formação de sistemas de rega

35
1 Conceitos Básicos Formação de Sistemas de Rega

Upload: mario-silva

Post on 01-Jul-2015

10.224 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: Formação de sistemas de rega

1

ConceitosBásicos

Formação de Sistemas de Rega

Page 2: Formação de sistemas de rega

2

Porquê regar?

Quais as mais valias dum Sistema de Rega? Será que Economizo agua e energia?

Page 3: Formação de sistemas de rega

3

Dados Básicos a Dominar

CAUDAL / DIAMETRO DA ADUÇÃO

PRESSÃO

ETP

TIPO DE SOLO e VEGETAÇÃO

VENTO

DECLIVES DO TERRENO

LIGAÇÃO ELÉCTRICA

Page 4: Formação de sistemas de rega

4

CAUDAL Volume de agua que passe por um orifício num dado espaço de tempo

Unidades: metros cúbicos por hora (m3/h) oulitros por segundo (l/s)

1 l/s = 3.6 m3/h

Como fazer uma medição de caudal de uma forma simples e eficaz em qualquer situção.

- Utilizar um balde vulgar exemplo de 10 lts

- Abrir a torneira ou válvula, é conveniente que seja o mais junto possível do ponto de agua, junto da Bomba ou o mais junto possível do Contador.

- Depois da torneira aberta colocar o balde a encher e cronometrar o tempo de enchimento, exemplo 10lts em 15 segundos, logo vamos ter 2400 l/h, disponíveis.

Page 5: Formação de sistemas de rega

5

CAUDALTabela de caudais máximos em cada diametro deTubagem

Equivalencia D EXT Q. MAX P. CARGA (100 MT ) PRESSÃO (KG/CM2 )

3/ 8" 16 0,8 8 0,8

1/ 2" 20 1,3 18 1,8

3/ 4" 25 2,2 13 1,3

1" 32 3,4 10 1

1 1/ 4" 40 5,6 7,5 0,75

1 1/ 2" 50 8,67 5,6 0,56

2" 63 13,8 4,2 0,42

2 1/ 2" 75 19,5 3,4 0,34

3" 90 28,1 2,7 0,27

4" 110 42 2,3 0,23

5" 125 54 1,8 0,18

Page 6: Formação de sistemas de rega

6

PRESSÃO

Peso de uma coluna de agua sobre uma superfície

Unidades : BAR = (kg/cm2) ou m.c.a. = (Metros de coluna de agua)

1 bar = 1 kg/cm2 = 10 mca

Como fazer uma medição da pressão:

-Utilizar um manómetro de pressão,

pode ser de leitura de 0 a 10BAR.

- Ligar no ponto de agua (torneira ou tubo) onde se tenciona ir buscar a agua para fornecer o sistema de rega.

Page 7: Formação de sistemas de rega

7

PERDAS DE CARGA

As perdas de pressão são causadas por Turbulências provocadas pela fricção da agua contra as paredes interiores dos tubos e acessórios.

Não nos podemos esquecer que nas diferenças de cotas também podem existir perdas de carga.

Page 8: Formação de sistemas de rega

8

PERDAS DE CARGATabela de perdas de Carga nas tubagens

CAUDAL M3/ H 20 25 32 40 50 63 75 90

0,22 1,13

0,45 4,15

0,68 8,53

0,9 *14,75

1,13 22,14 5,76

1,36 30,9 7,84

1,58 10,6

1,81 *13,37

2,04 16,83

2,27 20,29 6,22

2,49 24,21 7,61

2,72 8,76

2,95 *10,14

3,17 11,76

3,4 13,37

3,63 17,99 3,92

3,86 4,38

4,08 4,84

4,31 5,53

4,54 5,99

4,99 *7,14

5,45 8,3

5,67 8,99 4,38

5,9 9,91 4,61

6,35 5,3

6,81 *5,99 1,77

7,94 8,07 2,3

9,08 10,14 3,69

10,21 12,68 *4,61 1,59

11,35 6,45 1,91

13,62 8,53 2,76

15,89 10,84 *3,69 1,24

18,16 4,61 1,59

20,43 5,76 1,98

22,71 6,91 *2,3

27,25 3,45

DIAMETRO DO TUBO INTERIOR ( POLIETILENE )

Valores em m.c.a, equivalencia 10m.c.a. = 1bar

Page 9: Formação de sistemas de rega

9

ETP - EvapoTransPiração

A ETP representa a quantidade de agua evaporada por uma cobertura vegetal regular.A rega deve compensar a etp (a quantidade de agua evaporada)

ETP (EvapoTransPiração)

O VALOR MÉDIO DE ETP = 5 a 6 mm/dia

3 a 4mm/dia para o norte de Portugal6 a 8 Para o sul de Portugal

O que influencia e determina o ETP:Temperatura

Pluviometria (chuva)

Humidade

Velocidade do vento

Radiação solar

Page 10: Formação de sistemas de rega

10

TIPO DE SOLO SOLOS NÃO COESIVOS (ARENOSOS) – Retêm muito rápido a agua,

coloca-se mais arranques e menos tempos de rega

SOLOS MISTOS – Arranques normais e tempos normais

SOLOS COESIVOS – Encharca rapidamente, plano de rega como nos solos arenosos

O TIPO DE SOLO DÁ-NOS UMA IDEIA DA AGUA RETIDA PELO SOLO

TIPO DE VEGETAÇÃOSaber a necessidade de agua das plantas a regar

Relva / Arvores / Arbustos / Plantas

Saber o crescimento das plantas em altura

Page 11: Formação de sistemas de rega

11

DECLIVESOrigina perdas de carga

O escorrimento de agua provoca erosão do solo

TODOS OS SECTORES QUE FICAREM EM ZONAS COM INCLINAÇÕES DEVERÃO QUE SER EQUIPADOS COM VÁLVULAS SAM PARA SUSTER A AGUA NO MÁXIMO DE 3 M.C.A.

PONTOS DE CORRENTE ELECTRICAEXISTE CORRENTE ELECTRICA A 220V?

Se sim, pode-se colocar um programador de parede a 220V e electrovalvulas de 24V

Se não, teremos que colocar programador de 9V e electrovalvulas de 9V

Page 12: Formação de sistemas de rega

12

Analisar o terreno a regar

Dimensões;Declives;Tipo de vegetação e de solo;Pontos de agua e de corrente eléctrica.

Executar no levantamento

Um projecto detalhado com todas as medidas.

A medição do caudal e da pressão disponível.

DIMENSIONAR O SISTEMA DE REGA

PROJECTO DE UM SISTEMA DE REGA

Page 13: Formação de sistemas de rega

Temos que respeitar o alcance máximo de cada um

Colocar sempre os aparelhos o mais nos cantos e beiras possíveis

Espaça-los no máximo o alcance deles de forma a criar uma uniformidade perfeita

Implantar os aspersores e pulverizadores no terreno

Todos os aparelhos têm um determinado alcance…

Ao escolhermos a posição deles no terreno, nunca nos podemos esquecer:

13

PROJECTO DE UM SISTEMA DE REGA

Page 14: Formação de sistemas de rega

14

Material de Rega

Page 15: Formação de sistemas de rega

COMO ESCOLHEMOS OS APARELHOS A REGAR?

Se temos zonas do terreno com larguras inferir a 5mts utilizamos PULVERIZADORES

PULVERIZADOR – APARELHO DE JACTO FIXO

Se temos zonas do terreno com larguras superior a 5mts utilizamos ASPERSORES

ASPERSORES – APARELHO DE JACTO ROTATIVO

Se temos arvores , arbustos ou plantas, podemos sempre utilizar rega localizada em cada caso

REGA LOCALIZADA

15

SISTEMA DE REGA

Page 16: Formação de sistemas de rega

16

Pulverizador

Aparelho que faz alcance de 0,5mt até 5mts;

Aparelho que rega em jacto fixo;

Neste aparelho é aplicado vários tipos de Bico cada bico equivale a um alcance de rega;

Page 17: Formação de sistemas de rega

17

Aspersor

Aspersores de turbina com alcance Rotativo;

Alcance de 5mt até 15mts;

Varias Alturas de elevação;

Disponibilizam vários bicos para cada ângulo;

Page 18: Formação de sistemas de rega

18

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Vantagens•Poupa água (evita percas por percolação e evaporação).

•Pequenas dotações de água aplicadas (melhor assimilação).

•Corte nos custos de substituição de materiais partidos e vandalizados.

•Reduz a aplicação de químicos.

•Economia do sistema

• Espaços irregulares ou

longos e estreitos

• Zonas com declives

• Rega em zonas ventosas

Page 19: Formação de sistemas de rega

19

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Rega à SuperfícieRega à Superfície Rega SubterrâneaRega Subterrânea

Page 20: Formação de sistemas de rega

20

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Tipo de TuboPressão de

entrada (mca)

33 5010 83 11715 102 14520 117 16525 124 18130 138 195

Espaçamento entre gotejadores (cm)

TechNet 16/100 c/ 2,0L/h

Comprimento máximo de linha em terreno plano (m)

Tipo de TuboPressão de

entrada (mca)

33 40 5015 79 92 11320 90 106 13030 108 127 15535 120 135 174

UniTechline 16/120

Espaçamentos entre gotejadores (cm)

Rega

Subte

rrânea

Rega S

uperfície

Page 21: Formação de sistemas de rega

21

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Pulverizadores vs Tubo Unitechline

Pu

lveriza

dore

sU

niT

ech

line

Em Faixas estreitas, fica mais económico tubo enterrado

Page 22: Formação de sistemas de rega

22

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Que materiais aplicar num sistema enterrado…

Filtro discos com tecnologia TECHFILTER c/ trifluralina

Tubo distribuidor

Conector inicial

UniTechline

Válvula de ar/vácuo em caixa de válvulas CPX-708

Tubo colector

Válvula de Lavagem em caixa de válvulas CPX-708

Page 23: Formação de sistemas de rega

23

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Tipos de Instalações

Page 24: Formação de sistemas de rega

24

Rega Localizada GOTA-A-GOTA

Tipos de Instalações

Page 25: Formação de sistemas de rega

25

Electroválvula

As electrovalvulas servem para abrir e fecher electricamente os sectores de rega, segundo ordem do programador.

• Entrada de ¾”, 1”, 1 ½”, 2” e 3”• Rosca macho ou fêmea• c/ ou s/ regulador caudal• Solenoide de 24V ou 9V

Page 26: Formação de sistemas de rega

Existem programador para o numero de estações que for necessario, dendo os mais convencionais de 4 a 12 estações, nos sistemas de rega domesticos

Permitem varios arranques

Trabalham com solenoides de 24V.

Gestão de percentagem de rega

Algum permite trabalhar com calendário e fazer a gestão anual

26

Programadores 24 V

Page 27: Formação de sistemas de rega

27

Como ligar um programador de Rega?

VISORCOLOCAÇÃO DE PILHAS

SAIDA DE TESTE DE ELECTROVALVULAS

LIGAÇÃO DO PULVIOMETRO

LIGAÇÃO AO TRANSFORMADOR

2

1

3

4

Page 28: Formação de sistemas de rega

28

Programadores 9V

TODOS OS MODELOS COM CERTIFICAÇÃO IP68, POSSIVEL DE SUBMERCER EM AGUA ATE 2 MTS DE PROFUNDIDADE.DISTANCIA MAXIMA PARA AS VALVULAS 25 METROS

-Programador alimentado por corrente de 9V.

-Capacidade até 8 arranques por dia e até 2 programas independentes.

-Capacidade de ligar o pluviómetro.

Page 29: Formação de sistemas de rega

CONSUMO DE AGUA DE CADA PULVERIZADOR E ASPERSOR

Cada aparelho tem um débito de agua

Os débito é dependente do ângulo que cada um está a fazer (90º, 180º, 270º…)

Nos pulverizadores o ajuste é automático

Nos aspersores, é necessário mudar o bico, para que a zona que regue a 180º tenha a mesma quantidade de agua da de 90º e assim

O bico 4 tem um débito de 320l/h e o bico 7 tem um débito de 610l/h, O DOBRO…

O Correcto seria utilizar o bico 4 em zonas em que o aspersor faça 90º e o bico 7 em zonas de 180º.

29

PROJECTO DE UM SISTEMA DE REGA

Aspersor a 90º Aspersor a 180º

A Área de 180º é o dobro

da área de 90º

Page 30: Formação de sistemas de rega

30

Qual a quantidade de agua disponível?

Page 31: Formação de sistemas de rega

31

Agua da companhia?

Se Sim… qual o diâmetro do contador?

CONDUTA DE ENTRADA

DIAMETRO DO CONTADOR

DISPONIBILIDADE L/M

DISPONIBILIDADE M3/H

3/4" 5/8" 30 -35 L/MIN 1,8 - 2,1

3/4" 3/4" 35-40 L/MIN 2,1 -2,4

1" 3/4" 55-60 L/MIN 3,3 -3,6

1" 1" 60-70 L/MIN 3,6 -4,2

1 1/4" 1" 90-100 L/MIN 5,4 - 6,0

1 1/2" 1" 105-120 L/MIN 6,3 - 7,2

1 1/2" 1 1/2" 130-150 L/MIN 7,8 - 9,0

2" 1 1/2" 170-200 L/MIN 10,2 - 12,0

2" 2" 220-250 L/MIN 13,2 - 15,0

3" 3" 480-540 L/MIN 28,8 - 32,4

Page 32: Formação de sistemas de rega

PORQUÊ DIVIDIR EM VARIOS SECTORES?

Porque não temos caudal disponível para regar todo o jardim ao mesmo tempo!

Vamos supor que o caudal de entrada são 3m3/h.

O débito de todos os aparelhos de rega é 9M3/H.

Logo temos que dividir em 3 sectores, para que cada um fique com o máximo de 3m3/h.

O que comanda cada sector é uma electroválvula através dum programador que gere as aberturas e fechos.

NUNCA MISTURE ASPERSORES E PULVERIZADOR NO MESMO SECTOR, POIS TÊEM TEMPOS DE REGA DIFERENTES!!!

PROJECTO DE UM SISTEMA DE REGA

SECTOR 1 SECTOR 2 SECTOR 3

PONTO DE AGUA

ELECTROVALVULAS

Page 33: Formação de sistemas de rega

DEPOIS DE DIVIDIR EM SECTORES VAMOS DIMENSIONAR AS TUBAGENS

Temos que saber o caudal que passa nas tubagens:

Tubagem principal (a que vai do ponto de agua até as electrovalvulas)

Tubagem secundaria (a que vai das electrovalvulas até aos aparelhos de rega)

Vamos utilizar o exemplo anterior… 3 m3/h = 3000l/h

Que tubagem colocamos?

Obviamente aquela que tiver uma menos perda de carga…

vamos consultar a tabela…

SEM DUVIDA, UM TUBO DE 32mm

40

PROJECTO DE UM SISTEMA DE REGA

Page 34: Formação de sistemas de rega

CAUDAL M3/ H 20 25 32 40 50 63 75 90

0,22 1,13

0,45 4,15

0,68 8,53

0,9 *14,75

1,13 22,14 5,76

1,36 30,9 7,84

1,58 10,6

1,81 *13,37

2,04 16,83

2,27 20,29 6,22

2,49 24,21 7,61

2,72 8,76

2,95 *10,14

3,17 11,76

3,4 13,37

3,63 17,99 3,92

3,86 4,38

4,08 4,84

4,31 5,53

4,54 5,99

4,99 *7,14

5,45 8,3

5,67 8,99 4,38

5,9 9,91 4,61

6,35 5,3

6,81 *5,99 1,77

7,94 8,07 2,3

9,08 10,14 3,69

10,21 12,68 *4,61 1,59

11,35 6,45 1,91

13,62 8,53 2,76

15,89 10,84 *3,69 1,24

18,16 4,61 1,59

20,43 5,76 1,98

22,71 6,91 *2,3

27,25 3,45

DIAMETRO DO TUBO INTERIOR ( POLIETILENE )

41

PERDAS DE CARGA Tabela de perdas de Carga nas tubagens

Valores em m.c.a, equivalencia 10m.c.a. = 1bar

Page 35: Formação de sistemas de rega

42