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CARACTERIZAÇÃO DE CERÂMICAS DE TIO2 CONFORMADAS POR CONSOLIDAÇÃO COM PROTEÍNA COMERCIAL DE SOJA
Santana¹, J.G.A., Minatti¹, J.L., Santos, F.P.², Campos, E.²
¹ Laboratório de Cerâmica, Departamento de Materiais e Tecnologia
UNESP, campus de Guaratinguetá, SP - CEP 12.516-410
² Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR) – Guaratinguetá, SP
RESUMO
O uso do TiO2, que se restringia à produção de tintas, cosméticos,
medicamentos e microeletrônica, tem se diversificado devido às novas técnicas de
fabricação como a de conformação por consolidação. Esta utiliza propriedades,
como a do amido, de formar ligações resistentes, elevando o valor da resistência
mecânica. Este trabalho propôs verificar e comparar algumas características
mecânicas de cerâmicas de TiO2 consolidadas com amido comercial de milho e
com proteína de soja, aproveitando o potencial de produção brasileira de soja.
Foram confeccionadas amostras sob a forma de barras, segundo a norma ASTM
C1161/94. A caracterização constou de ensaio de flexão por três pontos, medidas
de rugosidade superficial e densidade aparente, além da verificação através de
microscopia óptica. Os resultados mostraram que a utilização da soja é uma boa
opção para produção destas cerâmicas.
Palavras-chaves: Dióxido de titânio, amido de milho, soja, consolidação
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INTRODUÇÃO O processo de conformação com proteínas é relativamente novo. Em estudos
recentes, foram utilizadas proteínas globulares como albumina existente no
plasma do sangue e na clara do ovo, para obtenção de cerâmicas densas (1).
A soja é uma cultura originada da região leste da China (século XI a.C.) e foi
introduzida na Europa a partir do século XVIII, chegando ao continente americano
em 1765, com registro de plantio na Geórgia (2). No Brasil, o plantio para produção
de grãos foi realizado em 1941 no Rio Grande do Sul, quando foram cultivadas
450 toneladas (2).
Atualmente ela é utilizada nos mais variados setores como o alimentício
(leites, sopas, molhos, etc), químico (produção de tintas e colas), farmacêutico
(protetores solares) e na área médica (através do combate ao câncer e
alcoolismo). Pode ser encontrada nas seguintes formas alimentícias: feijão,
alternativo para carne, concentrado de proteína de soja, farinha de soja, leite de
soja, óleo de soja, proteína de soja isolada (92% de proteína), proteína texturizada
de soja (70% de proteína), tofu, etc.(3). Aproveitando-se da capacidade do Brasil
de segundo maior produtor de soja (52 milhões de toneladas colhidas em 2003)
superado apenas pelos EUA (4), foi utilizada nesse trabalho tal matéria prima para
conformação de corpos cerâmicos porosos, através da técnica de conformação
direta. Foi feita uma comparação entre as características e propriedades
mecânicas obtidas com as cerâmicas conformadas com proteínas vegetais e as
conformadas com amido de milho.
MATERIAIS E MÉTODOS
Conformação utilizando proteínas de soja
Foram utilizados na obtenção dos corpos cerâmicos dióxido de titânio (TiO2),
dois tipos de proteínas (texturizada e extrato de soja) e açúcar.
O TiO2 (rutilo), utilizado na forma de pó com 98,5% de pureza e densidade
média de 4,23 g/cm3, foi comercializado pela LABSYNTH SA. O extrato e a
proteína texturizada de soja utilizados foram fabricados pela Yoki Alimentos S.A
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(MaisVita). A proteína texturizada de soja foi obtida por um processo de cozimento
específico (extrusão), seguido por uma secagem. A Tabela I fornece os elementos
constantes tanto na composição da proteína texturizada como na do extrato de
soja.
Tabela I – Composição da proteína texturizada e do extrato de soja de acordo
com informação do fabricante.
Proteína Texturizada Extrato de Soja (porção de 50g) (porção de 30g) Carboidratos 10g 8g Proteínas 24g 13g Gorduras Totais 0 0 Gorduras Saturadas 0 1g Colesterol 0 0 Fibra Alimentar 10g 0 Cálcio 142mg 83mg Ferro 4,90mg 1,50mg Sódio 0 65mg
Para manter a estabilidade da suspensão utilizou-se Disperlam LA como
defloculante.
Na conformação dos corpos cerâmicos, foi utilizada uma composição de 40%
de sólidos, dos quais 10% com agente ligante e formador de poros (proteína de
soja e açúcar) em percentuais de soja que variaram de 70 a 90%, em massa.
A proteína texturizada e o extrato de soja (densidades de 1,44 e 1,20 g/cm3)
foram usados, respectivamente, na forma granular desidratada e na forma de pó.
Em função disso, para a preparação da proteína texturizada, primeiro fez-se uma
moagem em almofariz mecânico seguido de peneiramento. Quanto ao extrato, na
forma de pó, em virtude da grande tendência de aglomeração, foi utilizado sem
nenhum tipo de tratamento.
No processamento, os pós (TiO2, proteínas texturizada ou extrato e açúcar)
foram misturados em meio aquoso (barbotina) e colocados em um agitador
mecânico, durante aproximadamente 20 minutos, quando então foram vertidos em
moldes lubrificados.
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Os moldes contendo a solução foram colocados em estufa e deixados para
gelatinizar durante duas horas à temperatura de 80°C, seguidos de secagem por
igual tempo à temperatura entre 100 e 110°C. Quando aquecidas, as moléculas
das proteínas gelatinizam na presença de água. Isso ocorre porque as cadeias
constituídas por peptídeos formam uma rede de gel tridimensional e termo–
irreversível (coagulação) pela formação de novas pontes de hidrogênio (1) . Nessa
fase há formação de uma solução coloidal de proteínas, exibindo propriedades
mais associadas a um sólido do que a um líquido (5).
As peças foram então pré-sinterizadas a 1000ºC e sinterizadas a 1450°C,
com taxa de aquecimento de 3°C/min e patamar de 60 minutos, sendo retiradas a
temperatura ambiente, após 24 h.
As proteínas de soja, em virtude da sua alta hidrofobicidade e suficiente
flexibilidade molecular (6), possuem grande tendência para a formação e
estabilização de espumas devido à rápida atração na interface ar-água. Supõe-se
que ao colocá-las em soluções aquosas, sejam introduzidas bolhas de ar e as
moléculas de proteínas sejam adsorvidas à interface entre o ar e a água por áreas
hidrofóbicas (1). A redução na tensão de superfície causada por adsorção da
proteína facilita a formação de novas interfaces e mais bolhas são criadas (1). Isto
gera um grande problema quando a finalidade é conformar peças cerâmicas
densas, ou mesmo porosas. Para evitá-lo, deve ser utilizado um agente
antiespumante (lipídios, por exemplo).
Observou-se, no decorrer da confecção das cerâmicas, que em determinadas
concentrações de proteínas havia uma dificuldade na execução da barbotina em
virtude do aumento da sua consistência. Tal fato ocorria pela absorção de grande
parte da água pela proteína texturizada ou pelo extrato de soja. Para viabilizar a
execução do processo, introduziu-se açúcar à mistura que, além de reforçar o
efeito ligante junto à soja, por ser um pó inerte e orgânico, individualiza os grãos
atuando como dispersante mecânico durante o processo de mistura (7).
Aparentemente, assim como ocorre com o amido (8), há uma competição entre a
soja e o açúcar pela água dificultando o processo de hidratação.
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Conformação utilizando amido
Para comparar os resultados obtidos com as cerâmicas conformadas com
proteínas foram utilizadas como referência dados das cerâmicas conformadas
com TiO2 (rutilo) e amido de milho comercial, este último produzido pela
Refinações de Milho Brasil SA. Para obtenção destas cerâmicas foram utilizadas
composições com 50% de sólidos, em volume, dos quais 5 e 15% em massa de
amido (9). Seu processamento seguiu as seguintes etapas: gelatinização (≈ 70ºC),
secagem (≈ 110ºC), pré-sinterização (≈ 1000ºC) e sinterização, que ocorreu a
1450ºC, com taxa de aquecimento de 3°C/min e patamar de 60 minutos.
Caracterização das amostras
A determinação da rugosidade superficial foi realizada utilizando-se um
rugosímetro MITUTOYO-SURFTEST 301 com ponta de diamante, sendo medidos
para análise os parâmetros: Ra (rugosidade média) e Rt (rugosidade total).
A determinação da resistência mecânica foi realizada através do ensaio de
flexão por 3 pontos, segundo a norma ASTM C-1161/94. Onde se obteve o valor
médio da tensão de ruptura do material (σ).
Após a execução do processo de lixamento e polimento foi realizado ataque
térmico a uma temperatura de 1000°C com patamar à mesma temperatura
durante 15 min e taxa de aquecimento de 3°C/min. Este procedimento tornou os
elementos da microestrutura mais visíveis, facilitando o processamento das
imagens.
Para captura e caracterização das imagens e, em função do tamanho dos
poros, utilizou-se estereóscopio Leica GZ6 (ampliação de 20 vezes), microscópio
Neophot 30 (ampliação de 8 vezes) e os softwares Imagem-Pro Express (captura
das Imagens) e Imagem J (tratamento e análise quantitativa).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A utilização de proteínas vegetais mostrou ser possível a conformação de
cerâmicas porosas. A grande quantidade de espumas causou problemas
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relacionados com o aparecimento de trincas e laminações no processo de
secagem. É possível que tal fato tenha ocorrido em virtude da não
homogeneização do material, em decorrência da interface ar-água, embora a
solução tenha permanecido em agitador mecânico, a velocidade constante,
durante o período de 20 minutos. Percebeu-se, também, através da análise visual
das amostras, que a quantidade de trincas e laminações crescia com o aumento
do percentual de proteínas (e conseqüente diminuição do açúcar), provocando um
aumento excessivo do espessamento da solução como decorrência da grande
quantidade de carregamento sólido. Nessas condições, as soluções cerâmicas
eram vertidas com dificuldade.
A Figura 1 mostra a diferença de comportamento da soja quando gelatinizada
na presença ou não de açúcar. Primeiro, foi utilizada proteína texturizada ou
extrato de soja misturado com água e depois, a esses materiais foi acrescentado o
açúcar.
CCoomm aaççúúccaarr CCoomm aaççúúccaarr
(a) (b) Figura 1 – Influência do açúcar no processo de absorção de água quando
utilizada respectivamente com: (a) proteína e (b) extrato de soja.
À medida que a quantidade de açúcar vai diminuindo, em função do aumento
da soja, o engrossamento da solução vai dificultando a sua homogeneização até
que se torna impossível sua conformação.
Algumas peças, após a sinterização, apresentaram grandes trincas e
laminações, que em algumas vezes permitiam sua fratura com facilidade.
Observou-se que tal fenômeno ocorria comumente naquelas peças com alto teor
de proteína, possivelmente causadas pela quantidade de bolhas de ar formadas.
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Os resultados obtidos através do ensaio de flexão por três pontos e a
densidade aparente, confirmam a influência das proteínas na formação de bolhas.
A maior quantidade de fibra alimentar e carboidratos nas amostras com
proteína texturizada produziu um aumento considerável no nível de porosidade,
com conseqüente redução na resistência mecânica, como é apresentado nas
Tabelas II e III.
Tabela II - Valores obtidos após ensaio de flexão por três pontos.
Composição inicial: carregamento de sólidos
Material orgânico Parâmetro
Extrato de soja (%) Açúcar (%) σ (MPa) 70 30 3,23 80 20 3,76
90% de TiO2 e 10% de extrato de soja e açúcar
90 10 3,67 Proteína de soja (%) Açúcar (%) σ (MPa)
70 30 5,90 80 20 2,17
90% de TiO2 e 10% de proteína texturizada de
soja e açúcar 90 10 1,50
Amido de milho (%) σ (MPa) 5 48,80
TiO2 e amido de milho
15 88,00
Tabela III – Valores de porosidade aparente (Pa), densidade aparente (da) e
densificação (dens.)
Composição inicial -sólidos
Material orgânico Parâmetros
Extrato de soja (%) Açúcar (%) Pa(%) da(g/cm3) dens.(%)70 30 12,92 3,11 73,55 80 20 18,37 2,65 62,70
90% de TiO2 e 10% de extrato e açúcar 90 10 11,35 3,17 75,05
Proteína de soja (%) Açúcar (%) Pa(%) da(g/cm3) dens.(%)70 30 10,82 3,31 78,15 80 20 34,07 2,56 60,56
90% de TiO2 e 10% de proteína e
açúcar 90 10 44,80 2,20 52,12 Amido de milho (%) Pa(%) da(g/cm3) dens.(%)
5 4,31 3,85 90,60
TiO2 e amido de milho
15 7,35 3,57 84,00 Provavelmente, durante o corte, o excesso de bolhas existentes nas
amostras produzidas com proteínas, provocou a aparecimento de microtrincas que
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se propagaram quando as peças foram submetidas a tensões, provocando a sua
fratura.
Observa-se, no caso das amostras consolidadas com extrato de soja um
pequeno aumento no valor da resistência mecânica à medida que seu percentual
aumenta na composição. Possivelmente isso ocorre devido à presença de sódio
que favoreceu uma melhor ligação entre as partículas. Esta característica pode,
também, estar relacionada com um estado de agregação entre carboidrato e TiO2
mais efetivo, fato que foi citado por Santos (2002) (9).
O contrário ocorreu com a proteína texturizada de soja, cujos valores da
tensão de ruptura diminuíam consideravelmente à medida que seu percentual
aumentava na composição. Quando comparadas com as amostras consolidadas
com amido, as cerâmicas conformadas com proteínas são mais frágeis.
A Tabela IV resume os valores da rugosidade encontrados para as cerâmicas
conformadas com proteína texturizada, extrato de soja e amido de milho.
As análises dos parâmetros Ra e Rt mostram que as cerâmicas
confeccionadas com proteína texturizada de soja possuem uma superfície mais
rugosa quando comparadas com as de amido, provavelmente, em virtude das
grandes dimensões apresentadas por seus poros. O mesmo ocorre com as
amostras confeccionadas com extrato de soja.
Tabela IV – Parâmetros Ra e Rt obtidos por rugosímetro, nas amostras de TiO2
consolidadas com proteína texturizada, extrato de soja e amido de milho.
Composição inicial carregamento de sólidos
Material orgânico
Parâmetros
Extrato de soja (%) Açúcar (%) Ra (µm) Rt (µm)70 30 5,67 53,47 80 20 4,90 41,75
90% de TiO2 e 10% de extrato de soja e açúcar
90 10 2,05 18,72 Proteína de soja (%) Açúcar (%) Ra (µm) Rt(µm)
70 30 8,01 59,89 80 20 9,36 67,14
90% de TiO2 e 10% de proteína texturizada de
soja e açúcar 90 10 7,26 56,61
Amido de milho (%) Ra (µm) Rt (µm)5 0,91 6,93
TiO2 e amido de milho
15 2,07 15,88
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A caracterização microscópica das amostras revelou que entre as cerâmicas
analisadas, aquelas conformadas com proteína texturizada de soja apresentaram
maior quantidade e tamanho de poros. Esses parâmetros aumentavam, à medida
que aumentava a concentração de proteína de soja na composição. Poros em
menor quantidade, porém mais circulares e mais homogêneos foram observados
nas cerâmicas conformadas com extrato de soja. Estes resultados serão mais
detalhados em trabalhos futuros a serem encaminhados para publicação.
A Figura 2 mostra imagens das amostras conformadas com TiO2 e açúcar
contendo respectivamente extrato e proteína texturizada de soja, obtidas com
estereoscópio Leica GZ6 (ampliação de 20 vezes).
(a) (b)
Figura 2 – Imagens das amostras de TiO2 obtidas das composições contendo,
respectivamente, extrato de soja e açúcar (a) e proteína texturizada de soja e
açúcar (b).
CONCLUSÕES
A diversidade de soja utilizada neste trabalho permitiu a obtenção de
cerâmicas com características próprias. Algumas propriedades foram observadas,
como por exemplo, a capacidade menos hidrofóbica da proteína texturizada de
soja que permitiu conformar cerâmicas com vários percentuais de massa. No caso
das amostras conformadas com o extrato de soja, em alguns percentuais
adotados, não houve possibilidade de execução da mistura em virtude do aumento
excessivo do carregamento sólido. Como resultado, a mistura homogeneizava
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pouco e a solução fluida era vertida com dificuldades nos moldes. Certamente,
deverão ocorrer ajustes no processo de conformação dos corpos cerâmicos, no
sentido de alterar essa baixa homogeneização da mistura para evitar o
aparecimento de bolhas de ar, que dificultam a execução dos processos descritos.
A utilização de um agente antiespumante, nesse sentido, se faz necessário,
uma vez que ao reduzir o aparecimento de espumas, diminui-se os danos
causados à amostra durante as etapas de gelatinização, secagem e sinterização.
As amostras conformadas com proteína texturizada apresentaram uma maior
variação nos valores de tensão de ruptura, que diminuíam à medida que seu
percentual aumentava na composição. Uma variação pequena foi observada
naquelas cerâmicas conformadas com extrato de soja. Em comparação com as
cerâmicas consolidadas com amido de milho (9), as cerâmicas obtidas com a soja
apresentaram valores de tensão de ruptura muito menores. Esta variação de
resultados entre os materiais, é decorrente principalmente, da diferença de
porosidade entre as mesmas.
Na caracterização microscópica observou-se uma maior formação de poros
das cerâmicas de proteína texturizada de soja. Muito embora a quantidade de
poros seja uma característica importante no desenvolvimento de uma cerâmica
filtrante, são necessárias também homogeneidades, maior circularidade e
resistência, em virtude das concentrações de tensões sobre os mesmos. Entre as
amostras analisadas, preliminarmente, as conformadas com extrato de soja
parecem ser mais indicadas para desenvolvimento de filtros, embora existam
testes a serem realizados antes de uma conclusão definitiva.
Esse trabalho foi realizado com o objetivo de se verificar e analisar as
propriedades exibidas pela proteína de soja quando utilizada como elemento
conformador, e sua possível aplicabilidade como elemento formador de poros em
componentes cerâmicos destinados a filtros. Embora o processo seja ainda
complexo, exigindo cuidados especiais, esse material parece ser uma boa opção,
pois, além do baixo custo possui a vantagem de não ser agressivo ao meio
ambiente.
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AGRADECIMENTOS
Ao técnico Domingos H. Neto, cuja ajuda foi imprescindível para o desen-
volvimento deste trabalho. Ao Prof. Dr. Luís Rogério de O. Hein, pelo apoio na
parte de Ceramografia e a FAPESP (Projeto Cerâmicas Porosas 2003/06769-2).
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(1) Ola Lyckfeldt, Jesper Brandt, Sílvia Lesca, Protein forming – a Novel Shaping
Technique for Ceramics, Journal of European Ceramic Society 20 (2000) 2551-
2559.
(2) Cultura da Soja. Agromil. Disponível em: www.agromil.com.br/origemsoja.html
(3) I. C. Fernandes. Soja. Disponível em: www.geocities.com/HotSprings/4234/
Soja.html.
(4) Revista IstoÉ, n° 1755, Editora Abril, páginas 80-81 de 10/03/04.
(5) Catálogo Proteína Isolada de Soja. Bunge alimentos. Disponível em:
www.bungealimentos.com.br/industrial/produtos/SamprosoyCarnes.pdf.
(6) D. J. Carp . Desarrollo de proteínas de funcionalidad específica. Departamento
de Industrias, Tecnol. De Alim., Faculdad de Ciencias Exatas y Naturales de
Buenos Aires. Secretaria de Ciencia y Técnicas. Disponível em:
www.rec.uba.ar/becarios/ex/icarp.html.
(7) A. L. B. Penna, Hidrocolóides – Usos em Alimentos Caderno de Tecnologia de
alimentos & Bebidas Dept°. de Engenharia e tecnologia de Alimentos da unesp
de São José do Rio Preto/SP.
(8) D. Albernaz, R. Pontes, Gelificação. UFSC. Disponível em:
http://www.inf.ufsc.br/~taciano/temp/GELEIFICACAO.doc
(9) F. P. SANTOS. Desenvolvimento de Cerâmicas de Dióxido de Titânio para
Utilização como Biomaterial. ). Tese (Doutorado em Engenharia Mecânica),
Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá da Universidade Estadual Paulista,
2002.
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TIO2 CERAMICS PROPERTIES CONFORMED BY CONSOLIDATION WITH SOYA COMERCIAL PROTEIN
ABSTRACT
TiO2 use was restricted for paints, cosmetics, medicines and microeletronic
products and nowadays its application has a diversification due to new production
techiniques as consolidation forming. This method uses properties to form resistent
binders with higher mechanical strength as starch properties. This work purpose to
verify and to compare some mechanical features of TiO2 ceramic formed with corn
commercial starch and soya protein, taking advantage of the capacity of soya
brazilian production. Samples were produced in bar forms, according to ASTM
C1161/94.norm.Characterization was made by three-point flexural test, superficial
roughness and apparent density measurements besides to verification by light
microscopy. Results showed the soya utilization is a good option to produce these
ceramics.
KEY-WORDS: Titanium dioxide, corn starches, soya protein, consolidation
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