[norma] en 13537 texto compilado

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Norma Européia EN 13537 Atualmente é a Norma Européia EN 13537 que estabelece os padrões e a metodologia para unificar a determinação de valores para as temperaturas de conforto térmico e é a base de referência que os fabricantes, ao menos os Europeus, devem seguir e aplicar em seus produtos. Obviamente, como se trata em última análise de um ensaio de laboratório, nunca será possível reproduzir as condições psicofísicas reais do usuário, porém garante e indica com uma ampla margem de segurança quais são as condições ideais de conforto que o saco de dormir está destinado a cobrir. Para maior segurança alguns fabricantes mais sérios submetem os dados coletados em laboratório a ensaios de campo de forma a validar estes ensaios. Neste contexto é oportuno lembrar ainda que a sensação de calor/frio não depende unicamente da quantidade/qualidade ou do tipo do enchimento do saco de dormir, mas de outros fatores fisiológicos ligados ao seu usuário, como o seu metabolismo, peso, idade, sexo, aclimatação, experiência e a sua forma física. Definições dos valores de conforto e extremos Temperatura máxima de conforto: é a temperatura máxima na qual um homem normal durma sem transpirar abundantemente e é estabelecida com o zíper do saco de dormir aberto, os braços para fora e o capuz aberto; Temperatura de conforto: é a temperatura que permite a uma mulher normal passar uma noite completa de sono em uma posição relaxada; Temperatura Limite inferior de conforto: define a temperatura mínima na qual é possível um homem normal dormir em posição encolhida por oito horas sem despertar de frio; Temperatura extrema: é a temperatura mínima na qual o saco de dormir protege uma mulher normal da hipotermia, permitindo ter 6 horas de sono incômodo sem que a temperatura interna do corpo desça a níveis perigosos. Ao escolher um saco de dormir a orientação é levar em conta os valores indicados a nível de conforto, pois neste caso um homem normal teria alguma margem de segurança visando compensar eventuais fatores fisiológicos desfavoráveis que afetem sua sensação térmica.

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Norma Européia EN 13537

Atualmente é a Norma Européia EN 13537 que estabelece os padrões e a metodologia para unificar a determinação de valores para as temperaturas de conforto térmico e é a base de referência que os fabricantes, ao menos os Europeus, devem seguir e aplicar em seus produtos. Obviamente, como se trata em última análise de um ensaio de laboratório, nunca será possível reproduzir as condições psicofísicas reais do usuário, porém garante e indica com uma ampla margem de segurança quais são as condições ideais de conforto que o saco de dormir está destinado a cobrir. Para maior segurança alguns fabricantes mais sérios submetem os dados coletados em laboratório a ensaios de campo de forma a validar estes ensaios.Neste contexto é oportuno lembrar ainda que a sensação de calor/frio não depende unicamente da quantidade/qualidade ou do tipo do enchimento do saco de dormir, mas de outros fatores fisiológicos ligados ao seu usuário, como o seu metabolismo, peso, idade, sexo, aclimatação, experiência e a sua forma física.

Definições dos valores de conforto e extremos

Temperatura máxima de conforto: é a temperatura máxima na qual um homem normal durma sem transpirar abundantemente e é estabelecida com o zíper do saco de dormir aberto, os braços para fora e o capuz aberto;Temperatura de conforto: é a temperatura que permite a uma mulher normal passar uma noite completa de sono em uma posição relaxada;Temperatura Limite inferior de conforto: define a temperatura mínima na qual é possível um homem normal dormir em posição encolhida por oito horas sem despertar de frio;Temperatura extrema: é a temperatura mínima na qual o saco de dormir protege uma mulher normal da hipotermia, permitindo ter 6 horas de sono incômodo sem que a temperatura interna do corpo desça a níveis perigosos.

Ao escolher um saco de dormir a orientação é levar em conta os valores indicados a nível de conforto, pois neste caso um homem normal teria alguma margem de segurança visando compensar eventuais fatores fisiológicos desfavoráveis que afetem sua sensação térmica.

As sensações de calor e frio diferentes se devem ao fato de nosso corpo produzir calor continuamente, em quantidade maior ou menor em relação ao calor que estamos perdendo para o ambiente externo.

Principais fatores fisiológicos que influenciam nas sensações de calor/frio:

Metabolismo: quando uma pessoa dorme, produz de 75 a 100 Watts de calor em função de diferentes fatores, como idade,sexo, peso e condições psicofísicas.Peso: uma pessoa com sobrepeso tem normalmente um metabolismo mais lento. Come mais do que consome. Quando praticamos atividade física, como no trekking, geralmente ingerimos menos calorias do que consumimos. As pessoas com sobrepeso terão energia reserva maior e melhor isolamento natural do corpo (pela gordura) do que pessoas magras, gerando menor sensibilidade ao frio.Idade: o metabolismo também está relacionado com a idade do indivíduo. Uma pessoa mais velha gera menos calor, portanto sente mais frio do que uma pessoa mais jovem.Sexo: normalmente as mulheres tem uma maior sensação de frio do que os homens, sendo assim, é com base na mulher que se define o valor padrão de temperatura de conforto, em média 5ºC maior do que para o homem.

Costume: uma grande parte das pessoas atualmente habitando regiões frias vive em residências com calefação, trabalha em escritórios ou outros locais com calefação e se desloca em veículos climatizados. Este estilo de vida reduz o costume do corpo para suportar o frio.Experiência: a experiência e o hpábito de dormir ao ar livre ajudam a suportar e obter melhores resultados. Um principiante normalmente sentirá mais frio e estará menos cômodo do que uma pessoa com experiências anteriores.Forma física: se levamos uma vida sedentária e realizamos um grande esforço físico, como uma extensa caminhada, por exemplo, nos cansaremos mais rapidamente do que se estivéssemos em forma. O esgotamento físico reduz a produção de calor e então teremos maior sensação de frio.