nosso guia_jun2014

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TRAPAÇAS DA MORTE Gente Amiga Pessoas que colaboram com o Jornal Nosso Guia PÁGINA 11 PAPA REALIZA VIAGEM HISTÓRICA A SERVIÇO DAS FRENTES MISSIONÁRIAS DE GOIÁS, DISTRITO FEDERAL, TOCANTINS E MATO GROSSO Ano XII - N o 134 - junho 2014 Verdadeiras ciladas aparecem no caminho de vida das pessoas cada vez que a morte se faz presente de modo mais próximo no ambiente familiar. | Pág. 12 Redentoristas “Desobrigas” Uma tradição iniciada no começo do século passado ainda reúne muita gente nos sítios e fazendas de Trindade para celebrar e festejar a fé através dos santos, principalmente São Sebastião. Esta “desobriga” vem desde os tempos do Padre Pelágio: “Era a visita aos moradores da zona rural, para ‘se desobrigarem’ do preceito da confissão e comunhão pascal”, conta o Pe. Marco Aurélio. | Pág. 7 Congresso A Província de Campo Grande-MS, que abrange os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, promoveu de 12 a 16 de maio o 1º Congresso Internacional sobre Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Um evento histórico que marcou o começo de uma caminhada para a solene celebração do 150º. aniversário da entrega do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos redentoristas pelo Papa Pio IX. | Pág. 8 FESTA DA UNIÃO Maria traz o milho cozido, Joana a pipoca, Tereza a canjica, Pedro acende a fogueira, e Ilda, seguindo a tradição, puxa o terço cantado. Esse é o cenário da festa no interior do Brasil e também nos gran- des centros, onde a comunidade é envolvida em torno dos santos juninos para celebrar a vida. É hora de erguer o mastro, chamar a comunidade e reunir o povo.| Pág. 2 DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO No Brasil são mais ou menos 620 padres, irmãos e junioristas. Isso corresponde a 12% dos missionários redentoristas espalhados por 79 países do mundo. No Brasil e em Goiás estão desde 1894. São cento e vinte anos nas missões populares e na inserção popular, nos santuários e paróquias, nos meios de comunicação e na formação de novos missionários. | Pág. 5 Papa é recepcionado no Aeroporto Internacional de Amã pelo príncipe da Jordânia Luzes da CNBB Depois da assembleia, acontecida no início de maio, dá para apos- tar nas novas esperanças, que este tempo propício nos descorti- na pela frente. A CNBB apresenta duas referências práticas a guiar a ação pastoral: acolher as propos- tas do Papa Francisco e iniciar a renovação eclesial, começando por renovar as paróquias para que a Igreja se torne mais missio- nária. | Pág. 4 ARQUIVO “Se Deus quiser, eu vou fazer uma peregrinação à Terra Santa”. Esse foi o anúncio do papa Francisco meses atrás. E realizou seu desejo entre os dias 24 a 26 de maio. A viagem foi muito breve e muito intensa, assim como foi a viagem de Paulo VI em 1964. E o destaque desta peregrinação foi o cum- primento do desejo do próprio Francisco, anunciado no dia 6 de janeiro: “Comemorar o encontro histórico entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, que ocorreu exatamente 50 anos atrás. Assim, nos passos de Paulo VI, que será declarado bem-aventurado em outubro próximo, e nos passos de seus predecessores (São João Paulo II e Bento XVI) que tam- bém fizeram esta visita, Francisco empolgou o povo da Terra que metade da humanidade chama de Santa. | Pág 03 IGREJAS NO BRASIL

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Page 1: Nosso Guia_Jun2014

TRAPAÇAS DA MORTE Gente AmigaPessoas que colaboram com o Jornal Nosso Guia

PÁGINA 11

PAPA REALIZA VIAGEM HISTÓRICAA SERVIÇO DAS FRENTES MISSIONÁRIAS DE GOIÁS, DISTRITO FEDERAL, TOCANTINS E MATO GROSSO Ano XII - No 134 - junho 2014

Verdadeiras ciladas aparecem no caminho de vida das pessoas cada vez que a morte se faz presente de modo mais próximo no ambiente familiar. | Pág. 12

Redentoristas “Desobrigas” Uma tradição iniciada no começo do

século passado ainda reúne muita gente nos sítios e fazendas de Trindade para celebrar e festejar a fé através dos santos, principalmente São Sebastião.

Esta “desobriga” vem desde os tempos do Padre Pelágio: “Era a visita aos moradores da zona rural, para ‘se

desobrigarem’ do preceito da confissão e comunhão pascal”, conta o Pe. Marco Aurélio. | Pág. 7

CongressoA Província de Campo Grande-MS, que

abrange os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, promoveu de 12 a 16 de

maio o 1º Congresso Internacional sobre Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Um evento histórico que marcou o começo de uma caminhada para a

solene celebração do 150º. aniversário da entrega do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos redentoristas

pelo Papa Pio IX. | Pág. 8

FESTA DA UNIÃOMaria traz o milho cozido, Joana a pipoca, Tereza a canjica, Pedro acende a fogueira, e Ilda, seguindo a tradição, puxa o terço cantado. Esse é o cenário da festa no interior do Brasil e também nos gran-des centros, onde a comunidade é envolvida em torno dos santos juninos para celebrar a vida. É hora de erguer o mastro, chamar a comunidade e reunir o povo.| Pág. 2

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No Brasil são mais ou menos 620 padres, irmãos e junioristas.

Isso corresponde a 12% dos missionários redentoristas espalhados

por 79 países do mundo. No Brasil e em Goiás estão desde 1894.

São cento e vinte anos nas missões populares e na inserção popular, nos santuários e paróquias, nos meios de comunicação e na formação de novos

missionários. | Pág. 5

Papa é recepcionado no Aeroporto Internacional de Amã pelo príncipe da Jordânia

Luzes da CNBBDepois da assembleia, acontecida no início de maio, dá para apos-tar nas novas esperanças, que este tempo propício nos descorti-na pela frente. A CNBB apresenta duas referências práticas a guiar a ação pastoral: acolher as propos-tas do Papa Francisco e iniciar a renovação eclesial, começando por renovar as paróquias para que a Igreja se torne mais missio-nária. | Pág. 4

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“Se Deus quiser, eu vou fazer uma peregrinação à Terra Santa”. Esse foi o anúncio do papa Francisco meses atrás. E realizou seu desejo entre os dias 24 a 26 de maio. A viagem foi muito breve e muito

intensa, assim como foi a viagem de Paulo VI em 1964. E o destaque desta peregrinação foi o cum-primento do desejo do próprio Francisco, anunciado no dia 6 de janeiro: “Comemorar o encontro

histórico entre o Papa Paulo VI e o Patriarca Atenágoras, que ocorreu exatamente 50 anos atrás. Assim, nos passos de Paulo VI, que será declarado bem-aventurado em outubro próximo, e nos passos

de seus predecessores (São João Paulo II e Bento XVI) que tam-bém fizeram esta visita, Francisco empolgou o povo da Terra que metade da humanidade chama de Santa. | Pág 03

IGREJAS NO BRASIL

Page 2: Nosso Guia_Jun2014

Propriedade: Província Redentorista de GoiásPublicação do Centro de Pastoral PopularImpressão: Scala EditoraRua Itororó, 144 – Bairro São Francisco74455-370 – Goiânia-GOFone: (62) 4008-2350

JORNALISTA RESPONSÁVEL: Pe. Rafael Vieira da Silva, C.Ss.R. / GO 01078JPEDITOR: Pe. Antônio Maurício Brandolize, C.Ss.R.E-MAIL: [email protected] EDITORIAL: Ir. Diego Joaquim, C.Ss.R.; Diác. Paulo Júnior, C.Ss.R., Pe. Edinisio Pereira, C.Ss.R. e Pe. Domingos Cardozo Prestes, C.Ss.R. DIAGRAMAÇÃO: Marcia L. Silveira - REVISÃO: Divina Mª de Queiroz e Eurípedes A. dos Santos

2 O P I N I Ã O Goiânia, junho 2014

Atenção!Para publicar fotos e notícias das paróquias

redentoristas, favor enviar pelo e-mail: [email protected] até o

dia 15 de cada mês.

Nosso Guia, nesta nova fase, foi bem recebido por muitos. Confira importantes depoimen-

tos relatados na página 11. A proposta foi lança-da e acolhida. Mas ainda não temos as opiniões de certas lideranças que seriam as mais interessadas e são as “peças-chaves” neste novo caminhar. Vamos caminhar devagar... o provérbio italiano prudente-mente nos aconselha: “piano, piano se và lontano”.

Nesta nova fase, como já dissemos, o jornal pre-tende alcançar todas as frentes de trabalho pastoral dos redentoristas de Goiás, Distrito Federal, Tocan-tins e Mato Grosso. Talvez a “cara” do Nosso Guia continue sendo igual. Mas ele quer tomar a “cara” também de outras regiões. Quem de fato tem o cos-tume de ler assiduamente o jornal, notou que o “co-ração” quer “bombear sangue” para todas as veias do corpo da Província de Goiás. Os “alimentos” (matérias) falam da Igreja no mundo, das mensa-gens do papa e da CNBB, do Evangelho, de Nossa Senhora e com um forte conteúdo da ação pastoral nos lugares e ambientes onde estão os redentoristas.

O objetivo do jornal, entre outros, é proporcio-nar uma integração, mesmo que pequena, entre nossas paróquias, entre todas as nossas atividades pastorais. Com isso, vamos também provocar uma interação e um conhecimento maior entre os desti-natários de nossa evangelização. Os últimos papas, em suas mensagens por ocasião do Dia Mundial das Comunicações, estão nos alertando para o uso dos meios ao nosso alcance. Todos os meios, e não somente o mais modernos como a internet.

Ainda nesta última mensagem, escrita para este dia primeiro de junho, 48º Dia Mundial dos Meios de Comunicação, o papa Francisco escreve: “Neste mundo, os meios de comunicação podem ajudar a sentir-nos mais próximos uns dos outros; a fazer--nos perceber um renovado sentido de unidade da família humana, que impele à solidariedade e a um compromisso sério para uma vida mais dig-na. Uma boa comunicação ajuda-nos a estar mais perto e a conhecer-nos melhor entre nós, a ser mais unidos. Os muros que nos dividem só podem ser superados, se estivermos prontos a ouvir e a apren-der uns dos outros. Precisamos de harmonizar as diferenças por meio de formas de diálogo, que nos permitam crescer na compreensão e no respeito. A cultura do encontro requer que estejamos dispos-tos não só a dar, mas também a receber de outros. Os meios de comunicação podem ajudar-nos nisso, especialmente nos nossos dias em que as redes da comunicação humana atingiram progressos sem precedentes”.

Queremos, com humildade, seguir este caminho e proporcionar este “encontro”. Nosso Guia preten-de ser uma manifestação daquilo que pedem os discursos e as homilias do papa Francisco, do que propõem os últimos documentos da CNBB: a Igreja saindo para o mundo, se colocando cada vez mais no meio do povo, servindo o povo, enfim sendo missionária de Jesus Cristo a serviço da vida e da esperança.

Gente AmigaPe. Maurício Brandolize, C.Ss.R.

Os livros do Antigo Testamen-to preanunciaram a alegria da

salvação, que havia de se tornar superabundante nos tempos messi-ânicos. O profeta Isaías dirige-se ao Messias esperado, saudando-O com regozijo: “Multiplicaste a alegria, aumentaste o júbilo” (9,2). E anima os habitantes de Sião a recebê-Lo com cânticos: “Exultai de alegria!” (12,6). A quem já O avistara no ho-rizonte, o profeta convida-o a tor-nar-se mensageiro para os outros: “Sobe a um alto monte, arauto de Sião! Grita com voz forte, arauto de Jerusalém” (40,9). A criação inteira participa nesta alegria da salvação: “Cantai, ó céus! Exulta de alegria, ó terra! Rompei em exclamações, ó montes! Na verdade, o Senhor con-sola o seu povo e se compadece dos desamparados” (49,13).

Zacarias, vendo o dia do Se-nhor, convida a vitoriar o Rei que

chega “humilde, montado num ju-mento”: “Exulta de alegria, filha de Sião! Solta gritos de júbilo, filha de Jerusalém! Eis que o teu rei vem a ti. Ele é justo e vitorioso” (9,9). Mas o convite mais tocante talvez seja o do profeta Sofonias, que nos mos-tra o próprio Deus como um centro irradiante de festa e de alegria, que quer comunicar ao seu povo este jú-bilo salvífico. Enche-me de vida re-ler este texto: “O Senhor, teu Deus, está no meio de ti como poderoso salvador! Ele exulta de alegria por tua causa, pelo seu amor te renova-rá. Ele dança e grita de alegria por tua causa” (3,17).

É a alegria que se vive no meio das pequenas coisas da vida quoti-diana, como resposta ao amoroso convite de Deus nosso Pai: “Meu filho, se tens com quê, trata-te bem (...). Não te prives da felicidade pre-sente” (Sir 14,11.14). Quanta ternu-

Deus dança e grita de alegria por tua causa

Maria traz o milho cozido, Joana a pipoca, Tereza a canjica, Pedro acende a fogueira, e Ilda puxa o terço cantado

Santos juninos: a festa da união

Por que não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?

n Fr. Jhonny Cunha Missionário Redentorista

É comum encontrarmos no mês de junho mastros com

as estampas de São João, Santo Antônio, São Pedro e São Pau-lo. Onde tem um mastro er-guido é sinal de festa. Ali as fa-mílias se reúnem para dançar, rezar, celebrar e, quando é na zona rural, agradecer a Deus pela colheita. Não podem fal-tar na festa a quermesse com as comidas típicas, a quadri-lha, a fogueira e o terço. Mais importante que o comer, beber e dançar é o estar juntos. A ce-lebração junina reúne a família e amigos.

Ao contrário do que pen-

samos, essas comemorações não existem somente no Bra-sil, mas na maioria dos países; claro, cada qual com sua pe-culiaridade. No Brasil a festa foi trazida pelos portugueses na época da colonização. Des-de então a festa caiu no gosto popular e é celebrada até hoje nas comunidades.

Maria traz o milho cozido, Joana a pipoca, Tereza a can-jica, Pedro acende a fogueira, e Ilda puxa o terço cantado, como é de costume. Esse é o cenário da festa no interior do Brasil e também nos grandes centros, onde a comunidade toda é envolvida em torno dos santos juninos para celebrar a vida. Os mais idosos certa-

mente se lembram de partici-par dessas festas na infância e se recordam como era bom estar com os outros.

O ser humano é por natu-reza um ser relacional, quanto mais nos relacionamos com os outros mais felizes somos. Com o mundo moderno a ten-dência é de nos separarmos cada vez mais. Cada qual na sua casa ou em seu aparta-mento, sem se importar com os demais.

Não deixemos essa bonita expressão de fé e união mor-rer. É hora de erguer o mastro, chamar a comunidade e reunir o povo. Chame o vizinho, a fa-mília, os amigos, é uma ótima oportunidade de estar junto.

ra paterna se vislumbra por detrás destas palavras!

O Evangelho, onde resplandece gloriosa a Cruz de Cristo, convida insistentemente à alegria. Apenas alguns exemplos: “Alegra-te” é a saudação do anjo a Maria (Lc 1,28). A visita de Maria a Isabel faz com que João salte de alegria no ventre de sua mãe (cf. Lc 1,41). No seu cântico, Maria proclama: “O meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,47). E, quando Je-sus começa o seu ministério, João exclama: “Esta é a minha alegria! E tornou-se completa!” (Jo 3,29). O próprio Jesus “estremeceu de alegria sob a ação do Espírito San-to” (Lc 10,21). A sua mensagem é fonte de alegria: “Manifestei-vos estas coisas, para que esteja em vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa” (Jo 15,11). A nossa alegria cristã brota da fonte do seu coração transbordante. Ele prome-te aos seus discípulos: “Vós haveis de estar tristes, mas a vossa tristeza há de converter-se em alegria” (Jo 16, 20). E insiste: “Eu hei de ver-vos de novo! Então, o vosso coração há de alegrar-se e ninguém vos pode-rá tirar a vossa alegria” (Jo 16,22). Depois, ao verem-No ressuscitado, “encheram-se de alegria” (Jo 20,20). O livro dos Atos dos Apóstolos conta que, na primitiva comunida-de, “tomavam o alimento com ale-gria” (2,46). Por onde passaram os discípulos, “houve grande alegria” (8,8); e eles, no meio da persegui-ção, “estavam cheios de alegria” (13,52). Um eunuco, recém-batiza-do, “seguiu o seu caminho cheio de alegria” (8,39); e o carcereiro “entregou-se, com a família, à ale-gria de ter acreditado em Deus” (16,34). Por que não havemos de entrar, também nós, nesta torrente de alegria?

(Papa Francisco- Alegria do Evangelho nºs 4 e 5)

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Papa Francisco

Page 3: Nosso Guia_Jun2014

3A T U A L I D A D E SGoiânia, junho 2014

Papa realiza viagem históricaUm encontro entre Francisco e Bartolomeu relembrando que, há 50 anos, Paulo VI e Atenágoras se abraçavam e aproximavam as duas Igrejas

“Se Deus quiser, eu vou fazer uma peregrinação

à Terra Santa”. Esse foi o anúncio do papa Francisco meses atrás. E realizou seu desejo agora entre os dias 24 a 26 de maio. A viagem foi “muito breve e muito inten-sa”, assim como foi a viagem de Paulo VI em 1964. E o destaque desta peregrinação foi o cumprimento do desejo do próprio Francisco, anun-ciado no dia 6 de janeiro: “O objetivo principal é comemo-rar o encontro histórico entre o Papa Paulo VI e o Patriar-ca Atenágoras, que ocorreu exatamente 50 anos atrás. Assim, nos passos de Paulo VI, que será declarado Bem--aventurado em outubro próximo, nos passos de seus predecessores (São João Pau-lo II e Bento XVI), Francisco, empolgou o povo da Terra que metade da humanidade chama de Santa.

Francisco definiu os lu-gares por onde passou como uma “terra rica de história e de grande significado reli-gioso para o judaísmo, o cris-tianismo e o islamismo”. E o Patriarca latino de Jerusalém,

Dom Fouad Twal declarou: “Somos chamados a ser um e o papa veio para nos lembrar disso e renovar o espírito de unidade e de amor fraterno”. Os irmãos cristãos da Igreja ortodoxa de Constantinopla, da Grécia, de Jerusalém e da Igreja Armênia, aguardaram ansiosos essa visita e aco-lheram o papa com carinho fraterno no encontro ecu-mênico no Santo Sepulcro no domingo, dia 25 de maio. Em 1964 Atenágoras e Paulo VI se abraçavam e começava aí um aproximar-se da Igre-jas do Oriente e do Ocidente. Agora, 50 anos depois, outro encontro na busca do viver juntos e unidos na alegria do Evangelho. Francisco e Bar-tolomeu, no Santo Sepulcro, “comemoram a morte e a ressurreição de Jesus e reza-ram juntos o Pai-Nosso. Ges-tos fraternos, ecumênicos, orantes, sinceros que corres-ponderam ao lema escolhido para esta peregrinação dese-jando e suplicando unidade: “Para que todos sejam um”. E o logotipo do aconteci-mento, por sua vez, mostra o abraço dos Santos Apóstolos

menagens aos irmãos e irmãs muçulmanos e hebreus, visi-tando a esplanada das Mes-quitas, e o Muro das Lamen-tações. Certamente mais uma demonstração de seu interes-se de dialogar, para conhecê--los melhor e trabalhar juntos em prol da justiça, da paz, do perdão e reconciliação numa terra tão machucada.

O papa Francisco se de-frontou com três realidades políticas – Jordânia, Palesti-na e Israel. Em cada um des-ses lugares se reuniu com os chefes de Estado, para incen-

tivar cada um e a todos para um governo justo em bene-fício de todos os cidadãos com o convite a trabalharem juntos, para superar todos os obstáculos que se interpõem no caminho do bem-estar e da prosperidade de todos. Brota assim a esperança de que Francisco, como o po-brezinho de Assis que tam-bém caminhou nestas terras, inspire maior unidade para que todos sejam mais corajo-sos para quebrar as barreiras de inimizade.

Curiosidade: durante a viagem o papa falou sempre em italiano para se comuni-car com os médio-orientais, pois queria ter a possibili-dade de improvisar em seus discursos e homilias. E um jornalista da Rádio Vaticano, o brasileiro Silvoney José, afirmou sobre esta viagem: “A Terra Santa durante es-tes três dias teve as luzes dos holofotes do mundo sobre si, e quem sabe, dessas luzes, dessa viagem, aconteça de fato um lume de esperança, para iluminar a vida e o fu-turo de tantas pessoas que ainda esperam a paz”.

Encontro SemanalEste é o nome do novo jornal semanário da Arquidiocese de Goiânia. Foi lançado em 24 de maio, dia da Padroeira, Nossa Senhora Auxiliadora, abrindo o Ano Mariano Missionário. Inspirado no tema da mensa-gem do papa para o Dia Mun-dial das Comunicações, a ser celebrado neste 1º de junho, seu primeiro editorial diz: “Promover uma verdadeira “cultura do encontro”, cen-tralizada na pessoa de Jesus Cristo, é o objetivo que anima

toda a equipe que trabalha na elaboração do Jornal Encon-tro Semanal, que está sendo lançada esta edição. Estamos todos imbuídos do desejo de “inflamar o coração” de cada pessoa, tornando-a mais pró-xima e incluída nos diversos âmbitos da Igreja.”

Perigo da Copa“A Copa do Mundo pode se tornar uma terrível vergonha, ao invés de uma festa para a humanidade”: esta advertên-cia foi feita pela Presidente da União Internacional das Superioras-Gerais, Ir. Carmen Sammut, no lançamento da campanha “Jogue a favor da vida – denuncie o tráfico de pessoas”. Para Ir. Carmen, as pessoas têm que ser conscien-tizadas do que acontece às margens desses grandes even-tos mundiais, como a Copa do Mundo, e do sofrimento de milhares de pessoas vítimas do tráfico humano, especial-mente na exploração sexual.

Dom MajellaCom a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Evangelii

Daqui e daí

Francisco e a ComunicaçãoInflamar os corações

“Não basta circular pelas ‘es-tradas’ digitais, isto é, sim-

plesmente estar conectados: é necessário que a conexão seja acompanhada pelo encontro ver-dadeiro. Não podemos viver so-zinhos, fechados em nós mesmos. Precisamos de amar e ser amados. Precisamos de ternura. (...) Somos chamados a testemunhar uma Igreja que seja casa de todos. Se-remos nós capazes de comunicar o

rosto duma Igreja assim? A comu-nicação concorre para dar forma à vocação missionária de toda a Igreja, e as redes sociais são, hoje, um dos lugares onde se vive esta vocação de redescobrir a beleza da fé, a beleza do encontro com Cristo. Precisamos de uma Igreja que consiga levar calor, inflamar o coração. (...) O testemunho cristão não se faz com o bombardeio de mensagens religiosas...

Gaudium (Alegria do Evan-gelho), o documento de Apa-recida ficou universal: esta é a consideração feita pelo Bispo de Jataí, no sudoeste de Goi-ás, Dom José Luiz Majella Delgado. “O grande mérito do texto do papa Francisco é a simplicidade. Mesmo os que não estudaram Filosofia ou Teologia entendem o seu conteúdo. É o papa chegando às comunidades, é o papa no meio do povo”, afirma Dom José Luiz.

Combate à fomeHá mais de 20 anos, o bispo emérito de Duque de Caxias (RJ), Dom Mauro Morelli, se dedica ao trabalho de luta contra a fome e a miséria. Em sintonia com a Doutrina Social da Igreja e com os di-versos chamados que o Papa Francisco tem feito nesse sen-tido, Dom Mauro se tornou militante da causa, defenden-do “mudanças no conceito de desenvolvimento” e alertan-do para a seriedade do assun-to. “Ainda temos um bilhão de famintos no mundo”, diz Dom Morelli.

Pedro e André, patronos da Igreja de Roma e da Igreja de Constantinopla.

O Santo Padre se encon-trou com os fiéis da Terra Santa, mais particularmente nas celebrações da Santa Mis-sa, em Amã e em Belém. Em Jerusalém, na sala da Última Ceia, celebrou uma missa es-pecial com os Ordinários Ca-tólicos da Terra Santa. Tam-bém se reuniu com diferentes grupos de fiéis: deficientes, refugiados, religiosos e reli-giosas, seminaristas e sacer-dotes. Francisco prestou ho-

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Patriarca Bartolomeu da Igreja do Oriente com o Papa Francis-co da Igreja do Ocidente

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(Papa Francisco, Mensagem “Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encon-tro” para o 48º Dia Mundial das Comunicações Sociais, celebrado nesse 1º de junho).

Igreja de Goiânia

inicia o Ano Mariano

Missionário

Semanário da Arquidiocese de Goiânia – Edição de Lançamento – 24 de maio de 2014

Igreja de

Mariano Missionário

pág. 4

O Ano Mariano acontece com o objetivo de tornar a Igreja mais viva e integrada ao redor da Palavra de Deus, ou seja, dar continuidade ao processo de fazer das paróquias “comunidade de comunidades”. O Ano Mariano é uma resposta concreta ao desejo de que toda a Igreja vivencie a fé em comunidade.

pág. 5

PARÓQUIAS

Conheça a história das paróquias da Arquidiocese de Goiânia. A partir deste número, damos iní-cio a uma série de reportagens que irão fazer um passeio pelas comunidades. Começamos pela paróquia Nossa Senhora Auxili-adora, a nossa Catedral. pág. 7

FORMAÇÃO CRISTÃ

O papa Francisco vem abordando, nas tradicionais audiências das quartas-feiras as catequeses so-bre “Os dons do Espírito Santo”. Nesta edição, trazemos para você, a primeira, na qual ele tratou do dom da Sabedoria. pág. 8

PALAVRA DE DEUS

A Ascensão do Senhor, que será celebrada no domingo, 1º de ju-nho, é tema desta primeira refl e-xão. O bispo auxiliar Dom Walde-mar Passini convida todos, a cada semana, a uma “Leitura Orante da Bíblia”.

Page 4: Nosso Guia_Jun2014

4 A L E G R I A D O E V A N G E L H O Goiânia, junho 2014

As luzes da assembleia da CNBBDepois de uma assembleia como esta, acontecida no início de maio, dá para apostar nas novas esperanças, que este tempo propício nos descortina pela frente

n Dom Demétrio Valentini Bispo de Jales

Talvez como nunca, uma assembleia da CNBB foi

tão produtiva como esta úl-tima realizada no início de maio em Aparecida. Tantos assuntos, aprovados com tanta convergência. Tama-

nha, que chegou a pairar um exagero de adesões, uma demasiada concordância, a ponto de despertar algum temor de ter deixado passar alguma palavra ou frase me-nos adequadas.

Mas, se observamos bem certos detalhes, podemos identificar as razões desta

textos e examinar as emen-das, trabalharam muito bem, inspirando confiança no plenário, e abrindo cami-nho para a aprovação final de cada texto.

Olhando a pauta, en-contramos outra razão da diversidade de assuntos. Bispos reunidos em assem-bleia não podiam deixar de dizer uma palavra sobre os fatos importantes que estão na agenda deste ano. Até sobre a Copa do Mundo lançaram sua mensagem. E não se omitiram de falar sobre as próximas eleições, e de expressar sua preocu-pação com a crescente onda de violência que assusta o Brasil.

Tanto que em decorrên-cia desta preocupação, foi lançado um “ano da paz”, em que a sociedade bra-sileira será convocada a enfrentar, solidariamente, os desafios contidos nesta complexa situação.

A nível mundial, a CNBB acolheu a proposta, trazida pela Cáritas Brasileira, de se fazer uma campanha contra a fome no mundo, iniciati-va que já conta com a firme adesão do Papa Francisco. E para encontrar logo uma maneira prática de atuar nesta campanha, ficou deci-dido que no próximo ano, a coleta da Campanha da Fra-ternidade destine cinquenta por cento de sua arrecada-ção para o Haiti, país que ainda está penando para se reerguer das consequências do terremoto que se abateu sobre ele.

A assembleia decidiu, também, apoiar a iniciativa popular de lei, com a pro-posta de uma verdadeira reforma política. Com isto, a

CNBB mostra que identifica bem onde está o nascedouro dos problemas que afligem o país, enredado nos equí-vocos do seu sistema elei-toral. Pode ser que a socie-dade não se lembre muito da Igreja. Mas a Igreja não esquece os problemas so-ciais. Tanto é verdade que a Campanha da Fraternidade do próximo ano, terá como tema, exatamente, a Igreja e a Sociedade.

Tudo isto fez parte desta assembleia. E muito mais. Foram diversas as sessões dedicadas à partilha de preocupações e dificulda-des, inerentes à missão coti-diana de cada bispo. Pois a finalidade primeira, e mais importante, da assembleia da CNBB é o convívio fra-terno e a ajuda mútua entre os próprios bispos, que, por exemplo, repartem entre si os gastos das passagens, e além disto são incentivados, na medida das possibilida-des de cada um, a ajudar os que provêm de dioceses mais pobres.

Para fins de ação concre-ta da Igreja, neste ano em que já celebramos a Pás-coa, e agora a assembleia da CNBB, parecem bastante claras duas referências prá-ticas a guiar a ação pasto-ral: acolher as propostas do Papa Francisco, expressas sobretudo em sua exorta-ção Evangelii Gaudium, e iniciar a renovação eclesial, começando por renovar nossas paróquias. Para que assim a Igreja se torne mais missionária, aberta para acolher, e pronta a sair de si mesma, para ir ao encon-tro dos que necessitam da mensagem libertadora do Evangelho.

rapidez de concordância. Os dois principais assuntos já tinham sido estudados na assembleia de 2013, sobre a Paróquia e sobre a Questão Agrária. E os outros assun-tos inseridos na pauta deste ano, eram muito oportunos. Além disto, as comissões encarregadas de preparar os

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O arcebispo de Maringá (PR) e bispo respon-

sável pela Pastoral do Tu-rismo, dom Anuar Battisti, apresentou à imprensa o fol-der “Copa do Mundo Digni-dade e Paz”, preparado pela Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz da Con-ferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O folder surgiu após en-contros entre representantes das 12 cidades-sede do mun-dial e busca mostrar formas de acolher o turista e orientar as comunidades locais sobre os riscos de um evento como a Copa do Mundo. “Aborda desde a exploração escra-va do trabalho, exploração sexual, o tráfico de pessoas, tráfico de entorpecentes, en-fim, aponta os lados positivo e negativo da Copa”, enume-rou dom Anuar.

Na publicação, a Igreja expressa preocupação com a exclusão de milhões de cida-dãos ao direito à informação e à participação nos proces-sos decisórios sobre as obras que foram realizadas para o evento e com o desrespeito

à legislação e ao direito am-biental, trabalhista e do con-sumidor, por exemplo.

O folder ainda traz exi-gências de que aconteçam ações eficazes para evitar o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração se-xual, com “punição exem-plar e ágil para com os infra-tores”.

Algumas ações sugeri-das no folder também foram lembradas por dom Anuar Battisti, como a identificação das principais igrejas e san-tuários das cidades, a cele-bração de missas em vários idiomas, buscando, segundo o bispo, mostrar ao turista a presença da Igreja Católica no Brasil.

Considerado como docu-mento motivador, o folder tem em seu texto trechos da mensagem da CNBB, “Jogan-do pela Vida”, sobre a Copa do Mundo, publicada em 13 de março deste ano. Dom Anuar destacou a parte que fala do êxito que poderá ser alcançado com o evento.

“O sucesso da Copa do Mundo não se medirá pelos valores que injetará na eco-

CNBB divulga folder comorientações sobre a Copa

nomia local ou pelos lucros que proporcionará aos seus patrocinadores. Seu êxito estará na garantia de segu-rança para todos sem o uso da violência, no respeito ao direito às pacíficas manifes-tações de rua, na criação de mecanismos que impeçam o trabalho escravo, o tráfico humano e a exploração se-xual, sobretudo, de pessoas socialmente vulneráveis e combatam eficazmente o ra-cismo e a violência”, recor-dou.

Alguns redentoristas participantes da Assembleia: Dom Joércio, Dom Gutemberg, Dom Marcos Piatek, Dom José Luiz Sales, Dom Majella Delgado, Dom Darci Nicio-li e Pe. Eduardo Rezende (secretário do Regional Centro-Oeste da CNBB)

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5C O P I O S A R E D E N Ç Ã OGoiânia, junho 2014

Redentoristas florescem no BrasilSão mais ou menos 620 padres, irmãos e junioristas, o que corresponde a 12% dos missionários redentoristas espalhados por 79 países do mundo

De acordo com o último relatório (dezembro

de 2013) da Cúria Geral da Congregação do Santíssimo Redentor, em Roma, os re-dentoristas estão presen-tes em 79 países e somam 5.049 religiosos. Deste total, 53 são bispos, 3.909 padres, 430 irmãos, 88 noviços e 645 estudantes. Somente no Brasil, são 620 religiosos re-dentoristas, o que represen-ta 12% do total da presença da Congregação no mundo. A primeira comunidade re-dentorista no Brasil foi fun-dada no começo do ano de 1894, em Juiz de Fora-MG, por missionários que vie-ram da Holanda, e que mais tarde originou a Província Rio/Minas. Em outubro do mesmo ano chegaram os redentoristas da Alemanha que deram a origem para a Província de São Paulo, Porto Alegre e Goiás. A Pro-víncia de Campo Grande (Paraná e Mato Grosso) foi

fundada pelos redentoris-tas norte-americanos. Além dessas cinco Províncias, no Brasil há mais 4 Vice-Pro-víncias: Recife, fundada por holandeses; Manaus, por norte-americanos; Fortale-za, por irlandeses e Bahia, por poloneses. Essa diver-sidade fundacional fez com que os trabalhos pastorais dos redentoristas no Brasil assumissem os mais diver-sos campos, desde as mis-sões populares, passando pelos santuários, paróquias, educação, meios de comu-nicação, formação de novos missionários e inserção po-pular. De fato, o Brasil é o país do mundo que tem o maior número de redento-ristas.

Há 120 anosOs redentoristas estão

no Brasil e em Goiás desde 1894. Portanto, são cento e vinte anos de uma história escrita com a vida de mui-

tos homens que, consagra-dos a Deus, consomem os seus dias para anunciar a Copiosa Redenção. “Nosso coração redentorista está enraizado nas profunde-zas do coração amoroso da Santíssima Trindade”, diz o Pe. Fábio Bento da Cos-ta, Superior Provincial de Goiás. E continua: “A Pro-víncia de Goiás, como uma vinha fecunda, estende seus ramos para o Distrito Fede-ral, Tocantins e Mato Gros-so. Nossa missão, através do Santuário do Divino Pai Eterno, alcança o Brasil in-teiro proclamando a mensa-gem central do Evangelho: ‘Deus é Amor! Deus é Pai’ e na Festa de Trindade deste ano proclamaremos ‘Somos a Família do Pai Eterno’! O povo acolhe essa mensagem com alegria e vai assumindo as consequências da fé em Deus, Pai de Amor”.

Até 1994, Goiás era a “Vi-ce-Província de Brasília”. E

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a Província de Goiás foi ins-talada numa solene celebra-ção. Era o dia 11 de dezem-bro. Estavam reunidos os membros da nova unidade: 50 padres, 9 irmãos, 3 diáco-nos, 4 junioristas, 4 noviços, 8 estudantes na filosofia e 10 no ensino médio. Hoje, 20 anos depois, a Província conta com 67 padres, 8 ir-

mãos, 1 diácono, 6 junioris-tas, 6 noviços, 25 estudantes na filosofia e 9 no ensino mé-dio. Nesses últimos 20 anos a Província ordenou uns 35 padres. É a Província mais jovem do Brasil. Em núme-ro de confrades é a terceira maior da América Latina. As duas primeiras são Bogotá e São Paulo.

A missão redentorista, através do Santuário do Divino Pai Eterno, alcança o Brasil inteiro procla-mando a mensagem central do Evangelho: ‘Deus é Amor! Deus é Pai’

Mudança radicalNOSSO PAI AFONSO

Dos tribunais aos abandonados

Nesta coluna, a cada mês, Nosso Guia vai registrar

alguns detalhes da vida de Afonso Maria de Ligório, o fundador da Congregação do Santíssimo Redentor, ou seja, dos missionários redentoristas.

Ele nasceu em Nápoles, na Itália, e era o mais velho den-tre sete irmãos. De rara inteli-gência, recebe aos 16 anos, em 1712, o doutoramento em di-reito civil e canônico, sendo um dos advogados mais célebres e requisitados de Nápoles. Não lhe faltaram também tempera-mento e dons artísticos: poeta, músico, arquiteto, e pintor... A experiência do mundo, uma causa inesperadamente perdi-da nos tribunais, a corrupção aí existente, mudam radicalmen-te sua vida. Ingressa no grupo diocesano da “Propaganda” e inicia seu contato com o aban-dono dos pobres nas áreas ur-banas e arredores de Nápoles. Como membro das “Missões Apostólicas” inicia suas pre-gações missionárias em vastas e dificílimas regiões do sul da Itália. Ordenado sacerdote, em 1726, desenvolve seus mi-nistérios entre os “lazzaroni” da cidade de Nápoles, massa excluída e marginalizada pela sociedade e pela Igreja. Para eles cria as célebres “Cappelle

Serotine” (Capelas Vesperti-nas). Em 1732, após contato com cabreiros e pastores nas montanhas de Scala, reúne um grupo para evangelizar os mais abandonados. Nasce as-sim a Congregação do Santíssi-mo Redentor.

Escritor fértil, deixou-nos mais de cem obras, dentre as quais se destacam: Teolo-gia Moral; A oração, grande meio da salvação; Glórias de Maria; Visitas ao Santíssimo Sacramento e à Maria Santís-sima.

Nomeado bispo de Santa Águeda dos Godos, no sul da Itália, renuncia, após fecundo ministério, por motivos de ida-de e saúde, em 1775. Retira-se para junto de seus congrega-dos em Nocera dei Pagani, onde morre. Encerra-se assim uma vida de quase noventa e um anos. Era o dia primeiro de agosto de 1787. E nascera em 26 de setembro de 1696.

Afonso é, sem dúvida, uma das mais eminentes figuras da Igreja e da Espiritualidade Cristã.

(Pe. Afonso Paschotte – no livrete Santo Afonso de Ligório)

Page 6: Nosso Guia_Jun2014

6 C O P I O S A R E D E N Ç Ã O Goiânia, junho 2014

A espiritualidade éa alma de qualquer estrutura de pastoral que se dispõe a Evangelizar

Balancete da Paróquia N. S. da GuiaMÊS DE ABRIL/2014

Entradas Dízimo 7.017,53 Ofertas 1.544,63 Taxas (sacramentos) 618,00 Doação para côngruas 1.590,00 Contribuição para o Nosso Guia 530,00 Campanha da Fraternidade 1.094,75 Contribuição para formação 110,00 Aluguel 600,00 Secretaria 1.270,20 Coleta para Lugares Santos 472,75 Doações –Total das receitas 14.847,86DespesasDimensão religiosa Salários 1.595,80 Férias – Encargos Sociais 1.031,07 Côngruas (contribuição - padres) 3.620,00 Casa paroquial 1.448,00 Telefone, internet 283,90 Água 113,05 Energia 160,80 Fundo para o carro da paróquia 500,00 Formação – Combustível 554,00 Consertos e reformas – Manutenção do carro – Impressos – Culto 900,25 Utensílios e equipamentos 625,00 Secretaria 122,90 Material de limpeza 18,25 Alimentação – Diversos 1.289,00Dimensão Social Obra social (carentes) 296,95Dimensão Missionária Arquidiocese: Dízimo 10% 701.75 Ofertas 10% 154,46 Campanha da Fraternidade 1.094,75 Jornal Nosso Guia 530,00 Vicariato 150,00 Coleta para Lugares Santos 472,75 Formação –Total das despesas 15.858,96Entradas 14.847,86Despesas 15.858,96

Comunicados paroquiais

Festa de PentecostesREPRO

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Com as Comunidades no dia oito

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA GUIA

CONTRIBUIÇÕES Comunidade Setor Dízimo Ofertas CôngruasNÚCLEO PASTORAL I N. Sra. da Guia Parque Buriti 3.614,90 806,95 160,00 N. Sra. Aparecida Recanto das Garças 111,00 19,96 25,00 São Francisco de Assis J. Floresta 49,50 6,00 20,00 N. Sra. de Fátima Renata Park 233,60 23,52 100,00 S. Sebastião Maysa I 52,80 58,70 140,00 S. Coração de Jesus J. Ipanema – – – São José Pilar dos Sonhos 39,00 20,00 20,00 Divino Pai Eterno Jd. Real 113,10 29,40 20,00 S. João Neumann Maysa I 184,80 42,73 95,00 São João Batista Jd. das Oliveiras 398,10 28,50 100,00

NÚCLEO PASTORAL II Santa Luzia Rio Vermelho – – – Santo Expedito Parque Serra Branca – – – N. Sra. Aparecida Jd. Marista 528,00 118,89 150,00 S. Geraldo S. Cristina – – – Santa Rita Privê Elias – – – Santa Edvirge Setor Barcelos – – – Santo Afonso S. Pontakayana 420,00 30,00 160,00 São José Jd. Califórnia – – –

NÚCLEO PASTORAL III N. Sra. do Perpétuo Socorro Dona Iris II 251,70 98,70 100,00 S. Coração de Maria Maysa II 85,96 54,83 140,00 Rainha da Paz S. Bandeirantes – – – Santo Antônio Maysa III 201,75 38,76 100,00 N. Sra. de Fátima S. Palmares 514,32 114,44 120,00 N. Sra. Aparecida Dona Iris I 219,00 53,25 140,00

Vicariato de Trindade – Arquidiocese de Goiânia – Praça Nossa Senhora da Guia s/nº - Parque Buriti74485-803 – Goiânia – GO – telefone: (62) 3299-1062 – e-mail: [email protected]

Atendimento da secretaria paroquial: das 08h às 11h e das 13h às 17h (segunda a sexta) e 08h às 12h (sábado) - Telefone: (62) 3299-1062

Celebrações: na Matriz (Parque Buriti) às 19h de segunda a sábado; domingo às 7h e 20h. Nas outras 23 Igrejas/Comunidades, celebração ao sábado ou domingo.

Missionários redentoristas: Pe. Paim (pároco e vigário episcopal), Pe. Bariani, Pe. Maurício, Pe. Domingos e Pe. Anemézio

Nossa paróquia tem um novo coordenador paroquial que é o Reinaldo, da Comuni-

dade Santa Edvirge. O dois últimos, Delcimar e Edimilson, su-cessivamente, desempenha-ram, cada um a seu modo, um trabalho muito bom, a quem a paróquia deve e agradece muito pelo avanço da Evan-gelização.

Em 2013 estivemos em assembleia, em di-versas etapas, o ano todo. Contamos com a assessoria do Carlos Toledo, um leigo muito competente. No final das assembleias delinea-mos: 1º. o nível de decisão, que é do Conselho

Paroquial presidido pelo pároco com as atribuições de decisão, elaborar o Proje-to Paroquial, presidir através dos padres os Conselhos das Comunidades, apreciar, emendar e aprovar os projetos das pasto-rais, movimentos e Conselhos das Comuni-dades.

2º. o nível de operacionalização, assumido pelo coordenador paroquial com as atri-buições de acompanhar, motivar, auxiliar as coordenações paroquiais de pastorais, a Comissão de Festa e Eventos, bem como os Conselhos das Comunidades nas aplica-ções das decisões e orientações do Conse-lho Paroquial.

3º. o nível de execução, que é o nível de orga-nizar e fazer com que funcionem as coorde-nações das pastorais.

4º. o nível de despertar, que é o nível organi-zar as coordenações dos movimentos. E a conclusão a que chegamos foi a necessida-de muito grande de termos não apenas um coordenador da pastoral, mas alguém que fosse também um coordenador paroquial, e para isso, com tempo integral para poder encaminhar e executar em todos os níveis as decisões do Conselho Paroquial a partir das diretrizes paroquiais. Com o foco numa pastoral de conjunto ou

orgânica, destacamos de início: 1º dinamização dos Conselhos das Comunidades; 2º acompa-nhar, fortalecer ou criar coordenações paro-quiais das pastorais e movimentos; 3º acompa-nhar as festas e os balancetes das Comunidades.

Portanto, a ação do Reinaldo, novo coor-denador paroquial, será na linha da execução das decisões do Conselho Pastoral Paroquial. Vai pesar muito nas finanças da Paróquia, mas o sacrifício vai valer a pena, pois a evan-gelização levada a sério, quando se prioriza a Evangelização dentro de um planejamento, naturalmente a parte financeira funciona per-feitamente. É consequência. A espiritualidade é a alma de qualquer estrutura de pastoral que se dispõe a Evangelizar. A vida cristã é a base de tudo. E isso é o que tem acontecido em nossa paróquia com a dedicação dos padres, os semi-naristas que passaram por aqui, conselhos, as lideranças das pastorais, movimentos, grupos, equipes de serviço, festeiros, funcionárias, en-fim, todas as pessoas membros das nossas Co-munidades que de alguma forma participam e colaboram na caminhada de fé de toda essa região com mais de 50 mil pessoas.

Reinaldo, seja bem-vindo! Que Maria, a santa Mãe de Jesus, nos guie!

Padre PaimPároco da Paróquia NossaSenhora da Guia, Trindade II

A conteceu dia 21 de maio com re-presentantes das Comunidades,

a reunião de organização da grande celebração paroquial de Pentecostes, que será neste domingo, 8 de junho, no Ginásio de Esportes do Maysa I, ao lado da Igreja S. João Neumann. Assuntos encaminhados: os respon-sáveis pela limpeza e ornamentação do local, transporte das Comunida-des, material da celebração, funções e ministérios da liturgia, divulgação na Rádio Difusora e carro de som da Paróquia nas Comunidades, fo-gueteiros, ofícios a Segurança Públi-ca, Corpo de Bombeiros, Secretaria Municipal de Saúde para “Pronto Socorro”. Cada Comunidade ficou responsável por uma faixa, lenços e cordão de bandeirolas. O ensaio geral da celebração será no próprio domingo, dia 8, às 8h30. Participa-ram 33 pessoas. Parabéns ao Núcleo Pastoral III que tinha representantes de todas as Comunidades. Pena que faltaram representantes de várias Comunidades dos Núcleos I e II (S. Sebastião, S. João Neumann, Coração de Jesus, Divino Pai Eterno, S. José, Sta. Luzia, Sto. Expedito, S. Geraldo e Sto. Afonso.

Pe. MiguelEm nosso Vicariato de Trindade, o Pe. Miguel Dametto (Paróquia São Sebastião de Guapó), em março passou por uma cirurgia delicada colocando uma prótese no fêmur. Recupera-se muito bem. Com isso, outros padres do Vicariato assumi-ram as celebrações da Semana Santa, novena e festa de 2 a 11 de maio e os domingos até o final de junho. Ele e eu, na condição de vigário episcopal desta imensa região, agradecemos de

coração aos redentoristas (Pes. Mace-do, Edinisio, Domingos, Anemézio, Idemar, Demartini, Ney, Bosco, Rei-naldo e Frederico) e aos diocesanos (Mons. Daniel e Pe Alaor), que lá es-tiveram e estarão ainda neste mês.

Arquiteta CleusenirÉ de Trindade e se dispôs com os seus serviços a acompanhar as cons-truções nas Comunidades S. João Neumann, Divino Pai Eterno, N. Sra. Aparecida, Coração de Jesus. A ela o nosso grande agradecimento.

Noite das MassasAconteceu no dia 3 de maio. Promo-ção dos festeiros da festa de N. Sra. da Guia de setembro próximo. A su-gestão foi do casal Silvalina e Geral-do, e os festeiros abraçaram o desafio de, com um mês apenas, preparar e realizar a “Noite das Massas”. O re-

sultado chegou: R$ 2.554,00. Dentro da programação da festa, neste mês de junho, inicia-se a campanha do material reciclável até setembro. Por-tanto, mãos à obra!

ECCA entrega das pastas do Encontro de Casais com Cristo (ECC) aconteceu no dia 13 de maio. É o 4º encontro na paróquia. Contaremos ainda com a imprescindível ajuda da Comunidade N. Sra. Aparecida do St. Santos Du-mont pertencente à Paróquia Rainha do Povo, do Pe. Sebastião Romário. O encontro é sempre marcante, mas o mais importante é o engajamento dos casais na evangelização das Comuni-dades às quais pertencem.

Importante3 Dia 24 de maio, com missa na

Catedral, abriu-se o Ano Mariano Missionário na Arquidiocese de Goiânia.

3 1º de junho (domingo) reunião dos Núcleos Pastorais das 14 às 17h.

3 7 de junho (sábado) quadrilha da Catequese, Salão Paroquial, às 19h

3 8 de junho (domingo) grande e solene Celebração de Pentecostes no Ginásio de Esportes no May-sa I. Início a partir das 15h, com apresentações, shows, momento orante. Às 17h, Eucaristia. Todos levem o seu livrinho do tríduo para a celebração.

3 13 de junho (sexta-feira), Festa de Sto. Antônio, St Maysa III.

3 15 de junho (domingo), Festa do Divino Pai Eterno, no Jardim Real.

3 19 de junho (quinta-feira), Cele-bração de Corpus Christi, na Pra-ça Cívica, às 17h.

3 24 de junho (terça-feira), Festa de S. João Batista, Jardim das Olivei-ras, às 20h.

3 28 de junho (sábado), preparação para o batismo (para pais e padri-nhos), na Matriz às 14h.

3 29 de junho (domingo), batizados na Matriz, às 7h.

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7C O P I O S A R E D E N Ç Ã OGoiânia, junho 2014

Uma tradição iniciada no começo do século passado ainda reúne muita gente nos sítios para celebrar e festejar a fé através dos santos, principalmente São Sebastião

Trindade realiza “desobrigas”

Uma mistura de fé, cultura e tra-dição toma conta das regiões

rurais do município de Trindade. Desde a chegada dos missionários redentoristas há 120 anos, estas ma-nifestações aconteciam (até meados do século passado) no sentido de acolher o sacerdote que trazia com ele as imagens e as bênçãos dos san-tos padroeiros para as famílias ru-rais.

Entre os santos, São Sebastião é o principal destas festas. São Sebastião era um soldado romano que foi mar-tirizado por professar e não renegar a fé em Cristo Jesus. Diante de sua história o povo simples da roça ado-tou este santo que tem em seu cor-po flechas cravadas em sinal de uma vida ligada a sua fé em Deus Senhor.

Nestas festas e celebrações, or-ganizadas pela Paróquia Divino Pai Eterno de Trindade, são realizados batismos de crianças e adultos, mis-sas e bênçãos, quermesse e muita animação. Tendo feito o agenda-mento das datas e a escolha da fa-zenda ou sítio onde irá acontecer o encontro da desobriga, a família fica por conta de organizar e convidar amigos, parentes e vizinhos para

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esta festa. Os convidados trazem prendas, bandejadas, doam gado para o tradicional leilão e partilham deste momento que retrata bem a fé e a alegria do povo da roça. Todos são convidados a fazer parte deste momento e participar da vida cristã sem desfazer de suas origens.

Pe. Marco Aurélio, pároco de Trindade, lembra que “desobriga” é tradição em Trindade e vem desde

os tempos do Padre Pelágio. “Era a visita que ele fazia aos moradores da zona rural, para ‘se desobrigarem’ do preceito da confissão e comunhão pascal”, destacou Marco Aurélio.

Os historiadores registram que na época do Padre Pelágio era pre-ciso preparar muita coisa, pois a de-sobriga durava semanas: primeira-mente um “camarada” de confiança para mostrar o caminho e espantar

os bichos ferozes. Depois, animais bem escolhidos, de preferência mu-las ou burros. Bagagem completa com os materiais para as celebra-ções litúrgicas. Couro de boi como colchão de emergência, rede, ape-trechos para cozinhar, etc.

Iniciadas em meados de abril, as ‘desobrigas’ de 2014 seguem até me-ados de junho.Fonte: www.paroquiadetrindade.com.br

As atuais “desobrigas” reúnem também as famílias dos antigos moradores dos sítios e fazendas

Trindade IIPerpétuo Socorro, do Se-

tor Dona Íris II, é uma das 25 Comunidades que formam a Paróquia Nossa Senhora da Guia. Neste mês de maio houve uma celebração de Primeira Eucaristia presidida pelo Pe. Domingos Cardozo Prestes. Ainda na foto, as jo-vens e catequista Jeen Paula.

ParaísoDe 2 a 11 de maio acon-

teceram os festejos de São José Operário em Paraíso do Tocantins. Com ótima parti-cipação popular, as celebra-ções tiveram, além dos “prata da casa” (pároco, Pe. Sidney e cooperadores Pe. Manoel e Pe. Marcelino), outros missio-nários redentoristas: Pe. Fá-bio (Superior Provincial), Pe.

Bosco, Pe. Bento, Pe. André, Pe. Fábio Pascoal, Pe. Frede-rico Hozanan e no encerra-mento com a presidência do bispo local, Dom Rodolfo.

Festa de Trindade Com o tema “Somos a fa-

mília do Pai Eterno”, os tra-dicionais festejos acontecerão de 27 de junho a 6 de julho, e deve atrair mais de 2,5 mi-lhões de peregrinos. E neste ano de 2014 vai receber um visitante especial. Os reden-toristas de Goiás estão cele-brando 20 anos da instalação da Província e 120 anos da chegada dos primeiros mis-sionários que vieram da Ale-manha para evangelizar as romarias. Nesse contexto es-tará em Trindade o Superior Geral, Pe. Michael Brehl.

CampinasDe 16 a 25 de maio

foi celebrada na Ma-triz de Campinas a Novena e Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O tema central “Com Maria, fonte de nossa alegria”, o novenário refletiu sobre as ale-grias de Nossa Senho-ra e dos discípulos de Jesus, à luz da exorta-ção apostólica Evan-gelii Gaudium (Ale-gria do Evangelho), do Papa Francisco. Houve quermesse nos três últimos dias, com direito à famosa “Ba-turesta da Matriz de Campinas” na sexta--feira, dia 23 de maio.

Primeira Eucaristia

Matriz de São José Operário em Paraíso-TO

Santuário Basílica do Divino Pai Eterno em Trindade-GO

Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

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8 C O P I O S A R E D E N Ç Ã O Goiânia, junho 2014

Campo Grande sediou Congresso Internacional sobre o ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro confiado aos redentoristas há 150 anos

Perpétuo Socorro para o mundo

A Província Redentorista de Campo Grande-MS, que abran-

ge comunidades espalhadas pelos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul, promoveu de 12 a 16 de maio o 1º Congresso Internacional sobre Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Um evento histórico que marcou o começo de uma caminha-da para a solene celebração do 150º. Aniversário da entrega do Ícone de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro aos Redentoristas pelo Papa Pio IX. De fato, há quase 150 anos os filhos de Santo Afonso receberam do papa não somente um precioso presente, mas a missão de difundir pelo mun-do inteiro a devoção mariana inspi-rada neste quadro. As palavras do papa Pio IX aos redentoristas foram: “Façam que ela seja conhecida no mundo inteiro”.

O CongressoForam 102 participantes, prove-

nientes de 28 países. Essa iniciativa, plenamente apoiada pelo Governo Geral, teve a alegria de contar com

Pe. Luciano Panela, de Roma, apresenta o Ícone do Perpétuo Socorro na abertura do Congresso Internacional com participantes dos cinco continentes

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a presença do Superior Geral dos Redentoristas, Pe. Michael Brehl. O primeiro Congresso Internacio-nal foi coordenado pelo Superior Provincial da Província de Campo Grande, Pe. Joaquim Parron, e pe-los confrades de sua Província, na pessoa do Pe. Dirson Gonçalves, reitor do Santuário do Perpétuo So-corro de Campo Grande, e pela sua equipe de confrades e de leigos.

No final, os congressistas di-vulgaram uma mensagem onde afirmaram que “o encontro se de-senvolveu entre partilha de expe-riências, principalmente em relação à Novena Perpétua, reflexão sobre a mensagem do Ícone e propostas de ação evangelizadora, que ajudem a aprofundar e a renovar o man-dato assumido há 150 anos de fa-zê-la conhecida em todo o mundo. (...) Procuramos contemplar a Mãe do Perpétuo Socorro em seu senti-do original como Ícone de tradição oriental bizantina, refletimos sobre a sua Mariologia, meditamos sobre a Mensagem espiritual, pastoral e

missionária, que brota deste Ícone, e dialogamos sobre a dimensão de Piedade popular e Liturgia do Ícone, em vista de renovar o nosso empe-nho de Evangelização”. E a mensa-gem termina assim: “Este Congresso reaqueceu nossos corações em nos-so amor à querida Mãe do Perpé-tuo Socorro e partimos daqui com o compromisso de nos envolver com alegria na celebração deste 150º. Ani-versário. E queremos convidar cada confrade, cada Unidade e cada Con-ferência a assumirem conosco com criatividade um novo mandato de fazê-la conhecida e amada em todo mundo como o Ícone de Amor, ex-pressão viva da copiosa Redenção”.

No BrasilEmbora a padroeira do Brasil

seja Nossa Senhora com o título de “Aparecida”, devoções maria-nas se espalharam por todo o país com centenas de outros títulos. No entanto, entre essas demonstrações de amor para com a Mãe de Jesus, a devoção a Nossa Senhora do Per-

pétuo Socorro se destaca de forma muito significativa. Inclusive isso se manifesta através das Novenas Per-pétuas. Em santuários, paróquias e pequenas comunidades, sob a res-ponsabilidade dos redentoristas, o ícone do Perpétuo Socorro está sem-pre presente. Isso não significa, po-rém, que essa devoção se limita às áreas de trabalho pastoral confiada a esses missionários. Apesar da as-sociação feita entre a devoção cristã sob este título de Maria e os filhos de Santo Afonso, esta mesma devo-ção pode ser encontrada em muitas paróquias administradas por outras congregações religiosas e pelo clero diocesano. Os brasileiros gostam de participar das novenas perpétuas. E em alguns lugares se tornam um fenômeno pela afluência espantosa de fiéis. É o que acontece, por exem-plo, no Santuário de Nossa Senho-ra do Perpétuo Socorro (Matriz de Campinas) em Goiânia, com suas 16 novenas às terças-feiras, com a participação de cerca de 20 mil pessoas. Movimento igual aconte-ce também em Curitiba, Campo Grande, Belém e em outras capitais e cidades brasileiras como Brasília, São Paulo, Fortaleza, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Manaus, São João da Boa Vista, Araraquara e em todas as paróquias das frentes missionárias dos redentoristas de Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Mato Grosso... Onde se encontram os redentoristas, as novenas per-pétuas são celebradas com muita devoção e entusiasmo. O saudoso redentorista Pe. João Benedicto da Silva (Pe. Campos), costumava di-zer, ao chegar em casa depois da úl-tima novena: “Terça-feira é dia de festa na Matriz de Campinas”.

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9E S C O L A D A F ÉGoiânia, junho 2014

Gemendo e chorando, neste vale de lágrimas!

Pe. Ângelo LicatiMissionário Redentorista

A oração “Salve-Rainha” faz um apelo forte ao nosso emocional. É

tão verdade que precisamos de Maria e de sua intercessão, é tão grande nossa convicção de que Ela pode nos socor-rer, que o nosso coração se comprime, nossos olhos derramam lágrimas, ge-memos e deixamos escapar suspiros e gemidos de dor e nos transformamos num vale de lágrimas. Nossa oração se torna existencial: não é só minha voz que clama; eu me transformo em prece viva.

Não são muito comuns estes mo-mentos de angústia extrema, mas sa-bendo que pode estar em perigo nossa eterna salvação, ainda é pouco clamar e chorar. É de absoluta necessidade que afastemos o perigo da condenação eter-na. Reconhecemos nossa fraqueza; e já experimentamos, muitas vezes, a força maligna da tentação. Por isso, quando recorremos a Maria para que nos alcan-ce uma graça, não é porque duvidamos da bondade e da misericórdia de Deus, é, antes, porque desconfiamos da nossa

própria fraqueza. Por isso, recomenda-mos a Maria que supra nossa indignida-de e miséria.

A origem desta necessidade de pedir a intercessão de Maria está na própria vontade de Deus, porque Ele mesmo precisou da pessoa de Maria para se encarnar e realizar a nossa salvação. “A partir do momento em que esta Virgem concebeu em seu ventre o Verbo Divino, Ela adquiriu uma certa jurisdição sobre todas as graças: porque, saindo Jesus Cristo do seu ventre sacrossanto, dele saíram também todas graças divinas”. Uma outra reflexão: Assim como para

É de absoluta necessidade que afastemos o perigo dacondenação eterna

a nossa ruína cooperaram um homem e uma mulher, convinha também que ou-tro homem e outra mulher cooperassem para nossa salvação. Este pensamento já foi anunciado por Deus logo depois do pecado de nossos primeiros pais: a mulher, por meio do Filho, e o Filho por meio da mulher iriam esmagar a cabeça da serpente infernal.

Rezemos agora a súplica e o gemido de Santo Afonso, em seu livro “Glórias de Maria”.

“O Rainha e Mãe de misericórdia que concedeis as graças a todos que vos invocam. A vós hoje me recomendo, eu, tão pobre de merecimentos como car-regado de dívidas com a justiça divina. Em vossas mãos, ó Maria, está a chave das misericórdias divinas. Não olvideis a minha penúria, e não me abandoneis em minha pobreza. Protegei-me, Se-nhora minha, eis o que vos peço. Nada receio se me protegeis. Não temo os de-mônios, porque sois mais poderosa do que todo o inferno; não temo os meus pecados, porque com uma palavra vos-

sa que faleis a Deus, podeis alcançar-me o perdão de todos eles. Tendo eu o vos-so favor não temo nem mesmo a cólera de Deus, pois basta uma súplica vossa para aplacá-lo. Ó Mãe de misericórdia, eu sei que tendes prazer e vos gloriais em ajudar os pecadores mais miserá-veis, e que os podeis ajudar, contanto que não sejam obstinados. Eu sou pe-cador, mas não sou obstinado: quero mudar de vida. Podeis, pois, ajudar-me, valei-me e salvai-me. Ponho-me hoje em vossas mãos. Dizei-me o que eu hei de fazer para dar gosto a Deus, que eu o quero fazer, e espero fazê-lo com vosso socorro, ó Maria, minha Mãe, minha luz, minha consolação, meu refúgio e minha esperança”.

Senhora, ouvi o meu gemido, e o la-mento do meu coração arrependido e cheio de esperança. E assim, deixando este vale de lágrimas onde estou, pas-sarei para o mar das alegrias e do gozo eterno. Minha Mãe, Maria, espero vê-la e contemplá-la para sempre, no céu. Amém.

Notícia Boa

Surfando nas nuvens Solenidade da Ascensão do Senhor (01.06.14)Mateus 28,16-20

Unida à Páscoa, a festa da Ascensão é continuação da glorificação do Filho

de Deus. Ele se fez pequeno e humilde para que todos pudessem entrar em comunhão com Deus através dele. Esta festa interes-sa muito a todos nós. “Sua Ascensão já é nossa vitória”. Unidos a sua Humanidade, participamos de sua glória. Ele é a cabeça da Igreja e a plenitude de tudo.

A Palavra de Deus convida a conhecer todas as coisas boas que recebemos e rece-beremos do Pai em Cristo.

Para corresponder, e porque acredita-mos, vamos anunciar Jesus a todo mundo. Já estamos no Céu, na Humanidade de Jesus, surfando nas nuvens, mas estamos com os pés na terra para continuar a missão de Jesus.

Cada um com sua vassoura Vinda do Espírito Santo – Pentecostes (08.06.14)João 20, 19-23

Jesus Ressuscitado no primeiro encontro com os discípulos, deu-lhes o Espírito San-

to. Como Deus soprou sobre Adão para que tivesse vida, Jesus soprou sobre eles, para que recebessem o Espírito Santo, que é a Vida de Deus em nós. Com esse sopro de vida entrega--lhes a missão de levar a remissão dos pecados a todos. Deus quer a reconciliação com Ele e assim gerar um mundo reconciliado.

A reconciliação acontece quando há a unidade. A unidade não é todos fazerem a mesma coisa e sim colocarem o modo dife-rente de ser de cada um e o dom que possui a serviço de todos. Paulo faz a comparação

Cesta básicaSolenidade do Corpo e Sangue de Cristo (19.06.14)João 6,51-58

Quem não come, morre. Quando apa-receu aos discípulos, para provar que

estava vivo e não era um fantasma, Jesus pediu alguma coisa para comer. Refletindo sobre a Eucaristia lembramos que Jesus usou o alimento humano para nos dar o alimento espiritual. O Pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo. Na Santa Ceia Ele tomou o pão e disse que era o seu Corpo: “Isto é o meu corpo que é dado por vós”. Tomou o vinho e disse que “era o seu sangue derramado para a salvação de todos”.

Deus alimentou o povo no deserto com o maná vindo do céu. Deus cuida de todos. O gesto de Jesus partindo o pão e distribuindo entre os apóstolos, não é só um gesto a ser lembrado, mas a ser realizado para que saibamos partilhar não só a Eucaristia, mas o alimento para um mundo que passa fome.

Passamos pelas ruas com o Santíssimo para que seja adorado e amado. Se levamos Jesus em nosso coração, cuidemos dos ne-cessitados de alimento como Ele cuidou.

Fofoqueiro por profissão12º Domingo Comum (22.06.14)Mateus 10,26-33

Fofoca é uma desgraça que destrói as pessoas. Mas a fofoca boa, que leva aos

outros as boas notícias, constrói e sustenta as pessoas. Por isso que Jesus diz que o que a gente escutou dele ao pé do ouvido deve ser dito na luz do dia e proclamado sobre os telhados. Os discípulos receberam isso como uma missão. Quem falar sobre Jesus,

com o corpo. Cada membro tem uma função diferente para o bem de todos.

No dia de Pentecostes os apóstolos rece-beram o Espírito e começaram a pregar. Sua pregação era entendida por todos, mesmo sendo de línguas diferentes. Quer dizer que o Evangelho pode ser pregado em todas as línguas. Cada um usando seu dom vai anunciar Jesus e construir o Reino de Deus.

Conversa que faz a gente grandeSolenidade da Santíssima Trindade (15.06.14)João 3,16-18

Falar de Santíssima Trindade dá a impres-são de falar difícil. Deus não é complicado.

Como não estamos interessados em compre-ender, dizemos que é difícil, é um mistério.

Quem não entende de uma boa con-versa? Moisés foi conversar com Deus chamou-O de misericordioso, clemente e rico em bondade e fiel. Mesmo sabendo que o povo é de cabeça dura, convida a Deus: Caminha conosco e acolhe-nos como tua propriedade! (Ex 34,6.9).

Paulo nos ensina que estejam sempre conosco a graça de Jesus, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo. A comunhão com Deus nos coloca em conversa com Ele. Deus dá valor à nossa conversa pequena, pois quando falamos com Ele, nossa con-versa é grande.

Deus Pai enviou Jesus não para conde-nar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem ensina um Deus dis-tante, perigoso que condena não faz parte da comunhão com Ele.

Deus é muito bacana e legal mesmo. A gente não pensaria que queria ser igual a nós , como fez Jesus.

Pe. Luís CarlosMissionário Redentorista, Província de São Paulo

Ele vai falar dele ao Pai. Aí é uma fofoca que fica muito boa.

Deus toma conta de nós com muito cui-dado e carinho. Paulo ensina que se o pecado de Adão passou a todos e foi uma desgraça, a Graça derramada sobre nós foi em grande abundância. Não devemos ter medo de nada.

Mesmo que passemos dificuldades, como passou Jesus, podemos ter certeza que Ele está sempre ao nosso lado. Ser cristão não é fácil, pois passamos pelo que Jesus passou. Com Ele nós vencemos.

Correndo da políciaFesta de S. Pedro e S. Paulo (29.06.14)Mateus 16,19-30

A vida dos apóstolos e dos primeiros cristãos não foi fácil. A perseguição os

fez correr. Quando eram pegos, sabiam por Cristo enfrentar a morte. Deus não quer a morte de ninguém. Mas aceita a disposição de entrega de cada um.

A Igreja tem a alegria de celebrar os San-tos Apóstolos Pedro e Paulo juntos. Notemos que foram diferentes e souberam viver na unidade, mesmo pensando tão diferente. Paulo pregou aos pagãos e Pedro aos judeus.

Pedro foi preso e libertado. Paulo passou muitas vezes nas portas da casa da morte. Os dois tinham um entusiasmo magnífico por Cristo. Paulo afirma: “Meu viver é Cristo”. A fé em Jesus os reforçava. Tinha certeza da presença de Jesus diante dele.

Pedro professa a fé em Jesus em nome de todos nós: “Tu és o Messias, o Filho de Deus Vivo”. A fé foi-lhe colocada no coração pelo Pai do Céu. Estes dois grandes apóstolos são um ensinamento para nós: mesmo sendo diferen-tes, sabem viver unidos para o bem de todos.

Page 10: Nosso Guia_Jun2014

10 A M I Z A D E Goiânia, junho 2014

Parabéns!

02/06 Maria Helena Cardoso dos Santos02/06 Reginaldo Rosa da Silva 04/06 Franciely Silva Bezerra 04/06 João Batista Pereira da Rocha 04/06 Alice Alves de Campos04/06 João Batista Pereira da Rocha 06/06 Ana Vieira da Silva 06/06 Rafael Marmo Ferreira 06/06 Bráulio Afonso de Morais 07/06 Luisa Lindomar 09/06 Antônio José Santos09/06 Pe. Alcides de Lima Jr.10/06 Dom Antonio Ribeiro10/06 Fr. Aragonês de J. Parreira11/06 Célia O. Ribeiro Chagas 11/06 João Paulo Vaz13/06 Ivan da Silva Sousa 13/06 Vilma Barbosa 13/06 Vilmar Barbosa 13/06 José Félix da Silva 13/06 Pe. Antônio L. Pedrotti 13/06 Carlos Antônio Duarte14/06 Diego Vinício14/06 Fr. Heverton Rodrigues19/06 Matheus Pereira do Prado 20/06 Ronaldo Raimundo de Brito 20/06 José Arildo dos Santos21/06 Dilça Maria da Silva23/06 Elízia Duarte de P. e Silva 24/06 Geane Pereira de Souza 24/06 Divino de Paula 24/06 Matusalém da Silva24/06 Pe. João Paulo dos Santos25/06 Marco Antônio 25/06 Jacson Guerra26/06 Pe. Fábio Bento da Costa 26/06 Carlos Soares26/06 Jainé Maria de Brito 26/06 Maria Nelli de Jesus 27/06 Antônio Alexandre 29/06 Marcelina Duarte de Almeida 29/06 Pedro Hitiro Matsunaga 30/06 Gentileza Maciel 30/06 José Eustáquio da Silva

Fone: (62) 3295-1497Av. Castelo Branco, 5.478 – Bairro Ipiranga – Goiânia-GO

FO

TO

S: A

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O

Pe. Fábio B. da Costa, C.Ss.R. (*26/06), Superior Provincial, numa festa de Trindade anos atrás

Deus abençoe você e que você seja uma bênção para sua família e Comunidade!

Pe. Alcides de Lima Júnior (*09/06), pároco da Paróquia Santíssimo Redentor na Vila Aurora, em Goiânia

Dom Antonio Ribeiro (*10/06), arcebispo emérito de Goiânia

Pe. Antônio Luis Pedrotti (*13/06), Santuário Basílica de Trindade

Pe. João Paulo dos Santos (* 24/06), em Roma, especializando--se nos estudos bíblicos.

Fr. Herverton Rodrigues (*14/06), Jardim Goiás, Goiânia

Fr. Aragonês Parreira (*10/06), Jardim Goiás, Goiânia

Matheus Pereira do Prado (*19/06), Setor Oeste/Goiânia, 10 anos e lei-tor assíduo do Nosso Guia e do Ra-pidinho

Page 11: Nosso Guia_Jun2014

A M I Z A D EGoiânia, junho 2014 11

• Adriana Variedades Rua Mandaguari - Qd. 37 - Lt. 16 – Jd. Marista | Tel.: 3294-0120

• Drogaria Popular Disk Remédios – 3577-3077 | 3294-5752

• Agro-Maciel Av. Pres. Vargas - Qd. 30 - Lt. 04 | Tel.: 3577-3025

• Comercial União Av. Presidente Vargas – Jd. Marista

• Papelaria Arco-Íris Av. Pres. Vargas, 612 – Jd. Marista | Tel.: 3210-7575

• Supermercado Supermix Fone: 3292-3005 | 3292-3102 – St. Pontakayana

• Gleison Vilela Setor Pontakayana | Tel.: 8498-2972

• Supermercado Apollo Rua 40, 186 – Renata Park

• Madeireira Martins Av. Pres. Vargas, 1.355 - Jd. Marista | Tel.: 3294-5659

• Casa de Carne Dienay Fone: (62) 3294-5933 – St. Pontakayana

• Drogaria Marista Disk Remédios - 3294-5767 – Jd. Marista

• Casa Central Av. 24 de Outubro, 1357 – St. Campinas

Agradecemos de coração a generosidade destas pes-soas amigas que colaboram com o jornal Nosso Guia.

Dr. Hélio Seixo de Britto (in memoriam)Helinho de Brito e Myrian - Setor SulFlávio Ivo Bezerra e Maria Alice - St. MaristaRonaldo de Brito e Maria das Dores - St. BuenoMaria Bárbara Duarte - CampinasMaria Ferraz - Setor MaristaOdon R. de Morais (in memoriam)Gastone Zuffellato e Cida Gama - Alto da GlóriaMaria Luiza (Rosinha) (in memoriam)João Garibaldi e Almerinda - Setor OesteMaria das Graças Urani - Setor OesteUaded Rassi e família - Setor BuenoSuad Rassi e família - Setor BuenoAbrão Rassi Neto e Mª das Graças - Jd. AméricaBráulio A. de Morais e Heloísa - Setor BuenoFamília Nunes - Jardim AméricaBernadete Crispim e Humbertinho - St. CentralFrancimar Maia - Setor BuenoDediher e Irene - CampinasVeneranda Cabral Bittencourt - Setor OesteDr. José Luís Bittencourt (in memoriam)Dr. Salomão e Mª Augusta Calado - Setor SulRona e Francisco José - Setor OesteFamília Bibiano - CampinasIvo e Divina - Panorama ParkSolange Bastos Lacerda - Setor OesteTerezinha Monteiro - CampinasWaldir e Roseli - Setor BuenoIvani e Dra. Mônica - Campinas e Setor BuenoGeraldina Porfírio S. Landim - St. AeroportoVanda Folador - Setor OesteEurico Almeida de Britto - Setor CentralVanderlan Fernandes e Susi - CampinasMaria Clemente de Oliveira - Cidade JardimGeraldo Magela e Eunice - Setor São JoséOlímpia e família Duarte - Cidade JardimKalil - Setor CampinasVilma de Souza Limongi - Setor BuenoJoviano e Juraci Chaveiro - Setor UniversitárioAcácia Guimarães Borges - Setor CentralMaria Taia Tatibana - Setor BuenoPe. Guilherme Contart – Palmelo-GOMaria José F. Lopes - Tietê-SPMaria José e Hermando - Sorocaba-SPPedro Evangelista de Lima - St. Maysa IAntônio João Thozzi - São PauloMaria Luiza Costa - St. OesteAntônia R. de Oliveira - St. Castelo BrancoDarcy G. Paschoal - Tietê-SPCláudia M. B. Sipaúba - St. OesteVanda Camargo - Setor ProgressoAnna Mancila Madeira - Jd. ColoradoElizabeth Ferreira de Oliveira - St. PontakayanaEurípedes e Desnaides - Jd. MaristaBenedito Goulart e Zélia - Campinas - SPDemerval Cândido - Res. AraguaiaGeraldo Clarindo Caldas - Setor OesteJoventina Alkmim - Aparecida de GoiâniaVilma Trevisan Ricardo - Tietê-SPMaria do Carmo - Tietê-SPClara Melo Vaz - Tietê-SPIrmãos Brandolise (Arnaldo, Lúcia, Célia, Lia, Neusa, Zezinho, Cristina, Deise, Marcelino, Julinha, Heriberto, Márcio e Sandra) e familiaresTereza Gonçalves - Piracanjuba-GOMarli Gonzaga - Goiânia-GO

Agradecemos as contribuições das pessoas acima citadas, bem como as colaborações depositadas no Banco do Brasil nos dois últimos meses.Agência: 4864-X / Conta Corrente: 21.081-1(Antônio M. Brandolize)02/04 - Transferência online ...............R$ 50,0003/04 - Transferência online ...............R$ 120,0007/04 - Transferência periódica .........R$ 10,0025/04 - Transferência agendada .........R$ 300,0002/05 - Transferência online ...............R$ 50,0002/05 - Crédito em conta ....................R$ 10,0002/05 - Crédito em conta ....................R$ 10,0002/05 - Crédito em conta ....................R$ 10,0005/05 - Transferência online ...............R$ 120,0005/05 - Transferência periódica .........R$ 10,0023/05 - Transferência ..........................R$ 362,00

Gente Amiga

Isabele Pereira Ferreira - St. Oeste; Matheus Pereira do Prado - St. Oeste; Guilherme Salera Bezerra - St. Marista; Maria Clara Sarmento - St. Campinas; Lucas Allen Cheramie Araújo - St. Oeste; Artur S. Brito Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Luiza Seixo de B. Bezerra Oliveira - Brasília-DF; Felipe Quieregati - St. Marista; Maria Júlia Carvalho G. Santos - St. Campinas; Milena Carvalho Garcia Santos - St. Campinas; Amanda Olinto O. Guimarães - St. Campinas; Flávio Quiere-gati S. Britto Bezerra - St. Marista; Maria Fernanda Gonçalves Godoi - St. São José; Renato Xavier de Castro Nunes - St. Campinas; Stéphanie Quieregati S. B. Bezerra - St. Marista; Maria Eduarda Rodrigues - St. Campinas; Maria Clara C. M. Senhorello - St. Campinas; Laís Salera S. de Britto Bezerra - St. Marista; Bárbara Augusta - St. Aeroporto; João Felipe - St. Aeroporto; Pedro Ernesto - St. Aeroporto; Vitória Freitas - St. Aeroporto; Carlos Eduardo - Goiânia-GO; Marco Antônio - Goiânia-GO; João Pedro - Setor Aeroporto; João Ricardo Cheramie Araújo - Setor Oeste

Cantinho Mirim

O novo Nosso Guia foi bem recebidoDepois de onze anos com edições

mensais e a serviço prioritário da Paróquia Nossa Senhora da Guia com sede no Parque Buriti, na região chamada de Trindade II, Nosso Guia se apresentou em maio passado como um jornal abran-gendo as várias frentes de trabalho pasto-ral dos redentoristas em Goiás, Distrito Federal, Tocantins e Mato Grosso. E foi bem recebido, conforme testemunhos en-viados para a redação:

Nosso Guia já era bom. Agora de cara nova ficou ótimo. Fico feliz de poder acompanhar, através do Nosso Guia, o trabalho grandioso dos redentoristas... e ainda mais que a partir desta edição com notícias de outras paróquias e de outros estados. Os meus parabéns se estendem também para a guerreira Bitinha que lutou muito para a sobrevivência do jor-nal... Fiquei emocionada quando li seu comentário nessa edição de maio. LUZIA GONÇALVES - St. Oeste - Goiânia

Percebi uma clara diferença... Ficou mais abrangente, com a intenção de trazer a ação pastoral da Província de Goiás em todas suas frentes missionárias. E isso é muito bom, é ótimo! Sei que a intenção é oferecer um serviço às outras comunida-des paroquiais que integram a Província. Mas sei que também poderá haver uma certa demora de alguns setores para cor-responder à proposta. Contudo, é válida a iniciativa... E quem sabe, logo algumas (todas) paróquias comecem a ter seu espa-ço fixo como a Paróquia Nossa Senhora da Guia... mesmo que fosse um cantinho ou meia página. Começar devagarinho, como diz o povo aqui na Itália: “piano piano si va lontano”.IR. MARCOS VINÍCIUS, C.Ss.R., Roma

Eu já gostava muito de ler este jornal. Lei-tura fácil, clara e nada cansativa. Agora, porém, posso dizer que o novo formato ficou muito melhor. Parabéns aos inven-tores. Abraços!PADRE VALDIR, SP 2300

Uai!!! Pode vir coisa boa, sim, da perife-ria... tanto que tenho que ler aqui, todos os meses, para me inteirar das novida-des... “Bão demais da conta”. Obrigado! GILBERTO PAIVA – São Paulo

Como é bom ver tanta garra redentorista e tanta juventude (dos com menos anos e dos com mais anos...)! Que coisa bonita a fotografia da primeira página abrindo a nova fase! Valeu! Gostei muito também da página da formação das diferentes etapas com o Pe. Fábio e seus formado-res...LEONILDE T. FOLTRAN – Barretos-SP Parabéns pela sua competência e per-severança neste importante trabalho de veicular notícias e informações variadas de nossa vida cristã ao longo destes anos todos. Nós precisamos e muito de gente assim que não mede esforços para exe-cutar tal missão com tamanha dedica-ção! Já estava bom o seu trabalho e com certeza ficou melhor. Deus o abençoe sempre neste serviço que desempenha tão bem.PE. GERALDO TEIXEIRA, C.Ss.R. – Trin-dade-GO

Acabei de ler o Nosso Guia. Gostoso de-mais o artigo do Pe. Rafael: Ler, Ler, ler! Estou fazendo propaganda entre pa-rentes e amigos, enviando a versão “em pdf”.PE. CARVALHO, C.Ss.R. – Araraquara-SP

REDAÇÃO: Agradecemos tais palavras e também o incentivo de outras pessoas que se manifestaram, entre elas: Demerval Jr. (Trindade), Cássia Fernandes (Jd. Novo Mundo - Goiânia), Ir. Ernesto Coelho (São Paulo), Pe. Henrique Strehl (Trindade), Ir. Diego Joaquim (Goiânia), Pe. Heleno (Re-cife-PE), e de maneira especial dos provin-ciais Pe. Luís Rodrigues (São Paulo) e Pe. Fábio Bento da Costa (Goiás). E continue nos enviando suas mensagens através do e-mail [email protected]

Finanças...Apresentamos as despesas da

edição anterior: 3 Diagramação, impressão e aca-

bamento (4 mil exemplares): R$ 2.850,00 e despesas com correio: R$ 285,00 - Total R$ 3.135,00

3 Contribuíram: Paróquia Nossa Senhora da Guia (Trindade II): R$ 490,00; Equipe Gente Amiga: R$ 1.150,00; Depósitos bancários: R$ 572,00; pequenos anúncios: R$ 210,00. CSSR e Scala Editora: R$ 285,00 (correio). O restante (R$ 428,00) foi coberto pelo sal-do em caixa..., mas as “gorduri-nhas” estão diminuindo e muito (nesse caso, é perigoso!!!)

Para junho... No fim de maio recebemos a

colaboração da Paróquia Nossa Senhora da Guia para pagar a edi-ção de junho: R$ 530,00, através de suas Comunidades: Matriz (60,00), Nossa Senhora Aparecida/Recanto (25,00), São Francisco (15,00), Nos-sa Senhora de Fátima/Renata Park (25,00), São Sebastião (30,00), Pi-lar dos Sonhos (20,00), Divino Pai Eterno (20,00), São João Neumann (25,00), São João Batista (50,00), Nossa Senhora Aparecida/Marista (60,00), Santo Afonso (30,00), Mãe do Perpétuo Socorro (30,00), Cora-ção de Maria (40,00), Santo Antônio (25,00), Nossa Senhora de Fátima/Palmares (35,00) e Nossa Senhora Aparecida/Iris I (40,00).

Não colaboraram em maioCoração de Jesus, Santa Rita, San-

ta Luzia, São Geraldo, São José/Cali-fórnia, Santo Expedito, Santa Edwir-ge, e Rainha da Paz.

Page 12: Nosso Guia_Jun2014

A histórica visita do Papa Fran-cisco à Terra Santa. Cheia de sig-nificado espiritual e político, esta peregrinação encantou a todos – cristãos, judeus e muçulmanos. As palavras do Santo Padre foram um convite para o fim dos confli-tos na região. E também um forte exemplo para que cada cristão assuma a missão de promover a paz onde vive.

12 D E S T A Q U E Goiânia, junho 2014

Verdadeiras ciladas aparecem no caminho de vida das pessoas cada vez que a morte se faz presente de modo mais próximo no ambiente familiar

Trapaças da morte

tá na redeIr. Diego Joaquim, C.Ss.R. Jornalista e colaborador do Santuário-Basílica de Trindade e da Rede Pai Eterno de Comunicação

Cidade compactaA prefeitura de Goiânia tem sido bastante criticada por conta do projeto de venda de áreas públicas. Em sua defesa, a prefeitura apresenta o projeto de um novo modelo de cidade sustentável, que é conhecido pelo termo técnico de adensamento ou cidade compacta. Na prática, a proposta é de permitir a construção de prédios em uma mesma área, com opções de comércio, serviços e lazer na mesma região. Desta forma, espera-se diminuir os deslocamentos das pessoas pela cidade, diminuin-do o tráfego de veículos e melhorando a qualidade de vida. Só que os urbanistas avisam: o modelo dá certo desde que exista uma excelente rede de transporte público e planejamento urbano. A partir daí, começamos a duvidar das perspectivas para nossa capital.

Jogando pela vidaA Igreja no Brasil realiza este mês uma importante ação no contexto do campeonato mundial de futebol. A Campanha “Copa do Mundo: Dignidade e Paz” inclui a divulgação de panfletos nas cidades-sede dos jogos, além de ações práticas. Destaque para o compromisso de acompanhar torcedores e jogadores com momentos de espiritualidade, assim como também oferecer apoio às populações de rua. A Igreja também atua no combate ao turismo sexual e no apoio aos movimentos sociais, para que tenham direito de realizar manifes-tações de rua pacíficas.

violência

em pauta

REPROD

UÇÃ

O

eu curti

não curti

A omissão das autoridades diante da crise do sistema de transporte coletivo de Goiânia. A divisão dentro do movimento grevista deixou o usuário sem transporte, e nem isso fez com que os donos das empresas de ônibus cedessem às reivindicações ou apresentas-sem propostas. Pior que isso, foi o silêncio dos prefeitos da região metropolitana e do governo do Estado. Parecia até que o problema não tinha nada a ver com eles... Enquanto isso, a população estava impedida do seu direito constitu-cional de ir e vir.

RE

PR

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ÃO

OnlinePe. Rafael Vieira

Missionário Redentorista, Diretor de Comunicação C.Ss.R.

O FATO. Um dos meus irmãos morreu num acidente com motocicleta, no final do mês passado. Éramos em sete filhos, eu sou o primeiro e ele era o terceiro. Um homem bom, ho-nesto e trabalhador. Completara 48 anos no início do mês, era solteiro, estava desempregado e tornou-se, há muitos anos, uma vítima do álcool. Sua morte repentina foi um golpe duro para minha família. E esse fato trouxe para mi-nha mãe, para meus irmãos e para mim algo que, suponho, pode também ocorrer com quase todas as pessoas quando recebem a visita íntima da morte, isto é, uma sucessão de engodos sobre quem partiu e sobre nós mesmos. Essas ciladas podem ser representadas por alguns comentários muito comuns: “perdi meu irmão”, “ele era ainda novo”, “ele descansou” e “Deus quis assim”.

DESDOBRAMENTOS. O que a gente diz ou ouve dos outros em um momento como esse é muito significativo. A sensação de perda é imediata e quase pacífica. Eu, por exemplo, fui ao Facebook, sem me dar conta e escrevi aos meus amigos que havia perdido meu irmão. Me parecia correto, naquele momento. Depois, fui rezar e me dei conta que não perdi o meu irmão. Essa é uma trapaça da morte. Ela quer me fazer crer que eu tinha meu irmão e já não o tenho mais e isso não é verdade. Eu continuo tendo meu irmão, ainda que ele não esteja mais convivendo com a mi-nha família. Do mesmo modo como o meu pai, meus avós e tantos familiares e amigos que já morreram, ele também continua existindo de verdade, tanto nos nossos corações, nas nossas lembranças como na eternidade de Deus.

O outro comentário que retrata fortemente uma ilusão que a morte traz é aquele que parece garantir que somente as pessoas idosas e doentes podem morrer. Alguém jovem ou sem sinais evidentes de um mal na saúde quando morre, acaba por produzir um choque maior. Meu irmão era um homem que se encontrava na chamada meia idade. Estava quase chegando aos 50 anos. Mas, se pensarmos nos bebês,

nas crianças, nos rapazes e moças, nas jovens senhoras e senhores que morrem todos os dias, podemos en-tender que essa não é uma lei pétrea. No Brasil, as estatísticas mostram que quem mais morre são os jovens. Qualquer um de nós pode morrer, com qualquer idade que a gente tenha.

A hora é dura e, de algum modo, todos olham para o céu. Até a lin-guagem da liturgia das exéquias usa a expressão “descanso”. Ouvimos, muitas vezes, que “meu irmão des-

cansou”. Respeito o sentido mais elevado da expressão, mas a incluo entre as trapaças da morte, pois ela parece sugerir que a vida terrena é um peso imenso e morrer seria um alívio. Não aceito isso. A vida nesta terra é um dom imen-so, mesmo quando plena de limitações. Ouvi muitas vezes que o ocorrido era vontade de Deus e não vou reagir a isso. Compreendo que há boa-fé, mas não retiro esse pensamento da lista dos enganos da morte. Deus não ia querer que meu irmão morresse sozinho e no escuro.

SENTIDO. No sábado, talvez na hora que meu irmão es-tava bem próximo da morte dele, eu celebrava a missa na comunidade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, em Brasília, já com a liturgia dominical. O evangelho procla-mado mostrava uma situação de convivência entre Jesus e os apóstolos. Ele prometia que iria preparar uma morada na casa do Pai e voltaria para buscá-los, para que aonde Ele estivesse, estivessem também os seus amigos. Ao afirmar que os discípulos sabiam qual era o caminho que Ele iria percorrer, Tomé o interrompeu dizendo que não sabiam para onde ele ia e, portanto, não podiam saber qual era o caminho que conduziria a esse lugar. Jesus, docemente, ofereceu a única e definitiva informação que os discípu-los e todos nós precisamos saber a respeito do rumo que devemos seguir nessa vida: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Nesses dias, tenho tentado tomar distância das trapaças da morte e me educado para dizer que meu irmão partiu. Sem me prender nas categorias do tempo e ficar me perguntando se ele já chegou ou ainda está em caminho, eu repito que meu irmão partiu para a eternidade. Ao esco-lher algumas palavras para colocar no cartão de lembrança para ser distribuído na missa de sétimo dia do meu irmão, sugeri que colocassem o que ele dizia, com toda convicção, em todos os momentos nos quais tentava nos dizer qual a certeza que ele carregava e dava sentido para o seu caminho e sobre os projetos de vida que ele cultivava: “Eu confio no Divino Pai Eterno”.