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Boletim Informativo t 09 de junho de 2014. Nº 11

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09 de junho de 2014.Nº 11

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Sumário1 ESPECIAL........................................................................................................................................32 CLIPPING PGE.................................................................................................................................43 BIBLIOTECA...................................................................................................................................54 LEGISLAÇÃO.................................................................................................................................9

4.1 Legislação Federal.....................................................................................................................94.2 Legislação Estadual...................................................................................................................9

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO..................................................................................................105.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante ..............................................................................105.2 Tribunais Superiores................................................................................................................11

6 CONGRESSOS E SEMINÁRIOS..................................................................................................17

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1 ESPECIAL

Prazo máximo de contrato temporário passa de seis para nove mesesO Ministério do Trabalho ampliou de seis para nove meses o prazo máximo de duração do contrato de trabalho temporário. A regra foi instituída pela Portaria 789, publicada na edição desta segunda-feira (2/6) do Diário Oficial da União.Segundo os incisos I e II do artigo 2 da norma, “na hipótese legal de substituição transitória de pessoal regular e permanente, o contrato poderá ser pactuado por mais de três meses com relação a um mesmo empregado".Para Marcel Satomi, advogado da área trabalhista do escritório Machado Associados, com a norma “as empresas e trabalhadores passam a ter maior flexibilidade e segurança em relação à programação do período contratual do temporário”.“Há empresas que, por exemplo, têm empregados em uma mesma área ou departamento saindo, em sequência, em licença maternidade e férias, situação que as colocava na obrigação de ter de contatar um novo empregado temporário ao final dos seis meses ou ter que efetivar o temporário como empregado, mesmo sabendo que em mais três meses o empregado efetivo retornaria ao posto de trabalho”, diz.O parágrafo único do artigo 2 prevê que “observadas as condições estabelecidas neste artigo, a duração do contrato de trabalho temporário, incluídas as prorrogações, não pode ultrapassar um período total de nove meses”.Nas situações de acréscimo extraordinário de serviço (sazonalidade ou aumento de produção na indústria, por exemplo), o prazo máximo do contrato continua sendo de três meses prorrogáveis por mais três, mediante autorização do MTE.Fonte: ConJurLeia a íntegra da Portaria nº 789 – Publicada no D.O.U DE 02/06/2014 - p. 73 e 74.

Promulgada pelo Congresso a Emenda do Trabalho Escravo O presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Barros Levenhagen, participou nesta quinta-feira (5) da sessão do Congresso Nacional que promulgou a Emenda Constitucional (EC) 81, originária da Proposta de emenda à Constituição 57-A/1999, conhecida como PEC do Trabalho Escravo.A emenda altera a redação do artigo 243 da Constituição Federal para incluir, entre as possibilidades de expropriação, as propriedades onde for constatada a exploração de trabalho escravo. A versão original se referia apenas a terras onde fossem encontradas culturas ilegais de plantas psicotrópicas. Com a alteração, imóveis urbanos ou rurais onde ocorrer a prática poderão ser destinados à reforma agrária ou a programas de habitação popular, sem indenização ao proprietário.Punição mais severaPara o presidente do TST, a mudança potencializa o combate a essa prática, "mazela social que ainda se faz presente no Brasil". Apesar de o Código Penal, desde 2003,

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tipificar como crime a redução de alguém a condição análoga à de escravo, com pena de reclusão de dois a oito anos e multa, a Justiça do Trabalho defende, desde o início da tramitação da emenda, a adoção de medidas que tragam consequências mais drásticas para esse ilícito.Longa tramitaçãoA história da repressão ao trabalho escravo moderno remonta a 1957, quando o Brasil ratificou a Convenção 29 da Organização Internacional do Trabalho, pela qual todos os países membros se comprometiam a abolir a utilização do trabalho forçado ou obrigatório, "em todas as suas formas, no mais breve espaço de tempo possível".A primeira proposta de incluir o tema na Constituição é de 1995, e foi arquivada. Naquele ano, o Brasil reconheceu, diante da Organização das Nações Unidas, a existência de formas contemporâneas de escravidão no país e a necessidade de mobilização do Estado para combater a prática.A proposta promulgada hoje é de 1999, de autoria do então senador Ademir Andrade (PSB-PA), mas só foi aprovada pelo Senado em 2003, e remetida à Câmara dos Deputados. O texto final seria aprovado somente 11 anos depois.RegulamentaçãoA definição de trabalho escravo, para fins de efetividade da EC 81, dependerá ainda de regulamentação (no texto final foi incluída a expressão "na forma da lei"). Já existe uma proposta de regulamentação, o Projeto de Lei do Senado (PLS) 432/2013, da relatoria do senador Romero Jucá (PMDB/RR).Fonte: TST

2 CLIPPING PGE

Chamada de Artigos / PGE-DFA Revista Jurídica da Procuradoria-Geral do DF voltará a ser editada neste ano e já está recebendo artigos para publicação. O Diário Oficial do DF desta sexta-feira, 9 de maio, trouxe o 1º Edital de Chamamento de Trabalhos para a Revista, que publica artigos, resenhas, ensaios, pareceres e trabalhos forenses sobre temas relevantes para a Advocacia Pública. As contribuições devem ser enviadas entre os dias 9 de maio e 20 de junho para o e-mail [email protected]. Acesse o 1º Edital de chamamento de trabalhos.Fonte: PGE/ DF

Aviso aos Estagiários da PGE "Solicitamos aos senhores(as) estagiários(as) o envio dos seguintes documentos: RG; CPF; TÍTULO DE ELEITOR E COMPROVANTE DE ENDEREÇO a Secretaria de Estado de Governo - SEGOV, para que em parceria com o Departamento de Estágio - DEG possamos renovar seus cadastros no sistema de estágio. Os documentos deverão ser enviados para o e-mail: [email protected] ou entreques pessoalmente no Palácio

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Dr. Pedro Ludovico Teixeira, 6º andar, ala Oeste, 3º porta a direita. Maiores informações: 3201-6200 "-Marilda Oliveira de Lima

Confira os horários de funcionamento dos Tribunais durante a Copa do MundoDurante a Copa do Mundo 2014, os tribunais terão horário de funcionamento diferenciado em dias de jogos da seleção brasileira (12, 17 e 23 de junho). Confira abaixo o expediente de cada Tribunal:•Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO): o funcionamento dos órgãos do Poder Judiciário de Goiás será até às 14 horas; a medida não altera o estabelecido acerca dos plantões para o atendimento de questões judiciais urgentes;•Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18): expediente interno e atendimento ao público será de 8 às 15 horas, quando os jogos ocorrerem às 17 horas e de 7 às 14 horas, se houver partida às 16 horas;•Tribunal Regional Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO): expediente de 8 às 12h30;•Justiça Federal em Goiás (JF-GO): expediente interno e atendimento externo de 8 às 13 horas. Fonte: Assessoria de Comunicação Integrada da OAB-GO

Portaria nº 255/2014-GABTrata da lotação dos estagiários aprovados no VI Processo Seletivo Público de Estagiários da PGE-GO.Leia Mais: PGE

Portaria nº 256/2014-GABInstitui grupo de estudo, pelo período de 02 meses, composto pelo Procuradores do Estado Rafael Carvalho da Rocha Lima (coordenador) e Elmiro Ivan Barbosa de Souza,com vistas a acompanhar, efetuar diligências no juízo de origem e estudar medidas judiciais e administrativas para solução do processo cujas partes são MASSA FALIDA DO BANCO COMERCIAL BANCESA S/A e Estado de Goiás, em trâmite na Comarca de Fortaleza – CE.Leia Mais: PGE

3 BIBLIOTECAO acervo da Biblioteca Ivan Rodrigues recebeu a Revista Jurídica da Procuradoria

Geral do Estado do Rio Grande do Norte, Ano 2008, Vol. XIII, que traz os seguintes

artigos e peça juridicas:

FONSECA, Sílvia Ferraz Sobreira. A concessão da tutela antecipada em face de sua

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postulação implícita ...........................................................................................................15

SOUSA, Luis Marcelo Cavalcanti de. A tempestividade do recurso precoce ...............49

COSTA, José Marcelo Ferreira. Limites às transferências voluntárias no trimestre

antecedente ao pleito eleitoral ...........................................................................................53

ANDRADE, Cássio Carvalho Correia de. Breves considerações sobre o

prequestionamento, nos recursos extraordinário e especial, à luz da jurisprudência

nacional ..............................................................................................................................69

SANTANA, José Duarte. Sonegação Fiscal: óbice às políticas públicas .....................91

FERNANDES, Raimundo Nonato. Revelia e outros problemas de processo civil .....101

NAVARRO, Jurandyr. Academia de letras jurídicas ....................................................117

CARVALHO, Antônio Carlos Alencar. O acúmulo de mais de dois períodos de férias

aquiridas, mas não gozadas, por necessidade do serviço ou não, implica perda do direito

de descanso anual? - A exegese do art. 77, da Lei Federal 8.112/1990 .........................119

CÂMARA, Lucas Augusto Lopes. Crise diplomática nos Andes: Análise do conflito sob

a ótica da soberania internacional ...................................................................................141

VILAÇA, Marcos Vinicios. Os tribunais de contas e a qualidade do serviço público 149

MONTEIRO FILHO, Raphael de Barros. O poder judiciário no contexto do novo

século ...............................................................................................................................157

GRINOVER, Ada Pellegrini. Os fundamentos da justiça

conciliativa .......................................................................................................................161

MOREIRA, José Carlos Barbosa. Observações sobre a estrutura e a terminologia do

CPC após as reformas das Leis nº 11.232 e 11.382 .......................................................167

ROMITA, Arion Sayão. Quase-contrato ......................................................................181

BASTOS, Caputo. Empresa de telefonia. Call Center. Terceirização

ilícita .................................................................................................................................201

BORGES, Edinaldo de Holanda. O sistema processual acusatório e o juizado de

instrução ..........................................................................................................................203

FONSECA, Antônio. A luta pela efetividade da jurisdição .........................................217

CUNHA, Fernando Whitaker da. O pensamento constitucional colombiano .............221

BARROSO, Luís Roberto. Da falta de efetividade à judicialização excessiva: Direito à

saúde, fornecimento gratuito de medicamentos e parâmetros para a atuação judicial 225

ROMANO, Rogério Tadeu. Os interditos e sua repercussão com relação a ação

possessória, sua liminar e a tutela específica – Art. 461 do CPC ...................................259

FONTELES, Cláudio Lemos. Contribuição em defesa da dignidade e da inviolabilidade

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da vida da pessoa humana ..............................................................................................277

FONTELES, Cláudio. Estrelas guia ............................................................................305

WASCONCELLOS JUNIOR, José Carlos Coelho. A judicialização do fornecimento de

medicamentos e a duscricionariedade do poder executivo na gestão pública de saúde 307

FERNANDES, Idaisa Mota Cavalcanti. O papel da Procuradoria Geral do Estado

como uma das funções essenciais à justiça ....................................................................331

GARCIA, Emerson. Jurisdição cosntitucional e legitimidade democrática – tensão

dialética no controle de constitucionalidade ....................................................................337

TARGINO, Adalberto. Procurador do Estado: Fiscal da lei e da moralidade

administrativa ...................................................................................................................363

Peças Jurídicas ..........................................................................................................367

MARTINS, Ives Gandra da Silva. Contribuições sociais para o 'Sistema 'S' –

Constitucionalização da imposição por força do artigo 240 da Lei Suprema-Recepção pela

nova ordem do artigo 577 da C.L.T. .................................................................................369

SILVA, Marcos Antônio Pinto da. Pedido de suspensão de repasse ..........................395

ALMEIDA, Leila Tinoco da Cunha Lima Almeida. Reequilíbrio econômico do

contrato ............................................................................................................................401

CÂMARA, Magna Letícia de A. Lopes. Recurso extraordinário com pedido de mandado

de segurança ...................................................................................................................407

CAMPOS, Idálio. Ação de execução fiscal-resposta: exceção de pré-

executividade ...................................................................................................................433

SILVA, Kennedy Feliciano da. Impugnação a embargo de terceiro ...........................441

CALMON, Eliana. Recurso Especial – VOTO ............................................................451

MARTINS, Humberto. Recurso Especial – VOTO ......................................................461

GADELHA, Paulo. Ação de Danos Morais – VOTO ...................................................475

PEREIRA, Emmanoel. Acórdão – Agravo de instrumento – VOTO ..........................483

Recebeu também a Revista Jurídica da Procuradoria Geral do Estado do Rio Grande do Norte, Ano 2009, Vol. XIV, que traz os seguintes artigos e peças juridicas:

RODRIGUES, José Antônio Pereira. O ser, o tempo e o nada ....................................23

MATOS, Francisco de Sales. O processo discriminatório de terras devolutas na

perspectiva da preservação ambiental ..............................................................................23

SOARES, Ana Karina Pereira dos Santos. A indisponibilidade de bens e direitos na

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execução fiscal, à luz do artigo 185 – A do CTN, introduzido pela LC nº 118/2005 ..........59

SOUSA, Luis Marcelo Cavalcanti de. O agravo de instrumento e as "Peças

Essenciais" .........................................................................................................................79

SARAIVA, Paulo Lopo. A participação do advogado e da advogada no processo

constitucional .....................................................................................................................89

NAVARRO, Jurandyr. Democracia (Prolegômenos) ...................................................109

JOSINO NETO, Miguel. O bloco de cosntitucionalidade no Brasil e sua inserção na

proteção dos direitos humanos e dos direitos fundamentais ...........................................145

GONÇALVES, Cláudio Cairo. A competência suplementar para legislar sobre

intimação pessoal do Procurador do Estado ...................................................................177

MULATO, Fabiana Mello. A discrionariedade do administratos público na visão pós-

moderna do Direito Administrativo ...................................................................................191

AZEVEDO, Marcos de. A efetivação das tutelas de urgência contra o poder

público .............................................................................................................................213

KRAFT, Leo Peres. A fazenda pública e a intimação pessoal ...................................243

ROSSO, Paulo Sérgio. A guerra fiscal e o dever jurídico de solidariedade entres os

estados-membros ............................................................................................................261

LUIZ, Daniela. A prerrogativa processual da fazenda pública de obter efeito suspensivo

automático nos embargos à execução ............................................................................283

ALENCAR, Leandro Zannoni Apolinário de. A processualização dos concursos

públicos e o princípio da motivação nas provas dissertativas .........................................299

MENDONÇA, José Vicente Santos de. A responsabilidade pessoal do parecerista

público em quatro standards ............................................................................................321

NEVES, Rodrigo Fernandes das. Ativismo judicial: objeções a intervenção do judiciário

na formulação e execução de políticas públicas ambientais ...........................................353

RODRIGUES, Raimilan Seneterri da Silva. Férias no serviço público: conversão em

pecúnia e férias proporcionais no exemplo cearense ......................................................375

ALMEIDA, Tiago Bockie de. Redimensionamento do controle exercido pelo procurador

do estado nos processos administrativos disciplinares ...................................................395

TARGINO, Maria Fernanda Silveira. A regulamentação da união homoafetiva à luz do

estatuto das famílias ........................................................................................................405

Peças jurídicas ...........................................................................................................417

BEZERRA, Jaqueline Maia Rocha. Ação rescisória, com pedido de tutela

antecipada .......................................................................................................................419

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SILVA, Marcos Antônio Pinto da. Comodato de equipamentos ..................................433

GUERREIRO, Eloísa Bezerra. Nomeação para cargo comissionado ........................439

4 LEGISLAÇÃO

4.1 Legislação Federal

Leis Complementares

Não houve publicação.

Leis Ordinárias

Não houve publicação.

Decretos

Nº do Decreto Ementa

8.264 de 5.6.2014Publicado no DOU de

6.6.2014

Regulamenta a Lei nº 12.741, de 8 de dezembro de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclarecimento ao consumidor quanto à carga tributária incidente sobre mercadorias e serviços.

4.2 Legislação Estadual

Leis Complementares

Não houve publicação.

Leis Ordinárias

Não houve publicação.

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Decretos Numerados

Não houve publicação.

5 FAZENDA PÚBLICA EM JUÍZO5.1 Repercussão Geral e Súmulas Vínculante

Suspensão de profissional por inadimplência com entidade de classe será analisada pelo STFEntidades de classe podem impedir profissionais inadimplentes com suas anuidades de continuarem trabalhando no seu ofício? A questão vai ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o Plenário Virtual da Corte reconheceu a existência de repercussão Geral no Recurso Extraordinário (RE) 647885, que discute a matéria.O recurso, interposto pelo Ministério Público Federal (MPF), questiona decisão da Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, em análise de incidente de inconstitucionalidade,manteve a validade dos parágrafos 1º e 2º do artigo 37 da Lei 8.906/1994 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB) e considerou cabível a sanção disciplinar de suspensão do exercício profissional de advogado por inadimplemento junto à entidade de classe. O MPF considera que a decisão ofende a liberdade de exercício profissional, garantido pelo artigo 5º (inciso XIII) da Constituição Federal de 1988. A sanção seria um meio coercitivo inadmissível para a cobrança das anuidades, sustenta o recorrente.Relevância jurídicaInicialmente, o relator do recurso no STF, ministro Ricardo Lewandowski, revelou entender que cabe, no caso, o transbordamento do tema para todas as entidades de classe, “tendo em vista a mesma natureza autárquica que lhes é comum”.Ao defender a existência de repercussão geral da matéria, o relator disse que o caso apresenta relevância social, tendo em vista o elevado número de profissionais inscritos nessas entidades, os quais dependem de regularidade da inscrição para o desempenho de suas tarefas diárias.A relevância jurídica, segundo Lewandowski, estaria no fato de haver suposta violação ao direito fundamental do livre exercício da profissão, “agregado à obtenção dos meios financeiros para o sustento do profissional e de sua família, ao valor social do trabalho e à dignidade da pessoa humana”.Com esses argumentos, o ministro se manifestou pela existência de repercussão geral da matéria, posicionamento que foi acompanhando, por unanimidade, em deliberação no Plenário Virtual.MB/ADProcessos relacionados: RE 647885 Fonte: STF

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5.2 Tribunais Superiores5.2.1 Supremo Tribunal Federal

Ação contra anulação de contratação temporária em Ilhéus é julgada prejudicadaA ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou prejudicada a Reclamação (RCL) 17629, ajuizada pela Prefeitura de Ilhéus (BA) contra decisão da Justiça do Trabalho que determinou a anulação imediata de processo seletivo simplificado para contratação temporária de pessoal para a área de saúde do município. Também foi cassada a liminar deferida anteriormente pela relatora, que suspendia os efeitos da decisão judicial.A prefeitura alegava que o juízo da 3ª Vara do Trabalho de Ilhéus afrontou a decisão do STF na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3395. Nela, o Plenário referendou liminar deferida para afastar qualquer interpretação do artigo 114, inciso I, da Constituição Federal que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas que sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo. No mês passado, o juízo da primeira instância trabalhista informou que, em nova decisão, determinou a remessa dos autos a uma das Varas da Fazenda Pública de Ilhéus.Dessa forma, a ministra Cármen Lúcia afirmou que a reclamação está prejudicada por perda superveniente de seu objeto. “Em situações em que o ato reclamado não subsiste, há de se ter como prejudicada a reclamação, conforme assentou este Supremo Tribunal. Por não mais subsistir a decisão impugnada, sem objeto a reclamação, a qual está, assim, prejudicada”, disse.RP/ADLeia Mais: STF

5.2.2 Superior Tribunal de Justiça

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. MOMENTO PARA HABILITAÇÃO COMO AMICUS CURIAE EM JULGAMENTO DE RECURSO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. O pedido de intervenção, na qualidade de amicus curiae, em recurso submetido ao rito do art. 543-C do CPC, deve ser realizado antes do início do julgamento pelo órgão colegiado. Isso porque, uma vez iniciado o julgamento, não há mais espaço para o ingresso de amicus curiae. De fato, já não há utilidade prática de sua intervenção, pois nesse momento processual não cabe mais sustentação oral, nem apresentação de manifestação escrita, como franqueia a Resolução 8/2008 do STJ, e, segundo assevera remansosa jurisprudência, o amicus curiae não tem legitimidade recursal, inviabilizando-se a pretensão de intervenção posterior ao julgamento (EDcl no REsp 1.261.020-CE, Primeira Seção, DJe 2/4/2013). O STJ tem entendido que, segundo o § 4º do art. 543-C

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do CPC, bem como o art. 3º da Resolução 8/2008 do STJ, admite-se a intervenção de amicus curiae nos recursos submetidos ao rito dos recursos repetitivos somente antes do julgamento pelo órgão colegiado e a critério do relator (EDcl no REsp 1.120.295-SP, Primeira Seção, DJe 24/4/2013). Ademais, o STF já decidiu que o amicus curiae pode pedir sua participação no processo até a liberação do processo para pauta (ADI 4.071 AgR, Tribunal Pleno, DJe 16/10/2009). QO no REsp 1.152.218-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/5/2014.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E EMPRESARIAL. CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITO REFERENTE A HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS NO PROCESSO DE FALÊNCIA. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). Os créditos resultantes de honorários advocatícios, sucumbenciais ou contratuais, têm natureza alimentar e equiparam-se aos trabalhistas para efeito de habilitação em falência, seja pela regência do Decreto-lei 7.661/1945, seja pela forma prevista na Lei 11.101/2005, observado o limite de valor previsto no art. 83, I, do referido diploma legal. A questão deve ser entendida a partir da interpretação do art. 24 da Lei 8.906/1994 (EOAB), combinado com o art. 102 do Decreto-lei 7.661/1945, dispositivo este cuja regra foi essencialmente mantida pelo art. 83 da Lei 11.101/2005 no que concerne à posição dos créditos trabalhistas e daqueles com privilégio geral e especial. Da interpretação desses dispositivos, entende-se que os créditos decorrentes de honorários advocatícios, contratuais ou sucumbenciais, equiparam-se a créditos trabalhistas para a habilitação em processo falimentar. Vale destacar que, por força da equiparação, haverá o limite de valor para o recebimento – tal como ocorre com os credores trabalhistas –, na forma preconizada pelo art. 83, I, da Lei de Recuperação Judicial e Falência. Esse fator inibe qualquer possibilidade de o crédito de honorários obter mais privilégio que o trabalhista, afastando também suposta alegação de prejuízo aos direitos dos obreiros. Precedentes citados do STJ: REsp 988.126-SP, Terceira Turma, DJe 6/5/2010; e REsp 793.245-MG, Terceira Turma, DJ 16/4/2007. REsp 1.152.218-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/5/2014.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL E EMPRESARIAL. CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITO REFERENTE A HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS POR SERVIÇOS PRESTADOS À MASSA FALIDA. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. N. 8/2008-STJ). São créditos extraconcursais os honorários de advogado resultantes de trabalhos prestados à massa falida, depois do decreto de falência, nos termos dos arts. 84 e 149 da Lei 11.101/2005. De início, cumpre ressaltar que os credores da falida não se confundem com os credores da massa falida. Os credores da falida são titulares de valores de origem anterior à quebra, que devem ser habilitados no quadro geral de créditos concursais pela regência da nova lei (art. 83 da Lei 11.101/2005). As dívidas da massa falida, por sua vez, são créditos relacionados ao próprio processo de falência, nascidos, portanto, depois da quebra, e pelo atual sistema legal devem ser pagos antes dos créditos concursais (art. 84 da Lei 11.101/2005), com exceção dos créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos três meses anteriores à decretação da falência, que serão pagos tão logo haja disponibilidade em caixa (art. 151 da Lei 11.101/2005). Em outras palavras, os serviços prestados à massa falida após a decretação da falência são créditos extraconcursais (arts. 84 e 149 da Lei 11.101/2005), que devem ser satisfeitos antes, inclusive, dos trabalhistas, à exceção do que dispõe o

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art. 151. REsp 1.152.218-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/5/2014.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. IMPUGNAÇÃO AO CUMPRIMENTO DE SENTENÇA POR EXCESSO DE EXECUÇÃO. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). Na hipótese do art. 475-L, § 2º, do CPC, é indispensável apontar, na petição de impugnação ao cumprimento de sentença, a parcela incontroversa do débito, bem como as incorreções encontradas nos cálculos do credor, sob pena de rejeição liminar da petição, não se admitindo emenda à inicial. O art. 475-L, § 2º, do CPC, acrescentado pela Lei 11.232/2005, prevê que “Quando o executado alegar que o exeqüente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, sob pena de rejeição liminar dessa impugnação”. Segundo entendimento doutrinário, o objetivo dessa alteração legislativa é, por um lado, impedir que o cumprimento de sentença seja protelado por meio de impugnações infundadas e, por outro lado, permitir que o credor faça o levantamento da parcela incontroversa da dívida. Sob outro prisma, a exigência do art. 475-L, § 2º, do CPC é o reverso da exigência do art. 475-B do CPC, acrescentado pela Lei 11.232/2005. Este dispositivo estabelece que, se os cálculos exequendos dependerem apenas de operações aritméticas, exige-se que o credor apure o quantum debeatur e apresente a memória de cálculos que instruirá o pedido de cumprimento de sentença – é a chamada liquidação por cálculos do credor. Por paridade, a mesma exigência é feita ao devedor, quando apresente impugnação ao cumprimento de sentença. Além disso, o STJ tem conferido plena efetividade ao art. 475-L, § 2º, do CPC, vedando, inclusive, a possibilidade de emenda aos embargos/impugnação formulados em termos genéricos (EREsp 1.267.631-RJ, Corte Especial, DJe 1/7/2013). Por fim, esclareça-se que a tese firmada não se aplica aos embargos à execução contra a Fazenda Pública, tendo em vista que o art. 475-L, § 2º, do CPC não foi reproduzido no art. 741 do CPC. Precedentes citados: REsp 1.115.217-RS, Primeira Turma, DJe 19/2/2010; AgRg no Ag 1.369.072-RS, Primeira Turma, DJe 26/9/2011. REsp 1.387.248-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/5/2014.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EXTINÇÃO DA OBRIGAÇÃO DO DEVEDOR PELO DEPÓSITO JUDICIAL. RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). Na fase de execução, o depósito judicial do montante (integral ou parcial) da condenação extingue a obrigação do devedor, nos limites da quantia depositada. A questão jurídica ora sujeita à afetação ao rito do art. 543-C do CPC, “responsabilidade do devedor pelo pagamento de juros de mora e correção monetária sobre os valores depositados em juízo na fase de execução”, foi exaustivamente debatida no STJ, tendo-se firmado entendimento no sentido da responsabilidade da instituição financeira depositária, não do devedor, pela remuneração do depósito judicial. Sobre o tema da remuneração dos depósitos judiciais, houve inclusive a edição de duas súmulas, embora restritas à questão da correção monetária. Com efeito, dispõe a Súmula 179 do STJ que “O estabelecimento de crédito que recebe dinheiro, em depósito judicial, responde pelo pagamento da correção monetária relativa aos valores recolhidos”. A Súmula 271 do STJ, por sua vez, estabelece que “A correção monetária dos depósitos judiciais independe de ação específica contra o banco depositário”. Verifica-se, portanto, ser

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pacífica a jurisprudência do STJ quanto ao aspecto em discussão. No entanto, diante da multiplicidade de recursos especiais referentes a essa mesma controvérsia, tornou-se necessário afetar a matéria ao rito do art. 543-C do CPC, optando-se por consolidar a seguinte tese: “na fase de execução, o depósito judicial do montante (integral ou parcial) da condenação extingue a obrigação do devedor, nos limites da quantia depositada”. Nessa redação, decidiu-se limitar a tese à fase de execução, pois, na fase de conhecimento, o devedor somente é liberado dos encargos da mora se o credor aceitar o depósito parcial. É o que se depreende do disposto no art. 314 do CC, segundo o qual “Ainda que a obrigação tenha por objeto prestação divisível, não pode o credor ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou”. Precedentes citados: EREsp 1.306.735-MG, Corte Especial, DJe 29/5/2013; e EREsp 119.602-SP, Corte Especial, DJ 17/12/1999. REsp 1.348.640-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/5/2014.

DIREITO CIVIL. DEDUÇÃO DO DPVAT DO VALOR DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. O valor correspondente à indenização do seguro de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT) pode ser deduzido do valor da indenização por danos exclusivamente morais fixada judicialmente, quando os danos psicológicos derivem de morte ou invalidez permanente causados pelo acidente. De acordo com o art. 3º da Lei 6.194/1974, com a redação dada pela Lei 11.945/2009, os danos pessoais cobertos pelo seguro obrigatório compreendem “as indenizações por morte, por invalidez permanente, total ou parcial, e por despesas de assistência médica e suplementares”. Embora o dispositivo especifique quais os danos passíveis de indenização, não faz nenhuma ressalva quanto aos prejuízos morais derivados desses eventos. A partir de uma interpretação analógica de precedentes do STJ, é possível concluir que a expressão “danos pessoais” contida no referido artigo abrange todas as modalidades de dano – materiais, morais e estéticos –, desde que derivados dos eventos expressamente enumerados: morte, invalidez permanente e despesas de assistência médica e suplementares. Nesse aspecto, “a apólice de seguro contra danos corporais pode excluir da cobertura tanto o dano moral quanto o dano estético, desde que o faça de maneira expressa e individualizada para cada uma dessas modalidades de dano extrapatrimonial” (REsp 1.408.908-SP, Terceira Turma, DJe de 19/12/2013). De forma semelhante, o STJ também já decidiu que “a previsão contratual de cobertura dos danos corporais abrange os danos morais nos contratos de seguro” (AgRg no AREsp 360.772-SC, Quarta Turma, DJe de 10/9/2013). Acrescente-se que o fato de os incisos e parágrafos do art. 3º da Lei 6.194/1974 já fixarem objetivamente os valores a serem pagos conforme o tipo e o grau de dano pessoal sofrido não permite inferir que se esteja excluindo dessas indenizações o dano moral; ao contrário, conclui-se que nesses montantes já está compreendido um percentual para o ressarcimento do abalo psicológico, quando aplicável, como é o caso da invalidez permanente que, indubitavelmente, acarreta à vítima não apenas danos materiais (decorrentes da redução da capacidade laboral, por exemplo), mas também morais (derivados da angústia, dor e sofrimento a que se submete aquele que perde, ainda que parcialmente, a funcionalidade do seu corpo). REsp 1.365.540-DF, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/4/2014.

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DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ASSISTÊNCIA SIMPLES EM PROCESSO SUBMETIDO AO RITO DO ART. 543-C DO CPC. Não configura interesse jurídico apto a justificar o ingresso de terceiro como assistente simples em processo submetido ao rito do art. 543-C do CPC o fato de o requerente ser parte em outro feito no qual se discute tese a ser firmada em recurso repetitivo. Isso porque, nessa situação, o interesse do terceiro que pretende ingressar como assistente no julgamento do recurso submetido à sistemática dos recursos repetitivos é meramente subjetivo, quando muito reflexo, de cunho meramente econômico, o que não justifica sua admissão como assistente simples. Outrossim, o requerente não se enquadra no rol do art. 543-C, § 4º, do CPC, sendo certo ainda que nem mesmo aqueles inseridos da referida lista podem ser admitidos como assistentes no procedimento de recursos representativos, não sendo possível, também, a interposição de recurso por eles para impugnar a decisão que vier a ser prolatada. Ademais, a admissão da tese sustentada pelo requerente abriria a possibilidade de manifestação de todos aqueles que figuram em feitos que tiveram a tramitação suspensa em vista da afetação, o que, evidentemente, inviabilizaria o julgamento de recursos repetitivos. REsp 1.418.593-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 14/5/2014.

5.2.3 Tribunal de Justiça do Estado de Goiás

Professora estadual receberá indenização por acidente de trabalhoEm decisão monocrática, o juiz substituto Carlos Roberto Fávaro (foto) reformou sentença que condenava o Estado de Goiás a indenizar em R$ 5 mil a professora da rede Estadual de ensino, Naeth Benício de Sousa. Ele acatou parcialmente recurso interposto por ela e majorou o valor para R$ 15, pelos danos morais. Naeth foi atingida por madeira e telhas em seu local de trabalho. Ela pretendia indenização no valor de R$ 30 mil a título de danos morais e mais R$ 20 mil pelos físicos.O acidente ocorreu na cidade de Simolândia, no dia 18 de março de 2005, quando a funcionária pública chegava ao Colégio Estadual Elvira Leão Barreto, seu local de trabalho. Consta dos autos que, ao abrir o portão, a guarita de cobertura construída com madeiras e telhas, caiu sobre Naeth, o que lhe causou lesões e a fez perder a consciência no momento do fato.A professora ressaltou que a cobertura estava em péssimas condições e, devido ao ocorrido, ela sofreu danos físicos, morais e estéticos. Por esse motivo, requereu indenização sob argumento de que a conduta omissa do poder público fez com que ela ficasse permanentemente debilitada e que sua capacidade física fosse reduzida. A professora solicitou pensão vitalícia de R$ 230 mil, o que lhe foi negado.Referente aos danos físicos, estéticos e pensão vitalícia, o magistrado observou que a sentença deve ser mantida, já que, nos autos, existem provas de que a professora já está consolidada e que a lesão não lhe ocasionou limitações na sua capacidade de trabalho. No entanto, ele ressaltou, perícias provaram que a funcionária pública sofreu sequelas, além do sofrimento físico por causa do acidente.Para aumentar a indenização, o juiz levou em consideração a gravidade do prejuízo sofrido por Naeth, o grau da culpa do Estado por omissão na ocorrência do evento, a

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capacidade financeira do poder público e a situação econômica da professora. Fonte: TJGO

5.2.4 Tribunal Superior do Trabalho

Empregada de laboratório de análises não receberá insalubridade em grau máximo O laboratório de análises clínicas Fleury S. A. foi absolvido do pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo a uma empregada que trabalhava no laboratório de análises clínicas, mas não mantinha contato permanente com doenças infectocontagiosas. A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho considerou devido o adicional de insalubridade apenas em grau médio que já vinha sendo pago à empregada.Na reclamação, a trabalhadora afirmou que ficava exposta a agentes biológicos ao manusear material coletado de pacientes, inclusive os que estavam em isolamento por doença infectocontagiosa. Amparado na prova pericial, o juízo do primeiro grau deferiu o adicional em grau máximo, e a sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS).A empresa interpôs recurso ao TST, sustentando que a trabalhadora não mantinha contato permanente com pacientes em isolamento e que a decisão regional não considerou o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e o fato de todo o material utilizado ser esterilizado.Ao examinar o recurso, a ministra Kátia Magalhães Arruda, relatora, afirmou que a Norma Regulamentadora 15 do Ministério de Trabalho e Emprego classifica como insalubre em grau médio o trabalho em contato permanente com pacientes, animais ou material infectocontagioso, em laboratórios de análise clínica e histopatologia, aplicado apenas ao pessoal técnico. O grau máximo, explicou, é deferido apenas aos empregados que mantêm contato permanente com pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas e objetos de seu uso, não previamente esterilizados.Segundo a relatora, não ficou evidenciado pelo Tribunal Regional que a empregada trabalhava em contato permanente com pacientes em isolamento, mas apenas com material coletado desses pacientes, o que lhe dá direito ao adicional de insalubridade em grau médio, como já vinha recebendo. A decisão fundamentou-se no item I da Orientação Jurisprudencial 4 da Subseção 1 Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do TST, recentemente convertida em na Súmula 448.(Mário Correia/CF)Processo: RR-1009-29.2012.5.04.0005Fonte: TST

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Boletim Informativo CEJUR, ano IX, n. 11/2014.

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ELABORAÇÃO:

Cláudia Marçal de Souza - Procuradora-Chefe do CEJUR

Mariana Milena Marinho - Estagiária em Direito

Dalvino Gonçalves de Almeida Junior – Estagiário em Designer

PUBLICAÇÃO:

Carlos Tavares da Silva – Assessor de informática

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