nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 page 1 v i d á l i a · cartas. por último a associação...

20
Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 27 2007 V i d á l i a • Plano de Actividades para 2007 Energias Renováveis e Eficiência Energética nos Açores Ecoteca da Ribeira Grande Ecoteca de Ponta Delgada Em torno dos mitos sobre a poda da Árvore em Meio Urbano… SE AS ÁRVORES FALASSEM ! Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1

Upload: dangmien

Post on 26-Nov-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Boletim dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica nº 27 • 2007

V i d á l i a• Plano de Actividades para 2007• Energias Renováveis e Eficiência Energética nos

Açores

• Ecoteca da Ribeira Grande

• Ecoteca de Ponta Delgada• Em torno dos mitos sobre a poda da Árvore em Meio

Urbano…

SE AS ÁRVORES FALASSEM !

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1

Page 2: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 2

Sumário

Vidália

Boletim dos Amigos dos Açores– Associação Ecológica

Distribuição gratuita entre os sócios

Os artigos são da respon-sabili-dade dos autores e não represen-tam obrigatoriamente a posiçãooficial da Associação.

É permitida a reprodução etranscrição, desde que citada afonte e o autor

ApoioSecretaria Regional do

Ambiente e do Mar

Execução Gráfica e ImpressãoEGA

Empresa Gráfica Açoreana, Lda.

Órgãos sociais da Associação para o biénio 2007-2008

DIRECCCAO

PresidenteTeófilo Soares de Braga

SecretárioSérgio Diogo Caetano

TesoureiroMário José Furtado

VogaisMaria Manuela Livro

Lúcia VenturaSuplentes

Gilda PontesPaula Cristina Tavares

CONSELHO FISCAL

PresidentePaula SantosSecretário

Eduardo SantosVogal

George HayesSuplentes

Emanuel MachadoPedro Teves

ASSEMBLEIA GERAL

PresidenteJoão Carlos NunesVice-PresidenteLuís Guimarães Secretário

Eva Almeida LimaSuplentes

Eduardo AlmeidaPedro Nunes

Sede SocialEstá instalada no edifício da Junta deFreguesia do Pico da Pedra, Avenidada Paz, 14. Ali se encontram todas aspublicações editadas e uma bi-blio-teca especializada na temáticaambiental. Os interessados poderãovisitá-la todos os dias úteis das 9hàs 12h e das 13h às 17h. Aconselha--se a marcação da visita. Contacto:Carla Oliveira,Tel. 296 498 004

Editorial . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3

Plano de Actividades 2007 . . . . 4

Relatório de Actividades de 2006(Síntese) . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Energias Renováveis . . . . . . . . 10

Ecoteca da Ribeira Grande . . . 12

Ecoteca de Ponta Delgada . . . 14

Podas . . . . . . . . . . . . . . . . . . .16

Publicações e Materiais paraVenda . . . . . . . . . . . . . . . . . .18

Novos Sócios . . . . . . . . . . . . . .19

Boletim de Inscrição . . . . . . . .19

A Terra que não queremos . . . .20

www.amigosdosacores.pt.vue-mail:[email protected]@gmail.com

Tel. 296 498 004Fax 296 498 006

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 2

Page 3: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

3 Vidália 27

Editorial

Neste primeiro número do BoletimVidália de 2007, para além de apresentarmosuma síntese das actividades realizadas no anoanterior e das actividades previstas para o anoem curso, destacamos dois textos da autoriados responsáveis pelas Ecotecas de PontaDelgada e da Ribeira Grande. As Ecotecasreferidas, geridas pelos Amigos dos Açores,são estruturas “criadas pelo Governo Regio-nal com o propósito de contribuir para a cons-ciencialização em relação aos problemasambientais que afligem o planeta e a promo-ção de atitudes amigas do ambiente”.

Aproveitamos a opor-tunidade para dar a conhecer,a todos os associados, orecém-criado Grupo de Foto-grafia de Natureza que tempor objectivo a divulgação ea defesa do património natu-ral dos Açores através dafotografia.

São finalidades desseGrupo, a realização de activi-dades relacionadas com:

- Observação da natu-reza e da dinâmica da paisa-gem;

- Monitorizaçãoambiental através da fotogra-fia;

- Promoção de activi-dades formativas na área dafotografia e da observação danatureza;

- Promoção de encon-tros e debates relacionadoscom a fotografia de naturezae ambiente;

- Promoção de concur-sos e desafios relacionados

com a fotografia de natureza e ambiente; - Edição de publicações na área da foto-

grafia de natureza e ambiente; - Realização de mostras de fotografias

de natureza e ambiente; - Constituição de um portfolio de foto-

grafia ambiental e de natureza.

É nosso objectivo, com este grupo ecom os outros já existentes, envolver o maiornúmero possível de pessoas nas actividadesda associação. A participação de todos é fun-damental para que nos Açores haja um melhorambiente.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 3

Page 4: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 4

Plano de Actividades para 2007

O Plano de Actividades para 2007 dosAmigos dos Açores - Associação Ecológicacontempla um conjunto de projectos em váriasáreas da protecção da natureza e da educaçãoambiental, alguns dos quais foram iniciados emanos anteriores.

Em 2007 merece destaque um conjuntode actividades relacionadas com o pedestrianis-mo, nas suas vertentes turística e ambiental.

De igual modo, também inclui os orça-mentos das Ecotecas da Ribeira Grande e dePonta Delgada, bem como uma rubrica comactividades a desenvolver no âmbito do GES-PEA- Grupo de Trabalho para o Estudo doPatrimónio Espeleológico dos Açores.

VidáliaA publicação de artigos sobre a proble-

mática do património natural e construído e adivulgação das actividades associativas juntodo público e, em especial, dos associados, sãoos objectivos que nos levam a continuar a edi-tar, semestralmente, o boletim VIDÁLIA. Pre-tende-se, também, manter a versão Web doboletim "Vidália".

Congressos, Seminários e FormaçãoSendo a participação em congressos,

seminários e acções de formação na área doambiente fundamental ao desenvolvimento

pleno das nossas actividades, pretende-segarantir a disponibilização de uma verba parafazer face às despesas associadas à preparaçãode eventuais comunicações e deslocações. Estáprevista, entre outras, a participação no Semi-nário Coastwatch 2006/2007, no III EncontroInternacional da Montanha e no XVIII Encon-tro Nacional das Associações de Defesa doAmbiente.

Avifauna dos AçoresCom este projecto, pretende-se dar a

conhecer e contribuir para a conservação dopatrimónio avifaunístico dos Açores. Nessesentido, a associação colaborará com outrasONGA’S, nomeadamente com a SPEA nadivulgação das suas actividades. Continuar-se-á a distribuição de desdobráveis sobre o cagar-ro e o garajau e dar-se-á continuidade à inicia-tiva SOS-Cagarro, nos meses de Outubro eNovembro.

Conhecer para ProtegerTendo por objectivo principal a verifica-

ção "in loco" do estado do ambiente e a recolhade elementos para uma futura elaboração de iti-nerários de descoberta da natureza e roteiros depercursos pedestres, realizar-se-ão 12 passeiospedestres/visitas de estudo. Estas visitas serãocomplementadas, sempre que possível, com adistribuição, aos órgãos de comunicação sociale aos participantes, de informações sobre oslocais a visitar.

EspeleologiaNo domínio da espeleologia, a associação

irá realizar uma campanha de monitorização detodas as grutas conhecidas na ilha de SãoMiguel, pretendendo-se, igualmente, exploraras cavidades recentemente indicadas para oNordeste e as Capelas (e.g. Gruta da Mangui-nha). Pretende-se realizar, ainda, uma campa-nha de prospecção geofísica (e.g. microgravi-metria ou geo-radar) visando a cartografia depormenor (cf. escala 1:2000) dos troços daGruta do Carvão actualmente inacessíveis e

C o n t i n u a

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 4

Page 5: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

5 Vidália 27

que interferem com a malha urbana da cidadede Ponta Delgada e freguesia dos Arrifes.

Espeleologia – Abertura da Gruta doCarvão (Troço do Paim)

Concluídas as obras (iniciadas pelaSRHE e apoiadas pela SRAM), que garantem aacessibilidade total, e em segurança, à Gruta daRua do Paim, os Amigos dos Açores pretendemabrir ao público este troço do “MonumentoNatural Regional da Gruta do Carvão”, de acor-do com Plano de Gestão apresentado, e aprova-do, pelo GESPEA.

Neste contexto, pretende-se abrir aopúblico (em dias e horário a afixar), uma exten-são total de cerca de 250 m do Troço da Rua doPaim do MNR da Gruta do Carvão, num regi-me de visitas guiadas e apoiadas em modelo devisitação predefinido. Este modelo inclui oacompanhamento de visitas de estudo (previa-mente marcadas e grátis) destinadas a gruposescolares.

PedestrianismoPretende-se continuar a editar novos

roteiros de percursos pedestres e reeditar os queestão esgotados, bem como participar em todosos eventos relacionados com o tema, nomeada-mente acções de informação, sensibilização eformação.

É, também, nossa intenção promoveruma acção de formação teórico-prática, paraassociados, sobre topografia, GPS e leitura decartas.

Por último a associação continuará afazer-se representar na Comissão de Acompa-nhamento dos Percursos Pedestres da RegiãoAutónoma dos Açores.

Pretende-se, no âmbito GTAAL, preten-de-se fazer o levantamento de novos trilhospedestres.

Apoio às escolas – Acções de Sensibili-zação

Este projecto consistirá de visitas a esco-las de vários níveis de ensino, onde se realiza-rão acções de sensibilização e distribuição demateriais editados pelos Amigos dos Açores oupor outras entidades. De entre os temas a tratar,

será dado destaque às questões relacionadascom a água, a energia, a biodiversidade, a geo-diversidade e os resíduos.

Centro de Documentação dos Amigosdos Açores

Pretende-se continuar a dinamizar o Cen-tro de Documentação dos Amigos dos Açoresque possui uma biblioteca onde poderá ser con-sultada bibliografia sobre as seguintes temáti-cas: meio físico (água, ar e solos), actividadeshumanas, energia, conservação da natureza eresíduos.

Coastwatch Europe-2007Tendo como principais objectivos especí-

ficos: 1- recolher dados sobre as característicasdas zonas de costa e também sobre os princi-pais problemas ambientais que as afectam, 2-elaborar uma base de dados nacional e interna-cional actualizada (ano a ano) sobre o estado dolitoral, 3- fornecer aos órgãos de decisão local,nacional e internacional elementos que contri-buam para a gestão sustentada do Litoral, paraa recuperação de zonas degradadas e para apreservação das áreas sensíveis e, 4- alertar apopulação para os problemas ambientais dazona costeira e para a urgência da C o n t i n u a

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 5

Page 6: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 6

sua protecção, pretende-se implementar o pro-jecto na Ilha de São Miguel e se possível alar-gá-lo a outras ilhas.

Reciclar é Bom, Reduzir é MelhorTodos os dias produzimos uma quantida-

de elevada de resíduos. Esta situação só poderáser alterada se houver alteração a nível das nos-sas atitudes e hábitos. Atendendo a que os resí-duos mais fáceis de gerir são os que não se pro-duzem, pretende-se divulgar pequenos gestospara promover um eco-consumo, produzindomenos resíduos.

Simultaneamente, pretende-se promovera compostagem individual, bem como colabo-rar com todas as iniciativas conducentes à for-mação em termos de separação doméstica deresíduos.

InternetPretendem-se introduzir grandes altera-

ções na página web da associação, procurandoum novo conceito que motive uma maior parti-cipação dos associados no que se refere a temá-ticas relacionadas com o ambiente.

Serão disponibilizados novos conteúdos,alguns dos quais restritos aos associados, comouma galeria de fotos onde estes poderão colo-car fotos tiradas em actividades associativas,um espaço para as ecotecas, um microsite dedi-cado à Gruta do Carvão, entre outros. Será,também, editada uma newsletter bimestral.

Valorização do PatrimónioGeológico dos Açores

A paisagem vulcânica dos Açoresapresenta um vasto conjunto de formas,relevos e estruturas ímpares. Algumasdas morfologias que compõem a suaGeodiversidade, podem ser considera-das, pela sua peculiaridade ou raridade,como locais de interesse geológico e,como tal, deverão ser alvo de especialatenção nas políticas de ambiente daRegião.

Neste trabalho expõe-se o Patri-mónio Geológico das Áreas Protegidasdos Açores nos aspectos relacionadoscom a sua inventariação, caracterização

sumária e análise da forma como os seus valo-res têm sido integrados nas políticas de conser-vação da natureza.

Espeleologia – GESPEANo âmbito das actividades do GESPEA,

estão programadas diversas actividadesincluindo a produção de duas exposições itine-rantes, a edição de postais e de um roteiro dascavidades vulcânicas, a conclusão do PlanoSectorial das Cavidades Vulcânicas, a conclu-são da base de dados das maiores cavidadesvulcânicas do Mundo e a realização de expedi-ções bio-vulcanoespeleológicas.

Ecotecas da Ribeira Grande e PontaDelgada

Os Amigos dos Açores, na sequência deum Protocolo assinado com a Secretaria Regio-nal do Ambiente e do Mar, ficarão responsáveispelo funcionamento das Ecotecas da RibeiraGrande e de Ponta delgada, colaborando na suacoordenação, assegurando o cumprimento doPlano de Actividades e projectando novas ini-ciativas.

Os Amigos dos Açores comprometem-se,ainda, a ceder material técnico e pedagógico,bem como a participar com os seus especialis-tas na concretização de colóquios, actividadesde ar livre e outras actividades propostas noprograma da Ecoteca e previstas no seu orça-mento.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 6

Page 7: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

7 Vidália 27

licença desportiva/seguro, e que nos passeiospedestres participaram 117 associados.

No âmbito do Projecto “Pedestrianismo”, foiassinado um Protocolo com a Câmara Munici-pal da Ribeira Grande, no âmbito do qual foramredigidas as propostas de 6 percursos pedestrespara o Concelho da Ribeira Grande: Salto doCabrito; Lagoa do Fogo – Lombadas; PortoFormoso; Praia da Viola – Lomba da Maia;Mãe – d’Água – Caldeiras e Miradouro deSanta Iria – Ribeirinha. A associação partici-pou, ainda, em duas reuniões da Comissão deAcompanhamento dos Percursos Pedestres daRegião Autónoma dos Açores (Fevereiro eDezembro) e foram feitos, pelo GTAAL –Grupo de Trabalho de Actividades de Ar Livre,reconhecimentos de vários trilhos: Energia(Salto do Cabrito), Cachaços, “Praia de SantaIria” e “Caldeiras - Gramas”. Por último, aassociação, também, esteve

Tal como estava previsto no Plano Anual deActividades para 2006, foram editados osnúmeros 25 e 26 do boletim Vidália, cada umcom uma tiragem de 1500 exemplares.Na rubrica Congressos, Seminários e Forma-ção, a associação esteve presente em noveeventos:

- no Curso Livre “Educação Ambiental: O localcomo recurso educativo” e no V SeminárioRegional das “Eco – Escolas”, promovido pelaArena e pela Direcção Regional do Ambiente.- numa oficina técnico – pedagógica integradano Concurso Solar Padre Himalaia, promovidapela Arena. -- no Seminário “Coastwatch 2005/06 – O papeldas Populações na Protecção do Litoral”, orga-nizado pelos Amigos dos Açores e pelo Geota,que contou com a presença de cerca de 100 par-ticipantes. - no 8º Encontro Regional de EducaçãoAmbiental, numa mesa redonda e como guia depercursos pedestres.- no Workshop “A Floresta de Recreio”, pro-movido pela DRRF (Direcção Regional dosRecursos Florestais).-nas II Jornadas Florestais da Macaronésia, nasCanárias, onde apresentou a comunicação“Florestas e Pedestrianismo”.- numa acção de formação sobre compostageme vermicompostagem que se realizou em PontaDelgada, organizada em colaboração com aArena.- no ManagEnergy Workshop “Energia atravésdo projecto Eco – Escolas” , organizado pelaABAE.- no XIV Encontro Nacional das Associaçõesde Defesa do Ambiente subordinado ao tema“Mobilidade, Novas Tecnologias de Comunica-ção e Eco-Eficiência”.No ano de 2006, realiza-ram-se 11 passeios pedestres, sendo 421 onúmero total de participantes. Analisando, commais pormenor a participação na actividade,constatou-se que 135 associados possuíam C o n t i n u a

Relatório de Actividade de 2006 (Síntese)

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 7

Page 8: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 8

envolvida na organização ou colaborou comoutras entidades na promoção de passeiospedestres não integrados no seu projecto“Conhecer para Proteger” que contaram com aparticipação de 223 pessoas.No âmbito daEspeleologia continuou-se a promover ou aguiar visitas de estudo à Gruta do Carvão (Ruade Lisboa) para jovens estudantes bem comopara o público, em geral, no âmbito do projec-to Ciência Viva. O número total de participan-tes foi de 382. A associação participou nasdiversas reuniões da Comissão do Plano Secto-rial das Cavidades Vulcânicas e dos Monumen-tos Naturais e promoveu 7 sessões de limpezada Gruta do Carvão (Paim), que contaram coma participação de 50 voluntários, associados,amigos e familiares de membros dos Amigosdos Açores , tendo-se retirado cerca de 20toneladas de resíduos.

Os Amigos dos Açores, na sequência deum Protocolo assinado com a Secretaria Regio-nal do Ambiente, responsabilizaram-se pelagestão das Ecotecas da Ribeira Grande e dePonta Delgada, tendo cedido diverso materialnecessário às suas actividades. No âmbi-to do apoio às escolas, foram prestados apoiosdiversos a 10 instituições de ensino da região e

do continente, quer através da realização depalestras e sessões de informação, quer atravésd cedência de materiais diversos. Para além dacedência de materiais às escolas, a associaçãocedeu a 8 instituições diferentes publicaçõespara os mais diversos fins.Ao longo de 2006, osAmigos dos Açores reuniram com diversasentidades, a saber: Câmara da Ribeira Grande,Partido Social Democrata, Junta de Freguesiado Porto Formoso, ARDE – Associação Regio-nal para o Desenvolvimento e SecretáriaRegional do Ambiente. Foram muitas as inter-venções na comunicação social, de que se des-tacam as seguintes:

- Diário dos Açores ( divulgação do Plano deActividades para 2006 e entrevista a propósitodo Dia do Mar); - Açoriano Oriental (divulgação da reactivaçãodo GTAAL – Grupo de Trabalho de Activida-des de Ar Livre; entrevista sobre Gruta do Car-vão e entrevista a propósito das Lombadas e tri-lhos daquele local);

RDP/AÇORES (divulgação da reactivação doGTAAL – Grupo de Trabalho de Actividadesde Ar Livre; entrevista a propósito do ProgramaCiência Viva e da Gruta do Carvão; entrevista

a propósito da Campanha SOSCagarro e entrevista a propósito dalimpeza na Gruta do Carvão).

- Agência Lusa (entrevista sobre aGruta do Carvão);- Expresso das Nove (entrevista apropósito da Ferraria e entrevistasobre a Gruta do Carvão);- TV-NET (entrevista a propósitodos resíduos na Praia da RibeiraGrande);- RTP-AÇORES (entrevista a pro-pósito das alterações às regras departicipação nos percursos pedes-tres; uma entrevista a propósito doDia Mundial da Floresta; entrevis-ta sobre o Seminário Coastwatch;entrevista a propósito da Adesão à

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 8

Page 9: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

9 Vidália 27

Plataforma Não ao Nuclear; entrevis-ta a propósito do estado dos trilhospedestres; entrevista a propósito dostrilhos pedestres; entrevista a propó-sito da Campanha SOS Cagarro eentrevista a propósito da limpeza naGruta do Carvão)- REVISTA DA SATA (acompanha-mento a um fotógrafo para fazer umareportagem sobre a Gruta do Car-vão).- Jornal dos Açores( entrevista a pro-pósito da Reunião da Assembleia –Geral.)- Rádio Açores – TSF (entrevistasobre o Seminário Coastwatch).- Rádio Atlântica (entrevista sobre o SeminárioCoastwatch e entrevista à Rádio Atlântidasobre a actividade associativa);- A Batalha ( entrevista a propósito das activi-dades associativas).- No que diz respeito à divulgação científica aassociação participou numa sessão de Observa-ção do Céu Nocturno promovida pela Associa-ção Portuguesa de Astrónomos Amadores –Núcleo de São Miguel.

No âmbito do Projecto Introduções VersusEndemismos, a associação reeditou o livro“Plantas dos Açores” (1500 exemplares), olivro “Plantas Usadas na Medicina Popular”(1000 exemplares) e um horário escolar alusivoao Morcego (5000 exemplares).

No âmbito do projecto Avifauna, a associaçãoparticipou na Campanha SOS Cagarro, tendodivulgado a mesma aos seus associados e nacomunicação social.No âmbito do projecto “Coastwatch”, em 2006,foram percorridos 34 km (em 2005, 45,5 km),correspondendo a 17 % do litoral da ilha de S.Miguel. Neste projecto participaram seis esco-las, nomeadamente a Escola Secundária daRibeira Grande, a Escola Profissional da Ribei-ra Grande, a Escola Secundária da Lagoa, aEscola Secundária Antero de Quental, a EscolaRoberto Ivens e a Escola Profissional da

Povoação. Participaram também a ARENA –Agencia Regional de Energia e Ambiente daRegião Autónoma dos Açores, o projecto“Velhos Guetos Novas Centralidades”, aCASA – Centro de Apoio Social e Acolhimen-to – Programa Escolha Certa, a Ecoteca daRibeira Grande e a Ecoteca de Ponta Delgada.Através de uma associada, os Amigos dos Aço-res, também foram responsáveis pela monitori-zação de 4 km de costa na ilha do Faial. Nestecaso estiveram envolvidos alunos da EscolaSecundária Manuel de Arriaga.No âmbito do protocolo celebrado com aSecretaria Regional do Ambiente, os Amigosdos Açores fazem parte do GESPEA, tendoparticipado nas suas actividades de que desta-camos: a realização de duas campanhas bioes-peleológicas, visando a realização de trabalhosde prospecção, caracterização geológica e bio-lógica, cartografia e recolha de imagens emgrutas das ilhas do Pico e de Santa Maria, acriação e edição de uma Página na Internet(www.speleoazores.com), a elaboração e edi-ção de uma colecção de 5 posters de naturezadidáctica, sendo 1 genérico e 4 sobre as cavida-des vulcânicas classificadas como Monumen-tos Naturais Regionais, e a elaboração do“Plano Sectorial das Cavidades Vulcânicas eMonumentos Naturais Regionais dos Açores”(em curso), ferramenta estratégica de pla-neamento, gestão e ordenamento C o n t i n u a

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 9

Page 10: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 10

Foram as energias renováveis que permitiramao Homem, durante milénios, viver.

Nos Açores, o seu aproveitamento iniciou-secom o povoamento. Numa primeira fase, recor-reu-se à utilização da lenha (biomassa) para acozinha e aquecimento e à energia hídrica eeólica para a farinação dos cereais, tendo sido,posteriormente, utilizados estes e outros recur-sos endógenos, como a geotermia, para a pro-dução de energia eléctrica.Hoje, como todos sabemos, toda a nossa vidafaz-se recorrendo ao uso dos combustíveis fós-seis (carvão, gás natural e petróleo) que garan-tem, a nível mundial, cerca de 80% do consu-

mo de energia primária. Embora se saiba que a cultura do petróleo aindaestá para durar uns longos anos, prevendo-seque em 2030 se use ainda mais petróleo do quehoje, a crescente procura de energia por partede toda a população do globo, nomeadamentede países como a China e a Índia, não poderácontinuar a ser satisfeita com recurso ao usodos combustiveis fósseis.

Neste contexto, o aproveitamento de outras for-mas de energia volta a ganhar importância,como é o caso da energia nuclear convencionalque usa a cisão de átomos de urânio e das ener-gias renováveis.A energia nuclear voltou à ribalta devido àsubida do preço do petróleo e ao facto de serapresentada como não emissora de CO2, esque-cendo-se os necessários elevados investimen-tos, a não existência de soluções credíveis noque diz respeito à gestão dos resíduos e esca-moteando-se o risco de proliferação de armasnucleares, através do uso de plutónio dos resí-duos. Além disso, acresce o facto de caso, anível mundial, houvesse um uso intensivo da

fissão nuclear convencional, orecurso esgotar-se-ia em pou-cas dezenas de anos. O Arquipélago dos Açores,pela sua condição ultra-perifé-rica, isolado dos grandes mer-cados energéticos e com a suapopulação dispersa por noveilhas, encontra-se profunda-mente desprotegido da flutua-ção do preço do petróleo epenalizado pelos elevados cus-tos de transporte. Assim, oaproveitamento dos recursosenergéticos renováveis endóge-nos, quer para a produção deelectricidade, quer para a pro-

dução de outras energias finais (como a águaquente solar), pelo seu carácter “amigo doambiente” e pelo seu contributo para o incre-mento da autonomia energética da Região, pre-cisa de continuar a ser incentivado.Os Açores possuem um elevado potencial eóli-co, cuja exploração e integração nos nossos sis-temas eléctricos merece continuar a ser alvo deestudos. Tendo em consideração C o n t i n u a

Energias Renováveis

Energias Renováveis e Eficiência Energética nos AçoresTeófilo Braga

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 10

Page 11: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

11 Vidália 27

não só aspectos ligados à tecnologia mas tam-bém aspectos de ordem económica, é possívelfazer o aproveitamento energético dos resíduosflorestais e da biomassa animal, bem como dorecurso solar, sobretudo no que diz respeito aosolar térmico activo que não é suficientementeusado. No que toca à energia das ondas, em todas asilhas, com excepção de São Miguel, a potênciaque pode ser aproveitada excede o consumolocal, aguardando-se que a tecnologia saia dafase de desenvolvimento e demonstração. Porúltimo, há que continuar a apostar no principalrecurso energético endógeno, a geotermia, que,para além da produção de electricidade, pode-rá, a confirmar-se as potencialidades do hidro-génio nos transportes, ser o mais indicadorecurso para a sua produção.No entanto, antes de pensarmos no aproveita-mento das diversas fontes energéticas paragarantir a segurança do abastecimento, temosde saber se, para viver com conforto, é neces-sário consumir tanta energia. Assim, os Açores

têm que continuar a reforçar a sua aposta naeficiência energética, combatendo a irracionali-dade e o desperdício, já que, de acordo com aERSE- Entidade Reguladora do Sector Energé-tico, cada kWh poupado é dez vezes mais bara-to do que um kWh produzido.Sendo o sector dos edifícios responsável porcerca de 35% do consumo de energia primárianos Açores, importa reduzir o respectivo con-sumo, minimizando as necessidades energéti-cas, integrando energias renováveis e maximi-zando a eficiência de conversão da energiaprimária, de que é exemplo a utilização deequipamentos energeticamente mais eficientes,por exemplo lâmpadas fluorescentes compac-tas ou electrodomésticos de classe energética Aou superior. Por seu turno, no sector dos trans-portes, responsável por 44% do consumo deenergia primária nos Açores, para além doincentivo ao uso de veículos mais eficientes,importa estudar todas as possibilidades de apli-car energias alternativas.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 11

Page 12: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 12

Com o apoio dos Amigos dos Açores –Associação Ecológica, a Ecoteca da RibeiraGrande promoveu a comemoração do Dia Inter-nacional dos Monumentos e Sítios e do DiaMundial da Terra, com duas visitas, respectiva-mente à Lagoa do Fogo e Caldeira Velha, comjovens do Centro de Desenvolvimento e InclusãoSocial e com a realização de um percurso entre aRibeira Grande e o Salto do Cabrito, pela Mãed’Água, com escuteiros de Rabo de Peixe.

Na Lagoa do Fogo salientou-se o númeroelevado de visitantes, apesar de se verificar numdia de semana de manhã. Como factor maisnegativo registou-se a existência de plantas infes-tantes no meio da mancha de plantas endémicas.A Lagoa do Fogo é uma Reserva Natural, temuma área que pertence à rede Natura 2000 e é umSítio de Interesse Comunitário. Justifica-se umagestão cuidada, por ser uma lagoa que conservaainda as suas características naturais e é um redu-to da biodiversidade açoriana.

Na Caldeira Velha, classificada comoMonumento Natural Regional, a quantidade devisitantes era igualmente numerosa e registou-sea falta de acompanhamento e de controlo dolocal. Com obras de beneficiação que pretende-ram devolver uma utilização mais respeitadorado espaço natural, o seu uso é quase exclusivocomo espaço turístico de lazer e balnear. A explo-ração turística é importante para corresponder às

expectativas dos visitantes, mas estas só se man-têm se houver protecção como espaço natural ese subordinar ao interesse científico e pedagógi-co.

A vegetação luxuriante necessita de sercontrolada, por existir a invasão de infestantesque põem em causa a replantação de endémicasefectuada juntamente com as obras de recupera-ção, num espaço privilegiado para a flora demédia e também de alta altitude.

No percurso pedestre realizado com oGrupo 126 dos Escoteiros de Rabo de Peixe, cominício e fim na Ribeira Grande e até ao Salto doCabrito, verificou-se uma série de casos que jus-tificam alertas. Com as enxurradas do dia 17 deAbril, a ponte da antiga central da Fajã doRedondo ficou destruída, tornando difícil a liga-ção ao Salto do Cabrito. Pelo caminho continuama ver-se os depósitos de entulhos, lixo e máqui-nas, mesmo nas vertentes mais inclinadas dasmargens da ribeira. Ramos de árvores e troncosrecentemente cortados continuam depositados àbeira dos caminhos. Nas margens das ribeiras,existe igualmente um crescimento incontroladode vegetação, a maior parte dela espécies invaso-ras e infestantes que aumentam os riscos de entu-pimento do leito e consequente transbordar dasmargens e arrastamento de todos os detritos.

A comemoração dos dias mundiais e inter-nacionais devem servir para fazer o diagnóstico eaumentar os conhecimentos sobre as áreas a quese dedicam. Com estas acções pretendeu-se cum-prir um dos lemas dos Amigos dos Açores que é“conhecer para melhor proteger”, com o intuitodos alertas servirem para corrigir as situações quese verificaram.

Escola da Matriz vence Eco olim-píadas

O Centro de Desenvolvimento e InclusãoJuvenil do Centro de Apoio Social e Acolhimen-to organizou em todas as escolas do 1º ciclo dacidade da Ribeira Grande, os jogos que pro-

C o n t i n u a

Ecoteca da Ribeira Grande

Dias Comemorativos – Registos de duas caminhadasLuís Manuel Noronha Botelho

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 12

Page 13: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

13 Vidália 27

movem a defesa do ambiente, com o apoio daEcoteca da Ribeira Grande.

Cerca de 1300 crianças assistiram aosjogos disputados por alunos dos 3º e 4º anosdaquelas escolas onde se apuraram as seis equi-pas finalistas.

A final disputou-se no dia 20 de Abril, noParque Desportivo da Ribeira Grande, com entu-siasmo dos assistentes e grande empenho dosparticipantes. Em cada jogo era necessário aliar adestreza física aos conhecimentos sobre a formade respeitar o Ambiente, sobretudo em relação àprática dos 3 R’s.

Desta forma lúdica, as crianças vão inte-riorizando uma prática que se pretende tornarhabitual e seguida igualmente pelas famílias.

Apurados os resultados, venceu a equipada Escola EB 1/JI da Matriz e nos lugares ime-diatos ficaram os representantes das Escolas daRibeirinha (2ª) e da Ribeira Seca – Madre Teresad’Anunciada (3ª).

Todas as Escolas e participantes receberamprémios de carácter didáctico, nomeadamente o“Atlas Básico dos Açores” oferecido pelo Obser-vatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açorese outras publicações oferecidas pelos Amigos dosAçores e Ecoteca da Ribeira Grande incluindo osprémios especiais que distinguiram as crianças eEscolas vencedoras.

Dado o sucesso desta organização é garan-tido que no próximo ano será novamente organi-zado.

Lançamento da Campanha de separação deresíduos

Apesar das campanhas de sensibilização, aprática de separação dos resíduos ainda é segui-da apenas por uma pequena parte da população.

O Centro de Apoio Social e Acolhimento,responsável pelo Centro de Desenvolvimento eInclusão Juvenil e a Ecoteca da Ribeira da Ribei-ra Grande iniciaram uma campanha de recolhaselectiva, como forma de alertar para a necessi-dade de estender essa prática a toda a população.

Há uma campanha especial de recolha delatas e outra de embalagens diversas.

A campanha tem como alvo inicial ocomércio e restauração, dirigida à recolha deembalagens de cartão, madeira e plásticos. Pre-

tende-se que os comerciantes entreguem as cai-xas espalmadas de forma a serem encaminhadaspara os ecopontos, ao contrário do que aconteceactualmente, com a deposição das embalagens àporta. Para esta acção, após a informação e sen-sibilização dos comerciantes, é imprescindível aarticulação com a Câmara Municipal da RibeiraGrande e Associação Alternativa, que faz a reco-lha e transporte do material depositado nos eco-pontos.

Além da deposição dos materiais recolhi-dos nos ecopontos, algum material será reutiliza-do para a construção de equipamentos diversos,relacionados com as energias renováveis. Nasensibilização e acções de recolha participamalunos da Escola Básica Gaspar Frutuoso.

Os participantes da acção não substituemos funcionários de recolha do lixo, nem atenuama responsabilidade de quem produz os resíduos,porque a sua acção é pedagógica e exemplificati-va.

Esta actividade pretende dar um novopasso além do esclarecimento e da sensibiliza-ção, procurando contribuir para criar hábitos deredução dos resíduos que são encaminhados parao lixo comum. A quantidade pode ser reduzida e

muitos dos resíduos podem ser reutilizados.A recolha selectiva de latas vai ser feita

com a intenção de construir uma escultura eexpô-la no centro da cidade. Será feito um apeloa todas as instituições para que façam a separaçãoe entreguem as latas depois de limpas e escorri-das. A construção da escultura com latas e a suaapresentação pública é outra forma de chamar aatenção para a necessidade de adoptar comporta-mentos diferentes relativamente ao tratamentocaseiro dos resíduos e responsabilizar cada cida-dão pelo seu encaminhamento.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 13

Page 14: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

Vidália 27 14

A Ecoteca de Ponta Delgada como Centro de

Educação Ambiental tem desenvolvido, ao

longo do primeiro semestre do presente ano,

um conjunto de actividades didácticas e peda-

gógicas de cariz ambiental que visam a sensi-

bilização da população para as diversas temá-

ticas ambientais, nomeadamente: apoio a

comunidades escolares e a instituições

sociais; colaboração com entidades parceiras;

realização de comemorações de datas signifi-

cativas do ponto de vista ambiental; coló-

quios; palestras; acções de formação para alu-

nos de escolas profissionais, professores

coordenadores de projectos ambientais e pro-

fessores no geral; acções de sensibilização;

concursos; ateliers; percursos pedestres e visi-

tas de estudo.

Em dias comemorativos, como o Dia Mundial

das Zonas Húmidas, o Dia da Água, o Dia da

Floresta e o Dia Internacional do Sol, entre

outros, são organizadas actividades de sensi-

bilização e animação específicas para a data e

temática em questão. Tenciona-se que as

acções desenvolvidas nestas datas sejam enca-

radas como alerta aos participantes para as

problemáticas ambientais em causa, numa

tentativa de promover atitudes e comporta-

mentos de mudança no uso sustentável dos

recursos naturais.

No âmbito das comemorações do Dia Mundial

Ecoteca de Ponta Delgada

dos Direitos do Consumidor, a Ecoteca pro-

porcionou uma acção de formação destinada

aos alunos das Escolas Profissionais, subordi-

nada ao título “Promoção de competências

para um consumo crítico, no quadro da Déca-

da das Nações Unidas da Educação para o

Desenvolvimento Sustentável”, dinamizada

pelo Mestre Manuel Gomes, doutorando no

Departamento de Geografia da Universidade

de Lisboa. A acção de formação visou promo-

ver a Educação para o Desenvolvimento Sus-

tentável (EDS), em geral, e a Educação do

Consumidor, em particular, recorrendo a acti-

vidades e estratégias facilitadoras de momen-

tos de reflexão, de partilha e de acção. Os tra-

balhos desenvolvidos ao longo da formação

despertaram grande interesse nos participan-

tes, verificando-se uma intervenção bastante

activa, reflexiva e crítica. A avaliação geral

feita pelos formandos foi muito positiva.

Os ateliers são desenvolvidos com base nas

temáticas pertencentes às questões ambien-

tais, tendo uma parte inicial teórica, seguida

de uma parte prática com participação activa

dos intervenientes, sob a orientação do técni-

co deste espaço. No dia 3 de Maio, o atelier

“O Sol como fonte de vida” iniciou-se com

um diálogo interactivo sobre a importância do

Sol para a Terra. Nesta actividade confec-

cionou-se um pequeno lanche C o n t i n u a

Actividades desenvolvidasMaria Rafaela Anjos

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 14

Page 15: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

15 Vidália 27

num forno solar demonstrando assim o seu

funcionamento bem como o de um relógio

solar. No final, as crianças participantes cons-

truíram uma máscara alusiva à imagem do

Sol, a partir de sobras de papel e cartolina.

No sentido de proporcionar aos professores e

alunos ferramentas de trabalho e novas formas

de explorar as várias temáticas associadas à

Educação Ambiental, no âmbito das comemo-

rações do Dia Mundial da Terra, realizou-se

nas instalações deste centro um

Seminário/Formação subordinado ao tema

“Inventário Biográfico como potencial educa-

tivo nos processos participativos da Agenda21

Escolar”, e 3 sessões do colóquio sobre a

“Juventude, Cidadania e Ambiente- Contribu-

tos da Educação Ambiental”, nas escolas EBI

Roberto Ivens e ES das Laranjeiras, da res-

ponsabilidade do Dr. Joaquim Ramos Pinto,

presidente da Associação Internacional de

Investigação em Educação Ambiental

(NEREA).

Pelo quinto ano consecutivo a Ecoteca de

Ponta Delgada promoveu o concurso “Um

Maio Para o Ambiente”. Nos concelhos de

Ponta Delgada e de Lagoa participaram 24

escolas e instituições, entre as quais Casas do

Povo e Associações Sociais. Esta iniciativa

permite valorizar uma tradição local, incenti-

vando a reutilização de materiais e a sensibili-

zação para a necessidade da separação dos

resíduos produzidos.

Em resposta às solicitações das comunidades

escolares e de várias instituições da localida-

de, realizaram-se acções de sensibilização

relativas às alterações climáticas, à importân-

cia e utilização racional da água e à gestão dos

resíduos sólidos urbanos. Efectuaram-se per-

cursos pedestres à zona da Serra Devassa e

diversas visitas de estudo guiadas ao Monu-

mento Natural Regional – Gruta do Carvão –

troço do Paim, no decorrer dos quais são abor-

dados, entre outros, aspectos relacionados

com a biodiversidade e geomorfologia regio-

nal.

Intenta-se dar continuidade ao trabalho desen-

volvido, dando cumprimento às actividades

previstas no Plano Anual de 2007. A Ecoteca

de Ponta Delgada tem todo o interesse e dis-

ponibilidade para abarcar novas iniciativas

visando sempre a promoção da Educação

Ambiental.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 15

Page 16: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

arruamentos e estradas.Estas podas radicais são comummente justifi-cadas com base em preconceitos que conti-nuam arreigados na população, que muitasvezes as exige quando os responsáveis pela suagestão e manutenção optam por outros modelosde condução. Assim, temos ouvido dizer, comojustificação, que estas “rolagens” rejuvenesceme fortalecem as árvores, ou que são a únicaforma económica de controlar a sua altura eperigosidade... Será isto verdade?

1. A poda drástica rejuvenesce a árvo-re? – NÃO! São as folhas a “fábrica” queproduz o seu alimento. Uma poda queremova mais do que um terço dos ramosda árvore – e as “podas” radicais remo-vem a copa na totalidade – interferemuito com a sua capacidade de se auto-alimentar, desregulando o equilíbriocopa/tronco/raízes. O facto de as árvoresapresentarem uma rebentação intensaapós uma operação traumática – resultan-te do abrolhamento de gemas até entãoinibidas pelo controlo hormonal dos ápi-ces agora removidos – não significa reju-venescimento, mas sim uma “tentativadesesperada” de repor a copa inicial, àcusta da delapidação das suas reservasenergéticas. Nalguns casos este “esforço”pode mesmo ser fatal, se à supressão decopa se somarem outros factores destress, como um Verão seco ou ataques deparasitas...

2. Fortalece-a? – NÃO, pelo contrário, apoda radical é um acto traumatizante edebilitante, uma porta aberta às pato-logias. As pernadas duma

Vidália 27 16

C o n t i n u a

As árvores que dignificam as nossas praças eavenidas e embelezam os nossos jardins e par-ques são um elemento essencial de qualidadede vida, autênticos oásis no "deserto" que sãotantos dos nossos espaços urbanos actuais. E,no entanto, é por demais evidente a ainda quaseabsoluta ausência de sensibilidade para o papelda Árvore em Meio Urbano. Provam-no osautênticos “massacres de motosserra” que des-tituem de dignidade e valor estético as árvores– ditas ornamentais – que marginam os nossos

Podas

Em torno dos mitos sobre a poda da Árvore em Meio Urbano…SE AS ÁRVORES FALASSEM !

Francisco Coimbra*

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 16

Page 17: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

17 Vidália 27

árvore massacrada têm, pelo seu grande diâme-tro, dificuldade em formar calo de “cicatriza-ção”, e os cortes nestas condições são muitovulneráveis a ataques de fungos lenhívoros.Para além disso, a copa das árvores funcionacomo um todo, sendo as folhas periféricas umescudo para a parte mais interna, protegendo-adas queimaduras solares. O nosso país estácheio de tristes exemplos, árvores cujo estadosanitário decadente é o revoltante resultadodestas práticas no passado, as quais deviamenvergonhar os seus mandantes!

3. Torna-a menos perigosa? – NÃO, estas“podas” induzem a formação, nas zonas decorte, de rebentos epicórmicos de grande fragi-lidade mecânica, pois têm uma inserção anor-mal e superficial no tronco. Como, ao longo dotempo, se desenvolvem podridões nesseslocais, esta ligação fica ainda mais fraca, tor-nando estes ramos instáveis e potencialmenteperigosos a longo prazo. Acresce ainda quenem todas as novas ramificações são viáveis,pelo que, após alguns anos de concorrência,surgem relações de dominância entre elas e asdominadas acabam por secar, aumentando ovolume de madeira morta na copa.

4. É a única forma de a controlar em altura?– NÃO, a quebra da hierarquia – que estavaestabelecida entre as ramificações naturalmen-te formadas – permite o desenvolvimento de

novos ramos de forte crescimento vertical, masagora de uma forma anárquica e muito maisdensa! Não se resolve, assim, o motivo por quegeralmente se recorre a esta supressão da copa,pois em alguns anos a árvore retoma a alturaque tinha, sem nunca mais voltar a ter a mesmaestabilidade nem a beleza característica daespécie...

5. É mais barata? – NÃO, se a gestão do patri-mónio arbóreo for pensada a médio e longoprazo! Aparentemente parece ser mais econó-mico recorrer-se a uma “rolagem” única do quefazer pequenas intervenções anuais e utilizar osprincípios correctos de poda e corte, investindona formação do pessoal ou recorrendo a profis-sionais especializados nas situações mais com-plexas. No entanto, esta economia é de curtoprazo, pois, se por um lado as árvores se des-valorizam a todos os níveis, por outro lado está-se a onerar o futuro, que terá que “remediar”uma decrepitude precoce ou resolver a instabi-lidade mecânica dos rebentos formados após oscortes. E a redução da esperança de vida dasárvores implementa custos acrescidos para suaremoção e substituição...Acerca destas “ideias feitas”, responsáveis portantos atentados à beleza, saúde e dignidadedos exemplares arbóreos das nossas urbes, jádizia o saudoso Eng.º Vieira da Natividade: “opodador domina porque enfraquece, vence por-que suprime... em boa verdade a vitória não ébrilhante”! E de facto, devia dizer-se de umapoda o mesmo que de um árbitro: - tantomelhor quanto menos se der por ela!

*Consultor em Arboricultura OrnamentalEx - Vice-presidente da Sociedade Portuguesade Arboricultura

Bibliografia sobre este tema:Drénou, C. 1999. La taille des arbres d’orne-ment. I.D.F., Paris, 268 p.Shigo, A. 1994. Arboricultura moderna. Ediçãoportuguesa publicada pela Sociedade Portugue-sa de Arboricultura, 165 p.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 17

Page 18: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

LIVROS Associados Não Assoc. Nº ValorGrutas, Algares e Vulcões 5,00 € 7,50 €Lagoas e Lagoeiros da Ilha de São Miguel 7,50 € 12,50 €Paisagens Vulcânicas dos Açores 5,00 € 8,00 €Borboletas Nocturnas dos Açores Grátis 2,50 €Moinhos da Ribeira Grande Grátis 2,50 €Parque Natural Reg. Plataforma Costeira das Lajes do Pico Grátis 2,50 €Cavidades Vulcânicas dos Açores Grátis 2,50 €Orientação Grátis 1,00 €Percursos Pedestres em São Miguel Grátis 5,00 €Plantas dos Açores Grátis 5,00 €Plantas Usadas na Medicina Popular Grátis 5,00 €BROCHURASPercurso Pedestre da Ribeirinha Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Salto do Cabrito Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Serra Devassa Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Pico da Vela Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Três Lagoas Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Praia – Lagoa do Fogo Grátis 1,50 €Percurso Pedestre Pinhal da Paz Grátis 1,50 €Percurso Pedestre do Sanguinho Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Sete Cidades Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Quatro Fábricas da Luz Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Ponta da Madrugada Grátis 1,50 €Percurso Pedestre da Fajã do Calhau Grátis 1,50 €Percurso Pedestre das Furnas Grátis 1,50 €Percurso Pedestre de Santa Bárbara Grátis 1,50 €OUTROS MATERIAISBonés "Amigos dos Açores" 2,00 € 3,00 €T-Shirt "Salvemos o Pombo Torcaz" 3,00 € 4,00 €T-Shirt "Golfinhos" 4,00 € 5,00 €T-Shirt "Amigos dos Açores" 5,00 € 6,00 €Casacos para Protecção da Chuva 10,00 € 11,00 €Sweat-Shirt "Amigos dos Açores" 12,50 € 13,00 €

Vidália 27 18

Publicações e Materiais para Venda

Nota: todos os pedidos deverão ser acompanhados do respectivo pagamento em cheque ou vale postal.Para o estrangeiro ao valor total deverá acrescentado 2 €

AMIGOS DOS AÇORES- Avenida da Paz,14 9600-053 PICO DA PEDRATelefones - 296 498 004 Fax - 296 498 006 E-mail - [email protected]

Formulário de EncomendaPor favor envie as quantidades acima assinaladas para o endereço:

Nome

Rua e nº

Código Postal

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 18

Page 19: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

19 Vidália 27

Novos Sócios

BOLETIM DE INSCRIÇÃO

Os AMIGOS DOS AÇORES são uma asso-ciação regional de defesa do ambiente, inde-pendente do poder político-económico e aparti-dária, que vem, desde 1984, trabalhandoininterruptamente a favor da conservação damaior riqueza dos Açores: o seu patrimónionatural.No entanto, uma associação como esta, paradesempenhar ainda melhor o seu papel, tem decontinuar a aumentar a sua principal base deapoio: os seus associados.

Porque é fundamental contribuir para a garan-tia da existência de uma voz independente efirme na defesa do ambiente nos Açores, vimosconvidá-lo(a) a aderir aos Amigos dos Açores,para tal basta preencher a ficha que junto envia-mos e devolvê-la para:

AMIGOS DOS AÇORESAvenida da Paz, 14

9600-053 PICO DA PEDRA

SÓCIO N.º _______Quota anual (mínimo 10 €)_________,____ € Donativo anual ________,____ €

NOME _____________________________________________________________________________

MORADA ___________________________________________________________________________

LOCALIDADE______________________________CÓDIGO POSTAL ________________________

TELEFONE_____________________ E-MAIL ____________________________________________

PROFISSÃO ____________________________________ DATA DE NASCIMENTO ____/____/____

N.º DO B. IDENTIDADE____________________ N.º DE CONTRIBUINTE ___________________

TIPO DE COLABORAÇÃO____________________________________________________________

PARTICIPAÇÃO NOS PASSEIOS PEDESTRES: SIM________ NÃ0________

DATA____/____/____ ASSINATURA____________________________________________________

AO BANCO _________________________________

Agência de _______________________________

_________________, ___ de ___________ de ______

Exmos.Senhores,

Por débito na minha conta com o NIB _______________________________ nesse Banco,solicito que transfiram para crédito da conta dos AMIGOS DOS AÇORES com o NIB001200009399438830116 (Agência de Ponta Delgada do BANCO COMERCIAL DOSAÇORES), a importância de ___________ , ____ €, no primeiro dia útil de _________________de cada ano, até instruções minhas em contrário. Agradeço ainda que, ao efectuarem astransferências, indiquem sempre o nome completo e morada do ordenante. Esta ordem anulatodas as eventuais anteriores.

De V.Exas.Muito Atentamente

_________________________________ _________________________________(nome completo) (assinatura idêntica à existente no Banco)

(quota anual + donativo)

• A associação passará recibo dos donativos, os quais poderão ser deduzidos à colecta do ano para efeitos de IRS ou IRC.

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 19

Page 20: Nº 27:paginação 22-06-2007 11:00 Page 1 V i d á l i a · cartas. Por último a associação continuará a ... car fotos tiradas em actividades associativas, um espaço para as

A T

ER

RA

QU

E N

ÃO

QU

ER

EM

OS

Nº 27:paginação 22-06-2007 11:01 Page 20