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Desenho Tcnico - Agronomia

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UNIDADE I HISTRICO E EVOLUO DO DESENHO TCNICO 1.1. Conceito de desenho tcnico

a linguagem grfica em que se expressa e registra as idias e dados para a construo de mquinas e estruturas. Distingue-se do desenho de finalidade meramente artstica, embora em algumas vezes em desenhos artsticos, existam elementos do rigor do desenho tcnico. Enquanto que o desenho artstico limita-se a representao de formas em que predominam as cores, luzes e sombra no desenho tcnico limita-se unicamente ao contorno dos objetos, no s insinuando a sua inteno mas dando informao exata sobre o mesmo. Ou seja, uma linguagem grfica completa, por meio da qual pode descrever minuciosamente cada operao e guardar um registro completo do objeto, para reproduo ou reparos. 1.2. Importncia de desenho tcnico para os cursos de Engenharia Agronmica e Engenharia Florestal

Para os profissionais de Engenharia Agronmica e Florestal o desenho possui tambm grande importncia, pois representa graficamente de forma tcnica e padronizada os empreendimentos, equipamentos, estruturas, peas, etc. Como exemplo pode-se citar algumas reas, onde se faz uso do desenho tcnico: Agrimensura (mapas, croquis, representaes cartogrficas, diviso de reas, demarcao de divisas, estradas, etc.); Construes Rurais (galpes, casas, cocheiras, tesouras, sapatas, tambos, estruturas de irrigao e drenagem, audes, barragens, etc.); Mquinas e mecanizao agrcola (funcionamento de mquinas, construo de equipamentos, motores, implementos, etc.); Parques e jardins; Climatologia; Olericultura, etc. 1.3. Objetivo do desenho Tcnico para os cursos acima.

Proporcionar ao profissional Engenheiro Agrnomo e Engenheiro Florestal o aporte de todas as tcnicas, normas e padres utilizados em desenho tcnico para que se possa realizar a construo, leitura, interpretao e dimensionamento de estruturas e equipamentos agriflorestais.Prof. Adriano Luis Schnemann - 2007

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UNIDADE II NORMAS BRASILEIRAS DE DESENHO TCNICO 2.1. Finalidade e importncia A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros). Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ONS, circulam para Consulta Pblica entre os associados da ABNT e demais interessados. NBR 10.647/1989 Desenho tcnico 2.1. Objetivo Esta Norma define os termos empregados em desenho tcnico. 2.2. Definies Para os efeitos desta Norma so adotadas as definies de 2.2.1. a 2.2.6. 2.2.1. Quanto ao aspecto geomtrico Desenho projetivo: desenho resultante de projees do objeto sobre um ou mais planos que fazem coincidir com o prprio desenho, compreendendo: a) vistas ortogrficas: figuras resultantes de projees cilndricas ortogonais do objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatido, a forma do mesmo com seus detalhes; b) perspectivas: figuras resultantes de projeo cilndrica ou cnica, sobre um nico plano, com a finalidade de permitir uma percepo mais fcil da forma do objeto. Desenho no projetivo: desenho no subordinado correspondncia, por meio de projeo, entre as figuras que constituem e o que por ele representado, compreendendo larga variedade de representaes grficas, tais como:Prof. Adriano Luis Schnemann - 2007

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a) Diagrama: desenho no qual valores funcionais so representados em um sistema de coordenadas; b) Esquema: figura que representa no a forma dos objetos, mas as suas relaes e funes; c) baco ou nomograma: grfico com curvas apropriadas, mediante o qual se podem obter as solues de uma equao determinada pelo simples traado de uma ou mais retas; d) Fluxograma: representao grfica de uma seqncia de operaes. e) Organograma: quadro geomtrico que representa os nveis hierrquicos de uma organizao, ou de um servio, e que indica os arranjos e as interrelaes de suas unidades constitutivas; f) Grfico: representado por desenho ou figuras geomtricas. um conjunto finito de pontos e de segmentos de linhas que unem pontos distintos. 2.2.2. Quanto ao grau de elaborao a) Esboo: representao grfica aplicada habitualmente aos estgios iniciais de elaborao de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda representao de elementos existentes ou execuo de obras; b) Desenho preliminar: representao grfica empregada nos estgios intermedirios da elaborao do projeto, sujeita ainda a alteraes e que corresponde ao anteprojeto; c) Croqui: desenho no obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente mo livre e contendo todas as informaes necessrias sua finalidade; d) Desenho definitivo: desenho integrante da soluo final do projeto, contendo os elementos necessrios sua compreenso. 2.2.3. Quanto ao grau de pormenorizao a) Desenho de componente: desenho de um ou vrios componentes representados separadamente; b) Desenho de conjunto: desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um todo; c) Detalhe: vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.

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2.2.4. Quanto ao material empregado Desenho executado com lpis, tinta, giz, carvo ou outro material adequado. 2.2.5. Quanto tcnica de execuo Desenho executado manualmente ( mo livre ou com instrumento) ou mquina. 2.2.6. Quanto ao modo de obteno a) Original: desenho matriz que serve para reproduo. b) Reproduo: desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo: I) cpia - reproduo na mesma escala do original; II) ampliao - reproduo maior que o original; III) reduo - reproduo menor que o original. NBR 13.142/1999 Folha de Desenho Leiaute e Dimenses

Esta Norma padroniza as caractersticas dimensionais das folhas em branco e pr-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos tcnicos. Esta Norma apresenta tambm o leiaute da folha do desenho tcnico com vistas a: a) posio e dimenso da legenda; b) margem e quadro; c) marcas de centro; d) escala mtrica de referncia; e) sistema de referncia por malhas; f) marcas de corte. Estas prescries se aplicam aos originais, devendo ser seguidas tambm s cpias.

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OBS: a) As Figuras so apresentadas na forma mais simples, servem apenas como ilustrao; b) Esta Norma considera todos os requisitos para reproduo, inclusive microfilmagem. Condies especficas Formatos Seleo e designao de formatos a) O original deve ser executado em menor formato possvel, desde que no prejudique a sua clareza; b) A escolha do formato no tamanho original e sua reproduo so feitas nas sries mostradas em Formatos da srie A; c) As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posio horizontal como na vertical. Formatos da srie "A" O formato da folha recortada da srie "A" considerado principal (ver Tabela 2.1).Designao Dimenses (mm) A0 841 x 1189 A1 594 x 841 A2 420 x 594 A3 297 x 420 A4 210 x 297 Tabela 2.1 - Formatos da srie "A"

a) O formato bsico para desenhos tcnicos o retngulo de rea igual a 1 m e de lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto , guardando entre si a mesma relao que existe entre o lado de um x 1 quadrado e sua diagonal = (Figura y 2

2.1). Figura 2.1: Origem dos formatos da srie A.

b) Deste formato bsico, designado por A0 (A zero), deriva-se a srie "A" pela bipartio ou pela duplicao sucessiva (Figuras 2.2 e 2.3).Prof. Adriano Luis Schnemann - 2007

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Formato especial Sendo necessrio formato fora dos padres, recomenda-se a escolha dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao mltiplo ou submltiplo ao do formato padro. Nota: Nas dimenses das folhas pr-impressas, quando no recortadas, deve haver um excesso de 10 mm nos quatro lados.

Figura 2.3: Formatos derivados srie A.

Figura 2.4: Semelhana geomtrica dos formatos Srie A. Legenda A posio da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que contenha a identificao do desenho (nmero de registro, ttulo, origem, etc.); deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. A direo da leitura da legenda deve corresponder do desenho. Por convenincia, o nmero de registro do desenho pode estar repetido em lugar de destaque, conforme a necessidade do usurio. A legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0.

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Margem e quadro Margens so limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o espao para o desenho. As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as dimenses constantes na Tabela 2.2. Tabela 2.2: Largura das linhas e das margens.Formato A0 A1 A2 A3 A4 Margem (mm) Esquerda Direita 25 10 25 10 25 7 25 7 25 7 Largura da Linha do Quadrado conforme a NBR 8403 1,4 mm 1,0 mm 0,7 mm 0,5 mm 0,5 mm

A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento. Marcas de centro Nas folhas de formatos de srie "A" devem ser executadas quatro marcas de centro. Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria (horizontal e vertical) folha. Os formatos fora de padres, para serem microfilmados, requerem marcas adicionais de acordo com as tcnicas de microfilmagem. Escala mtrica de referncia As folhas de desenho podem ter impressa uma escala mtrica de referncia sem os nmeros, com comprimento de 100 mm no mnimo e em intervalos de 10 mm. A escala mtrica de referncia deve estar embaixo, disposta simetricamente em relao marca de centro, na margem e junto ao quadro, com largura de 5 mm no mximo. Deve ser executada com trao de 0,5 mm de largura no mnimo e deve ser repetida em cada seo do desenho.

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Sistema de referncia por malhas Permite a fcil localizao de detalhes nos desenhos, edies, modificaes, etc. Devem ser executadas com trao de 0,5 mm de largura no mnimo, comeando do contorno interno da folha recortada e estendendo-se aproximadamente 0,5 mm, alm do quadro. A tolerncia da posio de 0,5 mm deve ser observada para as marcas. O nmero de divises deve ser determinado pela complexidade do desenho e deve ser par. O comprimento de qualquer lado do retngulo da malha deve ter mais de 25 mm e no mximo 75 mm, e deve ser executado com traos contnuos de 0,5 mm de largura no mnimo. Os retngulos das malhas devem ser designados por letras maisculas ao longo de uma margem e os numerais ao longo de outra margem. Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto legenda no sentido da esquerda para direita e devem ser repetidos no lado correspondente. As letras e os numerais devem estar localizados nas margens, centralizados no espao disponvel, e as letras escritas em maisculo de acordo com a NBR 8402. Se o nmero das divises exceder o nmero de letras do alfabeto, as letras de referncia devem ser repetidas (exemplo: AA, BB, etc.) Marcas de corte Estas marcas servem para guiar o corte da folha de cpias e so executadas na forma de um tringulo retngulo issceles com 10 mm de lado, ou com dois pequenos traos de 2 mm de largura em cada canto.

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NBR 10.582/1988 Apresentao da Folha para Desenho Tcnico Esta Norma fixas as condies exigveis para a localizao e disposio do espao para desenho, espao para texto e espao para legenda, e respectivos contedos, nas falhas de desenhos tcnicos. A folha para o desenho deve conter: a) espao para desenho; b) espao para texto; c) espao para legenda.

Espao para desenho Os desenhos so dispostos na ordem horizontal e vertical. O desenho principal, se houver, colocado acima e esquerda, no espao para desenho. Os desenhos so executados, se possvel, levando em considerao o dobramento das cpias do padro de desenho, conforme formato A4. Espao para texto Todas as informaes necessrias ao entendimento do contedo do espao para desenho so colocados no espao para texto e escritas conforme NBR 8402. O espao para texto colocado a direita ou na margem inferior do padro de desenho. Quando o espao para texto colocado na margem inferior, a altura varia conforme a natureza do servio. A largura de espao para texto igual a da legenda ou no mnimo 100 mm. O espao para texto separado em colunas com larguras apropriadas de forma que possvel, leve em considerao o dobramento da cpia do padro de desenho, conforme formato A4.Prof. Adriano Luis Schnemann - 2007

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O espao para texto deve conter as seguintes informaes: a) explanao; b) instruo; c) referncia; d) localizao da planta de situao; e) tbua de reviso.

A) Explanao Informaes necessrias a leitura de desenho tais como: a) smbolos especiais; b) designao; c) abreviaturas; e d) tipos de dimenses.Prof. Adriano Luis Schnemann - 2007

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B) Instrues Informaes necessrias a execuo do desenho. Quando so feitos vrios so feitas prximas a cada desenho e as instrues gerais so feitas no espao para texto, tais como: a) lista de material; b) estado de superfcie; c) local de montagem e; d) nmero de peas. C) Referncias Informaes referentes a outros desenhos e/ou outros documentos. D) Localizao da planta de situao A planta de situao localizada de forma que permanea visvel depois de dobrada a cpia do desenho conforme padro A4 e, inclui os seguintes dados: 1) planta esquemtica com marcao da rea construda, parte da construo etc.: a seta norte indicada; 2) planta esquemtica da construo com marcao de rea, etc. E) Tbua de reviso A tbua de reviso usada para registrar a correo alterao e/ou acrscimo feito no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A disposio da tbua de reviso e as dimenses em mm conforme a Figura a seguir e, as informaes contidas na tbua de reviso so as seguintes:

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a) designao da reviso (n ou letra que determina a seqncia da reviso); b) referncia da malha (NBR 10068); c) informao do assunto da reviso; d) assinatura do responsvel pela reviso; e e) data da reviso. Legenda A legenda usada para informao, indicao e identificao do desenho e deve ser traada conforme a NBR 10068. As informaes contidas na legenda so as seguintes: a) designao da firma; b) projetista, desenhista ou outro, responsvel pelo contedo do desenho; c) local, data e assinatura; d) nome e localizao do projeto; e) contedo do desenho; f) escala (conforme NBR 8196); g) nmero do desenho; h) designao da reviso; i) indicao do mtodo de projeo (conforme NBR 10067); j) unidade utilizada no desenho conforme a NBR 10126. A legenda pode, alm disso, ser provida de informaes essenciais ao projeto e desenho em questo. O nmero do desenho e da reviso so colocados juntos e abaixo, no canto direito do padro de desenho. 2.2. Modo de dobrar as folhas de Desenho Tcnico NBR 13.142/1999 Desenho Tcnico Dobramento de cpia Esta Norma fixa as condies exigveis para o dobramento de cpia de desenho tcnico. 2.2.1. Referncias normativas: As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para esta Norma. As ediesProf. Adriano Luis Schnemann - 2007

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indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento. NBR 10068:1987 - Folha de desenho - Leiaute e dimenses - Padronizao NBR 10582:1988 - Apresentao da folha para desenho tcnico Procedimento NBR 10647:1989 - Desenho tcnico Terminologia 2.2.2. Definies: Para os efeitos desta Norma aplicam-se as definies da NBR 10647. Requisitos gerais O formato final do dobramento de cpias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o formato A4; As dimenses do formato A4 devem ser conforme a NBR 10068 (210 x 297mm); As cpias devem ser dobradas de modo a deixar visvel a legenda (NBR 10582); O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de acordo com as medidas indicadas nas figuras 1 a 4; Quando as cpias de desenho formato A0, A1 e A2 tiverem que ser perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trs, o canto superior esquerdo, conforme as figuras 1 a 4; Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o dobramento deve ser tal que ao final esteja no padro do formato A4.

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Figura 1: Forma de dobramento e dimenses (mm) para a folha tamanho A0.

Figura 2: Forma de dobramento e dimenses (mm) para a folha tamanho A1.

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Figura 3: Forma de dobramento e dimenses (mm) para a folha tamanho A2.

Figura 4: Forma de dobramento e dimenses (mm) para a folha tamanho A3.

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2.3. Escalas usadas em Desenho Tcnico DEFINIO Escala a relao entre a medida de um objeto ou lugar representado no papel e sua medida real. Sejam: D = um comprimento tomado no terreno, que denominar-se- distncia real natural. d = um comprimento homlogo no desenho, denominado distncia prtica. Como as linhas do objeto e as do desenho so homlogas, o desenho que representa o objeto uma Figura semelhante a dele, logo, a razo ou relao de semelhana a seguinte: d D A esta relao denomina-se ESCALA. 2.3.1. Grandes e pequenas A relao d/D pode ser maior, igual ou menor que a unidade, dando lugar classificao das escalas quanto a sua natureza, em trs categorias: - Na 1, ter-se- d > D (ex: peas mecnicas) - Na 2, ter-se- d = D; - Na 3 categoria, que a usada em Cartografia, Topografia e Geodsia, a distncia grfica menor que a real, ou seja, d < D. a escala de projeo menor, empregada para redues, em que as dimenses no desenho so menores que as naturais ou do modelo. 2.3.2. ESCALA NUMRICA Indica a relao entre os comprimentos de uma linha no desenho e o correspondente comprimento real, em forma de frao com a unidade para numerador. D 1 N= E= onde N d Logo, E =

1 D/d

E=

d D

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Sendo: E = escala; N = denominador da escala ou mdulo escalar; d = distncia medida no desenho; D = distncia real (do objeto, pea, estrutura, etc.). Com isso chega-se a igualdade:

1 d = N DAs escalas mais usadas em Topografia so: 1:1.000, 1:2.000, 1:5.000 e 1:10.000. Essas so grandes escalas, tambm denominadas de topogrficas. Exemplo: na escala 1:5.000, significa que 1cm no mapa corresponde a 5.000 cm ou 5m, no terreno. OBS: Uma escala tanto maior quanto menor for o denominador. Ex: 1:5.000 maior que 1:10.000 2.4. Linhas Usadas em Desenho Tcnico NBR 8.403/1984 Aplicao de linhas em desenhos Tipos de linhas Larguras das linhas Esta Norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em desenhos tcnicos e documentos semelhantes. 2.4.1. Largura das linhas Corresponde ao escalonamento 2 , conforme os formatos de papel para desenhos tcnicos. Isto permite que na reduo e ampliao por microfilmagem ou outro processo de reproduo, para formato de papel dentro do escalonamento 2 , se obtenham novamente as larguras de linhas originais, desde que executadas com canetas tcnicas, instrumentos normalizados, ou atravs de programas grficos. A relao entre as larguras de linhas largas e estreita no deve ser inferior a 2; As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimenso, escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com oProf. Adriano Luis Schnemann - 2007

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seguinte escalonamento: 0,13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm; Para diferentes vistas de uma pea, desenhadas na mesma escala, as larguras das linhas devem ser conservadas. 2.4.2. Espaamento entre linhas O espaamento mnimo entre linhas paralelas (inclusive a representao de hachuras) no deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga, entretanto recomenda-se que esta distncia no seja menor do que 0,70 mm. 2.4.3. Cdigo de cores em canetas tcnicas (Penas) As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as larguras das linhas, conforme segue abaixo: a) 0,13 mm - lils; b) 0,18 mm - vermelha; c) 0,25 mm - branca; d) 0,35 mm - amarela; e) 0,50 mm - marrom; f) 0,70 mm - azul; g) 1,00 mm - laranja; h) 1,40 mm - verde; i) 2,00 mm - cinza.

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2.4.4. Tipos de linhas

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UNIDADE IV INSTRUMENTOS DE DESENHO TCNICO 4.1. Escolha dos instrumentos Na escolha dos instrumentos e materiais para desenho, deve-se sempre primar em adquirir os que possuem melhor qualidade na praa. Para quem espera executar trabalhos profissionais, um grande erro comprar instrumentos de qualidade inferior. Algumas vezes o principiante tentado a adquirir instrumentos baratos para a aprendizagem, na expectativa de comprar outros melhores mais tarde. Um bom conjunto de aparelhos durar, razoavelmente cuidados, toda uma existncia. Lista de instrumentos e materiais mais utilizados em desenho tcnico: 1) Um estojo com compasso composto; 2) Prancheta; 3) Rgua T; 4) Esquadros de 45 e 60; 5) Escalmetro ou rgua milimetrada; 6) Lpis de desenho: 6H, 2H, 1B, 3B; 7) Estilete (para realizar o correto apontamento do lpis, na espessura que se deseja realizar o trao); 8) Borracha macia para lpis; 9) Papel opaco para desenho; 10) 11) 12) Papel transparente para desenho; Fita adesiva com baixa aderncia; Transferidor.

4.2. Conservao Para aumentar-se a vida til dos instrumentos devemos manuse-los com o mximo cuidado possvel e armazena-los sempre em seus estojos. A limpeza da rgua, dos esquadros e do transferidor deve ser feita sempre com gua e sabo neutro. Nunca utilizar substncias corrosivas ou derivados de petrleo.

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Precaues mnimas que devem ser seguidas: Evitar choques ou queda dos instrumentos; Nunca desenhar com a aresta inferior da rgua T; No colocar qualquer das extremidades na boca; Nunca trabalhar com o lpis com ponta grossa; Nunca azeitar as articulaes do compasso; Nunca traar uma linha voltando para traz; Nunca passar a borracha por todo o desenho depois de terminado; Deve-se limpar a mesa antes de comear os trabalhos; Manter os instrumentos sempre limpos. 4.3. Manejo O manejo correto dos instrumentos ser apresentado em aula prtica. UNIDADE V TEORIA ELEMENTAR DO DESENHO PROJETIVO A totalidade dos dados fornecidos por um profissional da rea da engenharia inclui a representao da forma do objeto e a indicao do tamanho de cada um de seus detalhes. O desenho projetivo trata da representao exata das formas dos objetos. Quando se v um objeto de um ponto qualquer, tem-se, em geral, uma idia clara de sua forma porque: 1 - se v quase sempre mais de um lado; 2 - os efeitos de luz e sombra revelam-nos algo de sua configurao; 3 - sendo olhado com ambos os olhos o efeito estereoscpio auxilia-nos na compreenso de suas formas e dimenses. Em desenho tcnico, o terceiro ponto no considerado, pois o objeto representado como se fosse visto por um s olho. Os efeitos de luz e sombra s so representados em casos especficos. 9.1. Projeo ortogonal o mtodo de representar a forma exata do objeto por meio de duas ou mais projees sobre planos que geralmente se encontram segundo ngulos retos, baixando-se perpendiculares do objeto aos planos.

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Os mtodos de representao em desenho tcnico, segundo a ABNT NBR 10067, se ressumem a dois diedros: o 1 e o 3 diedro.

Figura - 1 Diedro

Figura - 3 Diedro

A denominao das vistas pode ser visualizado na figura a seguir: a) vista frontal (a); b) vista superior (b); c) vista lateral esquerda (c); d) vista lateral direita (d); e) vista inferior (e); f) vista posterior (f).

Posio relativa das vistas no 3 diedro: Fixando a vista frontal (A) conforme a Figura a seguir, as posies relativas das outras vistas so as seguintes: a) vista superior (B), posicionada abaixo; b) vista lateral esquerda (C), posicionada direita; c) vista lateral direita (D), posicionada esquerda; d) vista inferior (E), posicionada acima; e) vista posterior (F), posicionada direita ou esquerda, conforme a convenincia.

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9.2. Escolha das vistas 9.2.1. Vista principal A vista mais importante de uma pea deve ser utilizada como vista frontal ou principal. Geralmente esta vista representa a pea na sua posio de utilizao. 9.2.2. Outras vistas Quando outras vistas forem necessrias, inclusive cortes e/ou sees, elas devem ser selecionadas conforme os seguintes critrios: a) usar o menor nmero de vistas; b) evitar repetio de detalhes; c) evitar linhas tracejadas desnecessrias.

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9.2.3. Determinao do nmero de vistas Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessrias caracterizao da forma da pea, sendo preferveis vistas, cortes ou sees ao emprego de grande quantidade de linhas tracejadas. 9.2.4. Vistas especiais 9.2.4.1. Vista fora de posio No sendo possvel ou conveniente representar uma ou mais vistas na posio determinada pelo mtodo de projeo, pode-se localiz-las em outras posies, com exceo da vista principal. 9.2.4.2. Vista auxiliar So projees parciais, representadas em planos auxiliares para evitar deformaes e facilitar a interpretao. 9.2.4.3. Elementos repetitivos A representao de detalhes repetitivos pode ser simplificada. 9.2.4.4. Detalhes ampliados Quando a escala utilizada no permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma parte da pea, este circundado com linha estreita contnua, conforme a NBR 8403, e designado com letra maiscula, conforme a NBR 8402. O detalhe correspondente desenhado em escala ampliada e identificada.

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9.3. Emprego das linhas; 9.4. Alfabeto das linhas segundo a ABNT. 5.2. Traado de circunferncias e elipses.

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