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VI Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral ADIMB - Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira EVOLUÇÃO DAS RESERVAS MEDIDAS E INDICADAS DE MINERAIS METÁLICOS E FERTILIZANTES NO BRASIL: PANORAMA 2006 - 2013 Walter Lins Arcoverde Diretor de Fiscalização da Atividade Minerária – Geólogo Karlos Rodrigo de Oliveira e Silva Especialista em Recursos Minerais - Geólogo Ouro Preto-MG, 14 de maio de 2014

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VI Simpósio Brasileiro de Exploração Mineral ADIMB - Agência para o Desenvolvimento Tecnológico da Indústria Mineral Brasileira

EVOLUÇÃO DAS RESERVAS MEDIDAS E INDICADAS DE MINERAIS METÁLICOS E FERTILIZANTES NO BRASIL:

PANORAMA 2006 - 2013

Walter Lins Arcoverde Diretor de Fiscalização da Atividade Minerária – Geólogo

Karlos Rodrigo de Oliveira e Silva Especialista em Recursos Minerais - Geólogo

Ouro Preto-MG, 14 de maio de 2014

SUMÁRIO

• Objetivo do trabalho, alguns conceitos e metodologia

• Substâncias em destaque

• Considerações finais

OBJETIVO DO TRABALHO E METODOLOGIA

• Identificar o incremento das reservas medidas e indicadas (considerando o conceito do Regulamento do Código de Mineração Brasileiro), no período 2006 - 2013, de bens minerais selecionados resultante dos trabalhos de exploração mineral desenvolvidos nos últimos anos.

• Apresentar informações sobre quantitativo de relatórios de pesquisa mineral aprovados pelo DNPM, entre 2006 e 2013, para as substâncias metálicas e fertilizantes. Informações consolidadas extraídas dos respectivos processos minerários, conforme despachos de aprovação publicados.

• Valores de investimentos obtidos das Declarações de investimentos em pesquisa mineral - DIPEM apresentadas ao DNPM pelos empreendedores.

• Os gráficos de preços foram elaborados a partir de duas fontes, do Banco Mundial (Global Economic Monitor) e Sumário Mineral do DNPM.

Proposta de alinhamento com conceito internacional de recursos e reservas minerais

Nota: As reservas medidas e indicadas apresentadas neste trabalho, baseadas no conceito do

RCM brasileiro, na prática também incluem recursos medidos e indicados, quando

comparados ao conceito internacional.

Estágios de Desenvolvimento da Exploração Mineral Com relação aos estágios de exploração mineral, o MEG divide em 3, a saber:

Grassroots: exploração desde o primeiro estágio até sondagens delimitantes, anteriores à

quantificação dos recursos iniciais, incluindo também o reconhecimento e incursões de avaliação.

Fase tardia e viabilidade (Late Stage and Viability): exploração para melhor definir,

quantificar e detalhar um corpo de minério após os recursos iniciais terem sido identificados. Inclui também todos os estados de viabilidade até uma decisão positiva de

produção.

Local da mina (Minesite): toda exploração (independente da fase) na mina ou imediatamente ao redor de um local de mina detido pela companhia (excluindo a geologia

de produção no corpo que está sendo minerado, estimativas de reservas e controle de teores ou sondagens de confirmação do corpo produtor). Inclui a procura por corpos

satélites dentro de uma distância de transporte econômica de uma mina em operação e exploração em, ou imediatamente ao redor de um projeto que tenha sido comprometido

para desenvolvimento (estágio preparatório).

Fonte: MEG Special Report for the PDAC 2009 (tradução livre resumida)

CONJUNTURA MUNDIAL NO PERÍODO

300

400

500

600

700

800

900

2010 2011 2012 2013

R$

Milh

õe

s VALORES DE INVESTIMENTOS EM PESQUISA MINERAL

NO BRASIL

Metálicos e fertilizantes

Geral

Fonte: DIPEM/DNPM

39401

35908

11330

1024

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

35000

40000

45000

Apresentados Analisados Aprovados Metálicos efertilizantes

RELATÓRIOS DE PESQUISA (RFP E RRR) APRESENTADOS E ANALISADOS NO DNPM

FLUXO 2006-2013

Aprovados

RELATÓRIOS DE PESQUISA E RESERVAS MINERAIS (MEDIDAS E INDICADAS) APROVADAS Substâncias metálicas e fertilizantes (2006-2013)

Relatórios Reservas aprovadas (t contida)

Substância Autorização Concessão Total Autorização Concessão Total

Ferro 211 51 262 6.143.536.599 5.289.034.241 11.432.570.839

Alumínio 165 7 172 473.191.799 2.403.612 475.595.411 Ouro 110 27 137 803 1.405 2.208 Manganês 91 0 91 53.627.711 0 53.627.711 Cobre 49 7 56 11.316.299 11.456.241 22.772.539 Níquel 33 3 36 4.764.588 2.345.804 7.110.392 Fosfato 23 6 29 55.647.434 56.103.333 111.750.768 Prata 16 9 25 1.776 217 1.993 Potássio 18 1 19 308.231.301 661.752.000 969.983.301 Zinco 13 5 18 2.156.751 4.802.011 6.958.763 Chumbo 13 3 16 511.122 96.852 607.974 Titânio 8 7 15 3.990.628 67.794.427 71.785.055 Estanho 4 10 14 9.591 19.262 28.853 Cobalto 12 1 13 9.319 1.221 10.540 Bário 7 5 12 3.503.054 85.126.660 88.629.714 Tungstênio 9 2 11 28.966 4.282 33.248 Nióbio 5 3 8 446.130 8.945.964 9.392.093 Zircônio 7 1 8 7.267 0 7.267

Terras Raras 3 2 5 109.773 21.932.628 22.042.401

Bismuto 3 0 3 437 0 437 Tântalo 1 2 3 1 0 1 Platina 2 0 2 14 0 14 Lítio 1 0 1 0 0 0 Molibdênio 1 0 1 207 0 207 Tálio 1 0 1 52 0 52 Diamante 65 1 66 15.796.547 130.705 15.927.252 Total 806 152 1.024

SUBSTÂNCIAS EM DESTAQUE

Ferro Reservas aprovadas (2006-2013)

• 262 relatórios de pesquisa aprovados.

• 11,4 bilhões de toneladas contidas, com teor médio de 36%.

• R$ 398 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Minas Gerais e Bahia.

Alumínio Reservas aprovadas (2006-2013)

• 172 relatórios de pesquisa aprovados.

• 476 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 43%.

• R$ 106 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Amazonas, Pará e Bahia.

Ouro Reservas aprovadas (2006-2013)

• 137 relatórios de pesquisa aprovados.

• 2,2 mil toneladas contidas, com teor médio de 0,4 g/t.

• R$ 870 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Pará e Minas Gerais.

Manganês Reservas aprovadas (2006-2013)

• 91 relatórios de pesquisa aprovados.

• 54 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 24%.

• R$ 55 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente na Bahia, Goiás e Minas Gerais.

Cobre Reservas aprovadas (2006-2013)

• 56 relatórios de pesquisa aprovados.

• 23 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 0,67%.

• R$ 238 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Pará.

Níquel Reservas aprovadas (2006-2013)

• 36 relatórios de pesquisa aprovados.

• 7,1 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 0,85%.

• R$ 155 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Pará e Goiás.

Nióbio Reservas aprovadas (2006-2013)

• 8 relatórios de pesquisa aprovados.

• 9,4 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 0,81%.

• R$ 14 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Goiás e Minas Gerais.

Terras Raras Reservas aprovadas (2006-2013)

• 5 relatórios de pesquisa aprovados.

• 22 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 2,75%.

• R$ 13 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Goiás e Minas Gerais.

Fosfato Reservas aprovadas (2006-2013)

• 29 relatórios de pesquisa aprovados.

• 112 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 10,6%.

• R$ 103 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Pará, Minas Gerais e Tocantins.

Potássio Reservas aprovadas (2006-2013)

• 19 relatórios de pesquisa aprovados.

• 969 milhões de toneladas contidas de K2O equivalente.

• R$ 86 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Amazonas, Minas Gerais e Sergipe.

Prata Reservas aprovadas (2006-2013)

• 25 relatórios de pesquisa aprovados.

• 1,9 mil toneladas contidas, com teor médio de 1,7g/t.

• R$ 36 mil investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, em Mato Grosso e Bahia.

Zinco Reservas aprovadas (2006-2013)

• 18 relatórios de pesquisa aprovados.

• 7 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 9,4%.

• R$ 37 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Minas Gerais e Mato Grosso.

Chumbo Reservas aprovadas (2006-2013)

• 16 relatórios de pesquisa aprovados.

• 608 mil toneladas contidas, com teor médio de 1,36%.

• R$ 8 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Bahia e Minas Gerais.

Titânio Reservas aprovadas (2006-2013)

• 15 relatórios de pesquisa aprovados.

• 72 milhões de toneladas contidas, com teor médio de 14,7%.

• R$ 33 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente no Rio Grande do Sul e Bahia.

Diamante Reservas aprovadas (2006-2013)

• 66 relatórios de pesquisa aprovados.

• 15,9 milhões de quilates contidos, com teor médio de 0,1ct/t.

• R$ 34 milhões investidos em pesquisa, entre 2010 e 2013, principalmente em Goiás.

Outras substâncias metálicas com relatórios de pesquisa aprovados entre 2006 e 2013

% RESERVAS (medidas + indicadas - RCM) APROVADAS POR CATEGORIA DE PROJETO (2006 - 2013)

Projeção de vida útil

Substância Reservas em 2005(1)

(t) Reservas aprovadas(2)

2006 - 2013 (t) Produção 2012(3)

(t)

Incremento de vida útil(4)

(ano)

Ferro 14.363.031.268 11.432.570.839 400.822.000 28,5

Alumínio 1.332.383.700 475.595.411 32.260.000 14,7

Ouro 3.346 2.208 67 33,0

Cobre 15.418.578 22.772.539 223.100 102,1

Níquel 6.597.887 7.110.392 139.531 51,0

Nióbio 4.541.461 9.392.093 82.214 114,2

Terras Raras(5) 44.000 22.042.401 109.355 201,6

Fosfato 289.795.513 111.750.768 6.740.000 16,6

Potássio 239.844.075 969.983.301 4.565.025 212,5

(1) Anuário Mineral Brasileiro/DNPM (2006). Medidas + indicadas. (2) Reservas medidas e indicadas em tonelada contida, aprovadas entre 2006 e 2013. (3) Produção brasileira, exceto terras raras. Sumário Mineral DNPM (2013). (4) Incremento de vida útil com base na produção brasileira de 2012 e no caso do potássio (K), do consumo aparente de 2012 (4.465.025 t de K2O equivalente). Não consideradas as taxas de recuperação das lavras. (5) Produção mundial de terras raras. Sumário Mineral DNPM (2013).

Projeção de vida útil

Substância Reservas em 2005(1) Reservas aprovadas(2) Produção 2012(3) Incremento de

vida útil(4)

Manganês 151.107.273 53.627.711 1.118.694 47,9 Prata 3.245 1.993 20 99,6

Zinco 6.597.773 6.958.763 164.000 42,4

Chumbo 837.132 607.974 9.000 67,6

Titânio 142.165.645 71.785.055 71.000 1011,1

Estanho 787.930 28.853 13.667 2,1

Cobalto 3.525 10.540 2.900 3,6

Bário 15.264.137 88.629.714 186.000 476,5 Tungstênio 786.335 33.248 381 87,3 Zircônio 7.186.374 7.267 20.400 0,4

Bismuto n.d. 437 0 n.d.

Tântalo 79.535 1 118 0,0

Platina n.d. 14 0 n.d.

Lítio 87.636 0 390 0,0

Molibdênio n.d. 207 105.000 0,0

Tálio n.d. 52 0 n.d. Diamante 34.691.282 15.927.252 46.292 344,1 (1) Anuário Mineral Brasileiro/DNPM (2006). Medidas + indicadas. (2) Reservas medidas e indicadas em tonelada contida, aprovadas entre 2006 e 2013.

(3) Produção brasileira, exceto terras raras. Sumário Mineral DNPM (2013). (4) Incremento de vida útil com base na produção brasileira de 2012 e no caso do potássio (K), do consumo aparente de 2012 (4.465.025 t de K2O equivalente). Não consideradas as taxas de recuperação das lavras. (5) Produção mundial de terras raras. Sumário Mineral DNPM (2013).

n.d.: Não disponível.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Os recursos medidos e indicados obtidos no período de 2006 a 2013 demonstraram que houve intensiva atividade e relativo sucesso na exploração mineral.

Pode-se dizer que houve incremento nas reservas a partir dos projetos em áreas de concessão (brownfield) principalmente para as seguintes substâncias: Terras Raras, Nióbio, Bário, Titânio, Potássio, Zinco, Estanho e Ouro.

O aumento de reservas por projetos de alvarás de pesquisa (greenfield) ocorreram nas substâncias : Alumínio (bauxita), Manganês, Diamante, Platina, Prata, Cobalto, Chumbo e Níquel.

Para as substâncias Ferro e Cobre, o aumento de reservas foi obtido equilibradamente nos dois tipos de projetos.

Ouro Preto-MG, 14 de maio de 2014

AGRADECIDO!