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Anexo II Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão): Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão): Cidade: UF: Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail: Segmento de atuação: atua na coordenação de atividades referentes a aspectos regulatórios, legais, técnico-científicos, sociais e ambientais relacionados à biotecnologia, outras tecnologias de melhoramento genético e biossegurança, aplicados à agricultura e agroindústria. Também faz parte do escopo de suas atividades esclarecer e preparar as empresas associadas para possíveis impactos e consequências do advento de novas alternativas tecnológicas para agricultura, assim como de novos requerimentos e necessidades da cadeia de produção agrícola e agroindústrial. Texto publicado na Consulta Pública: Sugestão de inclusão, exclusão ou nova redação para o texto publicado na Consulta Pública (destacado ao lado) Sugestão de alteração do artigo 1º, passando a contar com a seguinte redação: Art. 1º Aprovar a lista preliminar de espécies animais domesticados que foram introduzidas no território nacional, utilizadas nas atividades pecuárias, na forma do Anexo I, bem como a lista preliminar de espécies de animais e plantas exóticas adaptadas ao território nacional e que formam população espontânea, que são consideradas pragas para as atividades agrícolas, na forma do Anexo II. Os demais artigos e parágrafos devem ser alterados para refletir a introdução do Anexo II. Todas as exclusões relativas ao anexo I deverão também ser aplicadas ao Anexo II. Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada: A Lei 13.123 definiu direitos e obrigações relativos ao acesso ao patrimônio genético do País, tendo como conceito tratar-se de um BEM de uso comum do povo. Tais BENS incluem a informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas encontrado em condições in situ, inclusive as espécies domesticadas e populações espontâneas, ou mantido em condições ex situ, desde que encontrado em condições in situ no território nacional, na plataforma continental, no mar territorial e na zona econômica exclusiva. Ocorre que, a

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Page 1: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

Anexo II

Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Cidade: UF:

Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

Segmento de atuação: atua na coordenação de atividades referentes a aspectos regulatórios, legais,

técnico-científicos, sociais e ambientais relacionados à biotecnologia, outras tecnologias de

melhoramento genético e biossegurança, aplicados à agricultura e agroindústria. Também faz parte do

escopo de suas atividades esclarecer e preparar as empresas associadas para possíveis impactos e

consequências do advento de novas alternativas tecnológicas para agricultura, assim como de novos

requerimentos e necessidades da cadeia de produção agrícola e agroindústrial.

Texto publicado na Consulta Pública:

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova

redação para o texto publicado na Consulta

Pública (destacado ao lado)

Sugestão de alteração do artigo 1º, passando a contar com a seguinte redação: Art. 1º Aprovar a lista preliminar de espécies animais domesticados que foram introduzidas no território nacional, utilizadas nas atividades pecuárias, na forma do Anexo I, bem como a lista preliminar de espécies de animais e plantas exóticas adaptadas ao território nacional e que formam população espontânea, que são consideradas pragas para as atividades agrícolas, na forma do Anexo II. Os demais artigos e parágrafos devem ser alterados para refletir a introdução do Anexo II. Todas as exclusões relativas ao anexo I deverão também ser aplicadas ao Anexo II.

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

A Lei 13.123 definiu direitos e obrigações relativos ao acesso ao patrimônio genético do País,

tendo como conceito tratar-se de um BEM de uso comum do povo. Tais BENS incluem a

informação de origem genética de espécies vegetais, animais, microbianas encontrado em

condições in situ, inclusive as espécies domesticadas e populações espontâneas, ou mantido

em condições ex situ, desde que encontrado em condições in situ no território nacional, na

plataforma continental, no mar territorial e na zona econômica exclusiva. Ocorre que, a

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produção agrícola brasileira é altamente afetada pela existência de insetos, plantas e

patógenos de origem externa que, em função de condições edafoclimáticas favoráveis, se

alastram por áreas de produção causando enormes prejuízos ao agricultor e à economia

nacional. A pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias de combate e/ou controle de tais

pragas são imperiosos para a sustentabilidade da agricultura e pecuária e, para que seja

mantida, requer que exista a segurança jurídica quanto à correta caracterização destas

plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do

povo, excluindo-os da incidência das regras de acesso e repartição de benefícios de que trata a

lei em comento. Desta forma, justifica-se que a presente Portaria deixe claro que não são

considerados patrimônio genético encontrado em condições in situ no território nacional

animais pragas como insetos e ácaros, assim como plantas e patógenos, cujo centro de

origem seja em outro país, e que estejam atualmente em território brasileiro na qualidade

de praga para a agricultura.

Anexo II

Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Cidade: UF:

Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

Segmento de atuação: Pesquisa Agropecuária.

Texto publicado na Consulta Pública:

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova

redação para o texto publicado na Consulta

Pública (destacado ao lado)

1) Ratificar a espécie “Bovino” 2) Ratificar a espécie “Bubalino” 3) Ratificar a espécie "Equino" 4) Sugerir a inclusão do "Peixe Tilápia"

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

1) Ratificar a espécie “Bovino” Identificação/Raça: Nelore e Variedade nelore mocho, Gir, Guzerá, Indubrasil, Tabapuã, Sindhi, Holandesa, Chianina, Charolês, Caracu, Limousin e resultantes de cruzamentos Girolando, Ibagé, Canchim, dentre outras. Espécie: Bos taurus taurus (Holandes, Chianina, Charolês, Limousin, Aberdeen e Red Angus) e Bos taurus indicus (Nelore, Gir, Guzerá,Indubrasil, Tabapuã e Sindhi, dentre outros). Descrição: São os bovinos predominantes e mais difundidos no Brasil, cariótipo da espécie 2n =60

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cromossomos e são utilizados na Embrapa Amazônia Oriental em pesquisas para a produção de carne e leite. 2) Ratificar a espécie “Bubalino” Identificação/Raças: Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo, Murrah e tipo Baio. Espécie: Bubalus bubalis, Variedades bubalis (Raças: Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo, Murrah e tipo Baio) são os Búfalos d’ água (Water buffaloes) e kerebau (raça Carabao) denominados de Swamp buffaloes (Búfalos de Pântano). Descrição: São os búfalos domésticos, denominados mundialmente de Búfalos de Rio e foram introduzidos no Brasil há pouco mais de um século, através da ilha de Marajó, havendo quatro raças: Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah, além do tipo Baio, uma variação surgida na raça Murrah. Destas, as raças Jafarabadi, Mediterrâneo, Murrah (pelagem preta) e tipo Baio (pelagem Baia) pertencem à subespécie bubalis, com cariótipo 2n = 50 cromossomos. A raça Carabao, pertence à subespécie Kerebau, de pelagem Rosilha, com cariótipo 2n = 48 cromossomos. A raça Carabao e o tipo Baio, por se constituírem pequenas populações são mantidas em processo de conservação, possuindo os seus Núcleos de Conservação no Banco de Germoplasma Animal da Amazônia Oriental – BAGAM, de propriedade da Embrapa Amazônia Oriental, localizado na ilha de Marajó - PA, no Campo Experimental “Ermerson Salimos” - CEMES, localizado a 48o 30’ e 54” de longitude W e 00o 45 ́ e 21” de latitude S, na Mesorregião geográfica (12) Marajó, à margem direita do rio Paracauari, possuindo uma área total de 2.128,4 ha. Os animais em conservação também participam das pesquisas junto com outras raças, nas suas aptidões, que são produção de carne, leite e trabalho. Finalidade/Aptidão: Os búfalos Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah, além do tipo Baio são animais de dupla aptidão (Leite e carne) e a raça Carabao tem aptidão para produção de carne, além de trabalho. 3) Ratificar a espécie "Equino" Identificação/Raças: Cavalo Marajoara e mini cavalo Puruca Espécie: Equus caballus Descrição: Rústico e resistente o Cavalo Marajoara apresenta grande adaptação ao ambiente da ilha do Marajó, tanto na época chuvosa, quanto na seca, onde a temperatura se aproxima de 40ºC. Com o cariótipo 2n = 64 cromossomos, segundo relatos históricos, os primeiros cavalos introduzidos no Marajó são de procedência lusitana. Por sua vez o mini-cavalo Puruca é o resultado do cruzamento do cavalo Marajoara com o pônei da raça Inglesa “Shetland” e foi selecionado para atingir até uma altura padrão de 1,18m. Assim, o Puruca é uma variedade do cavalo Marajoara selecionado para uma determinada altura/tamanho, fato já comprovados através da genética molecular em estudos realizados pela Embrapa Amazônia Oriental; Os equinos da ilha de Marajó são mantidos em conservação por serem um Grupo ameaçado de descaracterização (Cavalo Marajoara) e por se constituírem uma pequena população com risco de extinção (mini cavalo Puruca), sendo mantidas em processo de conservação, possuindo Núcleos de Conservação no Banco de Germoplasma Animal da Amazônia Oriental – BAGAM, de propriedade da Embrapa Amazônia Oriental, localizado na ilha de Marajó - PA, no Campo Experimental “Ermerson Salimos” - CEMES, localizado a 48o 30’ e 54” de longitude W e 00o 45 ́ e 21” de latitude S, na Mesorregião geográfica (12) Marajó, à margem direita do rio Paracauari, possuindo uma área total de 2.128,4 ha. A raça Puruca é o único mini cavalo do Brasil. Finalidade: Trabalho de sela, tração (de carroças, canoas) e arrasto. São, ainda, utilizados na programação turística de esporte e lazer na Ilha do Marajó. 4) Sugerir a inclusão do "Peixe Tilápia" Identificação / Raça: Tilápia e tilápia nilótica Espécie: Tilápia rendalli e Oreochromis niloticus = sinonímia = Sarotherodon niloticus Descrição: Espécies de origem africana, introduzida no Brasil, em 1952 em caráter experimental. Somente em 1971, através do DNOCS (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), foi implementado um programa oficial de produção de alevinos de tilápia para peixamento dos

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reservatórios públicos da região Nordeste. Os Estados de São Paulo e Minas Gerais, através de suas companhias hidrelétricas, também produziram neste período significativa quantidade de alevinos para povoamento de seus reservatórios, venda e distribuição a produtores rurais. A tilapicultura firmou-se como atividade empresarial a partir da década de 1980, quando surgiram os empreendimentos pioneiros. Atualmente a tilápia é o peixe mais cultivado pela piscicultura brasileira, e chegou a 45,4% da produção total em 2016. Isto se deve a sua rusticidade, ao rápido crescimento, à carne de ótima qualidade e à boa aceitação no mercado consumidor. Atualmente é distribuída e encontrada em ambientes naturais em todas as Bacias do Brasil, disseminada por meio de peixamentos e escapes de criatórios. São peixes que se encontram em águas cálidas subtropicais, distribuindo-se em águas que variam de temperatura de 25 a 30°C. Quanto à forma do corpo, pode ser oval, com 23 a 31 espinhas ou raios na nadadeira dorsal, 19 a 22 rastros branqueais no arco inferior do 1º arco branquial, 31 a 33 escamas na série longitudinal e 3 a 4 fileiras de dentes. A coloração geralmente é cinza escura, com nadadeiras caudais apresentando listas pretas delgadas e verticais. O cariótipo de um indivíduo diploide da espécie possui 44 cromossomos (2n = 44). Finalidade: Corte/produção de carne para consumo humano.

Anexo II

Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Cidade: UF:

Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

Segmento de atuação: Pesquisa Agropecuária.

Texto publicado na Consulta Pública: O texto da norma está ótimo, apenas notei a falta de

algumas espécies, não sei se isso foi proposital apenas citando as principais ou não.

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova redação para o texto publicado na Consulta Pública (destacado

ao lado)

Texto da norma Sugestão de inclusão

Não consta na norma Abelhas africanas - Apis mellifera scutellata

Não consta na norma Javali europeu – Sus scrofa

Não consta na norma Avestruz - Struthio camelus

Não consta na norma Asno - Equus asinus

Não consta na norma Tilápia – Oreochromis aureus

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

Sugiro incluir as espécies acima, uma vez que mesmo não estando entre as principais, são muito difundidas em nossa agricultura em algumas regiões do país, exceto a Tilápia que é uma das principais espécies de pescado abatidas hoje no país.

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O Javali europeu, hoje vastamente presente em grandes regiões do Sul e Sudeste do país, creio que pode estar contemplado como Sus scrofa, no entanto o título da espécie cita apenas suíno, o que poderá ser causa de confusão, e portanto creio deva ser diferenciado. Outro motivo é que existem criações e criatórios desse animal em muitas propriedades e sua carne é comercializada no mercado brasileiro.

Anexo II

Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Cidade: UF:

Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

Segmento de atuação: Desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a conservação da biodiversidade, com foco em espécies ameaçadas de extinção, espécies exóticas invasoras e gestão sustentável dos recursos pesqueiros

Texto publicado na Consulta Pública:

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova redação

para o texto publicado na Consulta Pública

(destacado ao lado):

Art. 1º Aprovar a lista preliminar de espécies

animais domesticadas que foram introduzidas no

território nacional, utilizadas nas atividades

pecuárias, na forma do anexo.

Art. 1º Aprovar a lista de referência de espécies

animais domesticadas que foram introduzidas no

território nacional, utilizadas nas atividades

pecuárias, na forma do anexo.

Anexo Incluir uma coluna indicando quais espécies

formam populações espontâneas. Ex. javali (Sus

scrofa).

Incluir uma coluna com a indicação de quais

espécies ou raças adquiriram características

distintivas próprias no País.

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

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Tendo em vista que a minuta de portaria em tela visa atender a Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015,

e o Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016, as sugestões foram propostas de modo clarificar o objetivo

da normativa e atender aos seguintes dispositivos legais:

Lei nº 13.123, de 20 de maio de 2015

Art. 2o Além dos conceitos e das definições constantes da Convenção sobre Diversidade Biológica - CDB,

promulgada pelo Decreto no 2.519, de 16 de março de 1998, consideram-se para os fins desta Lei:

(...)

XVIII - população espontânea - população de espécies introduzidas no território nacional, ainda que

domesticadas, capazes de se autoperpetuarem naturalmente nos ecossistemas e habitats brasileiros;

Art. 18. Os benefícios resultantes da exploração econômica de produto oriundo de acesso ao patrimônio

genético ou ao conhecimento tradicional associado para atividades agrícolas serão repartidos sobre a

comercialização do material reprodutivo, ainda que o acesso ou a exploração econômica dê-se por meio

de pessoa física ou jurídica subsidiária, controlada, coligada, contratada, terceirizada ou vinculada,

respeitado o disposto no § 7o do art. 17.

(...)

§ 3o Fica isenta da repartição de benefícios a exploração econômica de produto acabado ou de material

reprodutivo oriundo do acesso ao patrimônio genético de espécies introduzidas no território nacional

pela ação humana, ainda que domesticadas, exceto:

I - as que formem populações espontâneas que tenham adquirido características distintivas próprias no

País; e

(...)

Decreto nº 8.772, de 11 de maio de 2016

Art. 113. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento elaborará, publicará e revisará,

periodicamente, lista de referência de espécies animais e vegetais domesticadas ou cultivadas que

foram introduzidas no território nacional, utilizadas nas atividades agrícolas.

Parágrafo único. A lista de que trata o caput indicará as espécies que formam populações espontâneas

e as variedades que tenham adquirido propriedades características distintivas no País.

Texto publicado na Consulta Pública:

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova redação

para o texto publicado na Consulta Pública

(destacado ao lado):

Artigo 1º

Incluir 4º parágrafo com o seguinte texto: “As espécies incluídas na lista não são consideradas nativas ou naturalizadas no país”.

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

É necessário deixar claro que o reconhecimento de uma espécie domesticada introduzida no país e utilizada em atividades agropecuárias não implica na transformação da espécie em nativa ou ainda naturalizada. Muitas espécies listadas, apesar de serem utilizadas nas atividades agropecuárias são também espécies exóticas invasoras. De acordo, com a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), espécie exótica é definida como “espécie, subespécie ou táxon de hierarquia inferior ocorrendo fora de sua área de distribuição natural passada ou presente; inclui qualquer parte, como gametas, sementes, ovos ou propágulos que possam sobreviver e subsequentemente reproduzir-se”. Espécie exótica invasora, por sua vez, é definida como “espécie exótica cuja introdução e/ou dispersão ameaçam a diversidade

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biológica” (CDB, Decisão VI-23). Espécies exóticas invasoras estão entre as principais causas diretas de perda de biodiversidade e extinção de espécies, juntamente com mudanças climáticas e perda de hábitat, sobre-exploração e poluição, fatores com os quais podem ter efeitos negativos sinérgicos (SCBD, 2014; Avaliação Ecossistêmica do Milênio, 2005). A título de exemplo, o fenótipo selvagem do porco doméstico (Sus scrofa), conhecido como javali, bem como as misturas entre o porco doméstico e o javali, conhecidos popularmente como javaporcos, são considerados animais invasores no Brasil. Esta espécie está entre as 100 piores espécies exóticas invasoras do mundo (Lowe et al., 2000). Esta espécie é alvo do “Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Javali (Sus scrofa) - Plano Javali” - aprovado por meio da Portaria Interministerial nº 232, de 28 de junho de 2017, publicada pelo Ministério do Meio Ambiente e conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo em vista os prejuízos tanto para o meio ambiente quanto para as atividades agropecuárias. Mais informações sobre o Plano Javali podem ser encontradas em: <http://www.ibama.gov.br/especies-exoticas-invasoras/javali>. Da mesma forma, as espécies listadas na minuta em tela como a abelha-africana (Apis mellifera), os bubalinos (Bubalus bubalis), e caprinos (Capra hircus) possuem histórico de invasão biológica no Brasil (Sampaio & Schmidt, 2013). Além disso, espécies como o escargot (Helix aspersa, Helix lucorum e Helix pomatia) apresentam histórico de invasão biológica em outros países, representando risco desconhecido ao Brasil (CABI, 2014; Fonseca et al., 2013; IABIN, 2014; Gederaas et al., 2012; Son, 2010). De acordo com o parágrafo 3º do Artigo 1º da minuta, a lista completa incluirá todas as espécies animais introduzidas, inclusive espécies da pesca e aquicultura, insetos, artrópodes e demais animais de importância nas atividades agrícolas. Desta forma, entendemos que a lista deverá ser muito ampla, podendo incluir outras espécies exóticas invasoras, a exemplo da tilápia (Oreochromis niloticus niloticus e Tilapia rendalli) e do bagre-africano (Clarias gariepinus) (MMA, 2016). Ante o exposto, reforça-se a necessidade de inclusão do parágrafo sugerido, de modo a deixar claro que a Portaria não possui efeitos sobre a questão das espécies exóticas invasoras, cujo mandato se refere ao MMA, de acordo com o Decreto nº 8.975, de 24 de janeiro de 2017, a saber: Art 17 - propor e avaliar políticas, normas, iniciativas e definir estratégias para a implementação de programas e projetos em temas relacionados com: (...) e) a prevenção da introdução, a dispersão e o controle de espécies exóticas invasoras (...); e Art. 18. III - subsidiar a formulação e a definição de políticas, normas, iniciativas e estratégias destinadas à prevenção da introdução e ao controle das espécies exóticas invasoras que ameacem os ecossistemas, habitat ou espécies nativas (...). Referências Secretariat of the Convention on Biological Diversity (2014) Global Biodiversity Outlook 4. Montréal, 155 pages. Millennium Ecosystem Assessment, 2005. Ecosystems and Human Well-being: Biodiversity Synthesis. World Resources Institute, Washington, DC. Lowe et al. 2000. 100 of the world’s worst invasive alien species: A selection from the global invasive alien species database. ISSG. Sampaio, A. B. & Schmidt, I. B. 2013. Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação Federais do Brasil. BioBrasil, 2, 32-49. CAB International (2014). CABI Invasive Species Compendium (ISC).

ANEXO II

Nome completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão): Conselho Profissional

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Page 8: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

Cidade:

Telefone:

E-mail: Segmento de atuação: Conselho de Classe e Fiscalização Profissional

Texto publicado na Consulta Pública Sugestão de inclusão, devido à importância econômica

ANEXO – I – Lista de referência de espécies animais domesticados que foram introduzidas no território nacional, utilizadas nas atividades pecuárias.

Tilápia do Nilo – Oreochromis niloticus Perciformes, Cichlidae Origem: África

Truta arco-íris – Oncorhynchus mykiss Salmoniformes, Salmonidae Origem: Pacífico

Carpa comum - Carpa húngara – Carpa espelho – Cyprinius carpio Cypriniformes – Cyprinidae Origem: Europa

Carpa capim – Ctenopharyngeodon idella Cypriniformes – Cyprinidae Origem: Ásia

Carpa cabeça grande – Hypophthalmichthys nobilis Cypriniformes – Cyprinidae Origem: Ásia

Carpa prateada – Hypophthalmichthys molitrix Cypriniformes – Cyprinidae Origem: Ásia

Bagre americano – catfish - bagre do canal – Ictalurus punctatus Siluriformes – Ictaluridae Origem: Ásia

Bagre africano – Clarias gariepinus Siluriformes – Clariidae Origem: África

Panga – Pangasianodon hypophthalmus Siluriformes – Pangasiidae Origem: Ásia

Camarão branco do Pacífico – Camarão Cinza - Litopenaeus vannamei Decapoda – Penaeidae Origem: Pacífico

Ostra do pacífico – Crassostrea gigas Ostreoida – Ostreidae Origem: Pacífico

Rã touro – Rana catesbeiana Anura – Ranidae Origem: América do Norte

Justificativas tecnicamente embasadas para as sugestões apresentadas:

Page 9: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

Tilápia do Nilo – Oreochromis niloticus:

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção de tilápia

aumentou 9,7% em 2015 e chegou a 219 mil toneladas entre janeiro e dezembro. O peixe é o mais

criado pela piscicultura no país e chega a 45,4% do total da produção total (Fonte:

http://g1.globo.com/economia/agronegocios/agro-a-industria-riqueza-do-

brasil/noticia/2017/01/tilapia-e-o-tipo-de-peixe-mais-produzido-no-brasil.html )

De acordo com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama),

em 2005 a produção de tilápia no País foi de 67.850,50 toneladas. Já em 2015, o Instituto Brasileiro

de Geografia e Estatística (IBGE) calculou a produção da espécie em 219.329 toneladas (Fonte:

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/04/producao-de-tilapia-cresce-200-em-dez-

anos-no-brasil).

Clima favorável, rusticidade da espécie, alta demanda e o bom resultado em cultivos intensivos são

fatores que contribuíram para alavancar a produção da tilápia no País (Fonte:

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/04/producao-de-tilapia-cresce-200-em-dez-

anos-no-brasil ).

O estudo também detectou o aumento da tecnificação da produção e do profissionalismo de

produtores em muitos polos, o que contribuiu para incremento substancial na produtividade. “O uso

de equipamentos, associado a práticas de manejo com controle dos parâmetros de cultivo, permitiu

o adensamento da produção em viveiros escavados. Com isso, houve aumento da produtividade”,

conta Renata Barroso, médica da Embrapa Pesca e Aquicultura (TO) (Fonte:

http://www.brasil.gov.br/economia-e-emprego/2017/04/producao-de-tilapia-cresce-200-em-dez-

anos-no-brasil ).

Truta arco-íris - Oncohrynchus mykiss:

Além de sua capacidade de adaptação a diversos sistemas aquáticos (rios, lagos, represas, tanques,

laboratórios de incubação, tanques-rede, etc...) a truta arco-íris apresenta um alto grau de

domesticação: ambos os sexos amadurecem em cativeiro, os gametas podem ser facilmente

coletados, a fertilização é realizada externamente, aceita alimento artificial desde a primeira

alimentação e permite uma série de manipulações no tocante ao controle da sexualidade (Fonte:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/57/truticultura.asp ).

A truta arco-íris foi introduzida no Brasil em 26 de maio de 1949, inicialmente na Serra da Bocaina,

município de Bananal, por meio de 5.000 ovos embrionados procedentes da Dinamarca, trazidos

pelo Dr. Ascânio de Faria. Um ano depois, mais 50.000 ovos foram importados do mesmo local e

incubados no recém organizado Posto de Biologia e Criação de Trutas em Bananal, onde foram

distribuídos para vários municípios do sudeste e sul do Brasil. Posteriormente, foram realizadas

várias importações de ovos embrionados de diferentes procedências, até que na década de 70

iniciaram-se os primeiros trabalhos sobre reprodução artificial desta espécie no Brasil. No princípio

desta mesma década foi instalada em campos do Jordão-SP a primeira truticultura comercial.

Atualmente existem mais de 100 truticulturas localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais,

Rio de janeiro, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Espírito Santo. A maior parte dos ovos

embrionados ou alevinos necessários para atender à demanda são produzidos pelos próprios

criadores e por duas entidades governamentais; Estação Nacional de Truticultura do IBAMA,

localizada em Lages-SC e a Estação Experimental de Salmonicultura Dr. Ascânio de Faria do Instituto

de Pesca da Secretaria de Agricultura de São Paulo, localizada em Campos do Jordão - SP, sendo

pouco praticadas as novas importações, reduzindo, deste modo, o risco da entrada de doenças. Por

estar restrito às águas frias, a exploração de salmonídeos se limita aos tipos residentes em água doce

(land locked) (Fonte:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/57/truticultura.asp ).

Page 10: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

Como o potencial de produção de uma truta está diretamente relacionada com a oferta de oxigênio

disponível, nossos rios apresentam menor capacidade de produção quando comparado aos do

hemisfério norte. Estas limitações impostas pela pouca disponibilidade de água obriga o truticultor

brasileiro a uma exploração bastante racional dos recursos hídricos através da otimização das

instalações e da adequação dos manejos. Portanto, o local escolhido para a implantação de uma

truticultura deve oferecer durante o ano todo, água com qualidade e, em quantidade não apenas

para o desenvolvimento inicial, mas também, para futuras expansões, e ainda, estar situado em

região de fácil acesso para facilitar o escoamento da produção (Fonte:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/57/truticultura.asp ).

No Brasil, como a temperatura da água é mais elevada, a truta apresenta desenvolvimento

embrionário e crescimento mais rápidos do que nos países onde é comumente cultivada. A maior

parte da truta produzida no Brasil tem sido comercializada em restaurantes, na forma de truta

porção, com pesos variando entre 250 e 350 gramas, que podem ser alcançados ao redor de 10

meses de cultivo. Dentro deste contexto, as regras para atrair a atenção do consumidor para um

produto exposto nas prateleiras dos supermercados, cercado de centenas de outros itens

alimentares alternativos, vão além de uma embalagem bem elaborada (Fonte:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/57/truticultura.asp ).

A truticultura brasileira, pela forma como é praticada hoje, é responsável por uma receita anual de

R$ 12.000.000,00. Adotando-se um programa de desenvolvimento sustentável da truticultura, que

consiga solucionar os entraves do setor, estima-se que num período de 5 anos, a receita gerada pelo

setor ultrapasse a casa de R$ 50.000.000,00 anuais, além de gerar aproximadamente 2.000

empregos diretos (Fonte:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/57/truticultura.asp ).

Carpa comum - Carpa húngara – Carpa espelho – Cyprinius carpio / Carpa capim –

Ctenopharyngeodon idella / Carpa cabeça grande – Hypophthalmichthys nobilis / Carpa

prateada – Hypophthalmichthys molitrix:

As carpas produzidas através do sistema de policultivo integrado com outros animais, principalmente nos estados do sul do País, lideram as estatísticas de produção de peixes cultivados no Brasil, e confirmam a importância da piscicultura orgânica, a despeito da tecnificação que, cada vez mais, toma conta do cenário atual da piscicultura brasileira (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/42/carpas.asp ).

A reciclagem dos resíduos provenientes da suinocultura, avicultura e bovinocultura, permite elevadas produtividades de peixes e garantem a harmonia entre a produção e o meio ambiente, concorrendo para uma autosustentabilidade (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/42/carpas.asp ).

Mas foram os cultivos dos ciprinídeos, em particular as carpas chinesas, produzidas em grande parte nos sistemas semi-intensivo e extensivo, que dominaram a produção mundial com 9,2 milhões de toneladas, principalmente na China (FAO, 1997).

No Brasil, a estimativa da produção aqüícola brasileira para as espécies de peixes de água doce no ano de 1995 foi de 40.137 toneladas, tendo as carpas contribuído com 42% ou 16.865 toneladas, seguido pelas tilápias com 29,93% ou 12.013 toneladas, pacu com 9,89% ou 3.971 toneladas, tambaqui com 5,8% ou 2.330 toneladas e bagre africano com 5,63% ou 2.263 toneladas (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/42/carpas.asp ).

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Os estados da Região Sul do país foram os que mais contribuíram para a produção brasileira de peixes de água doce no ano de 1995. O Paraná produziu 9.981 toneladas, São Paulo 8.280 toneladas e Santa Catarina 7.178 toneladas. O cultivo das carpas nestes estados representou para o Paraná 35,70%, São Paulo 51,69% e Santa Catarina 64,26%. Mesmo se tratando de estimativa de produção, os dados apresentados no documento do CEPENE/IBAMA – 1995 podem conter algumas distorções, como a produção do Estado do Rio Grande do Sul com 1.080 toneladas que, segundo previsões mais realistas, deve ter alcançado a produção de 4.000 toneladas na safra daquele ano (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/42/carpas.asp ).

Bagre americano – catfish - bagre do canal – Ictalurus punctatus:

É uma espécie originária dos estados do Golfo do México e do Vale do Mississipi nos Estados Unidos.

(LEE, 1991 APUD, SOUZA; L.S. et al. 2005) (Fonte:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

No entanto o catfish teve sua experiência no Brasil em 1972, no Nordeste e, em 1980, iniciou-se o

cultivo na região Sul (PIEDRAS, 1990). Logo teve sucesso pelo Brasil, atingindo grandes segmentos na

piscicultura sendo assim mais um peixe de grande representatividade econômica. (PIEDRAS,1990.

Apud, GOMES; S.Z; Schlindwein; A. P, 2000) (Fonte:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

Na região de Santa Catarina o catfish vem sendo uma espécie de grande potencial para Estado, uma

das vantagens que o catfish tem demonstrado é sua versatilidade em se adaptar muito bem no clima

desta região. Além de suas características desejáveis o catfish tem conquistado um público crescente

devido as suas qualidades de carne nobre. (KOFAHL; A.B, 2006). No entanto, o principal canal de

comercialização do "catfish" se da por pesque e pague, sendo que lanchonetes e supermercados

também aceitam muito bem (Fonte:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

Segundo Furuya & Ribeiro (1998), apud Lima, F.S.M, 2011., o catfish de canal apresenta uma série

de caracteres desejáveis para o cultivo, como: não se reproduz nos viveiros, apresenta facilidades

em liberar a desova pelo processo artificial, aceita facilmente alimentação artificial, adapta-se a

variações bruscas de temperatura e aos vários sistemas de cultivo empregados na sua produção,

dentre outros (Fonte:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

A produção comercial de catfish é uma atividade nova, sendo que nos últimos anos, houve um grande

crescimento de consumo de peixes, e considerando a necessidade de aumento de produção de

peixes cultivados e os desejos e anseios do consumidor, a espécie catfish vem complementar as

possíveis alternativas de produtos de alta qualidade, podendo assim justificar sua aceitação no

mercado. (KOFAHL.,A.B, 2006) (Fonte:

https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

A produção econômica exige temperaturas com períodos de calor relativamente longos. Sua carne é

de alto valor nutritivo e, quando convenientemente preparada, tem excelente paladar. É uma

espécie que converte muito bem alimentos inertes em peso, pois se trata de um peixe extremamente

rústico, e além de constituir-se em excelente alternativa para cultivos intensivos. (GOMES e

SCHLINDWEIN.,2000) (Fonte:

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https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/piscicultura-producao-de-

catfish/56415 ).

Bagre africano – Clarias gariepinus:

Muito ainda se tem falado a respeito do bagre africano (Clarias gariepinus). De um lado, alguns ambientalistas o descrevem como um grande inimigo da biodiversidade nativa, capaz de trazer sérios problemas a ictiofauna brasileira. Do outro, os aqüicultores, que o vêem como um peixe excelente para se cultivar, haja vista os resultados obtidos por quem o cultiva (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/22/CLARIAS.asp ).

O fato é que o Bagre africano já é brasileiro e toda discussão sobre a sua introdução deveria ter sido feita antes de 1986, ano em que foi introduzido no país. Atualmente, essa discussão se assemelha a algo como colocar o cadeado após a visita bem sucedida do ladrão. Mas, não é perda de tempo discutir os critérios normativos para as futuras introduções de espécies exóticas no Brasil, bem como o monitoramento do impacto das que aqui já habitam, como o próprio Clarias, entre tantas outras espécies (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/22/CLARIAS.asp ).

A cada dia que passa, aumenta a popularidade do Clarias gariepinus entre os piscicultores brasileiros. Certamente as qualidades da sua carne contribuem muito para isso. Os apreciadores da boa mesa rasgam elogios a esse peixe, que fornece filés enormes ou postas generosas de carne saborosa e avermelhada, com uma textura adequada a uma variedade enorme de pratos. Além disso, o Clarias é um sucesso nos pesque-pagues. Bom para a pesca esportiva, o peixe se presta bem para o churrasco preparado ali mesmo, nos taludes dos viveiros, preparado pelos pescadores (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/22/CLARIAS.asp ).

Mas a causa principal do grande sucesso desse bagre entre os piscicultores brasileiros é a sua facilidade para converter alimento em carne de forma rápida e eficiente. Por outro lado, a rusticidade do bagre permite que mesmo com um manejo ruim, que é uma característica marcante na piscicultura nacional, se obtenha resultados ainda razoáveis (Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/22/CLARIAS.asp ).

Panga – Pangasianodon hypophthalmus:

O bagre Pangasianodon hypophthalmus (Sauvage, 1878), popularmente conhecido no Brasil como

Pangasius ou simplesmente peixe Panga, é uma espécie de água doce pertencente à família

Pangasiidae, caracterizada como uma das maiores espécies de peixes de água doce do mundo. É

amplamente cultivada no rio Mekhong (Vietnã) e nas bacias de Chao Phraya e Mae Klong (Tailândia),

sendo exportada para diversos países como Estados Unidos, Rússia e Japão. Neste cenário, a América

Latina representa o maior mercado de importação de Pangasius, absorvendo cerca de 65.000

toneladas desta espécie (peixe inteiro e filé congelado), sendo que México e Brasil são os mercados

mais expressivos, e juntos representam 80% das importações do Panga produzido no Vietnã (FAO,

2017/ Globefish, 2017) (Fonte: http://www.abcpanga.com.br/about.html ).

O Panga é uma das espécies candidatas para produção em aquicultura, devido ao seu alto valor de

mercado, facilidade de manejo e cultivo, hábito alimentar onívoro, com boa aceitação de rações

comerciais, respiração aérea facultativa, carne de excelente sabor e qualidades desejáveis do filé,

como rendimento, cor, textura e ausência de espinhas (Fonte:

http://www.abcpanga.com.br/about.html ).

Com a regulamentação da produção de Pangasius no Estado de São Paulo, somada as características

elencadas acima, o Panga produzido em tanques escavados (seguindo a legislação atual, que permite

a criação desta espécie exótica com controle de fuga) propiciará um aumento de produtividade e

rentabilidade aos piscicultores (Fonte: http://www.abcpanga.com.br/about.html).

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Camarão branco - Litopenaeus vannamei:

No Brasil, a atividade de cultivo de camarão marinho surgiu na década de 70 com a criação da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN). Ela foi inicialmente suportada pelo cultivo das espécies Farfantepenaeus brasiliensis e Marsupenaeus japonicus. Na primeira metade dos anos 80 um programa de incentivo ao cultivo de camarões marinhos possibilitou o desenvolvimento de várias empresas camaroneiras. Projetos pioneiros, subsidiados pelo governo, investiram cerca de 22 milhões de dólares na atividade. Entretanto, problemas políticos e econômicos, falta de tecnologia e a fragilidade das espécies cultivadas, dificultaram, na época, o crescimento desse setor. Ao final da década de 80 a atividade começou a adquirir caráter técnico-empresarial e as improvisações praticadas até então começaram a ceder espaço para o profissionalismo e o planejamento estratégico, fundamentado em novas tecnologias adotadas como principais ferramentas dos novos empreendimentos comerciais (Fonte: http://www.shrimp.ufscar.br/historico/cultivo.php ).

Ao analisar os valores reportados pela FAO (2009), Rocha e Rocha (2009) verificaram que a produção do camarão por extrativismo teria atingido seu limite de exploração sustentável no mundo. Por essa razão, o fornecimento desse produto pela carcinicultura vem sendo considerado como essencial, visto que a oferta desse tipo de pescado é crescente, como demonstram os dados comparados entre os anos de 1997 e 2007, em que se observou o crescimento de 253,61% na produção de camarão no Brasil (FONSECA et al., 2009) (Fonte: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2011/tec6-0211.pdf). O Brasil obteve a sétima posição, com uma produção de 65 mil toneladas, exportando para diversos países como: França, Espanha, Japão, Holanda, Portugal e os Estados Unidos (LOPES; BALDI; CÁRDENAS, 2008) (Fonte: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2011/tec6-0211.pdf ).

No caso do Litopenaeus vannamei, principal espécie produzida no Brasil e no mundo, o seu cultivo é possível tanto em água doce como em águas bem salgadas (40-50 ppt). A eurihalinidade é uma das características que fazem a espécie ser considerada bastante “rústica” (Fonte: http://www.aquaculturebrasil.com/2016/05/12/cultivo-de-camarao-marinho-em-agua-doce ).

Entretanto, o volume produzido começou a decair a partir de 2004. Inicialmente devido às enfermidades, em particular a infecção causada pelo vírus da Mionecrose Infecciosa (IMNV), a qual rapidamente se espalhou pela região Nordeste, maior pólo produtor. Outros fatores de ordem econômica também influenciaram a queda de produção, como, por exemplo, a ação anti-dumping movida pela Southern Shrimp Alliance e também a contínua desvalorização do dólar americano frente à moeda brasileira, ocorrida a partir do segundo semestre de 2003 (SUSSEL; VIEGAS; PARISI, 2010) (Fonte: http://www.iea.sp.gov.br/ftpiea/publicacoes/ie/2011/tec6-0211.pdf ).

No desenvolvimento da carcinicultura marinha pelo mundo, enfermidades virais e especulação imobiliária forçaram produtores a buscarem novas áreas de produção. Com o tempo, novas fazendas foram surgindo cada vez mais longe do mar/estuários, até que as primeiras em água oligohalina e doce demostraram viabilidade técnico-econômica (Fonte: http://www.aquaculturebrasil.com/2016/05/12/cultivo-de-camarao-marinho-em-agua-doce/ ).

O cultivo de camarão marinho teve seu início na Ásia, onde por muitos séculos os fazendeiros

colhiam safras provenientes de viveiros abastecidos por marés. O cultivo moderno, tal qual como o

conhecemos, surgiu na década de 30, quando cientistas japoneses iniciaram trabalhos de larvicultura

com o camarão Marsupenaeus japonicus, obtendo as primeiras pós-larvas produzidas em laboratório

(Fonte: http://www.shrimp.ufscar.br/historico/cultivo.php ).

Ostra do pacífico – Crassostrea gigas:

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Embora seja conhecida desde o Império Romano, a ostreicultura, ou ostricultura, chegou ao Brasil

somente no século XX. Há registros da atividade aqui a partir de 1934, porém, a comercialização de

ostras ganhou força apenas no início dos anos 1970, sobretudo nas regiões Sudeste e Sul. Em Santa

Catarina, o cultivo comercial começou em 1988. Com estudos realizados nas últimas décadas, foram

desenvolvidas técnicas de manejo adequadas para cada região (Fonte:

http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI246991-18294,00-OSTRA.html ).

Atividade produtiva, mas pouco explorada no Brasil, a criação de ostras pode ser rentável para

produtores do litoral que pretendem se dedicar ao manejo do molusco. O material é de fácil

obtenção, as instalações podem ter custo baixo, quando bem pesquisadas antes da aquisição, e há

sementes de ostras baratas disponíveis em institutos de pesquisa e ensino, como ocorre com a

Universidade Federal de Santa Catarina. O cultivo do molusco é uma alternativa à pesca artesanal,

com oportunidades para atingir escala industrial (Fonte:

http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI246991-18294,00-OSTRA.html ).

Com 8,4 mil quilômetros de costa marítima, o litoral brasileiro oferece grande potencial para o

desenvolvimento de ostras em cativeiro. Mas o método de criação e as espécies cultivadas

apresentam diferenças entre as regiões, sendo o estado de Santa Catarina o responsável por cerca

de 90% da produção nacional de moluscos (o que inclui ostras, mexilhões e vieiras) (Fonte:

http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI246991-18294,00-OSTRA.html ).

O estado de Santa Catarina é o segundo maior produtor de moluscos bivalves (possuem duas conchas) da América Latina. No ano de 2008, a produção total de moluscos (mexilhões, ostras e vieiras) foi de 13.107,92 toneladas, apresentando o aumento de 29,33% em relação ao período anterior. O volume obtido gerou uma movimentação financeira bruta em torno de R$ 29.709.300,00 para o estado (Fonte: http://www.almanaquedocampo.com.br/imagens/files/ostra% 20sebrae.pdf ).

Protegida por uma concha que se abre em duas partes, a ostra pertence à família Ostreidae.

Habitante de águas marinhas costeiras e rasas, ou relativamente salgadas, tem alto valor nutritivo,

por conter fósforo, cálcio, ferro, iodo, glicogênio e vitaminas A, B1, B2, C e D. A ostra ainda conta

com alta concentração de proteínas, contribuindo para manter os sentidos aguçados, e tem bom

teor de zinco, substância importante na produção de sêmen nos homens. Daí a fama de estimulante

sexual da iguaria (Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0, EMI246991-

18294,00-OSTRA.html).

Rã touro – Rana catesbeiana:

A rã touro tem origem na América do Norte, nas regiões leste dos Estados Unidos e Canadá. A rã-

touro está no Brasil desde 1930, quando os primeiros casais foram importados dos Estados Unidos

para dar início à criações comerciais destinadas, principalmente, à produção de carne. Entretanto,

hoje a rã-touro também está presente fora dos ranários comerciais, em muitos locais do país. Nós

ainda não sabemos precisamente a distribuição da espécie no país, tampouco conhecemos de fato

os efeitos da presença da espécie na natureza (Fonte: http://www.ib.usp.br/grant/Ra-

touro_no_Brasil/Pagina_Inicial.html ).

No Brasil, a rã-touro pode ser encontrada em, pelo menos, 130 municípios. Há registro da espécie

em todas as regiões do país, entretanto estão notoriamente concentrados nas regiões sul e sudeste,

onde as condições climáticas são mais favoráveis ao desenvolvimento da espécie (Fonte:

http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil/Distribuicao.html ).

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É muito provável que a rã-touro esteja presente em um número muito maior de municípios

brasileiros do que o conhecido atualmente. Muitos são os relatos de introduções acidentais. E não é

incomum que biólogos deixem de coletar e/ou registrar a presença da espécie durante saídas de

campo (Fonte: http://www.ib.usp.br/grant/Ra-touro_no_Brasil/Distribuicao.html).

Estimativas mais recentes da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), referentes ao ano de 2009, mostram que o Brasil figura como um dos maiores produtores mundiais de rãs, ficando atrás somente de Taiwan. Nos últimos 20 anos, o setor ranícola no país vem ganhando espaço e muitos envolvidos com o agronegócio já descobriram o nicho de mercado. Mesmo sendo ainda desconhecida do grande público, a carne deste animal é apreciada em diversos restaurantes, principalmente das regiões Nordeste e Sudeste do país. Além do Distrito Federal, os estados com destaque na ranicultura são Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo (Fonte: http://sna.agr.br/brasil-e-segundo-na-producao-mundial-de-ras ).

Hoje, a produção brasileira deve girar em torno de 400 toneladas por ano. Apesar do cenário

promissor, Cribb aponta um dos maiores problemas: demanda versus oferta. “Há um evidente

desequilíbrio no mercado da cadeia ranícola. A demanda potencial pela carne de rã é atualmente

cerca de três vezes maior do que a oferta real.” (Fonte: http://sna.agr.br/brasil-e-segundo-na-

producao-mundial-de-ras )

Em relação aos elos de comercialização e consumo, a cadeia ranícola brasileira não se adapta ainda aos exigentes requisitos do consumo moderno tais como praticidade, rapidez, conservação, informação e customização, revela Cribb. “A oferta é irregular e o preço do produto é alto. Porém, a oferta tem crescido em razão da entrada de novos produtores no mercado. Cabe destacar que algumas regiões como Santa Catarina, que não produziam tradicionalmente, passam a ser hoje fortes produtores.” (Fonte: http://sna.agr.br/brasil-e-segundo-na-producao-mundial-de-ras ).

Atualmente, o Brasil não conta com estatísticas mais precisas sobre o número de criadores de rãs, mas em breve, conta o pesquisador da Embrapa, pode passar a integrar o Censo Agropecuário 2016, que será realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Segundo informações obtidas, a aquicultura será incorporada como um dos temas para os levantamentos de dados.” (Fonte: http://sna.agr.br/brasil-e-segundo-na-producao-mundial-de-ras/).

CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS SOBRE ESPÉCIES ORNAMENTAIS EXÓTICAS CRIADAS NO BRASIL

São pequenos peixes, à primeira vista sem grande importância, porém rendem milhões de dólares aos países que os capturam ou cultivam de forma séria e sustentável. A difusão de um hobby e sua comercialização em milhares de lojas em todo o mundo transformou-se num grande negócio disputado por muitos mercados, dentre eles os varejistas europeus, norte-americanos e japoneses. O cultivo de peixes ornamentais é considerado hoje um dos setores mais lucrativos da piscicultura brasileira. Ao lado da produção extrativista, abastece um mercado consumidor que, só na América do Norte, abrange mais de 100 milhões de aquários residenciais. Esse potencial tem estimulado e impulsionado o setor, que se expandiu rapidamente devido ao crescente aumento na demanda mundial. A indústria da aquariofilia, porém, não se detém apenas à importação e exportação de belos e exóticos peixes. Outra indústria se forma a partir da incrementação e sofisticação dos próprios aquários, com a aquisição de acessórios como plantas aquáticas, pedras etc. As espécies mais cultivadas em escala comercial no mundo são os peixes de água doce da família Cyprinidae, mais especificamente as carpas coloridas Cyprinus carpio (variedade Nichikigoi) e o Goldfish (Peixe dourado) Carassius auratus. Devido ao melhoramento genético ocorrido no Japão desde 1957, especificamente com a espécie Carassius auratus, o mercado conta com uma grande variedade de tipos para o consumo imediato dos aquariófilos. Dentre as mais comuns podem ser citados: cauda-de-véu, telescópio, cabeça-de-leão, pompom, red-kep, etc. O negócio de peixes ornamentais no Brasil é uma atividade bastante recente, tendo surgido com a implantação dos projetos de

Page 16: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

piscicultura na década de 70, quando ocorreu um grande aumento de piscicultores, pequenos e microprodutores. Embora os dados de exportações estejam relacionados mais com o extrativismo, os produtores brasileiros têm sua produção quase que total destinada aos mercados internos, o que demonstra uma crescente demanda por parte dos hobbystas. Ainda assim, se comparar o volume de exportação com o de importação, nota-se que há superávit na balança comercial. No sudeste brasileiro as espécies mais cultivadas são aquelas que necessitam de pouca ou nenhuma técnica de manejo e que são, em geral, muito prolíferas, tais como: beta (Betta splendes), espada (Xiphophorus helleri), platy (X. maculatus), molinésia (Poecilia latripinna), tricogasters e colisas (Trichopodus spp) dentre outras. Essas espécies apresentam um bom grau de melhoramento genético, sendo, em alguns casos, bastante semelhantes aos exemplares selvagens e, consequentemente, não alcançam bons preços no mercado interno por serem de baixa qualidade para exportação. Existem alguns produtores que se dedicam ao melhoramento genético de espécies como o acará bandeira véu, japonês, guppy e variedades de carpas coloridas entre outras, indicando que as tecnologias adotadas são bastante heterogêneas, coexistindo piscicultores tecnificados ao lado de outros que adotam métodos rudimentares de produção. http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/65/ornamentais.asp.

Parte das principais espécies criadas de água doce: Betta splendens, Colisa lalia, Trichogaster trichopterus, Epalzeorhynchos bicolor, Puntius conchonius, Puntius sachsii, Puntius nigrofasciatus, Puntius oligolepis, Puntius tetrazona, Devario aequipinnatus, Danio rerio, Cyprinus carpio, Carassius auratus, Aulonocara nyassae, Cynotilapia afra, Dimidiochromis compressiceps, Gephyrochromis moorii, Haplochromis ahli, Haplochromis obliquidens, Copadichromis borleyi, Labeotropheus trewavasae, Labidochromis caeruleus, Maylandia zebra, Melanochromis auratus, Melanochromis chipokae, Melanochromis vermivorus, Nimbochromis livingstonii, Nimbochromis venustus, Pseudotropheus crabro, Pseudotropheus demasoni, Pseudotropheus saulosi, Pseudotropheus socolofi, Altolamprologus calvus, Altolamprologus compressiceps, Cyphotilapia frontosa, Cyprichromis leptosoma, Lamprologus ocellatus, Neolamprologus brichardi, Neolamprologus leleupi, Tropheus duboisi, Tropheus moorii, Amatitlania nigrofasciata, Amphilophus citrinellus e outras.

Parte das principais espécies criadas de água salgada: Amphiprion ocellaris, Amphiprion percula,

Premnas biaculeatus, Elacatinus oceanops, Cryptocentrus cinctus, Meiacanthus nigrolineatus,

Meiacanthus grammistes, Meiacanthus smithi, Pseudochromis fridmani, Pseudochromis sankeyi,

Pseudochromis aldabraensis, Pseudochromis springeri e Pictichromis paccagnellae.

CONSIDERAÇÕES COMPLEMENTARES SOBRE Artemia franciscana (ALIMENTO VIVO PARA ANIMAIS

AQUÁTICOS)

A produção de artêmia, em pequena escala, é uma realidade brasileira. Ressalta-se que esse

agronegócio tem potencial para incrementar o desenvolvimento econômico das comunidades que a

desenvolvem (Câmara, 2003). Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Artemia_franciscana.

Os cistos de artêmia têm sido coletados em ecossistemas aquáticos hipersalinos e comercializados

como fonte de alimento vivo para a aquariofilia e aquicultura em todo o mundo. Como resposta ao

uso crescente de cistos de artemia na aquicultura, esse anostráceo foi introduzido no nordeste

brasileiro, oriundo dos EUA. O consumo de cistos de artemia no Brasil é centrado em sua quase

totalidade (> 95%) nos laboratórios de produção de larvas de camarão marinho. Em 2000, o Brasil

produziu 5 bilhões de pós-larvas de Litopenaeus vannamei e foram necessárias 4 toneladas de cistos

de artêmia para cada bilhão de pós-larvas de camarão produzidas. Para os próximos anos, com a

expansão prevista da área de cultivo das fazendas de camarão brasileiras, dos atuais 9.000 ha para

12.000 ha (até o final do ano 2001), 21.000 ha (2002), e para até 35.000 ha no final do ano 2003, a

capacidade instalada das larviculturas brasileiras deverá passar dos atuais 5 bilhões para 20 bilhões

de pós-larvas por ano. Concomitantemente, o consumo de cistos de artêmia nas larviculturas deverá

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aumentar de 20 para 80 toneladas anuais. Até o final da década, com o provável crescimento da área

de cultivo de camarão para 50.000 ha de viveiros, serão necessários pelo menos 30 bilhões de pós-

larvas e consequentemente, 120 toneladas anuais de cistos de artemia para abastecer o mercado

brasileiro.

Fonte: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/62/ARTEMIA.asp .

Anexo II

Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Endereço (pessoa física ou jurídica responsável pela sugestão):

Cidade: UF:

Telefone: ( ) Fax: ( ) E-mail:

Segmento de atuação: Saúde Animal

Texto publicado na Consulta Pública:

Espécie

Nome Científico

Abelha Apis mellifera

Avestruz Struthio camelus

Bicho-da-seda Bombyx mori L.

Bovino Bos taurus (inclui B.

taurus taurus e B. taurus

indicus)

Bubalino Bubalus bubalis

Caprino Capra hircus

Chinchila Chinchilla lanigera

Codorna Coturnix coturnix

Coelho Oryctolagus cuniculus

Equino Equus caballus

Escargot Helix aspersa, Helix

pomatia, Helix lucorum

Faisão Phasianus colchicus

Galinha Gallus gallus domesticus

Galinha D'Angola Numida meleagris

Ganso Anser domesticus

Marreco Anas penelope

Ovino Ovis aries

Sugestão de inclusão, exclusão ou nova

redação para o texto publicado na Consulta

Pública (destacado ao lado)

Espécie Nome Científico

Barbo arulius Puntius arulius*

Barbo cereja Puntius titteya*

Barbo oligolepis Oliotius oligolepis*

Barbo ticto Pethia ticto*

Beijador Helostoma temminckii*

Beta Betta splendens*

Camarão

gigante da

Malásia

Macrobrachium rosenbergii

Camarão-branco Litopenaeus vannamei

Carpa Cyprinus carpio

Colisa Colisa laila

Espada Xiphophorus helleri

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Pato Anas platyrhynchos

Peru Meleagris gallopavo

Suíno Sus scrofa

Kinguio ou

peixe-dourado

Carassius auratus

Kribensis Pelvicachromis pulcher*

Molinésia Poecília sphenops

Molinésia

latipina

Poecilia latipinna*

Molinésia

velifera

Poecilia velifera*

Ostra japonesa Crassostrea gigas

Platy Xiphophorus maculatus

Tilápia Oreochromis niloticus

Torpedinho-

dourado

Nannostomus beckfordi*

Trichogaster Trichogaster leeri

Tricogáster

cobra

Trichopodus pectoralis*

Truta arco-iris Oncorhynchus mykiss

Justificativa tecnicamente embasada para a sugestão apresentada:

Existem relatos disponíveis na literatura de que as espécies listadas na sugestão de inclusão para o Anexo

I foram domesticadas e introduzidas no Brasil para desenvolvimento de setor produtivo e comercialização.

Atualmente, estas atividades agropecuárias encontram-se bem estabelecidas dentro dos seguimentos da

aquicultura e aquariofilia. O camarão gigante da Malásia (Macrobrachium rosenbergii) está sendo

cultivado nas regiões de Espírito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo (MATHIAS, 2014). O camarão-branco

(Litopenaeus vannamei) está sendo cultivado em vários estados brasileiros e todo o setor produtivo está

organizado sob a representação da Associação Brasileira de Criadores de Camarão – ABCC

(www.abccam.com.br). Algumas variedades de carpa (Cyprinus carpio) foram introduzidas no Brasil na

década de 80 para a finalidade de consumo (CASACA, 1947). No Rio Grande do Sul, é a principal espécie

de peixe cultivada em viveiros na atualidade (ETGES, 2016). O cultivo de carpas com a finalidade de

ornamentação é um setor que evoluiu muito e existem vários cursos de capacitação disponíveis para sua

ampliação (CPT, 2018). Anualmente, são movimentados milhões de reais nesta atividade (FABIO, 2014). O

espada (Xiphophorus helleri) já foi introduzido e estabelecido nos estados de MG, ES e SP (AQUARISMO

PAULISTA, 2018). Segundo Vidal Junior (2004), o kinguio, conhecido também como peixe-dourado, foi uma

das primeiras espécies de peixes ornamentais cultivadas no Brasil. A produção abastece apenas o mercado

interno, sendo vendidos a valores de R$1,50 a R$3,00. As variedades mais puras podem ser vendidas por

até R$40 cada. A criação dos peixes ornamentais conhecidos como molinésias (Poecilia sp.), no Brasil, foi

documentada em revista científica por Santos et al. (2015). Segundo Ostrensky et al. (2008), a ostra-

japonesa ou ostra-do-Pacífico (Crassostrea gigas) é uma das principais espécies de moluscos bivalves

cultivadas no Brasil. A atividade foi iniciada na década de 80 e teve forte desenvolvimento, principalmente,

no estado de Santa Catarina (PANORAMA DA AQUICULTURA, 2006). Segundo Lima et a. (2001), as espécies

mais cultivadas na região Sudeste do Brasil são: beta (Betta splendes), Espada (Xiphophorus helleri), Platy

Page 19: Nome Completo (pessoa física ou jurídica responsável pela … · plantas, animais e patógenos, que não devem ser considerados como BENS de uso comum do povo, excluindo-os da

(X. maculatus), Molinésia (Poecilia latipinna), Tricogaster (Trichogaster leeri), Colisa (Colisa laila), dente

outras. A tilápia (Oreochromis niloticus) é o peixe mais cultivado no Brasil. Em 2015, o IBGE calculou uma

produção de 219.329 t. A regulamentação do uso das águas públicas para cultivos intensivos desta espécie

em tanques-rede impulsionou seu cultivo e hoje representa 90% das solicitações de áreas aquícolas no

País (EMBRAPA, 2017). As espécies identificadas com (*) foram citadas nas pesquisas de Magalhães (2007)

e Magalhães & Jacobi (2013). A truta arco-iris (Oncorhynchus mykiss) foi introduzida há 70 anos no Brasil

e o seu cultivo encontra-se amplamente distribuído nas regiões Sudeste e Sul (SCHMIDT, 2000).

Referências: AQUARISMO PAULISTA. Disponível em: http://www.aquarismopaulista.com/xiphophorus-

hellerii/. Acesso em: 27 fev. 2018. CASACA, J. M. As Carpas - O Policultivo Integrado no Sul do País. Revista

Panorama da Aquicultura n. 42, 1947.

CPT – Centro de Produções Técnicas. Produção de Peixes Ornamentais. Disponível em:

https://www.cpt.com.br/cursos-criacaodepeixes/producao-de-peixes-ornamentais. Acesso em:

27 fev. 2018.

EMBRAPA. Produção de tilápia no Brasil cresce 223% em dez anos. Disponível em:

https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/21621836/producao-de-tilapia-no-

brasil-cresce-223-em-dez-anos. Acesso em: 27 fev. 2018.

ETGES, E. Carpa é a principal espécie de peixe cultivada em viveiro. Disponível em:

http://www.folhadomate.com/noticias/geral15/carpa-e-a-principal-especie-de-peixe-

cultivada-em-viveiro. Acesso em: 27 fev. 2018.

FABIO, A. C. Carpa ornamental custa até R$ 10 mil; mercado movimenta R$ 700 milhões/ano.

Disponível em:

https://economia.uol.com.br/agronegocio/noticias/redacao/2014/02/24/carpa-ornamental-

custa-ate-r-10-mil-mercado-movimenta-r-700-milhoesano.htm. Acesso em: 27 fev. 2018.

LIMA, A. O., BERNARDINO, G., PROENÇA, C. E. M. Agronegócio de Peixes Ornamentais no Brasil

e no Mundo. Revista Panorama da Aquicultura n. 65. Disponível em:

http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/65/ornamentais.asp. Acesso

em: 27 fev. 2018.

MAGALHÃES, A. L. B. De. Novos registros de peixes exóticos para o Estado de Minas Gerais ,

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MAGALHÃES, A. L. B.; JACOBI, C. M. Asian aquarium fishes in a Neotropical biodiversity hotspot:

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MATHIAS, J. Como criar camarão-de-água-doce. Disponível em:

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SANTOS, E. S., MOTA, S., SANTOS, A. B., AQUINO, MD. Cultivo do peixe ornamental molinésia

(Poecilia sp.) em esgotos domésticos tratados: desempenho zootécnico e avaliação do bem-

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SCHMIDT, C. Truticultura: A Indústria Cresce apesar da Competição Predatória dos Produtos

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VIDAL JUNIOR, M. V. Indução à reprodução de kinguios. Revista Panorama da Aquicultura n. 85,

2004. Disponível em: http://www.panoramadaaquicultura.com.br/paginas/Revistas/85

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