no “templo da nova revelação”, consagrado ao culto a jesus, ernesto e evelina e muitos outros...
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E a Vida Continua
E a Vida Continua
12 - JULGAMENTO E AMOR
13 - TAREFAS NOVAS
14 - NOVOS RUMOS
16 - TRABALHO RENOVADOR
15 - MOMENTOS DE ANÁLISE
E a Vida Continua
No “Templo da Nova Revelação”, consagrado ao culto a Jesus, Ernesto e Evelina e muitos outros hóspedes daquela cidade de regeneração e refazimento ouviram a comovente e ilustrativa palestra de um bondoso sacerdote, comentando o auto-encontro do Espírito, após a morte.
12 - JULGAMENTO E AMOR Nos arredores da cidade-lar onde se localiza o
“IPE” estão acomodados milhares de Espíritos infelizes, porém
devidamente assistidos pelo Amor Divino.
-Todos os títulos ou disfarces terrenos desaparecem no Plano Espiritual e é assim que ali cada Espírito se mostra como é na
verdade, revelando-se por si;
- Atitudes e palavras põem a descoberto os sentimentos e os pensamentos que abrigamos;
Quantos de vós viestes escutar aqui as vozes da verdade paraas quais tantas vezes selastes os ouvidos do corpo terreno?
“A Divina Providência não pergunta o que fostes, porque nosconhece a cada um em qualquer tempo... Entretanto, é justo
investigue sobre o que fizestes dos tesouros do tempo, concedido a nós todos em parcelas iguais...
Todo um apostolado de renúncia construtiva,abnegação, carinho e entendimento se
descortina para a maioria de vós outros, no lar terrestre, onde quase todos estais ainda
vinculados de pensamento e coração!...
- Muitos são os Espíritos que, não mais necessitando da reencarnação, volvem ao plano físico para auxílio ao próximo, e não
para resgate.
NOTA: Essa informação é um verdadeiro alerta para que ninguém, diante de alguém em reencarnação aparentemente de sofrimento regenerativo, de pronto diagnostique ser expiação, pois pode estar diante de um heróico Espírito, missionário...
E a Vida Continua13 - TAREFAS NOVAS Caravaneiros da “cidade-lar”, sob direção de
Cláudio, do “Instituto de Ciência do Espírito” realizam visita semanal às regiões infelizes, para levar assistência aos Espíritos ali estacionados.
Ernesto e Evelina, como convidados, fazem parte dessa caravana. São densas e sombrias aquelas paragens.
Nelas estão milhares de moradores, todos desequilibrados, muitos deles de vigorosa inteligência,
mas são pervertidos.
Na peregrinação de fraternidade, a equipe descia na direção de vale extenso, destinando-se especialmente
naquele dia ao culto do Evangelho no lar de Ambrósio e Priscila, casal que desempenhava o encargo de
guardiães, dentre os muitos sediados na fronteira que assinala os pontos iniciais da zona de projeções mentais
dos irmãos em desequilíbrio.
E a Vida Continua13 - TAREFAS NOVAS
ER– Esses desencarnados viajantes, através do ar não poderiam seguir adiante, sem esses engenhos, usando o poder de volitação que lhes é próprio?
Ernesto e Evelina não conseguiam esconder as expressões de
assombro diante do que viam: densa névoa, de tonalidades de
cinza, nos céus máquinas voadoras (aparelhos volantes, em que viajam comissões de trabalho ,em tarefas de identificação e assistência )que
se dirigiam da cidade para o território sombrio.
C– Tudo na vida se rege por leis. Um pássaro terrestre foge do campo incendiado, por não
suportar-lhe a cortina de fumo. Um bombeiro, a fim de penetrar numa casa
invadida de fogo, veste roupa defensiva.
Achamo-nos à frente de perigosa extensão de espaço, habitada por milhares de criaturas
rebeldes que constroem, à custa dos próprios pensamentos , o ambiente desolado que se nos
impõe à vista.
Nesse mundo diferente, somos defrontadospelas mais estranhas edificações, numa verdadeira
floresta de fluidos condensados, retratando as idéias e manias, ambições e caprichos, remorsos e
penitências dos moradores.
E a Vida Continua13 - TAREFAS NOVAS
Claudio – O Criador exige sejam as criaturas deixadas livres para escolherem o caminho de
evolução que melhor lhes pareça e que a justiça seja cumprida e respeitada.
“A cada um será dado segundo as suas obras.”
A dificil defrontação do eu – Muitos se transferiram diretamente da vida física para a região nebulosa, e outros muitos habitaram, logo após a desencarnação, cidades de recuperação e adestramento, semelhantes à nossa…
… à medida que se mostram , tais quais ainda são na realidade, sem quaisquer simulação, das quais se valiam na terra para encobrirem o “eu” verdadeiro, rebelam-se contra a luz do Mundo Espiritual que nos expõe à mostra a natureza autêntica, uns diante dos outros, e fugiram de nossas coletividades, asilando-se no vale de sombras geradas por eles mesmos.
ER– E porque Deus permite a formação desses quistos
gigantescos de perturbação e desordem?
C- Na penumbra criada pela força mental que lhes é própria, com o objetivo de se esconderem, dão pasto, em maior ou menor grau, às manifestações da paranóia a que todos se afeiçoam, entregando-se
igualmente, em muitos casos, a lastimáveis paixões que procuram saciar, até as raias da loucura.
Alguns dos habitantes dessas planícies umbralinas são Espíritos sem tal débito, que nelas permanecem residindo, para ajudar a familiares ou amigos transviados, com amor e renúncia, ao reequilíbrio necessário, preparando-se para as novas reencarnações que os esperam.
E a Vida ContinuaChegam a casa de Ambrósio e Priscila que os aguardavam e onde fizeram o evangelho no lar. Às despedidas um grupo de Espíritos zombeteiros e dementados apareceu, gritando palavras ofensivas.
14 - NOVOS RUMOS
C- Irmãos!... Aqueles que dentre vós desejais vida nova com Jesus, vinde…Vinde à verdadeira libertação! Unamo-
nos em Cristo!...
Rebatendo-o , eles avançaram sobre o grupo fraterno, mas Cláudio, em oração, ergueu a destra e um fio de luz
cortou o pequeno espaço que isolava os agressores. Alguns caíram , outros resistiram , outros fugira em
disparada... mas um deles se mantivera em pé…
– Evelina!... Evelina!... É você aqui? Oh! Estou vivo, estamos vivos!... Quero Jesus! Jesus! Socorro! Socorro!...
Quero Jesus!... Era Túlio Mancini,o suicida.
E-Não era Túlio um suicida? – perguntava-se. Lera bastante material informativo sobre suicidas, além da morte, e acreditava estivessem eles comumente agoniados nas duras penalidades a que se impunham pelo desacato às Leis de Deus.Por que motivo escapara Mancini às corrigendas a que fazia jus, pervagando à vontade na província de alienados mentais, entre Espíritos rebeldes e vagabundos?
E a Vida ContinuaErnesto e Evelina permutavam impressões, telepaticamente, reconhecendo com mais clareza que lhes era possível conversar pelo pensamento, diante de um companheiro que não lhes comungava o mesmo nível de idéias e emoções.
Tulio imaginava-se vivo no mundo físico pelo fato de haver reencontrado a exnoiva, os dois amigos não se animavam a desmanchar-lhe, de pronto, a ilusão.
Destacamos aqui, aos doutrinadores nas reuniões mediúnicas, a prudente recomendação de que junto a
alguém que tenha desencarnado e que o desconheça, tal ilusão não pode nem deve, de pronto, ser desmanchada . O interessante é que aqui, tal prudência-caridade, ocorre
justamente no Plano Espiritual
– De minha parte, o que mais lamentei foi a sua atitude, atirando contra você mesmo, num ato de loucura...– Eu? eu?!... pois você não soube . Tulio conta-lhe sua historia…
Evelina quase cedeu a investida de Tulio, mas foi protegida em razão da sua disciplina moral e pelo poder da oração, que neutralizou tal agressão enfermiça, equivocadamente tida por Túlio à conta de paixão.
Um auxiliar do Instrutor Ribas conduziu Tulio ao IPE para reajuste,serviço e tratamento.
14 - NOVOS RUMOS
E a Vida Continua15 - MOMENTOS DE ANÁLISE
Que significa a perturbação do
rapaz? como poderiam
auxiliá-lo ? Seriam capazes
disto?
Ribas marcou um encontro para ouvir as argüições de
Ernesto e Evelina:
R– Vocês já pediram acesso ao trabalho espiritual; não estranhem se chegou a hora de começar.R– Túlio Mancini é o marco de início da obra
redentora que abraçam.
R–Investiguem os próprios corações, especialmente Evelina, e verifiquem a pena que as dificuldades dele lhes causam. Onde o amor respira equilíbrio, não há
dor de consciência e não existe dor de consciência sem culpa.
R – Evelina, que sensações foram as suas, em se vendo a sós com Tulio?
– Me detive nas lembranças do passado, quando supunha haver achado nele o homem de minha
preferência. Senti-me transportada à juventude, e então...
R-– E então… as suas próprias vibrações lhe encorajaram a agressividade afetiva.
E– Entretanto, recordei, às súbitas, os meus compromissos conjugais e contive-me.
R- Ainda assim, o seu coração falou sem palavras, provocando novas seqüências do desajuste
emocional de que Tulio foi vítima, na experiência terrestre, em grande parte motivado por suas
promessas não cumpridas.
Evelina: Oh! meu Deus!... Reconheco que hipotecando- lhe noutro tempo tantos votos de
felicidade, deixei para ele absolutamente vazios...
Desencarnando prematuramente perambulara, algum tempo, como sonâmbulo, na paisagem terrena que lhe
servira de fundo à tragédia, sendo, mais tarde, recolhido, na cidade de regeneração e refazimento em
que lhe pesquisavam agora a situação.
Aí convalescera por alguns meses; no entanto, a paixão que Evelina lhe insuflara levianamente na alma lhe fixara nela e em torno dela os pensamentos, tornando-o arredio ao próprio reerguimento, fugindo no rumo do tenebroso distrito da inteligência desenfreada, onde se relegara, nos últimos anos, a desvarios diversos.
Vinculado à moça que lhe acalentara em vão tantos sonhos de ventura e de afeto, viciara-se no território da sombra, desconsiderando a própria respeitabilidade.
Retornando àquele pouso de consolação e reequilíbrio, por efeito do reencontro com a criatura que lhe permanecia na mente por eleita inesquecível, fora agraciado com novo ensejo de autoreeducação.
E a Vida Continua15 - MOMENTOS DE ANÁLISE
Afinidade ou prejuízo causado a alguém constituem forças
irresistíveis de aproximação dos
envolvidos.
– Deus não nos condena nem nos absolve. O Amor Universal está sempre pronto a soerguer-nos, instruir-nosos, elevar-nos, santificar-nos. O destino é a soma de nossos próprios atos, com resultados certos. Devemos sempre a nós mesmos as situações em que se nos enquadra a existência, porquanto recolhemos da vida exatamente o que lhe damos de nós.
As circunstâncias trouxeram-lhe o credor ao ambiente pessoal,
porque você, está felizmente em posição de
prosseguir no trabalho restaurador
E– Que fazer, meu amigo?R– Aqui mesmo, você pode regenerar o campo emotivo de Túlio e sublimar os
seus próprios sentimentos em relação a ele, amparando-o e instruindo-o no grau de mentora maternal. Quase sempre, a recuperação de alguém é uma planta sublime da alma que somente vinga
porque a abnegação de outro alguém se dispõe a adubá-la com a proteção da
ternura e com o orvalho das lágrimas...
E a Vida Continua 16 - TRABALHO RENOVADOR Para auxiliar Túlio, Evelina e Ernesto se
matricularam em colégio de estudos preparatórios de mais altas ciências do espírito versando sobre: evangelização,
reforma íntima, sintonia mental, afeição, agressividade, autocontrole, obsessão,
reencarnação.
Túlio se achava recluso em solitária dependência, erguida à base de material isolante contra o impacto de vibrações suscetíveis de agravar-lhe a sede de companhias menos recomendáveis.
Acolheu Evelina com devoção afetiva e ela redobrou cautelas , suplicando a inspiração da Vida Maior, para não falhar na missão, enquanto Tulio se desfixava da paixão que o absorvia.
Ele dizia-se indisposto e inabilitado para o estudo não sentindo inclinação para assuntos de fé. Reclamava incessantimente e insistia em reconhecer-se unicamente um homem , querendo-a apenas como a mulher dos seus sonhos. Ela aparava-lhe os golpes, podando-lhes as impressões destrutivas, nele investindo toda a carga de seus potenciais afetivos.
E a Vida Continua 16 - TRABALHO RENOVADOR
Evelina para sentir-se na posição de tutora maternal de Tulio , experimentava a necessidade de ser mais
entranhadamente a mulher de Caio, nele investindo toda a carga de seus potenciais afetivos
endereçando-lhe em silêncio os seus mais belos pensamentos de amor, mesmo sabendo –o homicida, mas ponderava, de si para consigo, que ele se fizera criminoso
por amá-la, desejando reve-lo.
Ernesto falava carinhosamente da esposa Elisa e da filha Celina, conquanto a filha o tratasse, muitas vezes, com rebeldia cruel. Providenciara recursos para a sobrevivência doméstica da sua família, caso ele faltasse. Usufruía tranqüilidade quanto a isso, embora visitado pungentemente pela saudade dos familiares.
Entre o desencarnado e aqueles que deixou na Terra levanta-se “o muro das vibrações diferentes” e quando desencarnados retornam pela primeira vez em visita mais ou menos rápida ao cenário terrestre, muitas podem ser as mudanças que vêem e encontram; em alguns casos, grandes são as falências na ordem afetiva, da parte daqueles com os quais conviveu.
Evelina acreditava que Caio, caíra em deslizes; mas se reabilitara pela abnegação , durante os dias últimos de sua enfermidade. Supunha-o agoniado e infeliz, no anseio de livrar-se da carne, a fim de reacolhê-la nos braços. Supondo ter ele matado Tulio por amor a ela, sentia-se querida e ajudo-lo-ia em qualquer reparação que se fizesse precisa.
Ernesto tambem contanva-lhe histórias do lar. Amava a esposa, e praticara muitos disparates, quando moço, de maneira a preservar a tranqüilidade doméstica. A filha Celina era uma bênção . Sempre terna, compreensiva, devotada. Sonhara para ela um marido bom, amigo
E a Vida Continua 16 - TRABALHO RENOVADOR Passados seis meses de doutrinação, Ribas veio
examinar Túlio, e reconheceu que ele apresentava escasso proveito com as lições recebidas, não vendo nele um só raio de otimismo e esperança.
Tulio - Sem Evelina nada consigo entender. Apático, denunciava na mente uma idéia central: Evelina e as idéias de transformá-la em objeto
de posse única, o tiro de Caio, o desejo de vingança e as escuras alusões da autopiedade
Se ouço Evangelho, penso que ela é o anjo capaz de salvar-me; se anoto ensinamentos, acerca de autocontrole, vejo-a em pensamento, como sendo a única alavanca, para governar-me; se escuto exortações à fé, acabo querendo-a para meu reconforto exclusivo…
se recebo esclarecimentos em torno de obsessão, termino a aula confessando a
mim mesmo que, se pudesse,largaria este hospital a fim de persegui-la e tomá-
la em meus braços, ainda que para isso devesse caminhar até os derradeiros
confins do mundo!...
Ribas relata estado de Tulio a Ernesto e Evelina:
– Não vejo qualquer interesse para mante-lo aqui. Esforcemos para que ele aceite,
voluntariamente, a miniaturização.Miniaturização ou restringimento, no Plano
Espiritual, significa estágio preparatório para nova reencarnação. (Nota do autor espiritual)
Se lições e apelos à melhoria de atitudes não surtem efeito no Espírito
desencarnado e fixado em idéias infelizes, um dos
remédios mais eficazes é a reencarnação, para novo começo, porém,
com dificuldades e desajustes pela frente.
E a Vida Continua
TENHAMOS TODOS UMA NOITE MARAVILHOSA !!!