necessidades individuais em contexto institucional
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Necessidades Individuais Em Contexto InstitucionalTRANSCRIPT
NECESSIDADES INDIVIDUAIS
EM CONTEXTO
INSTITUCIONAL
Formador: Paulo Vaz
UFCD:3548
Évora
Fundamentos Teórico
Cuidados de higiene: cuidados parciais e totais
Higiene geral
Limpeza e desinfecção dos espaços e instalações
Limpeza e desinfecção dos equipamentos emateriais
Medidas de promoção do bem-estar
Limpeza e desinfecção individual e colectiva
Prevenção das úlceras de pressão
Prevenção do risco de acidentes
Prevenção do isolamento e imobilismo da pessoa
idosa
Utilização de meios de primeiros socorros
Adequação de ementas
Distribuição e fornecimento das refeições
Acompanhamento de refeições
Geriatria - práticas profissionais
Observação participativa do quotidiano
Análise e compreensão das situações observadas
Higiene é um ramo da
medicina que visa prevenção
da doença
A noção de higiene não estava presente na
cultura da humanidade há alguns séculos atrás.
Os povos de origem europeia, por exemplo,
não tinham o hábito de asseio que temos nos
nossos dias.
Nos séculos XIX e XX, a descoberta de que vários
micróbios causam doenças, tornou a higiene
fundamental para a manutenção da saúde.
A higiene pessoal é essencial para o bem-estar físico e
mental, promovendo a saúde e prevenindo a doença.
Torna-se importante, pois, assegurar a sua
integridade. A idade influencia o estado da pele
tornando-se mais seca, fina e frágil.
Assim, no idoso, banhos demasiado frequentes
podem contribuir para a secura da pele e devem
ser evitados, sendo aconselháveis hidratações
frequentes.
Para muitos idosos um
banho total três vezes por
semana é o adequado. No
entanto a frequência
óptima depende das
necessidades individuais.
A descoberta de que vários micróbios causam
doenças, fez com que a higiene se tornasse
fundamental.
A limpeza do corpo, das roupas, dos utensílios e
das habitações, diminuiu sensivelmente o risco de
infecção por fungos, bactérias e vírus.
Durante o envelhecimento e a doença, a
capacidade de nos auto-cuidarmos diminui e a
carência de cuidados de higiene aumenta, como tal,
o cuidador deve contribuir para conservar a saúde
e o bem-estar do idoso.
Cuidados de Higiene
Existem várias formas de prestar os cuidados de
higiene ao idoso, todas elas eficazes, respeitando
sempre a sua privacidade. Temos o banho total ou
parcial no leito, no duche ou na banheira.
Antes de determinar qual o tipo d banho
adequado deve ser avaliado o grau de ajuda
necessário.
Deve, também, atender-se às preferências do idoso
relativamente à hora do dia, produtos a usar,
frequência e tipo de banho.
A lavagem de todas a partes do corpo é mais fácil
na banheira ou no duche.
No entanto, a segurança é a principal preocupação
e os idosos têm de ter força, mobilidade e
capacidade mental adequadas de forma a serem
prevenidos acidentes.
É sensato referir que o banho no leito é uma
necessidade humana essencial para a pessoa que
requer repouso absoluto ou com problemas de
mobilidade, como por exemplo quando ocorrem
fracturas.
HIGIENE
Então, a HIGIENE é um conjunto de meios e regras
que procuram garantir o bem-estar físico e mental,
promovendo a saúde e prevenindo a doença. Na
vida quotidiana, satisfazemos as nossas próprias
necessidades,.
Desta forma, durante a prestação de cuidados de
higiene adequados ao Idoso e o seu consequente
conforto físico e mental, deverão ser respeitados
alguns aspetos:
1) Proporcionar higiene e conforto, promovendo a
saúde e prevenindo a doença;
2) Avaliar grau de dependência
3) Favorecer independência/autonomia (nãosubstituir quando o Idoso tem capacidade pararealizar determinada tarefa, incentivar ao auto-cuidado);
4) Observar todo o corpo, avaliando a integridadecutânea;
5) Promover a integridade cutânea (secar todas aspregas cutâneas e espaços interdigitais, aplicarcreme e massajar todo o corpo, etc.);
6) Promover mobilização passiva e activa;
7) Promover uma relação interpessoal com Idoso e
Família (por exemplo: identificar-se, explicar
procedimento, incentivar a colaborar);
8) Não impor nova rotina, se possível atender à
vontade do Idoso e aos seus hábitos (por exemplo:
hora e frequência do banho);
9) Verificar condições ambientais (temperatura,iluminação e ventilação);
10) Respeitar privacidade, dignidade e valoresculturais do Idoso;
11) Assegurar as regras de segurança para o Idosoe para o Cuidador (grades e barras de protecção,tapetes antiderrapantes, não deixar o idososozinho, não deixar que tranque a porta, utilizarluvas, atender à ergonomia, etc.);
13) Atentar ao material invasivo do Idoso (sondanasogástrica, algálias, soros, catéteres, pensos, drenos,etc.);
14) Preparar todo o material anteriormente;
15) Iniciar higiene propriamente dita, pela cabeça emdirecção aos pés, partindo da parte mais limpa para amais suja;
17) Promover trabalho em equipa, integrando o Idosoe Família na mesma;
A quebra da capacidade individual para promover a sua própria higiene, pode estar associada a
vários factores, tais como:
A. Cansaço fácil, dispneia (falta de ar) ou astenia (fraqueza);
B. Alterações da consciência e mobilidade;
C. Alterações da percepção e sensibilidade;
D. Dor;
E. Indicação médica
Cuidados Parciais
Os cuidados de higiene parciais, entendem-se como
os cuidados específicos a cada parte do corpo a
ter em conta. Também podem ser chamados
cuidados de higiene parciais à higiene de parte do
corpo, frequentemente a regiões com secreção
abundante e maior carência de higiene (cara,
mãos, axilas e genitais).
Cabelo
Os cuidados básicos dos cabelos incluem: observar,
lavar, escovar, pentear e cortar. Atender a alguns
aspectos importantes:
1) Reunir o material necessário: luvas, bacia,
caneca, toalhas ou resguardo, produtos de higiene
do Idoso, pente, escova, tesoura, secador, etc.;
2) Se possível lavar cabelo no chuveiro;
3) Observar alterações do couro cabeludo (lesões,
parasitas, etc.);
5) Respeitar hábitos do Idoso (frequência de
lavagem, no caso da senhoras a ida ao
cabeleireiro, etc.);
6) Massajar couro cabeludo com as pontas dos
dedos;
7) Se possível manter o cabelo do Idoso curto,
cortando se necessário e houver consenso;
Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano,possuindo enumeras funções, entre elas:
Protecção física e imunitária;
Protecção da desidratação;
Regulação da temperatura corporal (por exemplo,sudação);
Funções metabólicas (por exemplo a luz solar fazcom que o organismo produza Vitamina D);
Órgão dos sentidos (tacto).
Como tal a higiene de toda a superfície corporal éindispensável, tendo em conta alguns detalhes:
Produtos utilizados: em Idosos semi-dependetes,sem alterações da pele pode-se utilizar sabão,sabonete ou gel de banho convencional, no entantoem idosos dependentes deverá ser utilizado sabãohipoalergénico, pois tem menor potencial deprovocar alergias, promove higiene e não carecede passar por água limpa.
Poder-se-á aplicar cremes ou óleos, dando
preferência ao creme hidratante. Não utilizar pós
(talco), pois impedem os poros da pele de respirar.
Observação: verificar alterações de toda a pele,
desde feridas por traumatismos ou pressão,
alergias, desidratação, alterações da pigmentação,
da temperatura, sensibilidade, etc.
Orelhas e Ouvidos
A sujidade nos ouvidos e orelhas pode provocar
ulceração e infecção, pelo que também devem ser
considerados determinados aspectos importantes
na sua higiene:
1. Durante o banho lavar com água e sabão as
orelhas, não esquecendo a parte posterior da
mesma;
2. Preparar material necessário: luvas, toalhetes,
algodão, cotonetes, etc.;
3. .Utilizar toalhete, algodão ou cotonete, mas sem
introduzir no ouvido, pois pode traumatizar o
tímpano e o objectivo é retirar a sujidade e não
introduzi-la no ouvido;
4. Observar presença de cerúmen (cera);
5. Observar alterações;
6. Considerar próteses auditivas.
Olhos (lavagem ocular)
Os olhos devem ser lavados durante o banho, com
água (alguns produtos podem provocar irritação),
no entanto por vezes é necessário promover uma
higiene particular, em caso de excesso de secreção
ocular.
A limpeza dos olhos deve ser realizada com
compressas, utilizando o soro fisiológico. Sendo
necessária uma compressa para cada olho.
1. Reunir o material necessário: luvas, compressas esoro fisiológico;
2. Com uma compressa embebida em sorofisiológico, passar suavemente no olho de dentropara fora, a fim de limpar todas as secreçõesexistentes;
3. Repetir o procedimento no outro olho, utilizandonova compressa;
4. Observar alterações do olho, considerarconjuntivites e irritações, etc.;
Boca: prótese, dentes e língua
(higiene oral)
A higiene oral deverá ser realizada idealmente
após cada refeição e sempre que necessário. Os
objectivos da higiene oral centram-se na
necessidade de manter a boca limpa e húmida,
ajudar a conservar os dentes e mucosa oral,
Prestar atenção especial a Idosos com presença de
sonda nasogástrica ou necessidade de aspiração
de secreções, tendem a apresentar maior
acumulação de sujidade na boca e maior
desidratação da mucosa oral.
Pelo que é fundamental a higiene cuidada da
mesma. Dever-se-á trocar o adesivo de fixação da
sonda nasogástrica diariamente, após o banho. Se
o Idoso for capaz de se auto-cuidar, deverá ser
realizada supervisão e, se necessário ensino.
Caso contrário, deverão ser seguidas as seguintes
instruções:
1. Reunir todo o material: luvas, escova de dentes
ou espátula com compressa, pasta dentífrica, anti-
séptico oral, copo, bacia, toalha, resguardos,
palhinha, vaselina ou pomadas.
2. Posicionar o Idoso, de preferência sentado, ou
em decúbito lateral (de lado) se Idoso inconsciente;
4. Se possível pedir ao Doente para gargarejar
com o líquido previamente preparado (podendo
utilizar a palhinha), relembrando que não pode
deglutir.
5. Embeber a espátula envolvida com compressa ou
escova de dentes na mesma solução preparada
anteriormente;
6. Realizar a limpeza da língua do idoso.
7. No caso do Idoso possuir prótese dentária, estadeve ser retirada e lavada (água morna), escova epasta de dentes, devendo-se lavar a bocanormalmente como anteriormente foi referido;colocar prótese dentária em locais adequados (nãoembrulhar em lenços ou outro material).
8. Hidratar os lábios do Idoso com vaselina ououtro produto semelhante.
9. No caso de Idosos semi-dependentes, promover
uma correcta higiene oral, aconselhando escovar os
dentes após as refeições,
Mãos, Pés e Unhas
Os Idosos costumam apresentar sérios problemas
nas mãos e pés, devido a alterações circulatórias,
deformidades ósseas, diabetes, etc.
Os objectivos principais da sua higiene são:
prevenir a infecção ou inflamação, evitar
traumatismo devido a unhas encravadas, longas ou
ásperas, evitar a cumulação de sujidade, etc.
Os cuidados a ter em conta são
1. Preparar material necessário: luvas, bacia,
esponja, toalhas, sabão, tesoura ou corta-unhas,
creme, óleo, vaselina, etc.
2. Durante o banho, lavar com água e sabão,
introduzir as mãos e os pés do Idoso na bacia de
água (posteriormente trocar de água), lavando
especialmente as unhas e espaços interdigitais,
assim como ter o cuidado de secar bem os mesmos;
3. Hidratar com creme, óleos ou aplicar vaselina nos
locais de maior calosidade (por exemplo os
calcanhares);
4. Cuidar das unhas, corta-las ou lima-las se necessário
(cortando de forma recta e não muito próximo da
pele), amolecendo-as previamente em água morna;
5. Observar as alterações dos pés, mãos e unhas,
verificando presença de lesões cutâneas;
6. Não cortar calosidades (pode provocar
hemorragia);
Cuidados Perineais
A higiene perineal refere-se à limpeza dos genitais
externos e região circundante, que normalmente é
realizada durante o banho.
No entanto, em Idosos dependentes, há
necessidade de realizar os cuidados perineais
várias vezes ao dia.
Os cuidados perineais são providenciados com a
finalidade de prevenir a infecção, promover a
saúde e conforto.
Devido a existência de vários orifícios no períneo,
esta é uma área vulnerável a entrada de
microrganismos patogénicos.
1. Reunir material necessário: luvas, bacia,
aparadeira, urinol, dispositivo urinário, saco
colector, esponjas, toalhas, resguardos, cremes,
sabão, fralda, pomadas, etc.;
2. Questionar o Idoso se pretende urinar ou
evacuar antes de proceder a higiene perineal.
Colocar urinol ou aparadeira, se necessário.
3. Colocar o Idoso em decúbito dorsal (barriga
para cima), se possível com pernas flectidas, lavar
a região de eliminação urinária e posteriormente,
colocar o Idoso de decúbito lateral (de lado) para
proceder a higiene da região de eliminação
intestinal.
a) Homem: começar a lavar com
movimentos circulares pela pontado
pénis, puxando o prepúcio para baixo
e lavando a glande, posteriormente o
pénis e o escroto (não esquecer de
voltar a colocar o prepúcio na sua
posição normal, nomeadamente em
casode Idoso não circuncisado);
b) Mulher: lavar da frente para trás (do
meato urinário para orifício vaginal e
posteriormente para a região anal),
prestando atenção à sujidade
acumulada entre os lábios, utilizando
uma mão para afastar os lábios e outra
para lavar; poder-se-á utilizar uma
esponja ou uma caneca de água para
conseguir obter maior eficácia.
4. Lavar da zona limpa para a zona
suja;
5. Promover a privacidade do Idoso;
6. Observar alterações;
7. Atender ao Idoso algaliado: que apresenta um risco de infecçãoaumentado, pelo que devem ser tomadas as devidas precauções, tais como:
a. Algaliação deverá ser realizada por Enfermeiro;
b. Manter o saco colector abaixo do nível da bexiga (para a urina não refluir novamente);
c. Não desadaptar saco da algália, excepto se o saco se romper e for necessário substituir;
d. Despejar a urina do saco colector várias vezes ao dia (2 a 3 vezes e sempre que necessário);
7. Atender
ao Idoso
algaliado:
que
apresenta
um risco de
infecção
aumentado,
pelo que
devem ser
tomadas as
devidas
precauções,
tais como:
e. Observar as características da urina
e a quantidade (urina concentrada,
urina com sangue ou coágulos, etc.);
f. Verificar se a algália ou tubo do saco
colector não fica dobrada ou a
traumatizar alguma parte do corpo do
Idoso;
g. Considerar perdas extra-algália e
Idosos que não usam saco colector;
8. Ponderar colocação de dispositivo urinário: que é
uma película fina de borracha, que se encaixa no
pénis, semelhante a um preservativo, mas com
orifício na extremidade, para ser conectado ao
saco colector.
Cuidados totais
Banho no leito = O banho no leito, providencia-
se quando o Idoso é totalmente dependente ou
quando há uma restrição do exercício. Se o Idoso
for semi-dependente e seja necessário o banho no
leito, deve-se providenciar o material e auxilia-lo na
higiene.
1. Reunir todo o material: luvas, bacia, esponjas,
toalhas, lençóis, pijama, camisa, calças, produtos de
higiene (sabão, cremes, perfumes, etc.),fralda,
cadeirão, material de higiene parcial, tesoura,
compressas, saco para lixos e roupa suja, etc.;
2. Dobrar a roupa limpa adequadamente e coloca-la
numa cadeira naordem pela qual vai ser utilizada;
3. Respeitar todos os aspectos anteriormente referidos;
4. Identificar-se e explicar procedimento;
5. Desimpedir a área de trabalho e adapta-la ao
procedimento;
6. Lavar as mãos, calçar luvas e avental (mudar de
luvas e lavar as mãossempre que necessário);
7. Oferecer urinol ou aparadeira;
8. Posicionar o Idoso em decúbito dorsal;
9. Preparar a bacia com água morna;
10. Despir o Idoso, ocultando as áreas do corpo
que não estão a ser higienizadas (se decidir lavar
o cabelo, não deve despir logo o Idoso);cobrir as
partes do corpo limpas com roupa limpa;
11. Utilizando uma esponja com sabão, lavar a
cara, as orelhas, o pescoço, o tórax, os braços
(começar pelo membro mais afastado), as mãos, as
axilas, a região infra-mamária, o abdómen
(especial atenção ao umbigo),as pernas, os pés.
12. Trocar a água da bacia;
13. Lavar a região perineal (região de eliminação
urinária);
14. Posicionar o Idoso em decúbito lateral direito ouesquerdo (deacordo com a sua preferência);
15. Lavar a região posterior do corpo: a nuca, as costas, asnádegas, aregião perineal (região de eliminação intestinal);
16. Aplicar pomadas na região perineal, se necessário;
17. Desentalar o lençol de baixo sujo, do seu lado e dobra-lo em direcção aoIdoso;
18. Colocar o lençol de baixo limpo, realizando metade dacama,efectuando já os cantos do seu lado;
19. Colocar resguardos e fralda limpos (se necessário);
20. Posicionar o Idoso no decúbito lateral oposto,
rolando para o lado em que já tem roupa limpa;
21. Retirar a roupa suja do lado contrário e fazer
a cama desse mesmo lado;
22. Esticar o lençol e resguardo, certificando que
não ficam dobras por baixo do Idoso;
23. Fechar fralda;
24. Aplicar cremes;
25. Vestir o Idoso;
26. Posicionar o Idoso;
27. Colocar lençol de cima, cobertor e coberta, fazendo os cantos da parte inferior da cama;
28. Preparar o cadeirão (se realizar levante nãonecessita de proceder ao ponto 26 e 27, antes domesmo);
29. Realizar levante (transferir Idoso paracadeira/cadeirão);
30. Realizar os cuidados de higiene parciaisnecessários;
31. Arrumar e limpar o meio envolvente:
32. Lavar as mãos.
Banho no chuveiro
O banho no chuveiro pode ser realizado pelo Idoso
semi-dependente e independente. O Idoso pode
deambular até ao WC ou em cadeira de rodas .
Durante o banho pode permanecer sentado em
cadeira (ou outro apoio semelhante) ou apoiado
em barras laterais de segurança (na posição
vertical).
O princípio básico consiste em respeitar os aspectos
já descritos, somando alguns: não deixar o Idoso
sozinho no WC, nem deixar que ele tranque
aporta, levar todo o material necessário para o
WC, auxiliar o Idoso a lavar-se e secar-se, auxiliar
o Idoso a vestir-se no WC ou colocar um roupão e
vestir posteriormente no quarto.
Banho na banheira
O banho na banheira pode ser realizado por Idosos semi-dependentes e independentes, existem várias ajudas técnicas.
O princípio básico é promover a higiene, de acordo com todos os aspectos que já falamos, sendo que neste caso, a questão de segurança deverá ser reforçada, pois é no banho que ocorrem frequentemente as quedas.
Talvez por esse motivo seja preferido o banho no chuveiro, com auxílio de barras de protecção e com cadeira.
Aspectos importantes na higiene do
idoso
Promover uma relação interpessoal e agradável
com o idoso durante o banho.
Respeitar a sua vontade, privacidade e
integridade.
Retirar todos os objectos das mãos que possam
ferir o idoso
Usar um par de luvas para cada idoso e lavar
SEMPRE as mãos antes e depois de cada higiene,
de forma a evitar infecções.
Começar os cuidados de higiene sempre das partes mais limpas para as partes mais sujas, (da cabeça para os pés)
Observar o corpo e detectar todas as feridas que possam ter
Ter atenção à fragilidade da pele, tanto ao lavar como a secar o corpo.
Ter especial cuidado nos movimentos com idosos dependentes quer seja da cama para a cadeira, ou para o local do chuveiro, devendo desviar-se tudo o que possa magoá-los
Retirar sempre as placas dentárias e lavá-las ou
incentivar o idoso a limpá-las. Estas só devem ser
colocadas depois da limpeza da boca, que nunca
deve ser deixada para trás, mesmo em pessoas
sem dentes, para se evitar infecções
Higiene Geral
Definições Básicas:
Portador: é um indivíduo que carrega um
microorganismo causador de algum tipo de
infecção sem, contudo, apresentar sintomas de
infecção.
Colonização: presença do microorganismo sem
causar resposta imunológica, uma vez que não há
qualquer dano ao organismo humano.
Os agentes infecciosos penetram no corpo humano
através de uma porta de entrada, e localizam-se
em determinados órgãos até serem eliminados
através de uma porta de saída.
a) Via Digestiva: os agentes penetram através da
boca, pelos alimentos, água, utensílios de cozinha,
ovos de lombrigas, bactérias de diarreia infecciosa,
vírus da hepatite, cistos, amebas e outros, por
exemplo: fórmulas lácteas, mamadeiras e bicos.
b) Via Respiratória: os agentes infecciosos são inalados através do nariz, penetrando no corpo, portanto, através do processo de respiração. Exemplos: bacilo da tuberculose (TB), vírus da gripe, vírus do sarampo, bactéria da coqueluche e da difteria e outros.
Nos procedimentos invasivos: nebulização, anestesia gasosa, traqueostomia, aspiração traqueal, entubação e assistência ventilatória.
c) Pele: os agentes infecciosos penetram também
devido ao contacto da pele com o solo ou a água
que os contenham. Exemplos: através da picada de
insectos, agulhas e instrumentos contaminados pela
tricotomia (nos preparos pré operatórios).
d) Vias Genital e Urinária: os agentes infecciosospenetram através do aparelho geniturinário.Exemplos: Genital (contacto directo com pessoascontaminadas, ex: bactérias da sífilis e dagonorréia, etc.) e Urinário (através deprocedimentos como cateterismo vesical, irrigações).
e) Via ocular: através do contacto de gotículas ouaerossóis infectados com a mucosa ocular.
Modos de Transmissão de Infecção
Contacto: ocorre contacto do hospedeiro com a
fonte que pode ser:
Indirecto: mãos-material-paciente.
Directo: mãos-paciente.
Aéreo: Maneira de transmissão mais comum em
infecções virais. Ocorre pela disseminação de
núcleos de gotículas oronasais ressecadas (tosse,
espirro) e matérias particuladas (poeira,
descamação de pele, pus, etc) que permanecem
suspensos no ar por longos períodos.
Ex.: rubéola, varicela, sarampo, meningite.
Vectores: Insectos e roedores (ratos) que carregam
em suas patas microorganismos. Não existem
trabalhos conclusivos que comprovem a ligação da
IH com insectos e roedores, mas a associação deste
modo de transmissão é relacionada a limpeza
hospitalar
Veículo Comum: ocorre a transmissão do agente
infeccioso da fonte a vários hospedeiros através de
um veículo comum. Ex: alimentos, sangue e
hemoderivados, fluidos intravenosos e drogas, mãos
Limpeza e Desinfeção dos Espaços e
Instalações
A Higienização: objectivos e etapas
Durante o processo de fabrico de alimentos,
verifica-se a acumulação dum conjunto de materiais
indesejáveis, entre os quais restos de alimentos,
corpos estranhos, substâncias químicas do processo,
e microrganismos.
Esta situação pode resultar do processo de
produção normal, como é o caso da adesão de
restos de alimentos às superfícies de trabalho, ou
de anomalias no processo, como por exemplo, as
resultantes de contaminação por deficiente
manutenção dos equipamentos ou de contaminação
ambiental
A higienização deverá, assim, assegurar a
eliminação das sujidades visíveis e não visíveis e a
destruição de microrganismos patogénicos e de
deterioração até níveis que não coloquem em causa
a saúde dos consumidores e a qualidade do
produto.
Higienização
=
Limpeza (L) + Desinfecção (L+D)
O processo de limpeza consiste essencialmente na
eliminação de restos de alimentos e outras
partículas que ficam sobre as superfícies enquanto
que a desinfecção consiste na destruição ou
remoção dos microrganismos.
A Limpeza
A Limpeza, tal como referido anteriormente,
consiste essencialmente na eliminação de restos de
alimentos e outras partículas. Este processo pode
ser concretizado através de uma acção física (ex.:
varrer, escovar, etc.), química (utilização de
detergentes) ou mecânica (bombas de água de
alta pressão, etc.) sobre uma determinada
superfície
Desinfeção
A seguir à limpeza, a desinfecção é usada para
reduzir o número de microrganismos viáveis, por
remoção ou destruição e para prevenir o
crescimento microbiano durante o período de
produção.
Este processo pode ser alcançado mediante a
aplicação de agentes ou processos (químicos ou
físicos) a uma superfície limpa. A desinfecção é
especialmente requerida em superfícies húmidas, as
quais oferecem condições favoráveis ao crescimento
de microrganismos.
Tipos de Desinfecção
Existem essencialmente 3 tipos de desinfecção:
desinfecção por calor, desinfecção por radiação e
desinfecção química.
TIPOS DE LIMPEZA
Numa instituição serão realizadas limpezas e
desinfecções de acordo com as necessidades das
áreas específicas.
a) Limpeza diária: É aquela realizada
diariamente utilizando água, sabão e fricção
mecânica, após a retirada do lixo.
b) Limpeza concorrente: É aquela realizada nas dependências, durante a ocupação dos pacientes.
Deve-se: - retirar o lixo e resíduos em saco plástico, recolher jornais e revistas;
- recolher a roupa suja em saco plástico e encaminhá-la para lavandaria;
- retirar o pó dos móveis com pano húmido. Secar com pano seco e limpo;
- limpar o banheiro;
- organizar a unidade.
Limpeza terminal
É aquela realizada após alta do paciente,transferência, óbito. Utiliza-se água, sabão edesinfectante.
Compreende a limpeza de superfícies horizontais,verticais e a desinfecção do mobiliário.
O uso de soluções desinfectantes é restrito aomobiliário, mesas auxiliares, colchões, macas, focos,bancadas, etc..., o seu uso é desnecessário em pisos,paredes e tectos.
Limpeza e Desinfecção dos
Equipamentos e Materiais
É fundamental que o profissional responsável pelo reutilização de materiais esteja habilitado a definir criteriosamente a que processo submeter cada tipo de artigo.
Falhas dessas indicações implicam graves riscos para os pacientes, assim como para os profissionais que entram em contacto com os artigos e superfícies e para o meio ambiente.
Classificação dos equipamentos e
Materiais
Artigos Críticos = São os objectos que entram em
contacto com o sistema vascular ou com tecidos estéreis.
Estes artigos devem ser esterilizados .
Artigos Não Críticos = Artigos que entram em contacto
apenas com a pele íntegra. Podem ser submetidos à
desinfecção de baixo nível
Artigos Semi-críticos = São aqueles artigos queentram em contacto com membranas mucosasintactas ou com pele lesada. É recomendado queartigos semi-críticos sejam submetidos àdesinfecção de alto nível. Estes materiais depreferência devem sofrer enxagúe com águaestéril e secagem com ar comprimido. A maioriados artigos de fisioterapia respiratória sãoclassificados como semi-críticos.
3Medidas de Promoção de Bem-estar
Para muitos autores, entre eles Paúl e Fonseca
(2005), em Portugal só no momento actual é que a
problemática da velhice começa a ganhar
relevante impacto social, na medida em que nos
estamos a deparar com fortes baixas de
natalidade e de mortalidade, verificando-se um
aumento significativo do número de idosos no
conjunto da população total do país.
Esta problemática coloca questões específicas que
influenciam, quer o bem-estar físico, quer o bem-estar
psicológico, a nível das condições de vida dos idosos na
actualidade.
A institucionalização tem um impacte na qualidade de
vida das pessoas dado que provoca alterações nas
rotinas diárias (higiene e alimentação e outros) e pode
comprometer alguns aspectos relevantes da vida tais
como a prática de actividades lúdicas e de lazer.
Estas promovem a estimulação física, sensorial e socio
emocional, de forma a alcançar um bem-estar
biopsicossocial do idoso, sendo por demais importante
a sua manutenção à medida que a idade avança.
Conhecer o impacte da institucionalização, sobre cada
um destes aspectos, possibilita planear e implementar
acções e direccionar estratégias no suporte social que
levam a prevenção e promoção da saúde, resultando
na melhoria da qualidade de vida.
QUALIDADE DE VIDA
A qualidade de vida tornou-se um objectivo
prioritário dos cuidados de saúde, tanto a nível da
prevenção de doenças, obtenção de cura ou alívio
dos sintomas bem como, o prolongamento da vida
humana o que tem ganho grande importância na
pesquisa clínica, tendo em vista o resultado da
doença e o tratamento
DEFINIÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA
RELACIONADA COM A SAÚDE
A qualidade de vida relacionada com a Saúde é
uma parte da qualidade de vida geral do
indivíduo, e pode ser definida como constituída
pelos componentes da qualidade de vida de um
indivíduo relacionada com a saúde, doença e
terapêutica.
Devem ser incluídos os seguintes
aspectos
sintomas produzidos pela doença ou tratamento;
- funcionalidade física;
- aspectos psicológicos;
- aspectos sociais;
- aspectos familiares;
- aspectos laborais;
- económicos.
Limpeza e desinfecção individual e
colectiva
higiene e a ordem são elementos que concorrem
decisivamente para a sensação de bem-estar,
segurança e conforto dos profissionais, pacientes e
familiares.
O aparecimento de infecções no ambiente institucional
pode estar relacionado ao uso de técnicas de limpezas
inadequadas, descontaminação de superfícies e de
instrumentos incorrectos e manuseio do lixo sem
protecção adequada.
Devido ao uso incorrecto das práticas e rotinas de
trabalho se faz necessário estabelecer o
aperfeiçoamento de técnicas eficazes de controle e
prevenção as infecções hospitalares que vão gerar
garantias de protecção ao trabalhador durante a
execução de suas tarefas
Os cuidadores de instituições de apoio
ao idoso devem:
Manter perfeita higiene pessoal (banho diário,cabelos limpos, penteados e presos, unhas limpas eaparadas);
Usar uniforme limpo;
Usar equipamento de protecção individual (EPI)quando recomendado;
Lavar as mãos com água e sabão após o uso dosanitário, antes da alimentação, ao iniciar eterminar as actividades.
Lavagem das mãos
Técnica de Lavagem Correta das Mãos:
Abrir a torneira.
Molhar as mãos e aplicar o sabão de preferência
líquido.
Friccionar as mãos com sabão durante 15 segundos.
Enxaguar as mãos.
Enxugar as mãos com papel toalha.
Fechar a torneira com o papel toalha já utilizado.
Retirar anéis, pulseiras e relógios;
Lavar todas as superfícies, o dorso, a região palmar, entre os dedos e ao redor das unhas;
Para completar: lavar os antebraços;
Secar com papel toalha.
Prevenção das úlceras de pressão
As úlceras de pressão são feridas que resultam da
irritação da pele e em consequência da falta de
irrigação sanguínea nesse local, conduzindo à
morte dos tecidos.
As úlceras pressão podem ocorrer por um excesso
de pressão ou fricção numa determinada região da
pele contra uma saliência óssea, podendo muitas
vezes encontrar-se dissimuladas por baixo de
calosidades.
Geralmente começa por ser apenas um ponto
vermelho na pele que não reverte com o alívio da
pressão ou então uma pequena “bolha” de água
que evoluem rapidamente para feridas graves, se
não se actuar desde cedo.
Locais onde é mais frequente
surgirem úlceras de pressão:
Pessoas que não conseguem se movimentar e ficamacamadas ou sentadas por muito tempo na mesmaposição podem apresentar feridas conhecidas porúlcera de pressão.
Se a pessoa não tem controle da urina e fezes etem dificuldades para ter uma boa alimentação oproblema pode se agravar no entanto certasmedidas podem ser usadas para diminuir oproblema:
1. A pele deverá ser limpa no momento que sesujar. Evite água quente e use um sabão suave paranão causar irritação ou ressecamento da pele. Apele seca deve ser tratada com cremes hidratantesde uso comum.
2. Evite massagens nas regiões de proeminênciasósseas se observar avermelhamento, manchas roxasou bolhas pois isto indica o início da escara e amassagem vai causar mais danos.
3. Se a pessoa não tem controle da urina use
fraldas descartáveis ou absorventes e troque a
roupa assim que possível. O uso de pomadas como
oxido de zinco também ajuda a formar uma
barreira contra a humidade.
4. O uso de um posicionamento adequado e uso de
técnicas corretas para transferência da cama para
cadeira e mudança de decúbito podem diminuir as
feridas causadas por fricção. A pessoa nunca deve
ser arrastada contra o colchão.
5. As pessoas que não estão se alimentando bem
precisam receber uma complementação alimentar
para que não fique com deficiências que podem
levar a pele a ficar mais frágil.
6. A mudança de posição ou decúbito deve ser
feita pelo menos a cada duas horas.
7. Travesseiros ou almofadas de espuma devem ser
usadas para manter as proeminências ósseas (como
os joelhos) longe de contacto directo um com o
outro. Os calcanhares devem ser mantidos
levantados da cama usando um travesseiro.
8. Quando a pessoa ficar na posição lateral deve-
se evitar a posição directamente sobre o fémur.
9. A cabeceira da cama não deve ficar muito
tempo na posição elevada para não aumentar a
pressão nas nádegas, o que leva ao
desenvolvimento da úlcera de pressão.
10. Se a pessoa ficar sentada em cadeira de rodasou poltrona use uma almofada de ar, água ou gelmas nunca use aquelas almofadas que tem umorifício no meio (roda d´água) pois elas favorecemo aumento da pressão e a presença da ferida.
11. Use aparelhos como o trapézio, ou o forro dacama para movimentar (ao invés de puxar ouarrastar).
12. Use um colchão especial que reduz a pressão
como colchão de ar ou colchão d’água.
13. Evite que a pessoa fique sentada
ininterruptamente em qualquer cadeira ou cadeira
de rodas. Os indivíduos que são capazes, devem
ser ensinados a levantar o seu peso a cada quinze
minutos.
14. Diariamente deve-se examinar a pele da
pessoa que pode ter escaras para observar.
15. Para tratamento da úlcera é preciso uma
avaliação do profissional do estágio da ferida
porém em todos os casos lave somente com soro
fisiológico ou água, não use sabão, sabonete,
álcool, mertiolate, mercúrio cromo , iodo (povidine).
Prevenção do risco de acidentes
As quedas são a principal causa de acidentes nos
idosos, ocorrem maioritariamente em casa e são
responsáveis por 70% das mortes acidentais .
As quedas nos idosos podem provocar uma série de
danos físicos, como traumatismos de tecidos moles e
fracturas ósseas, declínio funcional e muitas vezes a
morte.
Principais causas de quedas dos
idosos em casa
Atualmente compreende-se a etiologia dos
acidentes como as interacções entre o Homem e o
Ambiente, podendo existir factores de risco
inerentes a cada um.
Existem factores extrínsecos, que se referem ao próprio
ambiente casa/instituição, como móveis, tapetes,
degraus, corrimões mal colocados e, ainda, os pisos
lisos e escorregadios.
Os factores de risco intrínsecos ao idoso incluem
aspectos relacionados com o envelhecimento, doenças
crónico-degenerativas e comportamentos adoptados
pelos idosos, que muitas vezes sobrestimam as suas
capacidades acrescendo o risco de queda.
Ou seja, deve-se adaptar ao meio às próprias
incapacidades que o envelhecimento acarreta,
nomeadamente as incapacidades de locomoção,
isto para que alguns riscos sejam diminuídos
consideravelmente.
Prevenção do isolamento e
imobilismo da pessoa idosa
Pode surgir uma diminuição da capacidade
funcional, comprometendo a saúde e a qualidade
de vida do idoso. É normalmente acompanhado por
uma série de modificações nos diferentes sistemas
do organismo.
Podemos
então
considerar as
seguintes
modificações,
a onde pode
provocar o
isolamento e
o imobilismo:
Alterações das amplitudes
articulares
Diminuição da força muscular
Alterações da coordenação
Défices no equilíbrio
Dores generalizadas
Diminuição acuidade visual e
auditiva
Alteração de humor
ABORDAGEM MULTIDIMENSIONAL
Uma das medidas para fazer face ao imobilismo e ao
isolamento é a actividade física e/ou o exercício físico.
A actividade física regular é altamente benéfica para
redução da imobilidade no idoso, pois contribui para a
sua maior autonomia e independência. Proporciona
uma melhor qualidade de vida influenciando de modo
positivo as actividades da vida diária, assim como,
outras intervenções lúdicas.
Utilização de meios de primeiros
socorros
Queimaduras
Por contacto com fogo, objectos quentes, água fervente ou vapor;
O cuidador DEVE:
a. se as roupas estiverem em chamas, evitar que apessoa corra;
b. se necessário, colocar a pessoa no chão, cobrindo-acom cobertor, tapete ou casaco, ou fazê-la rolar nochão; •
c. secar o local delicadamente com um pano limpo ouchumaços de gaze;
d. cobrir o ferimento com compressas de gaze;
e. manter a região queimada mais elevada do que oresto do corpo, para diminuir o inchaço; dar bastantelíquido para a pessoa ingerir se estiver consciente.
O cuidador NÃO DEVE:
a. tocar a área afectada com as mãos;
b. nunca furar as bolhas;
c. tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessários recorte em volta da roupa que esta sobre a região afectada;
d. usar manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura;
e. cobrir a queimadura com algodão;
f. usar gelo ou água gelada para resfriar a região.
Contacto com substâncias químicas.
a. retirar as roupas da vítima tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos;
b. lavar o local com água corrente por 10 minutos, enxugar delicadamente e cobrir com curativo limpo e seco;
c. procurar ajuda médica imediata.
Corpo estranho nos Olhos
a. não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos;
b. pingue algumas gotas de soro fisiológico ou deágua morna no olho atingido;
c. se isso não resolver, cubra os 2 olhos comcompressas de gaze, sem apertar;
d. se o objecto estiver dentro do olho, não tenteretirá-lo;
e. cubra os 2 olhos;
Corpo estranho na Deglutição
a. nunca tente puxar os objectos da garganta ou
abrir a boca para examinar o seu interior;
b. deixe a pessoa tossir com força;
c. este é o recurso mais eficiente quando não há
asfixia;
d. se a pessoa não consegue tossir com força, falar
ou chorar, é sinal de que o objecto está obstruindo
as vias respiratórias, o que significa que há asfixia;
Quando existe asfixia:
deve posicionar-se de pé, ao lado e ligeiramente atrás davítima;
a cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito;
em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas,rapidamente com a mão fechada; a sua outra mão deveser colocada sobre o peito do paciente;
se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, comseus braços ao redor da cintura da pessoa. coloque a suamão fechada com o polegar para dentro, contra o abdomeda vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limitedas costelas; agarre firmemente seu pulso com a outra mãoe exerça um rápido puxão para cima; repita, se necessário,4 vezes numa sequência rápida;
Envenenamento
Você pode provocar vómitos:
se a vítima estiver consciente;
apenas nos casos de ingestão de medicamentos,
plantas, comida estragada, álcool, bebidas
alcoólicas.
Você NÃO deve provocar vómitos:
se a vítima estiver inconsciente;
se a substância ingerida for corrosiva ou derivadade petróleo como removedor, gasolina, querosene,polidores, ceras, graxas, soda cáustica, águasanitária, etc.
Observação: a indução ao vómito é feita através da ingestão de uma colher de sopa de óleo de cozinha e um copo de água, ou estimulando a
garganta com o dedo.
Convulsões
O cuidador deve observar os seguintes sinais:
a. perda súbita de consciência,
b. salivação excessiva;
c. movimentação brusca e involuntária dos músculos;
d. enrijamento da mandíbula, travando os dentes;
e. pode apresentar cianose dos lábios eextremidades devido à dificuldade de respiração
f. pode ocorrer relaxamento dos esfíncteres comperda de urina e fezes.
Afastar a vítima de lugar que ofereça perigo, como
fogo, piscina etc;
retirar objectos pessoais e aqueles que estiverem
ao seu redor que possam feri-la, como óculos,
gargantilhas, pedras etc; •
proteger a cabeça, deixando-a agitar-se à
vontade;
proteger a língua, colocando uma trouxinha de pano (não forçar se os dentes estiverem travados);
retirar próteses quando houver;
afrouxar as roupas, se necessário;
observar a respiração durante e após a crise convulsiva;
procurar socorro médico.
Observação:. Não se deve deitar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise.
Paragem Cardiorrespiratória
a. Observar se o paciente está consciente, perguntando seestá tudo bem.
b. Tentar palpar pulso em artérias, principalmente ascarótidas, que se situam ao lado da traqueia no pescoço(localizar inicialmente a cartilagem tireóide, tambémconhecida como maça-de-adão, e depois moverlateralmente os dedos, até conseguir palpar o pulsocarotidiano).
c. Observar a ausência de movimentos respiratórios,olhando para o peito se há ou não movimento do tórax;
d. Observar ainda se unhas e lábios estão roxos, pupilasdilatadas e fixas, e manchas arroxeadas em todo o corpo.
O que fazer quando uma pessoa está
em parada cardíaca?
Deve-se proceder às manobras iniciais deressuscitação cardíaca denominadas de SuporteBásico de Vida. Lembre-se que você deve agirrapidamente, pois o cérebro suporta somente até 4minutos sem oxigenação adequada.
Inicialmente, você deve colocar a vítima de costasem local plano e duro (no chão, por exemplo) einiciar, imediatamente, enquanto providencia aequipe de Resgate, as 3 etapas do Suporte Básicode Vida:
1. Abertura de vias aéreas
a primeira manobra a ser executada no suporte
básico de vida.
ajoelhe-se próximo à cabeça da vítima.
coloque uma mão no queixo e outra na testa da
vítima, estendendo a cabeça.
nos pacientes com suspeita de traumatismo da coluna cervical (vítima de afogamento, choque eléctrico, acidentes), esta manobra não deverá ser executada pelo risco de lesão da medula espinhal.
Nesta situação:
- realizada apenas a abertura da boca, sem a extensão da cabeça.
- durante todo o procedimento, uma mão deverá ficar situada sempre no queixo para manter as vias aéreas livres.
2. Ventilação
- Use o polegar e o indicador da mão que estava sobre atesta para fechar o nariz da vítima e impedir que o arescape.
- Inspire profundamente e coloque a “boquilha” na boca davitima.
- Sopre o ar dentro da boca da vítima, sem deixar escaparo ar.
- Caso não seja palpado pulso carotidiano, deverá seriniciada a massagem cardíaca externa:
você deverá estar situado de joelhos, junto ao tórax dopaciente.
o local correto da aplicação da massagem cardíacaexterna é encontrado palpando-se o encontro das ultimascostelas no centro do peito, até encontrar o esterno (ossocentral do tórax); neste local, são colocados dois dedostransversos e, acima deste ponto, uma das mãos éposicionada sobre o esterno e a outra sobre esta; os dedosnão deverão estar em contacto com o tórax.
o cuidador, com os braços estendidos, deverá produzir umadepressão do esterno. A compressão do esterno éocasionada pelo peso do movimento do tórax do socorrista.
Adequação de ementas / Distribuição
e fornecimento das refeições /
Acompanhamento de refeições
A nutrição, a saúde e o envelhecimento estão
relacionados entre si, por isso o envelhecimento
saudável está relacionado à manutenção de um
estado nutricional adequado e à alimentação
equilibrada .
Planejar as refeições e utilizar medidas corretas
durante o preparo dos alimentos pode contribuir
para a satisfação com a alimentação, evitando
riscos de acidentes e danos à saúde,
principalmente para quem já se encontra em
idade mais avançada, e, ao mesmo tempo,
permite atender aos princípios de uma
alimentação saudável.
Cuidados na compra dos alimentos
No momento da compra, ao observar os produtos, deve-
se escolher aqueles:
• De procedência segura;
• Que apresentem características próprias nos aspectos
de aparência, cor, cheiro e textura;
• Que estejam dentro do prazo de validade;
• Com embalagens não danificadas;
• Sem sinais de degelo, como cristais de gelo ou água
dentro da embalagem (para produtos congelados);
Estar atento às outras informações do rótulo do
alimento é também um procedimento indicado
para:
• Identificar produtos específicos
para este grupo populacional;
• Conhecer melhor a composição
nutricional dos produtos;
• Identificar os seus ingredientes;
• Obter informação quanto à
forma de conservação;
• Preparar o alimento
adequadamente;
•Aprender novas receitas;
• Utilizar os serviços de
atendimento ao consumidor –
SAC;
• Comparar produtos similares,
de diferentes marcas;
• Fazer a melhor escolha de
acordo com orçamento
disponível
Cuidados no preparo das refeições
O ambiente onde as refeições são preparadas
precisa estar limpo, incluindo a superfície de
trabalho, os utensílios que serão utilizados e os
equipamentos. A área de preparo deve estar livre
de objectos desnecessários, como os decorativos.
A organização, nesse momento, pode garantir
espaço adequado para o manuseio dos alimentos,
diminuir esforço físico e mental e evitar acidentes.
Ao preparar as refeições, algumas medidas
especiais são necessárias para atender aos
princípios de uma alimentação saudável:
• Dar preferência a alimentos menos gordurosos,
optar por leite e derivados com menor teor de
gordura, remover as gorduras visíveis das carnes e
usar óleos vegetais para cozinhar os alimentos;
• Não abusar da adição de açúcar, sal e pimenta,
nem do uso de enlatados, embutidos e doces;
• Variar os alimentos que compõem o cardápio,
incluindo alimentos regionais e de safra, e a forma
de prepará-los (cozinhar, assar e grelhar, usar
diferentes cortes para frutas, legumes, verduras e
carnes).
É importante também não acrescentar muita água
ao cozimento e evitar que os alimentos
permaneçam cozinhando por muito tempo, o que
poderia levar à perda de nutrientes;
Incentivar preparações com cereais integrais ou o uso de produtos feitos com farinha integral (pães, bolos, etc.). Outros alimentos ricos em fibras (frutas, legumes e verduras) devem ser utilizados no cardápio;
Utilizar receitas que favoreçam o consumo de frutas, legumes e verduras, combinando esses itens, por exemplo, nas saladas;
Planejar as refeições do dia de modo a favorecer o fornecimento adequado de nutrientes ao corpo, manter o peso saudável, por meio de uma alimentação acessível e segura.
Quando a pessoa idosa apresentar limitações para
mastigar e engolir, a forma de preparo, a
consistência, a textura, o tamanho dos alimentos e a
quantidade que é levada à boca devem ser
adaptados ao grau de limitação apresentado.
Nesses casos, moer, ralar, picar em pedaços
menores podem ser alternativas viáveis para
facilitar o planeamento das refeições e o consumo,
evitando a recusa da refeição e complicações como
engasgo, aspiração ou asfixia durante a ingestão
dos alimentos.
Medidas associadas ao consumo das
refeições
A atenção a essas medidas visa deixar a pessoa
idosa mais disposta para alimentar-se com prazer.
A maioria dessas medidas não requer investimento
financeiro, depende mais da disposição das
pessoas em realizar algumas mudanças que podem
fazer a diferença para toda a família ou para os
moradores de uma instituição de longa
permanência.
Por exemplo: optimizar os recursos existentes como
móveis, utensílios de mesa e de cozinha, elementos
de decoração, dentro de um planeamento
adequado da alimentação para a pessoa idosa.
O ambiente onde a refeição é
consumida deve:
• Estar limpo;
• Ser arejado;
• Apresentar boa luminosidade;
• Ter mobiliário resistente e adequado: mesa com
cantos arredondados, de preferência, cadeira com
dois braços, sendo a altura da mesa compatível
com a altura das cadeiras e da pessoa idosa;
• Ter espaço livre para a circulação das pessoas.
Distribuir a alimentação diária em
cinco ou seis refeições:
Durante o dia, três refeições básicas devem ser
feitas: desjejum, almoço e jantar, intercaladas com
dois ou três pequenos lanches: colação (lanche leve
pela manhã), lanche da tarde e ceia (lanche
nocturno leve).
Esta distribuição estimula o funcionamento do
intestino e evita que se coma fora de hora.
É importante estabelecer horários regulares para
as refeições, com intervalos para atender às
peculiaridades da fisiologia digestiva da pessoa
idosa, considerando que sua digestão é mais lenta.
O ajuste dos horários de refeição contribui para
garantir o fornecimento de nutrientes e energia,
maior conforto e apetite para a pessoa idosa.
Orientações para auxiliar a
autonomia da Pessoa Idosa
Na montagem da mesa da refeição deve-se evitaro excesso de estímulo visual para não desviar aorientação e a percepção visual da pessoa idosade sua alimentação, facilitando a sua participaçãoactiva no ato de alimentar-se.
Essa montagem deve ser adaptada na medida emque forem detectadas limitações que dificultam aautonomia da pessoa idosa, de forma a incentivaro seu convívio à mesa.
Promover o contraste, pois quando há contraste de
cor entre talheres, prato e toalha de mesa, a
pessoa idosa terá mais facilidade para identificar
esses utensílios, conferindo-lhe maior autonomia no
ato de comer .
Geriatria
Práticas Profissionais
Observação participativa do quotidiano
A observação participante, que muitas vezes é
também designada por trabalho de campo,
caracteriza-se pela inserção do observador no
grupo observado .
A observação-participação tanto pode ser uma
participação distanciada e ligeira, como uma
participação mais profunda e mais integrada. A
observação participativa acaba por ser os registos
feitos diariamente aquando um cuidado prestado à
pessoa idosa.
Os registos do cuidador têm como finalidade descrever asituação de um utente e quais os cuidados que lhe foramprestados.
Os registo escritos que indicam o trabalho efectuado, nomeadamente:
Os problemas solucionados pela equipa de enfermagem;
Comportamentos específicos do utente;
Quais as intervenções que foram prestadas ao utente;
As repostas dos utentes a intervenções;
As observações do cuidador.
Devemos ter presente que: A qualidade de vida do
utente, presente e futura, depende, sem grande
medida, deste factor: os registos do cuidador,
muitas vezes esquecidos, são fundamentais na
qualidade de assistência ao utente.
Importância dos registos por parte do
cuidador
Em contexto institucional os registos são importantes
não apenas por uma mas por várias razões em
conjunto. Importância dos registos do cuidador na
qualidade dos cuidados prestados:
Contribuem para proporcionar conhecimento
sobre anteriores intervenções de outros cuidadores,
independentemente do local onde o utente foi
assistido.
Ajuda no estabelecimento do diagnóstico médico e
de enfermagem aquando uma patologia ou
circunstância súbita.
Auxilia a compreender a conduta do utente.
Obter uma visão da evolução física e mental do
utente, após hora/dia ou semana/mês...
Fundamenta decisões e intervenções do cuidador.
Individualiza os cuidados
Assegura a continuidade dos cuidados e a
identificação das necessidades do utente.
Avalia os cuidados e o consequente impacto na
evolução do paciente através da comparação dos
registos sequenciais.
Determina as responsabilidades – porque
permite avaliar a qualidade dos cuidados prestad
Como elaborar registos
Escrever sempre com letra legível, e se a
instituição não emitir directrizes em contrário,
escrever com caneta de tinta preta, visto ser mais
legível em fotocópias ou microfilme.
Registar as ocorrências por ordem cronológica.
Registar observações tendo sempre por base a
isenção de julgamentos ou conclusões sem bases
concretas.
Escrever todas as informações de forma precisa, concisa e clara.
Devem constar a data e hora de todas as observações.
Devemos evitar o uso de abreviaturas que não sejam compreensíveis quer pelos outros enfermeiros quer pelos outros profissionais de saúde.
Após a admissão devemos fazer, logo que possível, todos os registos inerentes a esse facto.
Registar a medicação que se administrou e, se não administrou, justificando qual o motivo.
Nunca escrever antecipadamente, nem deixar
registos importantes para o final do turno.
Registar claramente qualquer ocorrência
adversa ou medidas tomadas pelo cuidador e
respectiva resposta do utente.
Registar todos os tratamentos e sempre que e
sempre que se preste assistência aos doentes.
Análise e compreensão das situações
observadas
Os registos fornecem um leque de dados preciosos
para a continuidade do processo, e como meio de
comunicação que são apresentam os conhecimentos
pertinentes através de uma forma lógica e explícita
que permitem avaliar a qualidade dos cuidados
prestados.
Existem dez finalidades essenciais dos registos para
a compreensão das situações observadas:
Comunicar.
Determinar responsabilidades.
Colher dados.
Individualizar os cuidados.
Integrar diversos aspectos do utente.
Assegurar a continuidade dos cuidados.
Avaliar o utente para novas intervenções / modificações de cuidados.
Permitir uma protecção legal.
Para que a intervenção não sofra quebras na sua qualidade com o passar dos turnos e dos dias é imperioso que o cuidador desenvolva um sistema de registos que contemple todas as fases do seu processo de atendimento ao utente e família
Referências Bibliográficas
Berger, Louise (1995) – Cuidados de enfermagem em gerontologia. In Berger, Louise; MAILLOUX-POIRIER, Danielle – Pessoas idosas: uma abordagem global: processo de enfermagem por necessidades Lisboa: Lusodidacta, 1995. ISBN 972-95399-8-7. p. 11-19.
Jerónimo, L. (2008, Janeiro). Velhice e envelhecimento: da antiguidade aos nossos dias. Cidade Solidária, pp.30-33.
Manual Merk - Biblioteca Médica (Edição online para a familia). Consultado a 20 de Outubro de 2012.
Zimerman, G. (2000). Velhice: aspectos biopsicossociais. São Paulo: ARTMED.