6862304 normas para desenho tecnico

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Apostila do Prof. Carlos Antonio Vieira - Desenho II

Captulo 01 Normalizao do Desenho Tcnico1.1 - A Padronizao dos Desenhos Tcnicos _____________________________ 3 1.2 - Normas da ABNT_______________________________________________ 3 1.3 - Formatos de papel - NBR - 5984/1980 (DIN 476) ______________________ 5 1.4 - Legenda ______________________________________________________ 6 1.5 - Escala NBR 8196/1983 (DIN 823) __________________________________ 7 1.6 - Linhas ________________________________________________________ 8 1.7 - Aplicaes e Cruzamentos ________________________________________ 9 1.8 - Vistas auxiliares ________________________________________________ 10 1.9 - Cortes ________________________________________________________ 11 1.10 - Sees ________________________________________________________ 12 1.11 - Vistas em situaes especiais_______________________________________ 13 1.12 - Concordncias em interseo de superfcies____________________________ 14 1.13 - Rotao de detalhes oblquos_______________________________________ 15 1.14 - Rupturas _______________________________________________________ 15 1.15 - Representao Grfica das Cotas____________________________________ 16 1.16 - Representaes Esquemticas em Desenho Tcnico _____________________ 19

Captulo 02 Indicao de Estado de Superfcie em Desenho Tcnico 2.1 - A Norma - NBR 8404 _______________________________________________ 22 2.2 - Indicao nos desenhos ______________________________________________ 23 2.3 - Aplicaes________________________________________________________ 25 Captulo 03 Tolerncias Geomtricas. 3.0 - Tolerncias geomtricas Introduo ________________________________ 3.1 - Tolerncia geomtrica de forma. ____________________________________ 3.2 - Tolerncia geomtrica de orientao _________________________________ 3.3 - Tolerncia geomtrica de posio. ____________________________________ 3.4 - Tolerncia de batimento_____________________________________________

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Captulo 04 Smbolos Bsicos de Solda 4.1 Simbologia para solda American National Standard _____________________ 52 Captulo 05 - Leitura de Desenhos de Conjuntos 5.1 Conjuntos ________________________________________________________ 59 Bibliografia ____________________________________________________ 67

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Captulo 01 Normalizao do Desenho Tcnico 1.1 - A Padronizao dos Desenhos TcnicosPara transformar o Desenho Tcnico em uma linguagem grfica foi necessrio padronizar seus procedimentos de representao grfica. Essa padronizao feita atravs de normas tcnicas que so seguidas e respeitadas internacionalmente. As normas tcnicas so resultantes do esforo cooperativo dos interessados em estabelecer cdigos tcnicos que regulem relaes entre produtores e consumidores, engenheiros, empreiteiros e clientes. Cada pas elabora suas normas tcnicas e estas so acatadas em todo o seu territrio por todos os que esto ligados, direta ou indiretamente, a este determinado setor. No Brasil as normas so aprovadas e editadas pela Associao Brasileira de Normas Tcnicas ABNT, fundada em 1940. Para favorecer o desenvolvimento da padronizao internacional e facilitar o intercmbio de produtos e servios entre as naes, os rgos responsveis pela normalizao em cada pas, reunidos em Londres, criaram em 1947 a Organizao Internacional de Normalizao (International Organization for Standardization ISO) Quando uma norma tcnica proposta por qualquer pas membro, aprovada por todos os pases que compem a ISO, essa norma organizada e editada como norma internacional. As normas tcnicas que regulam o Desenho Tcnico so normas editadas pela ABNT, registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalizao e Qualidade Industrial) como normas brasileiras -NBR e esto em consonncia com as normas internacionais aprovadas pela ISO.

1.2 - Normas da ABNTA execuo de Desenhos Tcnicos inteiramente normalizada pela ABNT. Os procedimentos para execuo de Desenhos Tcnicos esto em normas gerais que abordam desde a denominao e classificao dos desenhos a at as formas de representao grfica, como o caso da NBR 5984 NORMA GERAL DE DESENHO TCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402 EXECUO DE DESENHOS TCNICOS DE MQUINAS E ESTRUTURAS METLICAS (Antiga NB 13), bem como em normas especficas que tratam os assuntos separadamente, conforme os exemplos seguintes: NBR 10647 DESENHO TCNICO NORMA GERAL, cujo objetivo definir os termos empregados em desenho tcnico. A norma define os tipos de desenho quanto aos seus aspectos geomtricos (Desenho Projetivo e No Projetivo), quanto ao grau de elaborao (Esboo, Desenho Preliminar e Definitivo), quanto ao grau de pormenorizao (Desenho de Detalhes e Conjuntos) e quanto tcnica de execuo (A mo livre ou utilizando computador)

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NBR 10068 FOLHA DE DESENHO LEIAUTE E DIMENSES, cujo objetivo padronizar as dimenses das folhas utilizadas na execuo de desenhos tcnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda. NBR 10582 APRESENTAO DA FOLHA PARA DESENHO TCNICO, que normaliza a distribuio do espao da folha de desenho, definido a rea para texto, o espao para desenho etc.. Como regra geral deve-se organizar os desenhos distribudos na folha, de modo a ocupar toda a rea, e organizar os textos acima da legenda junto margem direita, ou esquerda da legenda logo acima da margem inferior. NBR 13142 DESENHO TCNICO DOBRAMENTO DE CPIAS, que fixa a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho, que para facilitar a fixao em pastas so dobrados at as dimenses do Formato A4. NBR 8402 EXECUO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM DESENHOS TCNICOS, que, visando a uniformidade e a legibilidade para evitar prejuzos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de interpretaes erradas, fixou as caractersticas de escrita em desenhos tcnicos. NBR 8403 APLICAO DE LINHAS EM DESENHOS TIPOS DE LINHAS LARGURAS DAS LINHAS NBR10067 PRINCPIOS GERAIS DE REPRESENTAO EM DESENHO TCNICO NBR 8196 DESENHO TCNICO EMPREGO DE ESCALAS NBR 12298 REPRESENTAO DE REA DE CORTE POR MEIO DE HACHURAS EM DESENHO TCNICO NBR10126 COTAGEM EM DESENHO TCNICO NBR8404 INDICAO DO ESTADO DE SUPERFCIE EM DESENHOS TCNICOS NBR 6158 SISTEMA DE TOLERNCIAS E AJUSTES NBR 8993 REPRESENTAO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS EM DESENHO TCNICO

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Existem normas, que regulam a elaborao dos desenhos, e tem a finalidade de atender a uma determinada modalidade de engenharia. Como exemplo pode-se citar: a NBR 6409 que normaliza a execuo dos desenhos de eletrnica, a NBR 7191 que normaliza a execuo de desenhos para obras de concreto simples ou armado, NBR 11534 que normaliza a representao de engrenagens em Desenho Tcnico. Uma consulta aos catlogos da ABNT mostrar muitas outras normas vinculadas execuo de algum tipo ou alguma especificidade de Desenho Tcnico 4

1.3 - Formatos de papel - NBR - 5984/1980 (DIN 476)O formato bsico do papel, designado por A0 (A zero), o retngulo cujos lados medem 841mm e 1.189mm, tendo a rea de 1m2. Do formato bsico, derivam os demais formatos.

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1.4 LegendaA legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A3,A2, A1 e A0, ou ao longo da largura da folha de desenho no formato A4. A legenda consiste de : 1 - ttulo do desenho 2 - nmero 3 - escala 4 - firma 5 - data e nome 6 - descrio dos componentes: - quantidade - denominao - pea - material, normas, dimenses

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1.5 - Escala NBR 8196/1983 (DIN 823)Escala a proporo definida existente entre as dimenses de uma pea e as do seu respectivo desenho. O desenho de um elemento de mquina pode estar em: - escala natural 1:1 - escala de reduo 1:5 - escala de ampliao 2:1 Medida do desenho 1:5 Medida real da pea

Na representao atravs de desenhos executados em escala natural (1 : 1), as dimenses da pea correspondem em igual valor s apresentadas no desenho. Na representao atravs de desenhos executados em escala de reduo, as dimenses do desenho se reduzem numa proporo definida em relao s dimenses reais das peas. 1 : 2; 1 : 5; 1 : 10; 1 : 20; 1 : 50; 1 : 100;

Na escala 1 : 2, significa que 1mm no desenho corresponde a 2mm na pea real.

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Na representao atravs de desenhos executados em escala de ampliao, as dimenses do desenho aumentam numa proporo definida em relao s dimenses reais das peas. 2 : 1; 5 : 1; 10 : 1 Na escala 5 : 1, significa dizer que 5mm no desenho correspondem a 1mm na pea real.

1.6 LinhasA linhas de qualquer desenho devem ser feitas todas a lpis, ou a nanquim, uniformemente negras, densas e ntidas. So necessrias trs espessuras de linhas: grossa, mdia e fina, a grossa de espessura livre, a mdia de metade da espessura da grossa e a fina com metade da espessura da mdia. A NB-8 de 1950 recomenda que, quando a linha grossa tiver menos de 0,4mm de espessura, utiliza-se a linha fina com um tero da grossa ou igual mdia. Todos os requisitos do desenho de engenharia podem ser obedecidos utilizando-se essas espessuras de linhas. A tabela A1 mostra os vrios tipos de linhas aprovados pela BS308 com sua aplicaes, enquanto que a tabela A2 mostra as linhas conforme reza a NB-8.

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1.7 - Aplicaes e Cruzamentos

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1.8 - Vistas auxiliares

Exemplos:

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1.9 Cortes

Fig.1.1 - Corte total

Fig.1.2 - Meio corte

Fig.1.3 - Corte parcial

Fig.1.4 - Corte em desvios

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Fig. 1.5 - Cortes em desvios

Fig.1. 6 - Cortes em desvios

1.10 - Sees Exemplos de aplicaes:

Fig.1.7 - Sees de um volante

Fig.1. 8 Sees de um guincho

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Exemplos de sees

Fig. 1.9 Sees em eixos

Fig1. 10 Sees em eixos

Fig. 1.11 Conjunto Montado

1.11 - Vistas em situaes especiais

Fig.1.12 Vista especial

Fig.1.13 - Vista especial

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1.12 - Concordncias em interseo de superfcies

Fig. 1.14

Fig. 1.15

Fig.1. 16

Fig. 1.17

Fig. 1.18

Fig. 1.19

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Fig. 1.20

Fig.1. 21

1.13 - Rotao de detalhes oblquos

Fig.1.22 Suporte

Fig.1. 23 - Volante

1.14 - Rupturas

Fig.1.24 Componentes cilndricos

Fig.1.25 - Componentes planos

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1.15 - Representao Grfica das Cotas A linha de cota

Fig. 1.26 Representaes de linhas de cotas.

Fig. 1.27 Posio das cotas

Fig. 1.28 - Cotagem referida interseo de duas linhas de construo. 16

Fig. 1.29 Indicaes e anotaes

Fig. 1.30 Posio das cotas

Fig1. 31 Cotagem de corda, desenvolvimento de arco, chanfros e ngulos.

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Fig. 1.32 Cotagem de arcos de crculo

Fig. 1.33 Cotagem de raio e crculos

Fig.1.34 Cotagem em espao reduzido

Fig.1.35 Cotagem em desenhos esquemticos

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1.16 - Representaes Esquemticas em Desenho TcnicoMolas

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Captulo 02 Indicao de Estado de Superfcie em Desenho Tcnico2.1 - A Norma ABNT - NBR 8404 fixa os smbolos e indicaes complementares para a identificao do estado de superfcie em desenhos tcnicos.

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Esses smbolos podem ser combinados entre si, ou utilizados em combinao, ou com os smbolos que tenham a indicao da caracterstica principal da rugosidade Ra.

Indicaes do estado de superfcie no smbolo Cada uma das indicaes do estado de superfcie disposta em relao ao smbolo.

a = valor da rugosidade Ra, em mm, ou classe de rugosidade N1 at N12 b = mtodo de fabricao, tratamento ou revestimento c = comprimento de amostra, em milmetro (cut off) d = direo de estrias e = sobremetal para usinagem , em milmetro f = outros parmetros de rugosidade (entre parenteses)

2.2 - Indicao nos desenhosOs smbolos e inscries devem estar orientados de maneira que possam ser lidos tanto com o desenho na posio normal como pelo lado direito.

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Direes das estrias.

Se for necessrio definir uma direo das estrias que no esteja claramente definida por um desses smbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma nota adicional. A direo das estrias a direo predominante das irregularidades da superfcie, que geralmente resultam do processo de fabricao utilizado. 24

2.3 - Aplicaes

Fig.2.1

Fig.2.2

Fig.2.3

Fig.2.4

Fig.2.5

Fig.2.6

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Fig.2.7

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Captulo 03 Tolerncias Geomtricas. IntroduoApesar do alto nvel de desenvolvimento tecnolgico, ainda impossvel obter superfcies perfeitamente exatas. Por isso, sempre se mantm um limite de tolerncia nas medidas. Mesmo assim, comum aparecerem peas com superfcies fora dos limites de tolerncia, devido a vrias falhas no processo de usinagem, nos instrumentos ou nos procedimentos de medio. Nesse caso, a pea apresenta erros de forma. Um erro de forma corresponde a diferena entre a superfcie real da pea e a forma geomtrica terica. A forma de um elemento ser correta quando cada um dos seus pontos for igual ou inferior ao valor da tolerncia dada. A diferena de forma deve ser medida perpendicularmente a forma geomtrica terica, tomando-se cuidado para que a pea esteja apoiada corretamente no dispositivo de inspeo, para no se obter um falso valor. As causas dos erros de forma so por: vibraes, imperfeies na geometria da mquina, defeito nos mancais e nas rvores etc. Tais erros podem ser detectados e medidos com instrumentos convencionais e de verificao, tais como rguas, micrmetros, comparadores ou aparelhos especficos para quantificar esses desvios.

Conceitos bsicos - Definies, conforme NBR 6405/1988. Superfcie real: superfcie que separa o corpo do ambiente. Superfcie geomtrica: superfcie ideal prescrita nos desenhos e isenta de erros. Exemplos: superfcies plana, cilndrica, esfrica. Superfcie efetiva: superfcie levantada pelo instrumento de medio. a superfcie real, deformada pelo instrumento. Com instrumentos, no o possvel o exame de toda uma superfcie de uma s vez. Por isso, examina-se um corte dessa superfcie de cada vez. Assim, definimos: Perfil real: corte da superfcie real. Perfil geomtrico: corte da superfcie geomtrica. Perfil efetivo: corte da superfcie efetiva. As diferenas entre o perfil efetivo e o perfil geomtrico so os erros apresentados pela superfcie em exame e so genericamente classificados em dois grupos: Erros macrogeomtricos: detectveis por instrumentos convencionais. Exemplos: ondulaes acentuadas, conicidade, ovalizaoo etc. Erros microgeomtricos: detectveis somente por rugosmetros, perfiloscpios etc. So tambm definidos como rugosidade, Captulo 02. 27

Notaes e simbologia dos erros macrogeomtricos

3.1 Tolerncia Geomtrica de Forma. 3.1.1 Retilineidade - Smbolo: a condio pela qual cada linha deve estar limitada dentro do valor de tolerncia especificada. Se o valor da tolerncia (t) for precedido pelo smbolo , o campo de tolerncia ser limitado por um cilindro t conforme figura.

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Retilineidade mtodo de medio

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3.1.2 Planeza

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Observa-se, pela .ltima figura, que a tolerncia de planeza independente da tolerncia dimensional especificada pelos limites de medida. Conclui-se que a zona de tolerncia de forma (planeza) poder variar de qualquer maneira, dentro dos limites dimensionais. Mesmo assim, satisfar s especificaes da tolerncia. A tolerncia de planeza tem uma importante aplicao na construo de mquinas-ferramenta, principalmente guias de assento de carros, cabeote etc.

Geralmente, os erros de planicidade ocorrem devido aos fatores: Variao de dureza da pea ao longo do plano de usinagem. Desgaste prematuro do fio de corte. Deficincia de fixao da pea, provocando movimentos indesejveis durante a usinagem. M escolha dos pontos de locao e fixao da pea, ocasionando deformao. Folga nas guias da mquina. Tenses internas decorrentes da usinagem, deformando a superfcie.

As tolerncias admissveis de planeza mais aceitas so: Torneamento: Fresamento: Retfica: 0,01 a 0,02 a 0,005 a 0,03 mm 0,05 mm 0,01 mm

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3.1.3 Circularidade - Smbolo: a condio pela qual qualquer crculo deve estar dentro de uma faixa definida por dois crculos concntricos, distantes no valor da tolerncia especificada.

Normalmente, no ser necessrio especificar tolerncias de circularidade pois, se os erros de forma estiverem dentro das tolerncias dimensionais, eles sero suficientemente pequenos para se obter a montagem e o funcionamento adequados da pea. Entretanto, h casos em que os erros permissveis, devido a razes funcionais, so to pequenos que a tolerncia apenas dimensional no atenderia garantia funcional. Se isso ocorrer, ser necessrio especificar tolerncias de circularidade. o caso tpico de cilindros dos motores de combusto interna, nos quais a tolerncia dimensional pode ser aberta (H11), porm a tolerncia de circularidade tem de ser estreita, para evitar vazamentos.

Circularidade: mtodos de medioO erro de circularidade verificado na produo com um dispositivo de medio entre centros. Se a pea no puder ser medida entre centros, essa tolerncia ser difcil de ser verificada, devido infinita variedade de erros de forma que podem ocorrer em virtude da dificuldade de se estabelecer uma superfcie padro, com a qual a superfcie pudesse ser comparada. Em geral, adota-se um prisma em V e um relgio comparador, ou um relgio comparador que possa fazer medidas em trs pontos. 32

A medio mais adequada de circularidade feita por aparelhos especiais de medida de circularidade utilizados em metrologia, cujo esquema mostrado abaixo.

A linha de centro de giro perpendicular face da pea, e passa pelo centro determinado por dois dimetros perpendiculares da pea (considerada no seu plano da face). Na usinagem em produo, pode-se adotar os valores de circularidade: Torneamento: at 0,01 mm Mandrilamento: 0,01 a 0,015 mm Retificaoo: 0,005 a 0,015 mm

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3.1.4 Cilindricidade

a condio pela qual a zona de tolerncia especificada a distncia radial entre dois cilindros coaxiais.

A circularidade um caso particular de cilindricidade, quando se considera uma seo do cilindro perpendicular sua geratriz. A tolerncia de cilindricidade engloba: Tolerncias admissveis na seo longitudinal do cilindro, que compreende conicidade, concavidade e convexidade. Tolerncia admissvel na seoo transversal do cilindro, que corresponde circularidade.

Cilindricidade : mtodo de medio.

Para se medir a tolerncia de cilindricidade, utiliza-se o dispositivo abaixo. A pea medida nos diversos planos de medida, e em todo o comprimento. A diferena entre as indicaes mxima e mnima no deve ultrapassar, em nenhum ponto do cilindro, a tolerncia especificada.

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3.1.5 Forma de uma linha qualquer.

O campo de toler6ancia limitado por duas linhas envolvendo crculos cujos dimetros sejam iguais tolerncia especificada e cujos centros estejam situados sobre o perfil geomtrico correto da linha.

3.1.6 Forma de uma Superfcie qualquer.

O campo de tolerncia limitado por duas superfcies envolvendo esferas de dimetro igual tolerncia especificada e cujos centros esto situados sobre uma superfcie que tem a forma geomtrica correta.

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3.2 Tolerncia geomtrica de orientao

A tolerncia de posio estuda a relao entre dois ou mais elementos. Essa tolerncia estabelece o valor permissvel de variao de um elemento da pea em relao sua posio terica, estabelecida no desenho do produto. No estudo das diferenas de posio ser suposto que as diferenas de forma dos elementos associados so desprezveis em relao suas diferenas de posio. Se isso no acontecer, ser necessria uma separao entre o tipo de medio, para que se faa a deteco de um ou outro desvio. As diferenas de posio, de acordo com a norma ISO R-1101, so classificadas em orientao para dois elementos associados e posio dos elementos associados. As tolerncias de posio por orientao esto resumidas na tabela abaixo:

3.2.1 Paralelismo

Paralelismo a condio de uma linha ou superfcie ser eqidistante em todos os seus pontos de um eixo ou plano de referncia.

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O paralelismo sempre relacionado a um comprimento de referncia. Na figura abaixo, est esquematizada a forma correta para se medir o paralelismo das faces. Supe-se, para rigor da medio, que a superfcie tomada como referncia seja suficientemente plana.

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3.2.2 Perpendicularismo

a condio pela qual o elemento deve estar dentro do desvio angular, tomado como referncia o ngulo reto entre uma superfcie, ou uma reta, e tendo como elemento de refer6encia uma superfcie ou uma reta, respectivamente. Assim, podemse considerar os seguintes casos de perpendicularidade: a) - Tolerncia de perpendicularidade entre duas retas - O campo de tolerncia limitado por dois planos paralelos, distantes no valor especificado t, e perpendiculares reta de referncia.

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b) - Tolerncia de perpendicularidade entre um plano e uma reta - O campo de tolerncia limitado por dois planos paralelos, distantes no valor especificado e perpendiculares reta de referncia.

Tolerncia de perpendicularidade entre uma superfcie e uma reta.

c) - Tolerncia de perpendicularidade entre dois planos - A tolerncia de perpendicularidade entre uma superfcie e um plano tomado como referncia determinada por dois planos paralelos, distanciados da tolerncia especificada e respectivamente perpendiculares ao plano referencial.

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3.2.3 - Inclinao Existem dois mtodos para especificar tolerncia angular: 1. Pela variao angular, especificando o ngulo mximo e o ngulo mnimo.

2. Pela indicao de tolerncia de orientao, especificando o elemento que ser medido e sua referncia. Tolerncia de inclinao de uma linha em relao a uma reta de referncia - O campo de tolerncia limitado por duas retas paralelas, cuja dist6ancia a tolerncia, e inclinadas em relao reta de referncia do ngulo especificado.

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Tolerncia de inclinao de uma superfcie em relao a uma reta de base O campo de tolerncia limitado por dois planos paralelos, de distncia igual ao valor da tolerncia, e inclinados do ngulo especificado em relao reta de referncia.

Tolerncia de inclinao de uma superfcie em relao a um plano de referncia. O campo de tolerncia limitado por dois planos paralelos, cuja distncia o valor da tolerncia, e inclinados em relao superfcie de referncia do 6angulo especificado.

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3.3 Tolerncia geomtrica de posio.As tolerncias de posio para elementos associados esto resumidas na abaixo.

3.3.1 - Posio de um elemento

A tolerncia de posio pode ser definida, de modo geral, como desvio tolerado de um determinado elemento (ponto, reta, plano) em relao a sua posio terica. importante a aplicao dessa tolerncia de posio para especificar as posies relativas, por exemplo, de furos em uma carcaa para que ela possa ser montada sem nenhuma necessidade de ajuste. Considera-se as seguintes tolerncias de posio de um elemento: a) - Tolerncia de posio do ponto. a tolerncia determinada por uma superfcie esfrica ou um crculo, cujo dimetro mede a tolerncia especificada. O centro do crculo deve coincidir com a posio terica do ponto considerado (medidas nominais).

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b) - Tolerncia de posio da reta. A tolerncia de posio de uma reta determinada por um cilindro com dimetro "t", cuja linha de centro a reta na sua posio nominal, no caso de sua indicao numrica ser precedida pelo smbolo .

Quando o desenho do produto indicar posicionamento de linhas que entre si no podem variar alm de certos limites em relao s suas cotas nominais, a tolerncia de localizao ser determinada pela distncia de duas retas paralelas, dispostas simetricamente reta considerada nominal.

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c) Tolerncia de posio de um plano. A tolerncia de posio de um plano determinada por dois planos paralelos distanciados, de toler6ancia especificada e dispostos simetricamente em relao ao plano considerado normal. As tolerncias de posio, consideradas isoladamente como desvio de posies puras, no podem ser adotadas na grande maioria dos casos prticos, pois no se pode separ-las.

3.3.2 Concentricidade

Define-se concentricidade como a condio segundo a qual os eixos de duas ou mais figuras geomtricas, tais como cilindros, cones etc., so coincidentes. Na realidade no existe essa coincidncia terica. H sempre uma variao do eixo de simetria de uma das figuras em relao a um outro eixo tomado como referncia, caracterizando uma excentricidade. Pode-se definir como tolerncia de concentricidade a excentricidade te considerada em um plano perpendicular ao eixo tomado como referncia. Nesse plano, tem-se dois pontos que so a interseo do eixo de referncia e do eixo que se quer saber a excentricidade. O segundo ponto dever estar contido em crculo de raio te , tendo como centro o ponto considerado do eixo de referncia.

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O dimetro B deve ser concntrico com o dimetro A, quando a linha de centro do dimetro B estiver dentro do crculo de dimetro te , cujo centro est na linha de centro do dimetro A. A tolerncia de excentricidade poder variar de ponto para ponto, ao se deslocar o plano de medida paralelo a si mesmo e perpendicular linha de centro de referncia. Conclui-se, portanto, que os desvios de excentricidade constituem um caso particular dos desvios de coaxialidade.

3.3.3 Coaxialidade

A tolerncia de coaxialidade de uma reta em relao a outra, tomada como referncia, definida por um cilindro de raio tc, tendo como geratriz a reta de referncia, dentro do qual dever se encontrar a outra reta. A tolerncia de coaxialidade deve sempre estar referida a um comprimento de referncia. O desvio de coaxialidade pode ser verificado pela medio do desvio de concentricidade em alguns pontos.

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3.3.4 SimetriaA tolerncia de simetria semelhante de posio de um elemento, porm utilizada em condio independente, isto , no se leva em conta a grandeza do elemento. O campo de tolerncia limitado por duas retas paralelas, ou por dois planos paralelos, distantes no valor especificado e dispostos simetricamente em relao ao eixo (ou plano) de referncia.

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3.4

Tolerncia de batimento

Na usinagem de elementos de revoluo, tais como cilindros ou furos, ocorrem variaes em suas formas e posies, o que provoca erros de ovalizao, conicidade, excentricidade etc. em relao a seus eixos. Tais erros so aceitveis at certos limites, desde que no comprometam seu funcionamento. Da a necessidade de se estabelecer um dimensionamento conveniente para os elementos . Alm desses desvios, fica difcil determinar na pea o seu verdadeiro eixo de revoluo. Nesse caso, a medio ou inspeo deve ser feita a partir de outras referncias que estejam relacionadas ao eixo de simetria. Essa variao de referencial geralmente leva a uma composio de erros, envolvendo a superfcie medida, a superfcie de referncia e a linha de centro terica. Para que se possa fazer uma conceituao desses erros compostos, so definidos os desvios de batimento, que nada mais so do que desvios compostos de forma e posio de superfcie de revoluo, quando medidos a partir de um eixo ou superfcie de referncia. O batimento representa a variao mxima admissvel da posio de um elemento, considerado ao girar a pea de uma rotao em torno de um eixo de referncia, sem que haja deslocamento axial. A tolerncia de batimento aplicada separadamente para cada poso medida. Se no houver indicao em contrrio, a variao mxima permitida dever ser verificada a partir do ponto indicado pela seta no desenho. O batimento pode delimitar erros de circularidade, coaxialidade, excentricidade, perpendicularidade e planicidade, desde que seu valor, que representa a soma de todos os erros acumulados, esteja contido na tolerncia especificada. O eixo de referncia dever ser assumido sem erros de retilineidade ou de angularidade.

A tolerncia de batimento pode ser dividida em dois grupos principais:

3.4.1 - Batimento radial - A tolerncia de batimento radial definida como um campo de distncia t entre dois crculos concntricos, medidos em um plano perpendicular ao eixo considerado.

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Mtodos de medio do batimento radial

a) A pea apoiada em prismas. A figura mostra uma seo reta de um eixo no qual se quer medir o desvio de batimento. A LTI indicar um erro composto, constitudo do desvio de batimento radial, adicionado ao erro decorrente da variao de posio do centro.

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b) A pea apoiada entre centros. Quando se faz a medio da pea locada entre centros, tem-se o posicionamento correto da linha de centro e, portanto, a LTI realmente o desvio de batimento radial.

A medio, assim executada, independe das dimenses da pea, no importando se ela esteja na condio de mximo material (dimetro maior) ou de mnimo material (dimetro menor, em se tratando de eixo). 3.4.2 - Batimento axial - A tolerncia de batimento axial ta definida como o campo de tolerncia determinado por duas superfcies, paralelas entre si e perpendiculares ao eixo de rotao da pea, dentro do qual dever estar a superfcie real quando a pea efetuar uma volta, sempre referida a seu eixo de rotao.

Na tolerncia de batimento axial esto includos os erros compostos de forma (planicidade) e de posio (perpendicularidade das faces em relao linha de centro). Mtodos de medio de batimento axial - Para se medir a tolerncia de batimento axial, faz-se girar a pea em torno de um eixo perpendicular superfcie que ser medida, bloqueando seu deslocamento no sentido axial.

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Caso no haja indicao da regio em que deve ser efetuada a medio, ela valer para toda a superfcie. A diferena entre as indicaes Amx. - Amn. (obtida a partir da leitura de um relgio comparador) determinar o desvio de batimento axial, que dever ser menor ou igual tolerncia ta. Amx. - Amn. ta Normalmente, o desvio de batimento axial obtido por meio das montagens indicadas abaixo.

A figura a mostra a medio feita entre pontas. Na figura b, a superfcie de referncia est apoiada em um prisma em V.

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Captulo 04 Smbolos bsicos de solda. 4.1 Localizao padro dos elementos de um smbolo de soldagem

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4.2 - Formatos padres de laminados disponveis para soldagem

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Captulo 05 Leitura de Conjuntos

Figura 5.1 Juntas parafusadas

Figura 5.2 Eixo de transmisso

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Figura 5.3 Eixo de transmisso

(a)

(b)

(c)

(d)

Figura 5.4 Montagem de Rolamentos : (a) rolamento de esfera em O , (b) rolamento de esfera em X (c) rolamento de rolos cnicos e O e (d) em X

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Figura 5.5 Eixo de uma serra circular para madeira

Figura 5.6 Motor eltrico trifsico 4kW 3000rpm

Figura 5.7 Eixo porta facas para desbaste de madeira

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Figura 5.8 Eixo e pinho cnico de transmisso de automvel

Figura 5.9 - Bomba dagua

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Figura 5.10 Eixo de transmisso de caminho

Figura 5.11 - Diferencial

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Figura 5.12 - Carro

de ponte rolante

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Figura 5.13 - Mecanismo de rotao (DEMAG). a motor de arranque; b lanterna; c carcaa da engrenagem com transmisso secundria de rodas frontais; d eixo de sada de movimento de roda central; e roda de rotao esfrica (com denteado interno); f freio de duas sapatas com dispositivo de parada; g cilindro h de acionamento hidrulico (freios) e mola / (acionar sapatas do freio);/: suporte de coxins metlicos de oscilao.

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Figura 5.14 . Motor Diesel para caminho Mercedes Benz OM 352

Figura 5.15 - Motor a jato Rolls-Royce Avon. 15 compressores axiais, 8 cmaras de combusto na periferia, turbina de dois estgios

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BibliografiaP.B. Ferlini , Normas para Desenho Tcnico, Editora Globo, Porto Alegre,1977 O. L. Agostinho , Princpios de Engenharia de Fabricao Mecnica: Tolerncias, Ajustes, Desvios e Anlise de Dimenses, Editora Edgard Blcher, So Paulo 1981 G. Manf, Manual de Desenho Tcnico Mecnico, Renovada Livros Culturais Ltda. F. Provenza, Desenhista de maquinas, Pro-tec, So Paulo, 1978. Dubbel , Manual do engenheiro Mecnico, Hemus Livraria Editora Ltda, So Paulo 1980. J. Oberg , Manual Universal do Engenheiro Mecnico, Hemus Livraria Editora Ltda, So Paulo 1979.

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