normas e diretrizes para elaboracao de trabalhos cientificos

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 NORMAS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS: MANUAL DA FDV

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Normas e Diretrizes Para Elaboracao de Trabalhos Cientificos

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  • NORMAS E DIRETRIZES PARA AELABORAO DE TRABALHOS CIENTFICOS:

    MANUAL DA FDV

  • MANUAL DA FDV

    VITRIA2007

    FACULDADE DE DIREITO DE VITRIA - FDV

    FUNDAOBOITEUX

    NORMAS E DIRETRIZES PARA AELABORAO DE TRABALHOS CIENTFICOS:

  • FACULDADE DE DIREITO DE VITRIARua Dr. Joo Carlos de Souza, 779 Santa Luza - CEP 29045-410 Vitria ES

    Tel.: (27) 3041-3672 - Site: www.fdv.br

    UFSC - CCJ - 2 andar - Sala 216 - Campus Universitrio - TrindadeCEP 88040-900 - Florianpolis - SC

    Tel./Fax: (48) 3233-0390 - Site: www.funjab.ufsc.br

    Nenhuma parte desta publicao poder ser reproduzida por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia, gravao ou outra forma de

    armazenagem de informaes sem a autorizao dos editores.

    Equipe Tcnica

    Elda Coelho de Azevedo Bussinguer

    Altiva Corra da Silva

    Reviso de textoAlina da Silva Bonella

    Ficha catalogrfi ca elaborada pela Biblioteca daFaculdade de Direito de Vitria (FDV)

    Faculdade de Direito de Vitria FDV

    CDU 001.816

    III. Ttulo.

    manual da FDV. Florianpolis: Fundao Boiteux, 2007.

    FUNDAOBOITEUX

    I. Bussinguer, Elda Coelho de Azevedo. II. Silva, Altiva Corra.

    F143n Normas e diretrizes para a elaborao de trabalhos cientfi cos:

    ISBN: 978-85-87995-94-0

    1. Normalizao Publicaes cientfi cas. 2. Redao Tcnica.

    Bibliotecria

    Texto

    Capa, projeto grfi co e diagramaoStudio S Diagramao & Arte Visual(48) 3025 3070 - www.studios.com.br

    111 p.

  • SUMRIO

    APRESENTAO ..................................................................................................................... 7

    INTRODUO .......................................................................................................................... 9

    CAPTULO 1 - A IMPORTNCIA DA NORMALIZAO PARA A CINCIA ........................... 11

    CAPTULO 2 - TIPOS DE TRABALHOS CIENTFICOS ........................................................... 132.1 ARTIGOS CIENTFICOS ................................................................................................. 142.2 MONOGRAFIA ............................................................................................................... 152.3 DISSERTAO ............................................................................................................... 162.4 TESE ............................................................................................................................... 16

    CAPTULO 3 - ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS ........................................ 173.1 CAPA ............................................................................................................................. 203.2 LOMBADA ..................................................................................................................... 223.3 FOLHA DE ROSTO ........................................................................................................ 233.4 ERRATA ......................................................................................................................... 253.5 FOLHA DE APROVAO ............................................................................................... 253.6 DEDICATRIA ................................................................................................................ 273.7 AGRADECIMENTOS ..................................................................................................... 283.8 EPGRAFE ...................................................................................................................... 293.9 RESUMO ....................................................................................................................... 303.10 LISTA DE ILUSTRAES ............................................................................................ 323.11 LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... 333.12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ........................................................................ 343.13 LISTA DE SMBOLOS .................................................................................................. 353.14 SUMRIO .................................................................................................................... 363.15 TEXTO ......................................................................................................................... 393.16 REFERNCIAS ............................................................................................................. 403.17 GLOSSRIO ................................................................................................................ 403.18 APNDICE(S) ............................................................................................................... 423.19 ANEXO(S) .................................................................................................................... 433.20 NDICE ......................................................................................................................... 44

    CAPTULO 4 - APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS: COMO APRESENTAR GRAFICAMENTE TRABALHOS CIENTFICOS (NBR 14724/2005 vlida a partir de 30-1-2006) .................................................................. 454.1 PAPEL ............................................................................................................................. 464.2 TIPO DE LETRA ............................................................................................................. 464.3 FONTE ............................................................................................................................ 464.4 MARGENS ..................................................................................................................... 464.5 ESPAAMENTO ............................................................................................................. 474.6 PARGRAFO .................................................................................................................. 484.7 PAGINAO .................................................................................................................. 514.8 TITULAO (SEO E SUBSEO) ............................................................................ 524.9 NUMERAO PROGRESSIVA ...................................................................................... 53

  • CAPTULO 5 - A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO ........................................................ 555.1 ORIENTAES GERAIS ................................................................................................ 565.2 CITAES ...................................................................................................................... 57

    5.2.1 Tipos de citao ................................................................................................. 59 5.2.1.1 Citao direta, textual ou formal ........................................................... 59 5.2.1.2 Citao indireta, livre ou conceptual .................................................... 68 5.2.1.3 Citao de citao ................................................................................. 695.3 SISTEMA DE CHAMADA .............................................................................................. 70

    CAPTULO 6 - NOTAS DE RODAP ...................................................................................... 75

    CAPTULO 7 - EXPRESSES LATINAS ................................................................................ 79

    CAPTULO 8 - ELABORAO DE REFERNCIAS ................................................................ 838.1 ELABORAO DE REFERNCIAS EM TRABALHOS CIENTFICOS ............................ 848.2 DEFINIO E JUSTIFICATIVA ....................................................................................... 848.3 LOCALIZAO, ORDENAO E FORMA DE APRESENTAO ................................. 848.4 CASOS ESPECIAIS ........................................................................................................ 878.5 ELEMENTOS DE REFERNCIA ..................................................................................... 88

    8.5.1 Autor .................................................................................................................. 88 8.5.1.1 Pessoa Fsica ....................................................................................... 89 8.5.1.2 Autor com ltimo sobrenome precedido das partculas de, da e e. .......................................................................................... 92 8.5.1.3 Pessoa jurdica .................................................................................... 93 8.5.1.4 Autor desconhecido ........................................................................... 93

    8.5.2 Ttulo e subttulo .............................................................................................. 948.5.3 Edio ................................................................................................................ 948.5.4 Local .................................................................................................................. 95

    8.5.5 Editora ............................................................................................................... 968.5.6 Data de publicao ........................................................................................... 978.5.7 Paginao ......................................................................................................... 988.5.8 Volume ............................................................................................................. 998.5.9 Srie ou coleo .............................................................................................. 99

    8.6 REFERNCIA DE DOCUMENTOS JURDICOS .......................................................... 1008.7 APRESENTAO DE REFERNCIAS .......................................................................... 1028.8 DOCUMENTOS ELETRNICOS E OUTROS MEIOS NO CONVENCIONAIS .......... 106

    REFERNCIAS ...................................................................................................................... 111

  • APRESENTAO

    O ensino jurdico no Pas tem passado por profundas mudan-as nos ltimos tempos, especialmente a partir de 1996, com a edio da Resoluo n 1.886, que passou a exigir, dentre outros itens, a monografi a como requisito para concluso do Curso de Direito.A exigncia da confeco de um trabalho cientfi co, antes restrito aos mestrados e doutorados, trouxe, como conseqncia, uma busca de qualifi cao na elaborao de trabalhos acadmicos, tanto na perspectiva metodolgica quanto na normalizao. Apesar do grande universo de manuais de normas existentes em nossas bibliotecas, poucos parecem atender s necessidades daqueles que se propem a elaborar monografi as, dissertaes e teses. Este livro destina-se a facilitar a vida dos alunos, professores e pesquisadores da FDV com vistas a tornar mais simples a difcil tarefa de produzir cincia.Nele as normas da ABNT so decodifi cadas, permitindo uma maior clareza e objetividade em sua compreenso e na utilizao, quando da confeco de trabalhos cientfi cos.Alunos e professores da graduao, especializao e mestrado devero fazer uso dele, enriquecendo-o com crticas e sugestes que podero ser incorporadas nas prximas edies, objetivando sempre torn-lo um instrumento de trabalho de uso freqente no cotidiano acadmico.

    Antonio Jos Ferreira AbikairDiretor-geral da FDV

  • INTRODUO

    O manual que disponibilizamos comunidade acadmica da Fa-culdade de Direito de Vitria encontra-se em consonncia com as diretrizes emitidas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT), por meio de suas NBRs, estando, portanto, devidamente atualizado e podendo ser adotado para a elaborao de trabalhos cientfi cos de qualquer natureza.Alertamos que foram destacados, neste manual, especialmen-te, exemplos que so de uso mais freqentes na rea jurdica e, nesse sentido, algumas necessidades mais especfi cas ou de pesquisadores de outras reas podero no ter sido contempla-das. Nesses casos, os professores de Metodologia, a bibliotec-ria, a coordenadora de pesquisa ou mesmo os originais das NBRs publicadas pela ABNT podero ser consultados.As especifi cidades relativas normalizao de peridicos, livros e projetos de pesquisa e que constam, respectivamente, da NBR 6021:2003, NBR 2029:2006 e NBR 1528:2005, tambm no foram apresentadas, podendo ser objeto de consulta em caso de necessidade.Destacando o carter temporrio de toda e qualquer norma e as difi culdades inerentes atualizao de livros para uma nova publicao, informamos que este manual, independente da edio de novas NBRs, ser utilizado como base para a avaliao de trabalhos cientfi cos produzidos na FDV em quaisquer nveis, servindo, portanto, como diretriz institucional.Finalmente, informamos que as NBRs 6021:2003; 6022:2003; 6023:2002; 6024:2003; 6027:2003; 6028:2003; 6029:2006; 10520:2002; 14724:2005 serviram de base para a elaborao deste manual.

  • A IMPORTNCIA DA NORMALIZAOPARA A CINCIA

    Os questionamentos e as crticas, quanto necessidade de rigor na utilizao das normas da ABNT em trabalhos cientfi cos, so uma constante na vida de professores de Metodologia Cientfi ca e de orientadores de trabalhos acadmicos em suas diversas modalidades.De fato, no h como negar que seria bem mais simples e r-pido redigirmos trabalhos acadmicos com a mesma liberdade com que escrevemos cartas, artigos para jornais e outros textos presentes nas relaes cotidianas. Entretanto, por sua natureza, o trabalho cientfi co ou relatrio de pesquisa exige do redator a submisso a determinadas normas, reconhecidas por pesquisa-dores das mais diferentes formaes, a fi m de que a comunica-o cientfi ca possa atingir sua fi nalidade. As normas de elaborao desse tipo de trabalho fazem parte de um conjunto de sinais e smbolos que compem e comple-mentam a linguagem da cincia. Elas tornam o entendimento da mensagem mais fcil e rpido.Desde as normas mais elementares que so utilizadas na padroni-zao da apresentao do trabalho, como tamanho de letra, mar-gens e espao entre as linhas, at normas mais complexas, como referenciamento de obras com autores diferentes em captulos de livros com vrios volumes, temos sempre uma fi nalidade til e de facilitao para aquele que ler este texto.Nesse sentido, a difi culdade e o tempo demandados do autor, na fase de elaborao do trabalho, repercutiro positivamente para a compreenso e utiidade da comunicao cientfi ca.

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  • CAPTULO 1 A IMPORTNICA DA NORMALIZAA PARA A CINCIA

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    O exemplo que melhor confi rma essa idia , sem sombra de dvidas, a norma de referncia. Muitas vezes, na leitura de um texto, vemos a citao de um autor cujo pensamento nos interes-sa consultar e, por inadequao na norma de referenciamento, no nos possvel localiz-la.O Direito talvez seja uma das reas de conhecimento cientfi co que mais difi culdades encontra para se submeter s normas de elaborao desse tipo de trabalho.Continuamos, ainda hoje, a encontrar longas notas de rodap, que, fugindo sua fi nalidade de servir para referncia das obras citadas ou como breves notas explicativas, acabam por se trans-formar em textos paralelos que comprometem a harmonia e a clareza do texto principal.Antes de nos indispormos diante da exigncia que nos impos-ta, de seguir as normas de elaborao de trabalhos cientfi cos, acreditando que elas apenas servem para difi cultar nossa vida, necessrio pensar que a cincia precisa de mtodos e procedi-mentos rigorosos para que possa atingir sua fi nalidade.

  • TIPOS DE TRABALHOS CIENTFICOS

    Artigos cientfi cos Monografi a DissertaoTese

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  • CAPTULO 2 TIPOS DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    A caracterizao de um trabalho como cientfi co depende no apenas de sua vinculao a uma exigncia acadmica para obten-o de ttulos, mas, sobretudo, da forma como esses trabalhos so elaborados e das exigncias s quais devem se submeter.Qualquer que seja o tipo de trabalho cientfi co, ele depender, para ser assim considerado, de desenvolver-se a partir de um raciocnio lgico, que tenha como ponto de partida uma problemtica que de-ver ser enfrentada, submetendo-se pesquisa, com seus mtodos e tcnicas, e fundamentao terica que encaminha seu autor a uma soluo do problema.A principal diferenciao de um trabalho cientfi co no deve ser o rigor utilizado em sua confeco, e sim o grau de aprofundamento terico e metodolgico.O rigor cientfi co e a tica intelectual precisam nortear a elabora-o de todo e qualquer trabalho acadmico, seja ele um pequeno ensaio, seja uma reviso bibliogrfi ca solicitada nas disciplinas do 1 perodo de graduao, seja uma tese de doutorado ou livre-do-cncia defendida por um grande pesquisador.Cada instituio estabelece normas especfi cas para a elaborao dos trabalhos, dependendo de sua fi nalidade e do nvel de conheci-mento que deve ser exigido do autor.Dentre os trabalhos cientfi cos de uso mais freqentes, podemos destacar:

    2.1 ARTIGOS CIENTFICOS

    So textos de menor dimenso, elaborados para publicao em pe-ridicos cientfi cos. Habitualmente, as revistas cientfi cas, que so devidamente registradas no ISSN e que seguem padres rgidos para publicao, possuem normas prprias que esto impressas ao fi nal de cada exemplar e que devem ser seguidas por aqueles que nelas se propem a publicar seus artigos.De modo geral, possuem entre 20 e 30 pginas e devem obedecer mesma lgica que norteia a produo de uma monografi a, con-tendo:

  • CAPTULO2TIPOS DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    IntroduoDesenvolvimentoConcluso

    Sua dimenso reduzida no exime o autor de abordar o tema com profundidade e base cientfi ca.Uma nica tese ou dissertao pode ser transformada em vrios artigos para publicao.Em funo de sua pequena extenso, os artigos devem ser escritos com linguagem clara, objetiva e concisa.

    2.2 MONOGRAFIA

    O termo monografi a tem sido utilizado na designao de diferentes trabalhos cientfi cos, o que muitas vezes difi culta a compreenso do que realmente representa. No cabe mais, em nossa realidade, conceituar monografi a como sendo um estudo de natureza emi-nentemente terico, dissertativo.Assim, necessrio fazer uma correo quanto a um de seus usos que consideramos bastante inadequado e, por isso mesmo, regis-tramos para apresentar nossa posio: muitos justifi cam que esse termo utilizado para designar trabalho produzido por uma s pessoa, o que no corresponde realidade.Qualquer trabalho cientfi co que se proponha ao estudo de um tema especfi co, que siga uma sistemtica de trabalho pautada em mtodos e tcnicas da cincia e que realize adequadamente o recorde de um objeto de estudo pode ser enquadrado como mo-nografi a. Nesse sentido, uma dissertao de mestrado, uma tese de doutorado ou at mesmo um Trabalho de Concluso de Curso de Graduao (TCC) podem ser considerados monografi as.Em nossa realidade, monografia um termo habitualmente uti-lizado para designar os trabalhos de concluso dos cursos de especializao. O que diferencia uma monografi a da graduao da-quela produzida na especializao , sobretudo, o nvel de aprofun-damento terico e metodolgico.

  • CAPTULO 2 TIPOS DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    2.3 DISSERTAO

    Trabalho exigido, no Brasil, para a concluso de mestrado.Deve obedecer aos mesmos padres e rigor dos demais trabalhos cientfi cos. Sua contribuio cincia no est, necessariamente, na defesa de uma tese, mas em um estado que organize conheci-mentos j existentes, tenha carter refl exivo, independentemente da metodologia adotada.Cada vez mais, dissertaes tm sido objeto de investigaes cien-tfi cas de natureza prtica com desenvolvimento de pesquisas de campo, experimentais ou no.A demanda crescente pelos cursos de mestrado tem levado a Coordenadoria de Aperfeioamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) a aumentar a exigncia com esse tipo de trabalho. comum encontrarmos hoje dissertaes que podem ser compa-radas, por sua qualidade, a verdadeiras teses de doutorado.

    2.4 TESE

    Trabalho exigido para a concluso do Curso de Doutorado e obten-o do ttulo de doutor, representa a maturidade do pesquisador.A pesquisa deve, obrigatoriamente, promover o avano cientfi co com a defesa pblica de uma tese, que um trabalho produzido com o mximo rigor cientfi co, e seu autor deve estar em condi-es de expor suas idias e defender suas posies com argumen-tao slida.A originalidade exigida e a profundidade terica e metodolgica deve ser compatvel com o ttulo exigido.Os trabalhos apresentados em concursos, para obteno de ttulo de livre-docente e professor titular das Universidades, tambm se denominam tese.

  • ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

    CapaLombadaFolha de rostoErrataFolha de aprovaoDedicatria(s)Agradecimento(s)EpgrafeResumo na lngua vernculaResumo na lngua estrangeiraLista de ilustraesLista de tabelasLista de abreviaturas e siglasLista de smbolosSumrioTextoRefernciasGlossrioApndiceAnexondice

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  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    A forma como um trabalho cientfi co se estrutura depende dos objetivos a que se destina. H, entretanto, um padro obrigatrio que deve ser seguido por todos e que est normatizado na NBR 14724:2005 que trata da apresentao de trabalhos acadmicos. necessrio destacar que essa NBR se aplica especifi camente a trabalhos de natureza acadmica, tais como, monografi as, disser-taes, teses e outros, no sendo direcionada a publicaes como livro e folhetos que esto normatizados na NBR 6029:2006. Conforme estabelece a NBR 14724:2005: [...] a estrutura de tese, dissertaes ou de um trabalho acadmico compreende elementos pr-textuais, elementos textuais e elementos ps-textuais.Alguns desses elementos so de natureza obrigatria, no poden-do faltar em trabalhos cientfi cos; outros so opcionais, fi cando a critrios do autor defi nir acerca de sua utilizao (Quadro1).Elementos pr-textuais: antecedem o texto. Vm como elementos complementares que garantem deste a proteo do trabalho, como a fi nalidade da capa, at o espao para identifi cao, manifesta-o de agradecimentos e apresentao da forma como o trabalho est organizado, como o caso do sumrio. So considerados elementos pr-textuais:

    CapaLombadaFolha de rostoErrataFolha de aprovaoDedicatria(s)Agradecimento(s)EpgrafeResumo na lngua vernculaResumo na lngua estrangeiraLista de ilustraesLista de tabelasLista de abreviaturas e siglasLista de smbolosSumrio

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Elementos textuais: representam o corpo do trabalho propriamen-te dito. o ncleo fundamental onde est exposto todo o processo de desenvolvimento intelectual que resultou em um texto escrito.Devem ser organizados a partir da clssica diviso:

    IntroduoDesenvolvimentoConcluso

    O autor organiza os temas abordados em forma de captulos ou sees e subsees que so numeradas de forma seqencial e pro-gressiva.

    Elementos ps-textuais: sucedem o texto e tm carter comple-mentar.So considerados elementos ps-textuais:

    RefernciasGlossrioApndice(s)Anexo(s)ndice

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Elemento indispensvel a todo e qualquer trabalho de natureza cientfi ca. a primeira parte a ser visualizada pelo leitor e, assim, causadora da primeira impresso que ele ter sobre o trabalho.Os elementos que constam da capa (Figura 1) devem ser grafados de maneira formal, obedecendo ordem a seguir relacionada e sendo sua incluso obrigatria:

    Nome da instituioNome do autorTtulo da obra e subttulo (em caso de existir)Local (cidade) onde o trabalho for apresentado Ano

    Na busca de embelezar esta primeira parte do trabalho, muitas pessoas procuram utilizar recursos visuais, como tipos de letras exticas, inclinadas ou de fantasia. Isso no permitido.

    3.1 CAPA

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Figura 1 Modelo de capa

    Nome da instituio

    Nome do autor

    Ttulo da obra, o subttulo

    (em caso de existir)

    Local (cidade) onde o trabalho for apresentado

    Ano

    FACULDADE DE DIREITO DE VITRIACURSO DE MESTRADO EM DIREITO

    ANA PAULA TAUCEDA BRANCO

    A COLISO DE PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO DO TRABALHO, SOB A PERSPECTIVA DA

    DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

    VITRIA2006

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.2 LOMBADA

    Deve obedecer NBR 12225:2004 e constar apenas dos trabalhos encadernados com capa dura (Figura 2).Deve conter:

    Nome do autorTtulo da obraNmero do volume (se existir)

    Esses elementos devem vir impressos longitudinalmente e legveis do alto para o p da lombada.

    Figura 2 Modelo de lombada

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.3 FOLHA DE ROSTO

    Elemento identifi cador do trabalho.Deve conter todas as informaes para que o leitor possa obter os dados necessrios para a caracterizao da obra (Figura 3).Ttulos muito longos e sem a necessria clareza quanto ao conte-do devem ser evitados. Esse cuidado permite uma melhor compre-enso do contedo facilitando a indexao da obra.

    Ordem da apresentao:

    Autor: responsvel pelo trabalho. Seu nome completo deve aparecer centrado e localizado na parte superior da folha.Ttulo: deve ser impresso no centro da pgina, com destaque em relao ao nome do autor.Subttulo: separado do ttulo por dois pontos (:), devendo ser evidenciada sua condio de subordinao a ele.Nmero do volume: deve ser includo em cada folha de rosto, sempre que a obra possuir mais de um volume.Caracterizao do trabalho: localiza-se, aproximadamente, a 4cm abaixo do ttulo, alinhada a partir do centro da pgina, em espaamento simples. Especifi ca o tipo de trabalho desenvol-vido, seu objetivo, a disciplina, curso ou instituio a que est sendo submetido.Nome do orientador: aparece logo abaixo da caracterizao do trabalho, obedecendo s mesmas especifi caes. Havendo co-orientador, este poder ter seu nome indicado logo aps o do orientador.Local: cidade onde o trabalho foi apresentado. Aparece centrali-zado na pgina.Data: ano em que o trabalho foi apresentado. Aparece logo abaixo da cidade.

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Figura 3 Modelo de folha de rosto

    ANA PAULA TAUCEDA BRANCO

    A COLISO DE PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO DO TRABALHO, SOB A PERSPECTIVA DA

    DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

    VITRIA2006

    Dissertao apresentada ao Programade Ps-Graduao em Direitos eGarantias Fundamentais da Faculdadede Direito de Vitria, como requisitopara obteno do grau de mestreem Direito.Orientador: Prof Dr. Carlos Henrique Bezerra Leite

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.4 ERRATA

    ERRATA

    Folha Linha Onde se l Leia-se 35 15 justaa justia

    3.5 FOLHA DE APROVAO

    Elemento obrigatrio para dissertaes e teses (Figura 4).A folha de aprovao dispensada em trabalhos de disciplinas, trabalhos de concluso de curso da graduao e monografi as da especializao, realizados na instituio.Em algumas instituies, esta folha includa somente aps a defesa do trabalho, devendo trazer as assinaturas dos membros da banca.No h obrigatoriedade quanto incluso da nota atribuda pela banca ao trabalho, fi cando essa deciso a cargo de cada instituio.Deve conter:

    Nome do autor em letras maisculasTtulo e subttulo da obraCaracterizao do trabalho (conforme elementos j apresenta-dos na folha de rosto)Data da aprovao (pode ser includa aps a aprovao do tra-balho)Nome, titulao e instituies a que pertencem os membros da banca examinadora, com as respectivas assinaturas, que pode-ro ser includas aps a aprovao da obra.

    OBS.:O nome do orientador deve vir em primeiro lugar e com essa con-dio indicada logo abaixo do nome e da instituio.

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Figura 4 Modelo de folha de aprovao

    ANA PAULA TAUCEDA BRANCO

    A COLISO DE PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS NO DIREITO DO TRABALHO, SOB A PERSPECTIVA DA

    DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

    Aprovada em 15 de maio de 2005.

    COMISSO EXAMINADORA

    _________________________________Prof Dr. Carlos Henrique Bezerra LeiteFaculdade de Direito de VitriaOrientador

    _________________________________Prof Dr. Daury Cezar FabrizFaculdade de Direito de Vitria

    _________________________________Prof Dr. Enoque Ribeiro dos SantosFaculdade de Direito de Vitria

    Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao em Direi-tos e Garantias Fundamentais da Faculdade de Direito de Vitria, como requisito para obteno do grau de Mestre em Direito.

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.6 DEDICATRIA

    Apesar de no haver regra especfi ca para a elaborao da dedi-catria, na maioria das instituies, convencionou-se inclu-la na parte inferior direita da pgina, sem indicao de ttulo (Figura 5).Nela o autor presta sua homenagem dedicando o trabalho pessoa ou instituio que considere merecedora de destaque especial.O texto deve ser curto. Sua incluso no se justifi ca em trabalhos acadmicos de menor porte ou obrigatrios em disciplinas.

    Figura 5 Modelo de dedicatria

    A Deus por seu amor supremo que nos permite o pensar e o produzir conhecimento por meio da cincia.

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.7 AGRADECIMENTOS

    Habitualmente includos nas monografi as, dissertaes e teses, os agradecimentos so uma oportunidade que o autor tem de demonstrar sua gratido pelas pessoas e instituies que de alguma forma lhe serviram de apoio emocional, terico e/ou metodoldico (Figura 6).A referncia aos apoios fi nanceiros e institucionais no deve ser esquecida.Os agradecimentos devem ser redigidos em textos curtos e inclu-dos na pgina sob forma de tpicos.

    Figura 6 Modelo de agradecimentos

    AGRADECIMENTOS

    minha orientadora que, com sua dedicao ao ensino e pos-tura comprometida com a temtica, ajudou-me a perceber os novos rumos dos direitos fundamentais.

    Aos membros da banca que prontamente aceitaram o convite para participar de minha defesa, enriquecendo meu trabalho e contribuindo imensamente com o meu crescimento.

    Aos meus colegas de turma que sempre manifestaram esprito de colaborao nos momentos mais difceis desta caminhada.

    CAPES que viabilizou recursos fi nanceiros para a concre-tizao deste trabalho.

    A FDV que sempre acreditou no trabalho, dando-me a opor-tunidade de realizar meu sonho de tornar-me mestre em Di-reito.

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

    29

    3.8 EPGRAFE

    Transcrio de um pensamento que represente o sentimento do autor quanto ao tema, cincia, sua percepo de vida ou ao mo-mento que vivencia (Figura 7).Deve ser includa na parte inferior direita da pgina, sem indicaode ttulo.A orientao da instituio que no haja utilizao do itlico para dar destaque citao. O nome do autor do pensamento deve ser indicado.Havendo interesse do autor, podero ser includas epgrafes em folhas anteriores a cada captulo (seo primria do trabalho). Essa utilizao, apesar de permitida, deve ser evitada.

    Figura 7 Modelo de epgrafe

    O homem nada mais que um junco, o mais frgil da natureza, mas um junco pensante.

    Pascal

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    30

    3.9 RESUMO

    O resumo na lngua verncula obrigatrio em monografi as, dissertaes e teses. Sua incluso em trabalhos acadmicos desen-volvidos em disciplinas, durante os cursos de graduao, mestra-do e doutorado, somente deve ocorrer quando solicitada pelos professores (Figura 8).O texto do resumo deve ser redigido de forma objetiva, com frases curtas, diretas e afi rmativas que apresentem os tpicos mais rele-vantes do trabalho, obedecendo a uma ordem lgica que permita ao leitor ter uma idia geral do trabalho. Objetivos, metodologia, resultados e concluso so indispensveis na elaborao do resu-mo.

    O uso de palavras desnecessrias deve ser evitado.

    Segundo a NBR 6028:2003, os resumos devem ainda:

    ser redigidos em um nico pargrafo sem recuo;utilizar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular;incluir palavras-chave logo abaixo do resumo;evitar o uso de smbolos, frmulas, equaes, grfi cos e outros recursos que no sejam absolutamente necessrios;ter extenso varivel conforme o tipo de trabalho desenvolvido: entre 150 e 500 palavras teses, dissertaes e monografi as; entre 100 e 250 palavras artigos de peridicos.

    Segundo a NBR 14724:2005, o espao nas entrelinhas utilizado no resumo deve ser de 1,5. O resumo em lngua estrangeira obrigatrio em dissertaes e teses, devendo seguir as mesmas regras do resumo em portugus.

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    Figura 8 Modelo de resumo

    RESUMO

    Busca conhecer e articular as representaes sociais da velhice, com as atividades exercida por um grupo de idosos residentes na zona urbana do municpio de Colatina-ES. O mtodo empregado para a coleta dos dados compreendeu a realizao de entrevistas semidi-rigidas, com um roteiro de perguntas previamente estabelecido. Os sujeitos foram divididos em trs grupos e enquadrados segundo as atividades que exerciam no momento da pesquisa. Optou-se, em uma primeira fase, pela anlise temtica do contedo que emergiu nas entrevistas dos sujeitos, independentemente do grupo ao qual pertenciam. Da, originaram-se trs ncleos temticos, assim con-stitudos: religiosidade, morte e lazer. Em uma segunda fase, foram apresentados e analisados os dados das representaes da velhice e de si mesmos, fornecidos pelos idosos pesquisados, articulando-as com as atividades por eles desenvolvidas. Nesta fase, os sujeitos foram analisados levando-se em considerao os grupos a que pertenciam. A partir da anlise dos dados, foi possvel chegar s seguintes questes: 1 as atividades exercidas pelos idosos agem como atenuantes aos esteretipos relacionados velhice; 2 essas mesmas atividades po-dem, por outro lado, colaborar para a manuteno desses esteretipos; 3 as representaes que os sujeitos possuem acerca da velhice e, em conseqncia, de si mesmos, relacionam-se com a maneira peculiar como cada sujeito organiza seu curso de vida, a partir de suas circun-stncias histrico-culturais e da maneira como percebem a perda de seu papel profi ssional e social.

    Palavras-chave: Representaes sociais. Velhice. Esteretipos da velhice.

    Espaoentrelinhasde 1,5

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    3.10 LISTA DE ILUSTRAES

    Devem ser elaboradas quando o trabalho apresentar desenhos, es-quemas, fl uxogramas, fotografi as, grfi cos, mapas, organogramas, plantas, quadros, retratos e outros (Figura 9).Apesar de no serem comuns em trabalhos acadmicos, poder ocorrer a necessidade de incluso de mais de uma lista de ilustra-es, devendo o autor, nesse caso, criar listas especfi cas para cada uma delas: lista de quadros, de esquemas, etc.As ilustraes devem ser relacionadas na ordem em que aparecem no texto, utilizando-se nmero arbicos, o ttulo da ilustrao e o nmero da pgina onde esto includas.

    Figura 9 Modelo de lista de ilustraes

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 1 Fotografi a da mina de carvo................................ 5

    Figura 2 Fotografi as da CST.............................................. 18

    Figura 3 Fotografi a de funcionrios em atividade............. 31

    Figura 4 Fotografi a do parque industrial........................... 33

    Figura 5

    Figura 6

    Figura 7

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    33

    3.11 LISTA DE TABELAS

    Elaborada de acordo com a mesma orientao da lista de ilus-traes (Figura 10).

    Figura 10 Modelo de lista de tabelas

    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 Percentual de processos com decisofi nal ...............................................................................10

    Tabela 2 Percentual de aprovados no Concurso da Ma-gistratura ........................................................................11

    Tabela 3 Comparao entre crimes noticiados na im-prensa e inquritos policiais ........................................... 12

    Tabela 4

    Tabela 5

    Tabela 6

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    34

    3.12 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    Apesar de opcionais, as listas podem ser elaboradas quando o tra-balho apresentar abreviaturas e siglas desconhecidas que tornem justifi cveis sua utilizao, quando houver quantidade excessiva desses elementos (acima de 5). Devem ser relacionadas em ordem alfabtica, seguidas de sua signifi cao por extenso (Figura 11).

    Figura 11 Modelo de lista de abreviaturas e siglas

    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas

    CAPES Coordenadoria de Aperfeioamento de Pes-soal do Ensino Superior

    CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient-fi co e Tecnolgico

    CST Companhia Siderrgica de Tubaro

    FDV Faculdade de Direito de Vitria

    STF Supremo Tribunal Federal

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    3.13 LISTA DE SMBOLOS

    Pouco utilizadas nos trabalhos jurdicos, essas listas devem ser elaboradas quando a representao grfi ca for freqente ou houver exigncia em funo da natureza do texto. A relao apresentada na lista deve obedecer ordem em que os smbolos aparecem no trabalho (Figura 12).

    Figura 12 Modelo de lista de smbolos

    LISTA DE SMBOLOS

    Smbolo 1 Percentual de processos com deciso fi nal .....10

    Smbolo 2 Percentual de aprovados no Concurso daMagistratura ........................................................................... 11

    Smbolo 3 Comparao entre crimes noticiados na imprensa e em inquritos policiais............................................................ 12

    Smbolo 4

    Smbolo 5

    Smbolo 6

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    3.14 SUMRIO

    Serve como elemento facilitador para que o leitor possa ter uma idia geral dos itens que foram desenvolvidos no trabalho. Permite tambm uma rpida localizao de partes do texto (Figura 13).As principais divises/sees do texto so apresentadas na mesma seqncia em que aparecem no trabalho. A grafi a tambm deve ser mantida.A palavra SUMRIO deve aparecer centralizada na folha, com le-tras maisculas e em negrito. As divises so apresentadas seguin-do-se a numerao progressiva das sees, com utilizao de linha pontilhada e da pgina correspondente.

    O uso da numerao progressiva e dos nmeros arbicos permite observar a subordinao das divises/sees/captulos.

    NUMERAO TPO DE LETRA

    1 MAISCULA COM NEGRITO

    1.1 MAISCULA SEM NEGRITO

    1.1.1 minscula com negrito

    1.1.1.1 minscula sem negrito

    Exemplo:

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    A colocao de ponto ou hfen aps o nmero errada.ndice e sumrio so palavras com signifi cados diferentes, no podendo ser utilizadas indistintamente.ndice utilizado pelo autor para apresentar, especifi camente, listas de assuntos que foram tratados no texto e aos quais se queira dar destaque e facilitar a sua localizao. Sua incluso opcional, dependendo do interesse do autor e localiza-se no fi nal da obra.No incluir no SUMRIO os elementos pr-textuais.Em obras que possuam mais de um volume, o SUMRIO deve ser includo completo em todos os volumes.

    ATENO:

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    Figura 13 Modelo de sumrio

    SUMRIO

    INTRODUO................................................................................................................8

    1 PRIMEIRA METODOLOGIA ..................................................................................... 141.1 DESAFIOS DA ATUALIDADE .................................................................................. 151.1.1 A universidade que produz ...................................................................................... 151.1.2 A construo do conhecimento ................................................................................ 161.2 OS 3 ATOS ACADMICOS ........................................................................................ 191.2.1 O ato de estudar ....................................................................................................... 191.2.2 O ato de ler ............................................................................................................... 211.3 OS TRABALHOS ACADMICOS ............................................................................. 281.3.1 Fichamento e resenha .............................................................................................. 281.3.2 Artigo e paper ........................................................................................................... 301.3.3 Relatrio ................................................................................................................... 311.4 PREOCUPAES COM OS TRABALHOS ACADMICOS ................................... 321.4.1 Como citar os atores ................................................................................................ 321.4.2 Como organizar as referncias ............................................................................... 34

    2 SEGUNDA METODOLOGIA ..................................................................................... 482.1 O QUE CINCIA? ................................................................................................... 492.2 MITOS A SUPERAR, DESAFIOS A ENFRENTAR .................................................. 512.3 PARADIGMA E REVOLUO CIENTFICA .......................................................... 512.4 A TRAJETRIA DA CINCIA E SEUS PARADIGMAS ......................................... 52

    3 TERCEIRA METODOLOGIA .................................................................................... 633.1 OS PASSOS DE UM PESQUISADOR ....................................................................... 683.1.1 A escolha do tema ..................................................................................................... 683.1.2 Primeiras leituras ..................................................................................................... 693.1.3 Desenvolvimento da pesquisa ................................................................................. 773.1.3.1 Coleta de dados ....................................................................................................... 773.1.3.2 Anlise de dados ..................................................................................................... 78

    CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................... 84

    REFERNCIAS ............................................................................................................... 86

    APNDICES ..................................................................................................................... 87

    ANEXOS ........................................................................................................................... 89

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.15 TEXTO

    Parte de maior relevncia do trabalho onde o tema apresentado, discutido e analisado at que se chegue s concluses. As idias do autor so justifi cadas e seus argumentos e fundamentao te-rica expostos.A linguagem utilizada em textos cientfi cos pressupe alguns cuidados:

    evitar frases na negativa;ter domnio do assunto, evitando o uso excessivo de citaes;evitar palavras de difcil compreenso, em lngua estrangeira, que demonstrem juzo de valor ou carga emotiva.

    Deve contemplar, obrigatoriamente, trs partes:

    introduo;desenvolvimento;concluso.

    Na introduo, o autor procura inserir o leitor em sua temtica, dando-lhe uma viso geral do trabalho. A problemtica enfrentada apresentada com destaque para a relevncia do estudo, os fato-res que o justifi cam, os objetivos e a metodologia utilizada.No desenvolvimento, o autor expe suas idias e aprofunda o estudo do tema estruturando o trabalho em captulos. Apresenta a fundamentao terica e metodolgica, os dados levantados e as anlises efetuadas. nesta parte do trabalho que as tabelas, qua-dros, grfi cos e fi guras, em geral, podem ser inseridos.Na concluso, apresenta-se uma sntese do trabalho. Todas as grandes questes enfrentadas devem ser indicadas de forma objetiva, sistemtica e conclusiva. As hipteses ou questionamen-tos, inicialmente formulados, so representados agora de maneira indicativa de concluso.

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

    40

    3.16 REFERNCIAS

    De acordo com a NBR 6023:2002, as referncias so elemento essencial e, portanto, obrigatrio. A lista de referncias deve conter todas as obras que foram mencionadas no trabalho.

    ATENO:

    Referenciar exclusivamente as obras que foram utilizadas em cita-es diretas, indiretas ou citaes de citaes. As obras utilizadas apenas para consulta no devem ser includas nesta relao.

    Muitos autores confundem os termos referncias e bibliografi a. Enquanto o primeiro se refere relao de obras que foram efetiva-mente citadas no trabalho, o segundo se refere relao de todas as obras que foram consultadas, independentemente de terem sido referenciadas ou no.As orientaes sobre a de forma como devem ser elaboradas as referncias encontram-se no Captulo 8 deste manual e devero ser objeto de consulta.

    3.17 GLOSSRIO

    utilizado a critrio do autor sempre que julgar conveniente defi nir termos que no sejam de domnio comum, que possuam defi ni-es variveis com duplo sentido ou que sejam de uso exclusivo de determinadas reas (Figura 14).A relao apresentada em ordem alfabtica com ttulo centraliza-do, em legras maisculas e em negrito. Apesar de no haver uma regra especfi ca par a confeco de glossrio, deve-se observar o modelo a seguir como padro.

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Figura 14 Modelo de glossrio

    GLOSSRIO

    DIVAGAR andar sem rumo certo; sair arbitrari-amente do assunto que estava sendo tratado; fantasiar, devanear; discorrer sem nexo; percorrer, correr, viajar.

    ESCROQUE o vocbulo largamente empregado para indicar o indivduo que, maliciosamente e usando manobras ardilosas, procura enganar outrem, sob pre-texto de negcios imaginrios ou de empresas inexis-tentes.

    MENTECAPTO quer precisamente designar a pessoa que no tem as faculdades mentais sadias, mas as tem fracas ou atacadas de afeces, que a privam de uma razo ou entendimento normais.

    PROBANTE examinar, sindicar, reconhecer, provar. Na terminologia jurdica, o adjetivo empregado para mostrar o que vale como prova, possui valor de prova ou merece f.

    TRIBUNO mesmo expresso de ordem parlamen-tar, sem qualquer sentido pejorativo, ou demaggico; Rui Barbosa era um extraordinrio tribuno.

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.18 APNDICE(S)

    um elemento opcional utilizado pelo autor para apresentar mate-riais que foram elaborados por ele, mas que no integram a obra. Cumprem um papel auxiliar de fundamentar, comprovar ou ilustrar o trabalho (Figura 15).O nmero de apndices depender da necessidade do autor. Um exemplo bastante freqente de apndice so os questionrios utili-zados em monografi as, dissertaes e teses para coleta de dados e que podem ser includos no trabalho.A relao dos apndices deve ser includa no SUMRIO de forma seqencial, com paginao contnua. Os apncices devem ser dife-renciados por letra.

    Figura 15 Modelo de apndice

    APNDICE

    APNDICE A Planilha de avaliao de alunos da graduao ......... 15

    APNDICE B Planilha de avaliao de alunos do mestrado .... 22

    APNDICE C Planilha de avaliao da estrutura fsica ........... 37

  • CAPTULO3ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    3.19 ANEXO(S)

    um elemento opcional utilizado pelo autor para apresentar mate-riais que no foram elaborados por ele, mas que podem fundamen-tar ou ilustrar o trabalho (Figura 16).Um exemplo bastante freqente em trabalhos da rea jurdica a incluso de leis ou pareceres como anexo.Segue as mesmas orientaes que o apndice.No h limitao quanto ao nmero de anexos includos em uma obra. Sempre que observar a existncia de um nmero excessivo de anexos, o autor poder criar um volume exclusivo para eles, obser-vando, entretanto, que a paginao no poder ser interrompida.

    Figura 16 Modelo de anexo

    ANEXOS

    ANEXO A Medida Provisria n 10 ... 53

    ANEXO B Relatrio do trinio ........... 55

    ANEXO C Anteprojeto de Lei n 200 ... 60

  • CAPTULO 3 ESTRUTURAO DE TRABALHOS CIENTFICOS

    44

    3.20 NDICE

    apresenta a relao de pessoas, assuntos e outros, com indicao de sua localizao no texto.

    A FDV no recomenda o seu uso.

    Habitualmente confundido, erradamente, com o sumrio, o ndice

  • APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS(NBR 14724/2005 vlida a partir de 30-1-2006)

    Papel Tipo de letra Fonte MargensEspaamentoPargrafo Paginao TitulaoNumerao progressiva

    CA

    PT

    ULO

    4

  • CAPTULO 4 APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    46

    ORDEM

    4.1 PAPEL

    Folha brancaFormato A4 (21cm x 29,7cm)Tinta preta exceto em ilustraesDigitao em apenas um dos lados da folha

    4.2 TIPO DE LETRA

    Deve possibilitar fcil leitura do textoNo utilizar letra fantasiaPreferencialmente: Times New Roman ou arial

    4.3 FONTE

    Fonte 12 (doze) para digitao de textoFonte 10 (dez) para citao direta com mais de trs linhas, notas de rodap, paginao, legenda das ilustraes e das tabelasFonte 14 para ttulo das sees (ttulos e subttulos dos captulos)Fonte 16 para ttulo do trabalho na capa e na folha de rosto

    4.4 MARGENS

    3cm MARGEM ESQUERDA E SUPERIOR2cm MARGEM DIREIRA E INFERIOR

  • CAPTULO4APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    47

    4.5 ESPAAMENTO

    ESPAO 1,5 (um e meio) texto, inclusive o resumoESPAO 1,0 (simples) para:

    citao com mais de trs linhasnotas de rodaprefernciaslegendas (ilustraes e tabelas)fi cha catalogrfi cacaracterizao do trabalho em folha de rosto

    Figura 17 - Modelo de confi gurao de margens

  • CAPTULO 4 APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    48

    ESPAO DUPLO: espao entre as referncias localizadas ao fi nal do trabalho.DOIS ESPAAMENTOS 1,5 (um e meio): espaos entre os ttulos ou subttulos e os textos que os precedem e sucedem.

    4.6 PARGRAFO

    Deve ser, preferencialmente, apresentado sem recuo, iniciando-se a digitao na margem esquerda da pgina.

    Para delimitar os pargrafos, deve-se separ-los por um espaa-mento maior de 1,5 (entrelinhas) utilizado na digitao do texto.

    No h necessidade de estabelecer regra prpria de espaamento em pargrafos, pois os editores de texto j contam com esse recur-so e o espaamento feito automaticamente, quando se aperta a tecla ENTER.

    Como a NBR 14724:2005 estabelece que O projeto grfi co de responsabilidade do autor do trabalho, entendemos que no h proibio quanto ao uso do recuo. Caso prefi ra faz-lo, o autor dever utilizar 1,5cm de recuo. Neste caso, no dever ser feito espaamento entre os pargrafos, pois o recuo j caracteriza a existncia do pargrafo.

  • CAPTULO4APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    49

    Exemplo sem recuo de pargrafo

    A dialtica platnica um procedimento intelectual e lingstico que parte de uma coisa que deve ser sepa-rada ou dividida em duas partes contrrias ou opostas, de modo que se conhea sua contradio e que se possa determinar qual dos contrrios verdadeiro e qual falso.

    A cada diviso, surge um par de contrrios, os quais devem ser separados e novamente divididos, at que se chegue a um termo indivisvel, isto , no formado por oposio ou contradio, e que ser a idia verdadeira ou a essncia da coisa investigada.

  • CAPTULO 4 APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

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    Exemplo com recuo de pargrafo

    A dialtica platnica um procedimento in-telectual e lingstico que parte de uma coisa que deve ser separada ou dividida em duas partes contrrias ou opostas, de modo que se conhea sua contradio e que se possa determinar qual dos contrrios verdadeiro e qual falso. A cada diviso, surge um par de contrrios, os quais devem ser separados e novamente divididos, at que se chegue a um termo indivisvel, isto , no for-mado por oposio ou contradio, e que ser a idia verdadeira ou a essncia da coisa investigada.

  • CAPTULO4APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    51

    4.7 PAGINAO

    O nmero da pgina deve ser colocado em destaque no canto superior direito da folha.Com exceo da capa, todas as folhas so contadas, todavia s so numeradas a partir da primeira folha de texto (introduo).A numerao em algarismos arbicos e sem pontuao.

    OBS. 1:Em trabalhos que possuam mais de um volume, a numerao das pginas nos volumes deve seguir uma ordem seqencial.

    OBS. 2:O mesmo procedimento deve ser adotado em trabalhos que conte-nham anexos e apndices.

  • CAPTULO 4 APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    52

    4. 8 TITULAO (SEO E SUBSEO)

    Uma importante etapa da elaborao de trabalhos cientfi cos a defi nio dos ttulos e subttulos, j que eles servem como guia e orientao para que o leitor possa conhecer os temas tratados, a forma como as sees esto divididas e a localizao da parte que lhe interessa encontrar.Nesse sentido, devem ser escritos de maneira clara e objetiva, evitando-se que sejam muito longos, j que isso pode prejudicar a apresentao grfi ca do sumrio e dos captulos.A NBR 14724:2005 da ABNT orienta como devem ser numeradas as partes do texto, obedecendo a uma numerao progressiva. Deve-se evitar a subdiviso do texto em muitas sees e subsees.A defi nio de ttulos e subttulos para os captulos e sees deve obedecer a uma ordem lgica de encaminhamento do tema que est sendo desenvolvido, servindo como elemento de motivao ao leitor e despertando seu interesse pela leitura.A subdiviso excessiva um vcio que deve ser eleminado. Deve-se limitar a numerao progressiva at a seo quinria (NBR 6024:2003).Ttulos dos captulos ou sees devem ser iniciados sempre na par-te superior da folha (no incio da pgina). Os ttulos das subsees devem dar continuidade ao texto a partir do lugar onde se encerrou o texto anterior, separando-se dele por dois espaos.

    OBS.:

    Escolha do ttulo ou subttulo: deve observar a fi nalidade do trabalho: organizar o assunto, despertar o interesse do leitor.Forma: escritos com clareza e objetividadeNumerao progressiva: evitar subdiviso excessiva (mximo 5 vezes)Diviso: captulos e sees nmeros arbicos. Se a seo for subdividida em alneas, utilizar letras.Captulos: devem ser iniciados em folha nova e no incio da pgina

  • CAPTULO4APRESENTAO GRFICA DE TRABALHOS CIENTFICOS

    53

    4.9 NUMERAO PROGRESSIVA

    Segundo a NBR 14724:2005, da ABNT: Para evidenciar a siste-matizao do contedo do trabalho, deve-se adotar a numerao progressiva para as sees do texto.Esse tipo de recurso facilita ao leitor a compreenso da estrutura seqencial em que o texto est organizado.

    1 SERVIDORES PBLICOS (MAISCULA COM NEGRITO)

    1.1 NORMAS CONSTITUCIONAIS (MAISCULA SEM NEGRITO)

    1.1.1 Sistema Remuneratrio (minscula com negrito)

    a) agentes pblicos em regime de subsdios (alnea)

    - membros do Ministrio Pblico (subalnea)

    b) competncia para fi xao dos subsdios

    Exemplo:

    OBS.:

    Os captulos (sees primrias) devem ser iniciados em folhas distintas, pois representam as principais divises de um texto.O alinhamento deve ser esquerda.Os nmeros arbicos precedem os ttulos.As letras precedem as alneas.A alnea representada por letra minscula, em ordem alfabti-ca, seguida de parnteses.A frase que precede a subdiviso em alneas no texto dever ser encerrada com o sinal de dois pontos (:).

    1.1.1.1 Regime de subsdios (minscula sem negrito)

  • A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    Orientaes gerais CitaesSistema de chamada

    CA

    PT

    ULO

    5

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    56

    5.1 ORIENTAES GERAIS

    No fcil produzir um texto cientfi co. Alm das normas estabe-lecidas para sua confeco, h de ser considerado o estilo com o qual cada pessoa imprime ao texto o seu jeito prprio de ser.

    Respeitando-se o estilo, necessrio garantir que o texto cien-tfi co observe algumas diretrizes elementares, como objetividade, conciso, clareza e coerncia.

    a) Frases construdas na negativa:No possvel receber este documento evitar impossvel receber este documento usar preferencialmente

    b) Redundncias:Em minha concepo pessoal... evitarEm minha concepo... usar preferencialmente

    c) Formas gerundivas:Ns vamos estar fazendo evitarNs faremos usar preferencialmente

    e) Plgio proibido em qualquer de suas modalidades.

    Deve-se observar, ainda, de maneira rigorosa, que o texto do sujeito que o escreve. Nele o autor expressa refl exes e conheci-mentos acerca do tema. Respeitar o direito de autoria obrigao de quem faz uso de uma fonte em seu prprio texto.

    Mais do que qualquer outra norma, a pessoa que escreve precisa conhecer o que est normatizado sobre a utilizao de citaes diretas, indiretas e citao de citao.

    Devem ser evitadas:

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    57

    cada vez mais freqente a identifi cao de plgio em trabalhos acadmicos. As facilidade que o computador trouxe com seus re-cursos de Internet, Ctrl C e Ctrl V, ou seja, copiar e colar, tm levado muitos a utilizarem esses recursos de forma indevida.

    A FDV combate com rigor essa prtica.

    5.2 CITAES

    O uso correto das citaes tem se constitudo em um dos grandes problemas para aqueles que produzem textos cientfi cos. Pelo uso excessivo ou inadequado, as citaes, que poderiam ser aliadas dos autores, acabam se tornando fator de comprometimen-to da qualidade do texto.Segundo a NBR 10520:2002, citao Meno de uma informao extrada de outra fonte.Alm das questes de ordem normativa, existe tica envolvida no uso de citaes, que precisa ser resgatada e trabalhada no cotidia-no da sala de aula, fortalecendo a idia do que seja, produzir um texto cientfi co e direito de autoria.

    Dentre os problemas mais freqentes no uso de citaes, podem ser destacados:

    Uso excessivo O uso excessivo e indiscriminado de citaes torna o trabalho uma compilao e no h cincia que se faa dessa forma.Alguns autores chegam a publicar trabalhos nos quais pginas inteiras so constitudas, exclusivamente, com citaes.

    Difuso equivocada da idia de que, em trabalho cientfi co, o autor no pode se posicionar

    Muitos professores e orientadores de trabalhos cientfi cos defen-dem a idia de que proibido ao autor se posicionar nesse tipo de

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    58

    trabalho. Isso no corresponde realidade. Se essa proibio fosse correta, no teramos mais avanos na cincia e sim exclusiva re-produo de conhecimentos produzidos anteriormente.

    A orientao que deve ser dada no sentido de que nenhum posicionamento em cincia pode ser desprovido de fundamenta-o cientfi ca.

    No existe achismo em cincia. Todo raciocnio cientfi co deve ser fruto de uma metodologia.

    A verdade, na cincia, ainda que temporria ou relativa, sempre resultado da aplicao de um mtodo dedutivo, indutivo, dia-ltico, fenomenolgico ou seja outro. No deve, pois, o autor se pronunciar sem que sustente seu posicionamento com o respaldo de outros autores que compem sua base terica.

    Utilizao da tcnica de citao indireta sem indicao da fonteGrande parte das pessoas imagina que, fazendo pequenas modifi -caes no texto lido, poder utiliz-lo como se fosse de sua autoria.Isso no verdade. plgio.

    Falta de compreenso clara do papel e das responsabilidades do orientador

    A responsabilidade pelo texto produzido deve ser compartilhada por aluno e orientador.

    O acompanhamento rigoroso do orientador pode evitar prticas de uso indevido de citaes, identifi cando e interferindo, desde o incio, em qualquer manifestao de plgio.

    O uso de citaes em textos cientfi cos uma exigncia acad-mica. No possvel produzir conhecimento sem ter em mente que a cincia cumulativa e que, portanto, o que j foi produzido serve como fundamentao para o que se pesquisa hoje.

    __

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    59

    H dois propsitos no uso de citaes:

    trazer uma informao indispensvel compreenso do tema estudado;servir como fundamentao/argumentao para a idia que objeto de discusso/investigao.

    Alguns cuidados devem ser observados sempre que forem utilizadas citaes:

    buscar fontes que possuam credibilidade na comunidade cient-fi ca;verifi car se o texto do qual se retirou a citao possui todas as informaes necessrias ao referenciamento;no fazer uso de citaes que constem de apostilas. Elas no se submetem ao rigor cientfi co necessrio para servir como funda-mentao cientfi ca.

    5.2.1

    DIRETA INDIRETACITAO DE CITAO

    5.2.1.1 Citao direta, textual ou formal

    Tambm denominada textual, a citao direta feita pela utilizao/transcrio integral de palavras ou trechos da obra de outros auto-res, garantindo-se que no haja alterao, de qualquer natureza, na redao e na pontuao. Ainda que existam erros no trecho citado, eles devem ser mantidos na citao direta.Em caso de citaes de trechos de obras estrangeiras, necessrio indicar sua traduo em nota de rodap. Caso a citao seja apre-sentada j de forma traduzida, o texto no original ser includo na nota de rodap.

    5.2.1 Tipos de citao

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    60

    A busca pela justia tem sido [...] objeto de preocupao dos juristas de todos os tempos em todas as sociedades (BUSSIN-GUER, 2007, p. 197).

    Leis, decretos, regulamentos e outras transcries legislativas so consideradas citaes.ATENO:

    Normas relativas ao uso de citao direta:

    Citao direta com at trs linhas

    Citaes curtas, com at trs linhas, so destacadas com aspas e mantidas com o mesmo tipo e tamanho de letra.Deve-se utilizar o trecho citado como parte da frase, dando conti-nuidade ao texto. As aspas delimitam a citao.

    Exemplo:

    A busca pela justia tem sido [...] objeto de preocupao dos juristas de todos os tempos em todas as sociedades (BUSSIN-GUER, 2007, p. 197).

    Exemplo:

    Havendo aspas no trecho citado, estas devem ser transformadas em aspas simples.

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    61

    No utilizar aspasUtilizar fonte 10Manter o mesmo tipo de letra que vinha sendo utilizado no textoNo usar itlico ou negritoManter espaamento simples nas entrelinhas

    Referindo-se produo ideolgica da iluso social, Chau (1999, 174) destaca que

    [...] a ideologia afi rma que somos todos cidados e, portanto, temos todos os mesmo direitos sociais, econmicos, polticos e culturais. No entanto, sa-

    Citao direta com mais de trs linhas

    Citaes longas, com mais de trs linhas, devem ser destacadas do texto.

    Observe:Recuar a citao em pargrafo prprio distinto do textoManter alinhamento na margem direitaManter alinhamento na margem esquerdaFazer recuo de 4cm na margem esquerdaNo fazer recuo de pargrafo

    bemos que isso no acontece de fato: as crianas de rua no tm direitos; os direitos culturais das crianas nas escolas pblicas inferior aos das crianas que esto em escolas particulares [...].

    O alerta feito pela autora no pode ser desconsiderado na an-lise desse tema.

    Exemplo:

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    62

    Exemplo:

    Citaes das quais sejam suprimidas palavras ou expresses desnecessrias

    A omisso de palavras ou trechos do texto que se deseja citar re-curso aceitvel e indicado desde que no se descaracterize a idia original do autor.A supresso pode ocorrer no incio, no meio ou no fi nal do trecho citado.

    Referindo-se produo ideolgica da iluso social, Chau

    (1999, 174) destaca que

    [...] a ideologia afi rma que somos todos cidados e, portanto, temos todos os mesmo direitos so-ciais, econmicos, polticos e culturais. No entan-to, sabemos que isso no acontece de fato; [...] os direitos culturais das crianas nas escolas pblicas inferior aos das crianas que esto em escolas particulares [...].

    O alerta feito pela autora no pode ser desconsiderado na an-lise desse tema.

    Citaes de leis, decretos, regimentos e demais atos legislati-vos nos quais haja supresso de partes.

    Utiliza-se a mesma regra anterior, observando-se a devida coloca-o do colchete [...].

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    63

    Dispe a Constituio Federal de 1988, em seu art. 7 (incisos de II a III) e art. 9 (BRASIL, 1998, p. 11-12)

    Art. 7 So direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, alm de outros que visem melhoria de sua condio social:[...]II Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntrio;III Fundo de garantia do tempo de servio;[...] Art. 9 assegurado o direito de greve, competin-do aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exerc-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.

    Exemplo:

    Citaes em que se deseja fazer acrscimos, explicaes ou comentrios

    Recurso utilizado, excepcionalmente, quando se deseja completar uma citao. Deve ser evitado. prefervel fazer uma nota explicativa no rodap da pgina.

    Exemplo:

    A imigrao tem sido um problema enfrentado pela maioria das naes ricas do planeta [especialmente Estados Unidos] sendo combatida com medidas cada vez mais duras (CARVA-LHO, 2006, p. 20).

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    64

    Citaes em que se deseja dar destaque a partes do texto

    Recurso adotado de forma muitas vezes excessiva, o que com-promete sua fi nalidade, que dar nfase a determinadas palavras ou idias.Utiliza-se negrito, itlico ou grifo. Sugerimos a adoo do negrito como padro.Deve-se incluir a expresso grifo nosso para caracterizar que o grifo foi feito pelo autor.

    Exemplo:

    Ignorar no saber alguma coisa, a ignorncia pode ser to profunda que sequer a percebemos ou sentimos, isto , no sabemos que no sabemos, no sabemos que ignoramos (CHAU, 1999, p. 90, grifo nosso).

    Citaes que contenham, no original, palavras ou trechos com destaque

    Exemplo:

    Tais parcelas so aquelas imantantadas por uma tutela de inte-resse pblico, por constiturem um patamar civilizatrio m-nimo que a sociedade democrtica no concebe ver reduzido em qualquer segmento econmico profi ssional [...] (DELGA-DO, 2007, p. 117, grifo do autor).

    Citaes que contenham expresses estranhas, incoerncias e incorrees

    Deve-se evitar o uso de citaes que contenham alguma dessas expresses.

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    65

    No sendo possvel evitar o seu uso, deve-se transcrev-la incluin-do a expresso latina sic, entre colchetes, aps a incoerncia identifi cada, ou [?] quando houver dvida.[sic] = estava assim no original[?] = dvida

    Exemplo:

    O Esprito Santo o Estado brasileiro que apresenta a maior taxa de aes trabalhistas solucionadas em menos de trs meses [sic] (CASTRO, 2006, p. 27).

    Citaes de fontes informais ou no habituais

    Devem ser utilizadas de forma bastante criteriosa e apenas em casos muito especiais.So aquelas citaes originadas de palestras, entrevistas, corres-pondncias pessoais, conferncias e outras.

    Seu uso deve fi car restrito a situaes nas quais a citao trouxer uma grande contribuio, havendo possibilidade de comprovar a informao por meio de textos escritos, DVDs, fi lmes, etc.

    A expresso informao verbal dever ser utilizada sempre que a comunicao for exclusivamente oral.

    Nesses casos, deve-se dar preferncia s informaes que se-jam possveis de serem comprovadas por meio de fi tas cassetes, fi lmes, textos escritos distribudos com o contedo da palestra ou apostilas.

    Se a informao utilizada for obtida apenas por comunicao oral, necessrio incluir, logo aps a sua meno no texto, a expresso informao verbal entre parnteses.

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    66

    Discursando, na aula inaugural do curso de graduao em Ad-ministrao, Carvalho Pinto afi rmou que o Brasil o pas com o menor ndice de analfabetismo da Amrica Latina (informao verbal).

    Exemplo:

    Citaes de trabalhos que ainda no foram publicados ou que se encontram em fase de elaborao

    Deve-se informar a situao em que se encontra o trabalho, utili-zando-se, entre parnteses, as expresses no prelo, quando o trabalho estiver pronto, aguardando apenas a publicao, e em fase de elaborao, quando ainda no concludo.

    Exemplo:

    Segundo Jos da Silva Oliveira, em sua obra Biotica e ps-modernidade, com lanamento previsto para maro de 2007 (em fase de elaborao), [...] a biotica passa por profundas modifi caes em suas concepes bsicas.

    OBS.:Nesses casos, o referenciamento da obra deve ser feito com todos os dados disponveis at o momento de sua incluso no texto.

    OLIVEIRA, Jos da Silva. Biotica e ps-modernidade.[2007?] (em fase de elaborao).

    Exemplo:

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    67

    Citaes de informaes extradas das redes de comunicao eletrnica

    cada vez mais freqente a utilizao das redes de comunicao eletrnica como fonte de informao de trabalhos cientfi cos.Ao fazer uso delas, necessrio, entretanto, estar atento a que essa no seja sua principal fonte de informao.As citaes originadas dessas fontes devem ser usadas com caute-la, tendo em vista seu carter muitas vezes temporrio e a difi cul-dade de avaliar sua credibilidade.Essas citaes devem ser includas na lista de referncias e conter todos os dados necessrios sua identifi cao.

    Exemplo:

    Carvalho Filho1 alerta quanto necessidade de que os magis-trados se posicionem de forma respeitosa com os advogados, j que estes no lhes so subordinados.

    CARVALHO FILHO, J. B. Magistrados e advogados: confl itos profi ssionais. Disponvel em: . Acesso em: 10 nov. 2006.

    Citaes em lngua estrangeira

    Podem ser feitas de duas formas, fi cando a critrio do autor deci-dir-se por uma delas.

    Caso a citao esteja no idioma original, a traduo feita pelo autor deve ser includa em nota de rodap.O autor do trabalho, ao traduzir o texto que deseja citar, deve-r utilizar a expresso traduo nossa logo aps a citao.As expresses latinas que so utilizadas com mais freqncia nos textos jurdicos e reconhecidas por todos no exigem traduo.

    _________________1

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    68

    A preocupao com a crise moral que assola os pases asiti-cos se constitui hoje em um problema de natureza poltica, na medida em que interfere nos rumos do desenvolvimento econ-mico e social (SCHIMDIT, 2005, p. 207, traduo nossa).

    OBS.:

    Citaes da Bblia

    As citaes extradas da Bblia so feitas pela indicao do livro, do nmero do captulo e do nmero do versculo em algarismos arbicos. Aps o nome do livro, utiliza-se vrgula e, aps o nmero do captulo, dois pontos.

    Exemplo:

    Mas julgar com justia os pobres e decidir com eqidade a favor dos mansos da terra (ISAAS, 11:4).

    5.2.1.2 Citao indireta, livre ou conceptual

    a sntese do pensamento do autor que est sendo citado. Repre-senta uma interpretao do texto escolhido para ser citado.

    Deve-se observar:

    a fi delidade ao pensamento do autor citado, garantindo que no haja insero de idias prprias no texto;o recurso da citao indireta prefervel apresentao de cita-es diretas muito longas;o texto no colocado entre aspas ();no se faz alterao da fonte nem do tipo de letra.

    Conforme a NBR 10520, a indicao da pgina dispensvel na citao indireta, no entanto a FDV orienta que, tambm nesse caso, a pgina seja registrada.

    Exemplo:

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    69

    Ao discordar dessa forma de conceber o Direito, utilizamo-nos do pensamento de Carvalho (2006, p. 45) quando defende a idia de que Direito mais do que a simples aplicao da norma ao caso concreto.

    Exemplo:

    5.2.1.3 Citao de citao

    uma citao de segunda mo em que o trecho citado no foi retirado da obra original.O autor faz uso de uma citao que j foi feita em outra obra.

    ATENO:A citao de citao deve ser utilizada em casos excepcionais, quando no seja possvel o acesso ao documento original.

    Deve-se observar: a garantia de que a obra consultada seja includa na lista de referncias;seu uso deve ser espordico, j que a utilizao excessiva desse recurso pode demonstrar falta de zelo do autor pela busca da bibliografi a original;a obra citada na lista de referncias sempre a consultada.

    Exemplo:

    Considerando o respeito aos princpios constitucionais, Carva-lho (apud, CASTRO, 2005, p. 32), afi rma que [...] no se deve eliminar da anlise jurdica dos fatos a garantia do respeito dignidade humana.

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    70

    Considerando o respeito aos princpios constitucionais, deve-se aceitar a impossibilidade de [...] eliminar da anlise jurdica dos fatos, a garantia do respeito dignidade humana (CAR-VALHO, apud CASTRO, 2005, p. 32).

    Exemplo:

    Na citao de citao, no obrigatria a indicao do ano em que foi publicada a obra original.

    5.3 SISTEMA DE CHAMADA

    O sistema de chamada a forma utilizada para indicar a fonte de onde se retirou a citao. Sua utilizao correta ajuda na localiza-o da obra que foi consultada e que est sendo citada.

    De acordo com a NBR 10520:2002, temos duas formas de fazer a indicao da fonte:

    Sistema autor-dataSistema numrico

    A deciso sobre o sistema que ser adotado exclusivamente do autor, entretanto algumas instituies de ensino defi nem o sistema que ser adotado. Alguns editores de peridicos cientfi cos tam-bm fazem exigncias desse tipo em suas regras de publicao. O autor deve informar-se a respeito, antes de iniciar a redao de seu trabalho ou de encaminhar seus artigos para publicao.

    ATENO:No permitido utilizar os dois sistemas ao mesmo tempo. Toma-da a deciso, o autor dever mant-la em todo o texto.

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    71

    a) Sistema AUTOR-DATA

    A indicao da citao no texto feita pelo nome do autor, que pode ser pessoa fsica ou jurdica.

    Segue a seguinte ordem:

    PESSOA FSICA LTIMO SOBRENOME DO AUTOR + ANO + PGINA

    PESSOA JURDICA NOME DA INSTITUIO + ANO + PGINA

    AUTOR DESCONHECIDO TTULO DA OBRA + ANO + PGINA

    Exemplos de pessoa fsica:

    Quando o sobrenome faz parte da frase, apenas a data e a pgi-na so colocadas entre parnteses.

    Conforme defendido por Carvalho (1999, p. 10), necessrio que se observe [...] como o Direito brasileiro trata essa questo.

    Exemplo:

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    72

    Quando o sobrenome do autor no faz parte da frase, todos os dados devem ser colocados entre parnteses e o sobrenome em letra maiscula.

    Exemplo:

    necessrio que se observe [...] como o Direito brasileiro trata esta questo antes de tomada qualquer deciso (CARVALHO, 1999, p. 10).

    Caso se queira destacar tambm o nome do autor, este dever preceder o sobrenome.

    Conforme defendido por Jos Castro Carvalho (1999, p. 10), necessrio que se observe [...] como o Direito brasileiro trata esta questo.

    Exemplo:

    Quando dois autores citados tiverem o mesmo sobrenome, necessrio incluir as iniciais de seus prenomes para que seja feita a distino.

    Exemplo:

    (CARVALHO, B., 2005)(CARVALHO, J., 2007)

  • CAPTULO5A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    73

    colocar os prenomes por extenso.

    Quando os dois autores citados, tiverem alm do mesmo sobre-nome, coincidncia nas iniciais de seu prenomes, necessrio

    Quando forem citadas mais de uma obra do mesmo autor, publi-cadas no mesmo ano, elas devero ser destacadas pelo acrsci-mo de letra minscula, includa aps a data, sem espacejamen-to. Deve-se observar a ordem alfabtica das letras.

    Quando diversas obras de um mesmo autor, publicadas em anos diferentes, forem objeto de citao indireta, elas devero ser indicadas de forma sucessiva e simultnea, sendo os anos separados por vrgula.

    Exemplos de Pessoa Jurdica:

    Quando o nome da instituio fi zer parte da frase, apenas a data e a pgina sero colocadas entre parnteses.

    Defi nindo as regras para liberao das tarifas alfandegrias, o Mercosul (2002, p. 10) deixa claro que [...] no haver trata-mento diferenciado entre os pases membros.

    Exemplo:

    (CARVALHO, Joaquim, 2003)(CARVALHO, Jos, 2005)

    Conforme explicitado por Carvalho (2005a)Justia e Direito sempre se encontram (CARVALHO, 2005b)

    Exemplo:

    (CASTRO, 1998, 2001, 2005)(BRITO; CASTRO; AZEVEDO, 1999, 2002, 2004)

    Exemplo:

    Exemplo:

  • CAPTULO 5 A PRODUO DO TEXTO CIENTFICO

    74

    Quando o nome da instituio/pessoa fsica no fi zer parte da frase, coloca-se tudo entre parnteses.

    Exemplo:

    Quanto liberao de tarifas alfandegrias, necessrio obser-var que [...] no haver tratamento diferenciado entre pases membros (MERCOSUL, 2002, p. 10).

    Exemplo de Autor Desconhecido:

    Quando o autor da obra for desconhecido, faz-se a indicao pela primeira palavra do ttulo seguida de reticncias e depois a data da publicao e a pgina de onde foi retirada a citao. Seguem-se as mesmas regras j apresentadas para autor pes-soa fsica e jurdica

    b) Sistema NUMRICO

    Segundo a NBR 10520:2002, no sistema numrico, [...] a indicao da fonte feita por uma numerao nica e consecutiva, em alga-rismos arbicos remetendo lista de referencias [...].

    Utilizar algarismo arbicos grafados um pouco acima da linha do texto com fonte reduzida.Manter seqncia nica e consecutiva.Manter a mesma ordem numrica na lista de referncias.

    ATENO:

    A aplicao dos principios do Direito do trabalho [...] (GA-RANTIAS..., 2005, p. 52).

    Exemplo:

  • NOTAS DE RODAP

    CA

    PT

    ULO

    6

  • CAPTULO 6 NOTAS DE RODAP

    76

    Utilizadas excessivamente e de maneira muitas vezes incorreta, as notas de rodap precisam ser objeto de ateno redobrada daque-les que produzem textos cientfi cos, em especial na rea jurdica.

    Alguns autores chegam ao absurdo de incluir todas as suas citaes em notas de rodap, transformando um recurso til, que deve ser curto e objetivo, em longos tratados jurdicos separados do texto.

    Na realidade, as notas de rodap servem para evitar que o texto se torne muito longo e que contenha explicaes que possam torn-lo confuso e com pouca objetividade.

    Notas de rodap to longas que chegam a ocupar meia pgina ou passar de uma pgina outra esto, certamente, utilizadas de forma inadequada e devem ser revisadas. Se a informao ou a ex-plicao for to importante que precise ocupar tanto espao, talvez seja necessrio pensar sobre a possibilidade de inclu-la no prprio texto.

    H dois tipos de notas de rodap:

    Notas de referncia servem para fazer a indicao da fonte que foi consultada. Devem obedecer s mesmas normas estabe-lecidas para a confeco das referncias. A utilizao de notas de referncia em rodap no elimina a exigncia da elaborao de lista de referncias ao fi nal do trabalho.

    Notas explicativas importante recurso de apoio ao autor, servem para trazer breves informaes ou esclarecimentos ao texto, sem comprometer sua seqncia lgica. So utiliza-das tambm em casos de citao direta em lngua estrangei-ra, cujo uso exige a apresentao da respectiva traduo em nota de rodap.

  • CAPTULO6NOTAS DE RODAP

    77

    As notas de rodap so apresentadas no texto por meio do sistema numrico de chamada.

    A NBR 10520, publicada em 2002, indica que [...] o sistema num-rico no deve ser utilizado quando h notas de rodap. Em outro momento, na mesma norma, encontramos que se deve[...] utilizar o sistema autor-data para as citaes no texto e o numrico para as notas explicativas.

    Essas duas afi rmativas nos levam a concluir que vedado o uso concomitante de notas de rodap explicativas e notas de rodap de referncia.

    Assim, caso o autor queira fazer uso de notas de rodap para indicao das obras que foram citadas, no poder usar notas de rodap explicativas.

    Nesse sentido, a fi m de evitar erros, sugerimos que seja adotado o sistema autor-data para a indicao da fonte nas citaes.

    Observaes importantes no uso de notas de rodap:Utilizar o sistema numrico de chamadas de forma seqencial.Localizar o algarismo arbico sobrescrito frase, em fonte reduzida.Deve ser localizada na mesma pgina na qual estiver a chamada numrica. separada do texto com um travesso de 3cm.Utilizar o mesmo tipo de letra do texto em fonte reduzida (tam. 10).Utilizar espaamento simples.Em caso de utilizao de notas de rodap de referncia, necess-rio incluir, na primeira vez que foi indicada, a referncia completa.Em incluses posteriores de obras j referenciadas, podero ser utilizados recursos, como substituio por expresses latinas, ou simplificao da referncia com indicao de auto-ria, ano e pgina.

  • EXPRESSES LATINAS

    CA

    PT

    ULO

    7

  • CAPTULO 7 EXPRESSES LATINAS

    80

    mesma pgina.

    ____________ FERRAZ JNIOR, Trcio Sampaio. Introduo ao estudo do direito: tc-

    nica, deciso, dominao. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2001.Idem. Teoria da norma jurdica. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2006.

    S podero ser utilizadas quando as citaes que esto sendo referenciadas estiverem na mesma pgina da referncia que est sendo substituda.

    De uso ainda bastante freqente em livros e trabalhos cientfi cos, as expresses latinas vm sendo criticadas por difi cultar a leitura e a compreenso do texto.Sua utilizao deve ser de uso restrito a situaes especiais e com a fi nalidade de evitar repeties de obras ou autores j referencia-dos.Com exceo da expresso apud, que tambm pode ser utilizada no texto, todas as demais so usadas, exclusivamente, em nota de rodap.

    ATENO:

    Expresses latinas de uso mais freqente:

    Ibidem ou Ibid. = na mesma obraRecurso usado para evitar a repetio da referncia anterior quan-do for utilizada mais de uma citao, da mesma obra, dentro de uma mesma pgina.

    Exemplo:

    ____________ FERRAZ JNIOR, Trcio Sampaio. Introduo ao estudo do direito: tc-

    nica, deciso, dominao. 3. ed. So Paulo: Atlas, 2001. p. 197. Ibid., p. 201.

    Idem ou Id. = mesmo autorRecurso utilizado quando o autor citado o mesmo da citao anterior mas a obra diferente. Uso restrito a citaes feitas na

    Exemplo:

    1

    2

    1

    2

  • CAPTULO7EXPRESSES LATINAS

    81

    A violncia atingiu nveis alarmantes no Esprito Santo, com cerca de 50 assassinatos [sic] por fi nal de semana (CARVALHO, 2007. p. 20).

    mero da pgina e do nmero da nota na qual o autor foi citado pela primeira vez.

    ____________ MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. 21. ed. So Paulo: Atlas,

    2007. p. 103.

    Op. cit. = obra citadaSempre que for feita referncia a uma obra citada e havendo notas de rodap intercaladas, pode-se utilizar esse recurso.A expresso grafada logo aps o nome do autor, seguida do n-

    Exemplo:

    Exemplo:

    Exemplo:

    SILVA, Jos Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 28. ed. So Paulo: Malheiros, 2007. p. 15.

    MORAES, op.cit., p. 25, nota 1.

    Cf = Confi ra, confronteRecurso utilizado para remeter o leitor a outras obras, autores ou temas que devem ser consultados.

    ____________ COELHO, Fbio Ulhoa. Manual de direito comercial. 37. ed. So Paulo: Sarai-

    va, 2007. p. 195. Cf. nota 5 deste captulo.

    Sic = uma forma de o autor indicar ao leitor que a citao, mesmo que parea estranha ou que contenha algum erro, esta-va redigida exatamente daquela forma no texto.

    1

    2

    1

    2

    3

  • CAPTULO 7 EXPRESSES LATINAS

    82

    Exemplo:

    1

    Apud = citado por

    Recurso utilizado com freqncia, mas deve ser evitado. Demons-tra que o autor do trabalho est usando uma citao de segunda mo, o que no conveniente.Em trabalho cientfi co, somente se justifi ca essa prtica, quando a obra citada estiver esgotada ou no puder ser encontrada com facilidade.

    ____________ COUTURE, 2002, apud ALMADA, R. J. F. de. A garantia processual da

    publicidade. So Paulo: RT, 2005.

    Diferentemente das demais expresses latinas, o apud pode ser utilizado tambm no texto.

    Outras expresses latinas, tais como, loc. cit., et. seg., passim, uti-lizadas em trabalhos acadmicos e em livros, no foram includas neste manual devido ao seu uso pouco freqente e porque, apesar de permitidas, recomendamos que sejam evitadas.

    OBS.:

    Exemplo:

    Quanto relao existente entre o fenmeno estudado e outros fatores, Trujillo (1974, apud MARCONI ; LAKATOS, 2002, p. 35) afi rma que elas podem ser [...] estabelecidas em funo de suas propriedades relacionais de causa-efeito, produtor-produto, de correlaes, de anlise de contedo etc..

    Quanto relao existente entre o fenmeno estudado e outros fatores, possvel afi rmar que elas podem ser [...] estabelecidas em funo de suas propriedades relacionais de causa-efeito, produtor-produto, de corre-laes, de anlise de contedo [...] (TRUJILLO, 1974, apud MAR-CONI; LAKATOS, 2002, p. 35).

    Exemplo:

  • ELABORAO DE REFERNCIAS

    Elaborao de referncias em trabalhos cientfi cosDefi nio e justifi cativa Localizao, ordenao e forma de apresentao Casos especiais Elementos de refernciaReferncia de documentos jurdicos Apresentao de refernciasDocumentos eletrnicos e outros meios no convencionais

    CA

    PT

    ULO

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    A NBR 6023/2002 conceitua Referncia como o [...] conjunto pa-dronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite sua identifi cao individual (ASSOCIAO BRASILEI-RA DE NORMAS TCNICAS, 2002).

    8.3 LOCALIZAO, ORDENAO E FORMA DE APRESENTAO

    a) Localizao

    As referncias podem ser encontradas: Em notas de rodapAo fi nal de textos, como livros e artigos

    8.1 A ELABORAO DE REFERNCIAS EM TRABALHOS CIENTFICOS

    8.2 DEFINIO E JUSTIFICATIVA

    Principal elemento de apoio aos pesquisadores na localizao de obras que desejam pesquisar, as referncias precisam estar rigoro-samente apresentadas, a fi m de facilitar o trabalho daqueles que se dedicam ao estudo e investigao cientfi ca.

    Habitualmente criticadas por iniciantes, em razo do rigor que se exige em sua apresentao, as referncias passam a se constituir um aliado daqueles que se dedicam pesquisa, j que tornam a localizao de obras citadas muito mais fcil.Ao padronizar os elementos que devem constar de uma referncia e estabelecer a ordem e a forma como devem aparecer, a norma tem por objetivo evitar que no se consiga localizar uma obra ou que se gaste tempo desnecessrio nessa tarefa.

    Exemplo:

    MARTINS, Srgio Pinto. Direito do trabalho. 23. ed. So Paulo: Atlas, 2007.

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    OBS.:

    Ao fi nal de cada captuloEncabeando resumos ou resenhas

    b) Ordenao

    As referncias podem seguir as seguintes ordenaes: alfabtica ou numrica

    Alfabtica independente da ordem em que as referncias aparecem no texto, devem ser colocadas em ordem alfabtica. Ao coloc-las em ordem alfabtica, possvel utilizar nmeros arbicos seqenciais para facilitar a ordenao.

    Caso o autor tenha mais de uma obra publicada, seu nome poder ser substitudo por um trao sublinear equivalente a seis espaos.

    OBS.:

    Caso seja utilizada a mesma obra do autor, apenas com condies diferentes, o recurso do trao sublinear poder tambm se utiliza-do para substituir o ttulo do livro.

    Exemplo:

    ADEODATO, Joo Maurcio. tica e retrica: para uma teoria da dogmtica jurdica. So Paulo: Saraiva, 2002.CARNELUTTI, Francesco. Arte do direito. Rio de Janeiro: mbito Cultural, 2001.

    Exemplo:

    COELHO, Fbio Ulhoa. Curso de direito comercial. 9. ed. So Paulo: Saraiva,