nº 99 | mar./abr. 2014 o concelho aqui tão perto! infomail...

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Câmara Municipal de Mora . Rua do Município 7490 - 243 Mora . www.cm-mora.pt . [email protected] O Concelho aqui tão perto! Nº 99 | Mar./Abr. 2014 infomail Destaques Câmara Municipal de Mora as- sinou contrato de financiamento, que prevê o apoio em 85% do valor total do projecto de recuperação da antiga Estação da CP, em Mora. A consumação deste projecto per- mitirá devolver à população um es- paço de vital relevância histórica. - pág. 3 - Recuperação da antiga Estação da CP financiada Torre das Águias Monumento Nacional em risco Autarquia alerta para a necessi- dade urgente de se salvaguardar a conservação da Torre das Águias. Trata-se de um Monumento Na- cional em risco, cuja responsabili- dade o Estado tem ignorado. Uma situação que se arrasta há mais de duas décadas. - pág. 7 - Câmara Municipal de Mora con- cebe percursos para promover e valorizar as potencialidades turís- ticas do Concelho. A aposta nestes Circuitos Turísticos visa atrair mais visitantes, aproveitando todos os recursos endógenos disponíveis. Câmara Municipal aposta nos Circuitos Turísticos - pág. 6 - Concelho de Mora Comemora os 40 anos da Revolução de Abril Câmara Municipal e Movimento Associativo vão assinalar esta data histórica ao longo de todo o ano. - pág. 9-11/16 - Mais de 250 crianças nas actividades do Dia da Árvore No dia 21 de Março, a Mata Nacional de Cabeção e o Parque Ecológico do Gameiro foram pal- co das comemorações do Dia Mundial da Árvore. Cerca de 250 participantes, alunos, professoras, educadoras e auxiliares de acção educativa participaram nas activi- dades promovidas pela autarquia para assinalar a data. - pág. 8 -

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Câmara Municipal de Mora . Rua do Município 7490 - 243 Mora . www.cm-mora.pt . [email protected]

O Concelho aqui tão perto!Nº 99 | Mar./Abr. 2014

infomail

Destaques

■ Câmara Municipal de Mora as-sinou contrato de financiamento, que prevê o apoio em 85% do valor total do projecto de recuperação da antiga Estação da CP, em Mora. A consumação deste projecto per-mitirá devolver à população um es-paço de vital relevância histórica.

- pág. 3 -

Recuperação da antigaEstação da CP financiada

Torre das Águias Monumento Nacional em risco

■ Autarquia alerta para a necessi-dade urgente de se salvaguardar a conservação da Torre das Águias. Trata-se de um Monumento Na-cional em risco, cuja responsabili-dade o Estado tem ignorado. Uma situação que se arrasta há mais de duas décadas.

- pág. 7 -

■ Câmara Municipal de Mora con-cebe percursos para promover e valorizar as potencialidades turís-ticas do Concelho. A aposta nestes Circuitos Turísticos visa atrair mais visitantes, aproveitando todos os recursos endógenos disponíveis.

Câmara Municipal apostanos Circuitos Turísticos

- pág. 6 -

Concelho de MoraComemora os 40 anosda Revolução de Abril

■ Câmara Municipal e Movimento Associativo vão assinalar esta data histórica ao longo de todo o ano.

- pág. 9-11/16 -

Mais de 250 crianças nasactividades do Dia da Árvore

■ No dia 21 de Março, a Mata Nacional de Cabeção e o Parque Ecológico do Gameiro foram pal-co das comemorações do Dia Mundial da Árvore. Cerca de 250 participantes, alunos, professoras, educadoras e auxiliares de acção educativa participaram nas activi-dades promovidas pela autarquia para assinalar a data.

- pág. 8 -

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25 DE ABRIL SEMPRE

Volvidos 40 anos sobre o 25 de Abril, não preten-do acrescentar aqui mais alguma coisa ao muito que já foi dito e escrito por quem viveu antes, por quem participou activamente na revolução

e por quem em 1974 já tinha uma consciência formada da importância deste tão grande acontecimento histórico para a vida do País e dos Portugueses.A minha memória desse dia resume-se ao facto de não ter ido à escola pois estava retido em casa com varicela. Como criança que não “podia” estar em casa lembro-me que quando fazia o percurso entre a casa da minha avó e da Ti Rita encontrei um colega de escola que responden-do à minha questão “O que é que estás aqui a fazer a esta hora?” me disse que “havia uma Guerra em Lisboa e que a professora, a D. Ilda, mandou os meninos para casa. Fiquei profundamente chateado por naquele dia não ter beneficiado desta “benesse” da professora.À medida que fui crescendo penso que consegui adquirir alguma consciência daquilo que o 25 de Abril representou para todos nós.Hoje quando se pergunta a um jovem de 15 ou até 20 anos o significado da “Revolução dos Cravos” poucos conse-guem dar a resposta que este facto histórico merece. Mais grave ainda: com 30 anos poucos o sabem fazer. E depois temos Ministros, Secretários de Estado deste e de outros Governos, quais tecnocratas saídos da Universidade, que teimam em destruir aquilo que foram as conquistas do Povo, dos militares e de muitos homens e mulheres que, na clandestinidade e na Guerra Colonial, pagaram com as suas vidas o preço por hoje vivermos em Liberdade.Celebrar 40 Anos de Abril é um dever de todos nós. Es-pero que se despertem consciências, que se reavivem va-lores, que se respeitem os ideais da exemplar Revolução de 25 de Abril.A Câmara Municipal de Mora ao longo do ano de 2014 irá assinalar esta data com várias iniciativas. Trata-se de um dever da Autarquia para com os seus Munícipes porque Abril nunca deverá ser esquecido.Recomendo a todos que oiçam a “Grândola Vila Morena” e que dediquem uns breves 3 minutos a rebuscar as me-mórias desse dia porque, assim, Abril não morrerá.

VIVA O 25 DE ABRIL25 DE ABRIL SEMPRE

LSM

Câmara Municipal aposta nos Circuitos Turísticos

A Câmara Municipal de Mora tem vindo, sobretudo neste último ano, a apostar na promoção e valorização das po-tencialidades turísticas do Concelho de forma a atrair mais visitantes e, simultaneamente, contribuir para o nosso de-

senvolvimento sustentável.A Organização Mundial de Turismo estima que 10% dos turistas

em todo o mundo terão como demanda o ecoturismo, segmento turísti-co que proporcionalmente mais tem crescido.

Nesta perspectiva, faz todo o sentido encarar o ecoturismo como uma fonte geradora de riqueza, apostando numa oferta diversificada de percursos representativos da diversidade cultural e paisagística do nos-so território.

Neste momento, estão a ser concebidos vários percursos que dão a conhecer o que de melhor existe no concelho de Mora desde as Igrejas, passando pela Cultura, a Gastronomia, os Vinhos, o Megalitismo e o simples Lazer.

Também estão a ser elaborados percursos pedestres que permi-tam um contacto único com a natureza, tais como: o circuito do Gamei-ro, o circuito do Pinhal de Cabeção, o circuito das Vinhas, o circuito da Têra e o circuito das Pistas de Pesca de Mora e de Cabeção.

A criação de circuitos de Cicloturismo e BTT (com base no res-peito e na protecção ambiental e cultural) ou ainda de Observação de Aves (birdwatching) integra igualmente o trabalho em curso, tendo em conta a riqueza de espécies endémicas dos nossos ecossistemas.

Com estas acções a Câmara Municipal visa o aproveitamento de todos os recursos endógenos, valorizando-os e promovendo-os a uma escala mais alargada em estreita colaboração com a Entidade Regional de Turismo do Alentejo, Ribatejo.

A Assembleia Municipal é o órgão deliberativo do Município, constituída pelos 4 Presidentes das Juntas de Freguesia e por 15 membros eleitos pelo colégio eleitoral do Município.

Tem anualmente cinco sessões ordinárias, em Feverei-ro, Abril, Junho, Setembro e Novembro ou Dezembro.

As sessões são públicas, devendo ser dada publicidade, com men-ção dos dias, horas e locais da sua realização, de forma a garantir o co-nhecimento dos interessados com uma antecedência de, pelo menos, dois dias úteis sobre a data das mesmas.

Os cidadãos podem participar e intervir.Durante o período de intervenção aberto ao público, qualquer

cidadão pode solicitar os esclarecimentos que entender sobre assuntos relacionados com o município, devendo para o efeito proceder à sua ins-crição na mesa.

A palavra será dada por ordem das inscrições e cada intervenção deverá ter a duração máxima de 2 minutos.

A mesa ou qualquer membro da Assembleia Municipal ou da Câ-mara Municipal prestarão os esclarecimentos solicitados, ou, se tal não for possível, será o cidadão esclarecido, posteriormente, por escrito.

Assembleia MunicipalParticipar é um direito cívico

(Extraído do Regimento da Assembleia Municipal de Mora)

EDIT

ORIA

LPromoção e Divulgação do Território

Boletim Municipal

3Boletim Municipal

Decorreu nos dias 21, 22 e 23 de Fevereiro a XII MoraPesca. A maior feira nacional de artigos de pesca desportiva comemo-

rou 12 anos de existência e consolidação no panorama desportivo em que se insere.

Durante os três dias de feira, foram mui-tos os que se deslocaram a Mora. Amantes da modalidade e não só, para visitar e apreciar as novidades do mundo da pesca. O certame tem registado um crescimento progressivo ao longo dos anos. Esta edição foi assim a maior até à data, com a área expositiva aumentada para 4000m2, composta por 38 expositores e 130 stands.

Entre outras entidades, na cerimónia de inauguração estiveram presente Luís Simão de Matos, Presidente da Câmara Municipal de Mora, Marco Pires, Vereador da Câmara Municipal de Mora, António Vitorino, Pre-sidente da Assembleia Municipal de Mora, Pedro Lancha, Vogal da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, Nuno Lecoq, Representante do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Alen-tejo, Jorge Almeirim, Presidente da Federação Portuguesa de Pesca Desportiva (FPPD) e Rui Carvalho, Representante da Associação Portuguesa de Pesca ao Achigã.

Na sua intervenção, Pedro Lancha des-tacou a Câmara Municipal de Mora como “uma das mais importantes no Alentejo, pelo empenho e trabalho que tem dedicado na continuidade do certame”.

Jorge Almeirim referiu que “Mora é a casa principal da pesca desportiva”, relevando o bom caminho que a MoraPesca tem percor-rido ao longo dos anos. “Um trabalho de exce-lência, que reúne sempre tantos pescadores e expositores”, elogiou o Presidente da FPPD.

Para o Presidente da Câmara Municipal de Mora, a MoraPesca “afirmou-se ao longo de 12 anos como a maior do país” destacando o facto de ser uma boa feira, onde os visitantes

gostam do que vêem e os expositores continu-am a aderir ano após ano. Apesar dos brutais cortes orçamentais que a autarquia tem vindo a sofrer, Luís Simão de Matos releva “a saúde financeira invejável da Câmara Municipal de Mora” que permitirá durante este mandato investir no desenvolvimento económico lo-cal. Mora é um Concelho extremamente rico, com potencialidades para trazer até si cente-nas de pessoas pelas mais variadas razões. “A

prioridade está em apostar em novas valên-cias que ocupem os visitantes, para que não venham só de passagem, valorizando assim o Concelho”, rematou o edil.

A pesca desportiva é o desporto que mais pessoas traz à região e isso só é possível graças às excelentes condições naturais das ribeiras e das três pistas de pesca existentes em Mora, Cabeção e, mais recentemente, Pa-via.

XII MoraPescaMora Capital da Pesca

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4 Boletim Municipal

"Em Pavia, o restaurante “O Forno” foi um dos participantes no Mês das Migas. António Justo, proprietário do estabelecimento, faz um balanço muito positivo, referindo inclusive que “foi além das expectativas”. Salienta que “os pratos de Migas mais procurados foram as Migas de Espargos e as de Tomate”, num total de 787 doses vendidas. “Recebemos pes-soas de todo o país”, acrescenta. “A iniciativa da Câmara Municipal de Mora, foi um sucesso, soube mostrar a milhares de pessoas que aqui se deslocaram uma das nossas mais valias gastronómicas”, “os objectivos foram superados”. Foi a primeira vez que participei numa iniciativa desta natureza aqui no Alentejo, e deu-me um enorme prazer poder mostrar aos clientes a forma como tratamos os espargos com o belo e saboroso pão alentejano”, acrescentou.

A marcar o arranque do Mês das Migas, a Praça Conselheiro Fernando de Sousa recebeu, no dia 2 de Fevereiro, o programa da TVI Somos Portugal.

Foram seis horas de emissão inteiramente dedi-cadas ao Concelho de Mora. Em ambiente de festa, foi feita uma mostra das várias actividades desenvolvidas em cada uma das freguesias, pelas mãos dos artistas locais. Estiveram presentes as artesãs da Feirinha da Praça, o Grupo Recreati-vo e Rancho Folclórico de Cabeção, o Grupo de Bombos "Toca a Bombar" de Pavia, o Grupo de Cantares "Cantar Alentejo" da ARPIM, as bor-dadeiras de Mora e Pavia, o Curso de Pintura e Artes Decorativas de Mora e várias entidades/empresas representantes do tecido económico do Concelho. De destacar a participação especial de alguns restaurantes aderentes da primeira edi-ção do Mês das Migas que decorreu em todo o Concelho ao longo do mês de Fevereiro.

A Câmara Municipal de Mora pro-moveu em Fevereiro, a primeira edição do Mês das Migas. Duran-te todo o mês, os 12 restaurantes

participantes (Brotas “O Poço”; Cabeção “A Palmeira”, “Os Arcos”, “O Fluviário”, “Solar da Vila”; Mora “Afonso”, “Morense”, “Quinta do Espanhol”, “O António”, “Solar dos Lilases”; Pavia “O Forno”, “Solar de São Dinis”) apre-sentaram os mais variados pratos de migas, desde migas de espargos, migas de batata, mi-gas de coentros, migas de ovas, migas de en-chidos, migas de couve-flor, migas de tomate, entre outras.

População do Concelho de Mora e visi-tantes foram brindados com receitas de base tradicional, verdadeiramente irresistíveis.

Com esta iniciativa, a autarquia teve como objectivo a projecção do Concelho de Mora, tornando-o numa referência através da apos-ta no melhor que se faz por cá, neste caso, a gastronomia. O Mês das Migas foi assim, um evento de valorização gastronómica, que em tudo contribui para o desenvolvimento eco-nómico, turístico e cultural do Concelho.

A avaliação que os restaurantes fazem desta iniciativa é muito positiva. Durante este mês houve uma crescente afluência de clien-tes, oriundos de todo o país. Foram comercia-lizadas mais de 10 mil doses de migas.

A restauração felicita a acção da Au-tarquia de Mora por enaltecer e dinamizar o sector económico-turístico do Concelho de Mora.

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"Edite Salvaterra, proprietária do restaurante “O Morense”, participou neste evento e faz uma avaliação muito positiva. “Muitas vezes quería-mos dar resposta a todos pedidos e não conseguíamos”, lamenta. “Desde dia 1 de Fevereiro, só houve um dia em que não se vendeu migas, todos os dias há procura deste prato” acrescenta Edite Salvaterra “nunca tinha cozinhado tantas do-ses de migas”. Durante a iniciativa foram comercializadas aproximada-mente 500 doses de migas.O Morense foi procurado por muitos forasteiros que procuravam saborear as migas alentejanas, “os prato que mais sairam foram as migas de espargos e as de feijão com couve” esclarece.Os objectivos a que se propôs foram além das expectativas e garante que numa próxima edição irá participar.

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"Na Freguesia de Brotas, o res-taurante “O Poço” aderiu a esta iniciativa, a qual na sua opinião teve um impacto muito positivo na divulgação da “boa mesa” no Concelho de Mora. Segundo o proprietário, José Vinagre, o prato de migas mais servido foram as migas de espargos. Durante o mês do evento, foram comercia-lizados, mais de 300 doses deste apreciado manjar.“Neste mês registámos uma enorme afluência de clientes ao nosso restaurante, o que é muito bom para a economia local”, afirmou. “Os nossos objectivos, enquanto restaurante participante, foram largamente alcançados”, acrescenta.Esta é uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Mora e que “O Poço” classifica de excelente."

"O restaurante “Solar da Vila”, em Cabeção, foi um dos participantes no Mês das Migas. Nas palavras da proprietária, Francelina Figueira “esta foi uma iniciativa muito boa, uma grande novidade que trouxe muitos clientes e contribuiu para que este mês fosse mais movimentado”. Os pratos mais pro-curados foram as migas de espargos, por serem as tradicionais, mas segundo afirmou Francelina, “as migas de coentros, de feijão com couve e de batata, também foram muito solicitadas”. Vendeu mais de 500 doses de migas.“Normalmente temos clientes do norte do país. O que verificámos é que esses clientes passaram a palavra a outros, que acabaram por vir provar estas receitas alentejanas”, exclamou a proprietária.Considera esta uma ideia excelente, “que muito contribuiu para dinamizar a restauração do Concelho, principalmente este prato tradicional da nossa região” afirmou Francelina.

Restaurantes venderammais de 10 mil doses

Somos Portugal em Mora

Mês das Migas

5Boletim Municipal

A Câmara Municipal assinalou esta data histórica com um conjunto de iniciativas, que decorreram na Casa da Cultura de Mora.

Sábado, dia 8 de Março às 15 horas, foi inaugurada a exposição “Mulheres à Conversa” que, “resultou da ideia de juntar, na Galeria da Casa da Cultura, as obras de Manuel Ribeiro de Pavia sobre a Mulher com outros olhares sobre o universo feminino, trazidos por mulheres e ho-mens que abraçaram o ideário artístico em que Manuel Ribeiro de Pavia se expressou ¬- o Neo-Realismo – nos meados do século XX.

Promoveu-se, assim, este encontro entre as mulheres de Pavia com as de outros artistas que com ele partilharam temas, inquietações, compromissos e ideais. Nestes olhares sobre a Mulher cruzam-se percepções comuns e diver-sas sobre as condições de trabalho, a exploração, a desigualdade, mas também sobre a identidade, a maternidade, a família, a fragilidade, sobre vá-rias dimensões do feminino que estes artistas nos revelam.

Artistas como Alice Jorge, José Dias Co-elho, Margarida Tengarrinha, Maria Barreira, Maria Keil e Querubim Lapa trazem-nos repre-sentações da Mulher, no seu Dia, que são todos, juntamente com as de Manuel Ribeiro de Pavia”.

Na cerimónia de inauguração, José Ma-nuel Pinto, Vereador da Cultura, agradeceu a colaboração do Museu do Neo-Realismo, da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e da Casa-Museu Manuel Ribeiro de Pavia que cede-ram as obras para a exposição. Sublinhou ainda a importância acrescida da data, num ano em que celebramos os 40 anos da Revolução de Abril.

Margarida Tengarrinha, que apresentou a exposição, referiu que a exposição “nos dá uma

interpretação vigorosa, realista e revolucionária do papel e das capacidades da mulher, dignifi-cando-a nas suas mais humildes e simples tarefas, como trabalhadora e como mãe, mas também como lutadora. Porque os artistas tinham a pro-funda consciência de, através da sua obra, chamar a atenção para a dignificação e para os direitos da mulher e da criança. (…)

Foram exactamente estes os objectivos que levaram Clara Zetkin a propor, numa conferên-cia internacional de mulheres realizada em 1910, que o dia 8 de Março fosse comemorado inter-nacionalmente em homenagem às operárias têx-teis que, no ano de 1857, numa fábrica de Nova Iorque, fizeram greve pela redução do horário de trabalho de dezasseis horas diárias para dez horas e por isso foram encerradas na fábrica, onde mor-reram vítimas de um incêndio. Durante os qua-renta anos de fascismo as mulheres e os homens que comemoraram esta jornada correram os ris-cos inerentes à violenta repressão da PIDE. Hoje, que há liberdade para fazê-lo, assistimos em mui-tos lados à deturpação dos objectivos deste dia, o que não é feito de forma inocente, mas sim para desvirtuá-lo e desviar as atenções da reflexão, de-bate e luta das mulheres pelos seus direitos. (…) As mulheres são uma força social imprescindível

ao desenvolvimento e ao progresso dos países – e neste momento mais que nunca!

O Dia Internacional da Mulher é, pois, uma jornada de esclarecimento e de luta”.

Às 16 horas, no Cine-Teatro, o colóquio “Poder Local no Feminino” juntou à mesa mu-lheres eleitas nos órgãos autárquicos do Conce-lho – Ana Pires, Custódia Casanova, Nélia de Jesus e Sandra Cunha – e Inês Zuber, deputada do PCP no Parlamento Europeu.

Momento intenso de partilha de experiên-cias, de dificuldades e, sobretudo, de denúncia das discriminações de que é vítima a mulher, difi-culdades que se acentuam em tempos de crise.

A seguir ao colóquio, a Orquestra da Es-cola de Música da Câmara Municipal brindou as várias dezenas de pessoas presentes com um espectáculo alusivo à data “Vozes no Feminino”.

À noite, o Cine-Teatro encheu para assistir à peça de teatro “A Burra do Apolinário e Efeitos do Hipnotismo” pelo Grupo Mensagem de Te-atro do Grupo de Promoção da Santa Casa da Misericórdia de Montargil.

As comemorações culminaram no do-mingo, com a “Feirinha da Praça”, uma iniciativa promovida por mulheres do Concelho, sempre muito animada e participada.

No dia 29 de Janeiro, o Presidente da Câmara Municipal de Mora, Luís Simão de Matos, assinou o contrato de financiamento, no

âmbito do Programa Operacional do Alentejo, com o Presidente da Comissão de Coordena-ção e Desenvolvimento Regional do Alentejo (CCDRA), António Costa Dieb.

O processo de candidatura de financia-mento apresentado pela Autarquia com vista à reabilitação da Antiga Estação da CP está agora concluído, com a aprovação e assinatura do do-cumento de co-financiamento pelo FEDER.

Um projecto com investimento total de 2.299.599,00€ vê 85% deste valor financiado pelo FEDER em 1.953.639,15€. Esta é uma obra que tem como principais objectivos: fo-mentar o crescimento cultural da população que serve, atrair novos visitantes ao Concelho e motivar o seu regresso, promover o desenvol-vimento sócio-económico de Mora, divulgar a riqueza arqueológica e o legado megalítico

da região, integrar no equipamento outras va-lências culturais e sociais, converter uma área desqualificada do tecido urbano numa cen-tralidade vivenciada e recuperar e devolver à população um espaço de vital relevância his-

tórica.Salienta-se que a Câmara Municipal de

Mora arrecadou o maior valor financiado, de entre uma série de projectos propostos por ou-tras Autarquias.

Câmara Municipal de Mora assinou contrato de financiamento para recuperação da antiga Estação da CP

Jornada de esclarecimento e de luta

Inauguração da Exposição "Mulheres à Conversa"

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

6 Boletim Municipal

A Câmara Municipal de Mora foi questionada pelo senhor Presi-dente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, deputado Abel

Baptista do Grupo Parlamentar do CDS-PP, sobre a conservação dos bens imóveis do pa-trimónio cultural da responsabilidade do Mu-nicípio (cf doc. 1).

A Autarquia de Mora respondeu de ime-diato, prestando as informações solicitadas (cf doc. 2).

Por outro lado, e aproveitando a opor-tunidade, a Câmara Municipal alertou, uma vez mais, para a necessidade urgente de se encontrar uma solução que salvaguarde este Monumento Nacional cuja responsabilidade é inteiramente do Estado.

Como é do conhecimento público, a situação arrasta-se há mais de duas décadas sem que os sucessivos governos tenham cor-respondido aos insistentes apelos da Câmara Municipal que, todos os anos, propõe a inclu-são dos trabalhos de recuperação do Monu-mento em PIDDAC (Programa de Investi-mentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central).

Será desta? Ou será que o Estado (Go-verno) vai deixar que a Torre das Águias se transforme numa vergonha nacional?

Torre das ÁguiasA Torre das Águias localiza-se na freguesia de

Brotas, em propriedade privada e encontra-se atualmente

muito degradada. Foi edificada no séc. XVI por D. Nuno

Manuel, guarda-mor do rei D. Manuel, senhor da Vila das

Águias. Considerada como um “solar fortificado” a Torre,

pelo seu aspeto parece mais um edifício militar.

Trata-se de um edifício de planta quadrada, com

quatro pisos, janelas de peito nas fachadas laterais e ter-

raço na parte superior. Os tetos apresentam abóbadas de

ogiva, nos dois pisos inferiores e, nos superiores, abóbadas

abatidas. O acesso, no interior, processa-se através de es-

cadarias, algumas em avançado estado de degradação. O

terraço superior é rematado por merlões, de estilo Gótico/

manuelino.

Para além da Torre, existem no local uma série de

pequenas casas de habitação e casões de apoio às ativi-

dades agrícolas, para além de uma pequena capela. Em

termos gerais, a Herdade possuí uma intensa ocupação de

época Pré-histórica, com monumentos megalíticos (antas e

menires) e locais de povoamento. Do período romano co-

nhece-se, apenas, um grande peso de lagar que se encontra

junto de umas das habitações.

A Torre da Águias está classificada como Monu-

mento Nacional desde 1910 (Decreto de 16-06-1910, DG

nº 136, de 23-06-1910).

Bibliografia: Azevedo, Carlos (1988) – Solares

portugueses. Lisboa; Calado, M; Rocha, L; Alvim, P.

(2012) – Carta Arqueológica de Mora. Mora: C.M.Mora;

Espanca, Túlio (1975) – Inventário Artístico de Portu-

gal. Vol. VIII (distrito de Évora, zona Norte, volume I).

Lisboa; Pereira, Gabriel (1934) – Estudos diversos ar-

queologia, história, arte, etnografia. Lisboa.

Ex.ma Sra.Dra. Fernanda Bastos FernandesComissão Parlamentar de Educação, Ciência e Cultura

Em resposta ao ofício do senhor Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, deputado Abel Baptista, tenho a honra de informar de que o estado de conservação dos bens imóveis do património cultural da responsabilidade do Município de Mora é muito satisfatório.

Lamentavelmente, não podemos dizer o mesmo do restante património existente na área do Concelho de Mora, cujo caso mais preocupante é a Torre das Águias, monumento nacional (Dec. Nº 16-6-1910), que se encontra num estado de degradação avançado e que poderá ruir a qualquer momento.

O facto é do conhecimento da Assembleia da República e de alguns dos actuais senhores deputados já que a Câmara Municipal de Mora tem vindo insis-tentemente ao longo dos anos a alertar para a gravidade da situação, propondo a inclusão dos trabalhos em PIDDAC sem que os vários governos PSD-CDS e PS tenham diligenciado no sentido da conservação (já não digo valorização) de um monumento único a nível nacional.

Esperamos pois que a intervenção do senhor Presidente da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, deputado Abel Baptista do Grupo Parlamentar do CDS-PP, venha finalmente por cobro a esta situação de lesa-pátria.

O País e muito particularmente o nosso Concelho ficar-lhe-ão muito gratos.

Desejando boa recepção, ficamos desde já disponíveis para facultar quaisquer outras informações que tenha por convenientes.

Leonor Rocha

Torre das ÁguiasMonumento Nacional em risco

Doc. 1

Doc. 2

7Boletim Municipal

Mais de uma tonelada de roupa recolhida

A instalação dos contentores para recolha de roupa no Concelho de Mora, desde Setembro do ano an-terior, incentivou a população à boa

prática, no sentido de se depositar este tipo de bens nos locais adequados, de tal forma, que o balanço é muito positivo. Durante o último trimestre do ano de 2013 foram recolhidos, em todas as freguesias, um total de 1.348 kg de roupa.

Mais de 250 crianças nas actividadesdo Dia da Árvore

No passado dia 21 de Março, co-memorou-se o Dia Mundial da Árvore, e mais uma vez, numa atitude empenhada, a Câmara

Municipal de Mora, promoveu a Educação Ambiental, estando presente o senhor Presi-dente da Câmara, Luís Simão e Vereadores do Executivo. À semelhança de anos anteriores, o dia foi celebrado com actividades para os alunos, professoras, educadoras e Auxiliares de Acção Educativa, das Escolas Básicas do 1º Ciclo e Pré-Escolar e do Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Mora, contan-do com cerca de 250 participantes. A iniciati-va dividiu-se em três momentos distintos, um circuito de orientação na Mata Nacional de Cabeção, seguido de uma caminhada até ao Parque Ecológico do Gameiro, onde as crian-ças lancharam e houve, ainda, tempo para pinturas com materiais, que habitualmente deitaríamos fora, sugerindo a sua reutilização e reciclagem. De referir que as actividades fo-ram idealizadas e sinalizadas no terreno, com a colaboração de técnicos de Desporto e Ani-mação do Município, no sentido de promover o contacto com a natureza e a sensibilização para a importância da sua preservação.

O dia foi também assinalado junto das crianças com idade inferior a 3 anos, cerca de 20 crianças, com a narração da história “Ainda Nada” de Christian Voltz , sobre o processo de transformação de uma semente, pela Oficina da Criança.

Aproveitando o significado deste dia, o Município de Mora lançou o “Guia de Boas Práticas Ambientais”, publicado para assinalar o dia, com a colaboração da Divisão de Ur-banismo e Ambiente, de modo a promover a defesa do Ambiente entre a Comunidade Educativa e a população em geral, como uma tarefa de todos nós.

Um agradecimento a todos os que parti-ciparam e se envolveram na actividade, entre outros e sem excluir ninguém, às Juntas de Freguesia, de Pavia e de Brotas e Santa Casa da Misericórdia de Mora.

Atelier´s de pintura, um dos momentos da actividade

8 Boletim Municipal

O Fluviário de Mora celebrou o seu VII Aniversário, no passado dia 21 de Março.

Sete anos depois, cerca de 700 mil visitantes recebidos, vinte postos de trabalho criados e mantidos, milhões de eu-ros injectados na economia local, vários pro-jectos científicos desenvolvidos, o Fluviário de Mora tem vindo paulatinamente a cumprir a sua missão de contribuir para o desenvolvi-mento sustentável do Concelho, afirmando-se simultaneamente como um equipamento de referência no plano nacional e internacional.

O programa oficial das comemorações, no Auditório, abriu, às 18 horas, com o Co-lóquio “Cultura em Austeridade”, com Sérgio Ribeiro, economista reconhecido e antigo de-putado no Parlamento Europeu, que evocou duas figuras maiores da nossa História – Abel Salazar e Bento de Jesus Caraça – para funda-mentar a tese de que em tempo de austerida-de, áreas como a cultura, a ciência, a educação ou o lazer são as principais afectadas.

Não admira, pois, que as dificuldades do Fluviário, com a diminuição de visitantes se tenham acentuado a partir de 2009.

José Manuel Ribeiro Pinto, Vice-Presi-dente da Câmara Municipal e Presidente do Conselho de Gestão do Fluviário traçou, em breves linhas, o balanço da actividade desen-volvida em 2013, sublinhando alguns aspec-tos mais significativos, designadamente as obras realizadas ou em curso – novo habitat da anaconda e remodelação do futuro aquá-rio “Monstros do Rio” – bem como o rigor

colocado na gestão que, não obstante a crise, permite que os resultados negativos sejam ab-sorvidos pelos activos.

Numa nota, particularmente positiva, referiu ainda que o número de visitantes tem vindo a crescer a um ritmo de 30 %, desde Novembro de 2013, comparativamente ao ano de 2012.

Pedro Raposo, Professor universitário, docente do Departamento de Biologia da Universidade de Évora e Director do Núcleo de Investigação do Fluviário, deu conta dos projectos em curso e anunciou os vencedores do “Prémio Jovem Cientista de 2013”.

Prémio Fluviário Jovem Cientista 2013

A IV Edição do Prémio Fluviário Jovem Cientista do Ano 2013 teve dois vencedores ex-aequo, os investigadores Mariana Pandei-rada, da Universidade de Aveiro e Mário Fer-reira da Universidade de Évora.

Mariana Pandeirada é formada pela Universidade de Aveiro, onde concluiu a li-cenciatura em Biologia e o mestrado em Bio-

logia Aplicada, ramo Ecologia, biodiversidade e gestão de ecossistemas.

A recente publicação de uma nova es-pécie de microalga para a ciência, designada de “Theleodinium Calcisporum”, encontrada numa lagoa em Ílhavo que constitui o primei-ro dinoflagelado de água doce para o qual foi reportado um quisto de resistência de nature-za calcária.

Mário Ferreira é licenciado em Biologia pela Universidade de Évora (2006). Obteve o grau de mestre em Biologia da Conservação pela Universidade de Évora de 2012.

Até ao dia 31 de Dezembro de 2013, o Fluviário de Mora recebeu 18 candidaturas, tendo sido consideradas 16 para avaliação, submetidos e aceites para publicação em re-vistas científicas da especialidade e reconhe-cidas internacionalmente. Desde a sua cria-ção, 73 candidaturas tiveram lugar.

O Júri, constituído por 26 personalida-des de Universidades de todo o País, analisou os artigos de acordo com os critérios de ava-liação: Mérito Científico; Clareza e Qualida-de; Contributo para a conservação e biodiver-sidade de recursos aquáticos continentais.

Câmara Municipal de Mora oferece bicicletasà GNR

No dia 25 de Março, a Câmara Municipal de Mora entregou três bicicletas ao Posto Territorial da GNR de Mora, na sequência do

protocolo de colaboração entre as duas entida-des. Uma cerimónia que decorreu junto ao edi-fício dos Paços do Concelho e contou com as presenças dos executivos da Câmara Municipal de Mora, das Juntas de Freguesia e alguns mem-bros do Destacamento Territorial de Évora da GNR, bem como o Capitão do Destacamento Territorial da GNR de Estremoz e do 1º Sar-gento do Posto Territorial da GNR de Mora.

Este apoio surge da necessidade recíproca entre o Município de Mora e o Destacamento Territorial de Évora da GNR e tem como ob-jectivo humanizar, reforçando a proximidade entre munícipes e as funções de protecção e se-gurança a desempenhar pelos agentes de auto-ridade, ultrapassando alguns constrangimentos de acessibilidades.

O primeiro percurso efectuado pelos agen-tes recém-equipados, em acções de vigilância e patrulhamento, foi ao Parque Ecológico do Ga-

meiro, Fluviário de Mora e pelas ruas da fregue-sia de Mora, tendo recebido bom acolhimento, por partes dos munícipes.

Fluviáriode Moracelebra 7 anos

Antes e depois de Abril...As grandes conquistas de Abril também foram feitas de pequenas coisas!

9Boletim Municipal

10 Boletim Municipal

Boletim Municipal: Onde esta-va quando se deu a Revolução de Abril?Joaquim António Matos: No dia 24 de Abril, estava de serviço no quartel de Vendas Novas como sargento de dia.

B.M.: Como se desenrolaram as operações que a antecederam?J.A.M.:Durante o dia 24, a sirene tocou duas vezes para formatura. Quem estava de serviço não sabia o que se passava, mas na última formatura deram-nos ar-mas e munições reais. Mais tarde, depois de colocados ao corrente da situação, foi-nos dada a opção de escolha e disseram-nos claramente “só vai quem quer”. E eu fui. Nesta fase foi tomado o quartel e todos os sargentos que não aderiram foram retidos no ginásio. Arrancámos rumo a Lisboa com uma coluna militar de cerca de 200 homens. Esperava-se a vitória ou a morte.

B.M.: Para onde foram destacados e que momentos realça? J.A.M.:Inicialmente, fomos para Almada, onde chegámos por volta das 7 horas. Depois para a Trafaria. Aqui, desarmámos a Guarda Republicana, ocupámos o presídio e libertá-

mos quem estava detido desde o Movimento das Caldas. Seguimos para o Cristo Rei para vigiar as fragatas no Tejo e dar a autorização de entrada ou saída. A certa altura, fomos obriga-dos a preparar uma emboscada para receber os fuzileiros, porque não sabíamos se estariam do nosso lado. Verifi-cámos depois que estavam connosco. Avançámos depois para Lanceiros 2, o último quartel a apresentar ren-dição. Quando conseguimos entrar, depará-mo-nos com um cenário inesperado. Lá den-tro, os soldados não sabiam o que se passava,

mas, mesmo assim, estavam todos sentados na parada e recusavam-se a lutar contra nós camaradas de ar-mas. Recordo-me de nos dizerem “estava a ver que não entravam”. Ali permanecemos em patrulhamento. Passámos momentos difíceis, à chu-va, ao frio, sem comida. Valeu-nos a ajuda da população que, desde cedo, se solidarizou com os militares, dan-do-nos comida, bebida e roupa para o frio. A Revolução de Abril trouxe alegria ao povo e nós testemunhámos isso. Se saímos vitoriosos foi porque o povo estava connosco.

B.M.: Quando regressaram ao quartel?J.A.M.:Regressámos a Vendas No-vas a 28 de Abril. Começámos então a fazer o patrulhamento de pontes e barragens até a situação estabilizar.

B.M.: Como viveu este perío-do?J.A.M.: O 25 de Abril trouxe-nos a liberdade no seu sentido mais vasto e eu tenho muito orgulho de ter contribuído para isso. Enquanto militar arrisquei a minha vida pelos

meus ideais e pela conquista dos valores de-mocráticos. O facto de ter entrado para a vida política permitiu-me ajudar a manter essas conquistas e ideais, colocando-os em prática no trabalho em prol da minha freguesia.

B.M.: Que avalia-ção faz do Por-tugal de hoje?J.A.M.: No Por-tugal de hoje ainda há muito do 25 de

Abril. Mas, infelizmente, muitas das conquistas estão a ser literalmente roubadas.Fundamentando as medidas numa

política completamente errada, fecham-se escolas, maternida-des, hospitais, centros de saúde, tribunais, finanças... Destrói-se o Estado Social. Privatiza-se o que outrora foi nacionalizado, colo-cando inclusivamente em perigo a própria soberania nacional com a privatização de sectores vitais para a nossa economia. O tecido produtivo - agricultura, pescas e indústria tem vindo a ser paula-tinamente destruído. Começou sobretudo com o primeiro-min istro Cavaco Silva e prosseguiu depois com os governos PS,

PSD e CDS, sozinhos ou em coligação. A dis-tribuição da riqueza nacional está cada vez mais mal distribuída, aumentando o número de pobres e o fosso entre os pobres, cada vez mais pobres, e os ricos, cada vez mais ricos. As novas gerações são obrigadas a deixar os meios mais pequenos por causa da ausência de políticas de desenvolvimento do interior do País. Aos poucos parece que perdemos a nossa independência e vamos perdendo a nossa liberdade.

Joaquim António de Matos Caeiro, o Matos que toda gente conhece, nasceu em Pavia a 19 de Julho de 1951.Frequentou o ensino primário na sua terra natal e ti-rou a admissão aos liceus em Évora. Dos seus quase 63 anos de vida, 34 foram passados à frente da Junta de Freguesia de Pavia e 33 como ajudante técnico na Farmácia Central de Pavia, onde ainda se mantém. É casado e pai de três filhos.Durante três anos, 1972-1975, cumpre o serviço mili-tar. Foi no quartel de Vendas Novas que tirou o curso de furriel miliciano, sendo o segundo melhor do cur-so. O Matos é uma das histórias vivas do Concelho de Mora, que testemunhou na linha da frente, o evoluir dos acontecimentos da Revolução dos Cravos.

""só vai quem quer.

E eu fui. (...)Esperava-se a vitória ou a morte.

""estava a ver que não entravam”.

(...) A Revolução de Abril trou-xe alegria ao povo e nós teste-

munhámos isso

""No Portugal de hoje ainda

há muito do 25 de Abril. Mas, infelizmente, muitas das conquistas estão a ser

literalmente roubadas.

40 anos depois da Revolução de Abril...

Fotografias cedidas por Joaquim António de Matos Caeiro

Duran ClementeDestacado Capitão de Abril Nasceu em Almada em 28 de Junho de 1942. É um dos capitães da génese clandesti-na do Movimento dos Capitães.Ingressou na Academia Militar em 1961, tendo-se licenciado em Administração.Na sequência da contestação pública ao regime ditatorial, em Abril de 1973, no Con-gresso do MDP/CDE em Aveiro, é deportado/mobilizado para a Guiné-Bissau, onde, com outros destacados militares, Otelo Saraiva de Carvalho, Salgueiro Maia, Matos Gomes, Sales Golias e Faria Paulino, desenvolve o processo conspirativo.Durante o período de preparação do 25 de Abril é o elemento de ligação a Vasco Lourenço entre a Guiné e o Continente.Em Outubro de 1974, com outros oficiais que se tinham distinguido em Bissau, regres-sa a Lisboa, integrando uma das estruturas mais destacadas do Processo Revolucionário até ao 25 de Novembro de 1975, a 5ª Divisão do Estado Maior General das Forças Armadas, onde foi um dos responsáveis pelo Centro de Esclarecimento e Informação Pública, coordenando programas de Radio e Televisão.Em 11 de Março de 1975, aos microfones da então Emissora Nacional alerta o País da invasão do RALIS e do golpe contra-revolucionário de Spínola. Por esta acção, que evitou um confronto militar entre paraquedistas e artilheiros, é formalmente louvado pelo Presidente da República e Chefe do EMGFA, General Costa Gomes.No período mais conturbado do PREC, nomeadamente no chamado “Verão Quente”, mantém-se firme nos seus princípios e convicções, assumindo claramente a sua posição “gonçalvista”. Posição que lhe valeu um mandato de captura, que não viria a concretizar-se, recusando-se a ser preso no Portugal democrático por defender os mais nobres ideais de Abril.Até 9 de Setembro de 1976, esteve exilado em Cuba e República Popular de Angola.Expulso administrativamente do Exército, foi reintegrado quatro anos depois, após amnistia, sendo promovido a Major. Posteriormente, é reformado compulsivamente. Em 2002, ascendeu ao posto de Coronel (reformado), posição que deveria ter desde 1991. Desenvolveu, nos últimos 35 anos, vasta actividade na área do Planeamento Organi-zação e Desenvolvimento Regional com vários países. Foi deputado à Assembleia da República pela CDU, Presidente da Assembleia de Freguesia de Santa Catarina, Lisboa, durante 12 anos, e Vereador da Câmara Municipal de Lisboa.Em Março de 2007, foi eleito para a Presidência do Conselho Português para a Paz e Cooperação. É membro da Associação 25 de Abril, fundador e dirigente, desde Fevereiro de 2012, da Associação Conquistas da Revolução.Autor de diversas obras, artigos e intervenções, assinou, por exemplo, o artigo “Não Apaguem a Memória. Se arguidos somos todos, todos fomos absolvidos”!

Manuel FreireCantor de Intervenção

Nasceu a 25 de Abril de 1942, em Vagos. Completou o Liceu em Aveiro e frequen-tou Engenharia Química na Universidade de Coimbra.Activista cultural, político e social desde os 16 anos, participou activamente, em 1958, na campanha de Humberto Delgado para a Presidência da República, bem como nas campanhas eleitorais de 1969 e 1973.Em 64, interrompeu os estudos para cumprir três anos de serviço militar. Depois disso ingressou na firma “F. Ramada” como “Operador de Informática”. A convite da administração, troca a informática pela área comercial.Em 1988, ingressou na empresa de limas “União Tomé Féteira”, onde, durante 11 anos, foi Director Comercial.Em Maio de 74, é eleito membro da “Comissão Administrativa” da Câmara de Ovar e, quatro anos mais tarde, eleito vereador da mesma Câmara. A partir daqui, foi inúmeras vezes, candidato às Eleições Autárquicas, Legislativas e Europeias.Em 1995, é-lhe atribuída pela Presidência da República a “Ordem da Liberdade” e em 1996 recebe a “Medalha de Prata” do Concelho de Ovar.Em Setembro de 1999, abandonou a empresa onde trabalhava, dedicando-se exclusivamente à música. Em Setembro de 2003, é eleito Presidente da Sociedade Portuguesa de Autores.Começa a cantar muito novo, compondo músicas para poemas de diversos autores portugueses, brasileiros e franceses.Seguindo o caminho apontado por José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, coloca desde logo a sua actividade nesse campo ao serviço das causas da educação, democracia e liberdade.Compõe e interpreta música para teatro e cinema. De 22 trabalhos produzidos, é autor, compositor ou intérprete de temas como “Pedro Soldado”, “Lutaremos Meu Amor”, “Pedra Filosofal”, “Menina dos Olhos Tristes”, “Dulcineia”, “Manuel Freire”, “Cais das Tormentas”, “Lágrima de Preta”, “Gaivota”. Em 2006, grava e edita com Vitorino e José Jorge Letria o CD “Abril, Abrilzinho”.

11Boletim Municipal

40 anos depois da Revolução de Abril...

Falámos com pai e filho sobre o antes e depois do 25 de Abril...

Duran Clemente e Manuel Freire, duas figuras marcantes do 25 de Abril, irão estar presen-tes nas comemorações concelhias dos 40 anos da Revolução dos Cravos.

12 Boletim Municipal

Conselhos de nutrição…Dia Mundial da Água - 22 de março

A superfície do Planeta é 70% cons-tituída por Água.Também o Corpo Humano é compos-to por igual quantidade de Água!Estes factos são motivo suficiente para assinalar e relembrar a impor-tância que a água tem nos seres vi-vos e por isso foi atribuído ao dia 22 de Março o Dia Mundial da Água!

Porque devemos beber água?A água desempenha um papel funda-

mental no nosso organismo. Pelo facto de per-dermos água diariamente, de várias formas, deve-se ter sempre em atenção a sua ingestão adequada, tendo em conta as diversas necessi-dades ao longo do ciclo de vida.

Na Roda dos Alimentos a água encontra-se no centro, não só pela sua importância para o homem, mas também porque a água é parte constituinte de todos os alimentos. As necessidades de água variam de acordo com vários factores, como a temperatura ambiente, con-dições climatéricas, alimentação e actividade física.

A Água desempenha diversas funções no organis-mo: auxilia o transporte de nutrientes para dentro das células, elimina as substâncias tóxicas e componentes resultantes do metabolismo, ajuda na regulação da tem-peratura corporal, é parte constituinte de fluidos e su-cos gástricos, pancreáticos, biliares, entre outros, ajuda na regulação do trânsito intestinal e no controlo de um peso saudável.

13Boletim Municipal

Mais vale prevenir…

Os jovens e o álcool (ou outras drogas!)

O consumo de bebidas alcoólicas representa um grave problema de saúde pública. O facto do ál-cool ser uma droga socialmen-

te aceite, facilita o acesso dos jovens. Assim, tem-se observado o aumento do uso e abuso do álcool, principalmente por parte dos jo-vens. Tal facto é contraditório, pois cada vez mais nas escolas, na comunicação social, atra-vés dos profissionais de saúde, professores, educadores, entre outros… se alerta para os malefícios do álcool. Sendo os jovens os mais informados, é estranho que continuem a ade-rir ao clube dos abusadores de álcool.

Tendo em conta que a adolescência é um período na vida repleto de grandes mu-danças físicas, psíquicas e sociais, podemos considerar este grupo etário um grupo muito vulnerável à pratica do consumo de bebidas alcoólicas. Esta fase do ciclo vital de um in-divíduo é considerada como um período de crescimento e de abertura à mudança. E por isso, é também uma fase de experimentações que proporcionem efeitos imediatos.

Actualmente, devido a vários factores sócio-económicos, verifica-se um acentuado aumento de consumo de álcool pelos adoles-centes. Estudos nesta área revelam que a maio-ria dos jovens que habitualmente consomem bebidas alcoólicas, iniciam a sua ingestão em bares e cafés, na companhia de amigos e que preferem a cerveja e as bebidas destiladas. Estes jovens referem beber por gosto e pra-zer. Comprova-se assim que os adolescentes procuram o prazer e a satisfação dos seus de-sejos de um modo imediato, não valorizando as consequências das suas atitudes e compor-tamentos. Nem tendo em conta os malefícios do consumo do álcool a nível físico, psicoló-gico e social.

Em alguns inquéritos realizados a ado-lescentes que consomem bebidas alcoólicas, estes responderam que os objectivos do seu consumo são os seguintes:

• Aliviartensões;• Desinibição;• Melhorarohumor;• Expressar sentimentos mais facil-

mente;• Ficarsexualmentemaisatraente.

No entanto, as consequências da sua in-gestão são bem diferentes.

Nos jovens a mais pequena dose é su-ficiente para prejudicar as suas capacidades intelectuais, os seus órgãos e sistemas (em es-pecial o sistema nervoso).

CÉREBRO – reduz a capacidade de atenção, de trabalho, de aprendizagem, de

memória, altera o comportamento, provoca sonolência, reduz os reflexos, entre outras.

APARELHO DIGESTIVO – provo-ca ou agrava lesões como gastrite, úlcera, he-morragia digestiva.

FÍGADO – provoca lesões graves crónicas, que chegam a cirrose e morte.

SANGUE – facilita o aparecimento de anemia.

SEXO – provoca impotência e esteri-lidade.

AUMENTO DE PESO – pelas “ca-lorias ocas” que fornece (quase tantas como as da gordura).

TRAUMATISMOS E MORTE POR ACIDENTES – causados frequente-mente pela ingestão aguda e excessiva de be-bidas alcoólicas.

É importante cada vez mais alertar os adolescentes sobre os malefícios/consequên-cias do consumo de bebidas alcoólicas de modo a que estes adquiram mecanismos de defesa e adoptem estilos de vida saudáveis.

Nesta luta devem estar empenhados to-dos os intervenientes: os adolescentes, a famí-lia, a escola e as instituições de suporte da co-munidade, nomeadamente os profissionais de saúde (através da informação), as autarquias e outras instituições (através da oferta de activi-dades alternativas que promovam o convívio saudável, actividades importantes para a co-munidade, por exp: voluntariado). Em suma: actividades que promovam estilos de vida

saudáveis, a solidariedade, o sentido cívico…Sabendo que não serão apenas os jovens, mas todo uma comunidade a usufruir desse bem.

JOVEM: • Não entres para o clube dos abusa-

dores de bebidas alcoólicas.

• IngerirálcoolNÃOéserfixe!Sóde-monstra que ages sem pensar e assim sendo só dás razão a quem diz:” São jovens, não pen-sam…” e tu sabes que isso não é verdade.

• Usaoteusentidocríticosemprequete oferecerem uma bebida alcoólica e recu-sa-a.

• Aproveitaosbonsmomentosdavidade forma consciente para que mais tarde os re-cordes com orgulho.

• Sê adepto de estilos de vida saudá-veis, pratica desporto e actividades ao ar livre.

• Segueumaboaalimentação,ricaemfruta e legumes.

• Elegeaáguaeossumosdefrutana-turais como as tuas bebidas de eleição.

• Aproveitaestafasedatuavida.Èumafase única, como todas as outras mas que tem muito para te oferecer, caso saibas aproveitar.

VIVE A VIDA SEM ÁLCOOL, SEM DROGAS!

Enfermeira Madalena Barnabé Centro de Saúde de Mora-UCSP

14 Boletim Municipal

Conservação e manutenção do Bar do Gameiro, Cabeção Manutenção do Jardim da CHEMorense, Mora

Manutenção do Parque Ecológico do Gameiro, Cabeção

Manutenção da Pista de Pesca de Cabeção Arranjos exteriores da Casa Mortuária de Brotas

Conservação da Avenida do Fluviário, Mora

Obras no Concelho de Mora

15Boletim Municipal

Tome nota...Câmara Municipal de Mora 266 439 070Bombeiros Voluntários de Mora 266 409 100Lar Santa Isabel (Pavia) 266 450 127Centro de Saúde de Mora 266 439 000 Internamento 266 439 040 Extensão de Brotas 266 487 167 Extensão de Cabeção 266 447 137 Extensão de Pavia 266 457 124Instituto de Segurança Social -Delegação de Mora 266 403 743Conservatória do Registo Civil Predial e Cartório Notarial 266 439 050CTT Mora 266 403 581CTT Pavia 266 457 294EDP 266 005 200Escola EB 2,3/S de Mora 266 403 245Farmácia Canelas Pais (Cabeção) 266 447 119Farmácia Central (Pavia) 266 450 001Farmácia Central (Mora) 266 409 044Farmácia Falcão (Mora) 266 409 021GNR Mora 266 439 080GNR Pavia 266 457 121Junta de Freguesia de Brotas 266 487 136Junta de Freguesia de Cabeção 266 447 180Junta de Freguesia de Mora 266 403 295Junta de Freguesia de Pavia 266 450 110Lar de Idosos de Brotas 266 487 194Ass. de Cabeção de Solidariedade aos Trabalhadores Idosos 266 448 100Lar Nossa Srª da Purificação de Cabeção 266 447 136Lar de Idosos de Mora 266 439 032Posto de Turismo 266 439 079Repartição de Finanças Mora 266 403 165 266 439 225S.C. da Misericórdia de Mora 266 439 030

TÁXIS:José Miguel Guerra (Mora) 934 401 294José Esteves Guerra (Mora) 917 265 795 266 403 732António José Casimiro (Pavia) 266 457 140 917 214 571José Eduardo Caeiro (Cabeção) 266 447 140 917 332 297

Propriedade e EdiçãoCâmara Municipal de Mora

RedacçãoFotografia

Concepção GráficaGabinete de Informação

ColaboradoresCentro de Saúde de Mora

Junta de Freguesia de BrotasJunta de Freguesia de Cabeção

Junta de Freguesia de MoraJunta de Freguesia de Pavia

Associações e Colectividades do Concelho de Mora

PeriodicidadeMensal

ImpressãoRegiset

N.º de Exemplares3200

Ficha Técnica

Executivo da Câmara Municipal

Resumo das Deliberações das Reuniões de Câmara

Em Reunião de Câmara realizada a 29 de Janeiro foi deliberado:

DECLARAÇÕES DE CADUCIDADE: A Câmara Municipal deliberou por una-nimidade, de harmonia com o parecer da Divisão de Obras e Urbanismo, determinar a caducidade das licenças, em nome de João Miguel Mendonça Pinto, para construção de Ginásio na Zona Industrial de Mora, lotes quarenta e oito e quarenta e nove, Maria de Fátima Ramos Valente, para construção de edifício na Herdade do Redondo, em Pavia e Eurico António para construção de Hotel Rural nas Corsas Artigo 9, secção D, em Pavia .

PROCEDIMENTO POR AJUSTE DIRETO "ARRANJOS EXTERIORES DA ENVOLVENTE DA CASA MORTUÁRIA DE BROTAS": A Câmara Mu-nicipal deliberou por unanimidade adjudicar à firma J.A.V. - Materiais de Construção, Lda., a execução da empreitada de "Arranjos exteriores da envolvente da Casa Mortu-ária de Brotas", por apresentar a proposta considerada mais vantajosa, de acordo com os critérios de adjudicação estabelecidos e no teor da respetiva proposta, no valor de 28.646,04 €, mais IVA.

PROCEDIMENTO POR CONCURSO PÚBLICO "IMPLEMENTAÇÃO DO PROJETO ESTAÇÃO E IMAGEM": A Câmara Municipal deliberou por unanimidade adjudicar à firma Costa & Carvalho, S.A., a execução da empreitada de "Implementação do Projeto Estação e Imagem", por apresentar a proposta considera-da mais vantajosa, de acordo com os critérios de adjudicação estabelecidos e no teor da respetiva proposta, no valor de 1.980.000,00 €, mais IVA.

PROJETO DE ACESSIBILIDADES AO ADRO DA IGREJA MATRIZ DE CABEÇÃO E CONSERVAÇÃO DE FACHADAS: Deferido por unanimi-dade de harmonia com o parecer da Divisão de Obras e Urbanismo, devendo o requerente cumprir com o constante no referido parecer. Mais foi deliberado por unanimidade isentar o requerente do pagamento das taxas referentes à presente obra, conforme o constante no referido parecer.

MORAPESCA 2014 - CONCURSO TIPO AJUSTE DIRETO - ALUGUER DE TENDAS: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade, adjudicar o alu-guer de duas tendas para a XI MoraPesca à firma, Modelstand, pelo valor de 20.490,00€ (vinte mil, quatrocentos e noventa Euros), acrescido de 23% IVA (4.712,70€), o que faz o total de 25.202,70€, por ser a proposta mais vantajosa, com base nos critérios de adjudicação estabelecidos.

FUTSAL CLUBE DE MORA - PROTOCOLO: A Câmara Municipal no sentido de apoiar o associativismo no nosso Concelho deliberou por unanimidade aprovar um Protocolo de cedência de instalações entre a Câmara Municipal e o Futsal Clube de Mora. ACORDO COLECTIVO ENTIDADE EMPREGADORA PÚBLICA: A Câ-mara Municipal no sentido de salvaguardar o interesse dos trabalhadores da Autarquia, nomeadamente em relação à manutenção das 35 horas semanais, aprovou um Acordo Colectivo de Entidade Empregadora Pública entre o Município de Mora e o STAL - Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional.

Em Reunião de Câmara realizada a 12 de Fevereiro foi deliberado:

PROJECTO DE ESPECIALIDADES: A Câmara Municipal com base no parecer da Divisão de Obras e Urbanismo, deliberou por unanimidade considerar que os projectos em nome de Santa Casa da Misericórdia de Mora referentes à construção de um anexo no Bairro da Misericórdia, Bloco 9, moradia 21 em Mora, cumprem o disposto na legislação aplicada. Mais deliberou por unanimidade conceder a licença de construção pelo prazo de 30 dias de harmonia com o mesmo parecer.

PRÉMIO ESTAÇÃO IMAGEM / MORA 2014 - PROPOSTA DE SUBSÍ-DIO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade, conceder o apoio à realiza-ção do “Prémio Estação Imagem/Mora 2014”, dando assim cumprimento ao previsto em Opções do Plano.

PAGAMENTO DE FATURA DE ÁGUA EM PRESTAÇÕES: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade autorizar o pagamento da fatura de água em 4 prestações, solicitado por Filipe Costa, residente na Rua Fonte Velha nº 26, em Cabeção.

TABELA DE TARIFAS DE ÁGUA SANEAMENTO E RESÍDUOS SÓLI-DOS: A Câmara Municipal deliberou por maioria, com um voto contra do Senhor Vereador do Partido Socialista, João Filipe Chaveiro Libório, usando a competência que lhe confere a alínea e) do número um do artigo trinta e três, da Lei número setenta e cinco barra dois mil e treze, de doze de Setembro, actualizar a Tabela de Tarifas de Água Saneamento e Resíduos Sólidos para 2014, constantes do documento anexo, em vigor neste Município.

Em Reunião de Câmara realizada a 26 de Fevereiro foi deliberado:

PROPOSTA PARA AQUISIÇÃO DE UMA VIATURA USADA: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade, abrir procedimento de formação de contrato por Ajuste Directo, nos termos dos artigos 20º. e 36.º do Decreto-Lei n.º 18/2008, de 29 de janeiro com as alterações subsequentes, para aquisição de uma viatura usada, conforme parecer da Divisão de Obras e Urbanismo, pelo prazo de dez dias.

PROPOSTA DE ALTERAÇÃO AO REGULAMENTO DE PUBLICIDADE E OCUPAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade aprovar a proposta de Alteração ao Regulamento de Publicidade e Ocupação do Espaço Público, elaborada e, deliberou ainda por unanimidade subme-tê-la à aprovação da Assembleia Municipal nos termos e para os efeitos das disposições conjugadas da alínea k, do nº. 1 do artigo 33 e alínea g) do nº. 1 do artigo 25, todas da lei 75/2013, de 12 de Setembro.

EMISSÃO DE CERTIDÃO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade emitir parecer favorável de harmonia com os pareceres jurídico e da Divisão de Obras e Urbanismo, ao pedido de certidão comprovativa de que não era exigível a licença de utilização à data de construção do prédio inscrito na matriz predial urbana sob o artigo n.º 366 da freguesia de Brotas, em nome de Dário Joaquim Prates Carreiras.

GRUPO RECREATIVO E RANCHO FOLCLÓRICO DE CABEÇÃO - PROPOSTA DE SUBSÍDIO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade atribuir um subsídio no valor de 750,00 € ao Grupo Recreativo e Rancho Folclórico

de Cabeção, destinado a custear parte das despesas com o plano de actividades para 2014, ao abrigo do disposto nas alíneas o) e u) do nº. 1 do artigo 33 da Lei 75/2013, de 12 de Setembro, conjugado com o artigo 9º. do Regulamento de Atribuição de Apoios pelo Município de Mora, em vigor.

PROPOSTA ATRIBUIÇÃO SUBSÍDIOS 2013/2014: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade atribuir os seguintes subsídios ao abrigo do disposto nas alíneas o) e u) do nº. 1 do artigo 33 da Lei 75/2013, de 12 de Setembro, conjugado com o artigo 9º. do Regulamento de Atribuição de Apoios pelo Município de Mora, em vigor:- Sport Clube Brotense - Equipa Sénior Futebol 11 - 2ª de 3 tranches - 4.393.75€; - Núcleo de Futsal SIMM - Equipa Futsal Séniores Masculino, agora desigando por Futsal Clube de Mora, F.C.M.- 2ª e última tranche - 1.250,00€;- Grupo Desportivo de Pavia - Equipa de Futsal Feminino - 2ª e última tranche - 1.250,00€;- Equipa Futsal Séniores Masculino - 2ª e última tranche - 1.250,00€;- Equipa de Atletismo - 2ª e última tranche – 1.250,00€; - Futebol Clube de Cabeção - Equipa Sénior Futebol 11 - 2ª de 3 tranches - 1.000.00€;- Sport Cabeção e Benfica - Equipa Futsal Séniores Masculino - 2ª e última tranche – (1.250,00€);A 3ª e última tranche deverá ser paga em abril aos seguintes Clubes: - Sport Clube Brotense - Equipa Sénior Futebol 11 - (4.393.75€); - Futebol Clube de Cabeção - Equipa Sénior Futebol 11 - (1.000.00€);

HASTA PÚBLICA PARA ATRIBUIÇÃO DE EXPLORAÇÃO DO QUIOS-QUE DO JARDIM PÚBLICO DE MORA: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade homologar o resultado da hasta pública para atribuição da Exploração do Quiosque do Jardim Público de Mora, atribuindo a exploração do referido Quios-que, à Senhora Ana Maria Coelho.

PROCEDIMENTO TIPO AJUSTE DIRECTO PARA AQUISIÇÃO DE ASPIRADOR URBANO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade, ad-judicar a aquisição de um Aspirador Urbano à firma, CERTOMA - Comércio Técnico de Máquinas, Lda., por apresentar uma proposta considerada justa, de acordo com os critérios de adjudicação estabelecidos e no teor da respetiva proposta, no valor de 9.505,00€, acrescido de 23% IVA (2.186,15€), o que faz o total de 11.691,15€ .

HOMOLOGAÇÃO DA LISTA DE ORDENAÇÃO FINAL DO PROCE-DIMENTO CONCURSAL PARA CONSTITUIÇÃO DE EMPREGO PÚ-BLICO POR TEMPO INDETERMINADO PARA 1 LUGAR DE TÉCNICO SUPERIOR ARQUITETO PAISAGISTA: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade homologar a lista de ordenação final do procedimento concursal para constituição de emprego público por tempo indeterminado para 1 lugar de Técnico Superior Arquiteto Paisagista. A Câmara Municipal deliberou ainda, por unanimidade, efectuar o recrutamento de acordo com o artigo 37 da Portaria 83-A/2009, de 22 de Janeiro.

AGRUPAMENTO ESCOLAS MORA - PROTOCOLO FORMAÇÃO CONTEXTO TRABALHO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade manifestar o seu acordo com o constante no Protocolo de Formação em Contexto de Trabalho com o Agrupamento de Escolas de Mora com vista ao acolhimento de dois estagiários do Curso Profissional de Técnico de Secretariado, procedendo à sua assinatura.

Em Reunião de Câmara realizada a 12 de Março foi deliberado:

PROJECTO DE ARQUITECTURA: A Câmara Municipal deliberou por unani-midade aprovar o projeto de arquitetura referente à alteração de moradia sita na Rua de Santo António, nº. 16 em Pavia, em nome de Luís Maria Martins Libório, adaptando-a à utilização turística, na modalidade de Casa de Campo, de harmonia com o parecer da Divisão de Obras e Urbanismo e Entidade Regional de Turismo, devendo o reque-rente cumprir com o constante no parecer da Divisão de Obras e Urbanismo. Mais deliberou por unanimidade conceder o prazo de seis meses para apresentação dos projetos de especialidades.

AVERBAMENTO DE PROCESSO: A Câmara Municipal deliberou por unani-midade deferir o pedido apresentado por Mário Jorge Leão Vinagre solicitando o averbamento para seu nome do processo de obras 16/2011, referente à construção de edifício de habitação situado na Rua da Escola, lote 1, em Mora, por motivo de aquisição, de harmonia com o parecer da Divisão de Obras e Urbanismo.

ABERTURA DE CONCURSO POR HASTA PÚBLICA PARA A EXPLO-RAÇÃO DO BAR DO PARQUE ECOLÓGICO DO GAMEIRO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade abrir através de hasta pública a atribuição da Exploração do Bar do Parque Ecológico do Gameiro, conforme o caderno de en-cargos o qual foi aprovado por unanimidade, fixando para o efeito o prazo limite de apresentação de candidaturas até às 17:30 horas do dia 20 de Março de 2014. A abertura das propostas terá lugar em acto público a realizar no dia 21 de Março pelas 10,00 horas.O Júri deste acto é formado pelos Senhores: Vereador Marco Filipe Barreiros Pires, Vereador Hugo de Sousa Marques Carreiras e Engenheira Daniela Patrícia Basílio Ser-rão, como membros efetivos e Senhores Presidente da Câmara, Luís Simão Duarte de Matos e Vereador José Manuel Ribeiro Pinto, como membros suplentes.

32ª. VOLTA AO ALENTEJO LIBERTY SEGUROS - PEDIDO DE EMIS-SÃO DE PARECER: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade não ver inconveniente à passagem 32ª Volta ao Alentejo Liberty Seguros, pelo Concelho de Mora, nos termos da alínea d) do numero dois e do número cinco da Portaria número mil e cem barra noventa e cinco de sete de Setembro.

CERCIMOR - RENOVAÇÃO PROTOCOLO COLABORAÇÃO: A Câmara Municipal deliberou por unanimidade renovar o Protocolo de Colaboração com a Cercimor - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Montemor-o-Novo, C.R.L. referente ao apoio do transporte dos alunos do Concelho de Mora que se encontram a frequentar esta Instituição.

DESPACHO DO SENHOR PRESIDENTE: Em que no uso da sua competência que lhe confere o n.º 1 do artigo 42º da Lei 75/2013, de 12 de Setembro, constituiu o seu Gabinete de Apoio Pessoal, o qual, de acordo com o disposto na alínea c) do já citado nº. 1 do artigo 42º., terá a seguinte composição: Chefe de Gabinete: Fernando Jesus Santos Gorgulho.