mil (Pág.05) EM FAMÍLIA EDUCAÇÃO PÔSTER NA CONTRACAPA Colecione as imagens e compreenda a importância dos projetos estratégicos da FAB Saiba como receber o dinheiro gasto com material escolar (Pág.14)

Upload: forca-aerea-brasileira

Post on 08-Apr-2016

272 views

Category:

Documents


30 download

DESCRIPTION

Os novos voos da FAB

TRANSCRIPT

Page 1: NOTAER - Março de 2015

NOVO PADRÃO Sites de unidades da FAB adotarão identidade digital do governo federal (Pág.07)

CRIATIVIDADEi Invento de especialista economiza milhões de dólares para Aeronáutica (Pág.13)

MISSÃO DE PAZ 9º pelotão da FAB se prepara para atuar no Haiti (Pág.11)

FOTO

: DIV

ULGA

ÇÃO

EMBR

AER

FOTO

: BIN

FAE-

CO

FOTO

: MAC

RO8 S

TOCK

PHO

TOS

ISSN 1518-8558www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 03 Março, 2015

Os novos voos da FABPrimeiro voo do KC-390, voo solo de pilotos brasileiros na aeronave de caça Gripen e destruição de alvo pelo míssil A-Darter consolidam três projetos fundamentais para os novos patamares operacionais da Força Aérea Brasileira (Págs. 8 e 9)

Filha participa de instrução da mãe em curso de formação. Número de mulheres na FAB ultrapassa 10 mil (Pág.05)

EM FAMÍLIA EDUCAÇÃO

PÔSTER NA CONTRACAPA Colecione as imagens e compreenda a importância dos projetos estratégicos da FAB

FOTO

: DIV

ULGA

ÇÃO

EMBR

AER

ISSN 1518-8558www.fab.mil.br www.fab.mil.br Ano XXXVIII Nº 03 Março, 2015

Os novos voos da FABOs novos voos da FABPrimeiro voo do KC-390, voo solo de pilotos brasileiros na aeronave de caça Primeiro voo do KC-390, voo solo de pilotos brasileiros na aeronave de caça Gripen e destruição de alvo pelo míssil A-Darter consolidam três projetos Gripen e destruição de alvo pelo míssil A-Darter consolidam três projetos fundamentais para os novos patamares operacionais da Força Aérea fundamentais para os novos patamares operacionais da Força Aérea Brasileira (Págs. 8 e 9)Brasileira (Págs. 8 e 9)

PÔSTER NA CONTRACAPA Colecione as imagens e compreenda a importância dos projetos estratégicos da FAB

Saiba como receber o dinheiro gasto com material escolar (Pág.14)

Page 2: NOTAER - Março de 2015

Iniciativa e operacionalidade

FOTO

: CB

V. S

ANTO

S / C

ECOM

SAER

ARTE

: CEC

OMSA

ER

2 Março - 20152

PENSANDO EM INTELIGÊNCIA

CARTA AO LEITOR

Impressão e Acabamento:

Log & Print Gráfi ca e Logísti ca S.A

Expediente

Os integrantes do Co-mando da Aeronáuti ca são responsáveis pela integrida-de e segurança das áreas e instalações, materiais, do-cumentação, pessoal, meios de tecnologia da informação e do conhecimento gerado e mantido pela organização. Há, inclusive, legislações de âmbito federal que regulam e tipificam penalmente os desvios de conduta referen-tes à matéria.

Toda e qualquer ati vidade ou ocorrência suspeita deve ser comunicada ao setor de segurança/inteligência, seja da própria organização ou da unidade mais próxima. Defi -nições que podem ajudar no trato da questão:

ÁREAS RESTRITAS - Áre-as e instalações onde sejam tratadas informações classi-fi cadas, ou informações pes-soais, em qualquer grau de sigilo, ou que, por sua uti liza-ção ou fi nalidade, demandem

proteção e, por esse moti vo, tenham seu acesso restrito às pessoas autorizadas pelo ór-gão ou enti dade.

ASSUNTO SIGILOSO - É aquele que, por sua nature-za, deva ser de conhecimento restrito e, portanto, requeira a adoção de medidas espe-ciais para sua segurança.

CLASSIFICAÇÃO - Atribui-ção de um grau de sigilo a um dado, informação, documen-to, material, área ou instala-ção que contenha ou uti lize assunto sigiloso.

COMPARTIMENTAÇÃO – É o resultado desejado das medidas que restringem o acesso de pessoas a Infor-mação Classifi cada ou Infor-mação Pessoal (Art. 55 do Decreto n° 7.724, de 16 de maio de 2012) àquelas que efeti vamente tenham neces-sidade de conhecê-los e que, além disso, possuam, obri-gatoriamente, credencial de segurança no grau adequado.

A credencial de segurança não habilita, automati camen-te, seu detentor a ter acesso

a todas as informações até o grau de sigilo da respectiva credencial. É imprescindível que haja, concomitantemente, a necessidade de conhecer o assunto em tela (por ex: estar envolvido em trabalho, análise, ação ou acompanhamento do assunto). Este é o fundamento da comparti mentação e deve ser rigorosamente observado sob pena de haver comprome-ti mentos ou vazamentos.

Por isso, seja pró-ativo. Identi fi que pontos falhos na segurança das nossas insta-lações. Sugira medidas de se-gurança. Quando se olha de fora do problema é possível ver coisas diferentes daque-les que convivem diariamente com a situação. Seja rigoroso na uti lização de senhas, có-digos e protocolos de segu-rança. A proteção dos nossos materiais e conhecimentos é responsabilidade e dever de todos. (Centro de Inteligência da Aeronáuti ca)

Medidas básicas de contrainteligência

Esta edição apresenta as primeiras palavras do novo Comandante da Aeronáuti ca para os leitores do NOTAER. E são palavras que evidenciam a importância do bem-estar das pessoas da FAB para a construção de uma força co-esa, vibrante e moderna.

Nosso jornal destaca também pessoas como as Sargentos Mônica e Pries-tch, que se encontram em treinamento militar onde a fi lha parti cipou da instrução da mãe. Ou ainda, o Subofi -cial Gama que, por meio de sua dedicação, possibilitou

uma economia milionária para nossa Força.

Em paralelo, fatos his-tóricos para a Aeronáutica aconteceram nesse começo de ano, em especial o pri-meiro voo do KC-390, o trei-namento de nossos pilotos nos caças Gripen e o empre-go efi caz do míssil A-Darter em missão de teste.

E na celebração dessas conquistas, lembramos que em 25 de março comemo-ramos o dia do Especialista da Aeronáuti ca. A propósito, temos mais de 25 mil espe-cialistas na FAB em 30 áreas

técnicas que, direta ou indire-tamente, são responsáveis por essas vitórias.

Apresentamos ainda a passagem de comando do Es-tado-Maior da Aeronáuti ca, a preparação de um novo pelo-tão que seguirá em missão de paz para o Haiti e, ainda, como devemos proceder para par-

ti cipar do Projeto Educação, da Diretoria de Intendência, e receber de volta parte dos gastos com material escolar.

Boa leitura a todos e lembrem-se: estamos cons-truindo o futuro.

Brig Ar Pedro Luís Farcic Chefe do CECOMSAER

O jornal NOTAER é uma publicação mensal do Centro de Comunicação Social da Aeronáuti ca (CECOMSAER), voltado ao público interno.

Chefe do CECOMSAER: Brigadeiro do Ar Pedro Luís Farcic

Editora: Tenente Jornalista Jussara Peccini (MTB 01975SC)Editora adjunta: Aspirante Jornalista Cyn-thia Fernandes (MTB 2607GO)

Repórteres: Asp JOR Cynthia Fernandes, Ten JOR Evelyn Abelha, Ten JOR Flávio Nishimori, Ten JOR Humberto Leite, Ten JOR Iris Vasconcellos, Ten JOR João Elias, Ten JOR Jussara Peccini, Ten JOR Raquel Sigaud e Asp JOR Raquel Alves.

Colaboradores: textos enviados ao CECOMSAER via Sistema Kataná.

Revisão: Cynthia Fernandes, Evelyn Abelha, Iris Vasconcellos, Marco Aurélio Celoni e João Elias.

Diagramação e Arte: Ten Maurício Brum, SO SDE Cláudio Ramos, 3º SGT Marcella Cristi na, 3º SGT Santi ago Mo-raes e CB Maclaudio Gomes

Tiragem: 30.000 exemplares Estão autorizadas transcrições integrais ou parciais das matérias, desde que mencio-nada a fonte.

Endereço: Esplanada dos Ministérios - Bloco “M” 7º andar CEP - 70045-900 / Brasília - DF

Quer ver sua unidade no NOTAER?

Tem um comentário, su-gestão de reportagem

ou crítica?Aguardamos seu email

[email protected]

Fale com a gente

Page 3: NOTAER - Março de 2015

Ouvir para decidir

FOTO

: SGT

BAT

ISTA

/ CEC

OMSA

ER

3Março - 2015

PALAVRAS DO COMANDANTE

A capacidade de vislum-brar o futuro e construí-lo é desafi adora. Por isso, ganham importância histórica as três realizações da Força Aérea Brasileira ocorridas no início deste ano: o primeiro voo de testes do KC-390, o voo solo dos primeiros pilotos brasi-leiros de Gripen na Suécia e o lançamento com sucesso do míssil A-Darter. Estes pro-jetos saíram do papel para se tornar realidade e, em breve, quando esti verem em pleno emprego, elevarão a capaci-dade operacional da insti tui-ção em defesa da Pátria.

É muito honroso assumir este cargo, após 46 anos de vida dedicados exclusivamen-te à Aeronáuti ca, e saber que posso contar com a capacidade de uma equipe corajosa e de-terminada a superar toda or-dem de obstáculos. Pois, essas conquistas são resultado do trabalho conjunto de milhares de militares e servidores civis de diferentes unidades no Bra-sil e também no exterior.

Ao me dirigir a você pela primeira vez, quero destacar que, para mim, a gestão de pessoas é fundamental. To-dos temos que saber ouvir e, principalmente, apren-

Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz RossatoComandante da Aeronáutica

der a ouvir. Uma ferramen-ta muito útil para isso é a pesquisa de opinião. Entre as minhas primeiras ações de comando, recomendei aos órgãos de direção ge-ral e setorial identificar em quais aspectos precisamos melhorar nossos resultados. Acredito que a qualificação e a motivação também es-tão entre os principais ele-mentos que interferem na produtividade humana.

Uma pesquisa só tem va-lor se houver a colaboração honesta e direta de cada um. Relate os fatos do dia a dia, as percepções, as sugestões. Os canais de comunicação com seu chefe, diretor ou comandante também devem ser usados. A percepção e a iniciati va de cada um de nós, aliados à experiência profi s-sional, podem trazer infi nitas melhorias para toda a Força Aérea. Com a sua parti cipa-ção pró-ati va, a grande ven-cedora deste processo será a Aeronáuti ca, que terá meca-nismos para melhor geren-ciar seu efeti vo.

Nesta mesma linha de raciocínio, o resultado des-ta consulta pode auxiliar no trabalho de modernização

da nossa estrutura admi-nistrativa. Entendo que a reestruturação organizacio-nal e a concentração das atividades administrativas precisam acompanhar a mo-dernização dos meios opera-cionais. O esforço de gestão, em todos os níveis, permite mensurar e na obter resulta-dos concretos, fazendo com que os recursos disponíveis, escassos na conjuntura atu-al, sejam canalizados para as ações capazes de alavan-car o desempenho.

Os dados coletados nes-ta pesquisa serão analisados pelo Estado-Maior da Aero-náuti ca e devem gerar reco-mendações com o objeti vo de melhorar os serviços em toda a Insti tuição. Sei que toda pes-quisa gera expectati va. Farei o possível para atendê-la duran-te o período em que esti ver à frente da Aeronáuti ca.

Acredito que estamos sedimentando um caminho para uma Força ainda mais atuante, inserida no contexto de uma moderna gestão e, sobretudo, capacitada para enfrentar e superar os desa-fi os que se descorti nam dia-riamente. A sua parti cipação faz diferença!

Page 4: NOTAER - Março de 2015

A Lei Complementar 149 de 2015, sancionada

em 12 de janeiro, mudou as regras para a entrada de forças estrangeiras no País. A principal modifi cação é a possibilidade da Presidên-cia da República delegar ao Ministério da Defesa e este, por sua vez, ao Comando da Aeronáuti ca a responsabili-dade de autorizar a entrada de aeronaves militares es-trangeiras no espaço aéreo brasileiro, por exemplo.

A situação atendeu as necessidades da Força Aérea Brasileira, que é a responsável por receber os pedidos estran-geiros. Toda aeronave militar, obrigatoriamente, precisa de autorização para entrar no es-paço aéreo de outro país.

De acordo com a Se-ção de Sobrevoo do Estado

-Maior da Aeronáuti ca, a me-dida permite que o Comando da Aeronáuti ca dê mais agili-dade aos pedidos, como so-brevoos de aeronaves sobre o território brasileiro cujo destino final é outro país, pousos para reabastecimen-to ou transporte de autorida-des. “São situações do dia a dia que não estão relaciona-das com aeronaves armadas para emprego operacional”, explica o Coronel Aviador Valdemar Consorte Júnior.

A nova lei também defi -ne o conceito de forças es-trangeiras. De acordo com o arti go 4º, considera-se forças estrangeiras “o módulo arma-do de emprego operacional maríti mo, terrestre ou aéreo”. Nestes casos, a autorização conti nua sendo exclusiva da Presidência da República.

ACONTECE

Força Aérea Francesa no exercício CRUZEX, em Natal (RN)

FOTO

: SGT

JOHN

SON

/ CEC

OMSA

ER

FOTO

: ARQ

UIVO

/ CEC

OMSA

ER

4 Março - 2015

NOVA LEI

Ao assumir a chefi a do Esta-do-Maior da Aeronáuti ca

(EMAER), em 28 de janeiro, o Tenente-Brigadeiro Hélio Paes de Barros Júnior destacou os desafios e as oportunidades do novo cargo, o segundo na cadeia de comando da Aero-náuti ca. “O principal desafi o é tentar levar à frente todos os projetos estratégicos do Comando da Aeronáuti ca em consonância com o novo co-mandante, de maneira que nós possamos, pelo menos no cur-to prazo, estabelecer todas as

metas e prazos e rever o nosso plano estratégico”, fi nalizou.

Órgão estratégico da Força Aérea Brasileira, o EMAER tem a missão de as-sessorar diretamente o Co-mandante da Aeronáutica, além de estudar e propor soluções que levem ao em-prego eficaz do poder aero-espacial, com o objetivo de garantir a soberania do es-paço aéreo brasileiro.

Confira a seguir em quais unidades houve troca de comando em fevereiro:

Passagens de comando

Divisão de Saúde do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) - Tenente Coronel Médico Mário Sérgio Pineda Guerra / Centro de Transporte Logísti co da Aeronáuti ca (CTLA) - Coronel Intendente Luiz Claudio Freitas de Oliveira / Grupamento de Apoio Logísti -co (GAL) - Coronel Intendente Marcelo Tenório de Carvalho / Grupamento de Apoio do Rio de Janeiro (GAP-RJ) Coronel Intendente Elias Afi f Elossais / Esquadrão Pampa (1º/14º GAV) - Tenente-Coronel Aviador Ricardo Guerra Rezende / Escola de Aperfeiçoamento de Ofi ciais da Aeronáuti ca (EAOAR) - Tenente-Coronel Aviador Sergio Mourão Mello / Chefi a do Grupamento de Infraestrutura e Apoio de São José dos Campos (GIA-SJ) - Coronel Intendente João Alberto Gavioli Junior / Centro de Catalogação da Aeronáuti ca (CECAT) - Coronel Intendente José Carlos Sabô / Centro de Documentação da Aeronáuti ca (CENDOC) – Coronel Intendente Carlos Alberto Leite da Silva / Corpo de Cadetes da Academia da Força Aérea (AFA) - Tenente-Coronel Aviador Ricardo Feijó Pinheiro / Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Galeão (DTCEA-GL) - Major Aviador Dan Marshall Freitas / Fazenda da Aeronáuti ca de Pirassununga (FAYS) - Coronel Intendente Carlos Alberto de Azevedo / Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV) - Tenente--Coronel Aviador André Luís Albuquerque de Vasconcelos / Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV) - Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Lima Pinheiro / Prefeitura de Aeronáuti ca de Santa Cruz (PASC) - Major Intendente Ronald José Pinto / Batalhão de Infantaria de Aeronáuti ca Especial de Manaus (BINFAE-MN) - Major de Infantaria Roberto Rodrigues Gomes Junior / Se-gundo Grupo de Defesa Anti aérea (2° GDAAE) - Major de Infantaria Rogério Ayres Vasconcellos / Prefeitura de Aeronáuti ca de Manaus (PAMN) - Major Intendente Ivan Luiz de Siqueira / Es-quadrão Arara (1°/9° GAV) - Tenente-Coronel Aviador Alexandre Moutt a da Silva / 1° Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) - Tenente-Coronel Aviador Rubens Gonçalves / Esquadrão Adelphi (1º/16º GAV) - Tenente-Coronel Aviador Roberto Marti re Pires / Vice-presidente da Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA) - Coronel Aviador Leonardo Chaves Rodrigues / Esquadrão Tracajá (1° ETA) - Tenente-Coronel Aviador Toni Roberto Carvalho Teixeira / Insti tuto de Logísti ca da Aeronáuti ca (ILA) - Tenente-Coronel Aviador Marcos Dias Marschall

Comando da Aeronáutica poderá autorizar entrada de aeronaves militares estrangeiras no Brasil

Parabéns às 18 unidades que fazem aniversário em março. Confira as datas ao lado:

01 – Centro de Lançamento de Alcântara e Sétimo Comando Aé-reo Regional 13 – Centro de Computação da Aeronáuti ca de São José dos Campos14 – Prefeitura de Aeronáuti ca do Galeão e Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial18 – Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro19 – Centro de Preparação de Ofi ciais da Reserva da Aeronáuti ca de São José dos Campos e Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáuti ca

20 – Comissão Aeronáuti ca Brasileira na Europa23 – Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo24 – Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação25 – Academia da Força Aérea e Escola de Especialistas de Aeronáuti ca27 – Quarto Comando Aéreo Regional e Hospital das Forças Armadas29 – Parque de Material Aeronáuti co dos Afonsos31 – Primeiro Esquadrão do Nono Grupo de Aviação e Base Aérea de Manaus

Page 5: NOTAER - Março de 2015

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Mãe e filha se encontram em treinamento militar

FOTO

S: B

INFA

E-CO

5Março - 2015

O abraço entre a Sargento Mônica Regina Prietsch e

a Sargento Paula Pristsch Pa-checo revela muito mais que uma conquista profissional. Mãe e fi lha, respecti vamente, comemoram o fi m do estágio de adaptação do Quadro de Sargentos Convocados (QS-Con), concluído pela matriar-ca. A graduada Mônica, aos 42 anos, resolveu realizar um sonho anti go – servir à Força Aérea Brasileira (FAB), onde o pai (Subofi cial Ploti no) já ha-via cumprido sua carreira na Base Aérea de Canoas. De-pois de trabalhar como mo-torista de transporte escolar e guia turísti co, ingressou no serviço militar para exercer a mesma função.

Tanta determinação tam-bém foi herdada pela fi lha, que serve no Batalhão de Infantaria da Aeronáutica Especial (BINFAE). Além de participar da recepção dos alunos da turma da mãe, junto com a equipe de bom-beiros, a Sargento Priescth é a primeira e única mulher da unidade num universo de mais de 400 homens.

São duas histórias de vida, de duas guerreiras que se apoiaram na vida e encara-ram a carreira militar com igualdade e muita força de vontade. Exemplos de mulhe-res que conquistaram espaço com autoconfi ança e a certe-za que o preconceito não faz mais parte dessa roti na.

De acordo com o Coman-do-Geral de Pessoal (COM-GEP), atualmente a FAB tem 10.160 mulheres mili-tares. O número representa 14,55% de todo o efetivo da instituição.

Acompanhe a entrevista com as sargentos:

Notaer – O que signifi cou aquele abraço, logo após o exercício de campanha?

Sargento Prietsch - Ale-gria, muita alegria de receber minha mãe e saber que ela estava bem. Cada momento do curso foi uma superação pessoal dela e eu fico mui-to feliz por ela ter ti do essa oportunidade.

Sargento Mônica – Ah, aquele abraço... É impossível descrever toda a emoção vivi-da naquele breve momento. Tê-la parti cipando, ati vamen-te, foi como ter o registro do apoio e aprovação para que eu fi zesse parte desta profi s-são, a qual sei que ela se or-gulha em exercer.

Notaer – Como foi optar pela carreira militar?

Sargento Prietsch - Eu prati camente cresci no meio militar e, apesar de admirar a profissão, não tinha pre-tensão de seguir esta car-reira. Quando estava para terminar o ensino médio, minha mãe sugeriu que fi-zesse o concurso. No início fui meio resistente, mas ela plantou a ideia e me incen-tivou até eu me apaixonar pela profi ssão e entrar para a Escola de Especialistas.

Sargento Mônica - Desde criança acompanhei a carreira de meu pai, hoje subofi cial da reserva - SO Ploti no. Ele sem-pre foi um grande exemplo, servindo de inspiração para o sonho de servir à Força Aérea. Recebi apoio da família, ami-gos, colegas de trabalho e pro-fessores da faculdade, todos vibraram juntos comigo pela chance de realizar este sonho. O apoio da fi lha foi crucial e fundamental, em uma inver-são de papéis. Ela curti u cada momento que eu vivi duran-

te o estágio de adaptação da mesma forma que, alguns anos atrás, pude curti r as etapas que ela vivenciou em sua formação na Escola de Especialistas.

Notaer – Sargento Pries-tch, como é trabalhar numa unidade como o BINFAE, onde a maioria é homem? Sofreu preconceito?

Sargento Prietsch - Nun-ca sofri nenhum tipo de pre-conceito ou fui beneficiada por ser a única mulher. To-dos os colegas me tratam com respeito e camarada-gem. No início, acho que al-guns duvidavam um pouco que eu fosse me adaptar ao grupo, mas agora, todos conhecem a seriedade com que exerço o meu trabalho. Eu tenho muito a agradecer a todo efetivo, nós temos uma equipe muito boa e en-gajada no cumprimento das diversas atividades exerci-das pelo batalhão.

Notaer – Como é ser uma das mulheres que servem à FAB?

Sargento Prietsch - Eu me encho de orgulho por ser uma mulher militar e acho que as mulheres estão cada vez mais conquistando seu espaço. Há alguns anos o ingresso na Força era bem mais restrito para o quadro feminino. Hoje, estamos mostrando nosso potencial nas diversas áreas de atua-ção e dominando diversas funções antes tidas como exclusivamente masculinas.

Sargento Mônica – Sinto-me honrada e plenamente feliz por ter ti do esta oportu-nidade de ingressar no servi-ço militar e fazer parte desta equipe. Um sentimento de estar exatamente onde sem-pre deveria estar!

A mãeNome: Sargento Môni-

ca Regina PrietschIdade: 42 anos

Função: motoristaOM: Base Aérea de Ca-

noas “Nunca imaginei que

pudesse ingressar na car-reira militar. Achei que ver minha fi lha se formar na Escola de Especialistas já havia sido a própria reali-zação do meu sonho”.

A fi lhaNome: Sargento Paula

Prietsch PachecoIdade: 25 anosFunção: Encarregada

do Boleti mOM: Batalhão de Infan-

taria da Aeronáuti ca Espe-cial de Canoas (BINFAE-CO)

“Não me sinto protegi-da pelo fato de ser a única mulher. Eu me encho de orgulho por ser uma mu-lher militar”

De acordo com dados do Comando-Geral de Pessoal, número de mulheres nas colunas da FAB ultrapassa 10 mil

Page 6: NOTAER - Março de 2015

FOTO

: SGT

JOHN

SON

/ CEC

OMSA

ER

FOTO

: PAM

E

DIVU

LGAÇ

ÃO / I

TA

6 Março - 2015

PELO BRASIL

Com o reapontamento das antenas na região Norte

em fevereiro, o Parque de Material Eletrônico (PAME) fi -naliza a migração satelital do sistema Telesat. O sistema in-terliga equipamentos usados no controle do tráfego aéreo brasileiro. Este é o primeiro processo de troca de satélite desde que o sistema foi im-plantado no Brasil, nos anos 90. No total, foram reaponta-das para o novo satélite 111 estações (antenas) em todo o território nacional. O traba-lho começou em dezembro do ano passado.

“O satélite tem vida útil. O Embratel/StarOne B4 está entrando em processo de desativação. Estamos mi-grando para o Embratel/StarOneC3, um novo satélite que está em órbita em uma

nova posição orbital”, expli-ca o chefe da divisão técnica do PAME, Coronel Engenhei-ro Waldir Galluzzi Nunes, que gerencia o processo.

A rede satelital é uma das redes de comunicação que suporta os sistemas de controle do tráfego aéreo. Para não interromper a ope-ração, enquanto um equi-pamento é redirecionado, outros suportes de comuni-cações permitem que as in-formações entre os diversos órgãos de controle de tráfe-go aéreo sejam realizadas.

Para não impactar o fun-cionamento dos sistemas fo-ram três meses de planejamen-to no balanceamento de redes, antes de iniciar a migração.

Além do reapontamento, os técnicos do PAME realizam readequações dos equipa-

mentos, como intervenções técnicas e reconfigurações. Eles trabalham em conjun-to com técnicos dos Centros

Integrados de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (CINDACTA), localizados em Brasília, Curiti ba, Recife e Ma-

naus, e do Serviço Regional de Proteção ao Voo (SRPV), que cuida do tráfego aéreo no eixo Rio-São Paulo.

Parque de Material Eletrônico realiza migração satelital

Com reapontamento das antenas na região Norte, equipe fi naliza trabalho iniciado em dezembro

Primeiro prédio é fundamental para demais obras de expansão

As obras da primeira fase do plano de expansão

do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) começa-ram com o prédio da Divisão de Ciências Fundamentais. O

empreendimento terá área construída de 15.873 m2, contando com investi mentos esti mados em R$ 49 milhões. O prazo de entrega está pre-visto para o início de 2016.

As novas instalações per-mitirão acomodar cerca de 500 alunos, bem como pro-fessores, pesquisadores e cor-po administrati vo. A obra ofe-recerá melhores condições para a formação dos alunos, por meio de melhorias na in-fraestrutura, administração escolar e áreas de serviço.

“O prédio da Divisão de Ciências Fundamentais é o primeiro passo da expansão fí sica do ITA. Até porque, é pelo ciclo fundamental que se inicia esse processo. Além disso, esse prédio viabilizará a reforma das demais áreas do ITA, servindo como su-porte a todo corpo docente e às novas ati vidades didá-ti cas”, fi nalizou o Reitor do ITA, Professor Doutor Carlos Américo Pacheco.

Obras de expansão do ITABase de Canoas conta com cavalos

para patrulha diária

A Base Aérea de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, conta com cavalos para realizar a patrulha diária

da área. Os animais são empregados na tarefa desde a década de 80. Eles percorrem cerca de 16 km por dia. Os animais da raça crioulo mesti ço, resistente ao frio e à umidade, não são muito altos, porte adequado para as rondas que incluem tri-lhas no meio do mato. De acordo como chefe da Companhia de Polícia de Aeronáuti ca do Batalhão de Infantaria Especial de Canoas (BINFAE-CO), o perímetro da Base possui várias áreas com alagados e de mata. “Nesses locais não é possível circular com carros de patrulha”, explica o Tenente Daniel Bauer. A FAB também mantém unidade de cavalaria em Santa Maria (RS).

Rede suporta os sistemas de controle de tráfego aéreo. As 111 estações também passaram por manutenção

Parque de Material Eletrônico realiza migração satelital

Page 7: NOTAER - Março de 2015

7Março - 2015

INTERNET

Sites de unidades militares serão padronizados

O que todo internauta deseja ao navegar pela

internet é encontrar, o mais rápido possível, a informa-ção que procura. Para faci-litar ainda mais essa busca, o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica (CE-COMSAER), em parceria com o Centro de Computação da Aeronáutica de Brasília (CCA-BR), desenvolveram, a parti r do projeto Identi dade Digital do Governo Federal, a padronização e o alinhamen-to das informações nos sites das organizações militares da Força Aérea Brasileira. A migração inicia em março.

Algumas organizações da FAB terão suas áreas es-pecífi cas dentro do próprio domínio (fab.mil.br), com a mesma identi dade visual, oferecendo ao usuário uma experiência de navegação unificada nessas páginas. Sempre com o foco no públi-co, a padronização foi inten-cional para que o internauta

tenha facilidade de navegar em todos os portais dos ór-gãos federais. Padronizar é um meio de assegurar quali-dade e resulta, também, em redução de custos de manu-tenção, permanecendo com a mesma arquitetura dos si-tes e reaproveitando os mó-dulos pré-formatados.

O Comandante do CCA--BR, Coronel César Faria Guimarães, ressalta que além da importância da disseminação das informa-ções da Força Aérea para a sociedade, a homologação das páginas será gerenciada pelo próprio CCA-BR.

“Adotamos o sistema de gerenciamento, onde os operadores das páginas das organizações militares pode-rão inserir conteúdos da sua própria unidade com segu-rança. A definição de estilo caberá ao CECOMSAER e a execução dessas alterações será de responsabilidade do CCA-BR”, afirma.

Novo modelo será implantado a partir de março e segue regras estabelecidas pelo governo federal

O conteúdo desta O conteúdo desta O conteúdo desta área é alimentado área é alimentado área é alimentado automaticamente pelo site automaticamente pelo site automaticamente pelo site da FABda FABda FAB

O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é O cabeçalho é padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do Identidade Digital do governo federalgoverno federalgoverno federalgoverno federalgoverno federalgoverno federalgoverno federalgoverno federalgoverno federal

Conteúdo produzido Conteúdo produzido Conteúdo produzido pela OMpela OMpela OM

Notícias da OMNotícias da OMNotícias da OM

Área Área Área destinada destinada destinada aos banners, aos banners, aos banners, que serão que serão que serão rotativos rotativos rotativos entre OM e entre OM e entre OM e CecomsaerCecomsaerCecomsaer

Informação Informação Informação institucional institucional institucional da OMda OMda OM

Serviços Serviços Serviços disponibilizadosdisponibilizadosdisponibilizadospelo Cecomsaerpelo Cecomsaerpelo Cecomsaer

Área destinada à Área destinada à Área destinada à divulgação de eventos e divulgação de eventos e divulgação de eventos e a realização de enquetes a realização de enquetes a realização de enquetes pela OMpela OMpela OM

padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto padronizado pelo projeto

CecomsaerCecomsaerCecomsaer

disponibilizadosdisponibilizadosdisponibilizados

Page 8: NOTAER - Março de 2015

ACONTECEACONTECEACONTECEOPERACIONALRELEMBRE A HISTÓRIA

DO PROJETO KC-390

22ABRIL2009 FAB assina contrato de desenvolvimento com Embraer

18MARÇO2010 Apresentada maquete em tamanho real do comparti mento de carga

13ABRIL2011Argenti na e República Tcheca tornam-se parceiros do projeto. Portugal adere em 14 de dezembro

JULHO2012Realizados ensaios no túnel de vento subsônico na Holanda (1º projeto aeronáuti co brasileiro a ser ensaiado no túnel de vento DNW, um dos maiores e mais modernos do mundo)

22MARÇO2013Com a revisão críti ca do projeto, FAB dá sinal verde para a construção do protóti po

20MAIO2014FAB assina contrato de aquisição das 28 unidades

21OUTUBRO2014Avião é apresentado ao mundo

03FEVEREIRO2015 KC-390 realiza primeiro voo

FINAL DE 2016 Primeiras entregas de 28 unidades ao longo de 12 anos

Dois capitães aprendem a voar o novo caça para trazer novos conhecimentos ao Brasil

FOTO

S: A

RQUI

VO P

ESSO

AL

8 Março - 2015

Os Capitães Gustavo Oli-veira Pascott o e Ramon

Santos Fórneas são os dois pilotos de Gripen do Brasil. Ambos estão na Suécia para treinar na aeronave nas ver-sões C/D e realizaram seus voos solo no fi m de janeiro. O papel deles é aprender a voar no novo caça e, ao mesmo tempo, trazer para a Força Aérea Brasileira os co-nhecimentos mais atuais do combate aéreo moderno.

Os treinamentos acon-tecem desde novembro do ano passado a parti r da Base Aérea de Såtenäs, região central da Suécia, onde são formados todos os pilotos de Gripen da Flygvapnet, a For-ça Aérea Sueca. Os brasilei-ros têm contato com toda a experiência adquirida pelos suecos desde a década de 90, quando começaram a re-ceber o novo caça, até a ex-periência real de combate na Líbia, em 2011. Foram 650 missões realizadas durante a operação internacional con-duzida pela ONU.

Neutro durante a Segunda Guerra Mundial, o país nórdi-co se manteve durante toda a Guerra Fria entre a União So-viéti ca e os países-membros da Organização do Tratado do Atlânti co Norte, a OTAN. O resultado foi um nível elevado de alerta e a tradição na cons-trução de caças avançados, como o Gripen, o primeiro do mundo a ser apontado por especialistas como de quarta geração, ou seja, totalmente multi funcional.

“É uma plataforma que vai integrar nossa doutrina de emprego”, afi rma o Capi-tão Gustavo, referindo-se às

missões de defesa aérea, de ataque e de reconhecimento. “É um avião muito avançado em termos de tecnologia em-barcada, de aviônica. A inter-face entre a aeronave e piloto é muito inteligente”, comple-menta o Capitão Fórneas.

Escolha por mérito - Es-colher dois pilotos para se-rem os futuros instrutores não foi uma tarefa fácil para a Terceira Força Aérea (III FAE). A solução parti u de critérios técnicos. É o que explica o Brigadeiro do Ar Mário Luis Jordão, Comandante da III FAE. “Nós queremos que es-ses pilotos, quando voltarem, sejam os desenvolvedores da doutrina. Eles estão tendo contato com o que há de mais moderno”, declara.

Os selecionados preci-savam ter muita experiência na aviação de caça e serem jovens o sufi ciente para ain-da estar nos esquadrões em 2019, quando vai começar o recebimento dos 36 Gripen NG adquiridos pelo Brasil. “Não nos interessava ter um ofi cial anti go ao ponto que o tempo dele na FAB se limitas-se ao intercâmbio na Suécia”, diz o Brigadeiro.

O que o Gripen vai signi-fi car para a FAB?

O Gripen é uma platafor-ma que vai integrar toda a nossa doutrina de emprego. A capacidade de emprego da aeronave é como se nós juntássemos a performance do Mirage, os sistemas de combate do F-5 e o sistema de reconhecimento do A-1 em uma só aeronave, com melhorias.

O que mais chamou atenção?

A integração de dados. Dados do datalink são com-parti lhados com o radar; ra-dar com mapas táti cos de na-vegação, sem sobreposição.

O treinamento na FAB é sufi ciente?

Não há problema na in-tegração da plataforma Gri-pen aos atuais meios da FAB. A sistemática brasileira de formação do piloto de caça, baseada no A-29 Super Tu-cano é muito boa. Será uma integração bastante natural.

O voo na Suécia é dife-rente do voo sobre o Brasil?

Eu até falei para os outros pilotos que não conheci a Su-écia voando. Toda vez que a gente decolava estava total-mente instrumento. A aero-nave foi concebida para a pior situação meteorológica.

Como avalia o desempe-nho da aeronave?

O excesso de potência para o peso do avião, a rela-ção peso/potência, é muito grande. A gente não usa a pós-combustão para decolar e decolamos muito curto. É um avião de acelerações e retomadas muito rápidas. A perfomance da aeronave é muito boa.

Compara-se com o F-5?É muito superior. Eu

que voo F-5 há cinco anos... Mesmo eu vindo de uma aeronave modernizada, eu posso dizer que o Gripen C/D tem uma interface ain-da melhor. É um projeto re-almente muito inteligente.

Gripen vai integrar doutrina de emprego

Capitão GustavoCapitão Fórneas

Page 9: NOTAER - Março de 2015

ARTE

/ CEC

OMSA

ER

IMAG

ENS

/ COP

AC

Projeto deve estar pronto no primeiro semestre de 2016 e vai equipar os caças Gripen NG

FOTO

: DIV

ULGA

ÇÃO

/ EMB

RAER

9Março - 2015

Começa campanha de ensaios do KC-390

Um avião de caça Gri-pen da Força Aérea

da África do Sul realizou o lançamento real de um míssil A-Darter no início de fevereiro. O alvo, uma aeronave não tripulada, estava em uma rota a 90° da aeronave lançadora e se distanciava. O sistema de mira do míssil, desen-volvido por Brasil e África do Sul, conseguiu “traque-ar” no alvo, que também estava em uma altitude 600 metros mais elevada.

O sucesso da missão é uma das etapas finais do desenvolvimento do míssil, que teve R$300 mi-lhões em investimento até agora. Com o lançamento, o A-Darter está mais de

O primeiro voo do KC-390 foi só o passo ini-

cial no caminho que levará o futuro avião de transpor-te da FAB até os esquadrões operacionais. Quando a aeronave voou por 1h19 no dia 3 de fevereiro, se-quer seus trens de pouso foram recolhidos: um pro-cedimento padrão para o primeiro teste de um novo projeto. Agora a Embraer e

90% concluído. A previsão é que o projeto esteja pron-to no primeiro semestre de 2016 e equipe os caças Gri-pen NG da FAB.

Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, o A-Darter se desta-ca pela ausência das pe-quenas asas usadas para as manobras. No lugar delas, o modelo tem capacidade de direcionar o empuxo do seu motor-foguete. Assim, consegue realizar manobras que o leva a sofrer até 100 vezes a força da gravidade (100 G). Os caças de comba-te mais modernos não pas-sam de 9G.

De acordo com o geren-te do projeto pelo Brasil, Coronel Aviador Júlio César

seus parceiros internacionais trabalham para aprovar todas as inovações da maior aero-nave já fabricada no Brasil.

“A campanha de ensaios em voo é um misto de desen-volvimento e certificação”, afirma Paulo Gastão, res-ponsável técnico da Embraer pelo KC-390. Segundo ele, os testes devem durar apro-ximadamente dois anos. Um segundo protóti po, ainda em

Cardoso Tavares, da Força Aérea Brasileira, a principal característica dos mísseis de última geração é exatamen-te a capacidade de realizar manobras de alto desempe-nho. “O sensor de guiagem detecta o alvo e o míssil também calcula a melhor rota”, explica o Coronel.

construção, também vai par-ti cipar da campanha de en-saios. Outras duas aeronaves serão construídas para testes de fadiga em solo.

Até a aeronave ser certi fi -cada pelo Insti tuto de Fomen-to Industrial (IFI), organização ligada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aero-espacial (DCTA), a Embraer irá realizar testes em níveis crescentes de complexidade.

Guiado por calor, o míssil A-Darter também consegue “enxergar” em mais de uma frequência de infravermelho e desse modo evita ser en-ganado por “fl ares”, iscas in-candescentes lançadas para confundir os mísseis. A par-ceria para o desenvolvimen-to começou em 2006.

Míssil A-Darter atinge alvo em teste na África do Sul

O full fl ight by wire, controles digitais de voo, por exemplo, irá ganhar mais funcionalida-des. Por enquanto, o joysti ck, que faz o papel de manche da aeronave, transmite os comandos da tripulação di-retamente. Quando o fl y by wire esti ver ati vo, computa-dores vão auxiliar diretamen-te na pilotagem.

No fim de 2016, os pro-tótipos já deverão realizar

missões mais complexas, como o reabastecimento em voo de helicópteros.

Na fábrica da Embraer em Gavião Peixoto (SP), onde ocorreu o primero voo, o Comandante da Aeronáutica demonstrou boa expectativa com o KC-390. “Nosso futu-ro operacional será brilhan-te com essa aeronave”, afir-mou o Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato.

Simulação da trajetória do míssil

Veja abaixo sequência com imagens reais do lançamento

Alvo

Míssil

Page 10: NOTAER - Março de 2015

SUSTENTABILIDADE

10 Março - 2015

Desde 2013, a Sargento Jackline Dôse passou a

usar uma caneca no local de trabalho. “Fico muito feliz em ajudar. Sinto que con-tribuo para um bem maior”, afirma. Ela mudou os há-bitos a partir da campanha que incentiva a substituição do copo plástico por cane-cas ou garrafas.

A Diretoria de Engenha-ria da Aeronáuti ca (DIRENG), onde Jackline trabalha, é uma das cinco unidades se-diadas no prédio central da Aeronáuti ca no Rio de Janei-ro a abraçarem a campanha. De 2011 a 2013, mesmo com o crescimento do efeti vo, o consumo deste produto es-tagnou. Os copos descartá-veis podem parecer inofensi-vos, mas além de emiti r CO2 e outros gases na atmosfera durante a fabricação, levam cerca de 100 anos para se decompor na natureza.

Na Aeronáutica, o Gru-po de Trabalho de Meio Ambiente e Sustentabilida-

de da DIRENG atua em con-junto com o Estado-Maior da Aeronáutica para desen-volver uma política de meio ambiente para toda a Força Aérea Brasileira.

Segundo a coordenadora do grupo, a Engenheira Am-biental Ana Beatriz de Sousa Gomes Brandão, o objeti vo é estabelecer práti cas susten-táveis na administração pú-blica, em consonância com recomendações do Ministé-rio do Meio Ambiente. O de-senvolvimento de projetos de engenharia com econo-mia de água e energia, além da gestão dos bens naturais de consumo e dos resíduos, são exemplos dessas práti-cas. “Primeiro, devemos pen-sar em reduzir o consumo e combater o desperdício, para só então desti nar o resíduo gerado corretamente”, afi r-ma a Engenheira Beatriz.

Economia de água - Na FAB, diversas organizações fazem campanhas com dicas simples que podem ajudar no

combate ao desperdício de água. Um exemplo foi a insta-lação de hidrômetros no Gru-pamento de Apoio do Rio de Janeiro. A medida diminui em 20 mil metros cúbicos o consu-mo de água e signifi cou uma economia de quase R$200 mil na conta entre 2011 e 2013.

Outra iniciati va é a cap-tação de água da chuva. Os projetos desenvolvidos pela DIRENG para edifi cações com grande área de cobertura de-verão ter esse item. A cons-trução da Seção de Combate a Incêndio do Destacamento de Aeronáutica de São Ga-briel da Cachoeira (AM) será um exemplo. “A água será uti -lizada em banheiros, jardins, lavagem de carros”, explica a autora do projeto, Tenente Engenheira Taísa Lopes.

Os projetos seguem re-comendações do governo fe-deral para incluírem caracte-rísti cas de sustentabilidade. “É uma exigência legal que promove consciência”, fi na-liza a engenheira.

Pequenas ações têm grande impacto no meio ambiente

Economize em casa e no trabalho

Desligue da tomada aparelhos que fi cam longos períodos sem uso, como computadores e carrega-dores de celular. Os apare-lhos continuam gastando energia no modo stand-by e podem representar de 10 a 15% do consumo.

Limpe os fi ltros do ar con-dicionado periodicamente. A sujeira dificulta a passagem de ar e faz o motor trabalhar mais.

Desligue o monitor ao ausentar-se da sala, mes-mo que seja para beber água ou tomar um café. Uma tela LCD de 17 pole-gadas consome cerca de 30 watt s quando está ati va. No modo “dormir”, o número cai para 1 watt .

Precisa mesmo? Pense antes de imprimir. E, quando possível, use os dois lados da folha. Incenti ve seus colegas a fazerem o mesmo.

Disposição. Opine, dê suas sugestões sobre for-mas de economizar. Sua postura consciente serve de exemplo para outros co-legas.

Tem um projeto interessante na sua

unidade? Conta para a gente.

Sua ideia pode ir para FAB TV:

redaçã[email protected]

*Dad

os do

porta

l plan

etasu

stentá

vel

Desligar o monitor, retirar aparelhos da tomada e trocar o copo descartável por canecas são alguns exemplos

Sargento Jackline adotou a caneca no trabalho

FOTO

: SGT

JOHN

SON

/ CEC

OMSA

ER

Page 11: NOTAER - Março de 2015

HAITI

FOTO

: BIN

FAE-

RJ

FOTO

: ARQ

UIVO

/ CEC

OMSA

ER

FOTO

: ARQ

UIVO

/ CEC

OMSA

ER

FOTO

: ARQ

UIVO

/ CEC

OMSA

ERFO

TO: A

RQUI

VO / C

ECOM

SAER

FOTO

: ARQ

UIVO

/ CEC

OMSA

ER

FOTO

: BIN

FAE-

MN

11Março - 2015

Infantaria do RJ treina para integrar missão de paz

Ajudar a manter a paz no Haiti . É com esse objeti vo que o pelotão composto por milita-res das Guarnições de Infanta-ria do Rio de Janeiro intensifi ca os treinamentos para integrar o 22º contingente Brasileiro na missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (MI-NUSTAH). O embarque do gru-po para Porto Príncipe, capital haiti ana, está previsto para o mês de maio e o retorno em novembro de 2015.

O pelotão da Força Aérea Brasileira (FAB) é composto por militares dos Batalhões de Infantaria da Aeronáuti-ca Especial do Rio de Janeiro (BINFAE-RJ), dos Afonsos (BIN-FAE-AF) e do Galeão (BINFAE--GL), além de integrantes do Batalhão de Infantaria da Base Aérea de Santa Cruz.

De acordo com o Tenente de Infantaria Fernando Braga Ferrão Galante, comandante do pelotão, a seleção dos mi-litares iniciou-se em outubro de 2014. “Eles passaram por testes que incluíram avaliação fí sica, psicotécnico, inspeção de saúde e ti ro. Do total de 40 escolhidos, entre reservas e ti tulares, todos voluntários, apenas 29 seguirão para a missão”, ressalta o ofi cial.

No mês de janeiro deste ano, o pelotão realizou três semanas de instrução para nivelamento de conhecimen-to com militares do Exército Brasileiro. Já os ofi ciais parti -ciparam de instruções no Cen-tro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), locali-zado no Rio de Janeiro.

Esta é segunda vez que militares das guarnições fl u-minenses participam desta missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU). A primeira ocorreu em novem-

bro de 2013. “Essa é a missão da nossa vida, pois além de trazer realização profi ssional é uma forma de projetar a imagem do Brasil no exterior”, avalia o Tenente Galante. “Conheceremos uma realida-de bem diferente e estamos moti vados, pois contribuire-mos para ajudar a população haiti ana. Toda a bagagem ad-quirida servirá não só para a troca de experiências com outros militares, mas também para nosso engrandecimento pessoal”, complementa o co-mandante do pelotão.

Nas ruas de Porto Prínci-pe, os militares da FAB farão patrulhas a pé e motorizada, escolta de comboio e con-trole de distúrbios. Para o Sargento Bruno Aragão Cou-ti nho, do BINFAE- AF, a mis-são será uma oportunidade profi ssional única. “No lado operacional teremos con-dição de colocar em práti ca tudo o que aprendemos du-rante toda a nossa carreira na FAB”, projeta o militar.

Pai de um bebê de ape-nas dois anos, o Sargento Ara-gão se prepara para fi car pelo menos seis meses longe da família.“Esta é a segunda vez que me candidato para ir ao Haiti . A primeira foi quando ainda servia no BINFAE de Bra-sília. Sempre ti ve vontade de cumprir essa missão. Minha esposa está me dando muito apoio. É a realização de um so-nho”, afi rma o Sargento.

RETROSPECTIVA

Ao lado você acompanha quais os Batalhões de Infan-taria da FAB já enviaram pe-lotões para a Missão de Paz da ONU no Haiti :

Este é o nono pelotão da Força Aérea Brasileira a integrar a missão da ONU para estabilização do país da América Central

8º Pelotão- Guarnições de Infantaria do Sul. Dezembro de 2014.

7º Pelotão – Batalhão de Infantaria da Ae-ronáuti ca Especial de Belém. Maio 2014.

6º Pelotão – Guarnições de Infantaria do Rio de Janeiro. Novembro de 2013.

5º Pelotão - Guarnições de Infantaria de São Paulo. Maio de 2013.

4º Pelotão – Militares da Base Aérea de Natal. Novembro de 2012.

3º Pelotão – Batalhão de Infantaria da Aero-náuti ca Especial de Brasília. Março de 2012.

2º Pelotão - Batalhão de Infantaria da Aeronáuti caEspecial de Manaus. Agosto de 2011.

1º Pelotão - Batalhão de Infantaria da Aeronáuti caEspecial do Recife. Fevereiro de 2011.

O pelotão é formado por militares dos Batalhões de Infantaria do Rio de Janeiro

Page 12: NOTAER - Março de 2015

FOTO

: SGT

XAV

IER

/ CDA

12 Março - 2015

SAÚDEESPORTEGESTÃONovo Regulamento de Administração da

Aeronáutica entra em vigor em abrilIncorporados novos sargentos temporários

São 53 novos arti gos que preveem desde melhorias

na gestão de recursos huma-nos a ações de sustentabili-dade. Essas são algumas das alterações do Regulamento de Administração de Aero-náuti ca (RADA) que entra em vigor a parti r de 30 de abril de 2015. “O RADA está mais detalhado, o que dá maior amparo para os gestores que trabalham na administração da Aeronáutica”, explica o chefe da Assessoria de Nor-mas e Assuntos Jurídicos, Co-ronel Intendente Luiz Carlos D’Agosti no. Mas as novidades não param por aí.

Pela primeira vez, 144 Unidades da Força Aérea Bra-sileira puderam enviar suas sugestões e críti cas para as modifi cações do documento. Durante sete meses de 2014, a Secretaria de Economia e Finanças da Aeronáutica (SEFA) disponibilizou em sua página o link “Atualiza RADA” para receber as propostas. “A melhor forma de trabalhar é ouvir quem está sentido o

problema lá na Base Aérea de Boa Vista, por exemplo, lá no almoxarifado, naquele canto que a gente não con-segue saber se não abrirmos um canal para conversa”, afi r-ma o Coronel D’Agosti no.

Das sugestões e conte-údos enviados por oficiais, graduados e civis da FAB, 96% foram aproveitados e podem ser conferidos no Regulamen-to. A última atualização do RADA aconteceu em 2004, e, ao longo de dez anos, foi criado um banco de dados com as dúvidas e melhorias, que também foram uti lizadas. Após a consolidação dos da-dos e feitas as modifi cações, o RADA foi concluído em dezembro de 2014 e está na fase de implementação.

Depois de 30 de abril, as unidades terão o prazo de seis meses para fazer a harmoniza-ção do RADA com os demais documentos que fazem refe-rência ao Regulamento. Você pode acessar o novo RADA pela página www.emaer.intra-er ou www.sefa.intraer.

Setenta e três atletas de alto rendimento foram

incorporados à Força Aérea Brasileira (FAB) como sargen-tos temporários. A cerimônia foi realizada em fevereiro na Comissão de Desportos da Aeronáuti ca (CDA), localizada no Rio de Janeiro.

Essa é a segunda turma de atletas incorporados e conta com esporti stas de re-nome, como Flávia Maria de Oliveira Paparella, campeã

brasileira de ciclismo de es-trada, e Rafael de Matt os An-driatt o, ciclista condecorado em dezembro de 2014 com o Prêmio Brasil Olímpico do Co-mitê Olímpico Brasileiro. Os novos militares prati cam di-versas modalidades que vão desde o atleti smo ao golfe.

O sargento Charlles Gol-tara Mariole, orador da tur-ma, demonstrou o quanto os valores militares acres-centam na roti na e na vida

de um atleta. “Agradeço à CDA pelos conhecimentos e comportamentos adquiri-dos durante o curso”, ressal-tou o militar da FAB.

Para o Vice-Presidente da CDA, Coronel Márcio Rocha, as conquistas da primeira tur-ma de atletas convocados são um exemplo para os novos militares da FAB. “O sonho vira realidade. Podemos ser os melhores quando nos pre-paramos para isso”, destacou.

Page 13: NOTAER - Março de 2015

FOTO

: CEN

IPA

FOTO

: SGT

REZ

ENDE

/ CEC

OMSA

ER

13Março - 2015

INICIATIVA

Dois anos de estudo, três mil experimentos, mais de 800 páginas de anotações e uma determinação sem medi-da. Assim, o Subofi cial Valmar da Silva Gama, do Centro de Investi gação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos (CENI-PA), conseguiu criar um bench unit, cadeia reduzida para a lei-tura de uma família de grava-dores de voo, mais conhecido como caixa-preta, empregado na aviação civil e militar. O in-vento signifi cou uma econo-mia de US$ 1,3 milhão para a Força Aérea Brasileira, valor que seria pago a um desenvolvedor de bancada no ex-terior.

B e n c h unit, em la-boratórios de gravadores de voo, refere-se a todo dispositi-vo eletro/eletrônico/digital capaz de obter da-dos binários e convertê-los

em unidades de engenharia (quilograma, pés por minuto, milhas por hora, etc). Os da-dos registrados na memória dos gravadores de voo são úteis para a investi gação de acidentes aeronáuti cos.

O especialista em eletrô-nica trabalha diretamente com gravadores de voo há cinco anos no Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo (Labdata), mas acumula muita experiên-cia em todo ti po de material aeronáutico embarcado. É formado em Ciência da Com-

putação e pós-gradu-ado em Segurança

da Aviação e A e r o n a v e -g a b i l i d a d e Continuada, pelo Insti tuto

Tec n o l ó g i co da Aeronáuti ca

(ITA).A m o t i va çã o

para desenvolver o projeto usado no Laboratório de Da-

dos veio do seu caráter ques-ti onador. “Até quando vamos ter de buscar soluções no exterior?”, perguntava-se. A invenção abre caminho para o CENIPA e para a indústria brasileira ousarem nesta área. “Torço para que o Bra-sil tenha indústria que fabri-que gravadores de voo”.

O inventor também dedi-ca-se a incenti var os colegas. “Nunca desista dos seus so-nhos, principalmente se você crê que pode realizá-los. O empreendedor sempre está no futuro, voltando ao pre-sente apenas para verifi car se as coisas estão caminhando conforme planejado”, afi rma.

Como reconhecimento, o militar foi condecorado, pela segunda vez na carrei-ra, com a Medalha-Prêmio Força Aérea Brasileira, en-tregue aos militares e civis do Comando da Aeronáutica que se destacam em criação técnica, operacional ou so-cial de interesse da FAB.

Histórico de invenções - Não é a primeira vez que o Subofi cial Gama cria inova-ção tecnológica importan-te. Em 2001, atuou na mo-dernização do simulador de voo do caça F-5E- único na América Lati na, na Base Aé-rea de Santa Cruz. Junto com equipe técnica, ele analisou componentes (hardware, soft ware, fi rmware) e ofere-ceu subsídios à implantação de nova tecnologia no simu-lador, com material nacional de últi ma geração disponível no Sistema de Material Béli-co e Aeronáuti co (SISMAB). Os recursos poupados che-garam a US$ 3,5 milhões.

Invenção de militar gera economia de US$ 1,3 mi

Pós-graduado pelo ITA, Subofi cial Gama trabalha há cinco anos no CENIPA

Quem chega ao hangar do Esquadrão de Ser-

viços e Suprimentos (ESM) - da Base Aérea de Brasília (BABR), depara-se com uma coleção de distintivos mili-tares. O responsável pelos 2 mil brasões da Força Aérea Brasileira, de forças auxilia-res e estrangeiras é o Sargen-to André Leandro Pereira.

A paixão começou há 15 anos. Mas, durante uma missão, em 2008, o projeto ganhou força. “Fui almoçar no rancho e três Cabos, sen-tados à minha frente, cada um de uma unidade dife-rente. Interessei-me sobre o

assunto”, conta o militar que expôs os quadros no Sábado Aéreo da capital federal.

Os quadros emoldurados guardam o que, para o gradu-ado, é “um baú de tesouros”. Cada disti nti vo de metal está milimetricamente alinhado, conforme altura e largura, tal qual uma tropa de cadetes. Ali estão representadas uni-dades já exti ntas, cuja herál-dica foi alterada ao longo dos anos e até as mais recentes. Além das Forças Armadas brasileiras, guarda com cari-nho distintivos da ex-União Soviéti ca, Força Aérea de Por-tugal e dos Estados Unidos.

Mecânico coleciona mais de 2 mil distintivos militaresMais de 95% das peças

foram doadas por colegas de profissão, amigos, sim-patizantes ou, até mesmo, conquistadas com um pouco de insistência.

Para fechar a coleção de unidades da FAB, faltam apenas 29 unidades. “É um prazer e uma satisfação enorme quando consigo cada um”, afirma.

que seria pago a um desenvolvedor de bancada no ex-

voo, refere-se a todo dispositi-vo eletro/eletrônico/

putação e pós-gradu-ado em Segurança

da Aviação e

da Aeronáuti ca (ITA).A m o t i va çã o

Page 14: NOTAER - Março de 2015

FOTO

: BAC

GFO

TO: C

B SI

LVA

LOPE

S / A

RQUI

VO C

ECOM

SAER

14 Março - 2015

SEGURANÇA DE VOO

EDUCAÇÃO

Sistema amplia prevenção de acidentes na FAB

Gastos com a compra do material escolar podem ser ressarcidos até este mês

A Sargento Ana Carolina Cardoso já fez o pedido

de ressarcimento dos gas-tos com o material escolar da fi lha, Camila Cardoso da Silva, de dois anos. Ela deu entrada com a documenta-ção na Seção de Assistência Social da Base Área de Cam-po Grande (veja documenta-ção necessária no quadro ao lado). Esta é a segunda vez que faz o pedido.

No ano passado, a Sar-gento recebeu, em sua conta corrente, quase a totalidade dos gastos com a aquisição do material da filha, estu-dante do maternal. “Esse projeto é muito bom, já que no início do ano a gente tem muitas despesas; mesmo que inicialmente seja neces-

sário desembolsar o dinhei-ro, depois as despesas são ressarcidas”, constata.

O Projeto Educação, co-ordenado pela Subdiretoria de Encargos Especiais (SDDE) da Diretoria de Intendência (DIRINT), ressarce parte das despesas com aquisição de material escolar e uniforme, desde o início da vida escolar até os cursos de graduação. Têm direito os militares da ati va, inati va, pensionistas e dependentes em situação de vulnerabilidade social.

O pedido deve ser solici-tado na Seção de Assistência Social da unidade até o fi nal de março. O valor máximo do benefí cio é de um salário mínimo por dependente. Os recursos do projeto são do

fundo de assistência social do Comando da Aeronáuti ca.

“Esse projeto é muito im-portante para que o militar e seus dependentes não iniciem o ano leti vo sem o material es-colar, tão importante para que tenham uma educação de qua-lidade”, ressaltou a Chefe da Di-visão de Serviço Social da SDEE, Tenente-Coronel Assistente So-cial Rita Emília Alves da Silva.

Para estudantes universi-tários, os pedidos, também, podem ser feitos no segundo semestre. O projeto auxilia, ainda, o pagamento de men-salidades de crianças com ne-cessidades especiais. Nesse caso, além da documentação ao lado, deve ser apresenta-do o laudo médico, com vali-dade de até 180 dias.

Documentos necessários:1) nota fi scal ou cupom fi scal do material escolar;2) cópia da declaração de benefi ciário;3) comprovante de matrícula escolar;4) lista do material solicitado pela escola;5) cópia do contracheque;6) comprovante de despesas (ex.: aluguel, condomínio...)

toda a cadeia de comando vê as etapas e documentos das investi gações e sabe em que parte elas estão pendentes. Com essa transparência, é natural que Esquadrões, Ba-ses Aéreas, Comandos Aére-os Regionais e mesmo o Co-mando Geral de Operações Aéreas (COMGAR) fiscalizem os trabalhos e otimizem

cada vez mais a gestão da segurança na FAB.

Com a nova versão do Sis-tema, os Ofi ciais de Seguran-ça de Voo terão acesso rápido a dados diversos, como frota envolvida nos acidentes, Re-comendações de Segurança cumpridas ou pendentes, lo-calidade das ocorrências no mapa, ti po de ocorrência, di-

vulgações operacionais, rela-tórios, gráfi cos, etc.

A prevenção de acidentes, para ser bem-sucedida, preci-sa estar baseada em informa-ções. E esse sistema oferece uma riqueza de dados para que os Ofi ciais de Segurança de Voo façam levantamentos online e assessorem seus co-mandantes. O SGSV já tem

544 ocorrências cadastra-das (entre acidentes, inci-dentes graves, incidentes e ocorrências de solo) e 255 Elos-Militares aptos a aces-sarem as informações. Para o CENIPA, a parti cipação de todos é importante porque, quanto mais os responsáveis se empenharem nas investi -gações, mais rapidamente será feita a prevenção.

Ao criar o sistema, o foco do CENIPA foi oferecer facilidades ao usuário, por meio de uma plataforma confi ável e de fácil uso. Com essa abundância de infor-mações à disposição dos ge-rentes da segurança de voo da Força Aérea Brasileira, será possível fazer previsões (análises de tendências) e eliminar cada vez mais o ris-co de acidentes. (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuti cos)

A investigação das ocor-rências aeronáuticas

que envolvem a frota da Força Aérea Brasileira está totalmente informatizada. O Sistema de Gerenciamen-to da Segurança de Voo (SGSV), hospedado na intra-er, começou a funcionar em junho de 2014, na versão 1.0, abrangendo a investi-gação. Em abril de 2015, o Sistema começa a operar na versão 2.0, incluindo o ge-renciamento da prevenção.

O Sistema já permite que os elos militares do Sistema de Investigação e Prevenção de Aciden-tes Aeronáuti cos (SIPAER) acompanhem o andamento dos trabalhos de investi ga-ção desde a noti fi cação da ocorrência até a conclusão do Relatório Final. Assim,

Page 15: NOTAER - Março de 2015

FOTO

: SGT

REZ

ENDE

/ CEC

OMSA

ER

15Março - 2015

ENTRETENIMENTO

Jogo dos seis erros

Caça palavrasNo mês do Especialista, selecionamos profissões dos graduados na Aeronáutica. Em negrito, os nomes das especialidades para você localizar abaixo:

1. Comunicações / 2. Controle de Tráfego Aéreo / 3. Informações Aeronáuti cas / 4. Eletricidade e Instru-mentos / 5. Estrutura e Pintura / 6. Equipamento de Voo / 7. Eletricidade / 8. Mecânica de Aeronaves / 9. Material Bélico / 10. Meteorologia / 11. Sistemas de Informação.

Resposta da edição anterior Você sabia?Localizada em Guaratinguetá-SP, a Escola de Especialistas de Aeronáutica é o maior complexo de ensino técnico da América Latina.

ARTE

: TUR

MA D

O FA

BINH

O / C

ECOM

SAER

Page 16: NOTAER - Março de 2015

O projeto I-X

prevê a aquisição de seis aeronaves Legacy 5

00

para renovar a frota de aviões-laboratório do G

rupo de Inspeção em V

oo (GE

IV) a partir de 2

016

. E

ssa unidade

da A

eronáutica é

responsável por

medir, aferir e calibrar os equipam

entos auxiliares à navegação aérea instalados em

aeroportos de todo o país. S

omente no ano passado foram

realizadas mais de

100

0 horas de voo e inspecionados aproxim

adamente

70

0 auxílios. A

tarefa é fundamental para a segurança

das operações aéreas no Brasil.

CO

NS

TR

UIN

DO

O F

UTU

RO

Projetos E

stratégic

os d

a F

AB

FOR

ÇA

AÉR

EA B

RA

SILEIRA

ARTE: DIVULGAÇÃO / EMBRAER