noções gerais de rega localizada (2ª parte)

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Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas DRAALG Direcção Regional de Agricultura do Algarve Noções Gerais de Rega NOÇÕES GERAIS NOÇÕES GERAIS DE REGA DE REGA LOCALIZADA (2ª parte) Armindo J. G. Rosa Patacão/Faro (2001)

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Noções Gerais de RegaM i n i s t é r i o d aA g r i c u l t u r a ,do DesenvolvimentoRural e das Pescas

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Noções Gerais de Rega

NOÇÕES GERAIS NOÇÕES GERAIS DE REGADE REGA

LOCALIZADA(2ª parte)

Armindo J. G. Rosa

Patacão/Faro

(2001)

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

REGA LOCALIZADA

Introdução

Foi na Alemanha, em finais do século passado, e nos E U A já neste século, que começaram as primeiras experiências utilizando tubosporosos que se enterravam no solo, com a finalidade regar as plantas e diminuir a evaporação.O sistema todavia não se generalizou de imediato pois a tubagem utilizada obstruía-se com facilidade, devido principalmente às raízes das plantas, e resultava difícil detectar e reparar as avarias no sistema enterrado.

Os sistemas de rega localizada mais conhecidos são os chamados gota a gota e, tal como os conhecemos hoje, só muito mais tarde, depois da segunda guerra mundial, se começaram a generalizar.

As primeiras tentativas bem sucedidas ocorreram em Inglaterra, utilizando microtubos em estufas e jardins.

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

REGA LOCALIZADA

Introdução

Depois, já na década de sessenta, os técnicos israelitas aperfeiçoaram os sistemas, que a partir dai, coincidindo com o desenvolvimento dos tubos de plástico, se generalizaram um pouco por todo o mundo.

Podendo utilizar-se em variadíssimas situações, é em zonas de clima mais seco, como o Algarve, onde a água não abunda e, não raro, tem salinidade elevada, que estes sistemas têm tido maior incremento, sendo hoje vulgar a sua utilização nas culturas hortofrutícolas.

Nas nossas condições, nas culturas em estufa, usam-se sistemas com gotejadores ou fitas de rega.

Nas hortícolas de ar livre e fruteiras, em especial nos citrinos, além dos sistemas gota a gota é igualmente comum o uso de miniasperssores.

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1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA

A rega localizada consiste em colocar a água e os adubos junto às plantas, utilizando para o efeito uma rede de tubos, em geral de plástico, distribuídos pelo terreno a regar.

Parte destes tubos, as rampas ou tubagem de distribuição, têm inseridos os emissores que humedecem a zona radicular de forma lenta e pontual, infiltrando-se a água no solo, tanto na vertical como na horizontal, o que no caso dos gotejadores dá origem a uma zona húmida com forma de bolbo (figura 1).

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REGA LOCALIZADA

Fig.. 1 - Bolbo húmido típico da rega gota a gotaBolbo húmido típico da rega gota a gota

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1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA

A rega localizada tem bastantes vantagens, relativamente a outros sistemas de rega.

Por vezes surgem alguns problemas, que não são propriamente inconvenientes, derivando, na maioria das vezes, de uma incorrecta utilização do sistema, pelo que se impõe uma cuidada avaliação do seu funcionamento e utilização, para que possamos tirar dele o máximo proveito.

Ao passar de um sistema de rega tradicional para um sistema de rega localizada há que mudar também a forma de actuar.

Com estes sistemas vamos ter uma parte da zona de crescimento das raízes permanentemente saturada de água, intercalada com zonas muito secas, não exploradas por elas.

Isto implica que as raízes se desenvolvem menos, e nessas manchas húmidas temos que concentrar a aplicação da água e dos elementos nutritivos.

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1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA

Assim as regas devem ser frequêntes, diárias ou cada dois três dias, aplicando apenas as quantidades de água correspondentes às necessidades hídricas da cultura, dado a eficiência de rega ser muito elevada.

Esta forma de actuar, que permite regar muitas vezes aplicando baixas dotações em cada rega, evita perdas por evaporação e drenagem, estas últimas de temer em especial nos solos arenosos ou pouco profundos, bem como os problemas de asfixia radicular que por vezes surgem nos solos mais pesados, com excesso de água e carência de oxigénio.

Um correcto manuseamento da rega localizada implica também uma mudança em relação à adubação, em especial com os adubos azotados.

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1 - FUNDAMENTOS DO SISTEMA

Assim, por principio, sempre que se rega aduba-se.

A chamada fertirrigação, ao possibilitar adubar muitas vezes, de forma fracionada, evita a concentração de sais no solo, as perdas por drenagem e possibilita à planta absorver os elementos nutritivos de forma gradual, de acordo com as exigências de cada fase do seu ciclo cultural.

Acrescente-se ainda que a manutenção do solo, na zona de desenvolvimento radicular, a um nível de quase saturação diminui o esforço da planta no seu trabalho de absorção, de água e nutrientes, devido ao baixo valor de tensão da água retida pelo solo.

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1.1 - Vantagens da rega localizada

Comparado com outros sistemas, tanto tradicionais como por aspersão, a rega localizada proporciona uma significativa poupança de água, que em alguns casos atinge os 50 % ou mesmo mais, sendo esta talvez a característica que mais contribuiu para o grande incremento que estes sistemas tiveram em regiões como a nossa, onde a água é um bem a preservar visto não existir em abundância.

Todavia muitas mais vantagens se podem obter, instalando um bom sistema de rega localizada, sendo de destacar as seguintes:

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1.1 - Vantagens da rega localizada

a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas

- Possibilidade de instalação em qualquer tipo de terreno, tanto no que respeita à topografia como à textura ou espessura do solo.

- Facilidade de dosificação da água e adubos a fornecer à cultura;

- Possibilidade de realizar regas e adubações a qualquer hora do dia e em simultâneo com outras operações tais como podas, colheitas, tratamentos fitossanitários etc.;

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1.1 - Vantagens da rega localizada

a) Vantagens comuns à generalidade dos sistemas

- Menor tendência de aparecimento de infestantes, dado que só se molha uma parte do solo;

- Redução da mão de obra necessária à utilização e manutenção do sistema de rega;

- Permite utilizar equipamentos de bombagem e acessórios, com menores potências e capacidades, visto estes sistemas se caracterizarem por trabalhar com baixas pressões e caudais;

- Em consequência das plantas terem, a cada instante, satisfeitas as suas necessidades em água e nutrientes, consegue-se aumentar a quantidade e qualidade das produções.

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1.1 - Vantagens da rega localizada

b) Vantagens dos sistemas gota a gota

- O vento não interfere no sistema de rega, como na rega por aspersão, e as perdas por evaporação, escorrência ou drenagem são diminutas;

- Possibilidade de regar com águas em que o valor da condutividade é mais elevado que o recomendado para os sistemas tradicionais ou por aspersão e em solos com maiores índices de salinidade, devido aofacto do solo, por estar sempre húmido, não atingir na sua solução concentrações tão elevadas;

Isso não seria possível se o solo intercalasse, estados de secura com a quase saturação, ou se a água molhasse a folhagem;

- Em solos com pouca permeabilidade e declive acentuado, a gota agota é preferível à miniaspersão, pois o baixo ritmo de descargadiminui o escorrimento superficial.

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1.1 - Vantagens da rega localizada

c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão

- Possibilidade de controlar o diâmetro da área humedecida, actuando sobre a trajectória do miniaspersor, de maneira a aumentar a área regada em função do crescimento das plantas;

- Permite incrementar a zona de desenvolvimento das raízes em solos arenosos;

- Em climas de inverno chuvoso e verão seco, a planta fica menos sujeita às variações de húmidade nos solo, que em determinadas condições podem conduzir ao atrofiamento de algumas raízes na zona não regada;

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1.1 - Vantagens da rega localizada

c) Vantagens dos sistemas de miniaspersão

- Aquando da ocorrência de ventos aumenta a estabilidade das plantas adultas, dado que as raízes se estendem por uma área mais vasta do que na rega gota a gota;

- Em situações de árvores com sistema radicular pouco profundo, possibilita a obtenção uma maior área molhada, que em certas situações pode ser vantajosa;

- Em dias quentes e de baixa húmidade, os miniaspersores permitem baixar a temperatura e aumentar a húmidade do ar.

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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver

Embora de pouca monta, em comparação com as vantagens, persistem todavia alguns problemas que devem ser levados em conta na hora de optar pela instalação de um sistema de rega localizada.

Deste modo chama-se a atenção para o seguinte:

- Ainda hoje o preço é relativamente elevado pelo que não se poderá aplicar a todas as culturas, nomeadamente às extensivas, sendo de aconselhar que se estude previamente a rentabilidade do sistema, em função da cultura e condições especificas de cada situação;

- Os emissores podem obstruir-se por acção de partículas físicas ou devido aos sais, contidos ou ministrados à água, pelo que o um uso incorrecto do sistema pode ocasionar danos irreparáveis, à cultura e ao sistema;

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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver

- Exigem-se equipamentos de muito boa qualidade e uma vigilância e manutenção atentas, de modo a evitar falhas do sistema;

- A utilização de nutrientes, com fósforo ou cálcio, exige cuidados especiais sob pena de obstruir os emissores;

- Dificuldades com a utilização de águas turvas ou com algas;

- Exige-se que o projecto de instalação seja bem dimensionado pois de contrario será impossível uma correcta homogeneidade na distribuição da água e adubos;

- Origina concentrações elevadas de sais nas zonas de separação do solo seco e molhado;

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1.2 - Inconvenientes e problema s a resolver

- Exige-se um bom sistema de filtragem da água e soluções nutritivas a aplicar;

- Existe o perigo de proliferação de algumas pragas ou doenças, na zona saturada junto aos emissores. A tubagem e fitas de rega podem ser atacadas por ratos ou grilos;

- Nos pomares adultos o uso de rega gota a gota, ao localizar a água e os adubos ao longo de uma estreita faixa, permanentemente humedecida, conduz ao atrofiamento das raízes, diminuindo por consequência a sua resistência e estabilidade, em dias de ventania;

- Maiores exigências em relação à qualificação dos utilizadores.

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2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada

Um sistema de rega localizada consiste num conjunto de equipamentos e acessórios que possibilitam uma distribuição uniforme da água e adubos, a ela incorporados.

Estes sistemas funcionam a baixas pressões, entre 0.5 e 2.5 Kg/cm2, aplicando a água ao solo de forma lenta e pontual, formando-se nele um volume de terra húmida com a forma de bolbo, cuja forma depende do débito do gotejador, do tempo de rega e da textura do solo (figuras 2 e 3).

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2 - Componentes principais de um sistema de rega localizada

Fig.. 2 - Diferentes formas do bolbo húmido, num Diferentes formas do bolbo húmido, num mesmo solo, e para idênticosmesmo solo, e para idênticos tempos de rega, mas tempos de rega, mas com diferentes débitos do gotejadorcom diferentes débitos do gotejador

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2 - Componentes principais de um sistema de rega

localizada

Fig. 3 - Diferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de soloDiferentes formas do bolbo húmido em função do tipo de solo

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2 - Componentes principais de um sistema de rega

localizada

Um sistema de rega localizada deve incluir os seguintes elementos:

- Fonte de água sob-pressão- Cabeçal de rega- Rede de distribuição - Emissores- Acessórios de ligação- Equipamentos de controle e regulação- Elementos de segurança- Acessórios diversos- Equipamento para estimar as necessidades de rega- Automatismos

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2 - Componentes principais de um sistema de rega

localizada

Fig. 4 - Cabeçal de rega localizadaCabeçal de rega localizada

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2.1) Fonte de água sob pressão

A água que vai circular na rede de distribuição necessita uma determinada pressão.

• O valor desta pressão, depois de deduzidas as perdas de carga ou os ganhos, devidos a desníveis do terreno, deve ser igual à pressãoexigida para o bom funcionamento dos emissores;

• Dependendo do tipo de emissor ou do débito pretendido, a pressão pode oscilar, como referimos anteriormente, entre os 0.5 e os 2.5 Kg/cm2;

• Uma barragem ou um tanque de rega, situados numa zona elevada, são por vezes suficientes para proporcionar a pressão exigida aosistema de rega;

• Se assim não for temos que instalar uma bomba que forneça a água com as pressões e caudais exigidos para um bom funcionamento do

sistema;

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2.1 - Fonte de água sob pressão

• Neste caso podemos optar por uma eletrobomba ou por uma bomba acionada com um motor diesel, caso não disponhamos de energia eléctrica;

• Em qualquer das situações a escolha deve ser precedida de uma análise cuidada, com vista a obter o máximo rendimento com um mínimo de custos;

• Em principio, sempre que possível, é de optar por bombas acionadas eletricamente. Estas bombas são mais limpas, de fácil manutenção e têm um rendimento bastante elevado;

• No caso da água a bombear provir de um poço pouco profundo, ou mesmo de um tanque não muito elevado, em geral usam-se bombas de turbina, com impulsor fechado e eixo horizontal (foto 1).

• Se a fonte de água é um furo, situação muito comum no Algarve, o mais aconselhável é instalar uma bomba eléctrica submersível (foto 2).

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2.1 - Fonte de água sob pressão

Foto 1 - Bomba de eixo horizontal com impulsor fechado

Foto 2 - Bomba eléctrica submersível

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2.1- Fonte de água sob pressão

• Caso não se disponha de energia eléctrica, podemos utilizar umabomba de eixo vertical (figura 5), a qual pode ser acionada por um motor diesel, ou em caso de emergência, pelo próprio tractor da exploração.

• Em qualquer dos casos a bomba a eleger deve ser escolhida de acordo com o caudal e a pressão a que vamos trabalhar.

• Relativamente à pressão é bom não esquecer que esta é a soma dovalor necessário ao funcionamento dos emissores, mais as perdas de carga na rede, mais a diferença geométrica (entre o nível da água e o local de saída).

• Deve ainda atender-se ao rendimento da bomba, procurando que para os valores (Q - H) escolhidos, o rendimento h seja o mais elevado possível, já que isso é economicamente representativo, visto que com uma menor potência de motor (W) podemos obter um valor mais elevado de (Q * H), como facilmente se comprova pela equação seguinte:

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2.1- Fonte de água sob pressão

Fig.. 5 - Bomba de Bomba de eixo verticaleixo vertical

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2.1 - Fonte de água sob pressão

Q * H

W = --------- onde :

270 * h

W = Potência, em cavalos vapor (C.V.)

Q = Caudal, em metros cúbicos por hora (m3 / h)

H = Pressão ou altura manométrica, em metros de coluna de água (m.c.a.)

h = Rendimento em %

• A partir desta fórmula podemos deduzir também os valores de Q, H e h, desde que os restantes sejam conhecidos.

• Tal facto permite não só o estudo de situações futuras, como ainda verificar se as bombas já instaladas, estão a funcionar deforma correcta.

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2.1 - Fonte de água sob pressão

• Assim, por exemplo, se o caudal (Q) da bomba fosse de 20 m3/h àpressão (H) de 20 m.c.a. com um motor com 20 C.V. de potência (W), tínhamos um rendimento (h) de apenas 7.4 %, valor considerado demasiado baixo, uma vez que em condições normais se deve aspirar a valores da ordem dos 70 % ou mesmo superiores.

• As bombas seleccionam-se facilmente quando se dispõe de gráficos com as curvas de funcionamento.

• Estas curvas relacionam o caudal (Q) e a pressão (H).

• Para uma escolha mais fundamentada os catálogos devem incluir

também as curvas de rendimento (ηηηη) para cada ponto (Q * H) escolhido.

• Igualmente é possível dispor no mesmo gráfico de uma curva, em geral incluída na sua parte inferior, que nos indica a potência exigida ao eixo da bomba para cada valor (Q * H), (figura 6).

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2.1 - Fonte de água sob pressão

Fig.. 6 - Curvas de funcionamento de uma bombaCurvas de funcionamento de uma bomba

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2.2 - Cabeçal de rega

Neste conjunto incluem-se vários aparelhos e mecanismos que possibilitam a chegada da água aos ramais de rega em condições de ser distribuída pelos emissores.

O cabeçal deve pois possibilitar a execução de certas operações como sejam o controle da pressão e do caudal, a filtragem, a incorporação de adubos e o tratamento químico da água, sempre que isso se justifique.

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2.2 - Cabeçal de rega

Em geral só se utiliza um cabeçal de rega, localizado normalmente à saída do furo ou tanque.

No caso da exploração ser dividida em sectores poderá resultar vantajoso a instalação de cabeçais secundários em cada um deles, de modo a melhor controlar algumas operações.

No cabeçal poderão ainda instalar-se aparelhos que possibilitem automatizar a totalidade ou parte das operações de rega.

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2.2.1 - Filtros

Os filtros são elementos muito importantes num sistema de rega localizada e deles depende, em grande medida, o êxito ou o fracasso de toda a instalação.

São eles que retêm as partículas sólidas, misturadas na água de rega, evitando assim o entupimento dos emissores e outros órgãos sensíveis do sistema.

Refira-se que os filtros não evitam os entupimentos de ordem química, devidos à aplicação de alguns adubos, ou à má qualidade da água, assunto que será tratado noutro capítulo.

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2.2.1 - FiltrosAs principais características que estes elementos devem reunir são:

- Capacidade para filtrar o caudal de água exigido pela instalação;

- Perdas de carga relativamente baixas;

- Facilidade de limpeza;

- Intervalos entre limpezas o mais longos possível;

- Baixos custos de instalação e manutenção;

Uma instalação pode necessitar de um ou mais filtros, tudo dependendo da qualidade da água e da maior ou menor sensibilidade dos emissores ao entupimento.

Os filtros diferenciam-se entre si, não só pela sua concepção básica, como também pelo tipo de partículas que podem reter, pelos materiais de que são construídos etc.., podendo agrupar-se do seguinte modo:

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2.2.1 - Filtros

Filtros de pré-limpeza

• A pré-limpeza da água consiste num conjunto de operações e cuidados, com vista a uma primeira separação dos corpos estranhos existentes na água, e realiza-se sempre antes da mesma chegar ao cabeçal de rega;

• Assim, se a água provem de uma barragem, de um rio, ou de um ribeiro é conveniente instalar um decantador que faça uma primeira separação das areias, calhaus e outros elementos grosseiros;

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2.2.1 - Filtros

Filtros de pré-limpeza• No caso da água se armazenar em tanques é aconselhável fazer a tomada de água um pouco acima do fundo, e de preferência a partir de um depósito rústico cheio de gravilha, ou outro material poroso, com suficiente volume, para deixar correr livremente o caudal exigido pela rede de rega;

• Este depósito deverá ser protegido com uma rede, com possibilidade de desmontagem para limpeza;

• Também se recomenda tapar tanques e poços, para evitar a entrada de poeiras e a formação de algas, as quais, são de difícil eliminação e entopem rapidamente os filtros comumente utilizados;

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2.2.1 - Filtros

Filtros hidrociclone

Estes filtros utilizam-se quando há grandes concentrações de areias na água;

Basicamente constam de um recipiente côncavo em forma de cone invertido (figura 7), com um orifício de entrada e outro de saída da água;

No seu interior a água adquire um movimento rotativo, tangencial às paredes, que dá origem a um violento remoinho, o qual obriga as partículas sólidas, mais pesadas, a depositar-se no fundo, onde existe um depósito que se limpa periodicamente;

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2.2.1 - Filtros

Filtros hidrociclone

Fig. 7 - Filtro hidrociclone

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2.2.1 - Filtros

Filtros hidrociclone

São filtros que, mesmo os de menor capacidade, permitem tratar elevados caudais possibilitando a eliminação de mais de 95% das partículas sólidas arrastadas pela água;

Em geral são instalados antes do cabeçal de rega, logo a seguir à bomba;

Baseados no mesmo sistema de funcionamento existem também filtros de malha, para instalação no cabeçal de rega, que se caracterizam por ser autolimpantes e actuarem conjugando o efeito de hidrociclone com os de um normal filtro de malha;

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2.2.1 - Filtros

Filtros de areia

• São constituídos por um depósito metálico, em geral cilíndrico, em aço inox ou recoberto interiormente por um material anticorrosivo (foto 3);

• O seu interior é formado por camadas de gravilha e areia, de um ou mais tamanhos, segundo os modelos, actuando a areia como elemento filtrante e a gravilha como suporte;

• A água a filtrar entra pela parte superior, atravessa as camadas de areia e gravilha, onde ficam retidas as partículas sólidas e sai por uma abertura na parte inferior do depósito;

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2.2.1 - Filtros

Filtros de areia (foto 3)

Entrada Entrada de águade água

Saída de Saída de limpezalimpeza

Saída água filtradaSaída água filtrada

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2.2.1 - Filtros

Filtros de areia• Para limpeza faz-se a água circular em sentido contrário, tendo o cuidado de utilizar água limpa. Por esse motivo é conveniente montar não um mas, no mínimo, dois filtros de areia em paralelo e, à saída de cada um, um filtro de malha;

• Os filtros de areia são bastante volumosos, pesados, relativamente mais caros que os de malha ou lamelas, além de provocarem elevadas perdas de carga;

• São no entanto absolutamente necessários no caso de águas com elevados teores em elementos finos, algas ou matérias orgânicas;

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas

• Os filtros de malha são os mais conhecidos e utilizados, na nossa região, aparecendo no mercado os mais variados modelos (foto 4);

• Têm o inconveniente de ser pouco efectivos quando a água contemmatéria orgânica muito fina, microorganismos e partículas de dimensões coloidais;

• O corpo em material anticorrosivo, leva no seu interior um cartucho, composto por uma ou mais redes de malha, formando cilindros concêntricos de aço inox ou material plástico;

• Se existirem várias malhas, elas têm diferentes diâmetros, de maneira a que a separação das partícula se processe por fases, circulando a água de modo a atravessar primeiro as mais largas;

• As redes utilizadas têm geralmente malhas com diâmetros entre 30 e 200 mesh;

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas (foto 4)

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas

• A unidade de medida "mesh" representa a densidade de malhas porpolegada quadrada, sendo portanto as malhas tanto mais finas quanto maior o número de "mesh".

• Assim um filtro com elevado número de "mesh", retém partículas mais pequenas que outro com poucas mesh, mas em contrapartida suja-se mais rapidamente que este.

• A escolha de filtros com mais ou menos malhas, depende de vários factores, entre eles e em especial o gotejador, pelo que deverá ser consultada a firma fornecedora sobre a densidade de malhas (nº de mesh) mais aconselhável para cada situação.

• Na falta de mais informação, refira-se que as malhas devem ter 1/10 do tamanho dos orifícios dos emissores, ou seja se os gotejadores tiverem orifícios de 1mm de diâmetro, o filtro deverá ser formado por malhas com 0.1 mm (155 mesh) (Quadro I).

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas

QUADRO I

Relação entre o nº de "mesh" e a dimensão das malhas

Nº de“mesh”

1020305075120155200450

Dimensão das malhas (mm)

1.500.800.500.300.200.130.100.080.022

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas

• Na rega localizada em geral não se utilizam filtros com mais de 155 mesh. Filtros com 200 ou mais "mesh", sujam-se rapidamente, exigindo por isso limpezas frequêntes .

• Em geral só se usam malhas mais apertadas em casos muito específicos e com águas bastante limpas.

• Por vezes é vantajoso que além dos filtros do cabeçal, se coloquem filtros de menor capacidade, com malhas mais apertadas, à entrada de cada sector, o que nos dá maiores garantias e evita limpezas tãofrequêntes dos filtros principais.

• No nosso mercado aparecem também os chamados filtros de lamelas, em que a rede de malha é substituída por discos de plástico com ranhuras, (foto 5).

• O seu uso é idêntico ao dos filtros de malha.

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2.2.1 - Filtros

Filtros de malha e lamelas (foto 5)

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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros

Na maioria dos casos é necessário recorrer a mais que um tipo de filtro, para uma eficaz limpeza da água de rega, sendo freqüente a combinação de filtros de areia com filtros de malha e, por vezes, também sistemas de pré filtragem.

Os princípios básicos a ter em atenção na escolha dos filtros são os seguintes:

- Com águas de profundidade utilizar filtros de malha

- Com águas se superfície fazer uma dupla filtração, usando filtros de areia seguidos de filtros de malha.

- No caso das águas com argilas e limo muito fino, que não ficam retidas nos filtros de malha e só em pequenas quantidades nos de areia, será necessário instalar sistemas de pré-filtragem para decantação das águas.

- Em águas onde seja grande a concentração de areias, antes do cabeçal, instalar um filtro hidrociclone.

- Realizando a fertirrigação é aconselhável instalar o adubador entre o filtro de areia e o de malha, ou instalar um pequeno filtro de malha à saída do adubador.

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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros

Resumindo, a ordem de instalação dos filtros será:

1º - Sistemas de pré filtragem2º - Filtros hidrociclone3º - Filtros de areia 4º - Filtros de malha5º - Filtros de malha a seguir ao adubador

• A utilização de um ou mais filtros deve ser ponderada, caso a caso e de acordo com as necessidades, dado que a instalação de vários tipos de filtros, se desnecessária, só servirá para encarecer a instalação e provocar perdas de carga na rede;

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2.2.1.1 - Instalação e utilização de filtros

• Na escolha dos filtros devemos ainda ter em atenção que os caudais indicados para cada filtro são geralmente referidos paraáguas limpas;

• O mesmo se passa em relação à perda de carga, entre a entrada e a saída do filtro;

• Assim sendo, como norma de segurança, deve trabalhar-se não com o caudal máximo, calculado para águas limpas, mas sim com um caudal não superior a 50% desse valor;

• Deste modo em vez de um filtro único, que no caso de grandes caudais seria bastante volumoso, o ideal será adquirir dois ou mesmo mais filtros, com capacidade para filtrar o dobro do caudal previsto, o que como também já referimos, tem a vantagem de possibilitar a limpeza dos filtros com água limpa;

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2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros

Filtros sujos afectam a pressão e o caudal disponíveis na rede de rega, podendo em casos extremos levar à rotura das malhas em alguns tipos de filtros, bem como a uma diminuição da qualidade da água.

A frequência das limpezas depende do grau de sujidade das águas,do volume de água a filtrar, do próprio filtro pois, como já vimos, as malhas muito apertadas sujam-se mais rapidamente, etc...

Na prática, e caso os factores acima referidos sejam constantes ao longo do tempo, podemos ao fim de certo período aferir qual o número de dias ou horas, ao fim dos quais se faz a lavagem dos filtros.

Para maior seguridade o ideal será colocar manómetros, à entrada e à saídas dos filtros, fazendo a limpeza sempre que a diferença de pressões, descontadas as perdas de carga relativas ao próprio filtro, seja superior a 300 g/cm2.

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2.2.1.2 - Manutenção e limpeza dos filtros

• Na grande maioria dos casos a limpeza faz-se por inversão do sentido da corrente, pelo que nestes casos será útil a instalação de dois ou mais filtros em paralelo, para que a lavagem se faça sempre com água limpa.

• Nos filtros de malha ou lamelas, ao fim de algum tempo, além destas limpezas de rotina, é conveniente fazer uma limpeza mais profunda lavando manualmente as redes ou discos, se necessário, com o auxilio de uma escova.

• Refira-se também que estas operações de limpeza se podem automatizar, utilizando para o efeito filtros autolimpantes, já pensados com essa finalidade ou instalando no sistema válvulas eléctricas que podem ser comandadas a partir de programadores derega mais ou menos sofisticados.

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2.2.2 - Adubadores

Vimos já que uma das vantagens da rega localizada reside na possibilidade de efectuar a fertilização em simultâneo com a rega.

Com esse objectivo instalam-se no cabeçal, ou em distintos sectores de rega, adubadores que permitem incorporar à água de rega os elementos nutritivos de que as plantas carecem.

Estes equipamentos possibilitam ainda a incorporação de fungicidas, nematodicidas, herbicidas, ácidos para limpeza do sistema, etc.. bastando para tal que sejam solúveis na água de rega.

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2.2.2 - Adubadores

Daqui resultam numerosos benefícios tais como:

- Distribuição uniforme e controlada de elementos nutritivos e outros produtos incorporados à água;

- Reduzida acumulação de sais no terreno, devido às baixas doses de adubo aplicadas em cada rega;

- Rapidez na assimilação dos elementos nutritivos pelas plantas;

- Menores encargos em mão de obra devido ao facto destas operações serem simultâneas à rega;

- Possibilidade de dosificar adubos, ácidos, pesticidas etc, em proporção com o volume de água ;

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2.2.2 - Adubadores

Com vista a uma escolha cuidada, do equipamento mais adequado a cada situação, a instalação destes elementos, deve ser precedida de um estudo prévio que tenha em atenção um conjunto de factores, de que destacamos:

- Prevenir a ocorrência de corrosão do equipamento de rega- O método de incorporação dos adubos na água de rega- O volume de solução fertilizante a incorporar- A concentração da solução fertilizante- A capacidade dos depósitos ou tanques de fertilização- A precisão necessária das doses a injectar- A pressão na rede de rega- A existência ou não de electricidade

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Os adubadores podem dividir-se nas seguintes classes:

- Tanques de fertilização

- Adubadores tipo Venturi

- Injectores ou dosificadores

a) - Tanques de fertilização

São constituídos por um depósito hermeticamente fechado, no interior do qual se coloca a solução nutritiva.

• Este depósito pode ser metálico, plástico ou em fibra de vidro e deve estar preparado para resistir a pressões até 5 a 6 kg/m2, bem como à corrosão, dos produtos (adubos, ácidos etc..) utilizados (foto 6);

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2.2.2 - Adubadores

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2.2.2 - Adubadores

a) - Tanques de fertilização

Foto 6 - Tanque de fertilização rústicoTanque de fertilização rústico

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• A instalação do adubador faz-se em paralelo, com a tubagem principal da rede de rega, mediante uma ligação designada por "by-passe”;

• Na maioria dos modelos existem dois tubos na parte superior;

• Um deles, que desce até ao fundo do despósito, proporciona a entrada da água tangencialmente às paredes, provocando um movimento de rotação que ajuda a dissolver os adubos;

• O outro tubo, que serve para saída da solução nutritiva, penetra apenas alguns centímetros no interior do depósito;

•A saída de mais ou menos adubo consegue-se fechando, mais ou menos a torneira do "by-passe", intercalada entre a entrada e a saída do adubador;

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2.2.2 - Adubadores

a) - Tanques de fertilização

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• Alguns fabricantes fazem acompanhar o adubador de um gráfico onde, entrando com a diferença de pressão, à entrada e à saída do depósito, se calcula a quantidade de solução fertilizante incorporada à água de rega;

• A colocação de um corante ou adubos que vão colorir a solução nutritiva e um tubo de plástico transparente à saída, também ajudam a reconhecer o momento em que todo o adubo foi incorporado à água de rega;

• Outro processo mais rigoroso consiste em medir a condutividade da água e ir verificando, até que as medições efetuadas depois da saída do adubador voltem ao valor inicial;

• Estes adubadores são fáceis de utilizar mas são pouco rigorosos, dado que a concentração de adubo na água de rega vai diminuindo ao longo da mesma, não sendo por isso possível uma aplicação uniforme dos adubos.

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2.2.2 - Adubadores

a) - Tanques de fertilização

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Nos adubadores que utilizam o principio de Venturi, a água entra num tubo, que sofre um estrangulamento, imediatamente antes do ponto de ligação à tubagem de aspiração da solução fertilizante (figura 8 );.

• Este estrangulamento, dá origem a uma elevação da pressão à entrada e a um abaixamento à saída, que provoca a sucção do liquido contido no depósito;

• A sucção dos adubos pode ser doseada, variando o diâmetro do estrangulamento, e é tanto maior quanto mais elevado o caudal que passa no Venturi;

• Os modelos mais simples e económicos, não têm depósito incorporado, e consistem numa peça compacta, em forma de cruzeta, que se intercala na tubagem principal, reunindo numa só unidade todos os elementos de regulação e controlo necessários para provocar oefeito de Venturi .

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2.2.2 - Adubadores

b) - Adubadores Venturi

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2.2.2 - Adubadores

b) - Adubadores Venturi

Rede rega

Solução Mãe

1) Torneira2) Válvula de retenção3) Filtro

Figura 8 - Esquema adubador Venturi

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• Os modelos que permitem maior rigor dispõem de um depósito paraos adubos, onde se insere depois o Venturi, com dispositivos quepossibilitam estabelecer diferentes concentrações de adubo na água de rega (foto7);

• Como inconvenientes, apontam-se o facto de provocarem elevadas perdas de carga e exigirem, para um funcionamento correcto, caudais relativamente elevados;

• Também se aponta a exigência de adubos líquidos, ou sólidos bemdissolvidos e sem impurezas, sob pena de se entupirem com frequência, impedindo a sucção.

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2.2.2 - Adubadores

b) - Adubadores Venturi

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2.2.2 - Adubadores

b) - Adubadores Venturi

Foto 7 - Adubador Venturi, com depósito Adubador Venturi, com depósito incorporadoincorporado

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Fertirrega em HorticulturaM i n i s t é r i o d aA g r i c u l t u r a ,do DesenvolvimentoRural e das Pescas

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Fertirrega em Horticultura

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

Estes adubadores utilizam o sistema de bombas injectoras, mediante as quais se pode regular com precisão o caudal da solução nutritiva a injectar na rede de rega.

Ao contrário dos tanques de fertilização e de alguns modelos venturi, os injectores de adubo, não trazem depósito incorporado, podendoadaptar-se a qualquer recipiente, resistente à acção corrosiva dos produtos a utilizar, e cuja capacidade depende do volume da solução a injectar.

Dentro das bombas injectoras temos as que funcionam com pequenosmotores eléctricos e permitem injectar a solução fertilizante a débito constante, independentemente do débito na rede principal.

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• Nestes casos as bombas são em geral de membrana, exigindo baixas potências pois, ainda que a pressão de injecção entre 5 e 15kg/cm², tenha que ser sempre superior à da rede, os caudais são baixos,variando entre os 20 a 250 l/h ;

• Nestes adubadores, é possível regular o caudal com a bomba em marcha, actuando sobre um parafuso que roda sobre uma escala graduada.;• Possibilitam ainda adubar com elevada precisão e são fáceis de automatizar.

• Têm como principal inconveniente, para lá do custo elevado, a exigência de energia eléctrica para o seu funcionamento;

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

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Outros sistemas utilizam a própria pressão da água, para accionar hidraulicamente bombas de pistões, que promovem a injecção dos adubos.

De entre os aparelhos que funcionam por acção da água sob pressão, damos preferência aos que injectam a solução em função do caudal.

• Nestes casos a solução fertilizante é injectada proporcionalmente ao caudal da rede, obtendo-se a cada momento a mesma concentração de adubo independentemente das oscilações que possam ocorrer, no caudal ou na pressão, da rede de rega;

• Dependendo do modelo estes adubadores, que funcionam com caudais desde 2,5 a 20 m3/h;

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

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• Injectam a solução fertilizante a concentrações que oscilam entre os 0.5 a 10% do caudal principal, podendo em alguns casos o mesmo aparelho apresentar várias possibilidades de variar a concentração;

• Se o caudal for superior aos limites do doseador , podemos fazer uma ligação em “by-pass”, mas perde-se a proporcionalidade directa e diminui a % de solução injectada, em função do caudal na tubagemprincipal;

• O custo destes aparelhos é também algo elevado e provocam perdas de carga, no sistema, bastante acentuadas;

• Noutros modelos (figura 7) o caudal de injecção é proporcional à pressão da água no tubo de alimentação do motor hidráulico;

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

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1 - Válvula de controle da pressão2 - União rápida3 - Filtro4 - Paragem automática 5 - Cabeça de sucção6 - Válvula de saída de ar7 - Válvula manual de controle da

injecção8 - Válvula de descarga da água9 - Válvula de retenção

Fig. 7 - Injector de Fertilizantes

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

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• Nestas condições a regulação do caudal faz-se por ajuste da pressão, numa válvula reguladora ai instalada;

• Se se desejar um caudal de injecção constante, independente da pressão, teremos que instalar um acessório denominado regulador de caudal;

• Nestes modelos a perda de carga é menor mas em contrapartida necessitam expulsar para o exterior um pequeno caudal de água, que se perde, encharcando a zona envolvente;

•Os injectores hidráulicos apresentam a vantagem de poder funcionar em locais que não disponham de energia eléctrica.

2.2.2 - Adubadores

c) - Injectores ou dosificadores

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Quando se trabalha com adubadores proporcionais ou com bombas injectoras é possível calcular antecipadamente, com rigor, imensos dados que nos irão auxiliar a utilizar da melhor maneira estes aparelhos.

Para facilidade dos cálculos, podemos socorrer-nos de fórmulas que se podem encontrar em numerosas revistas da especialidade.

As questões a resolver são variadas assim como variados são os caminhos que se podem tomar para a sua resolução.

Sem querer esgotar o tema, vamos apontar algumas pistas, escolhendo de entre as situações que no dia a dia se deparam, algumas das que consideramos mais importantes e frequentes.

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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Partindo da fórmula : - Ca = Cs x Ads/Vs, podemos calcular qualquer destes valores, se considerarmos que:

- Ca = concentração de adubo na água de rega (g/l)- Cs = concentração da solução mãe na água de rega (%)- Ads = adubo a dissolver na solução mãe (g)- Vs = volume da solução mãe, "água + adubo" (l)

Deste modo temos que:

. Cs = Ca x Vs / Ads

. Ads = Ca x Vs / Cs

. Vs = Cs x Ads / Ca

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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2) Supondo que desejamos uma concentração de 2.5 g/l de adubo naágua de rega e temos um adubador que injecta 1 l de solução mãe por cada 100 l (1%) de água de rega. No caso de querermos dissolver 25 kg de adubo, calcular qual o volume da solução mãe?

.Vs = ?

.Cs = 1 % = 1 / 100 = 0.01

.Ads = 25 Kg = 25.000 g

.Ca = 2.5 g/l

- Vs (Cs x Ads / Ca) = 25.000 x 0.01/2.5- Vs = 100 l

RESPOSTA - A solução mãe terá um volume de 100 l, ou seja, os 25 Kg de adubo devem ser misturados com água até perfazer 100 l.

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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2) Calcular a quantidade de adubo a incorporar em cada litro de solução mãe, para que a água de rega fique com 2 g/l de adubo. Dispomos de uma bomba eléctrica, regulada para injectar 200 l/hora, de solução mãe na água de rega e o caudal de rega é de 20.000 l/hora.

.Ads = ?

.Ca = 2 g/l

.Vs = 1 l

.Cs = é um valor que podemos obter a partir do volume de solução mãe injectado na água de rega.

Assim temos que, em cada hora, 200 l de solução mãe são misturados em 20.000 l de água de rega. donde:

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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200 l ---------------- 20.000 lx ---------------- 100 l

x = 1 l

Daqui se conclui que cada 100 l de água de rega recebem 1 l de solução mãe, ou seja, o nosso valor Cs = 1 % = 0.01.

.Ads (Ca x Vs / Cs) = 2 x 1/0.01

.Ads = 200 g

RESPOSTA - Cada litro de solução mãe deve conter 200 g de adubo.

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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3) Dissolvemos 30 Kg de adubo em água, até perfazer 200 l de solução mãe. Supondo que o caudal de rega é de 20 m3/hora e que a bomba doseadora lhe injecta 150 l/hora de solução mãe, saber qual a concentração do adubo na água de rega.

.Ca = ?

.Ads = 30.000 g

.Vs = 200 l

.Cs = poderia também ser calculado aplicando a fórmula :Cs = q x 100 / Q , em que:

q = caudal da bomba injectora (l/h)Q = Caudal na rede de rega (l/h)

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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Deste modo teríamos:

.Cs = 150*100/20.000

.Cs = 0.75 % = 0.0075

.Ca (Cs x Ads/Vs) = 0.0075*30.000/200

.Ca = 1,125 g/l

RESPOSTA - A concentração do adubo na água de rega é de 1.125 g/l

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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Outras questões se poderão colocar referem-se ao calculo do tempo de fertilização.

Podemos então aplicar a fórmula Tf = Ads x 60/Q x Ca e daqui deduzir os outros valores, de modo que teremos:

. Ads = Tf x Q x Ca/60

. Q = Ads x 60/(Tf x Ca)

. Ca = Ads x 60/(Tf x Q)

Onde Tf = ao tempo de fertilização (min). Os outros elementos mantêm os significados já referidos anteriormente.

2.2.2 - Adubadores

CÁLCULOS DE ADUBAÇÃOCÁLCULOS DE ADUBAÇÃO

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Para que o sistema de rega possa funcionar correctamente é necessário que todos os emissores debitem idênticos caudais, sendo correcto admitir diferenças não superiores a 10%.

Assim sendo torna-se necessário controlar as pressões e caudais, nos cabeçais principal e secundários, bem como em diferentes sectores da rede de rega considerados estratégicos.

Neste trabalho vamos referir alguns dos elementos que permitem regular ou controlar esses valores, destacando apenas aqueles que consideramos indispensáveis.

Ainda que possam ser utilizados isoladamente, para facilidade de exposição e porque são também parte integrante do cabeçal, passamos a referi-los desde já.

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Manómetros

São pequenos aparelhos que permitem medir a pressão em diferentes pontos da rede de rega (foto 12).

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Manómetros

• No mercado aparecem diversos modelos mas para rega localizada, trabalhando com baixas pressões, é conveniente escolher aparelhos que tenham sensibilidade para a medição de valores da ordem dos 100 g/cm² ou menos;

• Se utilizamos manómetros com escalas de 0 - 10 Kg/cm² ou mesmo de 0 a 6 Kg/cm², teremos grande dificuldade em determinar com precisão valores de 0.5 a 1 Kg/cm², valores de pressão entre os quais trabalham muitos dos sistemas de rega localizada;

• Assim será melhor escolher aparelhos com escala de 0 a 4 Kg/cm²ou menos, onde valores de 0.5 Kg/cm² representam já uma ampla parcela da escala, permitindo assim um rigor aceitável;

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Manómetros

• Também se recomenda a utilização de manómetros com glicerina na zona de deslocação do ponteiro, a qual funcionando como amortecedor evita os choques bruscos do mesmo, especialmente em pontos onde quedas ou subidas repentinas da pressão, poderão danificar rapidamente estes aparelhos;

• O número de aparelhos a instalar numa rede de rega é variável com a sua dimensão e esquematização;

• Deverão todavia colocar-se manómetros em todos os locais onde seja necessário conhecer com rigor a pressão a cada momento;

• Também se pode optar por instalar vários pontos de medição onde, dispondo de um único manómetro munido de uma agulha própria para o efeito, se faz a verificação dos valores da pressão;

• Na maioria dos casos aconselha-se instalar manómetros, ou pontos de medição, nos seguintes pontos:

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Manómetros

À saída da bomba - de modo a conhecer a pressão no inicio da rede de rega a cada momento.

Antes e depois dos filtros - de maneira a possamos saber não só as perdas de carga, provocadas por estes elementos, mas também o seu grau de sujidade.

À entrada e saída dos adubadores - estes manómetros possibilitam saber a cada momento não só as perdas de carga, provocadas pelos mesmos, mas também se a pressão é a indicada para o seu correcto funcionamento.

• Estes dados são especialmente importantes no caso de adubadoresem que a concentração dos elementos nutritivos adicionados à água de rega se calcula com base na diferença de pressão, entre a entrada e a saída da água.

Eventualmente poderão colocar-se manómetros noutros locais, tudo dependendo da rede em questão.

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Válvulas reguladoras de pressão

São aparelhos que se intercalam no circuito com a finalidade de regular a pressão na rede de rega (foto 13).

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Válvulas reguladoras de pressão

• Estas válvulas, além de evitarem que a pressão exceda os valores desejados, permitem de forma automática, mante-la constante, a partir do ponto em que se encontram instaladas, ainda que a montante possam ocorrer oscilações, dentro de valores acima do valor escolhido;

• Existem muitas marcas e tipos, vindo uns modelos já regulados de fábrica, e outros em que se pode regular a pressão que se desejaobter depois da válvula;

• Deve ponderar-se se se justifica ou não a sua instalação dado que acarretam sempre importantes perdas de carga.

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Reguladores de caudal

Os reguladores de caudal são constituídos por uma pequena peça,

em metal ou em plástico, onde se insere uma membrana de borracha

com um orifício, cujo diâmetro aumenta ou deminui de acordo com a

pressão da água, de maneira a manter um caudal constante (foto 14).

• Estes acessórios, de pequeno diâmetro, em geral instalam-se à

entrada de cada linha de rega e vêm regulados para um caudal fixo

que não se pode modificar;

• Estão indicados para terrenos inclinados;

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Reguladores de caudal

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Controle dos caudais

A eficiência da rede de rega depende em muito dos meios disponíveis para controlar a quantidade de água aplicada em cada rega.

• Em muitas ocasiões o agricultor não atua com suficiente rigor, pois toma como base para os seus cálculos, o caudal horário que se presume seja bombeado para a rede;

• Estes dados por sua vez são fruto de um teste de caudal, na maior parte dos casos bastante rudimentar e efectuado uma única vez, aquando da abertura do furo ou instalação da bomba;

• Outro método expedito, consiste em estimar o caudal com base nodébito do emissor;

• Neste caso sabendo o numero total de emissores instalados na parcela a regar, calcula-se o tempo de rega, para que passe o volume de água desejado;

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Controle dos caudais

• Este método é todavia também pouco rigoroso, e nem sempre possível de aplicar, dado que os emissores podem ter débitos irregulares, devido à pressão da rede nem sempre corresponder aos valores previstos, por haver entupimentos ou mesmo por deficiências de fabrico e, noutras ocasiões, desconhece-se mesmo o seu débito real.

• Em rega localizada exige-se maior precisão, dado que as regas são em geral curtas e freqüentes, implicando na maioria dos casos aaplicação de adubos ou pesticidas, segundo doses bastante precisas onde a falta de rigor pode ocasionar perdas ou danos avultados.

• Nestas condições, em que se exige elevado rigor no controle da rega, será necessário considerar a instalação de contadores de água, semelhantes aos utilizados nas redes domésticas de abastecimentode água (foto 15).

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2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Controle dos caudais

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.2.3 - Elementos de regulação e controlo

Controle dos caudais

• Em muitos casos bastará instalar um contador, no cabeçal de rega, a partir do qual se faz todo o controle da água a aplicar. No caso de na rede existirem vários sectores, será necessário instalar tantos contadores quantos os sectores a regar em simultâneo.

• No mercado encontram-se vários tipos de aparelhos, a maioria dos quais, apresenta um grau de rigor que pode ir até às décimas do litro, suficiente portanto para o fim em vista.

• A escolha do modelo irá assim depender fundamentalmente das necessidades de cada um, pelo que se poderá escolher desde os adaptados para funcionar com caudais baixos, da ordem dos 2 m3/h, até aos que possibilitam medições de 50 m3/h ou mais.

• Para o caso de redes onde o volume de água a aplicar seja controlado por meios automatizados, além dos mecanismos normais o contador terá ainda que dispor de um emissor de impulsos ligado ao programador da rega.

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.3 - Rede de distribuição

Em rega localizada praticamente só se aplicam tubos de plástico,principalmente de polietileno e, em menor escala, os de PVC rígido.

A sua crescente utilização em substituição, de outros tipos de tubagem, deve-se a uma série de características, de que se salienta:

- A baixa densidade;

- A boa resistência química;

- A simplicidade de instalação;

- A possibilidade de aplicar acessórios de outros materiais;

- A boa flexibilidade;

- As baixas perdas de carga;

- Os baixos custos de manutenção, quando enterradas;

- Os preços do tubo são mais baratos que os metálicos ou de fibrocimento;

- Têm melhor resistência à corrosão e boa estabilidade.

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Do que acima foi dito resulta que estes tubos permitem a incorporação de adubos, ácidos, pesticidas etc., sem perigo de danificar a tubagem;

• Além disso, ao conduzirem mal o calor, protegem melhor a água que transportam contra as variações de temperatura, verificando-se que a água gela com mais dificuldade numa tubagem de plástico do que numa metálica;

• Por outro lado, ao serem mais elásticos e flexíveis, quando a água gela podem dilatar-se mais e absorver o aumento de volume, que a água experimenta ao congelar, pelo que em zonas onde este problema se ponha têm a vantagem de se poderem enterrar a menores profundidades que as tubagens clássicas, o que pressupõealguma economia, resultante de um menor trabalho a realizar;

2.3 - Rede de distribuição

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• No que se refere à dilatação térmica há que atender ao facto dos plásticos terem um coeficiente de dilatação várias vezes superior ao dos metais, factor a ter em conta na hora de projectar uma instalação.

• O PVC rígido, por exemplo, tem um coeficiente da ordem dos 0.6 -0.8 mm/metro de longitude/10ºC de variação da temperatura. Logo,num tubo com 100 m de PVC , ao passar de 10ºC a 30ºC, há uma dilatação de 12 a 16 cm;

• Nos tubos de PE o alongamento ainda é maior, deformando-os, o que obriga por vezes a instalar elásticos ou outros artifícios que mantenham as linhas de rega esticadas, de modo a que a água não seja aplicada em zonas fora do alcance das raízes;

• Ao serem hidraulicamente lisos os tubos de plástico, em igualdade de outras condições, têm uma capacidade de transporte de água claramente superior, ao contrario de outros materiais que, sendolisos de inicio, passado algum tempo deixam de o ser devido a incrustações que se formam no seu interior;

2.3 - Rede de distribuição

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Os tubos de plástico PE comercializam-se em rolos de 50 a 200 m, dependendo do diâmetro, e os de PVC em varas de 6m, sendo o seu manejo e transporte bastante facilitados pela leveza do material;

• Os tubos de PE, mediante a adição de 2 a 3 % de negro de fumo, adquirem boa resistência à radiação, sendo todavia aconselhável,sempre que possível, protege-los da luz para lhe aumentar a vida útil;

• Assim para além da protecção, sempre recomendável, quando se armazenam será em muitos casos conveniente enterrar a tubagem nosolo, a profundidades de pelo menos 0.70 m e se possível, em especial nos terrenos pedregosos, colocando os tubos entre duas camadas de areia;

• Deste modo protegemos a rede de rega não só dos danos provocados pela luz como ainda de possíveis acidentes provocados por pedras, trabalhos de mobilização do solo, deslocações de máquinas etc.;

2.3 - Rede de distribuição

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Esta operação todavia também tem alguns inconvenientes como

seja a dificuldade de reparação, no caso de rupturas, e o facto de ser

uma operação sempre dispendiosa.

• Em geral numa rede o mais comum é enterrar a tubagem principal e

a totalidade ou parte da secundaria, deixando à superfície as linhas

regantes.

• Os tubos plásticos podem unir-se entre si recorrendo a acessórios

do mesmo material ou tradicionais, tais como o ferro ou o latão, os

quais serão tratados mais adiante.

2.3 - Rede de distribuição

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2.3 - Rede de distribuiçãoDimensionamento da tubagem

A água de rega é encaminhada para as plantas por intermédio de uma rede de distribuição que deverá ser desenhada e calculada de talmodo que todos os emissores, duma mesma parcela, debitem aproximadamente a mesma quantidade de água, sendo recomendado, pela maioria dos especialistas, que as diferenças de caudal entre emissores não exceda os 10 %, em relação ao seu caudal nominal.

Para isso é aconselhável recorrer a técnicos e firma da especialidade no sentido de projectarem as redes de rega das hortas e pomares a irrigar.

• De acordo com o volume de água a transportar e a pressão ou carga necessária ao funcionamento da rede assim se utilizam tubos de diferentes diâmetros e resistentes a pressões mais ou menos elevadas. (Quadro IV).

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2.3 - Rede de distribuiçãoDimensionamento da tubagem

QUADRO IV

Dimensões de alguns tubos de polietileno para rega localizada, produzidosem fabricas da Região Algarvia

------------------------------------------------------------

Tubo resistente a pressões de 2 kg/cm²------------------------------------------------------------

Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento

Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos

( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)

------------------------------------------------------------

1 " 33 28 225 50/100

1 1/4" 42 37 290 50/100

1 1/2" 50 44 415 50/100

2" 62 56 520 50/100

2 1/2" 75 69 635 6

3" 90 83 865 6

4" 110 102 1240 6

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2.3 - Rede de distribuiçãoDimensionamento da tubagem

Tubo resistente a pressões de 4 kg/cm²

------------------------------------------------------------

Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento

Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos

( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)

------------------------------------------------------------

16 mm 16 13 60 200/400

1/2" 17 14 70 100/300

5/8" 20 17 90 100/300

3/4" 25 20 165 100/200

1 " 33 27 265 50/100

1 1/4" 42 36 345 50/100

1 1/2" 50 43 480 50/100

2" 62 53 760 50/100

2 1/2" 75 64 1120 50/100

3" 90 78 1440 50/100

4" 110 96 2080 50

------------------------------------------------------------

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2.3 - Rede de distribuiçãoDimensionamento da tubagem

Tubo resistente a pressões de 8 kg/cm²

------------------------------------------------------------

Diâmetro Diâmetro Diâmetro Peso Comprimento

Nominal Exterior Interior (Apróx.) dos rolos

( " ) (mm) (mm) (g/m) (m)

------------------------------------------------------------

1/2" 17 13 90 100/300

5/8" 20 15 130 100/200

3/4" 25 19 195 100/200

1 " 33 25 340 50/100

1 1/4" 42 31 590 50/100

1 1/2" 50 38 775 50/100

2" 62 47 1200 50/100

2 1/2" 75 56 1820 50/100

3" 90 72 50/100

4" 110 50

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2.3 - Rede de distribuiçãoDimensionamento da tubagem

• Os tubos de maior diâmetro, 2 " ou mais, em geral só se utilizam na tubagem principal e ramais secundários;

• Estes tubos devem resistir a pressões nunca inferiores a 4 Kg/cm2;

• As linhas regantes, na maioria dos casos, utilizam tubos com diâmetro compreendido entre a 1/2" e os 3/4", sendo em geral suficiente tubo de 2 Kg/cm2, muito embora se possam utilizar tubos de 4 Kg/cm2, como forma de segurança a aumentos de pressão que possam ocorrer na rede de rega;

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2.4 - Emissores

Os emissores são os elementos que possibilitam a distribuição daágua às culturas, sendo por isso mesmo, dos componentes mais importantes da instalação.

Para que possamos tirar o máximo partido dos emissores, sejam eles miniaspersores, gotejadores ou fitas de rega, é necessário que reunam, entre outras, as seguintes características:

- Trabalhem a baixas pressões, debitando caudais reduzidos, mas constantes e pouco sensíveis às variações de pressão;

- Não se entupam com facilidade;

- Sejam compactos, de modo a não dificultar os trabalhos;

- Que sejam baratos, mas com elevada uniformidade de fabrico, de modo a permitir uma distribuição homogênea da água e adubos pelas parcelas a regar.

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2.4 - Emissores• Os caudais, nos gotejadores e fitas, podem variar dos 0.5 l/h aos 10 l/h, mas os débitos mais utilizados situam-se entre os 2 a 4 l/h;

• Nos miniaspersores, os débitos são em geral mais elevados, oscilando, dum modo geral, entre os 35 l/h e os 120 l/h;

• Alguns gotejadores trabalham a pressões inferiores a 1 Kg/cm² e, no caso das fitas de rega há modelos que dificilmente suportam valores superiores a 0.6 - 0.7 Kg/cm².

• Todavia sempre que possível é aconselhável trabalhar com valores da ordem de 1 Kg/cm², em particular nos terrenos acidentados, onde os altos e baixos do solo e as perdas de carga ao longo das linhas de rega, são suficientes para que se perca a uniformidade de distribuição da água.

• Nestas condições, para manter a uniformidade, o uso de muito baixas pressões, obrigaria a encurtar os ramais de rega, ou então, a aumentar o diâmetro do tubos o que originaria sempre um encarecimento da instalação;

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2.4 - Emissores

• No caso dos miniaspersores as pressões de funcionamento são sempre superiores a 1 Kg/cm², sendo os valores em redor dos 2 a 2.5 Kg/cm², os mais correntemente utilizados;

• A sensibilidade às variações de pressão está relacionada com o regime de funcionamento hidráulico do gotejador, sendo os que trabalham em regime laminar mais sensíveis que os que trabalham em regime turbulento e estes últimos mais que os autorreguláveis;

• Num emissor a pressão e o caudal estão relacionados pela expressão Q = K * Hx onde:

Q = Caudal do emissor (l/h)

K = Constante

H = Pressão (mca)

x = Expoente característico do gotejador

p

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2.4 - Emissores• Sendo "x" um factor que permite caracterizar cada emissor, e definir o seu regime de escoamento, podemos estabelecer a seguinte classificação:

- Quase laminar (x = 0.7 a 0.75). Estão nestas condições os gotejadores de circuito longo e condução rectilínea, caso dos microtubos, em que as perdas de carga se obtêm por fricção sobre as paredes;

- De transição (x = 0.65). São exemplo desta situação os gotejadores de circuito longo e condução em ziguezague em que a perda de carga se obtém por fricção sobre as paredes e por turbulência na conduta em ziguezague;

- Turbulento (x = 0.45 a 0.50). Alguns modelos de fitas de rega e miniaspersõres enquadram-se neste grupo;

- Ciclónico (x = 0.4). Caso de certos gotejadores que trabalham em regime ciclónico;

- (x = 0). No caso dos gotejadores autoreguláveis em que o caudal é constante, ou varia pouco, dentro de determinados valores de pressão.

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2.4 - Emissores

• Para conseguir pequenos caudais são necessários orifícios de saída também pequenos, portanto a fabricação deve ser muito precisa, dado que pequenas diferenças no diâmetro dos orifícios podem darlugar a importantes variações de caudal. ;

• Os diâmetros variam de 0.3 a 1 mm, podendo em alguns modelos iraté aos 5.5 mm;

• Quanto maiores são os diâmetros menores os riscos de obstrução,porém o caudal é em geral também mais elevado;

• Por norma os miniaspersõres têm orifícios de saída maiores e, nalguns casos, podem desmontar-se para limpeza;

• Querer ao mesmo tempo orifícios de saída pequenos e emissores que não se obstruam com facilidade, são duas características de difícil resolução e que se contrapõem;

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2.4 - Emissores

• Por esse motivo existem no mercado uma variedade imensa de modelos, que são o reflexo da maneira mais ou menos engenhosa decontrolar estes problemas;

• Relativamente ao preço dos gotejadores, a experiência tem demonstrado que os sistemas mais baratos, em geral são menos rigorosos e entopem-se com facilidade, pelo que os gastos de manutenção das instalações se elevam consideravelmente;

• Assim é nossa convicção que não se deve valorar em demasia estacaracterística, ainda que tenha sempre de ter-se presente a rentabilidade da cultura a regar, antes de se decidir por um ou outro sistema.

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

A existência de um número elevado de modelos, com características por vezes muito distintas, deu origem a diferentes maneiras de classificar os emissores podendo, consoante os autores, tomar-se como referência os aspectos hidráulicos ( de que já falámos), osriscos de obstrução, o modo de fixação etc..

Assim "Veschambre e Pierre Vaysse" técnicos do CTIFL de França no livro "memento goutte a goutte" distinguem apenas três tipos de emissores:

* GotejadoresGotejadores, de débito inferior a 10 l/h, constituindo peças independentes das linhas de rega sobre as quais estão inseridos (fotos 16 a 18);

* Fitas,Fitas, com orifícios que debitam valores da mesma ordem dos gotejadores, mas que são elas mesmas parte integrante das linhas de rega, não podendo delas ser separadas (foto 19);

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores (fotos 16 a 19)

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

* Difusores (Miniaspersores),Difusores (Miniaspersores), de débito superior a 10 l/h, que realizam uma micro-aspersão localizada (foto 20);

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

Dentro dos miniaspersores J. Beltrão, num trabalho sobre rega

localizada considera ainda que estes emissores podem ser dinâmicosdinâmicos

(miniaspersores propriamente ditos) ou estáticosestáticos (microaspersores).

Já " José A. M. San Juan" no livro "Riego por Goteo", recorre a uma

classificação bastante mais completa, onde se considera:

* * O regime de funcionamento hidráulicoO regime de funcionamento hidráulico::

- De regime laminarDe regime laminar (percurso longo e pequeno caudal);

- De regime parcialmente turbulentosDe regime parcialmente turbulentos (percurso longo e grande

caudal, gotejadores de orifício);

- Totalmente turbulentosTotalmente turbulentos (labirínticos, de saídas múltiplas);

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

* * A forma como tem lugar a perda de cargaA forma como tem lugar a perda de carga::

- Percurso longoPercurso longo

-- Percurso curtoPercurso curto

-- Fitas perfuradasFitas perfuradas

* A forma de fixação:A forma de fixação:

-- Em linhaEm linha (corta-se o tubo e coloca-se o gotejador)

-- Em derivaçãoEm derivação (o emissor é cravado ao tubo)

* O modo de distribuição da águaO modo de distribuição da água::- SimplesSimples (uma saída)

- MúltiploMúltiplo

- Fitas de paredes porosasFitas de paredes porosas

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

* * O risco de obstruçãoO risco de obstrução::

- Grande Grande Ø< 0.7 mm

- MedianoMediano 0.7 < Ø < 1.5 mm

- Débil Débil Ø > 1.5 mm

* A forma de limpezaA forma de limpeza

- DesmontáveisDesmontáveis

-- Não desmontáveis Não desmontáveis

-- AutolimpantesAutolimpantes

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2.4 - Emissores2.4.1 - Classificação dos emissores

* A sua regulação da pressão* A sua regulação da pressão::

- Normais Normais

- AutorreguláveisAutorreguláveis

Neste caso, por se tratar de um trabalho especifico sobre rega gota a

gota, não vêm referidos os miniaspersores.

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2.4 - Emissores2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

Os emissores são fabricados para debitarem um dado caudal, em geral variável, com a pressão de trabalho a que estão sujeitos.

Todavia, em condições de trabalho, esse valor sofre sempre uma serie de oscilações que podem ter origem no próprio emissor ou em condições externas.

a) Defeitos de fabrico

• Na práctica é impossível o fabrico de objectos exactamente iguais, admitindo-se por isso determinadas margens de erro, dentro das quais os defeitos se consideram aceitáveis;

• Assim a concepção, consoante se trate de modelos mais ou menos difíceis de executar, é um factor que pode influir no produto final ;

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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

a) Defeitos de fabrico

• No caso dos emissores onde, como já referimos, os orifícios de saída da água são diminutos, pequenas diferenças no diâmetro ou ligeiras imperfeições, ainda que reduzidas em valor absoluto podem representar um valor percentual bastante elevado.

• Estes problemas podem assumir maior gravidade no caso dos gotejadores ou miniaspersores autocompensantes, onde o fluxo de água é regulado, por intermédio de uma pequena anilha, ou membrana, em material elástico;

• Pelo exposto se pode ver como é importante haver, posteriormente ao processo de fabrico, um controle de qualidade que possa atestar se a maioria dos gotejadores estão dentro das margens de tolerância aceitáveis, garantindo assim que o material utilizado corresponde ao que efectivamente necessitamos.

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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

b) Temperatura

• Também a temperatura afecta o funcionamento do emissor:

• Nuns casos o gotejador pode trabalhar em regime laminar, o qualcomo é sabido, depende da viscosidade do líquido. Como a viscosidade da água varia com a temperatura, o caudal também se vê afectado;

• Por outro lado o material usado para fabricar os gotejadores, fitas ou miniaspersores, pode ser afectado pelas mudanças de temperatura que originam alterações no diâmetro dos orifícios desaída da água, produzindo como consequência alterações ao nível dos caudais. Esta incidência é maior nos emissores autocompensantes.

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2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

c) Obstrução dos emissores

• Os entupimentos, ao impedirem a saída da água, são a principal causa da inutilização de muitos sistemas de rega localizada;

• Por vezes a obstrução é parcial e resulta duma redução do diâmetro no orifício do emissor mas, não raras vezes, o entupimento é total;

• Em qualquer dos casos tais anomalias, caso se prolonguem, conduzem à diminuição da produção ou mesmo à perda da cultura, acurto ou médio prazo;

Estas obstruções produzem-se pelas seguintes causas:

- Partículas sólidas que a água leva em suspensão, algumas das quais, por serem mais finas que a malha dos filtros, atravessam todo o sistema de filtragem (geralmente è matéria orgânica, células de microorganismos ou óxidos de ferro);

- Bactérias produzidas no interior dos tubos, ou então nos depósitos de armazenamento da água.;

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- Depósitos químicos devidos à própria constituição da água ou a precipitados dos adubos que se introduzem na rede de rega;

- Areias e algas, no caso de má escolha dos elementos filtrantes;

- Crostas que se formam no interior de algumas tubagens;

•Tem-se verificado que os entupimentos diminuem consideravelmente se os orifícios de saída da água forem colocados na parte superior do tubo;

• Deve-se isto ao facto de muitas partículas, com dimensão suficiente para bloquear as saídas tenderem a depositar-se no fundo, podendo depois sair pela extremidade final das linhas de rega, mediante purgas periódicas. Infelizmente, na práctica, esta operação nem sempre é fácil de executar;

2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

c) Obstrução dos emissores

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• Quando as águas contêm certos elementos, como o cálcio e o magnésio, por si sós, ou devido a reacções com os adubos aplicados, podem-se formar precipitados que vão entupir os gotejadores, as fitas e, até os miniaspersores, em que os orifícios de saída da água têm maior diâmetro;

• Mesmo as fitas porosas, que não têm orifícios, são afectadas por estes elementos, em especial se não estão enterradas ou debaixo de um plástico de "paillage", em virtude da água ao evapora-se deixar os precipitados, que a pouco e pouco vão diminuindo a sua porosidade;

• Também as águas muito sujas com algas, areias, argilas etc., podem ocasionar entupimentos e danos nos emissores;

2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

c) Obstrução dos emissores

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Nas fitas porosas temos observado que algumas argilas mais finas, que passam pelos filtros, se depositam no interior, formando uma película impermeável que impede a saída da água;

• Por vezes proliferam ainda microorganismos, (bactérias, fungos)que entopem os emissores.

Nota: - Os problemas de entupimento físico dos emissores, de origem mineral ou orgânica, solucionam-se instalando filtros adequados, de acordo com o já referido quando tratamos este tema.

Quanto aos entupimentos de origem química e biológica também abordamos o assunto ao falar da qualidade da água de rega.

2.4.2 - Factores que afectam o seu funcionamento

c) Obstrução dos emissores

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

Ao escolher estes elementos devemos ter em atenção os diversos factores que nos permitem selecionar a melhor opção para cada situação.

No caso concreto da nossa região os dois factores que, em nossa opinião, desde logo vão condicionar a escolha do tipo de emissor a utilizar, prendem-se com o facto da cultura se realizar ao ar livre ou em estufa.

• Assim, nas culturas hortícolas em estufa onde, em especial no inverno, o excesso de humidade atmosférica pode ter nefastas consequências ao nível do controle de algumas doenças, em que à cabeça sobressaem as botritis, salvo casos pontuais, será aconselhável o uso de sistemas com fitas de rega ou gotejadores;

2.4.3 - Escolha do Emissor

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2.4.3 - Escolha do Emissor

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2.4.3 - Escolha do Emissor

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2.4.3 - Escolha do Emissor

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• Além disso, e dado que a fase mais difícil ocorre à plantação, quando as jovens plantas ainda não dispõem de um bom sistema radicular, o uso destes sistemas permite estabelecer uma franja húmida ao longo da linha de cultura que facilita o seu desenvolvimento inicial;

• Relativamente às fitas de rega é de registar o facto da sua manutenção não ser fácil dado que, com o uso, se entopem com frequência tornando difícil a obtenção de caudais uniformes ao longo das linhas de rega.

• Todavia, alguns modelos apresentam-se no mercado bastante mais baratos que os gotejadores o que permite, em muitos casos, utilizar as fitas uma única campanha, não se pondo então estes inconvenientes;

• Já no caso das estufas de floricultura, onde temos culturas em vasos, será mais aconselhável o uso de gotejadores com saídas múltiplas, tipo esparguete, que se podem mover e deslocar para aposição mais conveniente;

2.4.3 - Escolha do Emissor

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2.4.3 - Escolha do Emissor

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• Nas culturas ao ar livre a rega localizada aplica-se tanto em hortícolas como em fruticolas, podendo então utilizar-se os sistemas de rega gota a gota ou os miniaspersores;

• À partida não podemos dizer que a escolha de uma ou outra opcção seja mais vantajosa em relação à outra, desde que ambas sejam bem utilizadas, podendo em situações semelhantes obter-se bons resultados com gotejadores ou com miniaspersores.

A escolha muitas vezes depende de factores alheios ao sistema, nomeadamente os económicos ou a qualidade da água.

• Assim se a filtragem for menos perfeita é preferível utilizar miniaspersores, uma vez que são menos sensíveis à obstrução física interna e, por outro lado, a maioria dos modelos são fáceis de limpar;

• Têm todavia problemas no caso de haver caracóis ou insectos, que se instalam ou depositam os ovos junto à saída da água ou sobre a cabeça do miniaspersor impedindo deste modo a saída da água ou impossibilitando a sua distribuição de modo uniforme;

2.4.3 - Escolha do Emissor

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Também em situações onde seja necessário molhar a maioria ou a totalidade da área a regar, caso de culturas hortícolas muito densas ou em solos muito arenosos, onde a água saída do gotejador tem dificuldade em se deslocar lateralmente, penetrando mais em profundidade, o uso dos miniaspersores pode ser recomendável;

• Nestas condições podem resultar mais económicos visto que, para obter idênticas percentagens de solo húmido, teríamos que aplicar um maior número de gotejadores o que iria encarecer o sistema;

• Já em situações de solos muito inclinados sujeitos a forte escorrência, zonas muito ventosas, quando as águas são de má qualidade, quando seja prioritário poupar água e evitar o aparecimento de infestantes, ou, em situações em que seja de evitar molhar a folhagem, será recomendável o uso de gotejadores ou fitas de rega;

• No caso das fruteiras, citrinos ou outras, é também práctica corrente, e recomendável, que de início se regue com gotejadores, colocando um ou

dois junto ao tronco da planta, e mais tarde se instalem miniaspersores.

2.4.3 - Escolha do Emissor

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

A decisão sobre o débito do gotejador a utilizar, não pode ser dissociado da cultura a regar, mas depende principalmente da textura do solo a regar.

• Assim vemos que a partir de um certo débito, maior ou menor consoante o tipo de solo (figura 11), a que chamamos débito limite, começa a formar-se junto ao emissor uma zona saturada de água;

• Caso se exceda o débito limite, para um dado solo, pode acontecer que se forme uma poça de água junto ao gotejador;

• Se a isso se juntar um tempo de rega excessivo, em especial nossolos mais leves, podem também ocorrer perdas de água de certa gravidade, por drenagem, para camadas mais fundas fora do alcance das raízes;

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

T E X T U R A G ro sse ira M é d ia F in a

G ra n u m e lo tr ia 2 0 0 -3 0 0 u 1 0 0 -2 0 0 u . < 1 0 0 u

C o n d u . h id rá u l ic a E le v a d a M é d ia F ra c a

P o te n c ia l h íd r ic o F ra c o M é d io E le v a d o

D é b i to l im ite (q l) 2 -3 l /h 1 -2 l /h 1 l /h

----------------------------------------------------------------------------------------------------

D é b i to in fe r io r

a q l

--------------------

D é b i to

l ig e ira m e n te

su p e rio r a q l

--------------------

D é b i to m u ito

su p e rio r a q l

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Todavia, regar com débitos superiores ao valor limite, pode também ser aproveitado, de forma positiva, para aumentar a mancha húmida à superfície de um solo arenoso;

• O positivo desta situação resulta do facto de tal acção possibilitar, com menos gotejadores, a obtenção de faixas húmidas ao longo das linhas de rega;

•Nestas condições as regas devem ser sempre curtas mas frequêntes, por forma a evitar as perdas por drenagem.

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

O movimento da água no solo depende ainda de outros factores como a frequência da rega, a estrutura do solo etc,. Assim, se possível, o ideal será efectuar um pequeno ensaio de campo, colocando sobre o solo a regar, durante algumas horas, uma ou duas linhas de emissores, por forma a determinar o movimento da água e selecionar os emissores mais adequados.

Em termos práticos aconselha-se o seguinte:

- Horticultura - Gotejadores de 2 a 4 l/h

- Fruticultura - Gotejadores de 4 a 8 l/h

• Recomenda-se ainda que para os solos pesados (argilosos) e culturas densas se escolham os débitos mais baixos reservando-se os débitos mais elevados para os solos leves (arenosos) e culturas espaçadas;

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

No caso dos miniaspersores os débitos podem variar, segundo os modelos, de 10 l/h a mais de 150 l/h e o raio de alcance do jacto entre 0.5 e 5.0 m.

• Todavia, por razões agronómicas e de dimensionamento das redes de rega, recomenda-se regar com débitos não superiores a 40 l/h procurando que, se possível, o jacto não molhe o tronco das árvores;

• Relacionando o débito dos emissores com a água a aplicar à cultura podemos estimar depois o número de horas a regar diariamente;

• Na prática recomenda-se tomar como referência o mês de maior consumo de água, projectando a rede com uma margem se segurança que permita em caso de necessidade, aplicar mais 30 % de água;

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Assim, ao nível do cabeçal de rega, para regas diárias, o sistema não deverá funcionar mais de 18 h/dia, o que deixa livres 6 horas para utilizar em situações de emergência;

• A prática tem também demostrado que o tempo de rega de cada sector deve ser projectado de maneira a situar-se entre os seguintes valores:

HorticulturaHorticultura - Com gotejadores - 1 a 2 horas/dia

- Com miniaspersores - 0.5 a 1 hora/dia

Fruticultura Fruticultura - Com gotejadores - 3 a 8 horas/dia

- Com miniaspersores - 0.5 a 1.5 horas/dia

Esta números, que são orientativos, terão depois que ser confrontados com outros factores tais como o declive do solo, a textura e estrutura, o tempo disponível etc., pelo que poderão variar para valores por vezes um pouco diferentes dos indicados.

2.4.3.1 - Escolha do débito do emissor e tempos de rega diária

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

Na instalação das linhas de rega vamos atender à cultura e ao tipo de emissor.

-- GotejadoresGotejadoresEm termos práticos, para a instalação dos gotejadores, podemos tomar como base duas soluções:

1 - Na primeira vamos estabelecer ao longo da linha de cultura, uma faixa uniformemente humedecida;

• Deste modo é possível plantar diferentes culturas, a diferentescompassos, utilizando o mesmo sistema de rega, com a certeza de que a água vai chegar às plantas mesmo no período pós plantação;

• Este sistema é vulgarmente utilizado em hortícolas sob abrigo e, com menos frequência, ao ar livre;

Em fruticultura tem o inconveniente de, em zonas muito ventosas,poder produzir a queda de árvores, em especial se são de porte elevado;

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

Este problema deve-se ao facto da rega gota a gota provocar um certo atrofiamento do sistema radicular, com desenvolvimento superficial ao longo da linha, o que diminui a base de fixação da planta ao solo.

• Este sistema de colocação tem todavia a vantagem de facilitar aexecução dos trabalhos agrícolas.

2 - Na segunda solução procura-se criar um conjunto de pontos húmidos em redor da planta, de forma a que esta desenvolva o sistema radicular em redor da copa, conseguindo-se assim uma melhor fixação ao solo;

• É pois um sistema que se adapta bem a árvores de fruto, em especial em situações em que sejam de temer os acidentes anteriormente referidos;

Do exposto se conclui que a escolha de uma ou outra solução, dependerá de cada situação especifica, devendo a opcção por uma ou por outra ter em atenção cada situação em particular.

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

Na práctica podem utilizar-se várias combinações podendo, a titulo de exemplo, citar-se:

•• Uma linha continua junto à linha de culturaUma linha continua junto à linha de cultura - Adapta-se a hortícolas, vinhas, fruteiras etc, e tem possibilidade de variar os intervalos entre emissores em função do tipo de solo ou da idade das arvores a regar. No caso das fruteiras, após a plantação, podemos começar por colocar um ou dois gotejadores junto ao tronco, para terminar mais tarde com gotejadores ao longo de toda a linha de rega;

• Duas linhas continuas junto à linha de culturaDuas linhas continuas junto à linha de cultura - Em geral só terá justificação em fruteiras instaladas em solos mais arenosos, podendo na practica, considera-se uma continuação extrema da situação anterior, em que uma única linha não seja suficiente para humedecer a totalidade da área que queremos regar;

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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Uma linha continua junto à linha de plantas, utilizando gotejadoUma linha continua junto à linha de plantas, utilizando gotejadores de res de saídas múltiplas ou microtubossaídas múltiplas ou microtubos - Pode ter interesse em fruteiras, bananeiras, floricultura em vasos etc. Permite deslocar os pontos de rega, bem como aumentar o seu número, em função do desenvolvimento da cultura;

• Uma linha continua colocada entre duas linhas de culturaUma linha continua colocada entre duas linhas de cultura - O seu uso só tem algum interesse em horticultura, pois permite alguma economia ao nível do sistema de rega. Todavia as linhas duplas, em especial no inverno, dificultam o arejamento da cultura, não sendo por isso de aconselhar. Em fruticultura dificilmente terão aplicação;

Outras soluções se poderiam referir ( linhas em zig-zag, linhas com gotejadores tipo cauda de porco etc ) mas, ou são de difícil execução, ou têm tendência a dificultar os trabalhos, razão pela qual as situações já apontadas são na maioria dos casos as preferidas por técnicos e agricultores. Na figura 12 apresentam-se alguns exemplos de instalação das linhas de rega com gotejadores.

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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Finalmente queríamos ainda chamar a atenção para a distancia a respeitar, entre os emissores e a planta.

• A titulo orientativo, e tendo em atenção principalmente as hortícolas, podemos referir que o emissor poderá ficar a cerca de 5 cm das plantas em solos arenosos, 30 cm nos solos francos e 50 cm nos solos argilosos;

• Em qualquer dos casos a planta deve estar dentro do circulo de húmidade que se vê à superfície;

• No caso das fruteiras o problema é diferente, pois devemos atender a que as raízes que absorvem a água são as mesmas que fixam a planta à terra, razão pela qual os gotejadores devem ficar o mais afastado possível do tronco;

• Assim no caso de plantas jovens o gotejador deve ficar colocadonunca a menos de 30 a 50 cm do tronco;

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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• À medida que a planta cresce, os gotejadores que se tenham que acrescentar, serão colocados ainda mais afastados de modo a que o sistema radicular possa acompanhar o desenvolvimento da copa, evitando sempre a concentração de gotejadores junto ao troco.

- MiniaspersoresMiniaspersores

Com miniaspersores, cada emissor vai regar uma área mais ampla, que fica ao dispor das raízes, facilitando a absorção e a fixação ao solo. Tal como no caso dos gotejadores também aqui podemos optarpor diferentes soluções, destacando-se entre outras as seguintes:

• Um miniaspersor de 360º junto a cada árvore, de modo a formar um circulo completo. Para aplicação em fruticultura tem o inconveniente de molhar o tronco, facto que pode ter desvantagens no caso de plantas sensíveis è humidade nesse local. Todavia o facto de utilizar um único emissor por planta torna o sistema mais económico;

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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• Um microaspersor de 280 a 300º junto a cada árvore, formando um circulo incompleto. Em teoria com estes emissores evita-se regar o tronco. Na práctica isso nem sempre acontece, devido umas vezes ao vento outras à deficiente colocação do emissor, pelo que a vantagem que se poderia esperar é muito relativa;

• Dois microaspersores de 180º, um de cada lado da árvore, formando dois semi círculos. Se houver cuidado na colocação dos emissoresevita-se molhar o tronco da árvore com todas as vantagens dai decorrentes. O principal inconveniente reside no encarecimento da instalação motivada pelo uso de dois emissores;

• Um miniaspersor de 360º, entre cada duas arvores, formando um circulo ao meio da linha. Neste caso não se molha o tronco mas de início, quando as árvores são jovens, a água dificilmente chegará às raízes da planta;

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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- Para obviar a este inconveniente alguns modelos vêm equipados com um redutor de raio, permitindo sem molhar o tronco, colocar nos primeiros anos o miniaspersor junto ao tronco;

- Noutras ocasiões podemos também, de início, colocar um ou dois gotejadores junto ao tronco. Mais tarde colocaremos então o miniaspersor no local definitivo, entre cada duas árvores seguidas.

• Linhas de miniaspersores, cobrindo faixas ou a totalidade do solo. Será o caso da rega de hortícolas de ar livre, onde os miniaspersores devem ser instalados de modo a conseguir uma sobreposição dos círculos húmidos que assegure a rega de toda a área ocupada pelacultura.

2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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2.4.4 - Instalação das linhas de rega

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O maior ou menor número de emissores / ha vai depender de uma série de factores de onde se destaca a própria cultura, as exigências dos dispositivos de rega, a textura e estrutura do solo e os factores económicos entre outros.

• Segundo "Keller e Karmeli", especialistas deste tipo de questões, não é preciso molhar a totalidade do solo sendo suficiente humedecer apenas cerca de 33 % do volume de solo ocupado pelas raízes, no caso de culturas muito espaçadas entre si, e cifras um pouco maiores no caso de culturas mais densas, como as hortícolas.

• "Goldberg" fixou este valor em 50 % e os técnicos da "ReedIrrigation Systems" aconselham valores da ordem dos 40 % do volume disponível.

O que parece comprovado é um aumento de produção quando se rega mais de 50 % do solo ocupado pelas raízes pelo que, por segurança, iremos recomendar que se procure respeitar este valor na maioria dos casos.

2.4.5 - Densidade dos gotejadores

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- FruticulturaFruticultura

Na práctica, muitas vezes, há tendência a colocar menos gotejadores do que os teoricamente necessários;

• Isto explica-se pelo facto de assim se diminuir o custo das instalações. Contudo, ao instalar poucos gotejadores, podemos estar igualmente a reduzir em demasia o sistema radicular;

• O número de gotejadores por árvore é sempre mais elevado nos solos arenosos do que nos solos argilosos e também maior nos pomares adultos do que nos jovens;

• Em muitas instalações da nossa região é vulgar aplicar 2 gotejadores por árvore em pomóideas e prunóideas, 2 a 4 nos citrinos e 1 gotejador por cepa nas vinhas, podendo, e devendo, depois onúmero de gotejadores aumentar à medida que a árvore se desenvolve.

2.4.5 - Densidade dos gotejadores

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- HorticulturaHorticultura

O importante, como anteriormente já referimos, é estabelecer ao longo da linha de cultura, uma faixa uniformemente humedecida.

• Deste modo é possível plantar diferentes culturas, a diferentescompassos, utilizando o mesmo sistema de rega, com a certeza de que a água vai chegar às plantas mesmo no período pós plantação;

• Para isso é importante que à superfície as manchas húmidas provocadas pelos gotejadores se entrecruzem.

• Se possível aconselha-se efectuar um ensaio prévio no local, e procurar que a separação entre os emissores da linha possibilite a sobreposição da mancha húmida à superfície.

• De acordo com a figura 13, o ideal é que d> l > d/2 sendo:

* d * d -- diâmetro da mancha húmidadiâmetro da mancha húmida

* l * l -- intervalo entre emissoresintervalo entre emissores

2.4.5 - Densidade dos gotejadores

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Para unir entre si os diferentes elementos que constituem a rede de rega podem utilizar-se peças de distintos materiais (ferro galvanizado, latão, PVC, polietileno).

Deste modo é possível fazer derivações, ligar à tubagem elementos tais como filtros e adubadores, unir entre si tubos de iguais oudiferentes diâmetros, saltar desníveis etc.

No mercado aparecem inúmeros acessórios de ligação, podendo a título de exemplo destacar-se os seguintes: - uniões, curvas, tês, cruzetas, casquilhos, bucais, porcas de redução, tomadas em carga, tampões (foto 22).

• De início começou por se utilizar acessórios em ferro galvanizado e latão os quais se unem, entre si e os diferentes elementos do sistema, por intermédio de peças roscadas, macho ou fêmea;

2.5 - Acessórios de ligação

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2.5 - Acessórios de ligação

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

• Noutras ocasiões, em especial nas peças de latão, podem também aparecer acessórios com uma parte roscada e outra com estrias, que possibilitam a penetração em tubos de polietileno, recorrendo aocalor, sendo depois fixadas a estes por meio de abraçadeiras;

• Estes materiais, não obstante possibilitarem uma boa união entre os elementos do sistema, têm o inconveniente de poderem ser corroídos pelos adubos, ácidos e outros produtos, que por vezes é necessário incorporar à água de rega;

Por esse motivo muitas instalações utilizam acessórios de plástico, caso do PVC, que não têm este problema, e podem ser roscados, colados, ou mistos;

• No primeiro caso os acessórios unem-se, entre si e os elementos do sistema, por meio de roscas;

• Para os acessórios lisos podem utilizar-se colas especiais para PVC e, nos acessórios mistos, as peças são coladas de um lado e roscadas no outro;

2.5 - Acessórios de ligação

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• Este processo não permite todavia a posterior separação das peças, o que em certas ocasiões pode ser um inconveniente;

• Podem ainda utilizar-se acessórios de ligação em polietileno;

• Todavia com este plástico não é possível o uso de colas, dado que ele não a aceita;

• Por outro lado é em geral demasiado brando e macio para permitir a existência de roscas, razão pela qual, salvo casos pontuais, não é vulgar nem seguro utilizar acessórios roscados em polietileno;

• Neste material o mais vulgar é que os acessórios venham com estrias, de ambos os lados, sendo depois unidos aos tubos de polietileno por meio de calor e abraçadeiras;

• Um dos inconvenientes destes acessórios de polietileno prende-se com o facto de se quebrarem com relativa facilidade, não oferecendo por isso garantias de durabilidade e a sua posterior substituição é difícil especialmente se os tubos estão enterrados;

2.5 - Acessórios de ligação

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• Mais modernamente têm também aparecido acessórios, quer em PVC quer em polietileno, em que se aproveita a própria pressão da água para, com o auxilio de anilhas de borracha, conseguir a estanquicidade entre os acessórios e os tubos;

• Nestes casos deve evitar-se a exposição do tubos ao sol e procurar que fiquem bem apoiados, de maneira a evitar dilatações, quer pelo calor quer pela pressão da água, que possam ocasionar a fuga desta.

2.5 - Acessórios de ligação

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São elementos que se intercalam no sistema com a finalidade de proteger a rede de acidentes tais como roturas na tubagem, ou recuos da água que vão contaminar a fonte de captação

-- Purgadores e ventosasPurgadores e ventosas

Em pontos elevados da instalação e outros locais tais como filtros, curvas, adubadores etc., onde se pode acumular o ar, é conveniente a instalação de elementos que permitam a sua saída e, no caso das ventosas, também a entrada de ar durante o enchimento e vazamento das tubagens e depósitos (foto 23).

• A sua instalação é importante, pois a existência de ar pode afectar e fazer variar as pressões e caudais e, em casos extremos, provocar a ruptura da tubagem;

• O seu corpo pode ser metálico ou de plástico e no seu interior encontra-se uma bóia. Se circula água, esta empurra a bóia para cima fechando a saída. Quando se acumula o ar, a pressão baixa e a bóia cai, deixando escapar o ar.

2.6 - Elementos de segurança

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2.6 - Elementos de segurança

-- Purgadores e ventosasPurgadores e ventosas

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-- Válvulas de segurançaVálvulas de segurançaDestinam-se a proteger a instalação de possíveis roturas, deixando sair aágua, quando a pressão é excessiva;

• O seu corpo é geralmente de aço ou bronze, e tem uma saída tapada com um tampão calibrado para abrir quando a pressão ultrapassa o valor previamente escolhido (foto 24).

2.6 - Elementos de segurança

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-- Válvulas de retençãoVálvulas de retenção• Podem intercalar-se na tubagem principal ou no cabeçal, com a função cortar a coluna de água e evitar o seu recuo.

• Deste modo reduz-se o golpe de aríete, produzido quando se abre ou fecha o circuito, e evita-se que os adubos ou outros produtos incorporados à rega, vão contaminar a fonte de captação da água;

• O corpo destes mecanismos, em bronze, latão ou outro material resistente, leva no seu interior uma peça móvel que se abre quando a água se desloca no sentido da saída;

• Quando cessa o movimento da água, esta peça fecha o circuito e impede o seu recuo (foto 25).

2.6 - Elementos de segurança

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2.6 - Elementos de segurança

-- Válvulas de retençãoVálvulas de retenção

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2.7 - Torneiras e electroválvulas

São as componentes do sistema que permitem abrir ou fechar o circuito da água de modo a reparti-la, consoante as necessidades, pelos diferentes sectores a regar.

- TorneirasTorneiras

No mercado aparecem diferentes modelos, mais ou menos sofisticados consoante as necessidades.

No caso da rega localizada os modelos vulgarmente designados portorneira de cunha são dos mais utilizados;

• Constam essencialmente de um corpo onde uma peça móvel perfeitamente ajustada, sobe ou desce por acção de um parafuso, abrindo ou fechando o circuito da água;

• Estas torneiras são em geral de latão e quando novas vedam perfeitamente. Todavia à medida que vão sendo utilizadas começam a aparecer pequenas folgas que deixam escapar parte da água;

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2.7 - Torneiras e electroválvulas

- TorneirasTorneiras

• Outro problema que por vezes acontece prende-se com as pequenas partículas sólidas, principalmente areias, que se podem acumular nas zonas de encaixe, impossibilitando uma boa estanquicidade;

• O uso destas torneiras é de desaconselhar em sectores onde se preveja a utilização frequênte de ácidos ou soluções fortemente acidificadas, devido ao efeito corrosivo que têm sobre o metal de que são feitas.

As torneiras de esfera são outro tipo também com larga utilização.

• Neste caso o corpo móvel tem a forma de uma esfera lisa que se move horizontalmente dentro de um corpo fixo que contém vedantesem material sintéctico para melhorar a estanquicidade.

• Geralmente o corpo é metálico e a esfera em aço inox mas também é possível encontrar torneiras de boa qualidade totalmente construídas a partir de misturas de materiais plásticos de grande dureza;

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2.7 - Torneiras e electroválvulas

- TorneirasTorneiras

• As areias e outros pequenos corpos sólidos, contidos na água derega, que possam ter passado pelos filtros, podem riscar a esfera e o vedante, o que diminui a estanquicidade do conjunto;

• Em águas com muito calcário, se as torneiras ficam inactivas por longos períodos, este pode acumular-se nas zonas por onde circula a água e impedir ou dificultar a abertura ou fecho das torneiras.

- ElectrovalvulasElectrovalvulas• As electrovalvulas são válvulas eléctricas, utilizadas para automatizar o sistema de rega, em que a abertura e fecho é comandada por um solenóide de baixo consumo, o que permite em certos casos que sejam alimentadas por uma pilha.

• Nestas válvulas existe uma membrana, de borracha ou material sintético, que cerra o circuito e sobre a qual actua uma mola. Aabertura ou fecho é conseguido por acção de um eletroimã que permite vencer a força da mola (foto 26).

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2.7 - Torneiras e electroválvulas

-- ElectroválvulasElectroválvulas

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2.8 - Equipamento para automatização

São vários os equipamentos disponíveis no mercado que possibilitam ao agricultor controlar de forma automatizada grande parte das operações de rega e fertilização, tornando mais fácil, cómoda e eficiente, a utilização dos sistemas de rega.

Assim, dependendo do tipo de equipamento, é possível hoje em dia automatizar várias operações tais como:

- Tempo ou volume de rega e fertilização

- Dia e horas em que se rega ou aduba

- Arranque e paragem da bomba principal

- Manutenção da rede sob pressão

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2.8 - Equipamento para automatização

Para estas tarefas o operador pode dispor de equipamentos simples como sejam as válvulas volumétricas, que permitem controlar um dado volume de água, aos mais sofisticados, como os programadores e computadores de rega que permitem em simultâneo controlar várias operações.

Com a vulgarização da electrónica, os programadores e computadores de rega, começam também a estar acessíveis razão pela qual julgamos que as redes de rega deverão ser pensadas de modo a incluir também equipamentos e acessórios para automatização do sistema.

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2.8 - Equipamento para automatização

- Válvulas volumétricas associadas a balão e pressostato

• Estes aparelhos são constituídos por um corpo que na parte superior tem uma escala graduada, em l ou m3 , sobre a qual roda uma peça que permite a abertura do circuito e a prévia programação do volume de água a fornecer em cada rega (foto 29).

• A paragem da rega é obtida por intermédio de um mecanismo hidráulico, existente no interior do corpo da válvula, que se move por acção da passagem da água, fechando automaticamente o circuito após a passagem do volume pré-programado;

• Este facto possibilita a semi-automatização da rega, facilitando o trabalho, pois não é necessário preocuparmo-nos com o momento de fechar o circuito de rega;

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2.8 - Equipamento para automatização

- Válvulas volumétricas associadas a balão e pressostato

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2.8 - Equipamento para automatização

- Válvulas volumétricas associadas a balão e pressostato

• Todavia e dado que a válvula não permite ligar e desligar a bomba de rega será necessário que à mesma esteja associado um sistema que evite a subida da pressão na rede de rega, após o fecho do circuito, para além de valores suportáveis pela tubagem;

• Tal acção pode ser obtida por intermédio de um tanque elevado que mantenha a rede em carga dentro de valores conhecidos ou por meio de um conjunto formado por balão e pressostato (foto 30);

• Registe-se ainda que em alguns modelos junto com a válvula vem um contador de água, constituindo ambos um corpo único (foto 31).

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2.8 - Equipamento para automatização

- Válvulas volumétricas associadas a balão e pressostato

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2.8 - Equipamento para automatização

- Programadores e computadores de rega

Actualmente existem no mercado dispositivos, alguns deles com recurso a computadores, com programas específicos para a rega que possibilitam estabelecer um número quase inesgotável de funções necessárias à completa automatização duma rede de rega (foto 32).

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2.8 - Equipamento para automatização

- Programadores e computadores de rega

Refira-se todavia que, dependendo do tipo de equipamento, é possível estabelecer programas de rega, mais ou menos complexos, por intermédio dos quais podemos efectuar e controlar diversas operações, sendo de destacar pela sua importância, entre outras, as seguintes:• Dotação de rega;• Frequência das regas;• Fertirrigação;• Arranque e paragem da bomba principal;• Limpeza de filtros;• Controles e alarmes diversos.

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Fertirrega em Horticultura

3- EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Vamos considerar neste capítulo os “Tensiómetros”ensiómetros” e a “Tina de classe A”ina de classe A”, visto serem os equipamentos que, no Centro de Experimentação Horto Frutícola do Patacão, tomamos como referência para estimar e aferir as dotações de água a aplicar às culturas.

Tensiómetros• São aparelhos que dão informações acerca do grau de secura ou de humidade num solo regado, baseadas na leitura do valor da tensão da água no solo.

• Dado que medem directamente a energia que as raízes devem empregar para utilizar a água retida pelo solo, podem constituir excelentes auxiliares do agricultor, fornecendo indicações de razoável precisão quanto ao momento e quantidades de água a fornecer às plantas.

• Em muitos casos substituem com vantagem os métodos tradicionais que determinam a humidade no solo com base em análises gravimétricas, uma vez que se eliminam os trabalhos de recolha das amostras, as determinações em laboratório etc..

• Os tensiómetros funcionam satisfatoriamente dentro dum intervalo de valores compreendido entre 0 e 80 Cb., valores estes que são adequados para a vegetação em boas condições da maioria das culturas regadas, sendo por isso óptimos auxiliares na rega em horticultura, floricultura e fruticultura.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Tensiómetros (contin.)

• Um tensiómetro é constituído por um tubo, com possibilidade de ser hermeticamente fechado, que na parte inferior tem uma cápsula de porcelana porosa e na parte superior um manómetro graduado de 0 a - 100 centibares (Cb.), que mede a tensão da água no solo.

• O funcionamento do aparelho é baseado na depressão criada no interior do tubo, cheio de água e fechado, pela água ao ser sugada pelo solo.

• Assim partindo de um solo húmido, a terra à medida que vai perdendo humidade , por osmose através da cápsula de porcelana porosa, absorve água do interior do tubo, criando uma depressão.

• Esta depressão é acusada pelo ponteiro do manómetro, o qual sobe, tanto mais quanto maior a secura do solo.

• Ao regar o solo fica húmido e a água nele contida é sugada para o interior do tubo, circulando agora em sentido contrario, devido à depressão ai existente. O ponteiro do manómetro começa então a descer, podendo mesmo chegar ao zero se o nível de água aplicada for tal que sature o solo.

• Depois da rega, o solo, à medida que seca, perde de novo água, cria-se nova depressão no interior do tubo, repetindo-se o ciclo ao regar de novo.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Numero de tensiómetros a utilizar

• Não é possível indicar um número exacto porque as condições variam.

•Em muitos casos pode ser suficiente um único local de instalação mas o ideal é haver no mínimo dois locais para instalação de tensiómetros por cada parcela a regar.

• Em cada local de instalação podem ainda ser necessários tensiómetros a diferentes profundidades.

• Assim para plantas com raízes superficiais, até 40 cm, caso dashortícolas, bastará um tensiómetro.

• Para fruteiras, em que as raízes activas vão além dos 40 cm, já será aconselhável usar tensiómetros a 2 níveis, e além de 120 cm poderá mesmo ser necessário instalar aparelhos a três profundidades.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Locais de instalação dos tensiómetros

• Os tensiómetros devem ser instalados na zona de desenvolvimento das raízes activas, próximo de um emissor, de modo a que cápsula de porcelana porosa fique situada, numa zona do bolbo húmido, compreendida entre a parte mais saturada de água e a zona mais seca da periferia (figura. 1).

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Locais de instalação dos tensiómetros (continu.)

•. Relativamente à profundidade a que deve ser instalada a cápsula porosa recomenda-se, no caso de culturas anuais, como as hortícolas, com raízes superficiais, a colocação de um tensiómetro a 15 - 20 cm de profundidade.

• Este tensiómetro servirá para orientação das regas a aplicar à culturas, podendo instalar-se outro a maior profundidade, 40 a 50 cm, para orientação quanto a possíveis perdas de água por infiltração, para camadas mais profundas fora do alcance das raízes.

• Convém referir que caso o tensiómetro de baixo, indique sistematicamente valores de tensão inferiores aos indicados pelo tensiómetro colocado mais acima, isso quer dizer que estamos a aplicar regas demasiado copiosas.

• O ideal será conseguir que as leituras, em ambos os tensiómetros, sejam aproximadamente iguais, mas com registos no tensiómetros de baixo ligeiramente mais elevados. Este objectivo nem sempre se consegue às primeiras tentativas mas à medida que se adquire experiência torna-se mais fácil.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Locais de instalação dos tensiómetros (continu.)• No caso das fruteiras a escolha da profundidade ideal é mais delicada. Convêm verificar, se possível com um corte feito nas proximidades dum ponto de rega qual a zona que contem mais raízes.

• Quando elas são superficiais coloca-se a cápsula porosa a 25 - 30 cm de profundidade. Se as raízes são mais abundantes em profundidade coloca-se a capsula porosa a 40 - 50 cm de profundidade, aumentando também a distancia lateral em relação ao ponto de rega.

• Também aqui poderá ser interessante a instalação de um tensiómetro a maior profundidade, em local abaixo da zona de maior desenvolvimento radicular, para controle da água que eventualmente se infiltre para as camadas inferiores, onde as raízes não abundam.

• Muito do que acabamos de referir é também influenciado pelo tipo de solo, o qual condiciona o local de instalação dos tensiómetros. Assim, nos solos arenosos, onde a água apresenta uma maior velocidade de infiltração, com pouco deslocamento horizontal e o bolbo húmido, junto ao ponto de rega, apresenta a forma alongada de um "fuso", os tensiómetros devem ser colocados mais perto do ponto de rega.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Locais de instalação dos tensiómetros (continu.)

• Já nos solos pesados, onde a água se desloca mais na horizontal e menos na vertical, formando um bolbo com a forma de uma "cebola", se aconselha a instalação dos tensiómetros um pouco mais afastados do gotejador.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Locais de instalação dos tensiómetros (continu.)

• Já nos solos pesados, onde a água se desloca mais na horizontal e menos na vertical, formando um bolbo com a forma de uma "cebola", se aconselha a instalação dos tensiómetros um pouco mais afastados do gotejador.

• Deste modo, tomando como referência os valores anteriormente indicados, quer em relação ao afastamento lateral quer em relação à profundidade, para instalação dos tensiómetros, aconselhamos que se escolham os valores mais baixos para solos arenosos e os mais altos para os solos pesados, tipo argiloso.

• Caso tenhamos disponibilidade, o ideal será para cada tipo de solo ou situação, efectuar um pequeno ensaio de campo com vista a determinar a localização mais correcta para instalação dos tensiómetros .

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Interpretação das leituras do tensiómetro (continu.)

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• Para obter bons resultados com a rega, tomando como referência os valores das leituras observadas nos tensiómetros, é conveniente evitar que o solo seque demasiado, efectuando regas curtas e frequentes, o que não é difícil, quando se dispõe de sistemas de rega localizada.

• Assim, após a rega, a água reparte-se pelo solo formando um bolbo húmido que, como já referimos, pode adquirir diferentes formas em função do tipo de solo.

• Em qualquer dos casos, após uma rega, junto ao emissor observa-se sempre uma zona muito saturada em água.

• No caso de dotação excessiva essa zona tende a aumentar e, ao contrário, se a dotação é baixa tende a diminuir.

• Deste modo os tensiómetros colocados na periferia dessa zona podem detectar a evolução da humidade no bolbo húmido possibilitando um eficaz controle das regas. (figura 2).

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Interpretação das leituras do tensiómetro (continu.)

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Interpretação das leituras do tensiómetro (continu.)

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• Regra geral as leituras devem efectuar-se diariamente, de preferência sempre à mesma hora logo pela manhã, pois é nessa altura que o movimento da água nas plantas e no solo é quase nulo, existindo por isso condições muito próximas de um equilíbrio.

• Após alguns dias de registos nestas condições é possível observar a evolução da tensão da água no solo, podendo então manifestar-se várias tendências:

- Os valores não variam significativamente. Nestas condições os períodos de rega devem manter-se como programado.

- Os valores sobem, seja brusca seja progressivamente, dia após dia, o que significa uma diminuição da zona húmida. Nestes casos é necessário aumentar os períodos de rega.

- Os valores baixam, seja brusca seja progressivamente, dia após dia, o que significa que a zona húmida tende a aumentar. Nestas condições é necessário reduzir os períodos de rega.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Interpretação das leituras do tensiómetro (continu.)

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• A partir destas observações temos depois que decidir qual o momento mais oportuno para efectuar as regas, operação que pode ainda ser condicionada por factores tais como o tipo de solo, o clima, o método de rega etc., devendo por isso esta operação ser decidida pelo agricultor de acordo com as suas próprias condições. A experiência e a investigação fornecem também indicações gerais, muito úteis, que ajudam a interpretar os resultados das leituras dos tensiómetros:

- 0 a 10 cb - O solo está saturado, podendo as raízes das plantas sofrer uma falta de oxigenação. Nestas condições não é necessário regar. Se se teima em regar é certo que a água aplicada se perderá.

- 10 a 20 cb - Valores adequados à rega localizada. Na maior parte dos casos, em condições satisfatórias, a rega não será necessária. Em dias quentes, especialmente nos solos tipo arenoso, se a leitura oscilar entre os 13 - 15 cb, convirá regar reduzindo ligeiramente a dotação, ou regar com a dotação programada se a leitura se situa nos 15 - 20 cb.

- 30 a 60 cb - Valores desta ordem indicam que o solo tem pouca humidade. As plantas não morrem mas o teor de humidade no solo é insuficiente para a rega localizada. Assim é necessário regar, sendo mesmo aconselhável, aumentar progressivamente os tempos de rega.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Interpretação das leituras do tensiómetro (continu.)

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- > 70 cb - Leituras acima deste valor indicam falta de água nos solo.

• É recomendável, em rega localizada, regar muito antes do aparelho acusar valores desta grandeza. Nestas condições, não só as plantas podem começar a sentir os efeitos da seca, como o próprio tensiómetro pode dar resultados menos correctos, correndo mesmo o risco de "desferrar".

• Tendo em conta a nossa própria experiência (*), no manejo de tensiómetros, recomendamos que se tomem como referência, dotações e intervalos de rega previamente estabelecidos, regando com mais frequência nos solos tipo arenoso e nos meses de elevada evapotranspiração, podendo diminuir-se um pouco esta frequência nos solos tipo argiloso e nos meses frios, onde a evapotranspiração é menor.

• No caso da rega localizada o nosso objectivo será manter as leituras dentro dos limites de 10 a 25 cb, podendo a titulo orientativo, indicar-se os seguintes valores:

10 a 20 cb - Valores adequados à rega de Fruteiras

10 a 15 cb - valores adequados à rega de Hortícolas

(*) nota: - Os folhetos publicados pela DRAAG, referentes à rega de diversas culturas hortícolas contêm dados que podem ser tomados como referência.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Tina de Classe A

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• A Tina de Classe A é um recipiente circular, com 120.7 cm de diâmetro e 25 cm de altura, que permite medir a evaporação numa região em que se encontre instalada.

• De construção simples, podem fabricar-se localmente, com chapa de alumínio ou de ferro zincado.

• No campo a tina é depois colocada, horizontalmente, sobre um estrado em madeira, de estrutura aberta, que se instala no solo deixando uma abertura, entre este e o fundo da tina, por onde circula o ar.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Tina de Classe A

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• É importante que a tina esteja sempre limpa e cheia até 5 cm, por debaixo do bordo superior; não devendo nunca permitir-se que o nível da água desça mais de 7.5 cm abaixo do referido bordo.

• Para efectuar as leituras utiliza-se, em geral, um parafuso micrométrico instalado num pequeno cilindro, colocado no interior da tina com a finalidade de evitar a turbulência da água à superfície.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Tina de Classe A

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• As leituras, se feitas diariamente, sempre à mesma hora, dão-nos valor da evaporação em mm, relativa ao dia anterior, com base na qual é depois possível estimar as necessidades hídricas de diferentes culturas.

• A utilização dos dados assim estimados, sempre que possível, deve ser complementada pelas indicações dos tensiómetros, o que permite comparar os resultados e corrigir as dotações de água a aplicar às culturas.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Estimativa de cálculo da dotação de rega com base evaporação registada na tina de classe A

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A partir dos valores da evaporação obtidos numa tina de classe A é possível estimar a quantidade de água a aplicar a diferentes culturas.

• Primeiro, com os dados da evaporação é feita uma estimativa da evapotranspiração de referência (Eto), que se obtém com base na seguinte relação:

Eto = Epan * KpEto = Epan * KpEto - Representa a evapotranspiração de uma cultura de gramíneas verdes de

altura uniforme, (8 a 15 cm) com crescimento activo cobrindo um solo bem abastecido de água. Em mm/dia ou mm/período.

Epan - Evaporação na tina de classe A. Representa a perda de água por evaporação na superfície de uma tina. Em mm/dia ou mm/período.

Kp - Coeficiente especifico relativo à tina de classe A. Representa a relação entre a evaporação da cultura de referência (Eto) e a perda de água por evaporação na superfície de água livre de uma tina. Os valores deste coeficiente variam com a extensão e o estado da vegetação que cobre o solo em redor da tina, assim como com as condições de humidade e de vento. Pode variar entre 0.55 e 0.85.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Estimativa de cálculo da dotação de rega com base evaporação registada na tina de classe A

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• A partir do início do Projecto Luso-Alemão (1981) iniciaram-se registos dos valores da Evaporação numa tina classe A, instalada ao ar livre no posto meteorológico, do Patacão.

• No quadro II apresentam-se os valores médios recolhidos ao longo de 4 anos, referentes a um período, em que estudamos este método de medição da evaporação, onde podemos ainda verificar, que nas nossas condições, os valores do coeficiente Kp variavam de 0.85 a 0.65, sendo os valores mais elevados registados nos meses de Outono/Inverno e mais baixos na Primavera/Verão.

Valores Médios da Evaporação (mm) registada no Centro de Experimentação Horto-Frutícola do Patacão ao longo de 4 anos.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------Mês JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------Epan 1.7 2.1 3.2 4.5 5.7 7.0 8.3 8.7 6.5 4.5 2.2 1.8---------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Estimativa de cálculo da dotação de rega com base evaporação registada na tina de classe A

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A rega é depois estimada aplicando a fórmula:

Etc = Eto * Kc Etc - Evapotranspiração da cultura. Este valor representa a quantidade de água

a aplicar à cultura. Neste valor incluem-se a perda de água devida à transpiração da cultura, mais a evaporação do solo e da superfície húmida da vegetação.

Kc - Coeficiente cultural. Representa a relação entre a evapotranspiação da cultura e a evapotranspiração da cultura de referência (Eto) quando ambas se encontram em espaços amplos, em condições de crescimento óptimas. Este valor é função da espécie cultivada e do seu estado de desenvolvimento, apresentando geralmente valores inferiores a 1.

• Os valores de Kc são determinados experimentalmente e vêm publicados em diversa documentação, com destaque para as publicações da FAO ( Estudos FAO: Rega e Drenagem nºs 24 e 33). Todavia a sua aplicação directa nem sempre é aconselhável uma vez que foram estudados em condições por vezes muito diferentes daquelas em que vão ser utilizadas. Por isso é recomendável, sempre que possível, que se façam estudos de maneira a adapta-los às condições locais.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Influência da rega localizada na diminuição da evapotranspiração da cultura

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É conhecido de todos que de um solo com muita humidade à superfície, se evapora mais água que num solo seco, resultando dai uma evapotranspiração também maior.

• Na rega localizada, quer gota a gota quer por microaspersão, a área de solo molhado é claramente menor que pelos métodos clássicos (alagamento, aspersão etc..).

• Assim na prática a evapotranspiração é menor quando se utilizam técnicas de microirrigação.

• Nestas condições os valores de Etc não vão além de 70 a 90 % dos valores normalmente aceites.

• Esta diminuição de Etc é tanto maior quanto menor for a densidade dos distribuidores de água e humidificação do solo em superfície.

• Actualmente, principalmente em estufas utiliza-se também a cobertura do solo com plástico ("paillage") o que condiciona igualmente a evaporação à superfície e a humidade do solo.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Influência da rega localizada na diminuição da evapotranspiração da cultura (continu.)

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• Tendo em conta estes factores, "Veschambre et Vaysse" indicam alguns coeficientes, que se introduzem na formula de cálculo, com a finalidade de corrigir a dotação de rega a aplicar às plantas tendo em conta esta poupança de água e que, com caracter orientativo, se referem no quadro III.

Valores do coeficiente de poupança de de água (p)------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Tipo de cultura e sistema de rega (p)------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Com microasperssores 0.90Pomares clássicos com gotejadores (1500 a 2000 gotejadores / ha) 0.80Pomares de alta densidade com gotejadores (mais de 2500 gotejadores / ha) 0.90Tomate em estufa (regado gota a gota) 0.75Tomate. berinjela, pimento; com solo nu ao ar livre (regado gota a gota) 0.85Morangos, pimentos, melão; com "Paillage" plástica (regado gota a gota) 0.70Citrinos 0.70------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Influência da rega localizada na diminuição da evapotranspiração da cultura (continu.)

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• Assim, se a cultura a regar utiliza um sistema de rega localizada, será recomendável introduzir na fórmula de cálculo este coeficiente (p), resultando então a seguinte equação:

Etc = Epan * Kc * p p - Coeficiente de poupança de água.

• Este valor está ligado à prática da rega localizada, que provoca uma diminuição na evapotranspiração da cultura.

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Ensaios realizados há já alguns anos no Centro de Experimentação hortofrutícola do Patacão, onde estudamos a temática da rega, permitiram a elaboração de dados orientativos para a programação da rega em algumas culturas hortícolas.

Aplicando os mesmos princípios, tomando como referência os coeficientes culturais estudados para outras regiões semelhantes à nossa foi também possível estimar as dotações de rega para diversas fruteiras, ainda que nesta área o rigor seja menor, pois existe menos experimentação do que em horticultura.

• Há vários factores que devem ser tomados em consideração no cálculo da quantidade de água a aplicar às culturas. Um deles é a própria cultura, havendo espécies mais exigentes que outras, donde resultam diferentes consumos de água, para idênticos períodos culturais (figura 3).

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

Dotações acumuladas durante o períodocultura l

0

50

100

150

200

250

300

350

400

450

500

550

600

650

700

1 2 3 4 5 6 7

T

om

ate

P/V

Mel

ão P

/V

P

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To

mat

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Pep

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Fei

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O/I

Rega deimplantação

mm H2Oaplicados daplantação atéao inicio dasapanhas

mm H2Oaplicados doinicio dacolheita atémeio dascolheitas

mm H2Oaplicados domeio dascolheitas atéfinal

Dotações médias diá rias durante operíodo cultura l

0

1

2

3

4

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Por outro lado há espécies que gostam de solos húmidos e outras de solos mais secos (quadro IV).

Exigências de algumas culturas relativamente à humidade do solo

---------------------------------------------------------------------------------------Grupo Culturas

---------------------------------------------------------------------------------------1 Cebola, Pimento, Batata2 Couve, Tomate, Ervilha, Banana, Vinha3 Feijão, Melancia, Citrinos, Ananás4 Milho, Beterraba, Oliveira

---------------------------------------------------------------------------------------1 - Maior humidade no solo4 - Menor “ “ “

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Dentro da mesma espécie temos ainda que atender ao estado de desenvolvimento da cultura (figura 4).

• Em geral na primeira fase o consumo é baixo, sobe bastante na fase de plena produção e volta a diminuir na fase final do ciclo cultural.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• A época do ano é outro factor de grande influência sobre os consumos de água pela planta. Para uma mesma espécie temos consumos baixos nos meses frios, em que a evaporação é fraca, e consumos elevados nos meses quentes, quando a evaporação é alta (figura 5).

0

2

4

6

8

10

J F M A M J J A S O N D

mês

Fig. 5 - Evaporação ao Ar Livre registada, ao longo do ano, no CEHFP

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Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Para estimar a quantidade de água a aplicar em cada rega podemos tomar como referência a evapotranspiração da cultura ou a humidade do solo.

• Como já foi referido, ao falar da tina de classe A e dos tensiómetros, no primeiro caso os cálculos são feitos com base na formula:

- Rega = Eto * Kc * p , em (l/m²);

• No segundo caso, deixamos o solo secar até um valor previamenteestabelecido, aplicando depois uma quantidade de água que reponha a que foi consumida pela cultura.

• Na prática os dois métodos completam-se, podendo o agricultor tomar como referência os valores calculados com base na evaporação, servindo depois os tensiómetros para os acertos e correcções que seja necessário efectuar.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Como também já foi referido, calcular com exactidão a dotação de rega exige o conhecimento e a determinação no local de inúmeros dados (evaporação, velocidade do vento, humidade, valores de Kc e p, etc.).

• Todavia, em grande parte dos casos estes dados não existem e, estuda-los no local, não está ao alcance da grande maioria dos agricultores e técnicos não especialistas nestas áreas.

• Por esse motivo julgámos pertinente a elaboração dos quadros V a XIV (Hortícolas) e quadros XV a XVIII (fruteiras) onde se indicam valores médios das quantidades de água a aplicar a algumas das principais culturas regadas, cultivadas na nossa região.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Refira-se todavia que os dados ai inseridos são meramente orientativos, não podendo por isso, “em caso algum”, ser tomados como rígidos ou como "receita", aplicando-se em especial às culturas realizadas nas zonas em redor de Faro, regadas com sistemas tipo gota a gota.

• Na verdade cada exploração é sempre um caso particular, não sendo por isso possível esquecer que:

- As condições climáticas variam de local para local;

- Os valores da evaporação, que servem de base aos cálculos, são uma média de vários anos, registadas no Centro de Experimentação Horto-Frutícola do Patacão, pelo que poderão ocorrer situações diferentes de ano para ano, muito em especial se o local a regar se situar fora da referida zona;

- A densidade de plantação, o uso de "paillage", o sistema de rega, a qualidade da água etc., influem nos cálculos da dotação e da frequência das rega.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Assim sendo, estes valores devem ser alterados, sempre que deles resultem carências ou excessos de água para a cultura. A título orientativo recomendamos:

* Aumentar os valores dos quadros, até um máximo de 30 %, se:

- O tempo decorre mais quente e ventoso que o normal;

- O solo se apresenta persistentemente seco na camada dos 10 a 40 cm de profundidade;

- O tensiómetro indicar, por períodos de 6 -7 dias, valores acima dos 20 a 25 centibares.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Assim sendo, estes valores devem ser alterados, sempre que deles resultem carências ou excessos de água para a cultura. A título orientativo recomendamos:

* Diminuir os valores dos quadros, até um máximo de 20 %, se:

- O tempo decorre mais frio e húmido que o normal.

- O solo se apresenta persistentemente encharcado na camada dos 10 a 40 cm de profundidade.

- O tensiómetro indicar, por períodos de 6-7 dias, valores inferiores a 9 a 10 centibares.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• No caso das fruteiras, ao utilizar estes dados, recomenda-se ainda que se tomem em consideração também os seguintes aspectos:

- Os valores indicados têm por base coeficientes culturais retirados de literatura da especialidade, mas não foram ainda suficientemente testados nas nossas condições, pelo que devem ser utilizados com as devidas precauções;

- As tabelas destinam-se à rega de pomares, cobrindo mais de 60 % da área cultivada, e nalguns casos, somente para situações de solo limpo de infestantes, pelo que os valores devem ser alterados, sempre que se registem situações diferentes, de acordo com o seguinte:

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• No caso das fruteiras, ao utilizar estes dados, recomenda-se ainda que se tomem em consideração também os seguintes aspectos:

- Os valores indicados têm por base coeficientes culturais retirados de literatura da especialidade, mas não foram ainda suficientemente testados nas nossas condições, pelo que devem ser utilizados com as devidas precauções;

- As tabelas destinam-se à rega de pomares, cobrindo mais de 60 % da área cultivada, e nalguns casos, somente para situações de solo limpo de infestantes, pelo que os valores devem ser alterados, sempre que se registem situações diferentes.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

Dados orientativos para a rega de algumas culturas hortofrutícolas no Algarve (Campina de Faro/Olhão)

• Assim os valores indicados, no caso das fruteiras, serão alterados de acordo com o seguinte:

- a) Solo com infestantes aumentar a rega em 20 a 25 %;

- b) Pomares cobrindo até 20 % da área cultivada, reduzir a rega em 25 a 30 %;

- c) Pomares cobrindo 20 a 60 % da área cultivada, reduzir a rega em 10 a 15 %;

- d) Nas nossas condições a situação normal será a de clima seco. Em situações prolongadas de dias com muita humidade, tomar como referência a tabela de clima húmido.

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO V

Rega localizada do tomateiro em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.50 0.60 0.95 1.30 1.60 1.95 2.25 2.30 1.65 1.15 0.60 0.502ª Fase 0.60 0.75 1.20 1.65 2.10 2.50 2.90 2.95 2.10 1.45 0.75 0.653ª Fase 0.75 0.90 1.50 2.00 2.55 3.05 3.55 3.60 2.60 1.80 0.95 0.804ª Fase 0.80 1.00 1.60 2.15 2.80 3.30 3.85 3.95 2.85 1.95 1.05 0.905ª Fase 0.75 0.90 1.50 2.00 2.55 3.05 3.55 3.60 2.60 1.80 0.95 0.80

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores1ª - da plantação à floração do 1º cacho médios da evaporação numa Tina Classe A2ª - da floração do 1º cacho à floração do 3º cacho durante 4 anos 3ª - da floração do 3º cacho à floração do 4º cacho 4ª - da floração do 4º cacho a meio das apanhas

5ª - do meio das apanhas até final

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO VI

Rega localizada do tomateiro ao ar livre (água a aplicar em litros/m²/dia)

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.60 0.75 1.15 1.60 2.05 2.55 3.00 3.15 2.35 1.60 0.80 0.65 2ª Fase 0.80 1.00 1.50 2.10 2.70 3.30 3.90 4.10 3.05 2.10 1.05 0.85 3ª Fase 1.00 1.20 1.85 2.60 3.30 4.10 4.80 5.05 3.80 2.60 1.30 1.05 4ª Fase 1.20 1.50 2.30 3.25 4.10 5.05 5.95 6.25 4.70 3.20 1.60 1.30 5ª Fase 1.00 1.20 1.85 2.60 3.30 4.10 4.80 5.05 3.80 2.60 1.30 1.05

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores1ª - da plantação à floração do 1º cacho médios da evaporação numa Tina Classe A2ª - da floração do 1º cacho à floração do 3º cacho durante 4 anos 3ª - da floração do 3º cacho à floração do 4º cacho 4ª - da floração do 4º cacho a meio das apanhas

5ª - do meio das apanhas até final

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TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO VII

Rega localizada do melão em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.50 0.60 0.90 1.30 1.65 2.05 2.40 2.50 1.90 1.30 0.65 0.502ª Fase 0.85 1.10 1.65 2.35 2.95 3.65 4.30 4.50 3.40 2.30 1.15 0.903ª Fase 0.70 0.90 1.40 1.95 2.45 3.00 3.55 3.75 2.80 1.90 0.95 0.75

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores1ª - da plantação ao vingamento dos 1ºs frutos médios da evaporação numa Tina Classe A2ª - do vingamento dos 1ºs frutos ao início das colheitas durante 4 anos3ª - do início das colheitas até final

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TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO VIII

Rega localizada do melão ao ar livre (água a aplicar em litros/m²/dia)

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.60 0.70 1.10 1.55 1.95 2.40 2.80 2.95 2.20 1.50 0.75 0.602ª Fase 0.90 1.15 1.75 2.50 3.15 3.85 4.55 4.80 3.60 2.45 1.20 0.953ª Fase 1.15 1.40 2.20 3.05 3.90 4.80 5.60 5.90 4.45 3.05 1.50 1.204ª Fase 0.90 1.15 1.75 2.50 3.15 3.85 4.55 4.80 3.60 2.45 1.20 0.95

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por1ª - da sementeira ou plantação ao vingamento dos 1ºs frutos base valores médios da2ª - após vingamento dos 1ºs frutos e durante a floração feminina evaporação numa Tina Classe A3ª - durante o engrossamento dos frutos até ao início das colheitas durante 4 anos4ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO IX

Rega localizada do pepino em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.50 0.60 0.90 1.30 1.65 2.05 2.40 2.50 1.90 1.30 0.65 0.502ª Fase 0.60 0.70 1.10 1.55 1.95 2.40 2.80 2.95 2.20 1.55 0.75 0.603ª Fase 0.65 0.80 1.20 1.70 2.15 2.70 3.15 3.30 2.50 1.70 0.85 0.704ª Fase 0.70 0.90 1.40 1.95 2.45 3.00 3.55 3.75 2.80 1.90 0.95 0.75

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores

1ª - da plantação ao início da floração médios da evaporação numa Tina Classe A

2ª - do início da floração até cerca de 1-1.5 m de altura durante 4 anos

3ª - do 1-1.5 m de altura até ao início das colheitas

4ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO X

Rega localizada do pimento em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL . AGO. SET. OUT. NOV. DEZ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.40 0.50 0.75 1.10 1.35 1.70 2.00 2.10 1.55 1.10 0.50 0.452ª Fase 0.65 0.80 1.20 1.70 2.15 2.70 3.15 3.30 2.50 1.70 0.85 0.703ª Fase 0.80 1.00 1.55 2.15 2.75 3.40 3.95 4.20 3.15 2.15 1.05 0.85

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios da

1ª - da plantação ao início da floração evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

2ª - da floração ao início das colheitas

3ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO XI

Rega localizada do pimento ao ar livre (água a aplicar em litros/m²/dia)

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.60 0.75 1.15 1.60 2.05 2.55 3.00 3.15 2.35 1.60 0.80 0.652ª Fase 1.00 1.20 1.85 2.60 3.30 4.10 4.80 5.05 3.80 2.60 1.30 1.053ª Fase 1.20 1.50 2.30 3.25 4.10 5.05 5.95 6.25 4.70 3.20 1.60 1.30

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios da

1ª - da plantação ao início da floração evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

2ª - da floração ao início das colheitas

3ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO XII

Rega localizada da beringela em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.40 0.50 0.75 1.10 1.35 1.70 2.00 2.10 1.55 1.10 0.50 0.452ª Fase 0.60 0.70 1.10 1.55 1.95 2.40 2.80 2.95 2.20 1.50 0.75 0.603ª Fase 0.70 0.90 1.40 1.95 2.45 3.00 3.55 3.75 2.80 1.90 0.95 0.75

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios da

1ª - da plantação ao início da floração evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

2ª - da floração ao início das colheitas

3ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE CULTURAS HORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVREHORTÍCOLAS EM ESTUFA E AR LIVRE

QUADRO XIII

Rega localizada do feijão verde em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.30 0.35 0.55 0.75 0.95 1.20 1.40 1.45 1.10 0.75 0.40 0.302ª Fase 0.55 0.70 1.10 1.50 1.90 2.35 2.75 2.90 2.20 1.50 0.75 0.603ª Fase 0.75 0.95 1.45 2.05 2.60 3.20 3.75 3.95 2.95 2.05 1.00 0.804ª Fase 0.70 0.90 1.40 1.95 2.45 3.00 3.55 3.75 2.80 1.90 0.95 0.75

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios

1ª - da sementeira à germinação da evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

2ª - da germinação ao início da floração3ª - do início da floração ao início das colheitas

4ª - durante as colheitas

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

TABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE FRUTEIRASTABELAS ORIENTATIVAS PARA A REGA DE FRUTEIRAS

QUADRO XIVRega localizada de citrinos (água a aplicar em l/m²/dia)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de MêsDesenvol- ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase a) 0.45 0.55 0.90 1.20 1.55 2.15 2.50 2.65 2.00 1.40 0.60 0.502ª Fase a) 0.50 0.65 1.10 1.55 1.95 2.60 3.10 3.25 2.45 1.70 0.75 0.603ª Fase a) 0.60 0.70 1.20 1.70 2.15 2.85 3.40 3.55 2.65 1.80 0.80 0.65

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase b) 1.00 1.20 1.95 2.75 3.50 4.55 5.35 5.60 4.20 2.90 1.35 1.102ª Fase b) 0.85 1.05 1.75 2.45 3.10 4.05 4.80 5.00 3.80 2.60 1.20 0.953ª Fase b) 0.85 1.05 1.75 2.45 3.10 4.05 4.80 5.00 3.80 2.60 1.20 0.95

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fases de Desenvolvimento Nota: Os dados do quadro têm por base

1ª - árvores jovens cobrindo menos de 20 % da área total valores médios da evaporação numa

2ª - árvores cobrindo de 20 % a 60 % da área total Tina Classe A durante 4 anos3ª - árvores cobrindo mais de 60 % da área total

a) - solo limpo de ervas b) - solo com infestantes

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

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QUADRO XV

Rega localizada de nogueiras (água a aplicar em l/m²/dia)-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Mês

Situação --------------------------------------------------------------------------------------------

Climática MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Húmido / Vento Ligeiro a Moderado a) 1.15 1.90 2.75 3.50 3.95 3.90 2.90 2.00 ----Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado a) 0.95 2.00 3.25 4.20 4.65 4.60 3.30 2.30 ----

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Húmido / Vento Ligeiro a Moderado b) ---- 2.45 3.45 4.65 5.10 5.35 3.85 2.30 1.20Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado b) ---- 2.70 3.95 5.25 5.80 6.10 4.40 2.55 1.30

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------a) solo limpo de ervas Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios

b) solo com infestantes da evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

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EQUIPAMENTOS E PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAR AS NECESSIDADES DE REGA

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QUADRO XVI

Rega localizada de amendoeiras, ameixeiras, pereiras, damasqueiros, pessegueiros, nespereiras

(água a aplicar em l/m²/dia)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Mês

Situação -------------------------------------------------------------------------------------------

climática MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Húmido / Vento Ligeiro a Moderado a) 1.05 1.90 2.55 3.35 3.70 3.40 2.55 1.75 ----Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado a) 1.05 1.90 2.90 3.78 4.20 4.35 2.90 2.25 ----

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Húmido / Vento Ligeiro a Moderado b) ---- 2.00 3.05 4.20 4.65 4.90 3.45 2.15 1.20Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado b) ---- 2.55 3.60 4.85 5.30 5.60 4.00 2.40 1.30

----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------a) solo limpo de ervas Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios

b) solo com infestantes da evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

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QUADRO XVII

Rega localizada de vinhas (chuvas pouco frequentes) superfície do solo seca (água a aplicar em l/m²/dia)

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Situação Mês

Climática ------------------------------------------------------------------------------------------MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV.

---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Húmido / Vento Ligeiro a Moderado a) ---- 1.35 1.90 2.55 2.85 2.90 2.00 1.05 0.50Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado a) ---- 1.20 2.05 2.95 3.25 3.40 2.40 1.35 0.50---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Clima Seco / Vento Ligeiro a Moderado b) 0.50 1.20 2.05 2.95 3.25 3.15 2.00 1.20 0.50---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------a) - Vinhas Adultas, em regiões de geadas ligeiras; primeiras folhas em princípios de Abril, Nota: Os dados do quadro têm por base valores médios

vindima em começos de Setembro; a meio do período vegetativo a cobertura do solo deve da evaporação numa Tina Classe A durante 4 anos

rondar os 30/35 %. Solo limpo de infestantes

b) - Vinhas Adultas, em regiões de clima seco e quente; primeiras folhas em finais de

Fevereiro ou principio de Março, vindima meados de Julho; a meio do período vegetativo

a cobertura do solo deve rondar os 30/35 %. Solo limpo de infestantes

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FREQUÊNCIA DAS REGAS

Tão importante como saber estimar a quantidade de água a aplicar à cultura, é o conhecimento da oportunidade de rega.

• Se as regas forem muito espaçadas, a planta fica submetida a períodos de muita humidade no solo, intercalados com outros de grande secura.

• Além disso, nestas condições, as regas acabam por ser muito copiosas, originando perdas de água elevadas, principalmente se os solos são leves, do tipo arenoso.

• Se as regas são muito frequentes, em certos casos, conduzem ao encharcamento do solo, durante bastante tempo, podendo então ocorrer problemas de asfixia radicular.

• Se as regas são muito frequentes, em certos casos, conduzem ao encharcamento do solo, durante bastante tempo, podendo então ocorrer problemas de asfixia radicular.

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FREQUÊNCIA DAS REGAS

Para a escolha da melhor oportunidade para a rega podemos tomar como referência a água existente no solo.

• Nestas condições os tensiómetros, são, como já vimos, um óptimo auxiliar.

• Na prática, para a maioria das culturas, as regas terão lugar quando se registam valores acima dos 20 a 30 centibares

• São de evitar regas muito copiosas, de modo a que estes aparelhos não acusem valores abaixo dos 10 centibares, na camada superficial, até 30 a 40 cm de profundidade, região onde se desenvolvem a maioria das raízes activas.

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FREQUÊNCIA DAS REGAS

Outro modo de estabelecer a frequência das regas é programar em função de períodos fixos, tendo em atenção a época do ano e o tipo de solo.

•Assim, independentemente da espécie a regar, recomenda-se:

Cultura a decorrer na época quenteCultura a decorrer na época quente(Abril a Setembro)(Abril a Setembro)

Solo Tipo ArenosoSolo Tipo Arenoso { Rega diáriaou cada 2 dias

Rega cada 2 ou 3 diasSolo Tipo ArenosoSolo Tipo Arenoso {

Solo Tipo ArgilosoSolo Tipo Argiloso Rega Cada2 ou 3 Dias{ Rega cada

3 a 5 diasSolo Tipo ArgilosoSolo Tipo Argiloso {

Cultura a decorrer na época friaCultura a decorrer na época fria(Outubro a Março)(Outubro a Março)

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REGA DA CULTURAREGA DA CULTURA-- EXEMPLO PRÁTICOEXEMPLO PRÁTICO

Na sequência do que acabamos de expor apresenta-se um exemplo prático tomando como referência uma cultura de tomate em estufa.

I I -- DADOSDADOS -

•Área a regar 5.000 m25.000 m2

•Tipo de solo ArgilosoArgiloso

•Época do ano Mês de SetembroMês de Setembro

•Fase de desenv. da cultura Floração do 2º cachoFloração do 2º cacho

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REGA DA CULTURAREGA DA CULTURA-- EXEMPLO PRÁTICOEXEMPLO PRÁTICO

II II -- FREQUÊNCIA DA REGAFREQUÊNCIA DA REGA

Cultura a decorrer na época quenteCultura a decorrer na época quente(Abril a Setembro)(Abril a Setembro)

Solo Tipo ArgilosoSolo Tipo Argiloso Rega Cada2 ou 3 Dias{

• Como o solo é argiloso e estamos na época

quente, a frequência será de 3 dias entre regas

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REGA DA CULTURAREGA DA CULTURA-- EXEMPLO PRÁTICOEXEMPLO PRÁTICO

IIIIII -- QUANTIDADE DE ÁGUA A APLICARQUANTIDADE DE ÁGUA A APLICAR (ver quadro)(ver quadro)

Rega localizada do tomateiro em estufa (água a aplicar em litros/m²/dia)

-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Fase de Mês

Desenvol- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------vimento JAN. FEV. MAR. ABR. MAI. JUN. JUL. AGO. SET. OUT. NOV. DEZ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------1ª Fase 0.50 0.60 0.95 1.30 1.60 1.95 2.25 2.30 1.65 1.15 0.60 0.502ª Fase 0.60 0.75 1.20 1.65 2.10 2.50 2.90 2.95 2.10 1.45 0.75 0.653ª Fase 0.75 0.90 1.50 2.00 2.55 3.05 3.55 3.60 2.60 1.80 0.95 0.804ª Fase 0.80 1.00 1.60 2.15 2.80 3.30 3.85 3.95 2.85 1.95 1.05 0.905ª Fase 0.75 0.90 1.50 2.00 2.55 3.05 3.55 3.60 2.60 1.80 0.95 0.80----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

2.1

• MêsMês

����

����

•• Fase de desenvolvimentoFase de desenvolvimento • Valor no quadroValor no quadro

* Como regamos de 3 em 3 dias* Como regamos de 3 em 3 dias -- 2.1 x 3 = 6.3 l/m22.1 x 3 = 6.3 l/m2

* Água a aplicar em 5.000 m2* Água a aplicar em 5.000 m2 -- 6.30 x 5.000 = 31.500 l6.30 x 5.000 = 31.500 l

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REGA DA CULTURAREGA DA CULTURA-- EXEMPLO PRÁTICOEXEMPLO PRÁTICO

IIIIII -- QUANTIDADE DE ÁGUA A APLICARQUANTIDADE DE ÁGUA A APLICAR

���� ASSIM, UMA ESTUFA DE 5.000 M2, COM UMA CULTURA DE TOMATE NA 2ª FASE DE DESENVOLVIMENTO, NO MÊS DE SETEMBRO, DEVERÁ SER REGADA COM 31.500 LITROS DE ÁGUA DE 3 EM 3 DIAS ����

NOTA: - Para controlar a quantidade de água deverá dispor-se de um contador, ou, sabendo o número e o débito dos emissores, calcular por aproximação o tempo de rega.

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Noções Gerais de Rega - Rega localizada

FIM