nelson paciência
DESCRIPTION
Summary portfolioTRANSCRIPT
NelsonPaciência
...................................................................................................................................................................................................NelsonPaciência
Projetos/ Projects
“Eu prefiro desenhar a falar. Desenhar é mais rápido, e deixa menos espaço para mentiras.”
“ I prefer drawing to talking. Drawing is faster, and leaves less room for lies.”
(Le Corbusier)
3
Ficha técnica/ Technical Data
Direção Artística / Technical DataMiriam ConceiçãoRedatores/ EditorsPromontório Arquitectos Nelson PaciênciaCréditos Fotográficos / PhotographsFG+SG Architectural PhotographyNelson PaciênciaChamartimIlustradores / IlustratorsNelson PaciênciaLapinImpressão / IlustratorsObigrafAcabamento / FinishingPapel couché com lombada colada
Lapin, ilustração/ Ilustration
9
...................................................Índice/ Index
9.............................Biografia/ Biography
10.............................Entrevista/ Interview
15.............................Dolce Vita Tejo
19...............................Ficha técnica/ Technical data
22.............................Sede da Polícia Judiciária/ Polícia National Forensics Police HQ
24...............................Ficha técnica/ Technical Data
25.............................Kempinski Damascus
27...............................Ficha técnica/ Technical Data
29.............................Lar Serra do Bouro/ Eldery House in Serra do Bouro
30...............................Memória descritiva/ Descriptive Memory
41...............................Ficha técnica/ Technical Data
44.............................Lar de Santa Catarina/ Elderly House of Santa Catarina
48.............................Casas/ Houses
50.............................Casa da Benedita/ House in Benedita
51.............................Casa do Sobreiro/ Sobreiro House
52.............................Casa da Várzea/ Varzea House
53.............................Casa das Caldas da Rainha/ House in Caldas da Rainha
54.............................Casa Miguel e Inês/ Miguel e Inês House
57.............................Índice Remissivo/ Remissive Index
58.............................Imagens/ Images
...................................................
11
Nelson Paciencia nasce em Caldas da Rainha (1975),
Portugal, tendo completado a licenciatura em Arquitectura
na Universidade Lusófona de Lisboa em 1999.
Realizou estágio profissional no Atelier SANTA-RITA
Arquitectos, em 1999 e 2000, tendo iniciado a sua colabo-
ração com o gabinete PROMONTÓRIO ARQUITECTOS em
2001, onde colaborou até 2011. A partir de 2006 foi Direc-
tor de Projecto em projectos de grande dimensão, como o
Dolce Vita Tejo Shopping Centre, na Amadora, o concurso
limitado para a nova sede da Polícia Judiciária, o edifício Mul-
tiusos em Carnaxide, e mais recentemente o Hotel Kempinski
Damascus integrando a equipa Promontório no Dubai, nos
Emirados Árabes Unidos até meados de 2011.
Em colaboração com Marco Lourenço esteve na origem dos
NPML ARQUITECTOS (2006-2011, Lisboa), participando
em numerosos projectos de edifícios de habitação e três
equipamentos sociais de grande envergadura, dois dos
quais construídos.
Em finais de 2011 inicia a sua colaboração com a AGUIRRE
NEWMAN1 Portugal, desempenhado as funções de director
de projecto.
Nelson Paciencia was born in Caldas da Rainha (1975), Portugal, having completed a degree in architecture at Lusófona University of Lisbon in 1999 .Between 1999 and 2000 he join Atelier-SANTA RITA Architects as an intern architect, having started his collaboration PROMONTORIO ARCHITECTS in 2001, where he worked until 2011. From 2006 he was Project Director for major projects such as the Dolce Vita Tejo Shopping Centre in Amadora, the limited competion for the new Polícia Judiciária headquarters, the mixed-use building in Carnaxide, and more recently the Kempinski Hotel Damascus integrating Promontorio team in Dubai, UAE by mid-2011.In collaboration with Marco Lourenço was at the origin of NPML ARCHITECTS (2006-2011, Lisbon), participating in numerous projects of residential houses and three large social facilities, two of which were built.In late 2011 starts his collaboration with AGUIRRE NEWMAN Portugal, as Project director.
Biografia/ Biography
1) Consultoria Imobiliária
13
...................................................
12
Interview /Entrevista
M: Esta nossa conversa tem como pano de fundo aquele
que foi o teu grande projecto durante meia década, ao
serviço do Promontório, o Dolce Vita Tejo. O teu início
profissional após a saída da universidade relacionou-se
de imediato com este atelier, ou chegaste a experimentar
outro registo?
N: É verdade, o local para esta conversa não podia ter
sido melhor. Sinto-me muito bem neste espaço, ainda
que seja para mim psicologicamente desconfortável,
pela sua dimensão. A verdade é que fiz um óptimo estágio
profissional com o arquitecto João Santa-Rita, logo
após concluir o curso em 1999, mas o meu percurso
enquanto arquitecto inicia-se efectivamente quando
entro no Promontório. E olhando para trás reconheço
que foram dez anos absolutamente extraordinários.
Entre 2001 e o início de 2004 fui colaborador externo,
responsável pela elaboração dos projectos das lojas
VODAFONE, o que foi verdadeiramente uma experiência
completa, entre outros projectos.
M: E é no início de 2004 que a tua colaboração se torna efectiva,
colaborando de forma permanente com o Promontório?
N: Pois foi, e é de facto nesse momento que se inicia a
verdadeira experiência profissional enquanto arquitecto
do Promontório, num primeiro momento sob a coorde-
nação do arquitecto Paulo Perloiro, com quem aprendi
muito e com quem partilhei grande parte dos desafios
de projecto, e com destaque natural para o Centro
Comercial Dolce Vita Tejo, na Amadora. Foi verda-
deiramente um projecto apaixonante, pela dimensão e
complexidade, e pela possibilidade de experimentação
plástica que só os projectos de retalho permitem, pela sua
especificidade e pela rapidez com que evoluem e se
concretizam, quando comparado com outros projectos.
M: E foi no Dolce Vita Tejo que acabaste por acompanhar
de perto todas as fases de projecto, desde a fase de concept
design até à execução em obra.
N: Acompanhei sempre de muito perto todas as fases
de projecto, desde 2004 com a colaboração da RTKL
Londres, e a partir de 2006 como director de projecto,
mesmo antes de avançarmos para a fase de execução.
E tive sempre grande proximidade com os centros
decisores, públicos ou privados. Recordo-me muito
bem de todos os momentos, principalmente o último
ano de obra, até porque estive literalmente a viver no
contentor junto do dono de obra, a Chamartin, e muito
próximo da evolução assustadoramente rápida desta
obra, e de todos os seus intervenientes. Foi uma ex-
periência que teve tanto de incrível como talvez de
irrepetível.
M: E esse projecto acaba por moldar de forma irreversível
a tua personalidade e o teu registo enquanto arquitecto. E
também foi algures nesse período que acabas por fazer outros
projectos, estes de uma forma independente e de outra escala,
como é o caso do lar de idosos em Serra do Bouro, que
neste catálogo se apresenta de forma mais detalhada.
N: É verdade. Mas esse projecto nem foi o impulsio-
nador deste período em que fiz vários projectos rela-
tivamente semelhantes. O primeiro foi o lar de idosos
de Santa Catarina, também no concelho de Caldas da
Rainha, e que surge de forma inesperada pelo convite
do pároco da minha freguesia natal e pelo presidente
da Junta, provocada pela candidatura da instituição
ao programa PARES da Segurança Social. Não tinha
como recusar tamanho privilégio. Acabei por fazê-lo
em co-autoria com um amigo de longa data e antigo
colega de universidade, o Marco Lourenço. Entre 2006
e final de 2010 fizémos um total de 3 lares de idosos,
dois deles construídos, entre outros projectos, na sua
maioria casas para amigos. Alguns estão construídos,
outros, se os bancos voltarem a emprestar dinheiro,
talvez ainda o venham a ser.
M: Esses projectos de lares para idosos, apesar de serem
relativamente pequenos, revelaram-se consideravelmente
complexos, ou a experiência diária do Promontório facilitou
a resolução dos problemas?
lado ao fim de pouco mais de 6 meses. A instabilidade
política e social nos países do médio oriente e também
na Síria acabariam por determinar este desfecho, e
regressámos a Lisboa.
M: O regresso a Lisboa acaba por fechar este teu percurso
no Promontório?
N: Sim, acabei por sair em Junho de 2011.
M: E foi nessa altura que experimentaste mudar de
área?
N: Senti essa necessidade, após tantos anos a
trabalhar num atelier. Surgiu uma possibilidade inter-
essante de colaborar com a Aguirre Newman Portugal,
uma consultora imobiliária, e não hesitei. Áreas como
a coordenação de projecto, gestão e consultoria sem-
pre me atraíram, e as valências deste tipo de empresa
resultam muito bem comigo, talvez porque engloba
áreas em que quero intervir directamente, como é o caso
do investimento, e onde podemos agir a montante. É um
facto que existem menos oportunidades de negócio e
projectos, mas os que existem são efectivamente
sustentados e sólidos, e é aí que quero estar.
M: E nos últimos tempos voltaste a outra paixão, o de-
senho?
N: Sim, mas desta vez o desenho descomprometido e
espontâneo. Ingressei recentemente no curso de ilus-
tração do João Catarino, na Faculdade de belas Artes, e
reconheço que tem sido incrível. Estou a aproveitar de
forma muito intensa esta oportunidade, como enriqueci-
mento individual, mas também pela partilha e conhecimento
que obtenho com esta experiência, ao lado de gente da
área do desenho e belas artes, como pintores, escul-
tores, designers gráficos, entre outros. Sempre adorei
desenhar, mas agora faço-o de forma ainda mais
entusiasmada, como arquitecto, como viajante curioso
ou simplesmente como observador do quotidiano.
N: Foi decisiva, mas não em absoluto. Fazer este tipo
de projectos, um deles incluía inclusivamente uma cre-
che, traduziu-se num exercício incomparável, principal-
mente pela sua especificidade. Fazer a casa de pessoas
idosas, criar-lhe condições de conforto e assistência
médica, mas principalmente desenhar-lhes um lar a
que possam chamar casa é um exercício tão difícil
como desafiante, e no meu caso foi felizmente muito
recompensador. Durante este período o mais difícil foi
conciliar, e sempre de forma aberta e clara, esta minha
tarefa com a colaboração no Promontório. Felizmente
consegui fazê-lo sem criar desequilíbrios entre ambos.
Disso tenha a absoluta convicção.
M: Após esse período provavelmente muito desgastante, e
depois da inauguração do Dolce Vita Tejo, regressas ao atelier.
Sentiste que as coisas estavam diferentes?
N: Senti, e de forma muito clara. Havia uma redução
na encomenda, e um certo receio nas decisões, mas
sempre se pensou que o momento seria, como maior
ou menor dificuldade, passageiro. Mas infelizmente não
foi, e hoje sabemos isso de forma inequívoca. Apesar
dessa realidade, acabei por estar envolvido em outros
projectos interessantes, até surgir o projecto do Hotel
Kempinski.
M: O projecto em Damasco?
N: Sim. Foi no final de 2010 que se fechou o contrato para
elaborar este projecto de um hotel de 5 estrelas para a
capital da Síria, Damasco. Fiz parte da equipa que viajou
para o Dubai para trabalhar com a Majid Al Futtaim, um
dos maiores promotores imobiliários no médio oriente,
com destaque para os centros comerciais e os hotéis.
M: Mas o período esperado de 24 meses acabou por
ser significativamente menor, terminando de forma mais
ou menos inesperada.
N: É verdade. Sabíamos que provavelmente estaría-
mos no Dubai por um período até superior a 24 meses,
e não esperávamos que o projecto acabasse por ser canceDolce Vita Tejo, na esplanada
14 15
M: Our conversation starts in the background who was your great
project for half a decade, within Promontorio, the Dolce Vita Tejo
Shopping Centre. Your professional experience after leaving the
university was related immediately with this office, or did you get to
experience another record?
N: It’s true, the place for this conversation could not have been
better. I feel very well in this space, though it is psychologically
uncomfortable for me, because of its enourmous size. The
truth is that I did a great apprenticeship with architect João
Santa-Rita, shortly after completing the course in 1999, but my
career as an architect actually begins when I was admitted at
Promontorio. And looking back I realize that those ten years
were absolutely extraordinary. Between 2001 and early 2004
I was an external collaborator, responsible for preparing the
projects for the new stores VODAFONE in Portugal, which was
truly a complete experience, among other projects.
M: And in early 2004 is when your collaboration becomes effective,
working permanently with Promontorio?
N: It was indeed, and that moment was the beginning of my
true professional experience as an architect at Promontorio,
at first under the coordination of Paulo Perloiro, the CEO for
Promontório Retail, from whom I learned so much and with
whom I shared many of the challenges within the office, as the
Dolce Vita Tejo shopping center in Amadora. It was truly an
exciting project, the size and complexity, and the possibility of
plastic experimentation only possible at retail projects, due to
their specificity, and as the speed as it grows, when compared
with other projects.
M: And with the Dolce Vita Tejo project you were closely monitoring
all project phases, from concept design to the construction on site.
N: I always followed very closely all phases of the project since
2004, in the first moment in collaboration with RTKL Architects
from London, and from 2006 until the big opening as project
directo. And I always was really close to the decisions, public
or private. I remember very well all the time, especially the
last year, because I was literally living on site with the project
owner, Chamartin, and very close to the frighteningly rapid evo-
lution of this work, and all its stakeholders. It was an experience
that was both amazing and perhaps unrepeatable.
M: And this project made some irreversibly shapes in your personal-
ity and your record as an architect. And it was sometime during this
period that you end up doing other projects, these independently
and with another scale, such as the Elderly House in Serra do
Bouro that this catalog presents in more detail.
N: It’s true. But that project was not the first of this period when
I made several similar projects. The first was the Elderly House
in Santa Catarina, also in the municipality of Caldas da Rainha,
and that projects appears unexpectedly by the invitation of
the pastor of my home village and by the Chairman, under the
PARES Programme from the Portuguese Government . I could
not refuse such a privilege. I ended up doing it in co-authorship
with a longtime friend and former university classmate, Marco
Lourenço. Between 2006 and late 2010 we made a total of three
Elderly Houses, two of them built, among other projects, mostly
private houses to my friends. Some of them are built, others, if
banks get back to lending money, maybe they can be built as well.
M: These Elderly Houses projects, despite being relatively small,
proved to be considerably complex, or the daily experience at
Promontório gave you the resolution for some of the problems?
N: It was important, but not crucial. Doing this kind of projects, one
of them even included a kindergarten , resulting in a unique, mainly
because of its specificity. Making a home for the elderly, you may
create comfort conditions and medical care, but mainly you are
designing a building for them to call home, and it is an exercise as
difficult as challenging, and fortunately in my case was very reward-
ing. This period was the most difficult for me to reconcile, even if
always openly and clearly with Promontorio. Fortunately I managed
to do it without creating imbalances between them. I´m absolute
convicted on that.
M: After this period probably very stressful, and after the opening
of the Dolce Vita Tejo, you returned to the office. You felt that things
were different?
N: I felt, and very clearly. There was a reduction on new pro-
jects, and a certain fear in decisions, but I always thought that
would be passenger, with more or less difficulty. But unfortu-
nately it was not, and today we know this unequivocally. Despite
this reality, I ended up being involved in other interesting
projects until my last project in Promontório, the Kempinski Hotel.
M: The project in Damascus?
N: Yes, it was in late 2010 when we started this project for
a 5-star hotel in the Syrian capital, Damascus. I was part of
the team that traveled to Dubai to work closely with Majid Al
Futtaim Group, one of the largest property developers in the
Middle East, especially in the Retail and Hospitality areas.
M: But the expected period of 24 months turned out to be significantly
lower, terminating more or less unexpectedly.
N: It’s true. We knew we’d probably be in Dubai for a period with
more than 24 months, and we did not expect that the project
was ultimately canceled after just over 6 months. The political
and social instability in the the Middle East countries and also
in Syria would ultimately determine this outcome, and returned
to Lisbon.
M: The returns to Lisbon eventually close this route path with
Promontorio?
N: Yeah, I ended up leaving in June 2011.
M: And that was when you tried changing area?
N: I felt that need, after so many years working in a architectural
office studio. An interesting possibility arose for collaboration
with Aguirre Newman Portugal, a Real Estate consultant, and I
did not hesitate. Areas such as project coordination, manage-
ment and consultancy always attracted me, and the valences of
this type of company work very well with me, perhaps because
it encompasses areas that I want to intervene directly, as in the
case of investment, and where we can act upstream. It is a fact
that we have today fewer business opportunities and projects,
but the ones that exist are actually sustained and solid, and
that’s where I wanna be.
M: And lately you come back to another passion, drawing?
N: Yes, but this time as an uncompromising spontaneous
record. I joined recently in the Fine Arts University, for the
illustration training by João Catarino, and I´m enjoying it a lot.
I’m using very intensively this opportunity, as individual enrich-
ment, but also as a sharing and knowledge experience I get,
along with people from the design area and fine art, as painters,
sculptors, graphic designers, among others. I always loved to
draw, but now I do so even more excited, as an architect, as a
curious traveler or simply as an observer of everyday life.
Equipa Dolce Vita Tejo, Team-Promontório
Dolce Vita Tejo, in balcony
17
Dolce Vita tejoPromontório
..................................................................................................................................................................................................
Described by our clients, the join venture Chamartin and ING Real Estate, as “the largest retail development in the greater Lisbon Area”, Dolce Vita Tejo opened in May 2009, involving a total investment of € 300M. Located on the border between the districts of Amadora and Odivelas, and served by the Pontinha ring road, it is estimated to have a catchment area of some 2,5 million inhabitants. Dolce Vita Tejo is divided in two large parcels by a landscaped boulevard.In the latter, the covered plaza connected by retail bridges, includes an upper level subur-ban tram station. The East parcel comprises the hypermarket, fashion and home anchors and shops, while the West wing features the larges food-court in Portugal, multiplex cinemas in addition to an innovative entertainment centre, Kidzania. With an ETFE transparent roofing of more than 5 hectares, Dolce Vita tejo will be the third largest of its kind in the world, after those used in Munich´s Allianz Arena and Beijing´s Olympic pools complex.
Descrito pelos nossos clientes, a parceria entre Chamartin e
ING Real Estate, como “o maior complexo comercial na área
da Grande Lisboa”, o Dolce Vita Tejo abriu em Maio de 2009,
envolvendo um investimento total de € 300M. Localizado na
fronteira entre os distritos de Amadora e Odivelas, e servido
pelo anel viário da radial da Pontinha, estima-se que tenha
uma área de influência de cerca de 2,5 milhões de habitantes.
O Dolce Vita Tejo é dividido em dois grandes lotes, separa-
dos por uma avenida fortemente arborizada.
É nesta ligação que surge a praça coberta ligadas por
pontes comerciais, e que inclui uma estação de autocarros
eléctricos sub-urbanos. A parcela a Oriente compreende o
hipermercado, moda e lojas âncoras destinadas a produtos
para a casa, enquanto o lado Oeste apresenta a maior praça
de alimentação em Portugal, cinemas multiplex, além de um
centro de entretenimento inovador, a Kidzania. Com uma
cobertura de ETFE transparente de mais de 5 hectares, O
Dolce Vita Tejo será a terceira maior edifício no mundo com
este sistema, depois do estádio Allianz Arena de Munique e
o complexo das piscinas olímpicas de Pequim.
Dolce Vita Tejo
Promontório Arquitectos
....................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Dolce Vita Tejo
Função no Projecto/ Role in projectDirector de Projecto/ Project director Localização/ locationAmadora, PortugalClient/ developerChamartin Imobiliária + ING Real EstatePrograma/ programmeCentro Comercial/ Shopping CentreÁrea bruta de construção/ Gross floor area425.000 m2 (120.000m2 GLA)Investimento total/ total investmentEuro 300MProjecto/ project2004 – 2009 (Construído/built)
Prémios/ AWARDS
Most innovative Retail & Leisure Concept of the year, Global RLI
awards, 2010.
International Shopping of the year, finalist, Global RLI awards, 2010.
ICSC Solal marketing awards 2010, Grand opening category.
European Steel Design awards, 2011.
Melhor edifício Comercial, PRÉMIOS CONSTRUIR 2010/ Best com-
mercial building, PRÉMIOS CONSTRUIR 2010.
Edifício do ano, 2010, Óscares do Imobiliário/ Building of the year,
2010, ÓSCARES DO IMOBILIÁRIO.
Praça/ Plaza, FG+SG
Construção/ construction - Chamartin Equipa/ Team, Nelson Paciência Contrução/ Constrution, ChamartimNelson Paciência
Nelson Paciência
25
Sede da Polícia Judiciária ...................................................................................................................................................................................................
Promontório
The project results from a shortlist competition
organized by the Portuguese Ministry of Justice
for the Headquarters of the National Forensics
Police, in Lisbon. The project is divided in two
parts: a new building on the corner of José
Fontana square, fulfilling a vacant plot as an
extension of the current offices, and the renova-
tion of the existent building.
Conceptually, the new building evokes the image
of a stronghold where the façades act like an
aggregate of volumes of repetitive modules
sculptured in compliance with the complex matrix
of building restrains, both in terms of height,
depth and width. The internal organization is
based on a central court as a light provider and
ventilation well.
To reinforce the concept, the façade is devised
in a system of U-shaped GRC panels interrupted
by slim openings that provide daylight inside. The
overall presence of the building aims to convey
the unambiguous character of its programme:
quiet, simple, safe, restrained, robust and
longlasting.
O projecto resulta de um convite limitado para concurso,
organizado pelo Ministério Português da Justiça para a sede
da Polícia Judiciária, em Lisboa. O projecto está dividido em
duas partes: um novo edifício na esquina da Praça José
Fontana, cumprindo um lote vago como uma extensão dos
escritórios atuais, e a reforma do prédio existente.
Conceptualmente, o novo edifício evoca a imagem de uma
fortaleza onde as fachadas actuam como um agregado de
volumes, de módulos repetitivos, organizados de acordo
com as exigências pré-estabelecidas, tanto em termos de
altura, profundidade e largura. A organização interna
é baseada em um pátio central, como uma espécie de for-
necedor de luz e ventilação.
Para reforçar o conceito, a fachada é concebida num
sistema de painéis em forma de U de GRC interrompida por
aberturas finas que proporcionam a entrada de luz natural.
A imagem global que o edifício pretende transmitir é
caracterizada pelo seu programa: calmo, simples, seguro,
contido, robusto e duradouro.
Sede Nacional da Polícia Judiciária/ National Forensics Police HQ
Promontório Arquitectos
26
Kempinski Damascus ..................................................................................................................................................................................................
Promontório
Sede Nacional da Polícia JudiciáriaNational Forensics Police HQRua Gomes Freire (Lisbon), Portugal, 2010
Função no projecto/ role in projectDirector de projecto/ Project directorLocalização/ locationLisboa, portugalCliente/ developerMinistério da justiça/ Portuguese Ministry of JusticeParceiro/ PartnerConstrutora/ Contractor Somague Engenharia SAPrograma/ ProgrammeServiços administrativos, auditório, laboratórios, carreira de tiro, centro de detenção temporária, heliporto, etc/ Administrative ser-vices, auditorium, crime lab, firing range, temporary detention centre, heliport, etc Área bruta de construção/ gross floor area90.000 m2 do novo edifício e 15.000 m2 para a renovação do existente/ 90,000 sq.m of new space plus 15,000 sq.m of renovated areas Projecto/ project2009-2010 (Concurso limitado/limited competition)
Planta tipo/ Typical Plan , Promontório
Maqueta/ Model, Promontório
29
Alçado principal/ Main elevation - Promontório
Maqueta de estudo/ Study model, Promontório
Kempinski Damacus
Função no projecto/ role in project
Director de projecto Associado/ Associated Project director
Localização/ location
Damascus, Syria
Cliente/ developer
MAF Syria for Investment and Development (Majid Al Futtaim Group)
Operador/ Operator
Kempinski Hotels & Resorts
Programa/ Programme
250 quartos, centro de conferencias e apartamentos
5-star 250-bdr business hotel, function centre and serviced apartments
Área bruta de construção/ gross floor área
45.000m2
Projecto/ project
2010-2011 (master planning/ concept design)
..................................................................................................................................................................................................Projetos/ Projectsco-autoria com Marco Lourenço/ With Marco Lourenço
...................................................................................................................................................................................................Lar Serra do Bouro
32
Introdução
O Equipamento Social que a Fonte Santa – Instituição
Social da Serra do Bouro, pretende construir em terreno
de sua propriedade em Estrada do Arrife – Serra do Bouro,
concelho de Caldas da Rainha, compreenderá uma creche
com capacidade para 33 crianças, um lar de idosos para 30
utentes e um serviço de apoio domiciliário com capacidade
de apoio para 42 utentes.
Este projecto fez parte de uma candidatura ao Programa
PARES II da Segurança Social, tendo tido comparticipação
comunitária, da autarquia e de privados, onde se incluem
inúmeros donativos da população da Serra do Bouro,
residentes ou emigrantes nos Estados Unidos. Sublinha-se
o facto de este projecto ter sido construído num terreno to-
talmente doado à Instituição, reforçando a todos os níveis a
estrutura social e comunitária do projecto.
Condições de implantação
O edifício que se pretende construir está inserido num
terreno classificado como Agro-florestal, inserido em malha
urbana relativamente consolidada, possuindo infraestruturas
de saneamento básico, água, energia eléctrica e comunicações.
O terreno onde será implantado o edifício tem boa salubri-
dade, boa exposição solar, sendo elevado em relação aos
terrenos adjacentes, sendo o seu nível freático muito baixo.
Alçado Sul/ South Elevation
Os edifícios
Esta proposta contempla três programas distintos – lar de idosos, creche e serviço de apoio domiciliário – para outros tantos corpos de edifícios que são interligados pelos respectivos pisos inferiores, numa espécie de “plataforma comum” que constitui o polígono de implan-tação do edifício.A ideia foi a de criar um encadeamento de e difícios de 2 pisos que permitissem albergar os programas previamente estipulados, de maneira a proporcionar um fácil recon-hecimento de cada um deles a partir do exterior, mesmo desde distâncias que a estrada serpenteante de acesso ao local permite.
Aproveitando a pendente natural do terreno, com ligeira inclinação para sul, e que nos pareceu ser favorável à boa orientação das principais áreas que constituem este tipo de equipamento, propusemos realizar a entrada dos edifícios principais – creche e lar de idosos – a uma cota mais alta, onde se desenvolvem as áreas de cariz social e lúdico, como a creche, as salas de convívio, uma ala de quartos e a sala dedicada à exposição permanente de miniaturas de comboios, colecção bastante valiosa e de grande qualidade que foi em boa hora oferecida ao Cen-tro Social e que precisava de um espaço com estas características. A creche possui um pátio resultante desta divisão para recreio das crianças.
34 35
Acessos ao edifício
O projecto prevê a constituição de 16 lugares de estacionamento privativo, dois dos quais com as dimen-sões de 5,50mx3,30m e ainda um espaço dedicado á já referida operação de cargas e descargas na zona do SAD, que inclui 2 lugares privativos adicionais para os veículos de apoio ao equipamento. Os lugares de esta-cionamento estarão sobre grelhas de enrelvamento tipo SOPLACAS, permitindo a permeabilidade do terreno.O edifício possui uma entrada principal para os idosos, visitas, pessoal técnico e administrativo e ainda entradas secundárias dedicadas exclusivamente ao pessoal em serviço no lar, no SAD e na creche, este último total-mente independente.Estão previstas saídas de emergência em todas as extremidades do edifício, bem como em todos os pontos de acesso ao mesmo, por intermédio da colocação de portas de abertura com barra antipânico para o exterior, no sentido da evacuação. O percurso a efectuar entre qualquer compartimento principal e a respectiva saída de emergência não envolve necessariamente o atraves-samento do corredor de ligação entre a escada interior e os compartimentos desse piso. Todas as escadas, lanços e patamares que integram os caminhos de evacuação pos-suem uma largura igual ou superior a 1,20m.
O edifício possibilita desta forma usos diversificados em espaços que não colidem obrigatoriamente entre si; antes funcionam num regime de complementaridade que esta-mos em crer vai enriquecer todo o conjunto.No piso inferior, estão previstas todas as áreas de serviços do lar, apoio ao domicílio, sala de refeições, uma ala de quartos e ainda a lavandaria, cozinha e sala do pessoal, estes partilhados pelo lar e serviço de apoio ao domicílio, por uma questão de racionalização de mei-os e funções. Este piso beneficia de um segundo pátio que serve todo o lar e que privilegia a vista para a cidade das Caldas da Rainha ao fundo do vale. É também um espaço de protecção e que pode oferecer momentos de tranquilidade ou animação. Por baixo da creche desenvolve-se o serviço de apoio domiciliário, ligado ao corpo do lar através de uma galeria interior e de um alpendre que faz a ligação com a cozinha e onde se pode estacio-nar uma carrinha, constituindo-se como zona preferen-cial de cargas e descargas; aqui se encontra também a casa do lixo, devidamente compartimentada com portas grelhadas.Para a implantação do edifício tivemos em linha de conta o perfil natural do terreno, tentando na medida do possível “recuperar” a sua morfologia original. Acompanhando essa mesma inclinação desenvolve-se a rampa de entrada de acesso viário e pedonal ao edifício, onde se encontra a entrada principal. O acesso viário é de dois sentidos, estando garantido raio de viragem confortável no tardoz, na zona dos acessos aos edifícios Piso 1.
A creche
O edifício da creche funciona de uma forma completa-mente autónoma, mas o objectivo principal de agruparmos estas valências sociais é a de proporcionar um convívio saudável e enriquecedor entre gerações de avós e netos. O edifício da creche não se encerra em si mesmo, pre-tende-se que o recreio das crianças vá até aos lugares de convívio dos idosos, nomeadamente o pátio ao nível do piso 0.A entrada faz-se a norte, no enfiamento da zona de recreio exterior mais a sul, separada da entrada por uma barreira física em ripas de madeira, isolando o recreio de pessoas estranhas ao serviço. Todo o espaço interior da creche funciona como uma grande zona de recreio das crianças; a zona de pessoal à direita, o gabinete da directora, depois a copa e a sala de refeições. Ao fundo, e numa zona mais recatada, o berçário e a sala parque, mais próxima da sala de pessoal. Na outra extremidade a sala das crianças mais crescidas, desde os 12 meses até aos 36, mais próxima do acesso ao recreio exteri-or, onde será considerado um pequeno parque infantil. Ao centro deste espaço, um lanternim que transmite a sensação da luz do dia mesmo quando devido a más condições climatéricas não seja possível a utilização do recreio. Os espaços de refeição e IS das crianças terão iluminação e ventilação naturais, através de umas janelas altas que dobram e se transformam em clarabóias na cobertura.
Especial atenção para o facto de não serem confeccio-nadas refeições na creche, com excepção de leites, papas e lanches ligeiros, e de existir apenas uma copa para empratamento da comida que é preparada na generosa e bem equipada cozinha da SAD e do lar de idosos. O percurso das refeições será assegurado através de uma carrinha que a transportará em recipientes herméticos e bem acomodada, desde o piso 0 até à entrada de serviço da creche. Esse percurso está devidamente identificado nas peças desenhadas.
Lar de idosos e SAD – Estrutura orgânica
O organigrama funcional deste edifício pretende ser o mais claro possível, diferenciando objectivamente as áreas privadas das áreas sociais, e tornando perfeita-mente independente o espaço da creche das restantes. As áreas administrativas e de serviços também estão estruturadas de forma a gozarem de uma autonomia funcional relativamente aos outros espaços.
36 37
Convívio e Actividades
Esta área está localizada no topo sul do piso 1, e divide-se em duas zonas distintas: uma delas dedicadas às zonas de estar, e uma outra propícia ao convívio entre utentes, visitantes e funcionários. No entanto é possível juntar ambas as salas para que possam ocorrer qualquer tipo de eventos e actividades que a isso obriguem. O projecto prevê ainda a pré-instalação de uma chaminé para eventual colocação de uma salamandra na área de convívio.Próximo desta área está localizada uma instalação sani-tária para cada sexo e que integra duas cabinas com sanita e ainda uma instalação sanitária com a área de 4,84m² (2,20m x 2,20m) equipada com lavatório apoiado sobre poleias e sanita com barras de apoio bilaterais e rebatíveis na vertical. Esta IS é específica para pessoas com deficiência ou menos válidas e será acedida através de uma porta de correr de 90 cm.
Refeições
A área de refeições situa-se no piso 0, no mesmo alin-hamento da sala de convívio e actividades; está também subdividida em dois espaços, e que também podem tor-nar-se num só espaço caso se justifique. É desde a sala de refeições que se pode aceder de uma forma directa ao pátio exterior. A intenção primeira é que os espaços de refeição sejam contidos, e transmitam uma sensação acolhedora aos utentes. Existe também um núcleo de Instalações sanitárias próx-ima da zona de refeições, incluindo IS para deficientes. Na área destinada às refeições, e logo na entrada, ex-iste uma bancada com um lavatório, munido de torneira automática com água quente e fria, e secador de mãos automático e toalheiro.
Átrio
A área do átrio de entrada no tardoz do edifício é bastante ampla, integrando recepção e zonas de espera e estar na lateral. É a partir deste átrio que se faz toda a distribuição para o edifício do lar na zona dos quartos e para a zona social e de convívio entre utentes. O acesso á sala museu pode ser feito através desta zona, podendo também ser feito através do acesso do lado da creche, e por quem chega a pé ou de automóvel.
Direcção e Serviços Administrativos
É constituída por Gabinete para o director técnico, sala de reuniões, um gabinete administrativo e uma insta-lação sanitária. Situa-se no piso 1, no final do corredor de acesso à sala de estar. Esta zona torna-se facilmente independente das zonas sociais do lar.
Instalações para o Pessoal
Esta área está situada no piso 0, próxima da entrada de serviço e também do núcleo de acessos verticais que contempla um elevador, não implicando o atravessa-mento de circulações com outras áreas funcionais distin-tas. Contempla uma instalação sanitária para ambos os sexos, e duas zonas de balneários, uma para o pessoal de serviço e outra para o pessoal da cozinha, também separadas por sexos, contemplando cada uma delas um vestiário com zona de cacifos individuais, lavatório e cabine de duche. A sala destinada ao pessoal tem entrada junto à zona de balneários, e desenvolve-se como um espaço comple-tamente autónomo dos demais, com iluminação natural franqueada por um enorme vão aberto a nascente. É nesta sala de pessoal que existe a zona destinada ao descanso dos funcionários. De salientar que serão pre-vistos 22 funcionários, masculinos e femininos, para o edifício do Lar e do SAD.
Serviços
A cozinha, que reúne condições para confeccionar re-feições para os utentes do lar, do SAD e também da creche, liga-se directamente com a sala de refeições, prevendo-se que a confecção de todas as refeições seja aqui efectuada. A configuração deste espaço e daqueles que lhe são contíguos são os normais neste tipo de uti-lização, sendo importante sublinhar a existência do es-paço de lavandaria, que acaba por servir também todos os utentes do Apoio Domiciliário.
Quartos
Os quartos encontram-se agrupados por núcleos de 9 unidades por cada piso, perfazendo um total de 18 quar-tos. Estão previstos 8 quartos duplos, 6 individuais e 4 de casal. Cada piso possui uma sala de estar de apoio com copa, uma rouparia e uma zona de sujos.Relativamente à disposição interior dos quartos foram observadas todas as normas aplicáveis, a partir de um módulo simétrico que se repete continuamente. Todos os quartos possuem instalação sanitária própria, com acesso privado, zona de roupeiro embutido e espaço de secretária e leitura. A área de cada uma das instalações sanitárias privativas é de 7,00m² e contemplam sanita, bidé, lavatório e duche com 1,50 x 1,10, e incluem todos os acessórios para dar cumprimento aos regulamentos aplicáveis. A área de duche está embutida no próprio pavimento, dando con-tinuidade ao revestimento previsto nestes compartimen-tos, em vinílico pitonado anti-derrapante.A ala dos quartos possui ainda em cada piso uma insta-lação sanitária completa, com banho de ajuda, com a área de 12 m², e que prevê a instalação de uma banheira com as dimensões de 1,80mx0,80m.
Saúde
A área destinada ao serviço de saúde encontra-se no piso 0, próxima do acesso à ala de quartos do mesmo piso. Possui um gabinete de saúde que dispõe de um lavatório fixo, e ainda uma instalação sanitária anexa eq-uipada com lavatório, sanita e base de duche em cabines próprias. Este espaço permite a colocação de uma cama articulada, e está dimensionada para o atendimento de pessoas, com a presença de um médico e enfermeiro.
(Excerto da Memória Descritiva do projecto de execução)
NPML Arquitectos
Lisboa, Dezembro 2008
38 39
Nursing home and support - structure
The functional organization of the building is intended to be as
clear as possible, distinguishing objectively the private areas
of social areas, and making the space perfectly independent of
the other daycare. The areas and administrative services are
also structured to enjoy a functional autonomy relative to other
spaces.
Atrium
The lobby area of the entrance of the building is quite broad,
incorporating reception and waiting areas on the side. It is from
this court that all the entire distribution to the building of the
house tok place and the area of social interaction between users.
The access to the museum room can be done through this
area, and can also be done through access from the side of the
elderly house, and for those arriving on foot or by car.
Management and Administrative Services
It consists of a technical director Office, meeting room, an
administrative office and a toilet. It is located on the 1st floor at
the end of the corridor leading to the living room. This zone easily
becomes independent of social areas of the house.
Staff facilities
This area is located on level 0, close to the service entrance
and also the the vertical core access that includes an elevator,
not involving the crossing of circulations with other distinct
functional areas. Facilities include a toilet for both sexes, and
two areas of lockers rooms one for personal service and one for
the kitchen staff, also separated by sex, contemplating each of
them a dressing area with individual lockers, sink and cabinet shower.
The room for staff starts in the toilets facilities, and develops as
a space completely independent of the others, naturally lit by a
huge window opened to the spring. It is in this room that there
is a personal area for the rest of the staff. Total expected staff
equal to 22..
Emergency exits are provided on all sides of the building as
well as at all points of access thereto, through the placement
of doors opening with ant panic bar outwards in the direction of
evacuation. The route to be made between any main compartment
and its emergency exit does not necessarily involve the crossing
of the corridor connecting the stairs and inside compartments
that floor. All stairways, landings and hauls that integrate the
escape routes have a width equal to or greater than 1.20 m.
The elderly house
The building of a Alderly House operates completely autonomously,
but the main objective of these regroup social valences is to
provide a healthy and enriching interaction between generations
of grandparents and grandchildren. The building’s daycare does
not end in itself, it is intended that the children go to recreation-
al places of living of the elderly, including the garden at floor 0.
The entrance is on the north side, on the alignment of the
outdoor play area further south, separated from the entrance
by a physical barrier on wooden slats, isolating the access of
strangers to service. All the space inside the daycare serves as
a large children’s play area, the area of personal on the right,
the office of the director, then the dining room and pantry. In the
background, and in a more demure, the nursery room and park
closer to the staff room. At the other end of the room older chil-
dren, from 12 months to 36, closer access to outdoor play-
ground, which is considered a small playground. At the center
of this space, a lantern that gives the impression of daylight
even when due to bad weather conditions is not possible to use
the playground. Spaces for meals and children toilets facilities
have natural lighting and ventilation through high windows that
bend and become skylights.
Special attention to the fact that meals will not be prepared the
baby´s nursery, with the exception of milk, porridge and snacks,
and there is only one cup to plating the food that is prepared in
a generous and well equipped kitchen on the main building. The
route meals will be provided through a van that will transport in
airtight containers and well accommodated, from level 0 to the
service entrance of the nursery. This route is properly identified
on the drawings.
of miniature trains, a very valuable collection of great quality that
was offered at a good time to the Center. The Elderly House
has a patio resulting from this division, for recreation of children.
The building thus enables diverse uses in spaces that do not
necessarily collide with each other, but rather work in comple-
mentarity that we believe will enrich the whole.
Downstairs are provided all the areas for household services,
home support, a dining room, a wing of bedrooms and even the
laundry room and kitchen staff, shared and support services
to households by a question of rationalization of resources
and functions. The benefits of a second floor patio that serves
the entire home looking to the view of the city of Caldas da
Rainha to the valley. It is also an area of protection and can
offer moments of tranquility or animation. Beneath the nursery
develops the home help service, attached to the body of the
home through a gallery inside and a porch that connects to the
kitchen and where you can park a van, constituting as preferred
cargo area and discharges; here is also place to the garbage
properly compartmentalized with doors.
The implementation of the building had into account the profile
of the natural parcel, trying as far as possible “recover” their
original morphology. Following this same inclination developing
the entrance ramp road and pedestrian access to the building,
where the main entrance is. The access road is two-way and
are guaranteed comfortable turning radius in concrete blocks, in
the area accessing to buildings on Floor 1.
Access to the building
The project envisages the establishment of 16 private parking
spaces, two of which with dimensions of 5.50 mx3, 30m and
even a space dedicated to the aforementioned operation of
loading and unloading zone of SAD, which includes 2 seats for
additional private vehicle support equipment. Parking spaces
will be on green cover type Soplacas grids, allowing the permeability
of the ground.
The building has a main entrance to the elderly, visits, technical
and administrative staff and also added entries dedicated
exclusively to staff in the building, SAD and in the Elderly
House, the latter completely independent.
Introduction
The Social Infrastructure that Fonte Santa - Serra do Bouro
Social Institution intends to build on their own property on
Estrada do Arrife - Serra do Bouro, municipality of Caldas da
Rainha, comprise a kindergarten with a capacity for 33 children,
a ealdery house to 30 users and a home help service support
for 42 users.
This project was part of the Programme called PARES II, with
founds from the Government, the municipality and the private,
which include numerous donations from the people of Serra do
Bouro, residents or immigrants in the United States. We should
underline the fact that this project has been fully constructed on
a land donated to the institution by locals.
Site location
The building that is being built is located on land classified as
agro-forestry, urban mesh relatively consolidated, having sani-
tation infrastructure, water, electricity and communications. The
land where the building will be deployed have good conditions,
good sun exposure, being high relative to adjoining land, and
with a very low phreatic water level.
Buildings
The proposal includes three distinct programs - ealdery, day
care and home help service - for as many bodies of buildings
that are interconnected by their lower floors, a sort of “common
platform” which is the building polygon location.
The idea was to create a chain of 2-storey buildings that ac-
commodate the programs previously fixed, so as to provide
easy recognition of each of them from abroad, even from dis-
tances that the winding road from access to the site allows.
Taking advantage of the natural slope of the parcel, with a
slight slope to the south, and that seemed to be conducive to
the good orientation of the main areas, adjusted to this kind
of equipment - daycare and elderly house – at a higher level,
where they develop social areas, like nursery, the living rooms,
a wing of rooms and room dedicated to the permanent exhibition
40
Rooms
The rooms are grouped by cores of 9 units per floor for a
total of 18 rooms. 8 double rooms are planned, 6 single and
4 double. Each floor has a living room with pantry support, a
wardrobe and a dirty laundry area.
The interior layout of the rooms observes all the rules, from a
symmetrical module that repeats continuously. All rooms have
their own toilet, with private access, a built-in wardrobe area
and a desk space for reading.
The area of each of the private sanitary facilities is 7.00 sqm
and includes a toilet, bidet, washbasin and shower with 1.50
x 1.10, and include all accessories to comply with regulations.
The shower area is embedded in the pavement itself, continuing
the coating provided in these spaces, with non-slip vinyl.
The wing of rooms on each floor also has a complete toilet, with
helping bath with the area of 12 sqm, which includes a tub with
dimensions of 1.80 m x 0, 80m.
Health
The dedicated area to the health service is at level 0, the next
access wing of rooms on the same floor. It has a health office
that has a fixed sink, and a toilet still attached, equipped with
sink, toilet and shower base themselves in cabins. This space
allows the placement of an articulated bed, and is sized to the
care of people with the presence of a doctor and nurse.
(Extracts from the Licensing Descriptive memory)
NPML Architects
Lisbon, December 2008
Social Activities
This area is located on the top floor of the level1, and is divided
into two distinct areas: one dedicated to the living areas, and
another conducive to interaction between users, visitors and
staff. However it is possible to join both rooms so that it can
occur some kind of events and activities to be requested. The
project also includes pre-installation of a chimney for possible
location of a fire place in the living area.
This area is located near a toilet for each sex, which includes
two cabins with toilet and even a toilet with area of 4.84 m²
(2,20 m x 2,20 m) equipped with a sink and toilet supported on
pulleys with bars support bilateral and folding vertically. This
toilet is specific to people with disabilities or less valid and will
be accessed through a sliding door 90 cm.
Meals
The dining area is located on level 0, aligned with the lounge
and activities area, is also subdivided into two spaces, and can
also become a space only if justified. It is possible from the din-
ing room to access directly to the outside patio. The intention
is that the environment is quietand contained, giving a warm
feeling to the users.
There is also a core of toilet facilities near the dining area,
including toilets for disabled. In the meals area, and at the en-
trance, there is a counter with a sink, equipped with automatic
faucet with hot and cold water, and an automatic hand dryer
and towel.
Services
The kitchen, which meet the conditions to prepare meals for the
home users, the support and also the nursery, binds directly to
the dining room, it is expected that the preparation of all meals
are made here. The configuration of this space and those that
are contiguous are normal in this type of use, it is important to
underline the existence of a laundry space, which ultimately
also serve all users of the Home Support.
Nelson Paciência
43
Ficha Técnica/ Technical details
Arquitectura/ Architecture
Nelson Paciência e Marco Lourenço
Programa/ Programme
Lar de idosos + SAD + Creche/ Eldery
House + Support + kindergarten
Dono de Obra/ Developer
Fonte Santa - Centro Social da Serra do Bouro
Área bruta de Construção/ Gross Floor Area
2,140m2
Investimento Total/ Total Investment
1,219,561 Euros
Projecto/ Project
2007/ 2009
Obra/ Construction
2010/2011
Construtora/ Contractor
Henrique Querido, Lda
Piso 0/ Level 0
Piso 1/ Level 1
Ala dos quartos/ rooms building - Nelson Paciência
Vista geral/ general view, Nelson Paciência
Ala dos quartos/ rooms building, Nelson PaciênciaAcesso ao jardim/ garden acess, Nelson Paciência
...................................................................................................................................................................................................Lar de Santa Catarinaco-autoria com Marco Lourenço
Ficha Técnica/ Technical details
Arquitectura/ Architecture
Nelson Paciência e Marco Lourenço
Programa/ Programme
Lar de idosos/ Eldery House
Dono de Obra/ Developer
Centro Social e Paroquial de Santa Catarina
Área bruta de Construção/ Gross Floor Area
1,621m2
Investimento Total/ Total Investment
1,200.000 Euros
Projecto/ Project
2006/ 2008
Obra/ Construction
2009/2010
Construtora/ Contractor
Severo e FialhoPlanta de implantação/ site plan
Co-autoria com Marco Lourenço
Casas/ Houses..................................................................................................................................................................................................
“Uma casa é muito mais que quatro paredes. É aquilo que nos aconchega a vida”
“A house is much more than four walls. It´s something that snuggles our life”
(Raul Lino)
53
Casa da Benedita/ House in Benedita
Função no projecto/ Role in project
Arquitecto autor do projecto/ Project author
Localização/ Location
Benedita – Alcobaça, Portugal
Cliente/ Client
António Ivo + Clara Ferreira
Programa/ Programme
Moradia Unifamiliar/ House
Área bruta de construção/ Gross floor area
500 m2
Projecto/ Project
2010-2011
Casa do Sobreiro/ Sobreiro House
Função no projecto/ Role in project
Arquitecto autor do projecto
Localização/ Location
Casal Leirião – Alcobaça, Portugal
Cliente/ Client
José Paulo + Eugénia Ribeiro
Programa/ Programme
Moradia Unifamiliar
Área bruta de construção/ Gross floor area
224 m2
Projecto/ Project
008-2010 (em obra, conclusão prevista para Abril 2011)
DGP+DMA
DGP+DMA
Casa do Sobreiro/Sobreiro House, Nelson Paciência
56
Casa da Várzea/ Várzea House
Função no projecto/ Role in project
Arquitecto autor do projecto - co-autoria com Marco Lourenço
Localização/ Location
Benedita – Alcobaça, Portugal
Cliente/ Client
Sérgio Dinis + Marta Valentim
Programa/ Programme
Moradia Unifamiliar/ House
Área bruta de construção/ Gross floor area
279 m2
Projecto/ Project
2008-2010
Vista Nascente/ East view, DGP+DMA
Vista Sul/ South view, DGP+DMA
Casa das Casdas da Rainha/ House in Caldas da Rainha
Função no projecto/ Role in project
Arquitecto autor do projecto
Localização/ Location
Caldas da Rainha, Portugal
Cliente/ Client
Nelson sousa Carpinteiro
Programa/ Programme
Moradia Unifamiliar
Área bruta de construção/ Gross floor area
310 m2
Projecto/ Project
2010/2012
58
Casa Miguel e Inês/ Miguel e Inês House
Função no projecto/ Role in project
Arquitecto autor do projecto
Localização/ Location
Ribafria – Alcobaça, Portugal
Cliente/ Client
Miguel Fonseca + Inês Mateus
Programa/ Programme
Moradia Unifamiliar
Área bruta de construção/ Gross floor area
364 m2
Projecto/ Project
2007-2010
“Elegância é liberdade de escolha.”“Elegance is freedom of choice.”
(Philippe Starck)
DGP+DMA
Vista Sul/ South view, DGP+DMA
61
Thanks to my children for their patience in the evenings and
weekends, when I was not with them.
To Susana, who never stopped believing that the effort
would be worth it.
To Promontorio, for 10 years absolutely amazing.
Miriam, thanks for everything! For the contagious enthusiasm
and for your dedication to this fantastic catalog.
Agradeço aos meus filhos, pela paciência que tiveram nos serões e fins-de-semana em que não estive com eles.À Susana, que nunca deixou de acreditar que o esforço valeria mesmo a pena.Ao Promontório, por 10 anos absolutamente incríveis.Miriam, obrigado por tudo! Pelo entusiasmo contagiante e pela tua fantástica dedicação a este catálogo.
Agradecimentos/ Acknowledgements
63
............................................................Índice Remissivo
9.............................B Biografia/ Biography
48.............................C Casas/ Houses
15.............................D Dolce Vita Tejo
10.............................E Entrevista/ Interview
25.............................K Kempinski Damascus
29.............................L Lar Serra do Bouro/ Ealdery House in Serra do Bouro
22.............................S Sede da Polícia Judiciária/ Polícia National Forensics Police HQ
64 65
.........................................Images/ Imagens
Pág. 5
Pág. 19
Pág. 27
Pág. 43
Pág. 51
Pág. 13
Pág. 20/21
Pág. 29
Pág. 43
Pág. 51
Pág. 43
Pág. 52
Pág. 14
Pág. 22
Pág. 30/31
Pág. 16/17
Pág. 24
Pág. 39
Pág. 44
Pág. 52
Pág. 18
Pág. 24
Pág. 40
Pág. 45
Pág. 53
Pág. 19
Pág. 25
Pág. 41
Pág. 46/47
Pág. 54/55
Pág. 19
Pág. 19
Pág. 41
Pág. 48
Pág. 56
Pág. 19
Pág. 19
Pág. 42
Pág. 50
Pág. 56
Bibliografia/ BibliographyPromontório Architects - Retail by the design specialistsIssue 3/ Retail - 2010 Promontório Architects - Architecture for TourismIssue 2/ Volume I - Summer 2009
Contactos:
[email protected]+351 91 763 97 42