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NORMAS DEONTOLÓGICAS, AUTONOMIA DOS CONSELHOS E PRINCIPIO DE SUBSIDIARIEDADE Marco Fridolin Sommer Santos Professor Adjunto da UFRGS Doutor em Direito Advogado

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NORMAS DEONTOLÓGICAS, AUTONOMIA DOS CONSELHOS E PRINCIPIO DE SUBSIDIARIEDADE

Marco Fridolin Sommer SantosProfessor Adjunto da UFRGS

Doutor em DireitoAdvogado

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Liberdade e restrições ao exercício da atividade

profissional Constituição de 1934: Art 5º - Compete

privativamente à União: XIX - legislar sobre: k) condições de capacidade para o exercício de profissões liberais e técnico-científicas assim como do jornalismo; 

Constituição de 1988: Art. 5, XIII, da CF: XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;

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Autonomia dos Conselhos Profissionais antes de 1988 Decreto-Lei 968/1969: Art. 1º - As entidades criadas por

lei com atribuições de fiscalização do exercício de profissões liberais que sejam mantidas com recursos próprios e não recebam subvenções ou transferências à conta do orçamento da União, regular-se-ão pela respectiva legislação específica, não se lhes aplicando as normas legais sobre pessoal e demais disposições de caráter-geral, relativas à administração interna das autarquias federais.

Paragrafo unico - As entidades de que trata este Artigo estão sujeitas à supervisão ministerial prevista nos artigos 19 e 26 do Decreto-Lei no 200, de 25 FEV 1967, restrita à verificação da efetiva realização dos correspondentes objetivos legais de interesse publico.

Decreto Lei 2.299/1986: revogou o parágrafo único da Lei 968/1969.

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Autonomia dos Conselhos Profissionais após 1988

Lei 9.649/1998. Art. 58. Os serviços de fiscalização de profissões regulamentadas serão exercidos em caráter privado, por delegação do poder publico, mediante autorização legislativa.

§ 1o A organização, a estrutura e o funcionamento dos conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas serão disciplinados mediante decisão do plenario do conselho federal da respectiva profissão, garantindo-se que na composição deste estejam representados todos seus conselhos regionais.§ 2o Os conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas, dotados de personalidade jurídica de direito privado, não manterão com os órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.

ADIN 1.717/DF (2003) – “indelegabilidade a uma entidade privada, de atividade típica de Estado, que abrange até poder de polícia, tributar e de punir, no que concerne ao exercício de atividades profissionais regulamentadas"

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Autonomia da OAB após 1988

Lei 8.906/1994. Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), serviço publico, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:I - defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democratico de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rapida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas;II - promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a Republica Federativa do Brasil.

§ 1º A OAB não mantém com órgãos da Administração Pública qualquer vínculo funcional ou hierárquico.

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Autonomia da OAB após 1988 no STF

ADIN 3.026/DF (2003)– REGIME JURÍDICO

Rel. Min. Sidney Sanches: “a OAB não esta incluída na categoria na qual se inserem essas que se tem referido como “autarquias especiais” para pretender-se afirmar equivocada independência das hoje chamadas “agências”, pois por não consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a OAB não esta sujeita a controle da Administração”.

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Autonomia dos Conselhos Profissionais: Programa “Mais

Médicos”

MP 621/2013: art. 10 § 3: “a (simples) declaração de participação do médico intercambista no âmbito do Projeto Mais Médicos para o Brasil, fornecida pela coordenação do programa, é condição necessária e suficiente para expedição do registro provisório pelos conselhos Regionais de Medicina, não sendo aplicaveis o art. 99 da Lei 6.815 e o art. 15 da Lei 3.268/1957.

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Crise do Estado SocialEnfraquecimento dos Estados

nacionais

Fatores externos: globalização econômica, política e social, privatizações,

Fatores internos: contradições e incongruências do sistema jurídico estatal; deficit previdenciario e fiscal; crise do absolutiso jurídico: incapacidade de regular a sociedade através da legislação

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Princípio de subsidiariedade:

conceito Um tipo de ação que diga respeito

prioritariamente a um determinado sujeito ou grupo inferior, em relação a outro sujeito ou grupo superior, pode ser desenvolvida no lugar do primeiro, se, e somente se, o resultado de tal substituição é melhor do que aquele que se teria sem tal substituição”

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Princípio de subsidiariedade:

sentidos negativo e positivo

Sentido negativo: reforça a demanda de não ingerencia por parte do poder estatal nas atividades que podem ser desenvolvidas por grupos intermediarios ou indivíduos;

Sentido positivo: fundamenta-se na utilidade de uma intervenção estatal finalizada a sustentar e a incitar a atividadede grupos intermediarios ou indivíduos.

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Direito da Regulação Direito da regulação - Independência da autoridade

reguladora: o poder político se desfaz de parte do do seu poder em favor de órgãos não eletivos capazes de bloquear as escolhas das maiorias eleitas

Agências Reguladoras e Ordens profissionais como ordenamentos jurídicos infra-estatais: Autarquias Especiais

Hetero-regulamentação

Auto-regulamentação

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Normas deontológicas como fonte de direito

Fonte subsidiaria - Art. 4 da LIC: "Quando a lei for omissa, o juiz decidira o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito".

Incidência do princípio de subsidiariedade: Códigos deontoógicos subsidiados pelo direito estatal

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