nelson horostecki - a escola em revista #1

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2013- Ano I

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  • 2013- Ano I

  • 2Escola de Educao Bsica Professor Nelson Horostecki 2013.

    Memrias do futuro: estudantes da 1. srie com a professora Cristiane Maria Cella, a professora de educao fsica: Elisandra Rossetto Galli e a professora de artes: Aliane Fatima Neuls Greseli.

  • 3EditorialNesta primeira edio apresentamos, com nfa-

    se, nosso tema da capa a respeito do aniversrio de 50 anos de nossa Escola: EEB Prof. Nelson Horostecki vinculada Gerncia Regional de Educao de Cha-pec-SC, pertencente Secretaria Estadual da Educa-o do Estado de Santa Catarina. Esta primeira revista foi construda a parti r da multi plicidade e diversidade de documentos o ciais, Decreto de criao e outros Decretos e Portarias com as demais alteraes, atas, depoimentos, fotogra as e fatos do coti diano escolar. Com ela objeti vamos resgatar a histria de formao de nossa Unidade Escolar - passado, presente e vis-lumbrar o futuro -, bem como, presentear a nossa co-munidade escolar no ano em que a Escola comemora os seus 50 anos ela compe, no conjunto com ou-tras Escolas, a Histria da educao de Santa Catarina e do Brasil. Na conti nuidade, os quadros da cultura escolar so contados pelas pessoas que protagoniza-ram e protagonizam a histria desse ente, ser, que a Escola: Se bem me lembro, Quem esteve aqui, Vi-sitas e viagens de estudos, Projetos, Arti gos, Poesias e Crnicas. Vale lembrar que as sugestes de t tulos para esta revista foram levantadas pelo grupo docen-te, apenas uma sugesto foi indicada por um dos alu-nos que esteve aqui, no caso Juliano Zanotelli. Aps a votao pelos docentes e discentes professores e alunos, o nome escolhido foi o sugerido pelo Juliano, este que o leitor contempla agora na revista.

    Marcia BianchiProfessora de Literatura e

    Lngua PortuguesaDoutora em Literatura

    ExpedienteOrganizao

    Marcia Bianchi e Juliano Zanotelli

    Diagramao

    William Xavier de Almeida

    Colaboradores

    Leoni Ins Balzan Schneider, Dilva Ana Sonaglio

    Agnolin, Veridiane Pacheco, William Xavier de

    Almeida

    Reviso de textos

    Josete Soboleski, Juliano Zanotelli, Marcia Bianchi,

    Leoni Ins Balzan Schneider.

    As fotogra as apresentadas na publicao so do

    acervo da escola, de divulgao e de arquivo pes-

    soal cedidas pelos entrevistados.

    Esta primeira edio em homenagem a todos

    que passaram pela Escola, em especial a Alpio

    Montagna (em memria).

    Agradecimento:

    FNDE Fundo Nacional de Desenvolvimento

    de Educao

    PDDE Programa Dinheiro Direto na Escola

    Qualidade/PR EMI

    Nelson Horostecki: A Escola em Revista

    Rua Porto Alegre , 819 D Centro Chapec/SC

    Fone: (49) 3322 3071

    E-mail: [email protected]

    Impresso: 2000 exemplares

    Arcus Indstria Gr ca Chapec/SCMemrias do futuro: estudantes da 1. srie com a professora Cristiane Maria Cella, a professora de educao fsica: Elisandra Rossetto Galli e a professora de artes: Aliane Fatima Neuls Greseli.

  • 4Uma jovem senhora de 50 anos. Essa de nio ca-rinhosa representa o senti mento das pessoas que um dia estudaram, lecionaram ou trabalharam na Escola. Em meio a tantas mudanas, no apenas de nome, mas tambm estruturais, a Unidade Escolar tem na sua linha do tempo belos e eternos momentos.

    Fundada em Chapec, Oeste de Santa Catarina, no dia 24 de setembro de 1963, pelo decreto de Lei n. 708, com a denominao de Grupo Escolar Professor Eurico da Costa Carvalho, a Escola contava com quatro salas de aula, um gabinete de Direo, uma portaria, um ar-quivo, uma sala de espera, uma cozinha provisria, oito banheiros para os estudantes, dois banheiros para os professores.

    Curiosa a descrio do pavilho: um pavilho para distribuio de leite e canjica e para abrigar os alunos do sol e da chuva. A professora Marina Tortatt o, primeira diretora da Escola, era responsvel pela gesto de nove professores e 133 alunos de 1 a 5 srie.

    Neste perodo os alunos cursavam as disciplinas de Lngua Nacional, que compreendia redao e gramti -ca, leitura e interpretao oral, Iniciao a Matemti ca, Cultura Geral, Ati tudes, Hbitos e Prti cas Educacionais.

    Quatorze anos depois acontece a primeira alterao de nome. De acordo com o decreto de Lei n. 440, de 7 de

    maio de 1977, a unidade escolar passa a se chamar Escola Bsica Eurico da Costa Carvalho. Com a nova nomenclatu-ra trs novas sries comearam a ser oferecidas.

    Neste ano estudavam na Escola 594 alunos entre a 1 e 8 srie. Vinte e sete professores eram responsveis por ministrar as disciplinas. O corpo escolar ti nha como diretoria a professora Ione Kist, Noives Maria Baldisse-ra como secretria, alm de quatro pessoas atuando no administrati vo e trs serventes.

    Com a chegada dos anos 90 a Escola teve mais uma modi cao no nome. Desta vez, em decorrncia do de-

    Cinco dcadas de histria

  • 5creto de Lei n. 756, de 27 de setembro de 1991, e em homenagem a um grande educador da cidade a unidade ganha a denominao de Escola Bsica Professor Nelson Horostecki.Nesta poca a diretora era a professora Dol-cdia Maria Zanin Bresolin, a secretria era Sueli Alves da Rosa. Eram 611 alunos que estudavam em turmas entre a 1 e a 8 srie.

    Passados trs anos e devido a entrada do 2 Grau, agora chamado de Ensino Mdio, o nome da escola tem mais uma mudana. Segundo a Portaria n. 041/94, de 7 de janeiro de 1994, a unidade passa a se denominar Colgio Estadual Professor Nelson Horostecki.

    Neste ano estavam matriculados 684 alunos. A di-retora era ainda a professora Dolcdia Bresolin e conta-va com o auxlio da secretria Marlene Gilioli. Em 02 de setembro de 1997 a Resoluo no. 28/97 reconhece a curso de Ensino Mdio.

    Juliano Zanotelli

    Jornalista

    Cinco nomes, a mesma escola

    Em 2000 a nomenclatura da escola muda mais uma vez. Esse foi a quinta alterao no nome em quase 50 anos. Pela Portaria n. 0017 publicada no dia 28 de mar-o de 2000, todas as Escolas que oferecem ensino pr-escolar, fundamental e mdio, deixam de ser Colgios Estaduais e passam a se chamar Escola de Educao B-sica, as conhecidas EEB.

    Neste perodo estudavam na EEB Professor Nelson Horostecki 1,1 mil alunos, distribudos em 23 turmas. A diretora era Salete Tomazelli e como vice-diretora Anto-ninha Bender. As duas contavam com a ajuda da secret-ria Marlene Gilioli, de 45 professores, dois especialistas, oito estagirios, sete serventes e dois vigias.

    O patrono da EEB, lho dos catarinenses Nicolau Horostecki e Alice Grunner Horostecki, nasceu em Join-ville, Norte de Santa Catarina, no dia 27 de setembro de 1942. Casou-se com Diamanti na Nunes e teve trs lhos: Emerson, Lizandra e Alecsandro. O professor morreu no dia 24 de dezembro de 1987, vti ma de afogamento.

    Aps morar por um tempo em Matos Costa e Con-crdia, Nelson chegou com a famlia em Chapec por volta de 1952. Como seu pai Inspetor Nacional do Pinho essas mudanas eram constantes.

    Ao chegar na cidade a famlia xou residncia pri-meiramente no Distrito de Goio-n e anos depois muda-ram para o Centro de Chapec. Neste perodo, em 1954, Nelson concluiu o 1. Grau no Colgio Bom Pastor.

    Nascido numa famlia muito religiosa, Nelson foi co-roinha e chegou a frequentar o Seminrio no municpio de Agudos, em So Paulo. O sonho de sua me, que era ter um lho padre no se concreti zou, pois Nelson, com problemas de sade, teve que abandonar o Seminrio.

    Ao voltar para a regio Oeste de SC, Nelson cursou e concluiu em 1962 o colegial no Colgio Estadual Professor Mantovani, na cidade gacha de Erechim. Quatro anos mais tar-de se tornou tcnico em Contabilidade pela Escola Tcnica de Comrcio em Cha-pec, e formou-se em Pedagogia na Fundes-te no ano de 1974.

    Passados oito anos, Nelson se casou no dia 26 de julho de 1982 com Diamanti na Nunes com quem teve trs lhos: Emerson, Lizandra e Alecsandro. Quatro anos mais tarde concluiu a segunda graduao. Formou em 1986 no curso de Cincias Contbeis pela Fundeste.

    Ao longo de sua vida Nelson desempenhou traba-lhos na Justi a do trabalho como Assistente de Audin-cias, Assistente de Diretor de Secretaria, Auxiliar Judici-rio, O cial de Justi a Avaliador e Tcnico Judicirio.

    Nelson lecionou matemti ca, biologia, tcnicas in-dustriais, educao f sica e clculo em diversas escolas de Chapec. Atuou como professor no Colgio So Fran-cisco, EEB Bom Pastor, EEB Profa. Zlia Scharf, EEB Dru-ziana Sartori, EEB Pedro Maciel e tambm na EEB que leva o seu nome.

    Em dezembro de 1987, aos 45 anos Nelson morreu vti ma de afogamento. Ele havia viajado com a famlia para a cidade de Governador Celso Ramos, Litoral de Santa Catarina.

    Segundo relatos de pes-soas que conheceram Nelson, ele era uma pessoa amiga, cor-dial e que transmiti a oti mismo para os outros.

    Alecsandro Rodrigo Nunes Horostecki, lho de Nelson, fez uma visita Escola e contou um pouco de como era o pai Nel-son.

    Meu pai sempre foi uma pessoa ntegra, amoroso e mui-to dedicado aos lhos. Seu ca-rter forte e expressivo serviu de exemplo para ns, lembra Alecsandro que atualmente mora com a esposa e o -lho de quatro anos em Florianpolis, Capital de Santa Catarina.

    Durante a visita, em uma tarde ensolarada de inver-no, Alecsandro contou ainda que seu pai era muito brin-calho. Ele sempre fazia brincadeiras, inclusive com o sobrenome, j que geralmente ti nha que ser soletrada

  • 6a escrita e ele dizia cki,se ca ajunta, lembra o lho do patrono da EEB.

    Diretores e Secretrias que por aqui passaram e os que por aqui estoDiretores(as)1963 a 1970 Marina Tortato1971 a 1979 Ione Salete Kirst 1980 Inebre Luiza Doening1981 a 1985 Doralice Terezinha Bott on1986 a 1987 Evani Maria Pavan 1988 a 1990 Lurdes Dezan1991 a 1996 Dolcdia Maria Zanin Bresolin1997 Astrit Maria Savaris Tozzo1998 Cludia Renate Ferreira1999 a 2002 Salete Terezinha Tomazelli2003 Agnes Rosa Wolbrich2004 Tarcsio Rafael Horostecki2005 Kti a Moura Winckler2006 Tarcisio Rafael Horostecki2007 a 2010 Giovani Gheller2011 Jaciane de Souza2012 a Veridiane Pacheco

    Secretrias1970 Luci Horostecki Santi n1974 a 1977 Nouvies Peroso1978 a 1986 Luci Horostecki Santi n1987 Carmem Novello1988 a 1990 Ema Severina DAgosti ni1991 a 1992 Sueli Alves da Rosa1993 a 2003 Marlene Gilioli2004 a 2005 Veridiane Pacheco2006 a Tati ana Gasparin Matt es

    A alegria de formao da primeira Associao de Pais e Professores

    O processo de registro da primeira Associao de Pais e Professores (APP) fundada em 06 de agosto de 1977, na Escola Bsica Professor Eurico da Costa Carva-lho. Naquele momento as chapas foram apresentadas:Chapa IPresidente:Sr. Idemar Bohn, brasileiro, casado, ferreiro [...]Vice-Presidente:Alcides Techio, brasileiro, casado, do comrcio [...]Secretrio:Darci Tonello, brasileiro, casado, motorista [...]2 Secretrio:

    Arnaldo Bergner, brasileiro, casado, mecnico [...]Tesoureiro:Dlcio Weber, brasileiro, casado, do comrcio [...]2 Tesoureiro:Clemente Jacoski, brasileiro, casado, do comrcio [...]

    Chapa IIPresidente:Sr. Alcides Tchio, brasileiro, casado, do comrcio [...]Vice-Presidente:Alpio Montagna, brasileiro, casado, viajante [...]Secretrio:Hermes Luiz Soprana, brasileiro, casado, scal da fazen-da [...]2 Secretrio:Nelson Menetrier, brasileiro, casado, do comrcio [...]Tesoureiro:Joo Marcos Nicarett a, brasileiro, casado, motorista [...]2 Tesoureiro:Leopoldino Grando, brasileiro, casado, protti co [...]

    Aps a votao a chapa I venceu a eleio por um nmero de 190 votos. Foi consti tuda assim a primeira diretoria da Associao de Pais e Professores da Escola Bsica Professor Eurico da Costa Carvalho: Presidente: Sr. Idemar Bohn, Vice-Presidente: Alcides Techio, Secre-trio: Darci Tonello, 2 Secretrio: Arnaldo Bergner, Te-soureiro: Dlcio Weber, 2 Tesoureiro: Clemente Jacoski.

    O Conselho Fiscal foi eleito, aps a eleio de pri-meira APP, por 190 votos: Presidente: Sra. Ione Salete Kist, brasileira, casada, Diretora da Escola Bsica Profes-sor Eurico da Costa Carvalho, Sr. Alpio Montagna, bra-sileiro, casado, viajante, Sr. Olmpio Luciett o, brasileiro, casado, aposentado, Sra. Evani Teresa Kleinubing, brasi-leira, casada, professora, Sra. Doralice Bott on, brasileira, solteira, professora. Sendo suplentes: Sr. Joo Marcos Nicarett a, brasileiro, casado, motorista, Sr. Nelson Me-netrier, brasileiro, casado, do comrcio.

    A jovialidade deformao do primeiro Grmio Estudanti l

    Ata n. 01/99 (conforme o livro de atas do Grmio Estudanti l)

    No dia 28 de maio de 1999 reuniram-se direo e especialistas do Colgio Estadual Prof. Nelson Horostecki juntamente com os estudantes e orga-nizaram a composio da primeiro diretoria, ain-da provisria, do Grmio Estudanti l. Na data cou assim composta a diretoria: Adriana Nascimento da Silva, Rodrigo Amazonas, Rodrigo Ribeiro de Quadros, Lara Frana, Juliano Zanotelli, Dinaura Fagundes, Giovani Signori, Viviane Barimecker, Cinti a Schneider, Neiva Moske, Cristhian Moisy, Guaracy Lavall, Daiane da Costa. A diretora, Cla-dia Renate Ferreira, fala sobre a criao do Grmio

  • 7na Escola, respeitando um trmite legal. Primeira-mente, a diretoria provisria faz um estudo dos ns, objeti vos do estatuto, para posteriormente, acontecer a criao de um estatuto para o Grmio da Escola, tendo como referncia orientaes da Secretaria Estadual de Educao [...]. Aps a cria-o do estatuto ser convocada uma assemblia geral com os alunos para a aprovao do estatu-to e a eleio a diretoria o cial. As especialistas, Clarilde Tessaro e Dilva Ana Sonaglio, auxiliaro os alunos no encaminhamento dos trabalhos. Os es-tudantes passam a organizar a estudar e organizar o estatuto [...].

    Ata n. 03/99No dia 30 de junho de 1999 reuniram-se direo, professores e estudantes do C. E. Professor Nel-son Horostecki para a primeira assemblia geral de estudantes, convocada pela diretoria provis-ria do Grmio Estudanti l e a Direo da Escola. Neste momento a diretoria provisria do Grmio passa a ser a diretoria permanente, como consta em Ata. A diretoria cou assim consti tuda: Presi-dente: Rodrigo Amazonas; Vice-Presidente:Cinti a Schneider; Primeiro Secretrio: Adriana Nasci-mento; Segundo Secretrio: Cristi ano Trindade; Primeiro Tesoureiro: Juliano Zanotelli; Segundo Tesoureiro: Cristhian Moisy; Orador: Keli Nalin; Di-retor Social; Rodrigo Ribeiro de Quadros; Diretor de Imprensa: Neiva Moske; Diretor de Esportes: Giovani Signori; Diretor Cultural: Indiane Bordin; primeiro suplente: Guaracy Naval; Segundo Su-plente: Daiane dos Santos.

    A diretoria do Grmio Livre Estudanti l em 2013:

    Presidente: Richard Franceschina

    Vice-Presidente: Gean Carlos Dalacorte,

    Primeiro secretrio: Hyngryd Marti nazzo

    Segundo secretrio: Samara D. Vanin

    Primeiro tesoureiro: Andressa Gosche

    Segundo tesoureiro: Sabrina Scortegagna

    Orador: Abner Fosenca Ste en

    Diretor de cultura: Lais Zolet

    Diretor social: Fernanda de Souza Zamban

    Diretor de Imprensa: Rafael R. Abreu Rodrigues

    Diretor de esportes: Michael Royeski

    Grmio Livre Estudantil - 2013

  • 8A escola hojeA organizao do ensino mdio, a parti r do ano de

    2010, passou a integrar as aes do Plano de Desenvolvi-mento da Educao (PDE), como estratgia do Governo Federal para induzir a reestruturao do currculo das escolas, ampliando o tempo na escola e a diversi cao de prti cas pedaggicas, para atender s necessidades e expectati vas dos estudantes do ensino mdio. E foi neste mesmo ano que a Escola implantou, de maneira gradati va, o Ensino Mdio Inovador.

    Em 2013 a Escola ainda oferece educao bsica no ensino fundamental e mdio nos turnos: matuti no, ves-perti no e noturno. No entanto, a grade do ensino fun-damental, que de 1 a 8 srie, implantada de forma gradati va em 2007, ter em 2014 todos os alunos matri-culados na grade de 09 anos e no mais 08 anos.

    Esto matriculados na EEB 740 alunos, distribudos em 27 turmas. Sob a Direo de Veridiane Pacheco que conta com as Assessoras Teura Daniela Vieira e Marisa Drevis, e com a Assistente de educao Secretria Ta-ti ana Maria Gasparin Matt es. No conjunto, elas contam com a parti cipao de 05 tcnico-administrati vos, inclu-

    dos a assistentes tcnico-pedaggicos, 61 professores e 06 serventes. A estrutura escolar composta 27 salas de aula, uma biblioteca, sala dos professores, sala de orientao pedaggica, sala dos professores, diretoria, secretaria, sala de informti ca, sala de artes, sala e pla-nejamento, salo coberto para a realizao de refeies, laboratrios, quadra poliesporti va e ginsio.

    Em 2014 deve iniciar, aps homologao do Gover-no Estadual, a construo de novas salas. Aguardamos a licitao. Tudo para garanti r as boas condies, no s de estudo, como de acomodaes adequadas para os estudantes.

    Brincando e Aprendendo Um dos projetos que est sendo viabilizado para o

    ensino fundamental, chamado de anos iniciais, no pero-do vesperti no o Projeto Recreio Saudvel: Brincando e Apreendendo.

    O objeti vo de que no perodo do recreio as reas de convivncia da Escola se tornem um verdadeiro palco

  • 9Escola em nmeros1963 133 alunos

    1977 594 alunos

    1985 568 alunos

    1991 611 alunos

    1994 684 alunos

    2000 1100 alunos

    2013 713 alunos

    para o exerccio da interao social. Vale lembrar que a parti cipao dos estudantes do ensino mdio inovador incrementa as ati vidades, pelo fato desses estudantes permanecerem em tempo integral na Escola nas segun-das-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras.

    O resgate da cultura do brincar na Escola, espao

    de alegrias e aconchego, acontece com as tradicionais brincadeiras: pio, morto-vivo, elsti co, corda, amareli-nha, cinco-marias, jogo da velha, passa anel, ovo choco; e jogos de xadrez, dama, domin, tnis de mesa. Alm de espaos de leituras de gibis, livros, revistas, jornais.

    O projeto tem a colaborao de dois alunos do 7 ano e trs estudantes do ensino mdio inovador. A ro-tati vidade dos estudantes que auxiliam acontece a cada quinze dias e o projeto acontece nos perodos de re-creio nas segundas-feiras, quartas-feiras e sextas-feiras.

    A realidade constatada, em 2009, pelos professores (as) da Escola de Educao Bsica Professor Nelson Ho-rostecki sobre a desistncia e reprovao dos estudantes no Ensino Mdio (EM) era preocupante. Tal realidade, ve-ri cada mais tarde, ocorria nos demais estados brasilei-ros. Constatao que j vinha desencadeando aes por parte do Governo Federal em repensar o Ensino Mdio no pas. Dados do (IBGE 2010 SIS) mostraram que 50% dos jovens entre 15 a 17 anos no est matriculada no Ensino Mdio. Nesse contexto, o Programa Ensino Mdio Inovador (EMI), passou a integrar as aes do Plano de Desenvolvimento da Educao PDE, como estratgia do Governo Federal para induzir a reestruturao dos curr-culos nas escolas estaduais e distrital, ampliando o tempo do estudante na escola e a diversi cao de prti cas pe-daggicas. Ao tomar conhecimento desse debate nacio-nal, em 2009, a EEB Prof. Nelson Horostecki, via Gerncia Regional de Educao, encaminhou projeto ao Ministrio da Educao e Cultura e, posteriormente foi convidada a parti cipar do programa. Em janeiro de 2010, alguns Pro-fessores(as) foram ao Rio de Janeiro parti cipar de semin-rio de funcionamento dessa nova proposta de ensino que

    se denominaria Ensino Mdio Inovador ou Ensino Mdio Integral. A escola foi a primeira a receber a implantao do Ensino Mdio Inovador no municpio de Chapec.

    Organizao inicialdo currculo

    Para o funcionamento do EMI foi necessrio criar algu-mas condies na estrutura f sica da escola, como refeitrio para almoo e lanche, aumento do nmero de microcompu-tadores no laboratrio de informti ca para aulas e pesquisa, reforma de sala de aula para acomodao e funcionamento do laboratrio de prti cas experimentais, das disciplinas de Fsica, Matemti ca, Qumica, Biologia e da biblioteca, com a presena de Professor(a) para o atendimento, uma vez que o estado no prioriza espao e pro ssional para esse m. Tambm, a alterao na carga horria dos(as) Professo-res(as) efeti vos(as) para planejamento coleti vo e individual e criao de novas funes: Professor(a) coordenador(a) do EMI e Professor(a) de convivncia. Tudo o que desenvol-vido, atualmente, no EMI apresentado no Programa de

    Ensino Mdio inovador naEscola de Educao Bsica ProfessorNelson Horostecki de 2009 a 2013

    Leoni Ins Balzan Schneider

    Prof. Coordenadora do EMI

    Mestre em Educao nas Cincias

  • 10

    Reestruturao Curricular (PRC) elaborado anualmente. Nele constam as aes pedaggicas e oramento de valo-res para recebimento de verba a m de realizar viagens de estudos, aquisio de materiais didti cos e tecnolgicos, tudo conforme Projeto Polti co Pedaggico da escola e o currculo do EMI. No entanto, o diferencial do EMI tambm est na estrutura curricular, que resulta da juno de trs mecanismos de integrao: ncleo arti culador, reas de conhecimento e dimenses arti culadoras, sendo trabalho, tecnologia, cincia e cultura. As diretrizes nacionais do EMI orientam que se deve dar ateno s potencialidades de cada indivduo, no s a dimenso f sica e mental, como tambm a emocional e espiritual, procurando no separar nem hierarquizar essas dimenses humanas. O currculo tem como base metodolgica o protagonismo dos estudan-tes com aulas contextualizadas e prti cas possibilitando-lhes construrem o conhecimento de forma coleti va, com viso interdisciplinar, relacionado com a vivncia, a mora-dia, a escola, o bairro, a cidade, o planeta. Dessa forma, o estudante coloca-se efeti vamente como cidado com direi-tos e deveres, porm, com parti cipao ati va como agente de transformao da sociedade onde vive, exercendo efe-ti vamente sua cidadania. Os estudantes que se formam no EMI, ao nal dos trs anos, sairo com certi cao de no mnimo, 3000 horas/aula, os formados no EM tradicional, somente com 2400 horas/aula.

    O programa iniciado para promover o debate sobre o currculo do EMI ainda no est concludo em nvel na-cional e em Santa Catarina. Exempli camos com a matriz curricular desenvolvida em nossa escola. Inicialmente, em 2010, organizada com as disciplinas do ncleo co-mum: Lngua portuguesa, Biologia, Sociologia, Fsica, Geogra a, Histria, Artes, Filoso a, Qumica, Matemti -ca, Lngua Inglesa e Educao f sica, estudadas no turno matuti no que manti veram a mesma carga horria e mes-mo currculo at ento ensinados. Porm, no turno ves-perti no, as aulas so orientadas por projetos, na metodo-logia de o cinas e aumentado o tempo de permanncia dos estudantes na escola, em uma tarde por semana. As o cinas desenvolvidas com as 1as sries de 2010 e 2011 tratavam das seguintes temti cas: cidadania, his-tria-arte e cultura, educao e comunicao, qumica e sociedade, sade do planeta e introduo a cincia da astronomia. Em 2011, na temti ca educao e comuni-cao com as 2as sries, foi realizada montagem de uma emissora de rdio na escola, nomeada pelos estudan-tes de Rdio Inova, que no entrou em funcionamento, bem como os climati zadores, pois a atual rede eltrica no suporta aumento de consumo. Estamos aguardando ampla reforma da escola. Nas 2as sries de 2011, foram trabalhadas as o cinas: cidadania II, sade do planeta II, histria e cultura regional. Para as 2as sries em 2012, as o cinas trabalhadas foram: cidadania e liderana, sade do planeta, histria e cultura regional. Nas 3as sries de 2012 e 2013, as o cinas desenvolvidas so: comunica-o-cultura e tecnologia, ENEM: desa os da juventude contempornea, e eu, as pro sses e o mercado de tra-balho. So nomeadas, o cinas por serem desenvolvidas

    com estudos tericos e prti cos, realizadas por meio de sadas de campo, viagens de estudo, palestras, pesquisas apresentadas com uso das tecnologias disponveis, anli-ses, produes, leitura e interpretao.

    Currculo AtualA parti r de 2012, nas 1as sries do turno matuti no, tra-

    balhamos orientados por organizao curricular um pouco diferenciada. Foram manti das as disciplinas de base co-mum com alterao no nmero de horas/aula semanais, com isso, foram acrescidas duas disciplinas com aulas se-manais: Informti ca e Empreendedorismo, alm de inser-es culturais e esporti vas. Em 2012 as inseres culturais trabalhadas foram: msica, violo e artesanato, as espor-ti vas: xadrez, voleibol, futsal e tnis de mesa. J em 2013, as aulas da insero cultural desenvolvidas so: violo, es-panhol, artesanato, teatro e dana, nas esporti vas: volei-bol, futsal e tnis de mesa e xadrez, oferecidas pela escola como parte exvel do currculo. Cada estudante ao se ma-tricular escolhe uma modalidade esporti va e uma cultural, desenvolvidas semanalmente em duas horas/aula de cada modalidade e constando nota no boleti m bimestral.

    As inseres so trabalhadas por pro ssionais gra-duados e a parti r do projeto da modalidade e o Projeto Polti co Pedaggico da escola. Os(as) Professores(as) que atuam no EMI tm includo tempo na sua carga horria para planejamento coleti vo e individual, e formao con-ti nuada correspondente ao EMI, que s ocorreu em 2009 na cidade do Rio de Janeiro (RJ) e, em 2012 na cidade de It - Santa Catarina.

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    No atual currculo, tanto as aulas de base comum quanto s inseres ocorrem nos perodos matuti nos e vesperti nos e os projetos que mudaram na sua estrutura e organizao, funcionam com ati vidades integradoras. Os projetos se apresentam com tema, problemati zao e objeti vos. O exemplo vem com as 1as sries com o tema: origem da famlia e a problemati zao: quem sou eu na famlia? Assim desenvolvido: todos os(as) Professo-res(as) que trabalham no EMI se renem semanalmente no tempo de uma hora/aula, discutem e prope quais os contedos de cada disciplina que iro possibilitar a construo do conhecimento provocado pelas proble-mati zaes. Sendo assim, para tornar o conhecimento signi cati vo aos estudantes, no caso das 1as sries, os contedos trabalhados tem como ponto de parti da in-formaes e dados da vida dos estudantes como a escola e a moradia. O objeti vo do projeto, em sua fase inicial, o conhecimento da realidade parti cular, local, e pos-teriormente, estende-se para uma abertura ao conheci-mento da realidade universal. Para efeti var os objeti vos, primeiramente, realiza-se uma pesquisa junto s famlias sobre nvel scio econmico familiar e, posteriormente, os dados subsidiam os contedos das disciplinas. Tam-bm, so convidados os avs para comparti lharem seu depoimento de vida com os jovens estudantes na escola. Ao nal dos projetos realizada a socializao dos co-nhecimentos construdos para a comunidade escolar. E para ampliar a parti cipao dos estudantes, neste ano e pela primeira vez, eles parti ciparam da escolha do tema do projeto a ser trabalho no segundo semestre: solida-riedade, cooperao e aconchego na escola.

    Parti cipao j iniciada em 2012 quando implemen-tou-se nas turmas das 1as sries do EMI avaliao do processo ensino e aprendizagem, ento denominada, Avaliao Dialogada ou Conselho Parti cipati vo, em 2013, realizado a cada bimestre, com todas as turmas da edu-cao bsica dos trs turnos da escola, da qual parti ci-pam todos os estudantes, Professores(as), coordenao pedaggica, direo e familiares. Tambm realizou-se pesquisa de opinio sobre cada ati vidade diferenciada realizada com estudantes, como o cinas, avaliao dia-logada, viagens, bem como a escolha bimestral de repre-

    sentantes de turma com de nio das funes, avaliao dos eleitos e eleitores, esti mulado a ocorre a formao de Grmio Livre Estudanti l com eleies anuais. Inscreve-mo-nos no projeto Mais Cultura lanado em mbito na-cional e, se aprovado, receberemos verba para ministrar aulas de capoeira na escola em 2014. Para as 1as sries, em 2012, o segundo projeto foi desenvolvido com tema: cidadania e responsabilidade socioambiental: a arte de bem viver. Agora, em 2013, as 2as sries efeti vam o pro-jeto diversidade cultural, gnero e etnia: a formao do povo do oeste de Santa Catarina, para conhecer a nossa realidade nos aspectos econmico, polti co, ambiental, social e cultural, potencializado em viagem de estudos ao extremo oeste catarinense, So Miguel do Oeste, at a divisa com a Argenti na.

    A viagem possibilitou conhecer as experincias do cooperati vismo da agricultura familiar na Cooper Oeste e no assentamento Trs Fronteiras. Prti cas que vem forta-lecendo a produo de alimentos saudveis e permann-cia do agricultor na terra. No Museu Histrico Prof. Edvi-no C. Hlscher, em Guaraciaba, aconteceu uma viagem ao passado, veri camos grandes mudanas em curto espao de tempo, em especial, nas diferentes etnias que compe o oeste catarinense. Para ns Professores(as) notrio o maior interesse dos estudantes quando pro-porcionamos ati vidades diferenciadas, como as viagens de estudos.

    Bibliogra a:

    BRASIL. Ministrio da Educao. Secretria de Educao Bsica. Programa ensino mdio inovador: documento orientador. 2011. PDE ENSINO MDIO INOVADOR. Programa do Ensino Mdio Inovador (verso preliminar). Ministrio da Edu-cao, 2011.PORTAL DO MEC. (htt p://portal.mec.gov.br/)SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educao. Novas perspecti vas para o coti diano escolar. Ensino m-dio integral-diurno, DIEB/gerncia de ensino mdio. s/d.

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    Lauri Incio Hoss

    Professor de Qumica

    01) Qual a importncia da implantao do Pro-jeto Ensino Mdio Inovador para a Escola de Educao Bsica Professor Nelson Horostecki?

    Considerando uma avaliao construti va, vou dis-correr como observo a implantao e funcionamento do EMI, na EEB Prof. Nelson Horostecki. Ser necessrio con-siderar deste o momento que antecede a sua aceitao e implantao. Em sntese, direo e professores da unida-de escolar, julgamos na poca, que seria necessrio fazer algo para alterar o quatro de apati a ao estudar, aliado aos problemas disciplinares que eram constantes no Ensino Mdio tradicional. Diagnsti co que tambm era nacional. Ento surgiu a oportunidade de implantar o EMI, projeto do MEC. Um grupo de seis (6) pessoas da unidade escolar (direo, pedaggico e professores) foi at o Rio de Janei-ro, em Janeiro de 2010, parti cipar de uma Formao Con-ti nuada de Professores do Ensino Mdio, na Escola SESC de Ensino Mdio. Est escola referncia em Ensino M-dio Inovador, e funciona em regime de internato (perodo integral) com estudantes selecionados de todos os esta-dos brasileiros. A Escola SESC de Ensino Mdio conta com uma ampla e confortvel estrutura f sica para atender as diversas ati vidades e projetos. Uma equipe de pro ssio-nais na sua maioria com dedicao exclusiva as necessida-des da escola. Com vasto material pedaggico de apoio.

    Parti cipamos ento, desta formao que contou com palestrantes internacionais como: Mauro Maldo-nado (Itlia), Edgar Morin (Frana] e outros de renome nacional. Voltamos para a nossa unidade escolar cheios de esperana de que estvamos diante de um grande projeto que alteraria signi cati vamente a forma de tra-balho no Ensino Mdio. Pois, o estudante se tornaria um leitor, pesquisador, um agente ati vo/interati vo no pro-cesso ensino/aprendizagem.

    A parti r desta formao conti nuada e com base nas diretrizes lanadas como desa os, cabia a Secretaria Es-tadual organizar e de nir regras de funcionamento do Ensino Mdio Inovador no Estado. A matriz curricular inicialmente implantada, manti nha o ncleo comum (disciplinas j existentes) acrescido de carga horria para realizar um circuito de projetos de pesquisa ou ati -vidades diversas no contra turno. Os professores, ento, foram organizados em grupos multi disciplinares, e esco-lheram temas geradores relevantes e passaram a orga-nizar as ati vidades em grupos. Os alunos tambm foram

    organizados em grupos e orientados pelos professores, pesquisavam os temas determinados e apresentavam os resultados aos colegas da sala onde era promovido um amplo debate sobre cada tema apresentado. Tambm foram realizadas parcerias importantes com colabora-dores da comunidade para palestras, visitas em loco, ati vidades diversas e viagens de estudo. Nestes projetos a ideia era valorizar as diferentes leituras, pesquisas, ati -vidades diversas. Estas ati vidades deveriam ser realiza-das com prazer e no deveriam ser vistas como casti go/punio pelos estudantes. Neste senti do, a secretaria estadual estabeleceu que: no seriam atribudas notas (avaliaes) para as ati vidades do contra turno. Pelo maior tempo de interao com os estudantes, melhorou sensivelmente a relao professor/aluno, relao aluno/aluno e relao aluno/direo. A escola passa a ser vista por eles como parceira, que deixa o aluno parti cipar com a sua criati vidade elaborando as ati vidades para apre-sentar aos professores e colegas. Como este projeto pi-loto, embora grandioso, com muitos pontos positi vos, passvel de ajustes, para ser implantado na rede escolar.

    A secretaria estadual, na tentati va de fazer ajustes, implantou uma segunda matriz curricular no EMI, inse-rindo disciplinas de insero como: empreendedoris-mo, msica, esporte, entre outras, previstas em lei, na forma de disciplinas, suprimindo a carga horria para leitura e pesquisa livre para os projetos interdiscipli-nares at ento realizados. Tendo agora, como ponto positi vo, que cada disciplina tem registros de suas ava-liaes. Pois, cada disciplina precisa dar conta de in-formar o contedo mnimo. Na matriz curricular atual, so fatores limitantes, seguir os limites da hora/aula de cada professor, que geram transtornos para proje-tos que demandam um perodo maior de tempo que a hora/aula. So fatores limitantes, a falta de conscincia dos pais, sobre a importncia do EMI para o estudante, quando permitem que o lho arranje trabalho e passa para o perodo noturno (onde no tem EMI), quando concordam que o lho mude de escola para no fre-quentar o EMI. So poucas as unidades que oferecem EMI, assim o estudante migra para o que lhe convm (mais cmodo). Ainda so fatores limitantes para o estudante permanecer os dois turnos na escola: a es-trutura f sica da unidade escolar, onde faltam espaos importantes como: auditrio, biblioteca com pouco es-

    Avaliao sobre oEnsino Mdio Inovador

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    pao para leitura e pesquisa, dentre outros (Agora est prevista reforma geral). O setor de informti ca, no d conta de atender as necessidades do EMI. Com certeza no a nica forma de aprendizagem, mas auxilia, de forma sensvel a dinamizar um trabalho de horas com a presena dos estudantes na escola. O acesso a IN-TERNET, quando ocorre, s ocorre na prpria sala de informti ca e imediaes, quando o esperado seria, o acesso em qualquer sala da unidade escolar. Pois, acontecem muitas ati vidades e pesquisas simultanea-mente. Seria impossvel colocar todos os usurios num mesmo espao; por conta das ati vidades diferenciadas que cada grupo desenvolve.

    02) Observando os alunos que parti cipam, visvel o interesse deles perante o projeto?

    Com certeza, a grande maioria dos estudantes par-ti cipa e gosta de fazer as ati vidades propostas. O estu-dante tem a oportunidade de parti cipar mais, orientado pelos professores e colaboradores que colocam sua ex-perincia a disposio com palestras ou ati vidades de-monstrati vas. As visitas ou viagens de estudos so dis-putadas por todos que conseguem parti cipar. Contamos com os materiais de apoio para o artesanato, empreen-dedorismo e outras, que em caso de falta, so trazidos pelos estudantes da sua casa.

    03) Como a escolha e seleo dos projetos do En-sino Mdio Inovador?

    Num primeiro momento so feitas sondagens e coleta de sugestes dos professores junto aos alunos. Num segundo momento, em reunio de planejamen-to dos professores, debatido viabilidade e a im-portncia de cada projeto. Feita a opo, inicia o pla-nejamento das atividades por parte dos professores.

    04) Os alunos colaboram com as decises dos assuntos implantados no Ensino Mdio Inovador?

    Uma vez planejada a atividade, eles participam sim, na sua grande maioria. Realizando as tarefas propostas, buscando materiais ilustrativos e com in-terao da famlia/estudantes/professores. Na ma-triz curricular atual, as atividades de campo, visitas externas, filmes de longa durao, atividades em que o ideal seria concentrar um perodo de tempo maior (para dar incio, meio e fim, nas tarefas) ficaram pre-judicadas. Como alguns chegaram a conhecer as ta-refas realizadas durante a matriz anterior (com um turno inteiro disponvel para tarefa), manifestam o desejo de ter mais ao, que ficou limitada nova-mente, com as atividades organizadas pelo perodo de 1 h/a.

    Adelaide G. Busanello

    As lembranas relatadas pela professora de Ln-gua Portuguesa Adelaide G. Busanello aconteceram em uma tarde de sexta-feira, no inverno, chuvosa e fria, mas ela trouxe o seu sol pessoal para aquecer e divertir este momento gostoso de convi-vncia. Ela iniciou suas ativi-

    dades como docente ainda no Grupo Escolar Eurico da Costa Carvalho no ano de 1980, e seguiu at 1992. Adelaide lembra com sau-dades do coleguismo e amizade que envol-via o grupo de docentes da Escola; algumas amizades conquistadas nesse perodo se prolongam at os dias atuais. Quanto aos es-tudantes lembra que eram respeitosos e ex-

    celentes na construo de conhecimentos; tal fato projetou para muitos a ascenso familiar e pro ssional. Para ela o ambiente escolar sempre foi muito bom e favorvel para isso. Na sequncia, lembra o lado divertido das promoes dos bailes, pois no havia verba su ciente enviada pelo governo para as Es-colas. Por outro lado, as aulas complemen-tares para fechar as quarenta horas minis-tradas, muitas vezes, era complementadas com outras disciplinas, como por exemplo, a ento disciplina de Educao Moral e Cvica. Imagino que algum leitor possa lembrar des-sas aulas com saudades. Por m, Adelaide G. Busanello iniciou suas atividades docentes na EEB Lara Ribas, foi Coordenadora e pro-fessora do Curso de Letras na Unochapec. Ela foi uma das colaboradoras no trabalho para o reconhecimento do Curso de Letras, por volta de 1990.

    Se bem me lembro...As belas impresses registradas aqui so talvez a origem mesma daquilo que chamamos a

    beleza do belo. Como memrias do mundo vivido na Escola.

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    Bernardete Contini

    Com seu jeito carinhoso, Bernardete relata que no incio de suas atividades na Escola havia serventes efe-tivas no Estado. Ela, porm, era contratada por semana e sem carteira assinada. A ento Diretora, Evani Pavan, fez o seu contrato de trabalho assinando a sua carteira de

    trabalho, para que ela tivesse direitos traba-lhistas, como empregada domstica de sua casa. Somente no ano de 1986 foi contrata-da pela Associao de pais e professores no regime celetista CLT. Ela relembra que a Associao de Pais e Professores era muito envolvida com a Escola e, as festas e acon-tecimentos escolares aconteciam com a par-ticipao de todos. E, quando aconteceu a ampliao da estrutura fsica da Escola ainda no havia calamento, por isso o barro era um problema para a comunidade escolar. Bernardete lembra que algumas atividades eram difceis de acontecer por conta da falta de segurana nas Escolas, havia vandalismo e assaltos. Em uma ocasio foi provocado fogo em uma ala da Escola. O senhor Alpio Montagna socorreu, salvou a Escola de uma tragdia. Por outro lado, os bailes e as festas eram bastante animados, conta ela com en-tusiasmo. A comunidade escolar era atuante e participativa. Hoje, segundo Bernardete, os estudantes continuam respeitosos e queridos e a cumprimentam com alegria. O seu relacio-namento com a Direo da escola e com os professores sempre foi bom, durante esses 27 anos que trabalha na Escola. Na verdade, disse Bernardete para concluir, bem soma-dos so trinta anos de trabalho na Escola.

    Carmem LciaNovello

    O coleguismo e a simpa-tia de alguns anos de convivncia no ambiente da Escola esto muito vi-vos na mulher, professora, empreendedora e artista Carmem Lcia Novello. O brilho no olhar ainda bas-tante intenso, e quando e ela a rma: - Eu amo edu-

    car. O brilho se intensi ca. No ano de 1982 ela iniciou suas atividades na Escola, at o

    ano 2002. Somados vinte anos de trabalho em nossa Escola. No incio trabalhou noite como auxiliar de Direo, aproximadamen-te trs anos, e, tarde com uma turma de 4. srie. Passado o tempo, foi Secretria de Escola entre os anos de 1984 e 1989. Pos-teriormente, se efetivou como professora de alfabetizao da 1. srie. Bom lembrar que a Carmem licenciada em Letras, no entanto, fez a opo em trabalhar com alfabetizao. E, se no houvesse carga horria su ciente para suas quarenta horas a sua opo era trabalhar com a disciplina de Artes, depois Ensino Religioso, e outras mais. O trabalho com essas disciplinas acontecia tambm pelo fato de, na poca, no haver professo-res habilitados. Carmem lembra que muitas vezes trabalha no contra turno com aulas de reforo. Fato que chama a ateno em seu relato o fato, por exemplo, de que as crian-as quando iniciavam a 1. srie no sabiam segurar o lpis, no tinham motricidade para este movimento, no sabiam sequer reco-nhecer as cores. Por isso, antes de dar o primeiro lpis aos estudantes as crianas recebiam uma caixa de areia e nela apreen-diam os primeiros movimentos da escrita. Ela lembra que quem organizava as caixas era o Sr. Montagna. Somente aps as crian-as desenvolverem um pouco a motricidade, inclusive com tesouras e folhas para recor-tes, iniciariam com a primeira escrita a lpis. Quando essas crianas terminavam a 1. srie j estavam lendo e formando frases. Carmem conta que sempre teve estudantes com necessidades especiais e muitos com di culdades na aprendizagem, eram atendi-dos pelo CAPE. Recorda, tambm, as mara-vilhosas apresentaes culturais realizadas na Escola e fora dela. No teatro, muitas ve-zes criados pelos prprios estudantes, todos participavam nem mesmo que fosse para abanar uma formiguinha, porque cada fala e cada gesto so importantes no universo da aprendizagem. Carmem j viveu algumas boas surpresas vida a fora, como ser reco-nhecida quando reencontra seus ex-alunos encaminhados na vida. Outras lembranas que aparecem quando os acontecimentos as desencadeiam, tais como: Algumas crianas no comiam em casa e, na Escola, Carmem as ensinava e ajudava a comer. Outra: Um estudante chamado Rubio gostava de dar leitura. Explica Carmem que esse dar leitura era sentar no colo da professora e ler para ela. Alm desta prtica, todos os dias havia a a hora da leitura e todos sentavam no cho e liam. Carmem lembra, com carinho, de

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    seus ex-alunos trazendo os seus lhos para agora serem seus alunos. Nos dias atuais a Carmem Lcia Novello continua bordando, pinta caixinhas e telas, faz patchwork e curso de empreendedorismo no Sesc.

    Cenair Almeida

    Cenair foi Presidente da APP nos perodos: 2001 a 2002 e 2005 a 2006. Em sua breve fala ele relata que em seu primeiro mandato fren-te da APP a Escola precisava com urgncia de reformas, ha-via muitas melhorias a serem feitas, como reforma das salas de aulas; as possveis foram

    efetivadas. Ele recorda que o corpo docente da Escola sempre foi organizado e participati-vo, inclusive, cita a importante participao da professora Ojanes Baggio Daga, integrante da APP, para a construo do ginsio de espor-tes porque foi difcil efetivar a construo do mesmo. Depois, Cenair lembrou-se da coloca-o dos bebedouros que tiveram um custo ele-vado, no entanto, hoje ao rever a benfeitoria ele comenta com orgulho que valeu a pena. Nos dias de hoje Cenair presidente da as-sociao de moradores da comunidade Cristo Rei. Ele declara que gosta de trabalhar para o bem comum da comunidade, e frisa que mes-mo atuando na liderana comunitria, h mui-tos anos, at hoje no tem liao em nenhum partido poltico. Os lhos de Cenair, Ricardo I. Almeida e Daniele C. Almeida, foram estudan-tes na Escola desde o ensino fundamental at a concluso no ensino mdio. Mesmo quan-do foi necessria a mudana do centro para o bairro os seus lhos continuaram a estudar na Escola. Nos dias atuais o Ricardo est cursan-do o 6. perodo de Engenharia mecnica e, a Daniele o 2. Perodo de Engenharia civil, na Unochapec.

    Clarilde Tessaro

    A divertida, esbelta e um pouco sapeca Orientadora Educacional, e posteriormen-te Biliotecria, Clarilde Tessa-ro, que todos conhecem bem, se me permite o leitor esse comentrio. Explico: quando ouvidos alguns alunos que na Escola estudaram ou estudam todos citam quem? A Dona

    Clarilde. Desculpe-nos Clarilde, mas neces-

    srio comentar. A Clarilde iniciou suas ativida-des na Escola no ano de 1996, at agostode 2013. A Dolcdia Bresolin era Diretora. Ela re-lembra que dividia as atividades de Orientao Pedaggica com a professora Helena Kaplan (em memria) ambas atendiam em torno de 1.100 estudantes. Alm das atividades pe-daggicas, ela fazia o acompanhamento dos conselhos de classes, atendimento aos pais e orientao aos alunos. Realiza, tambm, encaminhamentos a dentistas e psiclogos, estes a cada dois meses. Posteriormente o(s) psiclogo(s) a chamavam para dar a devoluti-va a respeito dos estudantes atendidos. Claril-de lembra que a participao e preocupao dos pais com o ensino e aprendizagem de seus lhos eram maiores. Inclusive, comen-ta que mesmo no podendo comparecer em data marcada, os prprios pais ligavam na Es-cola marcando novo horrio. Por outro lado, nos des les de 7 de setembro os estudantes participavam bastante, e na semana da p-tria todos os dias os estudantes cantavam o hino nacional. Outros detalhes que ela lembra: Como o ptio da Escola no era cercado era necessrio vigiar os alunos para que no sas-sem da Escola. O leitor pode imaginar como essa atividade era desempenhada por Dona Clarilde. Ainda: Quando faltavam professores a Direo ou a Orientao Pedaggica faziam as substituies na sala de aula. Ela declara: Sinto saudades dos alunos. A Clarilde fala com entusiasmo da maravilhosa experincia que foi seu trabalho na biblioteca. Para ela orientar as leituras e sugerir leituras para os estudantes concentra uma magia intensa. Queremos acrescentar, em tempo, como a professora orientadora, diariamente chamada de Dona Clarilde, sempre participou e incen-tivou a luta de todos ns, pela classe dos pro-fessores, nas manifestaes, paralisaes e, especialmente, na conscientizao daqueles professores que iniciam sua carreira. Valeu Clarilde! Agora a Dona Clarilde est apo-sentada e curtindo a vida.

    Dolcdia Maria Zanin Bresolin

    A professora bem humora-da, desde sempre, Dol-cdia Bresolin iniciou as suas atividades docentes com a disciplina de Lngua Portu-guesa, e posteriormente Li-teratura, no ano de 1985, na ento E.B. Eurico da Costa

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    Carvalho. As atividades como docente se es-tenderam at o ano 1990. A seguir, em 1991, por eleio direta assumiu a direo da Escola at o incio de 1997. A marca do seu perodo de trabalho na Direo da Escola foi o traba-lho em equipes. Uma boa lembrana que em tempos de greves sempre permitia a liberda-de para que cada um participasse ou no dos movimentos, sem ameaas. As festividades da Semana de Escola semana do nal do ms de setembro e que integre o dia 24, na qual foi e comemorado o seu aniversrio eram realizadas com apresentaes culturais como: pardias, teatro, danas, bem como, gincanas entre as turmas. Entre as atividades da gincana estava inclusa a doao de livros para a Biblioteca. Lembram a Dolcdia e a Cla-rilde, que est ouvindo o relato, que muitas es-tudantes descobriram seus talentos culturais nessas atividades desenvolvidas na Escola. A Dolcdia lembra como foi bom trabalhar com os projetos interdisplinares e suas muitas ativi-dades; includos os passeios at a hidreltrica de It e ao museu ontomolgico do pesquisa-dor Fritz Plaumann. Na sequncia, comenta sobre as festas juninas, realizadas tambm noite, com venda de ingressos para angariar fundos para pequenas reformas na Escola; ocorriam jantares e bailes com o mesmo m. Por m, acrescenta que no ensino noturno as turmas eram sempre lotadas, no decorrer do ano no havia vagas. Antes que fossem ofe-recidas as vagas pelo EJA estudavam noite aproximadamente 500 alunos. Os estudantes

    eram interessados, leitores e muitos no estudavam h tempo. Para encerrar declara: - As atividades do-centes sempre foram boas e realizadas com amor.

    Evani Pavan

    Muito vontade na Es-cola, com seu jeito solto e divertido, Evani estabelece a primeira co-nexo com sua memria

    dos tempos vividos na Escola. Ela vem com a eleio direta para diretores, que na poca foi marcante e importante para o desenvolvi-mento da comunidade escolar. A outra com a troca de nome da Escola, a homenagem ao professor Nelson Hotostecki pessoa humil-de, inteligente, bom amigo, bom pro ssional. Com a implantao do ensino mdio ocorreu melhoria da infraestrutura da Escola. Este fato mudou a histria da Escola porque muitos

    estudantes foram bene ciados com esta im-plantao. Uma lembrana inesquecvel do aluno Antonio Hermes que aos 12 anos estu-dava na 2. srie e no sabia ler. Foi preciso conquistar o aluno e, para isso, todos os dias pela amanh se deslocava at a casa do alu-no Antonio para ensin-lo a ler. Este momento foi resgatado com muito entusiasmo por Ivani. Antonio passou a ser ajudante, no 2. ano de recuperao, daqueles estudantes que no aprenderam a ler na 1. srie. Foi organizada uma passeata na Avenida Getlio Vargas pelo Sindicato dos professores para a conquista da hora atividade. A conquista foi obtida e, pos-teriormente, foi organizado um projeto com o tema: professor tem o dever de ensinar e os estudantes o dever de aprender. Como fun-cionou este projeto do cumprimento da hora atividade: a hora atividade era cumprida fora da Escola, os professores efetivavam seus projetos em casa e, uma vez por semana eles vinham Escola para aulas de reforo, ou de recuperao, conforme calendrio de cada disciplina. Ela ainda lembra que em uma greve do magistrio estadual fechou a Escola com correntes e participou do movimento com os professores, e no sofreu exonerao por este feito.. Ela guarda entre as mais belas lembran-as a presena da professora Dolcdia Maria Bresolin pelo carinho, bom humor, e dedicao pro ssional nos anos que trabalhou na Escola. Lembra tambm do senhor Alpio Montagna ( memria). Foi ele que cultivou a primeira horta na Escola. Atravs do cultivo na horta os estu-dantes recebiam hortalias e verduras frescas nas suas refeies. Ele foi um dos fundadores da APP da Escola.

    Luci Horostecki Santin

    A dedicao de Luci ao magistrio aconteceu na Escola no perodo entre os anos de 1966 e 1987; nesse tempo foi Secret-ria de Escola por diversos anos. Luci foi professo-ra da 4 srie do ensino fundamental. As suas lembranas so marcadas

    pelas atividades culturais, teatros, encontros com a comunidade escolar, APP, as festas que aconteciam eram animadas e agradveis. Ela lembra que havia bastante cuidado com manipulao e a qualidade dos alimentos oferecidos aos estudantes. Lembra, tambm, que certa vez um raio abalou a estrutura da Escola. O grupo de professores era unido

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    e havia muitos lderes de graves, porm, Luci, particularmente, no foi participante de movimentos grevistas. Esclarece que deixou a sala de aula, quando exerceu a atividade de Secretria de Escola, por motivo de sade. O giz causava-lhe alergia. Relata que Ivani Pavan foi eleita Diretora de Escola por eleio direta e, havia duas chapas: de Ivani Pavan e Lurdes Dezan, momento histrico e singular. Luci trouxe as fotogra as das ltimas turmas de estudantes com os quais trabalhou no ano de 1987. Ela encontra seus alunos at hoje, por eles reconhecida com saudades. Re-corda a beleza dos des les de 7 de setembro com banda e alegorias. Casou-se no ano de 1964 em pleno regime militar, em seguida, iniciou suas atividades no magistrio. Por esse o condutor comenta que os professo-res eram valorizados, respeitados pela socie-dade e, especialmente, pelos alunos. Eles, os alunos, estudavam com interesse e havia um clima de respeito na sala de aula. Hoje as suas trs lhas so professoras.

    Maria Helena Buelter

    A Maria Helena est a cada dia mais loira e bem humorada. Os estu-dantes que passaram pela Escola, e foram tambm seus alunos, conferem quando a encontram pelas ruas de Chapec. A profes-sora de Geogra a do Ensi-no fudamental e mdio ini-

    ciou suas atividades docentes na Escola no de 1986. Antes disso, ela foi durante muito tempo Bibliotecria, na Biblioteca Municipal de Chapec, lembramos do fato porque na-quele tempo as idas biblioteca eram muito frequentes. Hoje compramos mais livros do que vamos Biblioteca emprestar, infeliz-mente. Maria Helena lembra que, entre as suas prticas docentes, as atividades de pesquisa aconteciam de forma diversi cada e todos os alunos participavam. Entre elas, os artigos de jornais sobre atualidades eram trazidos, lidos e comentados pelos estudan-tes durante as aulas. As viagens de estudos para It esto entre as suas lembranas fa-voritas, viagens porque muitos alunos parti-cipavam, sendo assim, os professores parti-cipavam mais de uma vez. Outro momento de aprendizagem histrica que marcou sua trajetria foi a participao e visita com os estudantes na exposio de objetivos utili-zados pelos nazistas antes e na 2. Guerra

    mundial; bem como as visitas ao Eco Mu-seu na Efapi. Maria Helena lembra como foi prazeroso fazer as viagens e passeios de estudos com os alunos. Eles se mostra-vam respeitosos com os professores e mui-to interessados na aprendizagem, tanto que costumavam levar caderno para anotaes que fossem importantes para posteriores es-tudos. Na opinio da professora a aprendi-zagem tambm se efetivava de forma mais intensa. Muitos de seus estudantes so hoje bem sucedidos, e os encontros com eles so alegres e carinhosos. As boas lembranas so tambm das viagens que realizava com os colegas, professores, sempre divertidas e bem aproveitadas. Dentre esses colegas professores a amizade se intensi cou tanto que at hoje continuam amigos (as), alguns considerados (as) irmos e irmos, to gran-de a cumplicidade da amizade.

    Marlene Gilioli

    A Marlene continua ele-gante, centrada, cari-nhosa e pontual. A sua fala tranquila vem com as lem-branas retratar que Escola era menor e ela vivenciou a ampliao no ano de 1999. Para ela a Escola seria como a sua casa, pois tra-balhava manh e tarde. Na verdade, a Marlene sentia-

    se em casa, pois o convvio com os colegas era muito bom. Ao recordar da ampliao da Escola, implantao do Ensino mdio, Marle-ne se emociona porque este momento marcou a sua vida. E, quando precisou sair da Escola e da funo de Secretria, por motivos pol-ticos, cou muito decepcionada. A nal, ela dedicou muitos anos de sua vida Escola, e seu trabalho dedicado foi interrompido. Marle-ne conta que at hoje os estudantes a encon-tram e abraam com alegria, muitos encami-nhados pro ssionalmente. Ela a rma que sua paixo pela Escola forte at hoje, sentimos sua emoo ao falar. Para ela as amizades e o coleguismo que havia na Escola so ines-quecveis. Ela comenta que trabalhou com a Dolcdia Maria Bresolin durante muitos anos. Na Escola foram quinze anos de convivncia em harmonia. Ela relata que sempre gostou muito de pontualidade nos horrios normais, bem como, na entrega e organizao da do-cumentao dos professores para que todos pudessem receber o salrio o mais breve pos-

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    svel. No ano de 2004 quando deixou A Esco-la, voltou a Escola Druzziana Sartori na qual ministrou aulas para as sries iniciais at maio de 2013, quando se aposentou. A Marlene Gilioli iniciou suas atividades como auxiliar de Direo no ano de 1988, em 1993 assumiu a Secretaria da Escola.

    Tarcisio RafaelHorostecki

    Na tarde ensolarada de primavera que esteve na Escola o Tarcisio sentiu-se bastante vontade. Na sua fala solta e mltipla ele con-versou com todos os ex-co-legas de trabalho, tambm, visitou as dependncias da Escola para, possivelmente,

    matar as saudades dos seus bons tempos de professor, nas disciplinas de matemtica, fsica e cincias; bem como de seu trabalho

    como Diretor de Escola. Ele conta que ainda em 1977 iniciou sua carreira no magistrio como professor de Educao Fsica, porque ele pratica esportes e no havia professor habilitado para a disciplina. Posteriormente, em 1980 atuou no NEMO grupo de ensi-no modularizado de adultos, atual EJA, at 1997. Nos anos de 1998 e 1999 esteve na direo da EEB Saad Sarquis. Na sequncia, em 2000 voltou a trabalhar na Escola com as disciplinas e matemtica e cincias, at o ano de 2008 quando se aposentou. Tarcisio lem-bra com carinho do incio de suas atividades na Escola, dos alunos, das gincanas e as to citadas festividades de 7 de setembro. Para ele foi uma honra ter assumido a Direo da Escola que recebe o nome de seu irmo. Deste perodo, recorda como foi trabalhosa a efetivao da construo do ginsio de es-portes, que foi inaugurado em 2008. Tarcisio recorda de sua relutncia em ser professor, no entanto, dedicou parte de sua vida edu-cao; saliente que entre os seis irmos ir-ms, cinco so professores professoras.

    Quem esteve aqui...Angelo Fiori

    Muito pensei em como comear a escrever. E escre-ver foi dif cil: todas as vezes que comecei, torrenciais lgrimas me vinham, pois a re exo me fazia lembrar muitas situaes e pessoas. Pensei ento em iniciar pelo que no solucionou as lgri-mas, mas permiti u-me pen-sar sobre o quanto a escola

    se faz presente na vida de uma pessoa e o quanto ela cla-ma pelo nosso envolvimento nas suas lutas.

    A chegada ao Nelson foi algo muito prprio. O am-biente fabulosamente mgico. Digo isso por que a boa energia que h desde a recepo at o lti mo dia de aula muito forte. Desde as lindas pessoas que trabalham na secretaria, apoio pedaggico, direo, biblioteca ou limpeza. Todos sentem ao chegarem escola que o am-biente acolhedor. Somado a isso, um corpo docente forte, preparado e entrosado, preocupado com a cons-truo da totalidade dos que ali estavam. Todos os dias nos deleitavam com suas aulas divinas nas quais apesar da simplicidade dos materiais e da estrutura nunca se

    mostraram omissos na dialti ca constante do ensinar-aprender. Ao contrrio, se mostraram sempre fortes e lutadores, envolvendo toda a comunidade escolar nas discusses e buscando fazer com que pais e estudantes parti cipassem ati vamente da realidade local e das lutas, fossem elas por condies, salrios, democrati zao do ambiente escolar e formao conti nuada a todos.

    Claro que nada disso teria sido possvel sem que os estudantes tambm fossem ati vos quanto ao seu apreender. As turmas, de modo especial aquela em que eu estudei, eram sempre atuantes e presenas r-me naquilo que a escola esti vesse disposta a fazer: or-ganizamos feiras de cincia e literatura, apresentamos trabalhos s sries iniciais do ensino fundamental, orga-nizamos o primeiro JINHO (Jogos Internos Nelson Horos-tecki) e, inclusive, o mascote foi a turma na qual eu estu-dei que desenvolveu. Organizvamos os laboratrios de f sica/biologia/qumica com os materiais que t nhamos, campanhas pelo grmio estudanti l na escola, parti cip-vamos de discusses junto aos professores e APP, pelas condies da escola, construo do ginsio, materiais... , en m a escola sempre esteve preocupada com o todo e no apenas com a formao bsica dos seus estudan-tes. Lembro com carinho as aulas ao ar livre, as visitas, palestras, ati vidades culturais, aules para o vesti bular, sesso de lmes (com direito a pipoca), festi nhas, feiras

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    de cincia/literatura, experincias, aulas prti cas. A falta de recursos nunca impediu que a escola se omiti sse do seu compromisso.

    Hoje, sou licenciado em Matemti ca, ps-graduando em Matemti ca Financeira pela Unochapec (Chapec/SC) e mestrando em Modelagem Matemti ca pela Uni-ju (Iju/RS). Graas ao bom desempenho no nivelamento para o mestrado, sou bolsista pela Capes (Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior) do governo federal. Somadas a essas conquistas pessoais, estendo as conquistas de meus colegas, to importantes quanto, as quais so, em muito, parte da notria habili-dade da escola Nelson Horostecki em construir cidados preocupados em aperfeioar-se, e mais que isso contri-buir decisivamente, para que, de modo geral, a sociedade possa com nossas contribuies ser melhor.

    Antes de concluir, abro aqui um parntese impor-tante para com carinho lembrar que a totalidade dos co-legas no comeou desde as sries iniciais no Nelson Ho-rostecki e, sendo assim, as escolas de onde provnhamos eram mais prximas a nossa realidade e se mostraram, apesar de menos expressivas dentro da cidade, muito especiais na nossa construo enquanto cidados. Re-gistro a minha: E. E. B. Professora Snia de Oliveira Zani, e a todos l muito dedico o que sou hoje. Estendo esse abrao as demais escolas que construram e constroem a inicial formao da maioria dos estudantes do Nelson Horostecki.

    Finalmente, lembro com carinho de todas as pro-fessoras, os professores, equipe pedaggica (secret-rias, diretores (as), bibliotecrias), a equipe de limpeza. Com amor destaco todos aqueles que se aposentaram e/ou que foram pra outras escolas/municpios. O mes-mo amor dedico queles que ainda esto na ati va, que eles possam sempre fazer suas tarefas com o amor e a alegria que sempre demonstram. E, de maneira especial lembro meus colegas, mais ainda, lembro de um que ainda no segundo ano nos deixou. Diz o poeta que s senti mos saudade daquilo que amamos, assim, que bom senti r saudade de tudo isso. Que o corao possa sem-pre guiar a todos os envolvidos na prti ca da educao, de maneira mais espec ca, que os estudantes sejam sempre ati vos frente s situaes de injusti a e desigual-dade, ajudando na construo de um mundo cada vez mais humano.

    Caio M. Frana dos Santos

    O jovem estudante Caio Mateus estudou na Escola entre os anos de 1999 e 2003, neles cursou de 6 a 8 srie, neste pe-rodo ocupou o cargo de primeiro tesoureiro - na gesto de 2000 a 2001-, no

    Grmio livre estudantil. Caio Mateus cursou o ensino mdio na EEB Bom Pastor onde foi Presidente da UNE- Unio Nacional dos Estudantes- por dois mandatos. Em 2007, ele foi Presidente da UMES Unio Munici-pal do Estudantes. Atualmente cursa o dcimo pero-do do Curso direito na UNOESC- Chapec e, tambm ocupa cargo na diretoria secretrio geral- da Unio Catarinense dos Estudantes (UCE).

    Caio Mateus recorda que iniciou sua participao no movimento estudantil na EEB Prof. Nelson Horos-tecki, em 1999, por incentivo da, ento Coordenadora da Escola, Clarilde Tessaro. Ele tambm lembra que foi aluno guia, projeto da Polcia Militar. Depois re-latou que foi na Escola que escreveu e recebeu a pri-meira cartinha de amor. A gerao mimegrafo surge em sua lembrana pela figura de Dona Zlia, que na poca era Bibliotecria, e fazia cpias com o usava mi-megrafo, ele diz sentir at o hoje o cheiro do lcool. Na mesma biblioteca ele despertou o interesse pela leitura. O lado engraado que este despertar acon-teceu justamente porque a Dona Zlia era severa, or-ganizava a biblioteca e cobrava a devoluo dos livros. A biblioteca tambm o reportava a lembrana dos filmes. Por outro lado, Caio nos fala que teve sorte em sua atuao nos movimentos estudantis. Ele cita como exemplo a paralisao do ano e 1999: Fomos eu e o Tiago no Sinte, que era perto daqui, para dar apoio aos professores em greve, eles aplaudiram. Ele continua relatando: Sempre adorei a rea de Cin-cias humanas, o Direito permite aplicao na socie-dade, uma opo para ajudar mais as pessoas. Con-tinua relatando: Eu Jogo xadrez na equipe do JASC de Chapec, mas ganhei minha 1 medalha aqui no Nelson Horostecki. Depois eu fui pro Bom Pastor estu-dar porque tinha equipe de xadrez e, em 2003 fomos campees estaduais. Lembro que no comia merenda quando cheguei escola, porque pensvamos que s comia merenda na escola os que eram pobrezinhos. Um dia tinha fome comi e nunca mais parei.

    Janaina P. Eberle

    um imenso prazer relatar os vestgios da minha histria enquanto ex-aluna do Nelson Horostecki. Posso dizer que minha trajetria es-colar est diretamente ligada a essa Insti tuio de ensino pela qual preservo imenso ca-rinho. Iniciei minha trajetria escolar no Nelson Horostecki cursando o pr - escolar, era uma criana, gordinha, teimosa e briguenta e que ainda no ti nha gosto pelos estudos. A minha me, que h 18 anos funcionria da escola, nesse perodo me cobrava muito para exe-cutar as lies de casa enquanto meu maior desejo era apenas brincar. Do perodo que compreende o pr - es-

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    colar at a quarta srie do ensino fundamental minhas recordaes so limitadas, mas me recordo fortemen-te das apresentaes em eventos comemorati vos pro-movidos pela escola que sempre parti cipei. A parti r da quinta srie at oitava do ensino fundamental o meu desempenho escolar e desejo pelos estudos aumenta-ram consideravelmente. Nesse perodo ti ve inmeros professores e, lembro da minha apreenso diante de muitas disciplinas que passaria a cursar. A parti r da co-meou nascer em mim uma menina mais responsvel que na sexta, sti ma e oitava srie, essa outra meni-na era lder de turma comprometi da com os estudos e com as ati vidades desenvolvidas no mbito escolar. No entanto, as minhas melhores e maiores lembranas correspondem ao ensino mdio, porque estudei em turmas maravilhosas que manti nham - se prati camen-te com os mesmo alunos at o terceiro ano, acredito que por isso nos tornamos muito amigos. ramos uni-dos seja para gincanas de festa junina, seja para com projetos da feira do conhecimento que sempre parti -cipvamos, ramos uma turma de fato e, nesse pero-do constru amizades que culti vo at hoje. Meu gosto pelos estudos nessa poca estava consolidado. Tenho at hoje guardado vdeos de ati vidades desenvolvidas na disciplina de Artes que despertavam a nossa criati vi-dade, foram desenvolvidos trabalhos ti mos. Inclusive, tenho cpia do jornal em que o texto produzido por mim em uma disciplina foi publicado, a parti r da inicia-ti va da professora que ministrava a disciplina de Ln-gua Portuguesa. Lembro- me de parti cipar do primeiro Jinho, evento esporti vo que co muito feliz em saber que ainda acontece todo ano. En m, tenho muito ca-rinho por essa escola, deixa-a em 2011 para ingressar na Universidade. E carrego comigo as lembranas, aqui registradas esto algumas que no momento a memria me deu o prazer de lembrar. Todos os momentos que vivi nesse espao escolar foram de niti vamente, muito especiais. Desde as brincadeiras, brigas por que com elas tambm ti rei lies, apresentaes art sti cas e, at a presso da minha me para eu fazer as lies de casa nos primeiros anos da minha trajetria escolar; at os lti mos anos que foram de comprometi mento, porque foi um perodo de maturidade em minha vida.

    Agradeo imensamente a todos os Professores que zeram parte da minha histria, todos eles foram de alguma forma, importantes e somaram na minha vida. Minhas saudaes tambm ao corpo Administra-ti vo da escola, Orientadoras e Funcionrios em geral. Atualmente sou Acadmica do curso de licenciatura em Cincias Sociais pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), estou no quarto perodo. Sou tambm bol-sista de um projeto de pesquisa no qual tenho como orientadora a professora Monica Hass, e agradeo ao meu professor de Sociologia, nos trs anos do ensino mdio, o Jair Antunes que foi um grande incenti vador para que escolhesse esse curso. Eu estou muito reali-zada, amo de paixo o que eu fao e serei uma futura Professora. Assim como meus professores zeram, eu

    tambm quero fazer a diferena na vida dos meus alu-nos por que tenho convico que o conhecimento o maior bem que o ser humano pode ter. Quero ainda dizer que todos os dias, as horas e os anos que esti ve nessa escola valeram super a pena, para meu desen-volvimento pessoal e intelectual. Hoje tenho 18 anos e ao relembrar da minha histria no Nelson Horostecki me emocionei. Comunidade escolar, docentes, e fun-cionrios so vocs que fazem o Nelson ser o que ele . Desejo que conti nuem fazendo desse espao um es-pao de aprendizado de qualidade, comprometi do com o desenvolvimento pleno dos seus alunos. Gostaria de deixar um recado a todos os alunos do Nelson Horoste-cki: Aproveitem esse momento nico na vida de vocs porque futuramente as responsabilidades, digo isso na condio de acadmica, tendem a aumentar. Vai um lembrete: estudar sempre vale e valer apena.

    Juliano Zanotelli

    Lembro como se fosse hoje o primeiro dia de aula, o caminho da entrada da esco-la, passando pela anti ga por-ta pantogr ca marrom at chegar a uma das duas sali-nhas que cavam na lateral do corredor principal das sa-las de aula, entre o salo e a anti ga quadra poliesporti va.

    Era apenas um menino de nove anos que ti nha aca-bado de mudar para Chapec com a famlia. Tudo era novo, maior, diferente. A nal, eu havia deixado pra trs os meus familiares, amigos, a minha zona de conforto em So Miguel do Oeste, mi-nha cidade natal. Mudei em 1991 para a conhecida Ca-pital do Oeste, que estava em plena ascenso, e pude ver um mundo novo que se abria a minha frente.

    Desses primeiros dias de aulas na segunda srie (hoje terceiro ano) existe uma cena que no sai da mi-nha cabea, parece coisa de lme: eu caminhando pela Avenida Getlio Vargas e olhando impressionado para o cu devido ao grande nmero de prdios, algo que no era acostumado a ver na minha anti ga cidade. Essa passagem me fez re eti r: assim como os prdios que precisam de um bom alicerce para sustentar tantos an-dares, a educao que recebi em casa dos meus pais, aliado com o aprendizado que obti ve no Nelson Horos-tecki, foi importante na construo da pessoa que sou hoje.

    Ao longo de 10 anos pude crescer como ser hu-mano, como estudante, como pro ssional e principal-mente neste perodo pude construir grandes amizades, e muitas conti nuam at os dias de hoje e sero para sempre.

    Como gostava muito de ajudar e organizar, fui l-der de turma, algo que perpetuei desde a anti ga se-

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    gunda srie at os tempos de ps-graduao. Lembro que na quarta srie era o responsvel por passar os tra-balhos no mimegrafo para quem no sabe ou no lembra aquele equipamento onde eram impressas manualmente as provas e trabalhos. impossvel no relembrar do cheiro de lcool que exalava quando as folhas eram passadas por ele. Aposto, eu tenho quase certeza, que voc que est lendo este depoimento e tem mais de 30 anos tambm lembra, porque a nal ele tomava conta da sala. Abro um parntese: como no lembrar as professoras Iolanda e Mar sa, que sauda-des! Em nome delas quero fazer um agradecimento es-pecial aos demais professores, educadores, serventes e demais funcionrios que conheci nesta etapa: muito obrigado!

    Foram gincanas, teatros, competi es, a criao do Grmio Estudanti l, as festas juninas, puxa vida que saudades! E fazer parte destes cinquenta anos de evo-luo, da antes Escola Bsica Professor Eurico da Costa Carvalho, que ti nha os imponentes pinheiros no p-ti o, passando pelo Colgio Estadual Professor Nelson Horostecki, com o inesquecvel uniforme cinza com as listras laranja e verde, at a atual Escola de Educao Bsica Professor Nelson Horostecki, que conta agora com o to esperado ginsio, novas salas e cerca de 800 alunos, grati cante.

    Para este jornalista de 31 anos, que atualmente mora em Florianpolis, e ser um eterno aluno do Nel-so (apelido carinhoso) relembrar os tempos de escola algo mgico. A nal me fez reviver algo incrvel que cou guardado, no s nos cadernos, mas em minha vida e no meu corao.

    Maurcio Jos da Silva Mohr

    Qual a importncia de estudar? Esse ques-tionamento que nos ocorre no perodo da formao acadmica, faz mais sentido quando es-tamos no ensino mdio de uma escola regular, onde sempre nos per-guntamos: Por que eu tenho que estudar? Lem-

    bro-me dos meus professores que iniciavam aquele velho discurso toda vez que eu reclamava: eu no gosto de estudar! A resposta parecia sempre a mes-ma: estudar bom e se voc quer ser algum na vida, ento estuda!A vida no s brincadeira.

    Por vrios momentos enquanto estudava na Es-cola Nelson Horostecki me questionei.E sem dar im-portncia para as indagaes de meus professores, eu pensava: eles no me conhecem, no sabem nada da minha vida.

    Quando me formei no tinha encontrado a res-

    posta para a pergunta que me assombrava enquanto era estudante. Logo aps minha formatura adentrei no mundo profissional, comecei a trabalhar como auxiliar de pedreiro, depois mudei para auxiliar de pintor, depois empacotador de supermercado; da no parei mais, trabalhei em tantos lugares que s vezes eu nem lembro. Nesse rodzio profissional me deparei com vrios problemas, entre eles dois eram os que mais me preocupavam: eu no gostava de meus empregos e no era bem remunerado, por es-ses motivos eu tinha uma vida infeliz profissional-mente.

    Foi quando uma oportunidade de trabalho at ento interessante me apareceu por intermdio de um amigo: o trabalho era de Sushiman (para quem no o conhece uma profisso advinda do oriente, sua principal funo era trabalhar com peixe cru sushi). Sempre tive aptido para cozinha, o trabalho era bem remunerado e sem falar que os Sushimens estavam sempre rodeados de meninas, mais um in-centivo para iniciar nessa nova empreitada. Mas an-tes de comear eu deveria primeiro estudar os cos-tumes e tradies orientais: olha no foi fcil passei noites, dias, meses, mais especificamente, seis me-ses estudando para poder tornar-me um sushimen.

    Depois de rduo trabalho, sem finais de sema-nas, sem feriados e nem aniversrios comemora-dos, eu estava estabilizado e ganhava razoavelmente bem, consegui at comprar minha primeira moto. Mas apesar de estar a dois anos trabalhando como sushimen eu ainda estava insatisfeito, parecia que algo me faltava. Eu gostava da minha profisso, mas o sushi no me trouxe grandes riquezas, nem prest-gios profissionais, muito menos uma satisfao pro-fissional que deveria, pois eu iria trabalhar com isso a minha vida inteira; ah! E nem as mulheres que ha-via imaginado.

    Eu entendi uma coisa com o trabalho de sushi-men, para poder ganhar financeiramente bem e ter alguns prestgios, tive que voltar a estudar. Nesse momento de epifania veio mente aqueles velhos discursos proferidos pelos meus professores aos quais eu no dei ouvidos: Estudar bom; se voc quer ser algum na vida, ento estuda! a vida no s brincadeira. A partir desse momento tomei uma deciso na minha vida: vou viver para trabalhar, e no trabalhar para sobreviver. Hoje eu acordo feliz e me sinto realizado, pois escolhi a profisso que pre-tendo seguir pelo resto da minha vida.

    Por fim, o recado que quero deixar para vocs : no cometam os mesmos erros que eu, no per-cam partes de suas vidas com teimosias e arrogn-cias, ouam seus professores, pois mesmo que no parea, eles querem sempre nosso bem. E estudem se pretendem ser felizes profissionalmente, pois ser infeliz profissionalmente to angustiante quanto ser infeliz amorosamente. Maurcio professor de Histria, cursa a Graduao em Histria na UFFS.

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    Rosalina Nogueira da Silva

    As recordaes de Rosalina, nascida em 15/11/1951, chegam atra-vs de suas boas notas. Ela conta que esteve em 3. Lugar entre os melhores estudantes das trs tur-mas do perodo vesperti -no. Conta que morava no bairro Saic e atravessava a pinguela o rio Passo dos

    ndios, a qual passava ao lado do moinho na quadra abaixo da Escola, para chegar Escola. Rosalina se for-mou na 4. Srie no Grupo Escolar Prof. Eurico da Costa Carvalho com a turma da professora Irene Socol. A 1,2. e 3. Srie concluiu na Escola do Fachinal dos Rosas, hoje Escola Alpio da Rosa. Porque l no Fachinal a professora desisti u de dar aulas; era ms de Abril de 1951. Roso-lina conta que a famlia se deslocava para a cidade de charrete, pois o nibus passava trs vezes por semana e vinha do Cairu. As estradas eram ruins, ela lembra. Por conta da desistncia do trabalho da professora no Fa-chinal dos Rosas, Rosalina residiu aqui no bairro Saic na casa da mesma professora. Assim, Rosalina s voltava para casa uma vez no ms. A sua formatura foi com confraternizao em final de tarde e, Rosalina escre-ve uma poesia para o mestre inti tulada: Despedida do mestre. Conta Rosalina que a lha mais nova de sete irmos. Na conti nuao de seu relato nos conta que o pai precisava de seu trabalho na roa, e l de volta sua casa, aprendeu tambm a fazer doce da cana, de man-

    dioca. Outra lio importante foi a parti cipao no grupo de jovens da comunidade. Depois de casada, parti cipou como agente comunitria da sade; atuao vista com preconceito em 1976, pois ela estava grvida e estuda-va neste curso aperfeioamento na cidade, durante trs meses. Mais tarde foi coordenadora desta Pastoral da sade na Diocese de Chapec. Em 1989 parti cipou da fundao movimento das mulheres agricultoras, atual-mente MMC Movimento das mulheres campesinas. Este movimento existe h 30 anos e Rosalina ainda faz parte. No de 1996 se candidatou- se como vereadora para dos Parti dos dos trabalhadores e se elegeu como 3. suplente. Posteriormente, no ano de 1997 assumiu a coordenao do Programa da mulher na Prefeitura de Chapec. Naquele tempo, se deslocava para Pinho- PR para fazer o 1. E 2. Graus em Escola de movimentos sociais organizada para lideranas de movimentos sociais. Pela via do MMC s se aperfeioou nas plantas medicinais e sementes crioulas. Depois, em 2009, fez graduao em homeopati a na cidade de Palmitos na extenso da Universidade na rea humana, animal e vegetao. Em relao Escola, lembra ainda da maqui-ninha de escrever, e as merendeiras aprontavam o lan-che: arroz doce, canjica e chocolate com leite. Conta-nos que apesar de ser caipira fazia amizade fcil, e prestava ateno para apreender. Assim os colegas a consultavam para ti rar dvidas. No dia 20 de setembro de 2013 viajou a Braslia para parti cipar de Seminrio nacional de sade pelo grupo Pitanga rosa do MMC. En m, Rosalina dis-se: Sou uma pessoa realizada, conti nuo na agricultura e produzo alimentos agroecolgicos, fao cuca para fes-tas, bolos. Graas Escola que me ajudou muito e, meus sobrinhos estudam aqui.

    Os Jogos Internos do Nelson Horostecki (JINHO) um evento esporti vo realizado na EEB Professor Nelson Horostecki sempre no ms de setembro, em comemora-o ao aniversrio da escola. A primeira edio foi ideali-zada e realizada em 2008, surgindo como um diferencial em nossa escola, para alm de proporcionar a integrao entre os alunos, incenti var a prti ca de ati vidades f sicas saudveis, proporcionar trabalho em equipe, resgatar valores atravs da prti ca desporti va. Parti cipam da dis-puta pelo t tulo de campe geral, as turmas do 6 ano do Ensino Fundamental ao 3 ano do Ensino Mdio, sendo que, as equipes do Ensino Fundamental se enfrentam entre si, enquanto as equipes do Ensino Mdio tambm se enfrentam para somar pontos em cada modalidade, e ento, a equipe com maior pontuao torna-se a Cam-pe Geral dos jogos. Atualmente, concreti zou-se como

    projeto da escola, onde Direo, professores de Educa-o Fsica e demais professores se envolvem na elabo-rao e efeti vao do evento, contando sempre com o envolvimento e entusiasmo dos estudantes.

    Em 2013, os jogos iniciaram no dia 23 de setembro com a abertura o cial, entrada das equipes, apresenta-es e des le e escolha do garoto e garota JINHO e nos dias 24 e 25 aconteceram as disputas das cinco modali-dades: voleibol misto, badminton, tnis de mesa, futsal e xadrez. Parabns a Comisso Organizadora, direo, professores e estudantes que se empenharam para fazer do JINHO novamente um grande sucesso.

    Elisandra Rossetto Galli

    Professora de Educao Fsica

    Jinho

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    Bandeira do JinhoGaroto e Garota Jinho 2013Trofu do JinhoFogo Simblico

    Turma 83 Campeo Geral Ensino FundamentalTurma 204 Campe Geral Ensino Mdio Noturno

    Turma 302 Campe Geral Ensino Mdio Comisso Organizadora do JINHO

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    O projeto Badminton na Escola foi amplamente debati do e desenvolvido nas aulas de Empreendedo-rismo no Ensino Mdio Inovador (EMI) na E.E.B. Nelson Horostecki no ano de 2012. A proposta apresentada para os alunos do EMI na disciplina de Empreendedoris-mo era organizar uma incubadora de negcios, ou seja, fomentar ideias de gesto de negcios. O projeto apro-vado pelos alunos foi de organizar uma agncia virtual de publicidade e propaganda. E a discusso foi se apro-fundando que os alunos optaram por vender uma ideia, uma mentalidade e no produtos e, essa ideia ti nha que ser inovadora. Atravs de reunies, debates e propostas, os alunos escolheram o Badminton.

    O badminton um esporte prati cado por muitas pes-soas em todo o mundo e tem uma gama de benef cios para seus prati cantes e era totalmente desconhecido da popu-lao chapecoense. Por isso, tornava-se desa ador para a Incubadora de Negcios da E.E.B. Nelson Horostecki. Os alunos pouco ou nada sabiam a respeito dessa modalidade esporti va. Desta maneira, a pesquisa bibliogr ca foi fun-damental no processo de consolidao do projeto.

    O segundo passo foi buscar os materiais esporti vos para a prti ca do Badminton (peteca, raquete e rede), em seguida os alunos foram para a prti ca da modali-dade. A histria do Badminton remonta o sculo XIX, na sia, mais especi camente na ndia, onde o mesmo era chamado de Poona(Peteca), porm a ati vidade era pra-ti cada sem regras, apenas de forma ldica. Em seguida os o ciais ingleses se interessaram e introduziram re-gras para ser prati cado com esporte, coisa que no havia na sia. Recebe esse nome, pois foi adaptado em uma fazenda na Inglaterra que se chamava de Badminton, pertencente ao Duque de Beauforts. Tornou-se moda-lidade olmpica em 1992 em Barcelona. Os asiti cos do-minam essa modalidade, porm, Dinamarca e Noruega tem conseguido resultados expressivos.

    No Brasil, o Badminton inicia sua histria a parti r de 1960. A primeira federao organizada foi da cidade catarinense de Blumenau e posteriormente a cidade de Campinas em So Paulo, onde se localiza a Federao Brasileira de Badminton.

    Nos trabalhos efetuados pelos alunos da E.E.B. Nel-son Horostecki incluram slogans, adesivos, logoti pos e camisetas para divulgar a ideia da prti ca do Badminton. Uti lizou-se tambm resultados de pesquisas prelimi-nares realizadas pela Universidade de Campinas (UNI-CAMP), a qual analisou vrias modalidades esporti vas e o Badminton foi o esporte que obteve uma resposta

    mais signi cati va no processo de aprendizagem, criati -vidade, concentrao e estratgia, onde cou tambm conhecido como xadrez aerbico.

    No ano de 2012 foi desenvolvido o primeiro Festi -val de Badminton de Chapec, evento que contou com a parti cipao da comunidade escolar. Esse evento foi amplamente divulgado pelos meios de comunicao do municpio e da regio Oeste de Santa Catarina.

    Em 2013, implementamos o projeto: Ressociali-zao de saberes onde alunos do ensino fundamental com algumas di culdades de aprendizagem esto prati -cando o Badminton com colegas que tem altos ndices de aprendizagem. Proporcionando uma interao de experincias entre esse educando. Alguns alunos par-ti ciparam da etapa microregional dos Jogos Estudanti s de Santa Catarina (JESC), na cidade de Xanxer, possi-bilitando que eles pudessem observar com colegas de outras cidades a prti ca do Badminton.

    A Prti ca do Badminton na escola E.E.B. Nelson Ho-rostecki como a prti ca de outra modalidade esporti va, formar campees em solidariedade, em aprendizagem e cidadania. Atualmente a prti ca realizada com os alunos nas quartas-feiras no perodo vesperti no e a modalidade foi includa nos Jogos Internos do Nelson Horostecki (JI-NHOS), os quais so realizados anualmente na Escola com o objeti vo de integrao entre a Comunidade Escolar.

    Bibliogra a:

    CAMPOS, C.E., MENZEL, H-J. Anlise de variveis dinmi-cas de saltos na ginsti ca Aerbica. Anais do IX Congres-so Brasileiro de Biomecnica, UFRGS, 2001.MARINS, J.B GIANNICHI, R.S. Avaliao e Prescrio de Ati vi-dade Fsica Guia Prti co, 2 ed. Rio de Janeiro: Shape; 1998.

    CHAMORRO, R.P.G..Composicin Corporal de jugadores de badminton. Revista Digital Efdeportes.com, ano 10, n68, 01/2004.

    FERNANDES FILHO, J. A prti ca da avaliao f sica em es-colares, atletas e academias de ginsti ca. Rio de Janeiro: Shape, 1999.Sites:Federao Catarinense de Badminton: htt p://fcb20132016.wix.com/fcbsc

    Confederao Brasileira de Badminton: htt p://www.badminton.org.br/Federao Mundial de Badminton: htt p://www.bwfb ad-minton.org/

    BadmintonAdemir Tonello

    Professor de Histria

    e Empreendorismo

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    Um pouco da histria: A colonizao do Oeste

    A colonizao do Oeste Catarinense ocorreu aps a Guerra do Contestado, entre 1912 a 1917, quando os descendentes de europeus aqui chegaram sem dar a m-nima importncia para os nati vos, buscaram apropriar-se da terra e dos recursos naturais existentes na regio.

    A subsistncia do caboclo foi direcionada de acordo com a colonizao e o desenvolvimento regional; segui-da dos recursos trazidos pelos europeus e o trabalho pe-sado oferecido aos nati vos caboclos pelos empresrios da poca.

    O Caboclo etnia de origem humilde, simples e sem grandes ambies, completamente ao contrrio do povo europeu que colonizou Oeste Catarinense.

    A arte e culturados caboclos

    O caboclo madrugador, faz seu fogo no fogo de barro, esquenta sua gua e toma seu chimarro, caf e vai para a labuta com sua enxada e seu chapu de palha, para trazer sua subsistncia, sem ns lucrati vos. Com sua di culdade para gerar renda o povo caboclo produzia a sua arte de acordo com as necessidades do seu dia a dia.

    Arti sti camente eles se destacam na msica, contao de histrias, artefatos de madeira, desenhos, medicina popular, festas populares, na religio alguns so msti cos.

    Estes dados foram reti rados dos textos elaborados e pesquisados pelos alunos do 2 ano do ensino mdio na disciplina da arte.

    A pesquisa foi direcionada exclusivamente para a parte art sti ca dos caboclos do oeste de Santa Catarina a parti r do projeto do EMI.

    Atravs de um questi onrio direcionado aos cabo-clos, concluiu-se a cultura art sti ca cabocla.

    O viver do cabocloOs caboclos so conhecidos pela sua cultura e seu

    modo de vida rsti co, suas casas eram de cho bati -do, madeira e cobertas com palha, seus valores eram implantados a parti r de culturas estrangeiras, criavam animais e suas plantaes eram para sua subsistncia,

    ti nham como forte caractersti ca o respeito natureza, reti rando dela somente o necessrio para viver.

    Uma conversa com Salete Tossati

    Salete Tossati veio morar em Chapec h 40 anos com seus pais. Na terra em que viviam morava um cabo-clo chamado Belarmino Bandeira. Ele morava em uma casa de pau a pique e cho bati do, coberta com folha de coqueiro; dentro dela ti nha um fogo de barro, ca-mas feitas de pau, talhadas mo e colches de palha de milho, sua alimentao era o que produziam como a canjica bati da no pilo, arroz e caf tudo produzido por ele. Os utenslios domsti cos eram feitos de madeira e barro talhados e esculpidos pelo seu Belarmino, a mesa, bancos, entre outros, para facilitar o dia a dia dele at mesmo as suas ferramentas de trabalho. Na hora de descanso gostava de tocar uma viola e sair para cantar e tocar com os vizinhos e gostavam tambm de pescar, caar, produziam suas echas, bodoque e bebiam gras-pa feita por eles.

    Os caboclos do oeste de Santa Catarina produziam, e produzem, arte popular de subsistncia, no pensando em beleza, decorao ou mesmo comercializao ape-nas em sua uti lidade e facilidade para seu dia a dia.

    Outra forma que podemos de nir a arte cabocla a arte Naf; a produo de desenhos que eram meramen-te para seu prprio entretenimento, e no para outros ns lucrati vos ou decorati vos.

    Eles caram conhecidos pela sua arte de produo e uti lidade dos objetos que criavam. Com madeira reti rada da natureza eles produziam seus instrumentos musicais para as modas de viola que realizavam com os vizinhos, faziam seus medicamentos uti lizando ervas produzidas por eles e se preocupavam com o bem estar de suas fa-mlias, e as pessoas de sua convivncia.

    [Relato do projeto de pesquisa

    elaborado na disciplina de Arte

    Ttulo: A arte cabocla do oeste de Santa Catarina

    Anelise Brentano Almeida

    Professora de Artes Turmas 201 e 202 Matutino]

    Arte Cabocla do Oeste de Santa Catarina

    Anelise Brentano Almeida

    Professora de Artes e Artesanato

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    A educao precisa de metodologia que despertem no estudo a curiosidade e a moti vao para o seu envol-vimento com a disciplina. A moti vao da Matemti ca se d quando conseguimos despertar o gosto pela mesma, atravs do ldico, lmes, salas ambientes, laboratrios entres outros. As aulas de Matemti ca precisam ser re-desenhadas, considerando as teorias educacionais, e que os professores de Matemti ca sejam conscientes de como a aprendizagem dessa disciplina est ligada lin-guagem, interao social e ao contexto cultural.

    Os jogos bem planejados so recursos pedag-gicos eficazes para a construo do conhecimento matemtico. Vygotsky afirmava que atravs do brin-quedo a criana aprende a agir numa esfera cogniti-va, sendo livre para determinar suas prprias aes. Segundo ele o brinquedo estimula a curiosidade e a autoconfiana. Segundo Malba Tahan 1968, para que os jogos produzam os efeitos desejados preciso que sejam, de certa forma, dirigidos pelos educadores. Outro motivo para introduo de jogos nas aulas de Matemtica a possibilidade de diminuir bloquei