nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

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“Quem respirar o ar dos meus escritos, sabe que é um ar das alturas, uma atmosfera forte”. Friedrich Nietzsche (1844 1900)

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Page 1: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

“Quem respirar o ar dos meus escritos, sabe que é um ar das alturas, uma atmosfera forte”.

Friedrich Nietzsche (1844 – 1900)

Page 2: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

Eis o Homem! Nietzsche está morto!, mas

não sua filosofia. Suas obras estarão

sempre à espera, numa estante, aguardando

um doente em busca da cura. Sua filosofia

está sendo retomada, não somente agora,

mas em todas as gerações; a doença de sua

época é a doença de todas as épocas da

História, é nossa doença: a enfermidade da

moral, moral fraca, moral para os fracos,

desvelada em sua Genealogia da Moral.

Page 3: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

Segundo ele, o indivíduo soberano deve livrar-se da moralidade dos costumes e da camisa-de-força social. Esse indivíduo é único e diferente dos outros: é forte. Este soberano move-se segundo seu instinto e sua Natureza é o oposto da consciência, pois esta tenta reprimir seus princípios fisiológicos. O soberano somente se livra de tais grilhões destruindo sua “memória”, memória esta que o homem utiliza de sacrifícios e sangue para manter; a liberdade somente é alcançada mediante o esquecimento e somente assim a ética pode ser fundada, neste esquecimento dos conceitos morais.

Page 4: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

A moral vigente está fundada num

conhecimento de si, “sabe-se” o que é o Bem

e aplicam-no a todos

indiscriminadamente, dotando-o de

universalidade.

Nietzsche repudia esta moral e conclama

uma ética fundada no cuidado de si, onde o

indivíduo, e somente ele, sabe o que é

Bom, criando desta forma seus valores;

rejeita-se a idéia de Bem e Mal e instaura-se

o Bom e Ruim. Entretanto, não mais como

idéia universal, mas como ação, pois o

homem não precisa saber, precisa agir. É

somente pelo corpo que se pode fazer esta

afirmação, pois é ele a grande razão da

Page 5: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

Nietzsche inaugura uma nova dimensão da existência, definida por ele como imoral. Essa existência torna-se sinônimo de existência autêntica. A existência imoral funda-se no não-conhecer, à qual não se torna estranho o princípio dialético.

Em seu Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche entende por ídolos tudo o que até então era considerado verdade, não só do pensamento metafísico, como também do pensamento moderno. A história da metafísica seria a história de um erro...

Page 6: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

Nietzsche define o Cristianismo como um

platonismo para o povo. A morte de

Deus, anunciada por

Zaratustra, significa, precisamente, a morte do

deus da metafísica. Ou seja, daquele deus que

é apreendido graças aos

conceitos, que, segundo Nietzsche, seriam

teias que envolvem a face de Deus. Por este

motivo, em O Anticristo fala do Deus da

metafísica como sendo o Deus-aranha.

Nietzsche não mata Deus, somente limita-se a

constatar sua ausência em seu tempo, em

parte por responsabilidade da metafísica.

Page 7: Nietzsche e sua filosofia a golpes de martelo

Dizer que o homem é um animal racional

é insuficiente. Deve-se dizer que o

homem é aquele que supera a dimensão

abstrata do conhecimento. Neste ato de

superação, revela-se a autenticidade do

homem como “super-homem”

(Übermensch). “Ó! Homem! Excita o

cérebro!”, brada o filósofo.