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Noções de Geologia
Prof. Msc. João Paulo Nardin Tavares
Objetivos da aula
Conhecer a estrutura da Terra
Definir os conceitos e teorias da deriva continental e
das placas tectônicas
Compreender fenômenos naturais como terremotos
e tsunamis
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A estrutura da Terra
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Terra: um dos quatro planetas rochosos
A superfície terrestre
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Uma diferença notável entre a Terra e os demais
planetas rochosos é a variedade de formas da
superfície terrestre.
Não se observa nos outros planetas rochosos a
variedade de formas
de relevo que, quase
por toda parte, carac-
teriza o nosso planeta.
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O contraste deve-se à estrutura interna peculiar da
Terra.
No nosso planeta, o fluxo de calor interno
propaga-se com facilidade até a superfície, pois a
crosta é pouco espessa e fragmentada em vastas
placas rochosas em movimento.
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Composição interior
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A estrutura interna da Terra não é conhecida por
observações diretas;
As placas tectônicas encontram-se em movimento
permanente, sob o efeito da energia dissipada no
interior do planeta.
Esse movimento causa a propagação de ondas
sísmicas, geradas pelos terremotos.
O sismógrafo
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Por meio de sismógrafos,
é possível medir a
velocidade de propagação
das ondas de energia dos
terremotos.
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Modelo da estrutura interna da Terra
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O modelo da estrutura interna do planeta distingue
três camadas concêntricas: a crosta, o manto e o
núcleo.
As camadas estão separadas por descontinuidades
que são limites definidos por mudanças na
densidade e composição dos materiais.
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A crosta encontra-se separada do manto pela
descontinuidade de Mohorovicic, localizada a
profundidades que variam de 30 a 70 quilômetros.
O manto está separado do núcleo pela
descontinuidade de Wiechert-Gutenberg, localizada
a cerca de 2900 quilômetros de profundidade.
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O núcleo, constituído de ferro e níquel, divide-se em
duas camadas, núcleo interno e núcleo externo.
O núcleo interno provavelmente encontra-se em
estado sólido, por estar submetido a pressões 3
milhões de vezes maiores que as observadas no
nível do mar, e exibe temperaturas similares às da
superfície do sol.
O núcleo externo provavelmente encontra-se em
estado líquido.
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O manto encontra-se nos estados pastoso (ou
magmático) e sólido. Parte de seu material, que
constitui a chamada astenosfera, move-se segundo
células de convecção.
O magma mais aquecido ascende, enquanto o
menos aquecido mergulha. As perturbações
geológicas que atingem a crosta, como os
terremotos e os vulcões, originam-se da pressão
exercida pelo magma.
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Correntes de convecção
Astenosfera
Litosfera
Teoria da tectônica global
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A crosta pode ser subdividida em duas camadas,
identificadas como Sima e Sial, denominações
derivadas dos elementos que as compõem.
A inferior, Sima, possui constituição basáltica, com
predomínio dos elementos Silício e Magnésio.
A superior, Sial, é constituída, principalmente, por
silício e alumínio.
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A espessura da crosta superior varia de 30 a 50
quilômetros. As rochas que a constituem – granitos,
migmatitos, basaltos e rochas sedimentares –
assemelham-se às que afloram na superfície.
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Sob os oceanos, não existe a crosta superior e a
crosta inferior exibe profundidades de apenas seis
quilômetros. As ilhas oceânicas são, por esse
motivo, de natureza basáltica.
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A delgada crosta terrestre é formada por diversas
placas rígidas que se movimentam devido à energia
transmitida pelo manto.
A superfície da Terra está em fluxo permanente. A
sua dinâmica depende do comportamento da
litosfera (esfera das rochas), que compreende a
crosta e a parte superior do manto.
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A litosfera é formada por placas tectônicas que
“flutuam” sobre o substrato magmático da
astenosfera. A espessura dessas placas varia
bastante.
As altas montanhas são as áreas de maior
espessura da crosta.
Os assoalhos oceânicos, ao contrário, apresentam
as menores espessuras.
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As placas “flutuam” no manto, devido ao equilíbrio
isostático.
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Placas tectônicas e deriva continental
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As placas rochosas que formam a litosfera mantêm
uma relação dinâmica com o magma da
astenosfera.
O movimento dos materiais do manto repercute
sobre as placas da crosta, gerando permanentes
acomodações imperceptíveis e súbitos rearranjos
violentos.
O tectonismo é essa dinâmica interior, que
configurou ao longo da história geológica, as
massas continentais e as bacias oceânicas do
planeta.
3. continental - continental
1. oceânica - continental
2. oceânica - oceânica
diferença de densidade
Tipos de limites convergentes - colisões
Limites divergentes
Dorsais oceânicas ou “montanhas submarinas”
Dorsal do Leste-Pacífico Dorsal Meso Atlântica
Dorsal do Sudeste Indiano
Fragmentação de uma massa continental e
desenvolvimento de margens continentais passivas.
Formação de oceano pela atividade das dorsais
Hipótese da deriva continental
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Francis Bacon (1620) e Alfred Wegener (1912)
Comprovação da teoria
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Uso do sonar na 2ª. Guerra Mundial
A “valsa” dos continentes
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A teoria das placas tectônicas permitiu a formulação
de um modelo geral para a deriva continental,
baseado na periodização da história geológica da
Terra.
Os continentes ancestrais surgiram durante o longo
período Pré-Cambriano, junto com a solidificação da
crosta terrestre.
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Rodínia (1,1 bilhão de anos)
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A Dorsal Meso-atlântica
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A falha de San Andreas
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Junção Tríplice no
Oriente Médio
Rift Valley
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Resumo
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A crosta rochosa da Terra é uma estrutura rígida,
delgada e fragmentada em grandes placas
tectônicas que sustentam os continentes e as bacias
oceânicas. A dinâmica da crosta terrestre foi
desvendada há apenas meio século, com o uso do
sonar, que propiciou a descoberta das estruturas
que formam o leito dos oceanos. As placas
tectônicas encontram-se em movimento
permanente, sob o efeito da energia dissipada no
interior da Terra. Esse movimento é conhecido como
“Deriva Continental”, e deu origem à evolução dos
continentes da Terra.
Fontes para consulta
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A Estrutura da Terra
Geodiversidade do Brasil, cap.1
Geologia, recursos naturais e tecnologias
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Na próxima aula:
Muito obrigado!
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