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Níveis de Atenção à saúde Origem do SUS

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• Níveis de Atenção à saúde • Origem do SUS

Saúde pública

“Consiste na aplicação de conhecimentos (médicos ou não), com o objetivo de organizar sistemas e serviços de saúde, atuar em fatores condicionantes e determinantes do processo saúde-doença controlando a incidência de doenças nas populações através de ações de vigilância e intervenções governamentais.” (Wikipedia)

Um pouco de História... Lei Eloy Chaves (1923): nasce a “previdência” após greves e movimentos

por melhores condições de trabalho e segurança.

• instituídas as CAPs (Caixas para Aposentadoria e Pensão) aos operários urbanos, apenas.

• eram organizadas pelas próprias empresas – caráter facultativo.

• direito a socorro médico, à aposentadoria/pensão e aos serviços funerários. Isto se estendia também aos dependentes.

A partir de 30:

• criados os Ministérios do Trabalho, da Educação/Saúde; Indústria/Comércio e junta trabalhista.

• as CAPs são substituídas pelos IAPs (Instituto de Aposentadoria e Pensão) – só para pessoas com vínculos empregatícios; cada setor criava o seu (ex: comércio, bancários, etc.).

• Governo Vargas.

• Em 1953: Ministério da Saúde separa-se do Ministério da Educação – função: vigilância sanitária, programas de vacinas e doenças epidêmicas. Foco na atenção 1ª.

• A partir de 60: os IAPs são unificados, tornando-se o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) – função: previdência e assistência médica. Quem não tinha vínculo empregatício poderia pagar o INPS e ter acesso à saúde.

• Em 1978: nasce o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) – criado dentro do INPS pelo regime militar. Tinha vínculo com o Ministério da Previdência Social. Foco na cura (atenção 2ª e 3ª). Foi extinto em 1993.

• Em 1986: nasce o SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde) – muda-se o foco para a atenção básica. Inverte as verbas do INAMPS para os estados. Funciona até 1988, quando surge o SUS (Sistema Único de Saúde) no governo Sarney.

• O SUS unifica a administração e o financiamento, unindo o MS (atenção 1ª) e o INAMPS (atenção 2ª e 3ª) – mas com o SUS não se pode exigir pagamento obrigatório, então é criada a CPMF.

CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) – sua criação ocorreu em 1996 e entrou em vigor em 1997: o dinheiro só podia ser aplicado à saúde; arrecadação direcionada ao SUS.

Níveis de Atenção à Saúde Relacionam-se com a capacidade que uma unidade de saúde

ou profissional tem para prestar assistência ao indivíduo.

Primária (1ª) ou Básica: generalista; baixa complexidade tecnológica; foco na promoção e prevenção. (Postos de saúde)

Secundária (2ª): maior nível tecnológico; um pouco mais especializado; médio nível de complexidade.(UPAS

Terciária (3ª): alto nível tecnológico e alta complexidade; muito especializado. (Centros de Reabilitação e Hospitais)

Níveis de Prevenção Intervenção ou atuação do profissional de saúde.

H.N.D. (História Natural da Doença)

____________ ____________ ___________ Pré-patogênico Patogênico Pós-patogênico (prevenção 1ª) (prevenção 2ª) (prevenção 3ª)

Primária (1ª): prevenir que a doença ocorra (ex: saneamento, vacinas, etc.).

Secundária (2ª): diagnóstico e tratamento; prevenir mais agravos durante a doença.

Terciária (3ª): reabilitar e reinserir na sociedade; prevenir que a doença reincida.

Sistema Único de Saúde (SUS) 8ª Conferência Nacional de Saúde – 1986

• Discussão entre profissionais a respeito de princípios de saúde pública (ocorrem a cada 4 anos).

• Composta por gestores municipais, estaduais e nacionais.

• Objetivo: estabelecer metas e pactos em prol da saúde.

Constituição Federal (1988):

• Artigos 196 a 200.

Leis Orgânicas de Saúde:

• LOS: 8080/1990

• LOS: 8142/1990.

Princípios Assistenciais do SUS Universalidade: “o acesso às ações e serviços dever ser garantido

a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, renda, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais”.

Integralidade: “significa considerar a pessoa como um todo, devendo as ações de saúde procurar atender a todas as suas necessidades”.

Equidade: “princípio de justiça social que garante a igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. A rede de serviços deve estar atenta as necessidades reais da população a ser atendida”.

Princípios Organizacionais do SUS

Descentralização: consolidada com a municipalização das ações de

saúde, tornando o município gestor administrativo e financeiro do SUS

(distribuição de responsabilidades). Envolve três aspectos:

• Hierarquização: conjunto articulado e contínuo das ações e serviços

preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em

todos os níveis de complexidade do sistema: referência e contra-

referência.

• Regionalização: criação de áreas de referência em atenção 2ª e 3ª. Áreas

intermunicipais com participação do estado (as Regionais).

• Resolutividade: capacidade de resolução dos problemas de saúde, pelos

serviços, em todos os níveis de atenção.

Controle Social: democratização dos processos decisórios consolidado na participação dos usuários dos serviços de saúde.

Instâncias de decisão do SUS Comissões Intergestores:

• CIT: Comissão Intergestores Tripartite – gestores das 3 esferas do governo: Ministério da Saúde (União), Secretarias Estaduais (Estado) e Secretarias Municipais (Município).

• CIB: Comissão Intergestores Bipartite – gestores das esferas Estadual e Municipal.

Conselhos de Saúde: órgão permanente, presente nas esferas Federal, Estadual e Municipal. Aqui há participação social. Composição paritária: 50% de usuários dos serviços e 50% distribuídos entre os representantes dos gestores, prestadores de serviços e trabalhadores em saúde.

Constituição Federal (1988)

Artigo 196: A saúde é um direito de todos e dever do Estado,

garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem

à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso

universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção,

proteção e recuperação.

Artigo 197: São de relevância pública as ações e serviços de

saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei,

sobre regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua

execução ser feita diretamente ou através de terceiros, e

também, por pessoa física ou jurídica de direito privado.

Artigo 198: As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

• I - descentralização, com direção única em cada esfera de governo;

• II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;

• III - participação da comunidade.

Parágrafo único: O sistema único de saúde será financiado, nos termos do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras fontes.

Artigo 199: A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.

• 1º. As instituições privadas poderão participar de forma complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos.

• 2º. É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos.

• 3º. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei.

• 4º. A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facilitem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, processamento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado todo tipo de comercialização.

Artigo 200: Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:

• I. controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;

• II. executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde do trabalhador;

• III. ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;

• IV. participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico;

Artigo 200 (continuação)...

• V. incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;

• VI. fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;

• VII. participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;

• VIII. colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.

Atualmente, o que existe de Legislação é:

- Constituição Federal (artigos 196 a 200).

- Lei 8080/90.

- Lei 8142/90.

- Emenda Constitucional número 29 (EC 29/2000).

- Norma Operacional Básica (NOB/91/93/96).

- Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS/01/02).

- Pacto pela Saúde 2006 – Consolidação do SUS e suas Diretrizes

Operacionais.

Questão para pensar Qual o papel do Fisioterapeuta na atuação preventiva?

(Escreva um texto de 10 linhas)