norma para classificação de recursos e reservas minerais

11

Click here to load reader

Upload: david-correa

Post on 04-Jul-2015

206 views

Category:

Documents


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

Guia Pratico para Calculo de Recursos e Reservas Minerais

J Grossi e Jorge Valente, com contribuições de Elpídio Reis, Ronald Fletcher, Vitor Hugo Castro e outros

Versão Primeira – Junho de 2003

INTRODUÇÃO

O presente guia foi preparado no período de 2000 a 2003, e serviu como base de sugestão ao Codigo Brasileiro de Calculo deRecursos e Reservas ainda não publicado .

Nos últimos anos nota-se uma tendência internacional para utilização, mesmo que com modificações, do esquema adotadopelas companhias de mineração da Austrália, que é o “Australasian Code for Reporting of Identified Mineral Resources and OreReserves”, ou “Australasian Code”, elaborado pelo “Joint Ore Reserves Committee (JORC)”; este comitê foi instituído pelosorganismos denominados “The Australasian Institute of Mining and Metallurgy”, “Australian Institute of Geoscientists” e “AustralianMining Industry Council”, em 1989. A versão final deste código foi aprovada em 1999 (“JORC Code”), ocasião em que setransformou em “regulamento” oficial na Austrália. O que diferencia esta regulamentação australiana é que, além de apresentar aclassificação e as definições para recursos e reservas, qualifica as “pessoas com competência” para conduzir todas as fases daexploração mineral, inclusive a avaliação; finalmente, estabelece diretrizes (“guidelines”), para reportar ou rever recursos ereservas minerais.

Numa primeira análise, questões semânticas afloram, imediatamente, nos diversos sistemas classificatórios, especialmente no queconcerne ao significado de palavras como “recursos”, “reservas” e “minério”. Simplificando-se as definições, considera-se como“RECURSO” aquele material disponível, em quantidade e qualidade adequadas para uso industrial, mas que não foi submetido auma avaliação econômica; “RESERVA” é o recurso disponível para lavra e que pode ser produzido economicamente, em função decustos, demanda e preços atuais (deve ser lembrado que muitas minas aproveitam certos materiais, não categorizados como“reservas”, por causa de condições favoráveis muito especiais); “Minério” é um agregado natural (ou parte de um agregadonatural), de um ou mais minerais metálicos, que pode ser minerado e vendido com lucro, em um dado tempo e em um dado local,portanto, este conceito é puramente econômico (por isso, feldspato, caulim, ardósia, etc. não são “minérios” e, sim, minerais ourochas industriais).

Aceita-se como correto, em geral, que qualquer classificação de “recursos” deve ser, primordialmente, baseada em parâmetrosgeológicos, estabelecidos através de medições e amostragem. Diferentes “classes” são consequência do grau de fidedignidade naestimativa da morfologia, estrutura, espessura, volume (ou tonelagem), teor, etc.; quanto maior o número de dados de boaqualidade, utilizados na estimativa, maior o seu grau de confiança. Por “classe” (do latim classis, de onde vem a palavra“classificação” também) entende-se um grupo, ou divisão de um conjunto, que apresenta características semelhantes (em vêz degrupo ou divisão, podem-se usar as palavras seção ou ordem, ou ramo, ou categoria, etc.). O estabelecimento de “recursosminerais” é realizado através de aproximações sucessivas, o que permite diferenciar “classes”, em função do grau de confiança naestimativa; por isso, diferentes “classes de recursos” têem diferente importância econômica.

“Classificar recursos minerais” seria um procedimento mecânico, se os depósitos fossem de um só tipo; desse modo, a exploraçãodiferenciada dos diferentes setores do depósito, determinaria a qual “classe” pertenceria o “recurso” sob exame. Como há tipos etipos de depósitos, entende-se porque é difícil universalizar um dado sistema de classificação. Logo, o modo de tornar aceitável aaplicação generalizada de um sistema classificatório, é adotar parâmetros geológicos agrupados; para cada “grupo” obtidoestabelecem-se os erros admissíveis na avaliação da qualidade e quantidade do bem mineral sob enfoque, que, por sua vêz,dependem da intensidade da amostragem. Dito de um outro modo, estabelecem-se o grau de reconhecimento (função dascondicionantes geológicas) e o grau de confiança da estimativa (função do grau de exploração), embora hajam outros parâmetros aserem considerados.

Deve ficar claro, que, ao se “classificar reservas”, o parâmetro “lucro” está intrínseco: o bem mineral investigado é adequado parauso industrial e pode ser produzido a um custo tal que a sua venda gerará lucro. É conveniente lembrar que, na fase inicial dapesquisa mineral, pretende-se a descoberta; a prospecção fornece dados que indicam a conveniência, ou não, da continuação dostrabalhos de exploração, que visem demonstrar a existência de “recursos”. Para se ter uma “reserva mineral” é preciso que aspropriedades físicas e químicas, a tecnologia de aproveitamento e as condições de lavra do bem mineral se adaptem a um usoindustrial e à comercialização com lucro.

Conclui-se que o objetivo de um sistema de “classificação de recursos e reservas minerais” é aplicar regras, que permitam separardiferentes “classes de recursos”, de tal modo que parte das mesmas possa ser transformada em “reservas”, com base em estudosde viabilidade técnica e econômica; com tais informações é possível orientar as tomadas de decisão (continuação de trabalhos depesquisa versus interrupção dos estudos, primeiro, e, depois, aproveitamento do bem mineral versus não aproveitamento do bemmineral, etc.). “Reservas” são fidedignas quando, uma vêz determinadas, permitem calcular erros admissíveis para cada “classeestabelecida”; o cálculo desse erro exige dados de boa qualidade e em quantidade adequada ao caso concreto em estudo.

A proposição constante no presente documento foi elaborada, devido à sua finalidade e conforme a orientação recebida das

Page 2: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

autoridades competentes, observando-se o disposto no “JORC Code”, as normas australianas referidas aqui anteriormente. Noentanto, também se consideraram as normas estabelecidas pela O.N.U. (de 1975 para cá) e as atualmente vigentes nos E.U.A., noCanadá, na União Européia, na Rússia (vindas da U.R.S.S.) e na África do Sul (conforme listado na bibliografia final), ou seja,cobrindo-se todos os principais países mineradores do mundo. Uma fonte de consulta importante, para a elaboração da presenteproposição, foi também o texto “Considerações sobre sistemas de classificação de recursos e reservas”, base de uma palestra dosprofessores J. H. Grossi Sad e Jorge Valente, num evento do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Belo Horizonte, emSetembro/2000, que se encontra publicado.

O Guia aqui apresentado define e classifica “recursos minerais inferidos, indicados e medidos”, bem como “reservas mineraisindicadas e medidas”, adotando uma terminologia que considera o hoje internacionalmente conceituado (com base nos seus“condicionamentos geológicos” e nos respectivos “graus de reconhecimento e de confiança”, como anteriormente aqui exposto), masmantendo apenas os “nomes” tradicionalmente conhecidos no Brasil: “inferidos, indicados e medidos” (rejeitando-se os termos“provados, prováveis e possíveis”, pelo seu carácter “probabilístico”). Este guia para respeitar a prática empresarial brasileira,também, em vez de qualificar “pessoas com competência”, estabelece que a adequação dos parâmetros de quantidade e teor e/ouqualidades deve ser realizada, ou supervisionada, por um ou mais “profissionais experientes e qualificados”, a quem competeavaliar as características geológicas do material, tais como tonelagem ou volume, qualidade e/ou teor, espessura, atitude, etc. Umaconsequência deste guia é que os “relatórios finais de pesquisa” passarão a ter, pelo menos, uma conclusão sobre “recursos”,enquanto os “planos de aproveitamento econômico” terão obrigatoriamente as suas conclusões suportadas em “reservas”. O guiaao adotar maior rigor, tanto nas definições de recursos e reservas minerais, como nas suas práticas de estimação, e ao seaproximar de critérios internacionais modernos de sua classificação, trará uma maior credibilidade às avaliações de bens minerais,tema atualmente obscuro para agentes financeiros que, por esta razão, relutam em considerá-los como “ativos financeiros” ou emos aceitar como garantias para financiar empreendimentos de mineração.

Comentários, criticas e sugestões a respeito deste documento são benvidas de forma que a cada seis meses uma nova versãoatualizada será divulgada no Site www.geologo.com.br.

Guia Prático para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

1 – Objetivos

Os princípios fundamentais, que governam a operação e aplicação do guia são Competência , Transparência eMaterialidade.

Competência requer que o RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RESERVAS E/OU RECURSOS MINERAIS seja baseado emtrabalho que é da responsabilidade de uma pessoa devidamente qualificada e experiente ( “Responsável Técnico”),subordinada às restrições do código de ética profissional”.

Considera-se “pessoa devidamente qualificada e experiente” um especialista com um mínimo de cinco anos deexperiência relevante com o estilo da mineralização e tipo de depósito sob consideração. Este especialista deve serregistrado em associações, que capacitem a atuação das pessoas com tal qualificação e experiência profissional e areconheçam.

Quando as empresas não disponham nos seus quadros de uma “pessoa devidamente qualificada e experiente”, terãoobrigatoriamente de contratar os serviços de um consultor independente, devidamente reconhecido para o assuntoem questão.

A estimativa de Recursos e Reservas Minerais pode ser um trabalho em grupo, envolvendo várias disciplinas. A“pessoa devidamente qualificada e experiente” que assina o relatório é o responsável por todo o relatório.Entretanto, é recomendado que, para uma clara divisão de responsabilidades em um grupo de trabalho, cadaespecialista seja responsável pela sua contribuição particular, da sua especialidade, embora a “pessoa devidamentequalificada e experiente” seja o coordenador do grupo, e seja o responsável formal pelo relatório como um todo.

Como regra geral, o profissional (quer seja dos quadros da empresa ou consultor independente) chamado a agircomo “pessoa devidamente qualificada e experiente” deve estar preparado para ser confrontado com outrosprofissionais de igual qualificação, para demonstrar a sua competência na substância, tipo de depósito ou tipo desituação em consideração. Em caso de dúvida, a “pessoa devidamente qualificada e experiente” deve procuraropiniões de outros profissionais ou declinar a realização da tarefa que lhe foi solicitada.

Experiência relevante na apreciação e avaliação de Recursos e Reservas Minerais, no presente contexto, significa,também, que não é sempre necessário ter cinco anos de experiência em cada tipo de depósito, para agir como“pessoa devidamente qualificada e experiente”, se esse especialista tem, por exemplo, vinte anos de experiência emoutros tipos de depósitos, desde que a respectiva associação ateste a sua pertinente qualificação para o caso emconsideração.

Haverá um período de transição de três anos para a constituição das associações de profissionais consideradas nesteguia, durante o qual se espera que as empresas já procurem cumprir o aqui disposto, mesmo sem os pertinentesatestados.

Page 3: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

Transparência requer que um RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RESERVAS E/OU RECURSOS MINERAIS esteja abastecidocom informação suficiente, cuja apresentação é clara e não ambígua.

A informação será considerada suficiente e a apresentação será considerada clara, para a fase da pesquisa mineralem que se está e para o tipo de depósito em estudo, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”.

Materialidade requer que o RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RESERVAS E/OU RECURSOS MINERAIS contenha todas asinformações relevantes que investidores, consultores e autoridades, razoavelmente, poderiam requerer e, razoavelmente,esperam encontrar no relatório, visando fazer um julgamento racional e equilibrado, em relação à mineralização reportada.

As informações serão consideradas relevantes, para a fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo dedepósito em estudo, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”.

Os RELATÓRIOS DE INFORMAÇÃO DE EXPLORAÇÃO e RELATÓRIOS DE AVALIAÇÃO DE RECURSOS e/ou RESERVAS são deresponsabilidade da Diretoria da Empresa. Tais relatórios são baseados nas estimativas de Recursos Minerais e Reservas Minerais ena documentação de suporte, preparada pela “pessoa qualificada e experiente”, escolhida por essa Diretoria, logo, merecedora dasua confiança. Estes RELATÓRIOS devem fazer parte integrante do “RELATÓRIO PARCIAL OU FINAL DE PESQUISA”, a serapresentado às autoridades competentes.

2 - Terminologia dos Relatórios

Ao elaborar os relatórios em questão, deve-se utilizar a terminologia conforme mostrada na figura seguinte:

Esta figura mostra os termos para classificação do volume (ou da tonelagem) e dos teores e demais parâmetros estimados,refletindo os diferentes níveis de confiança nas informações geológicas e os diferentes graus de avaliações técnica e econômica.

Os RELATÓRIOS devem incluir descrição sobre as características e natureza da mineralização. A Empresa deve apresentar asinformações relevantes referentes às situação e características do depósito mineral que podem influenciar no valor econômico dodepósito e deve, também, reportar imediatamente quaisquer alterações em seus Recursos ou Reservas Minerais.

Depósito mineral é uma concentração natural de qualquer substância útil, que apresente atributos geológicos depotencial interesse econômico, usualmente variáveis. Tais atributos incluem morfologia, teor, composiçãomineralógica, estrutura e textura, etc.

3 - Recurso Mineral

Recurso Mineral é uma concentração ou depósito na crosta da Terra, de material natural, sólido, em quantidade e teor e/ouqualidades tais que, uma vez pesquisado, exibe parâmetros mostrando, de modo razoável, que seu aproveitamento econômico éfactível na atualidade ou no futuro.

3.1 - Recurso Mineral é uma mineralização estimada por pesquisa. Condicionantes diversos farão com que o todo,ou uma parcela do mesmo, possa se tornar uma Reserva Mineral.

Page 4: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

3.2 - A pesquisa mineral mostra que se trata de uma concentração ou depósito que possa ser economicamenteaproveitado. A adequação dos parâmetros de quantidade e teor e/ou qualidades deve ser realizada, ousupervisionada, por um ou mais profissionais experientes e qualificados, que avaliam as características geológicas domaterial, tais como tonelagem ou volume, qualidade e/ou teor, espessura, atitude, etc.

Pesquisa mineral é o conjunto de atividades que tem por finalidade a descoberta e a investigação desubstâncias minerais úteis. Compreende, pois, a Prospecção e a Exploração. Prospecção mineral compreendeos trabalhos de campo, de laboratório e de gabinete direcionados para a descoberta de concentraçõesminerais de interesse econômico. Exploração mineral é o processo de investigação e avaliação dasconcentrações minerais, através de métodos, estudos e técnicas adequados.

3.3 - O aproveitamento econômicoa não é, necessariamente, alicerçado por estudos de viabilidade, mas podendoser por comparação com outros depósitos bem conhecidos e, eventualmente, em lavra.

A expressão “aproveitamento econômico”, aplicada às substâncias minerais, significa que sua extração é viáveltécnica e economicamente, observando-se certos condicionamentos relevantes, adotados no momento daavaliação, de tal modo que assegura o retorno do investimento, com lucro.

3.4 - Os parâmetros geológicos de um recurso são estabelecidos a partir de estimativas e de interpretaçõesderivadas de evidências geológicas. A partir de crescente conhecimento geológico estabelecem-se classes derecursos. Só se aceitam as classes de recursos definidas no presente guia.

3.5 - O conhecimento geológico não especifica fatores econômicos, legais, de lavra, etc. Refere-se apenas asegurança da avaliação dos recursos (isto é, alicerça-se nos graus de exploração e reconhecimento). A exatidão doscálculos e os erros inerentes dependem do grau de exploração (natureza, número e arranjo dos trabalhos depesquisa). A precisão maior ou menor na revelação do modelo empírico (ou condicionamento geológico) depende dograu de reconhecimento do depósito.

Conhecimento geológico inclui as conclusões de todas as fases de uma pesquisa mineral. Quando se fala deconhecimento geológico crescente, isto quer dizer melhor conhecimento dos parâmetros geológicos dodepósito, tais como a sua arquitetura (morfologia ou forma), trama (estrutura e textura), distribuição mineralou de teor, etc. O conjunto destes parâmetros permite um melhor entendimento sobre a persistência (ou não)da mineralização (na horizontal e na vertical). Repare-se, então, que as classes de recursos minerais sãosuportadas por crescente conhecimento geológico, da classe inferida passando-se à indicada e findando-se namedida.

O grau de exploração define a exatidão dos cálculos e os erros inerentes aos mesmos, pelo que, em pesquisamineral, depende da natureza, número e arranjo dos trabalhos de pesquisa.

O grau de reconhecimento é definido pela precisão, maior ou menor, possível de ser obtida na pesquisamineral, pelo que depende do condicionamento geológico do depósito em consideração.

4 - Recurso Mineral Inferido

Recurso Mineral Inferido é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume, o teor e/ou qualidades e conteúdomineral são estimados com base em amostragem limitada e, portanto, com baixo nível de confiabilidade. A inferência é feita apartir de informações suficientes (geológicas ou geoquímicas ou geofisicas, utilizadas em conjunto ou separadamente), admitindo-se, sem comprovação, que haja continuidade e persistência de teor e/ou qualidades, de tal modo que se pode ter um depósito demérito econômico potencial. A pesquisa realizada não é detalhada (as estações de amostragem têm espaçamento relativamenteamplo) e pode incluir exposições naturais e artificiais (estas em trincheiras, poços, galerias e furos de sonda).

Conteúdo é aquilo que está contido em alguma coisa, no caso, são os minerais contidos no depósito. Esteconteúdo pode ser representado na forma de um teor. No caso dos minérios, o conteúdo mineral será o“metal contido”.

Um nível de confiabilidade é medido pelo intervalo de confiança que revelará a precisão da estimação (Precisão de estimativa) e a sua acurácia ( Ordem de acurácia), para um determinado nível de probabilidades.Precisão é o rigor adotado na determinação dos parâmetros considerados na pesquisa mineral, com adeterminação da faixa de sua variação, para mais ou para menos, do valor estimado, para um determinadonível de probabilidades. Acurácia é a proximidade entre o valor medido experimentalmente e o valor real, noprocesso de medição de parâmetros. No caso da pesquisa mineral, dos parâmetros físicos e químicos dodepósito, sendo, para cada um deles, calculado o respectivo “erro de estimação”, levando-se emconsideração o método de estimação usado.

Estações de amostragem são todos os pontos de coleta de amostras (locados a 3D), devidamente descritosquanto ao seu método de coleta e ao volume e geometria de cada amostra.

5 - Recurso Mineral Indicado

Recurso Mineral Indicado é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume, o teor e/ou qualidades, conteúdomineral, morfologia, continuidade e parâmetros físicos estão estabelecidos, de modo que as estimativas realizadas são confiáveis.

Page 5: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

Envolve pesquisa com amostragem direta em estações (afloramentos, trincheiras, poços, galerias e furos de sonda),adequadamente espaçadas.

6 - Recurso Mineral Medido

Recurso Mineral Medido é a parte do Recurso Mineral para a qual a tonelagem ou volume, o teor e/ou qualidades, conteúdomineral, morfologia, continuidade e parâmetros físicos são estabelecidos com elevado nível de confiabilidade. As estimativas sãosuportadas por amostragem direta em retículo denso (afloramentos, trincheiras, poços, galerias e furos de sonda), de modo quese comprova a permanência das propriedades.

Retículo é a malha da amostragem a 3D. “Retículo denso” é uma malha ajustada para a densidade deexploração adequada à fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo de depósito em estudo.

7 - Reserva Mineral

Reserva Mineral é a parte do recurso mineral para a qual demonstra-se viabilidade técnica e econômica para produção. Essademonstração inclui considerações sobre elementos modificadores, tais como fatores de lavra e beneficiamento, de economia emercado, legais, ambientais e sociais, justificando-se a avaliação, envolvendo análise de lucratividade, em um dado tempo.

Uma reserva mineral com viabilidade técnica e econômica demonstrada, significa que tal reserva está aptapara aproveitamento econômico e que existe tecnologia disponível para tal aproveitamento, conforme deveser consubstanciado no pertinente estudo de viabilidade, com adequado nível de confiabilidade.

A análise de lucratividade é um capítulo do estudo de viabilidade técnica e econômica, devendo ser efetuadasobre um fluxo de caixa descontado que represente o empreendimento em estudo, para todo o período dasua vida útil.

7.1 - Reservas incluem materiais diluídos, se aproveitáveis.

Diluir é diminuir a concentração. Em geral, entende-se por diluição a diminuição de um teor pelacontaminação do material útil desmontado, vinda da sua mistura com materiais estéreis, interiores eexteriores à mineralização.

7.2 - É consensual, no uso brasileiro, que a palavra minério se refere a substâncias das quais se pode extrair umou mais metais, com lucro. Por isso a expressão “Reserva Mineral” é aqui usada, por ser mais significativa do que aexpressão “Reserva de Minério”, que é restritiva.

Minério é a substância mineral da qual se retira um (ou mais) metal, com viabilidade econômica. Quando ominério contém outros minerais intercalados sem qualquer valor, estes últimos são chamados minerais deganga.

7.3 - Dadas as limitações atribuídas aos “recursos inferidos”, não se justifica transformá-los em “reservas”, sempesquisa adicional, pois não procedem estudos de viabilidade sobre algo que tem baixo nível de confiabilidade.

7.4 - Rejeitos de operações mineiras anteriores, com atual potencial de aproveitamento, serão recursos oureservas.

Rejeitos de operações mineiras são todos os materiais desmontados e não utilizados comercialmente. Incluemos estéreis de lavra (materiais que não sofreram beneficiamento) e os rejeitos do beneficiamento.

8 - Reserva Mineral Indicada

Reserva Mineral Indicada é a parcela economicamente lavrável do Recurso Mineral Indicado e, mais raramente, do RecursoMineral Medido, para a qual a viabilidade técnica e econômica foi demonstrada; inclui perdas (e diluição) com a lavra e obeneficiamento. Avaliações apropriadas, além da viabilidade técnica e econômica, são efetuadas compreendendo elementosmodificadores, tais como fatores legais, ambientais e sociais. As avaliações são demonstradas para a época em que se reportam asreservas e razoavelmente justificadas.

A diluição representa uma perda no teor da mineralização. As outras perdas são devidas à não recuperaçãototal, na fase de lavra, do volume estimado como reserva do depósito e ao rendimento metalúrgico do seubeneficiamento.

Define-se como “razoavelmente justificada”, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”, amalha de pesquisa que produzirá as informações necessárias e suficientes para as “classes indicadas” derecursos e reservas minerais.

No caso de se adotar uma metodologia geoestatística para a estimação de recursos e reservas minerais, amalha de pesquisa citada deve estar compreendida entre 2/3 e 3/3 da amplitude variográfica e o

Page 6: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

ERKRIDAME deve ser < 50% (menor que cinquenta por cento).

Amplitude variográfica é a distância (na direção em estudo da malha de pesquisa) onde o valor do semi-variograma linear robusto (isto é, com a devida “representatividade estatística” dos seus pontosexperimentais) atinge a “variância a priori” dos valores amostrais.

ERKRIDAME é o erro relativo percentual de estimação da média – “erro da krigagem da média”, para o nívelde probabilidades de 95% (Nota: ERKRIDAME não é o “erro de krigagem médio”).

9 - Reserva Mineral Medida

Reserva Mineral Medida é a parcela economicamente lavrável do Recurso Mineral Medido, incluindo perdas (e diluição) com alavra e o beneficiamento, para a qual a viabilidade técnica e econômica encontra-se tão bem estabelecida que há alto grau deconfiabilidade nas conclusões. Os estudos abrangem análises dos diversos elementos modificadores (tais como lavra, metalurgia,economia e mercado, fatores legais, ambientais e sociais) e demonstram que, na época em que se reportaram as reservas, suaextração era claramente justificável, bem como adequadas as hipóteses adotadas para investimentos.

Define-se como “claramente justificada”, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”, a malhade pesquisa que produzirá as informações necessárias e suficientes para as “classes medidas” de recursos ereservas minerais.

No caso de se adotar uma metodologia geoestatística para a estimação de recursos e reservas minerais, amalha de pesquisa citada deve estar abaixo de 2/3 da amplitude variográfica e o ERKRIDAME deve ser <20% (menor que vinte por cento).

9.1 - Por maior que seja a precisão da estimativa de reservas, sempre se deve apresentar a ordem deacurácia da mesma; os valores para tonelagem ou volume e teor (ou qualidades) devem ser arredondados demodo apropriado.

Precisão é o rigor adotado na determinação dos parâmetros considerados na pesquisa mineral, com adeterminação da faixa de sua variação, para mais ou para menos, do valor estimado, para um determinadonível de probabilidades. Acurácia é a proximidade entre o valor medido experimentalmente e o valor real, noprocesso de medição de parâmetros. No caso da pesquisa mineral, dos parâmetros físicos e químicos dodepósito, sendo, para cada um deles, calculado o respectivo “erro de estimação”, levando-se emconsideração o método de estimação usado.

9.2 - Tonelagens ou volumes e teores sempre serão fornecidos, mesmo que se apresentem estimativas envolvendovalores equivalentes de metal contido ou conteúdos minerais.

9.3 - As classes de reservas minerais Provada e Provável, constantes em alguns códigos, correspondem,respectivamente, às classes de reservas minerais Medida e Indicada, aqui usadas.

10 - Anexos

ANEXO I – Definições (glossário)

ANEXO II – Bibliografia Consultada

ANEXO I – DEFINIÇõES

a – Informação suficiente

A informação será considerada suficiente, para a fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo de depósitoem estudo, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”.

b – Apresentação clara

A apresentação será considerada clara, para a fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo de depósito emestudo, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”.

c – Informações relevantes

As informações serão consideradas relevantes, para a fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo dedepósito em estudo, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”.

d – Pessoa qualificada e experiente

Considera-se “pessoa devidamente qualificada e experiente” um especialista com um mínimo de cinco anos deexperiência relevantey com o estilo da mineralização e tipo de depósito sob consideração. Este especialista deve

Page 7: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

ser registrado em associações, que capacitem a atuação das pessoas com tal qualificação e experiência profissional ea reconheçam.

Quando as empresas não disponham nos seus quadros de uma “pessoa devidamente qualificada e experiente”, terãoobrigatoriamente de contratar os serviços de um consultor independente, devidamente reconhecido para o assuntoem questão.

A estimativa de Recursos e Reservas Minerais pode ser um trabalho em grupo, envolvendo várias disciplinas. A“pessoa devidamente qualificada e experiente” que assina o relatório é o responsável por todo o relatório.Entretanto, é recomendado que, para uma clara divisão de responsabilidades em um grupo de trabalho, cadaespecialista seja responsável pela sua contribuição particular, da sua especialidade, embora a “pessoa devidamentequalificada e experiente” seja o coordenador do grupo, e seja o responsável formal pelo relatório como um todo.

Como regra geral, o profissional (quer seja dos quadros da empresa ou consultor independente) chamado a agircomo “pessoa devidamente qualificada e experiente” deve estar preparado para ser confrontado com outrosprofissionais de igual qualificação, para demonstrar a sua competência na substância, tipo de depósito ou tipo desituação em consideração. Em caso de dúvida, a “pessoa devidamente qualificada e experiente” deve procuraropiniões de outros profissionais ou declinar a realização da tarefa que lhe foi solicitada.

e – Depósito mineral

Depósito mineral é uma concentração natural de qualquer substância útil, que apresente atributos geológicos depotencial interesse econômico, usualmente variáveis. Tais atributos incluem morfologia, teor, composiçãomineralógica, estrutura e textura, etc.

f – Pesquisa mineral

Pesquisa mineral é o conjunto de atividades que tem por finalidade a descoberta e a investigação de substânciasminerais úteis. Compreende, pois, a Prospecção e a Exploração. Prospecção mineral compreende os trabalhos decampo, de laboratório e de gabinete direcionados para a descoberta de concentrações minerais de interesseeconômico. Exploração mineral é o processo de investigação e avaliação das concentrações minerais, através demétodos, estudos e técnicas adequados.

g – Aproveitamento econômico

A expressão “aproveitamento econômico”, aplicada às substâncias minerais, significa que sua extração é viáveltécnica e economicamente, observando-se certos condicionamentos relevantes, adotados no momento da avaliação,de tal modo que assegura o retorno do investimento, com lucro.

Os condicionamentos relevantes a serem observados incluem, se pertinente, os seguintes itens mais importantes:

1. Condições Geográficas

2. Infraestrutura

Serviços de utilidade pública

Estradas, ferrovias e outros acessos

Telecomunicações

Energia e águas

Infraestrutura social

3. Geologia

Estrutura, tamanho e forma

Conteúdo mineral, teor, densidade

Quantidade e qualidade dos recursos/reservas

Outros aspectos geológicos de importância

4. Questões Legais

Direitos e propriedade (superfície e sub-solo)

Page 8: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

Estudos de impacto socioeconômicos

Aceitação pública

Leis do uso do solo e das águas

Fatores governamentais

5. Operacionalização

Escala de produção

Mecânica de rochas

Método de lavra

Equipamentos de lavra, extração e transporte

Plano e calendário de execução (vida útil)

Ensaios apropriados em escala piloto (ensaios tecnológicos)

Plantas de britagem, moagem e concentração

Disposição de rejeitos e estéreis

Transportes (interno e externo)

Energia (elétrica e/ou outras)

Administração e treinamento de pessoal

Equipamentos e serviços auxiliares

Programa de descomissionamento

6. Meio Ambiente

Estudos de impacto ambiental

Plano de recuperação de áreas degradadas

Segurança e higiene no trabalho

Gestão da água

Paisagismo

7. Análise Mercadológica

Estudos de mercado

Plano de comercialização

8. Análise Financeira

Evolução da produção

Custo de capital

Fluxo de caixa prognóstico (descontado)

Custos de investimento

Previsão inflacionária

Custos operacionais

Page 9: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

Estudos de sensibilidade

Custo de descomissionamento

Custo de reabilitação

9. Avaliação de Riscos

Riscos geológicos

Riscos tecnológicos

Riscos de mercado

Riscos financeiros

Riscos sociais

Riscos trabalhistas

Riscos políticos

h – Conhecimento geológico

Conhecimento geológico inclui as conclusões de todas as fases de uma pesquisa mineral. Quando se fala deconhecimento geológico crescente, isto quer dizer melhor conhecimento dos parâmetros geológicos do depósito, taiscomo a sua arquitetura (morfologia ou forma), trama (estrutura e textura), distribuição mineral ou de teor, etc. Oconjunto destes parâmetros permite um melhor entendimento sobre a persistência (ou não) da mineralização (nahorizontal e na vertical). Repare-se, então, que as classes de recursos minerais são suportadas por crescenteconhecimento geológico, da classe inferida passando-se à indicada e findando-se na medida.

i – Grau de exploração

O grau de exploração define a exatidão dos cálculos e os erros inerentes aos mesmos, pelo que, em pesquisamineral, depende da natureza, número e arranjo dos trabalhos de pesquisa.

j – Grau de reconhecimento

O grau de reconhecimento é definido pela precisão, maior ou menor, possível de ser obtida na pesquisa mineral, peloque depende do condicionamento geológico do depósito em consideração.

k – Conteúdo mineral

Conteúdo é aquilo que está contido em alguma coisa, no caso, são os minerais contidos no depósito. Este conteúdopode ser representado na forma de um teor. No caso dos minérios, o conteúdo mineral será o “metal contido”.

l – Nível de confiabilidade

Um nível de confiabilidade é medido pelo intervalo de confiança que revelará a precisão da estimação (ver w –Precisão de estimativa) e a sua acurácia (ver x – Ordem de acurácia), para um determinado nível de probabilidades.

m – Estações de amostragem

Estações de amostragem são todos os pontos de coleta de amostras (locados a 3D), devidamente descritos quantoao seu método de coleta e ao volume e geometria de cada amostra.

n – Retículo

Retículo é a malha da amostragem a 3D. “Retículo denso” é uma malha ajustada para a densidade de exploraçãoadequada à fase da pesquisa mineral em que se está e para o tipo de depósito em estudo.

o – Viabilidade técnica e econômica

Uma reserva mineral com viabilidade técnica e econômica demonstrada, significa que tal reserva está apta paraaproveitamento econômico e que existe tecnologia disponível para tal aproveitamento, conforme deve serconsubstanciado no pertinente estudo de viabilidade, com adequado nível de confiabilidade.

Page 10: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

p – Análise de lucratividade

A análise de lucratividade é um capítulo do estudo de viabilidade técnica e econômica, devendo ser efetuada sobreum fluxo de caixa descontado que represente o empreendimento em estudo, para todo o período da sua vida útil.

q – Materiais diluídos

Diluir é diminuir a concentração. Em geral, entende-se por diluição a diminuição de um teor pela contaminação domaterial útil desmontado, vinda da sua mistura com materiais estéreis, interiores e exteriores à mineralização.

r – Minério

Minério é a substância mineral da qual se retira um (ou mais) metal, com viabilidade econômica. Quando o minériocontém outros minerais intercalados sem qualquer valor, estes últimos são chamados minerais de ganga.

s – Rejeitos de operações mineiras

Rejeitos de operações mineiras são todos os materiais desmontados e não utilizados comercialmente. Incluem osestéreis de lavra (materiais que não sofreram beneficiamento) e os rejeitos do beneficiamento.

t – Perdas e diluição

A diluição (ver q – Materiais diluídos) representa uma perda no teor da mineralização. As outras perdas são devidasà não recuperação total, na fase de lavra, do volume estimado como reserva do depósito e ao rendimentometalúrgico do seu beneficiamento.

u – Razoavelmente justificáveis

Define-se como “razoavelmente justificada”, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”, a malha depesquisa que produzirá as informações necessárias e suficientes para as “classes indicadas” de recursos e reservasminerais.

No caso de se adotar uma metodologia geoestatística para a estimação de recursos e reservas minerais, a malha depesquisa citada deve estar compreendida entre 2/3 e 3/3 da amplitude variográficaz e o ERKRIDAMEaa deve ser< 50% (menor que cinquenta por cento).

v – Claramente justificável

Define-se como “claramente justificada”, a critério da “pessoa devidamente qualificada e experiente”, a malha depesquisa que produzirá as informações necessárias e suficientes para as “classes medidas” de recursos e reservasminerais.

No caso de se adotar uma metodologia geoestatística para a estimação de recursos e reservas minerais, a malha depesquisa citada deve estar abaixo de 2/3 da amplitude variográfica e o ERKRIDAME deve ser < 20% (menor quevinte por cento).

w – Precisão de estimativa

Precisão é o rigor adotado na determinação dos parâmetros considerados na pesquisa mineral, com a determinaçãoda faixa de sua variação, para mais ou para menos, do valor estimado, para um determinado nível deprobabilidades.

x – Ordem de acurácia

Acurácia é a proximidade entre o valor medido experimentalmente e o valor real, no processo de medição deparâmetros. No caso da pesquisa mineral, dos parâmetros físicos e químicos do depósito, sendo, para cada um deles,calculado o respectivo “erro de estimação”, levando-se em consideração o método de estimação usado.

y – Experiência relevante

Experiência relevante na apreciação e avaliação de Recursos e Reservas Minerais, no presente contexto, significa,também, que não é sempre necessário ter cinco anos de experiência em cada tipo de depósito, para agir como“pessoa devidamente qualificada e experiente”, se esse especialista tem, por exemplo, vinte anos de experiência emoutros tipos de depósitos, desde que a respectiva associação ateste a sua pertinente qualificação para o caso emconsideração.

Haverá um período de transição de três anos para a constituição das associações de profissionais consideradas nesteguia, durante o qual se espera que as empresas já procurem cumprir o aqui disposto, mesmo sem os pertinentesatestados.

Page 11: Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

Norma para Classificação de Recursos e Reservas Minerais

http://www.geologo.com.br/JORC.ASP[30/5/2011 09:19:20]

z – Amplitude variográfica

É a distância (na direção em estudo da malha de pesquisa) onde o valor do semi-variograma linear robusto (isto é,com a devida “representatividade estatística” dos seus pontos experimentais) atinge a “variância a priori” dos valoresamostrais.

aa – ERKRIDAME

É o erro relativo percentual de estimação da média – “erro da krigagem da média”, para o nível de probabilidadesde 95% (Nota: ERKRIDAME não é o “erro de krigagem médio”).

Anexo II – BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

a) Normas internacionais consultadas (por ordem cronológica de publicação):

- “Problems of Availability and Supply of Natural Resources – Medium-term and Long-term Projections ofReserves – Estimates of Reserves and Resources”, do “Comitee on Natural Resources”, do “Economic and SocialCouncil”, da O.N.U., 1975;

- “United Nations International Classification for Reserves/Resources – Solid Fuels and Mineral Comodities”, daO.N.U., 1996;

- “Australasian Code for Reporting of Mineral Resources and Ore Reserves (the JORC Code)”, Austrália, versãode 1999;

- “Setting New Standards: Recommendations for Public Mineral Exploration and Mining Companies”, Canadá,1999;

- “A Guide for Reporting Exploration Information, Mineral Resources and Mineral Reserves”, da SME (E.U.A.),1999;

- “South African Code for Reporting of Mineral Resources and Mineral Reserves (the SAMREC Code)”, África doSul, 2000; e

- “Code for Reporting of Mineral Exploration Results, Mineral Resources and Mineral Reserves (the REPORTINGCode)”, do IMM (Reino Unido), 2001.

b) Outras publicações:

- Grossi Sad, J.H., “Fundamentos sobre a variabilidade dos depósitos minerais”, ed. DNPM/CPRM/GEOSOL,Brasília (DF), Brasil, 1986;

- Grossi Sad, J.H. e Valente, J., “Reservas e Recursos Minerais – Uma Revisão”, ed. IBRAM, Belo Horizonte(MG), Brasil, 1996;

- Grossi Sad, J.H. e Valente, J., “Considerações sobre sistemas de classificação de recursos e reservas”, ed.IBRAM, Belo Horizonte (MG), Brasil, 2000;

- Phillips, R., “The Liability of Company Directors and Competent Persons for Resource/Reserve Disclosure”,ed. “The Codes Forum”, Sidney, Austrália, 2000;

- Rendu, J., “International Aspects of Resources and Reserves Reporting Standards”, ed. “The Codes Forum”,Sidney, Austrália, 2000;

- Snowden, D.V., “Practical Interpretation of Resource Classification Guidelines”, ed. AIMM, Perth, Austrália,1996;

- Stephenson, P., “The JORC Code – Its Operation and Application”, ed. “The Codes Forum”, Sidney, Austrália,2000;

- Stephenson, P. e Stoker, P.T., “Classification of Mineral Resources and Ore Reserves”, ed. APCOM, Denver,E.U.A., 1999;

- Valente, J., “Geomatemática. Lições de Geoestatística”, vol. III, IV e V, ed. Fundação Gorceix, Ouro Preto(MG), Brasil, 1989.

| VOLTAR |