nota tcnica-caracterizao da gua e da floresta...

BR 262 KM 0 –SNº- Jardim América- Cariacica/ES- Cep 29140-500 Tel: (27) 31363523 Fax:3136-3525 1

NOTA TÉCNICA NOTA TÉCNICA NOTA TÉCNICA NOTA TÉCNICA 02020202 ---- CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA E COBERTURA CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA E COBERTURA CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA E COBERTURA CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUA E COBERTURA

FLORESTAL NA SUBBACIA DO RIO BATATAL, ÁREA PILOTO DO PROJETO PRODUTORFLORESTAL NA SUBBACIA DO RIO BATATAL, ÁREA PILOTO DO PROJETO PRODUTORFLORESTAL NA SUBBACIA DO RIO BATATAL, ÁREA PILOTO DO PROJETO PRODUTORFLORESTAL NA SUBBACIA DO RIO BATATAL, ÁREA PILOTO DO PROJETO PRODUTORESESESES DE DE DE DE

ÁGUAÁGUAÁGUAÁGUA....

Fábio AhnertFábio AhnertFábio AhnertFábio Ahnert 1111

Robson Monteiro dos SantosRobson Monteiro dos SantosRobson Monteiro dos SantosRobson Monteiro dos Santos 2222

José MachadoJosé MachadoJosé MachadoJosé Machado 3333

Thiago BeloteThiago BeloteThiago BeloteThiago Belote4444

OBJETIVOOBJETIVOOBJETIVOOBJETIVO

Nesta nota técnica busca-se realizar um diagnostico que possibilite a caracterização da

qualidade da água e a delimitação do mosaico florestal, bem como a sua composição,

dentro da sub-bacia do Rio Batatal em Alfredo Chaves. Esse diagnóstico será utilizado em

avaliações futuras no que se refere ao cumprimento das metas do Projeto ProdutorES de

Água.

Ressaltamos que o Projeto ProdutorES de Água tem como objetivo, a priori, implementar

o mecanismo de pagamento por serviços ambientais (PSA) na bacia do rio Benevente

onde a sub-bacia do Rio Batatal será a primeira área de ação. O mecanismo de PSA é a

ferramenta utilizada pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA)

para incentivar a recuperação florestal e a manutenção de fragmentos florestais já

existentes nas áreas potencialmente fornecedoras de sedimentos aos corpos hídricos

dentro das propriedades rurais. Esse incentivo se dará através da compensação financeira

1 Diretor de Recursos Hídricos do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – IEMA(ES)

2 Gerente de Recursos Hídricos do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – IEMA(ES).

3 Analista de Recursos Hídricos do Instituto Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – IEMA(ES)

4 Geógrafo do Instituto BioAtlântica – IBIO.


ao proprietário rural que possibilite a natureza a prestar o serviço ambiental de aumento

da qualidade e disponibilidade de água.

Através de revisão bibliográfica e visitas técnicas, e munidas do Sistema de Informações

Geográficas (SIG), constatou que a Sub-Bacia do Rio Batatal é um laboratório natural para

a implantação do projeto supracitado.

1 1 1 1 –––– CARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA FLORESTALCARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA FLORESTALCARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA FLORESTALCARACTERIZAÇÃO DA COBERTURA FLORESTAL

A área da sub-bacia do Batatal apresenta fragmentos florestais conservados, sendo sua

grande maioria em estágio sucessional secundário médio ou avançado, esse fato se torna

relevante, pois esses fragmentos funcionam como fontes de propágulo florestal, ou seja,

áreas com um potencial para dispersão de espécies nativas em áreas degradadas ou de

culturas improdutivas, proporcionando um crescimento quali-quantitativo das florestas

numa escala temporal reduzida.

Fotos 1 e 2 – Fragmentos Florestais em bom estado de conservação

Outro aspecto da sub-bacia é o fato dos topos de morros estarem, em sua maior parte,

conservados o que proporciona uma conectividade dentro do mosaico florestal

possibilitando o fluxo gênico através dos fragmentos.


Figura 01 – Uso e Ocupação do Solo

1.1 1.1 1.1 1.1 –––– Metodologia para caracterização florestal. Metodologia para caracterização florestal. Metodologia para caracterização florestal. Metodologia para caracterização florestal.

Para fazer a caracterização da Cobertura Florestal na sub-bacia do Batatal, utilizou-se um

Banco de Dados composto de informações da GEOBASE – ES, ortofotos e levantamentos

em campo realizados com GPS (Global Position System). Esses dados foram processados

pelo Sistema de Informações Geográficas (SIG) - Programa KOSMO 1.2.


Primeiramente, foram delimitadas as áreas potenciais prestadoras de serviços ambientais.

Conforme descrito no decreto de regulamentação da lei do PSA essas áreas são as zonas

ripárias. Vale ressaltar que num primeiro momento como não existem estudos aplicados

e validados dentro do estado do Espírito Santo estas áreas foram instituídas como as

áreas à 100m de cada lado das estradas vicinais e dos cursos d’água.

Para classificar e delimitar o mosaico florestal de interesse do Projeto ProdutorES de Água

utilizou-se a seguinte metodologia:

1 – Em visita a campo foram identificadas e georeferenciadas, com repetições e

representatividade, algumas unidades de amostras das variações de tipologia florestais

na sub bacia do Rio Batatal.

2 – Sobrepondo as ortofotos (IEMA-VALE) com o levantamento de campo

georeferenciado, observaram-se as “texturas” nas ortofotos correspondente às tipologias

florestais presente na sub bacia do Rio Batatal.

3 – Dessa forma criaram-se padrões de identificação (“textura” nas ortofotos) para

as tipologia florestal observadas em campo.

• Padrão 01: abrange os estágios de regeneração primário, secundário médio

e avançado;

• Padrão 02: abrange o estágio secundário inicial (capoeirão).

4 – Posteriormente utilizando os padrões de identificações criados para as

ortofotos delimitou-se o mosaico florestal das áreas potenciais prestadoras de serviços

ambientais.


Figura 02– Cobertura Florestal nas áreas prestadoras de Serviços Ambientais no ano de 2007.

2 2 2 2 –––– CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA CARACTERIZAÇÃO DA ÁGUA

2.1 2.1 2.1 2.1 –––– A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO Batatal. A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO Batatal. A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO Batatal. A BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO Batatal.

A sub bacia do Rio Batatal, com uma área de 11.137 ha, é a sub-bacia de maior

contribuição ao Rio Benevente, sendo responsável por aproximadamente 11 % de toda a


vazão. Demuner (2008) em seu estudo que sistematizou as vazões de referência 50% (Q7,

10)5 do Rio Benevente, usando três métodos diferentes, indicou que a Sub-bacia do Rio

Batatal apresenta uma vazão mínima (l/s) de:

• Método Plano Estadual de Recursos Hídricos: 542,05542,05542,05542,05 l/s

• Método Marisa COSER: 400,05400,05400,05400,05 l/s

• Método AQUACONSULT: 379379379379 l/s

Usando a mesma metodologia, Demuner (2008) aponta que a vazão de referência 50%

(Q7, 10) do Rio Benevente, é de:

• Método Plano Estadual de Recursos Hídricos: 6693,306693,306693,306693,30 l/s

• Método Marisa COSER: 3434343434343434 l/s

• Método AQUACONSULT: 3419341934193419 l/s

Esses dados demonstram a importância dessa bacia no que concerne ao volume de água

que deságua na calha principal do Rio Benevente.

2.2 2.2 2.2 2.2 –––– CRITÉRIOS QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DA ÁGUA CRITÉRIOS QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DA ÁGUA CRITÉRIOS QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DA ÁGUA CRITÉRIOS QUE INFLUENCIAM NA QUALIDADE DA ÁGUA

2.2.1 – DECLIVIDADEDECLIVIDADEDECLIVIDADEDECLIVIDADE

A declividade é o grau de inclinação de um terreno, em relação à linha do horizonte,

podendo ser expressa também em percentagem, medida pela tangente do ângulo de

inclinação multiplicada por 100.

5 Foi escolhido o índice de 50% da QFoi escolhido o índice de 50% da QFoi escolhido o índice de 50% da QFoi escolhido o índice de 50% da Q7,107,107,107,10, devido ao fato da análise técnica de Outorga ser baseado nessa vazão mínima de , devido ao fato da análise técnica de Outorga ser baseado nessa vazão mínima de , devido ao fato da análise técnica de Outorga ser baseado nessa vazão mínima de , devido ao fato da análise técnica de Outorga ser baseado nessa vazão mínima de

referência.referência.referência.referência.


A região da SubBacia do Rio Batatal apresenta vales encaixados, com encostas íngremes,

onde as declividades são em sua grande maioria acima de 20% de inclinação. (MAPA 02).

Figura 03 – Declividade

Sabe-se que em superfícies declivosas, a supressão da floresta e o manejo inadequado

de práticas agrícolas, aumentam o risco de escoamento superficial, carregando toneladas

de sedimentos para os cursos d’água.


2.2.2 2.2.2 2.2.2 2.2.2 –––– PLUVIOMETRIA PLUVIOMETRIA PLUVIOMETRIA PLUVIOMETRIA

A chuva tem papel importante no ciclo hidrológico. Ela é responsável pela recarga dos

aquíferos e da manutenção de nascentes e olhos d’água. Na região de Alfredo Chaves,

estão registrados as maiores médias pluviométricas do Estado, que ultrapassam 2100

mm anuais.

Gráfico 01: Média Mensal da Precipitação e de Dias Chuvosos no município de Alfredo Chaves

Fonte: Sistema de Informações Agrometeorológicas - INCAPER

Sendo assim, as chuvas que contribuem para a abundância hídrica da região, podem ser

responsáveis pela erosão devido ao impacto das gotas de chuva em solos desprotegidos

de florestas.

2.2.3 2.2.3 2.2.3 2.2.3 –––– COBERTURA FLORESTAL COBERTURA FLORESTAL COBERTURA FLORESTAL COBERTURA FLORESTAL

A Cobertura Florestal está relacionada ao amortecimento do impacto direto das gotas da

chuva no solo e a diminuição da velociadade do escoamento superficial e sub

subpervidial das águas, aumentando assim a infiltração no solo, garantindo dessa a

recarga de lençois freaticos e a manutenção uniforme em um intervalo de tempo dos

cursos d’água.


2.3 2.3 2.3 2.3 –––– PONTOS DE COLETA DE DADOSPONTOS DE COLETA DE DADOSPONTOS DE COLETA DE DADOSPONTOS DE COLETA DE DADOS

Com o intuito de criar um “marco zero” para futuras comparações no que diz respeito à

mudança da qualidade da água foi realizada uma campanha de coleta de dados pela

equipe do Projeto ProdutorES de Água no mês de Setembro. Foram escolhidos 11 pontos

para monitoramento na calha principal do Rio Batatal. Esses pontos foram selecionados

usando como critérios a facilidade de acesso e de obtenção das coletas (pontes ou

margens de fácil acesso), evitando a movimentação do corpo hídrico e conseqüentemente

a suspensão de sedimentos. Em cada ponto foram coletadas as seguintes informações:

coordenadas de localização, condutividade, pH, turbidez, fotos que possibilitem a

caracterização da paisagem e anotações de campo. No exercício de coleta, foram

utilizados os equipamentos turbidímetro, condutivímetro e o phmetro, do Laboratório de

Análise e Parâmetros Ambientais do IEMA (SUAPA) além de GPS com o Datum Horizontal –

WGS 84 e câmera fotográfica digital.

2.3.1 2.3.1 2.3.1 2.3.1 –––– Ponto de Coleta ZERO: Ponte com Marco do Rio Batatal, próximo a nascente Ponto de Coleta ZERO: Ponte com Marco do Rio Batatal, próximo a nascente Ponto de Coleta ZERO: Ponte com Marco do Rio Batatal, próximo a nascente Ponto de Coleta ZERO: Ponte com Marco do Rio Batatal, próximo a nascente ----

Comunidade de AparecidComunidade de AparecidComunidade de AparecidComunidade de Aparecidinha inha inha inha

X – 324457

Y – 7738267

Fotos 03 e 04: Coleta de Dados no Ponto ZERO


2.3.2 2.3.2 2.3.2 2.3.2 –––– Ponto de Coleta 01: Ponte de concreto Ponto de Coleta 01: Ponte de concreto Ponto de Coleta 01: Ponte de concreto Ponto de Coleta 01: Ponte de concreto –––– Counidade de Aparecidinha Counidade de Aparecidinha Counidade de Aparecidinha Counidade de Aparecidinha

X – 323607

Y – 7737186

Fotos 05 e 06: Ponto de Coleta 01

2.3.3 2.3.3 2.3.3 2.3.3 –––– Ponto de Coleta 02: Fr Ponto de Coleta 02: Fr Ponto de Coleta 02: Fr Ponto de Coleta 02: Fragmento Frondoso agmento Frondoso agmento Frondoso agmento Frondoso –––– Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal

X – 322899

Y – 7734336

Fotos 07 e 08 – Ponto de coleta 02


2.3.42.3.42.3.42.3.4–––– Ponto de Coleta 03: Ponte próximo a Eucaliptal Ponto de Coleta 03: Ponte próximo a Eucaliptal Ponto de Coleta 03: Ponte próximo a Eucaliptal Ponto de Coleta 03: Ponte próximo a Eucaliptal –––– Comunidade de São Bento do Comunidade de São Bento do Comunidade de São Bento do Comunidade de São Bento do

BatatalBatatalBatatalBatatal

X – 322080

Y – 7731928


2.3.5 2.3.5 2.3.5 2.3.5 –––– Ponto de Coleta 04: Ponte no Bambuzal Ponto de Coleta 04: Ponte no Bambuzal Ponto de Coleta 04: Ponte no Bambuzal Ponto de Coleta 04: Ponte no Bambuzal –––– Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal Comunidade de São Bento de Batatal

X – 320987

Y – 7728807



2.3.6 2.3.6 2.3.6 2.3.6 ---- Ponto de Coleta 05: Ponte de Concreto Ponto de Coleta 05: Ponte de Concreto Ponto de Coleta 05: Ponte de Concreto Ponto de Coleta 05: Ponte de Concreto –––– Comunidade de Batatal Comunidade de Batatal Comunidade de Batatal Comunidade de Batatal

X – 319969

Y – 7726313

Fotos 13 e 14 – Ponto de Coleta 05

2.3.7 2.3.7 2.3.7 2.3.7 –––– Ponto de Coleta 06: Ponte de Madeira Ponto de Coleta 06: Ponte de Madeira Ponto de Coleta 06: Ponte de Madeira Ponto de Coleta 06: Ponte de Madeira –––– Comunidade São Francisco de Batatal Comunidade São Francisco de Batatal Comunidade São Francisco de Batatal Comunidade São Francisco de Batatal

X – 318123

Y – 7722942



2.3.8 2.3.8 2.3.8 2.3.8 –––– Ponto de Coleta 07: Ponte sobre pedras no R Ponto de Coleta 07: Ponte sobre pedras no R Ponto de Coleta 07: Ponte sobre pedras no R Ponto de Coleta 07: Ponte sobre pedras no Rio Batatal io Batatal io Batatal io Batatal –––– Comunidade Barra de Comunidade Barra de Comunidade Barra de Comunidade Barra de

BatatalBatatalBatatalBatatal

X - 316216

Y - 7720928


2.3.9 2.3.9 2.3.9 2.3.9 –––– Ponto de Coleta 08: Foz do Rio Batatal Ponto de Coleta 08: Foz do Rio Batatal Ponto de Coleta 08: Foz do Rio Batatal Ponto de Coleta 08: Foz do Rio Batatal

X – 314758

Y – 7718960

Fotos 19 e 20 – Ponto de Coleta 08.


2.3.10 2.3.10 2.3.10 2.3.10 –––– Ponto de Coleta 09: Calha d Ponto de Coleta 09: Calha d Ponto de Coleta 09: Calha d Ponto de Coleta 09: Calha de Principal do Rio Benevente (Antes da Foz do Rio e Principal do Rio Benevente (Antes da Foz do Rio e Principal do Rio Benevente (Antes da Foz do Rio e Principal do Rio Benevente (Antes da Foz do Rio

Batatal)Batatal)Batatal)Batatal)

X – 314683

Y – 7718945


2.3.11 2.3.11 2.3.11 2.3.11 –––– Ponto de 10: Calha Principal do Rio Benevente, após junção dos rios Batatal e Ponto de 10: Calha Principal do Rio Benevente, após junção dos rios Batatal e Ponto de 10: Calha Principal do Rio Benevente, após junção dos rios Batatal e Ponto de 10: Calha Principal do Rio Benevente, após junção dos rios Batatal e

BeneventeBeneventeBeneventeBenevente

X – 314849

Y – 7718884



2.4 2.4 2.4 2.4 –––– RESULTADO DA COLETA DA ÁGUA RESULTADO DA COLETA DA ÁGUA RESULTADO DA COLETA DA ÁGUA RESULTADO DA COLETA DA ÁGUA

Compilando as informações numa planilha, segue os 11 pontos com seus respectivos

dados:

PONTOS TURBIDEZ (FTU) CONDUTIVIDADE pH

ZERO 08 0,10 7,14

01 11 0,11 7,06

02 14 0,10 7,21

03 13 0,10 7,28

04 11 0,10 7,33

05 09 0,10 7,37

06 07 0,10 7,64

07 06 0,10 7,70

08 09 0,10 7,70

09 19 0,09 7,68

10 15 0,09 7,76

Para a interpretação dos valores de turbidez foi comparado os dados obtidos em campo

com os parâmetros de enquadramento dos cursos d’água descritos na resolução

CONAMA 357/05. A classe de enquadramento utilizada para a comparação foi a Classe II

para águas doces. Essa escolha foi baseada no Capítulo VI art. 42 da resolução citada

acima que classifica todas as águas doces superficiais Classe II quando não há um

enquadramento realizado pelos agentes gestores dos recursos hídricos da bacia em

questão.

Dentro da Classe II para águas doces está estabelecido o teto de 100 FTU como

parâmetro aceitável para turbidez, assim os resultados da tabela acima são satisfatórios.

A interpretação dos valores de condutividade se dará quando houver a formação de uma

série histórica de monitoramento da condutividade na sub-bacia. Essa série histórica

possibilitará uma avaliação da quantidade de bases que serão incorporadas ou deixaram

de ser incorporadas, através da lixiviação, aos corpos hídricos em um intervalo de tempo.


Não obstante os pontos na sub-bacia do Batatal para o Projeto ProdutorES de Água, o

IEMA – SUAPA realiza Campanhas de Monitoramento de Águas Interiores, nas bacias

hidrográficas capixabas, no intuito de analisar diversos parâmetros de qualidade da água.

Na Bacia do Rio Benevente, são dois pontos de coleta na calha principal do mesmo,

localizados:

• Ponto 01 - Na rodovia ES-146, a 2 km de Alfredo Chaves;

• Ponto 02 - Na localidade de Jabaquara, sob a ponte na BR-101.

ANO PONTOS CAMPANHA TURBIDEZ

(FTU)

CONDUTIVIDADE

(µS/cm) pH

10/5/2006 6,98 80,0 7,03 Ponto 01

27/9/2006 45 33,4 6,99

10/5/2006 9,13 90,0 6,85 2006

Ponto 02 27/9/2006 18 37,0 7,30

5/3/2007 76 32,8 8,28

6/3/2007 76 33,7 7,90 Ponto 01

7/3/2007 236 48,9 7,97

5/3/2007 24 37,2 7,63

6/3/2007 32 44,5 6,90

2007

Ponto 02

7/3/2007 216 59,0 6,31

nota tcnica-caracterizao da gua e da floresta...

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