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NEM SEMPRE O MAIS GOSTOSO É O MAIS SAUDÁVEL Maria Cristina de Azevedo Muraski 1 Kátia Elisa Prus Pinho 2 RESUMO Este artigo pretende apresentar a importância de um trabalho de prevenção no que se refere à alimentação. Através das leituras realizadas constatou-se que o número de casos de doenças relacionadas à má alimentação, principalmente em crianças tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, havendo assim, a preocupação de realizar o trabalho voltado para a re-educação alimentar. O projeto foi aplicado com uma turma de 5ª série (6º ano) do período matutino do Colégio Estadual São Mateus, sendo realizadas diferentes atividades como: trabalho em grupo, questionário, palestra, dramatização. A partir do conhecimento dos alunos sobre o assunto, foram oportunizadas situações, onde adquiriram informações que pudessem auxiliar em uma mudança de dieta com um cardápio mais variado e saudável. Durante o processo de implementação constatou-se que alguns alunos apesar dos conhecimentos adquiridos não os utilizam ao fazerem suas escolhas alimentares, não dando a devida importância ao assunto. Sugere-se que esse conteúdo seja retomado nas séries seguintes do ensino fundamental, para que realmente a informação seja assimilada e incorporada aos hábitos diários das crianças. Palavras-chave: Alimentação. Dieta. Saudável. Qualidade. Saúde. 1 Professora da disciplina de Ciências da Rede Estadual de Ensino do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – 2008 (PDE). E-mail: [email protected] 2 Orientador do PDE, Mestre, Coordenadora de Extensão e Professora do Curso de Tecnologia em Radiologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]

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NEM SEMPRE O MAIS GOSTOSO É O MAIS SAUDÁVEL

Maria Cristina de Azevedo Muraski1

Kátia Elisa Prus Pinho2

RESUMO

Este artigo pretende apresentar a importância de um trabalho de prevenção no que se refere à alimentação. Através das leituras realizadas constatou-se que o número de casos de doenças relacionadas à má alimentação, principalmente em crianças tem aumentado consideravelmente nos últimos anos, havendo assim, a preocupação de realizar o trabalho voltado para a re-educação alimentar. O projeto foi aplicado com uma turma de 5ª série (6º ano) do período matutino do Colégio Estadual São Mateus, sendo realizadas diferentes atividades como: trabalho em grupo, questionário, palestra, dramatização. A partir do conhecimento dos alunos sobre o assunto, foram oportunizadas situações, onde adquiriram informações que pudessem auxiliar em uma mudança de dieta com um cardápio mais variado e saudável. Durante o processo de implementação constatou-se que alguns alunos apesar dos conhecimentos adquiridos não os utilizam ao fazerem suas escolhas alimentares, não dando a devida importância ao assunto. Sugere-se que esse conteúdo seja retomado nas séries seguintes do ensino fundamental, para que realmente a informação seja assimilada e incorporada aos hábitos diários das crianças. Palavras-chave: Alimentação. Dieta. Saudável. Qualidade. Saúde. 1 Professora da disciplina de Ciências da Rede Estadual de Ensino do Paraná, participante do Programa de Desenvolvimento Educacional – 2008 (PDE). E-mail: [email protected] 2 Orientador do PDE, Mestre, Coordenadora de Extensão e Professora do Curso de Tecnologia em Radiologia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Curitiba, PR, Brasil. E-mail: [email protected]

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ABSTRACT This article aims to present the importance of prevention work in relation to food. Through the readings we found that the number of cases of diseases related to poor nutrition, particularly in children has increased considerably in recent years, so there is the concern to do the work focused on re-feeding education. The project was implemented with a class of 5th grade (6 years) in the mornings State College São Mateus, being carried out various activities such as group work, questioning, lecture, drama. From the students' knowledge on the subject, were nurtured situations, where they acquired information that could assist in a change of diet with a menu more varied and healthy. During the implementation process it was found that although some students of knowledge not use them to make their food choices, not giving due importance to the subject. It is suggested that this content is reflected in the following grades of elementary school, so really the information is assimilated and incorporated into the daily habits of children. Keywords: Food. Diet. Healthy. Quality. Health.

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1. INTRODUÇÃO

A alimentação hoje pode ser considerada uma preocupação mundial, faz-se

necessário o conhecimento de informações que desenvolvam uma postura crítica,

quanto à formação de atitudes e hábitos saudáveis relacionados à dieta.

Através das leituras realizadas constatou-se que o número de casos de

doenças relacionadas à má alimentação, a obesidade infantil, a carência de

nutrientes tem aumentado consideravelmente, havendo assim, a preocupação de

realizar o trabalho voltado para a re-educação alimentar.

Na escola deve ser realizado um trabalho de prevenção, já que ao longo dos

anos o consumo de alimentos naturais vem diminuindo entre as crianças, enquanto

cresce a preferência por alimentos industrializados.

Devido aos fatores citados anteriormente, para a implementação do projeto

foram selecionadas crianças da 5ª série (6º ano), por estas constituir um importante

grupo a ser trabalhado. Nesta faixa etária as crianças estão em fase de formação de

crenças e hábitos que as acompanharão para toda vida e é a idade em que a

incorporação de valores e hábitos é mais aceita.

Durante a implementação foram realizadas atividades em que os conceitos

em estudos estivessem dentro de um contexto significativo para o aluno,

estimulando uma participação mais efetiva. As situações trazidas por eles,

auxiliaram desta forma a compreenderem a importância de uma dieta constituída de

um cardápio variado e saudável, para suprir as necessidades nutricionais do

organismo.

Para Azevedo (2004) a contextualização na resolução de situações

problemas proporciona “a participação do aluno de modo que ele comece a produzir

seu conhecimento por meio da interação entre pensar, sentir e fazer, além do

conhecimento de fatos e conceitos adquiridos nesse processo”. Trabalhando assim

o assunto torna-se mais atrativo, pois traz o confronto das informações que possuía

com as que estão sendo apresentadas.

As propostas das aulas procuraram atender as necessidades dos alunos em

relação ao tema alimentação, através de indagações que estimularam e orientaram

as discussões durante a realização das atividades.

Aproveitando que os alunos ao ingressarem na escola chegam com muitas

informações e pré-concepções sobre os alimentos, estas foram discutidas

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oferecendo-lhes a possibilidade de elaborar e re-elaborar conceitos (BONZANINI E

BASTOS, 2004).

A partir da problemática “Como o ensino de Ciências pode colaborar na

aquisição de hábitos alimentares saudáveis?”, oportunizaram-se diferentes situações

que estimularam os alunos a exporem suas opiniões ou dúvidas e refletirem sobre

sua própria alimentação.

As ações realizadas permitiram assimilarem a importância de consumir

alimentos que contenham todos os nutrientes em quantidade necessária para o bom

funcionamento do corpo e também através do conhecimento adquirido apresentar

uma postura crítica frente às mensagens veiculadas nos meios de comunicação.

É importante ressaltar que os hábitos alimentares no Brasil vem se

modificando ao longo dos anos, devido ao elevado consumo de alimentos de origem

animal, de açúcares e farinhas refinadas, baixo consumo de cereais integrais e

fibras, associados à diminuição da atividade física. Isto está favorecendo o aumento

da prevalência da obesidade em crianças e adultos (CAROBA, 2002).

Santos (2005) salienta a “importância de estimular os alunos a conhecerem,

valorizarem e aceitarem novos alimentos, adquirindo boas práticas alimentares”.

O projeto teve como objetivo proporcionar informações necessárias à

formação de atitudes e hábitos que colaborassem para uma alimentação sadia,

adequada e variada, dando preferência a alimentos naturais e diminuindo assim o

consumo de alimentos industrializados.

2. DESENVOLVIMENTO

Aqui serão expostos à fundamentação teórica e a metodologia aplicada no

desenvolvimento do projeto de implementação pedagógica.

2.1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Saúde é um direito universal e a educação para a saúde deve fazer parte do

dia-a-dia da escola, de forma contextualizada e sistemática, para que possa haver

formação de hábitos alimentares e contribuir para que os alunos tenham uma vida

mais saudável (BOOG, 1997).

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Na atualidade, observa-se grande preocupação com o sobrepeso e a

obesidade em crianças e adolescentes, justamente porque a carência nutricional

pode interferir na disposição física e mental dos jovens, além do excesso de peso e

de gordura corporal. Estes fatores podem aumentar o risco de adultos com essas

características e a incidência de distúrbios metabólicos e funcionais (GUEDES e

GUEDES, 1998).

Numa pesquisa realizada em 2003 pelo SENAC, sobre as influências sofridas

pelas crianças no desenvolvimento de hábitos alimentares, relacionou-se a

influência da família, da propaganda e dos colegas. A medida que a criança cresce,

seu círculo social se amplia e novos hábitos vão sendo incorporados, que tanto

podem ser hábitos saudáveis como prejudiciais à saúde (SENAC, 2003).

A família é a primeira e a mais direta influência no desenvolvimento de

hábitos alimentares, seja pelos alimentos ou pelo ambiente que proporcionam

durante as refeições, Gambardella et al. (1999) dizem que “a família é a primeira

instituição que tem ação direta sobre os hábitos do indivíduo à medida que se

responsabiliza pela compra e preparo dos alimentos em casa, transmitindo dessa

forma seus hábitos alimentares à criança”.

Ao longo dos anos a família brasileira tem passado por grandes

transformações e a falta de tempo tem substituído o alimento in natura pelos

alimentos industrializados que na maioria das vezes tem um alto valor energético.

Marinardi (2005) ressalta essas transformações quando diz:

Hoje, mesmo as famílias que têm condições financeiras razoáveis, nem sempre têm conhecimento suficientes ou tempo para dar orientação alimentar aos filhos. É comum prenderem-se a aspectos quantitativos dos alimentos, sem analisar, entretanto, a sua qualidade. Por outro lado, pode ocorrer o contrário: estar preocupados com a qualidade dos alimentos, esquecendo-se dos aspectos quantitativos, ingerindo-os em excesso. Faltam-lhes informações sobre o quê, quando e quanto é melhor ingerir, tem havido uso indevido de certos alimentos em detrimento de outros.

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) entre 2002 e 2003, vem confirmar esta

situação quando revela que o brasileiro mudou seu padrão alimentar. Verificou-se

um largo predomínio de distúrbios nutricionais originados do consumo de alimentos

com teor excessivo de açúcar nas dietas e o consumo insuficiente de frutas e

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hortaliças. Cabe ressaltar, que este aspecto é comprovado pela frequente troca de

alimentos naturais, por alimentos industrializados, muitas vezes, mais ricos em

gorduras e açúcares (IBGE, 2004).

Para Philippi (2000) a qualidade alimentar parece ter sido prejudicada, pois

em décadas passadas as refeições apresentavam maior diversificação, com a

inclusão de alimentos pertencentes à totalidade dos grupos da pirâmide alimentar.

Atualmente, em especial os grupos das hortaliças e frutas, não se fazem presentes

nas refeições diárias da maioria dos indivíduos. Além disso, nos intervalos entre as

refeições tem se intensificado o consumo de alimentos industrializados.

Também é importante citar que a saúde dos indivíduos depende de fatores

como: estado nutricional, disponibilidade de alimentação, renda, educação, acesso

aos serviços de saúde, enfim políticas econômicas, agrícolas, de educação e de

saúde (CAROBA, 2002).

Ainda de acordo com Caroba (2002) a situação epidemiológico-nutricional no

mundo e também no Brasil vem se modificando ao longo dos anos e as situações

citadas anteriormente não podem deixar de serem consideradas, pois fazem parte

da realidade em que os alunos estão inseridos.

Hoje, sabe-se que a propaganda tem um estímulo forte e poderoso, muitas

vezes determinando o consumo alimentar. Neste sentido é importante desenvolver

trabalhos em que o aluno seja mais crítico sobre as informações oferecidas pela

mídia. Está situação é confirmada por Guedes e Guedes (1998) quando dizem que

“o jovem passa a apresentar maior suscetibilidade a propaganda consumista das

indústrias alimentícias e também maior capacidade para influenciar os alimentos a

serem consumidos em casa.”

A propaganda principalmente a televisão tem um papel decisivo sobre a

formação de hábitos alimentares em qualquer etapa da vida e quanto mais jovem,

mais suscetível é a criança aos apelos da propaganda (SENAC, 2003). É importante

que a escola proporcione informações sobre uma alimentação saudável para que os

alunos levem estas para suas casas, ajudando assim nas escolhas saudáveis da

família.

Tendo em vista a grande influência da mídia, a educação para o consumo

consciente de alimentos, torna-se de extrema importância numa sociedade onde os

apelos do consumo incitam de modo especial, o jovem e a criança ao consumo

irrefletido. O aluno pode através do conhecimento, adquirir uma postura crítica em

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relação às mensagens veiculadas pelos meios de comunicação (PIPITONE,

STURION, 1992).

Tanto a família como a escola precisa ajudar e orientar a criança na aquisição

de hábitos alimentares saudáveis, pois a infância é a época ideal para aprender a

obter estas informações e isto deve ser feito de forma gradual e agradável, sem

imposições (SENAC, 2003).

As crianças ao ingressarem na escola tornam-se mais independentes em

relação à escolha dos alimentos, pois passam a conhecer alimentos diferentes

daqueles que já estavam habituadas no meio familiar, portanto é importante a

orientação para que possam fazer as melhores escolhas alimentares. Marietto

(2005) ressalta a importância da re-educação alimentar, quando diz:

Tendo-se em vista re-educação alimentar, os hábitos inadequados devem ser revertidos e os bons hábitos incentivados, pois conflitos alimentares podem persistir se alguma atitude não for tomada. Esta não é apenas dos pais, uma vez que a criança vai crescendo ganhando espaço e formando sua opinião sobre muitos fatos e entre eles, a sua alimentação, mas também da escola, professores e meios de comunicação através de seus programas e anúncios.

Juntamente com a socialização da criança, os hábitos alimentares tendem a

se expandir sofrendo influências das creches, escolas e dos amigos que direta ou

indiretamente direcionam a seleção e a ingestão de alimentos. A escola através de

diferentes ações pedagógicas deve oferecer subsídios que auxiliem os alunos na

formação de bons hábitos alimentares e Gouveia (1999) diz que “é na escola

indiscutivelmente, que se dispõe de um espaço para a promoção da educação

alimentar e nutricional, uma vez que é na infância que se fixam atitudes e práticas

alimentares difíceis de modificar na idade adulta”.

Para que realmente o aluno entenda a importância de uma alimentação

saudável, torna-se essencial que lhe seja propiciado reflexões que auxiliem na

sistematização do conhecimento por meio da interação entre pensar, sentir e fazer.

Desta forma deixará de ser apenas um observador e passa a participar ativamente,

argumentando, expondo suas opiniões e dúvidas.

De acordo com Carvalho (1997 apud CAROBA, 2002) pode-se deduzir que

ações pedagógicas apresentadas como situações problemas de interesse dos

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alunos podem traduzir-se em boas oportunidades de envolvimento com o assunto. E

ainda para Azevedo (2004) o objetivo na resolução de problemas é:

... proporcionar a participação do aluno de modo que ele comece a produzir seu conhecimento por meio da interação entre pensar, sentir e fazer. A solução de problemas pode ser, portanto, um instrumento importante no desenvolvimento de habilidades e capacidades, como: raciocínio, flexibilidade, astúcia, argumentação e ação. Além do conhecimento de fatos e conceitos, adquiridos nesse processo, há a aprendizagem de outros conteúdos: atitudes, valores e normas que favorecem a aprendizagem de fatos e conceitos...

Com base nos comentários acima as Diretrizes Curriculares de Ciências do

Estado do Paraná (DCE) faz a importante relação entre o conhecimento trazido pelo

aluno e o conhecimento científico, onde há o reconhecimento que é preciso envolver

os alunos, discutindo seus próprios hábitos de consumo, de forma que se

conscientizem da necessidade de melhorá-los.

A apropriação do conhecimento científico pelo estudante no contexto escolar implica a superação dos obstáculos conceituais. Para que isso ocorra, o conhecimento anterior do estudante, construído nas interações e nas relações que estabelece na vida cotidiana, num primeiro momento, deve ser valorizado. Denominam-se tais conhecimentos como alternativos aos conhecimentos científicos, por isso, podem ser considerados como primeiros obstáculos conceituais a serem superados. Valorizá-los e tomá-los como ponto de partida terá como consequência a formação dos conceitos científicos, para cada estudante em tempos distintos (DCE , 2008).

É possível mostrar aos alunos como está sendo sua alimentação, ao

exemplificar com o uso da pirâmide alimentar, permitindo que percebam os

diferentes grupos de alimentos e sua distribuição, além de realizarem uma análise

dos alimentos que fazem parte da sua rotina alimentar.

A distribuição dos alimentos na forma de pirâmide facilita a compreensão e

mostra de forma clara e objetiva como manter uma alimentação adequada e

saudável. O professor pode discutir e apresentar os valores nutricionais, o acesso

aos alimentos, às condições de segurança alimentar e nutricional, bem como, a

influência da propaganda e da televisão nas decisões de consumo das crianças,

jovens e adultos.

Marietto (2005) diz que é reconhecida a preferência por salgadinhos,

refrigerantes, biscoitos recheados entre outros, por parte das crianças. Esses

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alimentos não são proibidos, mas é preciso que entendam que o seu excesso

poderá trazer prejuízos a saúde e que estes alimentos não substituem as refeições.

Para que realmente a criança reflita sobre sua alimentação é necessário

mostrar a importância dos nutrientes para manter-se saudável, ou seja, a importante

relação entre alimentação-nutrição e saúde. Carvalho et al. (2001) enfatizam a

importância da identificação precoce de práticas alimentares inadequadas a fim de

que medidas corretivas, dirigidas especialmente aos escolares, sejam adotadas para

a obtenção de dietas que atendam às necessidades nutricionais dos mesmos,

favorecendo a prevenção de doenças, especialmente as crônicas.

2.2. IMPLEMENTAÇÃO

A implementação do projeto ocorreu no Colégio Estadual São Mateus, no

município de São Mateus do Sul, sendo aplicado numa turma de 5ª série do período

matutino, contando com 38 alunos, composta por alunos provenientes da região

urbana e rural da cidade.

As atividades foram implementadas no período de março a junho de 2009,

sendo todas realizadas no ambiente escolar.

Ao desenvolver as atividades apresentou-se situações para que os alunos

enriquecessem o conhecimento que já possuíam sobre alimentação saudável. Como

diz Sampaio (1998) “a aprendizagem escolar não é continuação direta da que foi

conquistada antes da escola, mas tem uma especificidade e requer articulação entre

o conhecimento que o aluno traz e o conhecimento formal”.

Inicialmente, foi realizado um levantamento em sala de aula para verificar o

consumo de lanche pelas crianças em relação à utilização da merenda escolar,

envolvendo o consumo de lanche na cantina; lanche trazido de casa e ainda os que

não lancham.

Como resultado desse levantamento, obteve-se que dez alunos consumiam a

merenda servida pela escola, quinze alunos compravam lanche na cantina escolar,

três alunos não lanchavam e nove alunos consumiam tanto lanche da cantina

quanto da merenda escolar. Verificando-se uma preferência maior pelo lanche da

cantina em relação às outras opções.

Ao questioná-los a respeito da preferência citada, a resposta dada pela

maioria dos alunos foi que antes suas mães preparavam o lanche a ser levado para

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escola e ainda precisavam ter tempo para brincar no recreio. Agora na 5ª série

recebiam dinheiro para comprar o lanche ou consumiam a merenda servida pela

escola e não havia mais tempo para brincar.

Percebeu-se o sentimento de independência devido à nova realidade

vivenciada e também a interferência dos colegas na escolha dos alimentos, quando

passam a comprar na cantina escolar.

Ao analisar as respostas, nota-se que a escola tem um papel importante na

orientação alimentar, já que as crianças quando passam a frequentá-la tornam-se

mais independentes na escolha de seus alimentos. Havendo a necessidade de

serem orientadas para que possam fazer a seleção, para isso, é preciso que

conheçam o valor nutritivo dos alimentos que consomem.

Os alunos também responderam a um questionário que contava com oito

perguntas, que estão no Apêndice 1, as quais referiam-se a preferência de lanche

no horário escolar.

O período em que a pesquisa foi realizada era início do ano letivo e para a

maioria dos alunos era novidade poder comprar seu lanche.

O questionário foi entregue para ser respondido em casa e as primeiras

perguntas do questionário eram referentes ao consumo de lanche fornecido pela

escola e alimentos vendidos na cantina. Obtendo-se como resultado: 53% dos

alunos preferiam consumir o lanche da cantina e 47% preferiam o lanche da

merenda escolar, percebendo-se, portanto, que os números são muito próximos.

Havia ainda os alunos que consumiam tanto o lanche da cantina quanto o da

merenda escolar, totalizando 30%.

Ao compararmos as respostas obtidas no levantamento realizado em sala de

aula e o questionário, observou-se que os números não se alteraram, confirmando-

se a sinceridade da criança ao expor suas opiniões.

A outra pergunta do questionário, foi organizada como uma questão aberta

sobre os alimentos mais apreciados e os menos apreciados da merenda escolar. O

uso desse tipo de questão foi para refletirem sobre seus hábitos de escolha no

lanche.

Na Tabela 1 estão relacionados os alimentos oferecidos na merenda escolar

mais citados no questionário. Ao apresentar os dados nota-se a preferência por

alimentos doces seguidos dos salgados. Os mais consumidos são: pudim,

achocolatado e bolachas.

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Tabela 1: Preferência pelos alimentos oferecidos na merenda escolar.

Merenda escolar Número de alunos

pudim 25

achocolatado 24

bolacha 21

arroz 20

carne 19

farofa 18

risoto 17

polenta 16

macarrão 16

sopa 11

quirera 8

Responderam também questões referentes aos alimentos mais consumidos

na cantina escolar, foi fornecida uma lista com os alimentos vendidos para que

marcassem os que costumavam comprar.

Observa-se na Tabela 2 os lanches vendidos na cantina que apresentaram

maior preferência entre os alunos. O mais votado foi o suco, seguido de alimentos

salgados que tem uma quantidade maior de gordura na sua composição e com

menor preferência as bolachas tanto com recheio como sem recheio.

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Tabela 2: Lanches mais consumidos na cantina escolar.

Merenda da cantina Número de alunos

suco 31

pizza 28

esfirra 26

x-salada 24

misto-quente 21

chocolate 18

empanado 16

cachorro-quente 16

achocolatado 12

bolacha salgada 12

balas 12

geladinho 11

bolacha recheada 2

bolacha sem recheio 2

Para finalizar o questionário foi verificado se acreditavam que os alimentos

vendidos na cantina eram melhores para sua saúde do que aqueles servidos na

merenda escolar, e obteve-se como resultado: três alunos concordavam, vinte e três

não concordavam, cinco não sabiam e sete não responderam. Com este resultado

torna-se claro que os alunos têm conhecimento da importância de escolher

alimentos que contenham mais nutrientes, mas na hora de consumir dão preferência

aos alimentos com maior valor calórico.

A partir das respostas direcionou-se atividades que auxiliaram os alunos a

refletirem mais sobre suas necessidades nutricionais e perceberem que não

estavam proibidos de consumir aqueles alimentos, mas esse consumo precisava ser

feito com moderação.

Os hábitos alimentares do educando, também estão ligados a fatores de

ordem social, histórica e econômica e a escola deve colaborar na formação de bons

hábitos alimentares, sendo o local ideal para desenvolver conhecimentos e atitudes.

Com base neste levantamento foi proporcionada uma explanação sobre a

importância dos alimentos, introduzindo termos como energia e nutrientes.

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Para auxiliar a compreensão do tema foi utilizado imagens, livro didático e

confeccionado um mapa conceitual. Depois, houve uma discussão e através dos

questionamentos feitos, verificou-se que reconhecem a necessidade da escolha dos

alimentos, mas dão preferência àqueles que acham mais gostosos independente de

serem saudáveis ou não e também sentem–se influenciados pelas propagandas

veiculadas nos meios de comunicação, pois já pediram aos seus pais algum

alimento que viram na televisão, ou porque acharam que deveria ser gostoso ou

pela apresentação da propaganda.

Com as respostas pode-se confirmar que a mídia tem um forte poder sobre a

preferência alimentar e que a maioria das famílias não questiona o valor nutritivo dos

alimentos que estão sendo oferecidos na mídia. Alguns pais satisfazem à vontade

de seus filhos, sem orientá-los adequadamente sobre a importância de escolher

alimentos saudáveis e nutritivos.

Aproveitando, realizou-se uma exposição oral acompanhada de imagens

sobre a importância da escolha dos alimentos e da inclusão de frutas e hortaliças no

seu cardápio.

Os alunos sugeriram que fossem levadas frutas para serem consumidas e

provadas, a sugestão foi aceita e todos deviam provar das frutas. A atividade foi

muito bem recebida e como retorno alguns comentaram que não sabiam que aquela

fruta era gostosa, porque não haviam provado e simplesmente diziam que não

gostavam.

A aula expositiva além de trabalhar a importância dos alimentos e os seus

grupos, forneceu informações sobre os problemas que a má alimentação ocasiona.

Os alunos também sugeriram que fosse entrevistada a pessoa responsável

em fazer a merenda escolar, para saberem qual a preferência da maioria dos alunos

da escola. Para realização desta atividade foi organizada uma relação de perguntas

com a turma, em seguida alguns alunos entrevistaram a merendeira e, como

resultado conclui-se que a preferência era pelos alimentos salgados.

Após, as exposições orais e as discussões, foram organizados trabalhos em

grupo, onde responderam questões propostas pelo professor. Essas atividades

permitiram aos alunos socializarem seus conhecimentos com os colegas de grupo e

depois para o grande grupo da sala de aula.

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Esta atividade não foi fácil, pois os alunos não apresentaram maturidade

suficiente para expressarem de forma objetiva suas ideias, além de não colaborarem

quando seus colegas estavam expondo suas conclusões.

Devido às dificuldades encontradas desenvolveu-se um trabalho de reflexão

sobre a importância de pensar antes de falar, de aprender a ouvir e também de

esperar para expor suas opiniões.

As atividades partiram de situações apresentadas pelos próprios alunos,

sendo que as mesmas eram discutidas no grande grupo, promovendo a participação

e a contextualização do que estava sendo estudado, tornando-se mais significativa.

O trabalho em grupo apresentou bons resultados, proporcionando à troca de

informações entre os alunos e possibilitando a socialização dos conhecimentos.

Algumas equipes tiveram problemas, como a desistência ou mesmo

incompatibilidade com o grupo, causando atrasos na produção dos trabalhos e foi

necessária a interferência do professor junto à equipe, para auxiliá-los na

organização.

Foram solicitadas pesquisas sobre os grupos de nutrientes presentes nos

alimentos e sua importância para o organismo. Os alunos utilizaram livros didáticos,

internet, jornais e revistas de acordo com a necessidade do tema escolhido,

pesquisavam na biblioteca, dividiram as tarefas e após confeccionaram painéis a

serem apresentados.

Esta ação foi seguida de palestra com uma nutricionista, a qual fez uso do

material já produzido pelos alunos sobre os grupos de nutrientes. Associou-os a

pirâmide alimentar, mostrando a necessidade de fazer uso dos alimentos presentes

em todos os grupos para suprir suas necessidades nutricionais. Ainda ofereceu

opção para variar o cardápio, visando ingerir a maior quantidade possível de

alimentos naturais.

Durante a palestra os alunos questionaram quanto ao consumo de

salgadinhos e refrigerantes, a nutricionista orientou-os que não estão proibidos de

consumi-los, mas deviam ingerir com moderação, sem exageros, dando preferência

sempre a produtos naturais.

Essa palestra, além de colaborar com informações, orientou-os na

importância da inclusão de outros alimentos no cardápio e inclusive comentaram em

casa sobre o tema exposto.

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Para complementar a palestra os alunos assistiram ao filme ”Dieta saudável”,

com a intenção de fazerem uma análise do mesmo. Foi solicitado que fizessem um

texto sobre o que assistiram expondo sua opinião, esperando-se que

estabelecessem a relação entre saúde, sabor e a escolha dos alimentos a consumir.

Para finalizar foram aplicadas duas atividades onde puderam expor o que

conseguiram aprender durante o desenvolvimento do projeto. Uma foi a realização

de dramatizações e a outra foi a organização da degustação de alguns pratos que

consideravam saudáveis e que faziam parte de seu cotidiano.

As dramatizações sintetizaram em diferentes cenários a importância de

escolher alimentos que contemplem os nutrientes necessários ao seu

desenvolvimento, fazendo a relação da variedade de alimentos com os diferentes

nutrientes presentes neles.

Através da prática da degustação e da organização de um caderno de

receitas, tiveram a oportunidade de provar novos sabores saudáveis e também

levaram para suas residências essa experiência.

Durante a implementação e a observação nos intervalos de aula, constatou-

se a importância de sua continuidade nas séries seguintes, utilizando outros

enfoques, mas sempre resgatando uma alimentação saudável para que se tenha

uma qualidade de vida cada vez melhor.

É importante lembrar que a aquisição de hábitos alimentares ocorre à medida

que a criança cresce, até o momento em que terá relativa independência, para

escolher os alimentos que integrarão sua dieta (FISBERG et al., 2000).

A avaliação foi realizada no decorrer das atividades onde verificou-se

mudanças conceituais provenientes da aprendizagem significativa dos conceitos

escolares e das relações com a vida cotidiana.

2.3. RESULTADO

Diante da dificuldade de quantificar resultados, apresentam-se as conclusões

referentes às observações e constatações durante a implementação do projeto.

As atividades relacionavam-se a situações do cotidiano, aproveitando o

conhecimento que os alunos já possuíam, com o objetivo de que os conceitos

fossem relacionados com o seu dia-a-dia. Utilizou-se diferentes recursos que

possibilitaram fazer a articulação do conhecimento informal com formal.

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Na apresentação das Tabelas 1 e 2 sobre a preferência em relação ao

consumo de lanche, notou-se que há maior preferência pelo consumo de alimentos

doces na merenda servida pela escola e por alimentos salgados na merenda

oferecida na cantina. Assim, constata-se que as crianças preferem os alimentos

calóricos, principalmente os alimentos ricos em gorduras e carboidratos.

Através dos textos produzidos, dos comentários e dos questionamentos

realizados, percebeu-se que na maioria das vezes as crianças consomem apenas o

que elas gostam, muitas vezes nem tendo provado o alimento, simplesmente

consideram que não é gostoso e não experimentam.

A situação acima foi comprovada quando os alunos sugeriram levar frutas

para dividir com os colegas. Essa prática fez com que relatassem não ter provado

determinada fruta, mas achavam que não gostavam, e agora ao ter experimentado

mudaram de opinião.

É necessário insistir para que as crianças provem diferentes sabores, e esta

insistência deve ser contínua porque a criança tende a recusar aquilo que considera

não ser gostoso, sem nem mesmo provar.

O trabalho realizado deveria ser apenas um complemento ao que já é

ensinado pelas famílias, mas a realidade apresenta-se diferente e a escola não

consegue sozinha realizar essa mudança de atitude e de hábito alimentar. Outros

fatores também interferem na dieta, como: a falta de informação dos pais, a falta de

tempo no preparo da comida, a informação da mídia e também a influência dos

colegas.

E à medida que a criança passa a frequentar outros ambientes além de sua

casa, os pais passam a ter menos controle sobre o que seus filhos estão

consumindo, aí a escola pode colaborar servindo lanches mais saudáveis e

oferecendo informações que despertem na criança o prazer em provar sabores

diferentes e ter sua própria opinião.

Os alunos demonstraram curiosidade durante a palestra com a nutricionista

em relação ao consumo de refrigerantes, salgadinhos industrializados e alimentos

fritos. Esta curiosidade justifica-se em procurar encontrar respostas que

correspondam positivamente ao que mais gostam de consumir.

No decorrer das ações percebeu-se que alguns alunos preocupam-se com

sua alimentação, mas em contrapartida, outros não dão à devida importância ao

assunto. Devido a isto há necessidade deste tema ser abordado de forma contínua,

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visto que os alunos têm acesso às informações, mas é necessário que seja

retomada, para que realmente sejam incorporadas nos hábitos diários.

Foi possível verificar durante as ações que houve a participação da maioria

dos alunos com entusiasmo na exposição de suas opiniões, de suas pesquisas, na

interação com os colegas de equipe e de turma.

3. CONCLUSÃO

As perspectivas aqui abordadas sobre a alimentação revelam que as crianças

estão desenvolvendo hábitos não saudáveis mais cedo, o que ocasiona problemas

de saúde.

Como já foi citada, a família é a primeira influência direta na formação de

hábitos alimentares, seguida pela mídia que apresenta forte estímulo na formação

de jovens consumistas. Portanto, a escola precisa considerar seu papel na formação

e informação sobre a importância da qualidade de vida relacionada a atitudes e

hábitos alimentares saudáveis.

O trabalho realizado objetivou oportunizar conhecimentos necessários à

formação de atitudes e hábitos para uma alimentação sadia, adequada e variada,

além de uma postura crítica frente às propagandas de produtos alimentícios e

valorização dos alimentos naturais.

Mediante a aquisição de informação sobre a importância da escolha dos

alimentos tornaram-se capazes de reconhecerem os prejuízos decorrentes do

consumo excessivo de açúcares e gorduras na alimentação.

A partir das ações realizadas verificou-se que alguns alunos mesmo tendo

conhecimento, não os utilizam ao fazerem suas escolhas alimentares. Sugere-se

que seja acrescentado este conteúdo nas séries seguintes, para que realmente seja

colocada em prática pelos jovens, promovendo mudança nos hábitos e atitudes em

relação à alimentação.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE 1 Questionário sobre a preferência em relação ao lanche Aluno: _________________________________________ Idade: __________________________________________ 1. Você costuma comer a merenda escolar? ( ) sim ( ) não 2. Se você marcou que come a merenda escolar, informe quantas vezes isso ocorre na semana: ( ) 1 vez na semana ( ) 2 vezes na semana ( ) 3 vezes na semana ( ) 4 vezes na semana ( ) 5 vezes na semana 3. Por que você não come a merenda da escola? ( ) Traz lanche de casa ( ) Compra lanche na cantina ( ) Não tem vontade ou fome ( ) Não gosta ( ) Não dá tempo ( ) Compra alimentos de vendedores fora da escola. 4. Escreva os cinco alimentos que você mais gosta de comer na merenda escolar? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 5. Escreva os cinco alimentos que você menos gosta de comer na merenda escolar? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________ 6. Se você costuma comprar alimentos na cantina, marque quantas vezes por semana: ( ) 1 vez por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) 3 vezes por semana ( ) 4 vezes por semana ( ) 5 vezes por semana 7. Quais alimentos você compra na cantina? Pizza ( ) sim ( ) não Esfirra ( ) sim ( ) não X-salada ( ) sim ( ) não Misto-quente ( ) sim ( ) não Empanado ( ) sim ( ) não Cachorro-quente ( ) sim ( ) não Achocolatado ( ) sim ( ) não

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Bolacha recheada ( ) sim ( ) não Bolacha sem recheio ( ) sim ( ) não Bolacha salgada ( ) sim ( ) não Suco ( ) sim ( ) não Chocolate ( ) sim ( ) não Picolé ( ) sim ( ) não 8. Você acredita que os alimentos vendidos na cantina são melhores para sua saúde do que as refeições servidas na merenda escolar? ( ) sim ( ) não ( ) não sabe