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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 2

ÍNDICE

MENSAGEM DO PRESIDENTE 5

A EMPRESA - DESTAQUES 7

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 11

ENVOLVENTE 15

GOVERNO SOCIETÁRIO 25

ATIVIDADE 35

DESEMPENHO FINANCEIRO 48

PERSPETIVAS PARA 2020 55

FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO 58

CONSIDERAÇÕES FINAIS 60

PROPOSTA DE APLICAÇÃO RESULTADOS 62

ANEXO AO RELATÓRIO 64

CONTAS INDIVIDUAIS 66

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS 100

RELATÓRIO FISCAL ÚNICO 102

Índice de Quadros

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 3

Índice de Gráficos

Índice de Tabelas

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 4

Índice de Figuras

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 5

MENSAGEM DO PRESIDENTE

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 6

O ano de 2019 foi caracterizado pela resiliência e capacidade de adaptação da Resinorte, num

setor que vive momentos de reinvenção, avanços e recuos, num contexto de interpretações

várias e criativas onde todos temos que viver e nos adaptar. Mas ao final do dia, apesar de todas

as teorias e formas de estar, somos nós que continuamos a assegurar o serviço público de

recolha seletiva, tratamento e valorização de resíduos, que todos os dias chegam às mãos de

homens e mulheres que os transformam em recursos.

Foi neste contexto que desenvolvemos a nossa atividade, com os maiores investimentos dos

últimos anos na Resinorte (7,6 M€), dos quais há a destacar a aquisição de 3 viaturas para

transporte de RUB, a substituição total de 4 novos equipamentos de osmose inversa bem como

de toda a linha de afinação de composto, a colocação de mais de 990 novos ecopontos e ecoilhas,

bem como o investimento na capacidade de tratamento e deposição de resíduos.

Em paralelo e na procura de ganhos de eficiência e eficácia apostou-se fortemente na

implementação de projetos transversais ao nível da EGF e suas concessionárias, de que são

exemplo a implementação do Sistema SAP e respetivos processos, a negociação centralizada e

contração sinérgica de fornecimentos e serviços, programas de formação e iniciativas e

campanhas de sensibilização junto da população com resultados mensuráveis e muito

expressivos.

Esta abordagem permite-nos ter mais confiança no cumprimento dos ambiciosos objetivos de

serviço público da Resinorte, sendo exemplo, o significativo incremento da recolha seletiva

relativamente ao ano anterior, + 17%.

No entanto, não posso deixar de manifestar preocupação pela degradação da situação

económica e financeira da empresa, resultado de um ano de incertezas e de decisões externas

que em muito a penalizam, mas estou certo de que estes desafios serão superados com a ajuda

da competência e o rigor que temos dentro de casa.

É o reconhecimento da capacidade dos colaboradores da Resinorte que nos faz acreditar que

temos todas as condições para garantirmos o sucesso da nossa empresa, a Resinorte tem o

futuro nas suas mãos e só nos cabe a nós concretizá-lo, contando com o apoio sempre presente

dos acionistas, clientes e parceiros.

Miguel Lisboa

Presidente do Conselho de Administração

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MENSAGEM DO PRESIDENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 7

A EMPRESA - DESTAQUES

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A EMPRESA DESTAQUES

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 8

MISSÃO, VISÃO E VALORES

PERFIL DA EMPRESA

A RESINORTE tem como Missão a Exploração e Gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da

região e do país e para a maximização do bem-estar humano, através da criação de valor e respeitando as exigências

legais instituídas para a sua área de atividade.

MISSÃO

A RESINORTE tem como Missão a Exploração e Gestão do Sistema Multimunicipal de Triagem, Recolha, Valorização e

Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos do Norte Central, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da

região e do país e para a maximização do bem-estar humano, através da criação de valor e respeitando as exigências

legais instituídas para a sua área de atividade.

POLÍTICA DE RESPONSABILIDADE EMPRESARIAL

Para atingir os objetivos expressos na sua missão, a RESINORTE definiu a sua política de responsabilidade empresarial, que contempla os seguintes compromissos:

• Estabelecer, de acordo com o princípio da melhoria contínua, objetivos e metas, avaliando de forma sistemática os resultados obtidos para um aumento da eficácia do sistema, com a preocupação constante na otimização dos custos;

• Implementar de forma objetiva e continuada, processos, procedimentos e práticas de trabalho orientados para a satisfação das expectativas das partes interessadas e para a minimização e controlo dos riscos laborais e dos aspetos ambientais significativos;

• Zelar pelo cumprimento da legislação, dos compromissos contratualmente assumidos e dos regulamentos aplicáveis;

• Prevenir a poluição, as doenças profissionais, os incidentes e os danos para a saúde dos trabalhadores através da utilização das melhores técnicas disponíveis e das melhores práticas utilizadas no setor da gestão de resíduos sólidos;

• Providenciar formação e sensibilização regular e adequada aos colaboradores, visando a melhoria contínua das suas competências e do desempenho das funções que lhes são atribuídas;

• Estabelecer mecanismos de comunicação com as partes Interessadas, de forma a promover o envolvimento de

todos os agentes na estratégia de desenvolvimento da RESINORTE.

ACIONISTAS

A RESINORTE é, desde 28 de julho de 2015, uma empresa de capitais maioritariamente privados, com capital social

de 8.000.000 de euros, integralmente realizado, distribuído pela EGF - Empresa Geral de Fomento, S.A., na

percentagem de 75,11% e, na parte restante, pela AMVDN – Associação dos Municípios do Vale do Douro Norte e

por 22 dos 35 municípios utilizadores do Sistema. A atual estrutura acionista resultou do processo de reprivatização

da EGF, enquadrado pelo Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março.

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A EMPRESA DESTAQUES

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 9

Quadro 1 - Acionistas

INDICADORES

Em seguida são apresentados os principais indicadores da empresa.

Quadro 2 – Indicadores técnicos

AMVDN 423.683 5,30%

EGF SA 6.008.940 75,11%

Municipio de Amarante 244.470 3,06%

Municipio de Armamar 28.428 0,36%

Municipio de Baião 83.105 1,04%

Municipio de Boticas 67.832 0,85%

Municipio de Cabeceiras de Basto 70.348 0,88%

Municipio de Celorico de Basto 78.972 0,99%

Municipio de Chaves 67.832 0,85%

Municipio de Cinfães 81.448 1,02%

Municipio de Lamego 104.033 1,30%

Municipio de Marco de Canaveses 218.745 2,73%

Municipio de Moimenta da Beira 43.657 0,55%

Municipio de Mondim de Basto 33.073 0,41%

Municipio de Montalegre 67.832 0,85%

Municipio de Penedono 13.202 0,17%

Municipio de Resende 46.423 0,58%

Municipio de Ribeira de Pena 67.832 0,85%

Municipio de São João da Pesqueira 32.251 0,40%

Municipio de Sernancelhe 24.084 0,30%

Municipio de Tabuaço 24.922 0,31%

Municipio de Tarouca 33.224 0,42%

Municipio de Valpaços 67.832 0,85%

Municipio de Vila Pouca de Aguiar 67.832 0,85%

8.000.000 100%

31 de dezembro de 2019

Accionistas Número de açõesPercentagem de

participação

INDICADORES de ATIVIDADE 2019 2018 2017

municipios servidos 35 35 35

população servida (1) mil hab 909 914 918

RU municipais mil ton 339 337 326

RU outros produtores mil ton 1 1 1

R. Seletiva (multimaterial) mil ton 41 35 33

R. Seletiva (outros Fluxos) mil ton 9 6 5

Recicláveis Vendidos (fração embalagem) mil ton 35 31 30

Recicláveis Vendidos (fração não embalagmil ton 6 5 4

Energia vendida MWh 18.462 20.480 19.166

(1) Fonte: 2017 e 2018 : INE-População média anual residente (nº) por local de residência (NUTS 2013),

sexo e grupo etário (por ciclos de vida), publicada em junho do ano seguinte; 201) : Estimativa Resinorte

admitindo a tendência do último ano.

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A EMPRESA DESTAQUES

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 10

Quadro 3 – Indicadores financeiros

SUMÁRIO EXECUTIVO

O ano de 2019 ficou marcado pelo forte investimento realizado, superior a 7M€, mas ainda assim muito aquém do previsto no Plano aprovado pelo Regulador. Os principais investimentos realizados incidiram em:

• substituição de equipamentos de Osmose Inversa para tratamento de lixiviados de Aterro; • substituição do sistema de Afinação de Composto, na área de tratamento biológico; • Arranque das empreitadas de reabilitação da Triagem de Riba de Ave, da Reconstrução da Triagem de Celorico

e Construção da 2ª Célula do AS de Celorico; • Aquisição de 3 Viaturas para transporte de RUB;

No plano operacional, foram destaques do ano:

• Forte incremento da Recolha Seletiva, com rácios de crescimento superiores a 17 %; • Grandes melhorias ao nível da exploração de Aterros, e nomeadamente no tratamento de lixiviados; • Manutenção do transporte de refugos do Centro de Tratamento de Riba de Ave para os aterros de Celorico,

Boticas, e Vila Real em virtude do encerramento de aterros próximos desta instalação; • Desenvolvimento de ações com vista à construção do Aterro do Ave, com a aquisição de terrenos; aprovação

pelo concedente do projeto base e arranque do licenciamento junto da APA-CCDRN; • Contestação social, que levou à realização de uma greve em finais do ano; • Ajustamento da tarifa implícita aos proveitos permitidos de 30,02€/ton. para 30,91€/ton. refletindo o desvio

tarifário de 2017, bem como reflexo nas contas do ajustamento tarifário de 2019, da ordem de 982m€, principais responsáveis pelo significativo prejuízo apresentado pela empresa;

INDICADORES Económico-Financeiros

(mi l €) 2019 2018 2017

Investimento 7 591 5 242 815

BAR 35 014 31 163 32 499

Ativo Liquido 93 623 93 422 96 936

Volume de negócios 16 543 18 748 17 262

EBITDA 1 044 4 324 6 223

EBIT -1 688 1 305 1 486

Resultados Financeiros -589 -540 -735

Resultado Liquido -1 767 562 1 049

Endividamento l iquido 16 163 14 210 13 283

Endividamento l iquido/EBITDA 15,5 3,3 2,1

Endividamento l iquido/BAR 0,46 0,46 0,41

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A EMPRESA DESTAQUES

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 11

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 12

ESTUTURA ORGANIZACIONAL

O organigrama em vigor na RESINORTE a 31.12.2019 era o seguinte:

Figura 1 - Organograma

As direções centralizam e tratam a informação e coordenam e interagem de forma integrada e bidirecional com os

responsáveis operacionais de cada uma das unidades de produção, e com os serviços transversais e de suporte.

Conjuntamente, implementam as políticas e estratégias definidas pela administração. As principais funções de cada

unidade são as seguintes:

ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

Coordenam a elaboração das propostas e a implementação dos planos estratégicos e operacionais aprovados pelo

Conselho de Administração. Em articulação com os respetivos Responsáveis de cada àrea, definem as políticas e

objetivos específicos e monitorizam a sua implementação.

Coordenam a relação com os clientes, em particular com os Municípios, visando manter a melhor relação possível

através da identificação e resolução atempada de eventuais dificuldades e/ou das expectativas desses, e de todos os

restantes stakeholders.

ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA e REGULAÇÃO (DIAF)

• Gestão regulatória;

• Contabilidade geral e financeira. Faturação, controlo de crédito e cobranças;

• Fiscalidade e relacionamento com a administração fiscal;

• Planeamento e controlling; Estudos económicos e financeiros, orçamentos, controlo de gestão interno e externo,

reporte e relacionamento económico e financeiro com o grupo;

• Financiamentos; gestão de contratos financeiros, aplicação de fundos e tesouraria controlo de garantias próprias

e de terceiros;

• Gestão documental do património;

• Acompanhamento e difusão da evolução legislativa da especialidade.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Aprovisionamentos Recursos Humanos

SIG-QAS Secretariado

Comunicação e

Sensabilização

Sistemas de

Informação

Administrativa, Financeira e Regulação

ProduçãoGestão de Equipamentos e

ManutençãoInvestimentos e Técnica

Contabilidade e

Controlo Gestão

Gestão de Processos

ProdutivosUP 1 (Celorico/Vila Real)

Licenc. Reporting e

SIGRE

UP 4 (Riba d'Ave)

TesourariaGestão de Aterros e

BiogásUP 2 (Boticas)

Projectos e

Investimentos

Facturação e Seguros UP 3 (Lamego)

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 13

PRODUÇÃO

• Coordenação Geral da Produção;

• Planeamento, coordenação e controlo;

• Gestão integrada de instalações e recursos operacionais.

GESTÃO DE EQUIPAMENTOS E MANUTENÇÃO (DGEM)

• Gestão de frota de ligeiros e pesados;

• Gestão de equipamentos produtivos e administrativos, fixos e móveis da empresa.

• Manutenção Preventiva e Corretiva

INVESTIMENTOS e TÉCNICA (DITE)

• Gestão de investimentos;

• Licenciamentos;

• Coordenação do reporte operacional externo a entidades oficiais: APA, ERSAR, IGAMAOT, CCDR, etc ;

• Processamento e análise de dados técnicos e estatísticos;

• Orientação técnica e estratégica. Coordenação de estudos e projetos;

GESTÃO DE PROCESSOS PRODUTIVOS (GPP)

• Gestão transversal de coordenação e supervisão operacional de todos os processos produtivos, recolha seletiva,

transportes de resíduos, tratamento e valorização.

• Participação, em conjunto com a àrea técnica, na definição de investimentos e avaliação técnica e económica de

propostas;

• Planeamento e controlling operacional, orçamentos, reporte e análises de desvios da produção, ao nivel interno

e do enquadramento regulatório;

• Coordenação das candidaturas a Fundos Comunitários;

• Relação com clientes e stake holders ao nível da produção, relações com municipios;

• Apoio técnico ao gabinete de comunicação, nas respostas a reclamações técnicas,

GESTÃO DE ATERROS SANITÁRIOS (DGAS)

• Gestão das centrais de valorização energética do biogás, redes de captação e condução;

• Gestão das ETAL;

• Gestão e orientação técnica dos aterros sanitários;

• Monitorização e manutenção de lixeiras.

UNIDADES DE PRODUÇÃO (UP 1, 2, 3 e 4)

• Gestão corrente da produção: aterros, recolha seletiva e triagem, transportes e valorização de resíduos, de

acordo com as orientações transversais definidas pelo GPP;

• Suporte e colaboração com àrea Técnica nos licenciamentos e processos administrativos da Unidade;

• Promoção e controlo da SHT;

• Gestão das estações de serviço e combustíveis;

• Gestão de stock de produtos, materiais e ferramentas da Unidade;

• Suporte logístico às ações de comunicação e sensibilização;

• Segurança das instalações.

RECURSOS HUMANOS (GRH)

• Gestão de Recursos Humanos; admissões, contratações, formação;

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 14

• Processamento de salários, complementos e outros benefícios;

• Gestão dos seguros de especialidade – Acidentes Trabalho, Saúde e Vida;

• Apoio administrativo à ação disciplinar;

• Gestão do serviço de Medicina no Trabalho;

• Acompanhamento e difusão da evolução legislativa da especialidade;

• Gestão do sistema de avaliação de desempenho.

APROVISIONAMENTOS (GAPR)

• Aprovisionamentos de materiais, equipamentos, serviços e empreitadas;

• Avaliação e seleção de fornecedores.

• Concursos, consultas, negociação, encomendas e contratação;

• Coordenação geral das aquisições;

• Apoio à gestão do armazém, em aquisições transversais à empresa;

QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA (GAQS)

• Gestão do SIG QAS;

• Auditoria, Inspeção e Ensaios - Qualidade, Ambiente e SHT;

• Estudos estratégicos de especialidade;

• Identificação e análise de riscos profissionais, e gestão de acidentes e incidentes;

• Formação e sensibilização para a qualidade, ambiente e segurança;

• Acompanhamento e difusão da evolução legislativa em geral;

• Coordenação dos processos de certificação.

COMUNICAÇÃO E IMAGEM (GCI)

• Prospeção de mercado e clientes - recolha seletiva;

• Desenho e implementação das ações de sensibilização e formação;

• Desenho e implementação do Plano de Comunicação e Imagem;

• Ação comercial e gestão de eventos.

• Gestão de reclamações e sugestões;

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO (GSI)

• Planeamento e Administração do SI

• Controlo e manutenção da segurança informática, licenciamento de aplicações e gestão de acessos;

• Gestão do processo de proteção de dados pessoais, dos sistemas de comunicação de voz e dados;

• Estudo, implementação e controlo de aplicações informáticas, administração de aplicações, Intranet, site da

empresa e portal do cliente, entre outras;

• Gestão do hardware, do software, stocks relacionados, assistência técnica e formação na àrea;

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ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 15

ENVOLVENTE

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ENVOLVENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 16

ENVOLVENTE

ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

O ano de 2019 foi marcado por uma desaceleração do PIB na maioria das economias mundiais. A economia mundial

cresceu 3,0%, o que resultou de um crescimento de cerca de 1,7% das economias avançadas e de 3,9% das economias

de mercado emergentes e em desenvolvimento (Tabela 1). O abrandamento verificado na economia mundial foi

observado quer nas economias avançadas quer nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento.

Apesar desta trajetória comum, destacam-se algumas economias em que se observou aceleração do PIB, como foi o

caso do Japão. Nas economias de mercados emergentes e em desenvolvimento, observou-se um abrandamento

generalizado e pouco expressivo do PIB nos principais países. A economia angolana, continuou a recessão iniciada

em 2016.

Tabela 1 – Crescimento económico mundial

(taxa de variação real do PIB, em percentagem)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2019). | Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

Na área do EURO, o crescimento económico reduziu-se de 1,9% para 1,2% em 2019. Para esta evolução contribuiu o

abrandamento das exportações, passando a verificar-se um contributo negativo da procura externa líquida. O

crescimento económico continuou a ser suportado pela procura interna, sobretudo pelo consumo privado e pelo

investimento que, ao contrário do PIB, acelerou.

Tabela 2 – Taxa de inflação

(taxa de variação do índice de preços no consumidor, valores médios)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2019). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

A acompanhar o abrandamento do PIB, verificou-se uma ligeira redução da taxa de INFLAÇÃO na economia MUNDIAL,

em resultado da ligeira descida do preço dos bens energéticos. Nas economias avançadas a taxa de inflação passou

de 2% para 1,5%, uma evolução semelhante à da área do EURO, cuja taxa de inflação se situou em 1,2% em 2019. O

preço do petróleo dated brent registou uma redução de 9% para uma média de 64 USD/bbl face aos 71 USD/bbl do

ano anterior.

Tabela 3 – Taxa de desemprego

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ENVOLVENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 17

(em percentagem da população ativa)

Fonte: FMI (World Economic Outlook, outubro de 2019). Nota: Detalhes sobre os grupos de países e a forma de agregação podem ser obtidos em www.imf.org.

A taxa de DESEMPREGO continuou a diminuir na generalidade das economias mundiais, incluindo a área do EURO

onde se reduziu de 8,2% para 7,7%, em resultado da forte redução da taxa de desemprego na Alemanha, onde atingiu

sucessivos mínimos históricos. Também em Portugal a taxa de desemprego atingiu um mínimo histórico de 6,1%.

Com dois dígitos continuam as taxas de desemprego em Espanha (13,9%), Itália (10,3%) e Grécia (17,8%).

Neste enquadramento, a ECONOMIA PORTUGUESA deverá ter crescido cerca de 1,9% em 2019, desacelerando face

ao crescimento observado em 2018 de 2,4%1. O crescimento em 2019 deverá resultar do contributo positivo da

procura interna, compensando o contributo negativo das exportações líquidas. O consumo privado deverá

desacelerar para 2,2%, face a 3,1% observado no ano anterior. O investimento deverá ter acelerado

significativamente de 5,8% para 7,3%.

Em relação à evolução dos preços na atividade económica, o deflator do PIB para 2019 deverá situar-se em 1,5%,

diminuindo ligeiramente face ao ano anterior. Quanto ao Índice de preços no consumidor, segundo o FMI terá ficado

em 0,9%, tendo entretanto o INE divulgado o valor final de 2019 em 0,3%.

Ao nível do mercado de trabalho, registou-se uma diminuição da taxa de desemprego, para 6,1%, ao longo de 2019,

paralelamente ao aumento da população ativa, de acordo com a previsão do FMI.

No que se refere às contas externas em termos nominais, em 2019 a capacidade de financiamento da economia

portuguesa deverá ter ascendido a 0,5% do PIB, mantendo-se positiva desde 2012. No último ano, a redução do saldo

externo positivo na balança de bens e serviços, que deverá ser negativo em 2019, tem sido compensada pelo aumento

do saldo positivo da balança de rendimentos e da balança de capitais (Tabela 4).

Tabela 4 – Balança de pagamentos

(em percentagem do PIB)

Fontes: INE e Ministério das Finanças. | Nota: Os dados referem-se à conta do setor institucional Resto do Mundo, publicada pelo INE. Para 2019 os dados correspondem à

previsão do OE/2020 do Ministério das Finanças

1A previsão para 2019 coincide entre o FMI e o governo no Relatório do Orçamento do Estado 2020.

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ENVOLVENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 18

ENQUADRAMENTO DO SETOR

Em 2019 assistiu-se à concretização de algumas das medidas no setor dos resíduos, das quais se destaca:

Publicação do Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos 2020+ (PERSU 2020 +)

O PERSU 2020+, publicado na Portaria nº241-B/2019 de 31 de Julho, constitui um ajustamento às medidas vertidas

no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020). O PERSU 2020+ efetua apenas uma reflexão estratégica

e ajustamentos às medidas do PERSU 2020 face ao Relatório do GAG e à revisão das Diretivas Europeias, não o

substituindo. Por esta razão, tudo o que está considerado no PERSU2020, mantém-se em vigor, nomeadamente as

metas estabelecidas para cada Sistema de Gestão de Resíduos Urbanos (SGRU):

a) Metas de retomas de recolha selectiva;

b) Metas de desvio de RUB de aterro;

c) Metas de preparação para reutilização e reciclagem, consolidadas no Despacho 3350/2015, de 1 de Abril.

Cada SGRU teve aprovado pela APA, planos de ação, que contemplavam os investimentos e medidas que pretendiam

implementar com vista à garantia do cumprimento das metas que lhe ficaram adstritas.

Havendo a perceção da necessidade de revisão da estratégia nacional para os resíduos urbanos, face às alterações

substanciais verificadas no enquadramento nacional e comunitário, a Secretaria de Estado do Ambiente promoveu a

versão do “PERSU 2020 +”. Este contém as linhas gerais do alinhamento do novo Plano para o período pós 2020,

estimando que nos próximos 10 anos seja necessário um montante de investimento estimado entre 450 a 580

milhões de euros para o setor dos resíduos urbanos por forma a fazer face às exigentes metas impostas pela EU,

evidenciando ainda as grandes carências de investimento do sector, mas demonstrando a prioritização da tutela para

este tema.

Tendo por base as infraestruturas existentes, o PERSU 2020+ concretiza uma análise a nível regional (com âmbitos

coincidentes com os território das CCDR), identificando as seguintes necessidades fundamentais: o reforço da recolha

e tratamento de Biorresíduos, a aposta no escoamento dos CDR para cimenteiras e unidades similares nas regiões

Centro e de Lisboa e Vale do Tejo; o reforço do tratamento biológico no Algarve. Reforça também em termos

transversais a importância da partilha de infraestruturas, a otimização de capacidades instaladas e reforço das

unidades de triagem e tratamento mecânico. Considera ainda este documento que a recolha seletiva porta a porta

de bioresíduos e os sistemas PAYT deverão ser reforçados, não se justificando contudo a sua universalidade num país

como Portugal.

O período de vigência do PERSU2020+ é até ao término do PERSU 2020, contemplando contudo uma prospectiva até

2025, numa perspectiva de abrir continuidade às ações que vierem a ser definidas no próximo PERSU 2020-2035.

Quanto às metas de reciclagem estabelecidas para 2020, é assumido no PERSU 2020+ o atraso de dois anos, motivado

pelo bloqueio da utilização dos fundos comunitários para o setor em consequência da queixa apresentada em

Bruxelas por um conjunto de empresas privadas nacionais, que alegavam falta de concorrência no mercado. É,

referido que “na sequência deste atraso, optou-se por considerar (…), que as metas estabelecidas no PERSU 2020 serão concretizadas pelos SGRU mas, a COM, que fará essa monitorização até 2022, terá em consideração todo o

esforço que o Estado português e os SGRU desenvolverem até final de 2022, avaliando assim o cumprimento, ou não,

das metas definidas para 2020 até final daquele ano”.

Face ao acima referido, é também esclarecido que “(a)Quando da avaliação da aplicação da TGR, componente não repercutível, de 2020, os eventuais constrangimentos não imputáveis aos SGRU poderão ser ponderados no sentido

da aplicação da taxa ser efetuada com equidade face ao esforço evidenciado”.

Portugal 2020 (POSEUR)

O POSEUR é o instrumento nacional, inserido nas Estratégias “Europa 2020” e “Portugal 2020” para o campo da sustentabilidade e uso eficiente de recursos. A sua intervenção abrange a totalidade do território nacional.

O POSEUR integra 3 eixos de atuação, sendo o Eixo III – “Proteger o Ambiente e Promover a Eficiência na utilização dos recursos”, aquele em que se integram as estratégias para o setor dos resíduos e nomeadamente as candidaturas

de projetos que visem a concretização das metas nacionais e comunitárias inseridas no PERSU 2020. Para a

globalidade do setor, e durante o período 2014-20, estão previstos apoios comunitários na ordem dos 306 M€.

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 19

A RESINORTE apresentou, neste quadro comunitário (2016-2019), 7 candidaturas ao abrigo do Avisos POSEUR-11-

2015-18, POSEUR-11-2017-21(22), POSEUR-11-2018-08, POSEUR-11-2018-14, POSEUR-11-2019-25; POSEUR-11-

2019-26; POSEUR-11-2019-29.

Regulamento Tarifário de Resíduos Urbanos (RTR)

Durante 2019 e conforme melhor descrito no capitulo de regulação, foi publicada pela ERSAR um projeto de alteração

do 2º documento complementar ao RTR, documento que estabelece os requisitos mínimos da informação a prestar

à ERSAR no âmbito do reporte anual das contas reais. As empresas pronunciaram-se em sede de consulta pública,

aguardando-se ainda a decisão final do Regulador.

Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE)

Desde 2017, que o Sistema Integrado de Gestão de Resíduos de Embalagens (SIGRE) integra 3 entidades gestoras do

fluxo das embalagens: – Sociedade Ponto Verde, - Novo Verde e Amb3E (Electrão).

Os princípios e normas aplicáveis à gestão de embalagens e resíduos de embalagens em Portugal encontram-se

estabelecidos no Decreto-Lei n.º 152-D/2017, de 11 de dezembro, que transpõe para ordem jurídica nacional as

Diretivas n.º 94/62/CE e 2004/12/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, e tem por base o princípio da

responsabilidade alargada do produtor. Os objetivos nacionais de valorização e reciclagem para os resíduos de

embalagens, que são os seguintes:

Na RESINORTE, o ano de 2019 registou um aumento significativo das retomas de materiais recicláveis de

aproximadamente 5.000 toneladas (14%), o que demonstra o esforço de melhoria de serviço público e em prol do

cumprimento das metas ambientais.

Durante o ano de 2019, duas das três Entidades Gestoras – Novo Verde e Electrão, comunicaram à RESINORTE, a

decisão de suspender o pagamento e retoma de resíduos de embalagens de papel/cartão, tipologia secundária e

terciária.

Acontece que, na sequência daquelas comunicações, através de ofício da APA e da DGAE, foi prestado o devido o

esclarecimento do qual resulta que “da articulação dos âmbito das respetivas licenças com a redação do artigo 22º do Decreto-Lei n.º 152-D/2017, de 11 de dezembro, que as Entidades Gestoras do SIGRE devem prosseguir a retoma

de todas as embalagens que são recebidas nos SGRU, designadamente as embalagens primárias, as embalagens

secundárias e as embalagens terciárias colocadas no mercado que vão gerar resíduo urbano”.

Legislação do setor publicada em 2019

Durante 2019 foram emitidos e publicados diversos diplomas legais tanto a nível nacional como comunitário que

regulam ou impendem sobre áreas especificas do setor dos resíduos, sendo seguidamente apresentados os mais

importantes:

Legislação nacional

Portaria n.º 28/2019, de 18.01.2019 - Altera a Portaria n.º 145/2017, de 26 de abril, que define as regras aplicáveis

ao transporte rodoviário, ferroviário, fluvial, marítimo e aéreo de resíduos em território nacional e cria as guias

eletrónicas de acompanhamento de resíduos (e-GAR), e a Portaria n.º 289/2015, de 17 de setembro, que aprova o

Regulamento de Funcionamento do Sistema de Registo Eletrónico Integrado de Resíduos (SIRER).

Instrução n.º 1/2019, de 06.03.2019 - Prestação de contas das entidades sujeitas à jurisdição e aos poderes de

controlo do Tribunal de Contas. Instrução n.º 1/2019 - Plenário Geral, bem como os respetivos anexos e modelos de

mapas de prestação de contas das entidades sujeitas à jurisdição e aos poderes de controlo do Tribunal de Contas

(TC).

Aviso n.º 4656-B/2019, de 19.03.2019 - Fundo Ambiental: Re-Educa - Educar para uma economia circular.

Lei n.º 25/2019, de 26.03.2019 - Alteração à lei-quadro das contraordenações ambientais. Quarta alteração à lei

quadro das contraordenações ambientais, consagrando o princípio do não aviso prévio de ações de inspeção e

fiscalização.

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 20

Resolução do Conselho de Ministros n.º 63/2019, de 01.04.2019 -Designa os membros do Conselho Nacional do

Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável.

Aviso n.º 6519/2019, de 09.04.2019 -Fundo Ambiental: Economia circular em freguesias (JUNTAr+).

Decreto-Lei n.º 47/2019, de 11.04.2019 - Cria o mecanismo de alerta precoce quanto à situação económica e

financeira das empresas.

Decreto do Presidente da República n.º 29-A/2019, de 11.04.2019 - É exonerado, a seu pedido e sob proposta do

Primeiro-Ministro, Carlos Manuel Martins do cargo de Secretário de Estado do Ambiente.

Decreto do Presidente da República n.º 29-B/2019, de 11.04.2019 -É nomeado, sob proposta do Primeiro-Ministro,

João Albino Rainho Ataíde das Neves para o cargo de Secretário de Estado do Ambiente.

Decreto-Lei n.º 48/2019, de 12.04.2019 -Medidas de promoção e aproveitamento de biomassa florestal - Altera as

medidas destinadas a promover a produção e o aproveitamento de biomassa florestal.

Portaria n.º 115/2019, de 15.04.2019 -Fixa a tarifa de referência prevista no n.º 1 do artigo 31.º do Decreto-Lei n.º

153/2014, de 20 de outubro, e determina as percentagens a aplicar à tarifa de referência, consoante o tipo de energia

primária utilizada pelas unidades de pequena produção.

Regulamento ERSAR n.º 369/2019 (Diário da República, 2.ª série — N.º 81 — 26 de abril de 2019) - Alteração ao

Regulamento Tarifário dos Serviços de Gestão de Resíduos Urbanos

Aviso n.º 7659/2019, de 03.05.2019 -Aceleradora - Criar e Repensar negócios circulares.

Declaração de Retificação n.º 431/2019, de 15.05.2019 -Retifica o Aviso n.º 6519/2019, de 27 de março, publicado

no Diário da República, 2.ª série, n.º 70, de 9 de abril de 2019, denominado «Economia circular em freguesias

(JUNTAr+)».

Declaração de Retificação n.º 458/2019, de 23.05.2019 -Retificação: plano de atribuição de apoios e utilização de

receitas do Fundo Ambiental 2019.

Portaria n.º 170/2019, de 29.05.2019 -Primeira alteração aos Estatutos da Agência Portuguesa do Ambiente, I. P.,

aprovados pela Portaria n.º 108/2013, de 15 de março.

Parecer do Comité das Regiões sobre o «Rumo a um Oitavo Programa de Ação em matéria de Ambiente» (2019/C

168/06), de 16 de maio de 2019.

Decreto-Lei n.º 76/2019, de 03.06.2019 -Altera o regime jurídico aplicável ao exercício das atividades de produção,

transporte, distribuição e comercialização de eletricidade e à organização dos mercados de eletricidade.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 107/2019, de 01.07.2019 -Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 (RNC

2050) - Estratégia de Longo Prazo para a Neutralidade Carbónica da Economia Portuguesa em 2050.

Resolução do Conselho de Ministros n.º 108/2019, de 02.07.2019 - Alteração ao Plano de Ação para a Economia

Circular.

Portaria n.º 202/2019, de 03.07.2019 - Define os termos e os critérios aplicáveis ao projeto-piloto a adotar no âmbito

do sistema de incentivo ao consumidor para devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis.

Portaria n.º 416/2019, de 05.07.2019 - Estabelece limites quanto à autorização para a assunção de compromissos

plurianuais relativos a contratos financiados maioritariamente por fundos europeus ou fundos internacionais.

Despacho n.º 6534/2019, de 19.07.2019 - Fixa o valor do prémio a atribuir ao consumidor final pelo ato de devolução

de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis.

Portaria n.º 241-B/2019, de 31 de julho -Aprova o PERSU 2020+, que constitui um ajustamento às medidas vertidas

no Plano Estratégico para os Resíduos Urbanos (PERSU 2020)

Lei n.º 76/2019, de 02.09.2019 -Determina a não utilização e não disponibilização de louça de plástico de utilização

única nas atividades do setor de restauração e/ou bebidas e no comércio a retalho.

Lei n.º 77/2019, de 02.09.2019 -Disponibilização de alternativas à utilização de sacos de plástico ultraleves e de

cuvetes em plástico nos pontos de venda de pão, frutas e legumes.

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 21

Lei n.º 88/2019, de 03.09.2019 -Redução do impacto das pontas de cigarros, charutos ou outros cigarros no meio

ambiente.

Portaria n.º 293/2019, de 06.09.2019 -Fixa os valores das taxas a pagar pelos requerentes dos serviços prestados pela

Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. (APA), no exercício das competências previstas no Decreto-Lei n.º 108/2018,

de 3 de dezembro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 4/2019, de 31 de janeiro.

Despacho n.º 8582/2019, de 29.09.2019 -Alteração ao modelo de avaliação das candidaturas do apoio ao sistema de

incentivo para devolução de embalagens de bebidas em plástico não reutilizáveis.

Decreto-Lei n.º 162/2019, de 25.10.2019 -Aprova o regime jurídico aplicável ao autoconsumo de energia renovável,

transpondo parcialmente a Diretiva 2018/2001.

Parecer n.º 27/2019, de 14.11.2019 -Parecer do Ministério Público - Procuradoria-Geral da República, sobre a

definição de competências para a recolha de biorresíduos em Portugal.

Decreto-Lei n.º 167/2019 - Diário da República n.º 224/2019, Série I de 2019-11-21 - Presidência do Conselho de

Ministros - Atualiza o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2020.

Legislação comunitária

Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre a «Aplicação da legislação ambiental da UE: qualidade do ar,

água e resíduos» (parecer exploratório) EESC 2018/02510, de 22.03.2019.

Decisão de Execução (UE) 2019/665 da Comissão de 17 de abril de 2019 que altera a Decisão 2005/270/CE que

estabelece os formulários relativos ao sistema de bases de dados nos termos da Diretiva 94/62/CE do Parlamento

Europeu e do Conselho relativa a embalagens e resíduos de embalagens, de 26 de abril de 2019.

Decisão (UE) 2019/1268 da Comissão, de 3 de julho de 2019, sobre a proposta de iniciativa de cidadania intitulada

«Vamos pôr fim à era do plástico na Europa» [notificada com o número C (2019) 4974] C/2019/4974, de 29 de julho

de 2019.

Parecer do Comité Económico e Social Europeu sobre «Os consumidores na economia circular» [parecer de iniciativa]

EESC 2019/01026, de 18 de outubro de 2019.

Decisão de Execução (UE) 2019/1885 da Comissão de 6 de novembro de 2019 que estabelece regras para o cálculo,

a verificação e a comunicação de dados sobre a deposição de resíduos urbanos em aterro em conformidade com a

Diretiva 1999/31/CE do Conselho e que revoga a Decisão 2000/738/CE da Comissão, de 11

de novembro de 2019.

Aplicação do 7.o Programa de Ação Ambiental - Resolução do Parlamento Europeu, de 17 de abril de 2018, sobre a

execução do 7.o Programa de Ação em matéria de Ambiente (2017/2030(INI)) (2019/C 390/02), de 18 de novembro

de 2019.

Retificação do Regulamento (UE) 2019/1009 do Parlamento Europeu e do Conselho de 5 de junho de 2019 que

estabelece regras relativas à disponibilização no mercado de produtos fertilizantes UE e que altera os Regulamentos

(CE) n.º 1069/2009 e (CE) n.º 1107/2009 e revoga o Regulamento (CE) n.º 2003/2003, de 22 de novembro de 2019.

REGULAÇÃO

A atividade de gestão de resíduos urbanos, desenvolvida pelas empresas concessionárias do Grupo EGF é um serviço

de interesse económico geral, indispensável ao bem-estar das populações, ao desenvolvimento da atividade

económica e à proteção do meio ambiente.

Nos últimos anos, verificaram-se alterações significativas em matéria regulatória neste setor, e em especial para os

sistemas multimunicipais de titularidade estatal, onde estão inseridas as empresas do Grupo EGF, onde a forma de

organização destas empresas e o modelo de interação com a Entidade Reguladora sofreram modificações estruturais.

Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da Entidade Reguladora dos Serviços

de Águas e Resíduos (ERSAR). De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de

atuação (artigoº 2º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes

e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5º, 7º, 9º, 10º e 11º).

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 22

O Decreto-Lei n.º 96/2014, de 25 de junho, veio aprovar as bases da concessão da exploração e gestão, em regime

de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída

a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados, reforçando esta transição regulatória,

nomeadamente nas Bases XVII a XX.

Durante o ano de 2014, o Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos (RTR) foi aprovado pela

Deliberação n.º 928/2014 do Conselho Diretivo da ERSAR, de 17 de fevereiro de 2014, homologado pelo Ministro do

Ambiente, Ordenamento do Território e Energia em 28 de fevereiro de 2014, e publicado no Diário da Republica nº

74 de 15 de Abril. Este regulamento acarreta uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando de um modelo

de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap).

Entre 2016 e 2017 foram aprovados três Documentos Complementares a este Regulamento, nomeadamente: (a)

Regulamento n.º 817/2016, de 18 de Agosto (1º Documento Complementar ao RTR) com os objetivos de clarificar e

detalhar as regras aplicáveis a situações específicas, que não estavam suficientemente explicitadas no texto do RTR,

e operacionalizar o modelo de contas reguladas previsionais a que se refere o RTR, definindo um conjunto de quadros

com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais das

entidades gestoras. (b) O 2º Documento Complementar ao RTR viria a ser publicado em 19 de abril, com o

Regulamento n.º 202/2017. Através do mesmo veio a ERSAR estabelecer o modelo para: (i) o reporte das contas reais

e movimentos de reconciliação, individuais e cumulativos, entre a demonstração de resultados regulada e a

demonstração de resultados estatutária; (ii) o reporte das contas reais e movimentos de reconciliação, individuais e

cumulativos, entre a demonstração da posição financeira regulada e a demonstração da posição financeira estatutária

e (iii) modelo de relatório de conclusões factuais sobre as contas reguladas e os movimentos de reconciliação face às

contas estatutárias. (c) O 3º Documento Complementar ao RTR foi publicado na mesma data (Regulamento n.º

201/2017) e definiu regras relativas à incorporação nos proveitos permitidos de eventuais mais-valias decorrentes da

alienação de ativos referentes a atividades não reguladas.

Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, face

à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR tendo em vista a

simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições, estabelecendo-se uma estrutura de

regulação única aplicável a todo o setor independentemente da titularidade do sistema. ´

A revisão ao RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, assim, ainda em 2018 foram

aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

(a) Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da Republica de 13 de abril (1º Documento Complementar) com

o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas

Previsionais, este novo documento complementar vem estabelecer as contas previsionais para efeitos regulatórios e

é dirigido a todas as entidades gestoras de sistemas de titularidade estatal e municipal definindo um conjunto de

quadros com o formato e detalhe necessário à intervenção do regulador, de forma a obter as informações previsionais

das entidades gestoras. É revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de

agosto.

(b) Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da Republica de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde

se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e

económicas, sendo estes mecanismos de duas naturezas: (I) Incentivos, (i) pela superação de metas ambientais (ii)

pela eficiência de investimentos, e (II) Majorações (i) Pela eficiência de operações (II) Pela partilha de infraestruturas

.

Em 2019 foi publicado o projeto de Documento Complementar nº 2 ao Regulamento Tarifário de Serviço de Gestão

de Resíduos Urbanos, para consulta pública, ao qual as empresas do Grupo EGF se pronunciaram. Aguarda-se a sua

aprovação e publicação.

A gestão do risco regulatório, pelo impacto que a atuação do Regulador tem na esfera patrimonial das empresas

reguladas, torna-se uma matéria fulcral para as empresas concessionárias e para os seus acionistas.

Regulação económica

No regime em vigor as tarifas são definidas pela ERSAR, e, como já referido, o seu cálculo baseia-se num modelo

“revenue cap”, apuramento de um volume de “Proveitos Permitidos”, em cada período regulatório de 3 a 5 anos”. O período regulatório em curso é de três anos e abrange os anos de 2019,2020 e 2021.

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ENVOLVENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 23

• As disposições quanto ao modelo de determinação dos Proveitos Permitidos e tarifas aplicáveis, na nova revisão

do RTR aos sistemas de titularidade estatal, caso da empresa em questão, estão previstas no Titulo IV – Modelo

e Determinação de tarifas, sendo de realçar:

A determinação dos Proveitos Permitidos, que, nos termos daquele diploma se faz de acordo com a seguinte

expressão:

Proveitos Permitidos = Custo de Capital + Custo de exploração – Receitas adicionais – Benefícios de Atividades

Complementares + Ajustamentos + Incentivos – Variação do Saldo Regulatório

• O cálculo do Custo de Capital, que é efetuado em conformidade com a fórmula baixo:

Custo de Capital = (BAR) Base de Ativos Regulados x (TRA)Taxa Remuneração dos Ativos + Amortizações do Exercício

• A Base de Ativos Regulados é constituída pelos ativos afetos à exploração das atividades principais. O RTR dispõe

no n.º 3 do seu artigo 28º que os ativos que constituem a BAR, são valorizados ao menor custo entre o histórico

contabilístico líquido de amortizações calculadas nos termos do artigo 33.º daquele mesmo diploma e de

subsídios ao investimento, e o valor aprovado em sede de plano de investimentos, corrigido pelas amortizações

e subsídios.

• Quanto ao apuramento da Tarifa, ele está referenciado no artigo 41º e 42º do RTR, onde se lê “… as tarifas visam recuperar os proveitos permitidos totais fixados… em função da quantidade de resíduos entregues estimada….”, “ a tarifa variável única aplicável a entidades gestoras é definida em função da quantidade total estimada de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada, sendo definida pela ERSAR nos sitemas de titularidade

estatal em regime de gestão concessionada…” assim está definido no Anexo I ao RTR que o cálculo tarifário é :

Tarifa do serviço de Gestão de Resíduos = Proveitos Tarifários / Quantidades de RU indiferenciados a receber,

estimadas

• Quanto aos parâmetros regulatórios genéricos, estes incluem a (TRA) taxa de remuneração dos ativos e

respetivas componentes (taxa de juro sem risco, estrutura de financiamento regulatória, beta dos capitais

próprios, prémio de risco de mercado, taxa de remuneração dos capitais alheios e taxa de imposto) e as taxas

de variação do IHPC.

Em 2015 foram publicados pela ERSAR, em 16 de Novembro, os parâmetros regulatórios genéricos para determinação

dos proveitos permitidos para o período regulatório 2016-2018, sendo a TRA estabelecida de 6,14%, taxa aplicável

ao ano 2018 em curso.

Em 2018, com o novo RTR, alterou-se o calendário regulatório e alguns procedimentos, assim, estes parâmetros

genéricos para o período 2019/21, foram comunicados pela ERSAR às concessionárias, com natureza indicativa, em

2 de abril, tendo os mesmos ficado fixados aquando da decisão definitiva dos proveitos permitidos, em 30 de Outubro.

A TRA estabelecida para o ano 2019, para a RESINORTE foi de 7,29%.

Reporte regulatório 2019

• (CRR) Contas Reguladas Reais 2018 - Em abril de 2019, a RESINORTE entregou ao regulador as CRR do exercício

de 2018, tendo a ERSAR emitido, após período de audiência prévia, a sua decisão final sobre os ajustamentos

aos proveitos permitidos de 2018 e sua repercussão nas tarifas de 2020, em conjunto com a decisão final sobre

os proveitos permitidos e respetiva tarifa, em 30-10-2019.

• (PI) Plano de Investimentos 2019/21 - Em fevereiro de 2018, a RESINORTE entregou ao regulador o plano de

investimentos para o período 2019/21, tendo a ERSAR emitido um parecer preliminar sobre o mesmo em [março

de 2018, a RESINORTE reenviou o plano de investimentos revisto bem como as respostas às questões colocadas

pela ERSAR em maio de 2018.

• (CRP) Contas Reguladas Previsionais 2019/21 - Em maio de 2018, a RESINORTEentregou ao regulador as contas

previsionais para o Ciclo regulatório 2019/21.

A decisão definitiva do regulador sobre o PI 2019/21 foi tomada em conjunto com a decisão final sobre a CRP 2019/21,

após período de audiência prévia, tendo sido definidos os proveitos permitidos e respetivas tarifas, e nomeadamente

a tarifa a praticar em 2019 incluindo os ajustamentos de 2017.

Regulação da qualidade do serviço

Nos termos dos seus estatutos compete à Entidade Reguladora assegurar a regulação da qualidade de serviço

prestado aos utilizadores pelas entidades gestoras, avaliando o desempenho dessas entidades. Deste modo, a

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ENVOLVENTE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 24

qualidade de serviço de gestão de resíduos urbanos prestado pelas entidades gestoras é avaliada anualmente, e

atualmente, através da aplicação da 3.ª geração do sistema de avaliação com recurso a de indicadores desempenho

de qualidade do serviço. O “Guia de Avaliação da Qualidade dos serviços de águas e resíduos prestados aos utilizadores - 3.ª geração do sistema de avaliação” foi publicado pela ERSAR em 31 de Março de 2017.

Os resultados deste sistema de avaliação são parte integrante do Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos

em Portugal (RASARP). Em novembro de 2019 foi publicado, e divulgado no sítio da ERSAR, o RASARP 2018, o qual

sintetiza a informação mais relevante referente à caraterização do setor no ano de 2018.

REGULAÇÃO AMBIENTAL

As entidades gestoras dos serviços resíduos urbanos do grupo EGF estão também sujeitas à intervenção da Agência

Portuguesa do Ambiente (APA), o regulador ambiental.

A APA desenvolve ainda atribuições no âmbito dos resíduos enquanto Autoridade Nacional de Resíduos. Destacando-

se:

• Assegurar e acompanhar a execução da estratégia nacional para os resíduos;

• Competências próprias de licenciamento,

• Emissão de normas técnicas aplicáveis às operações de gestão de resíduos,

• Desempenho de tarefas de acompanhamento das atividades de gestão de resíduos,

• Uniformização dos procedimentos de licenciamento;

• Validação da informação necessária à aplicação do regime económico e financeiro da gestão de resíduos e

diligenciar no sentido da implementação do regulamento relativo à aplicação da Taxa de Gestão de Resíduos

(TGR),

No âmbito do modelo de regulação económica previsto no regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos

(RTR), a APA será chamada a dar parecer sobre o alinhamento dos investimentos propostos pelas entidades gestoras

que integrarão a base de ativos a remunerar com as políticas nacionais em matéria de resíduos urbanos.

Em 2019 foi publicado, e divulgado no sitio da APA, o Relatório do Estado do Ambiente (REA 2019) que organiza

informação relevante por domínios ambientais, um dos quais o setor dos resíduos, com dados referentes ao ano

anterior e algumas perspetivas futuras.

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GOVERNO SOCIETÁRIO

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 26

Os Órgãos Sociais da RESINORTE tinham, em 31 de dezembro de 2019, a seguinte composição:

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Município de Boticas, representado por Fernando Eirão Queiroga

Vice-Presidente EGF – Empresa Geral de Fomento SA.

Secretário Marta Lopes Correia

Conselho de Administração

Presidente Miguel Pires Eurico Lisboa

Vogal Executivo

Vogal Executivo

Vogais não Executivos

Cristina Maria da Cunha Saraiva

Francisco Javier San José Sancho

Pablo Barreiro Blanco

Luis Fernando Adrada Guajardo

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

AMVDN, representada por Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Município de Boticas, representado por Fernando Pereira Campos

Município de Lamego, representado por Fernando Silvério Cardoso de Sousa

Conselho Fiscal

Presidente Município de Sabrosa, representado por Domingos Manuel Alves Carvas

Vogal Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos

Vogal Eduardo Manuel Fonseca Moura

Suplente Tiago Nuno Correia da Cruz

Revisor Oficial de Contas (ROC)

ROC Efetivo Pricewaterhousecoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais, Lda.

ROC Suplente Carlos José Figueiredo Rodrigues

Comissão de Fixação de Vencimentos

Presidente Eduardo João Frade Sobral Pimentel

Vogal Luís Filipe Cardoso da Silva

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 27

Notas curriculares dos membros do conselho de administração em funções

Presidente – Luís Miguel Pires Eurico Lisboa

Data de nascimento: 21 de fevereiro de 1966

Engenheiro Mecânico, ramo de produção e construções mecânicas, pelo Instituto Superior Técnico, Pós Graduado em Gestão Empresarial pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, MBA e Mestre em Logística pelo Instituto Superior Técnico.

Entre outras, salienta-se a formação em Gestão Ambiental pela Bureau Veritas, em SIX SIGMA pela Bombardier Transportation e a formação avançada em Strategic Management pela Católica Lisbon School of Business & Economics e Kellogg School of Management, Chicago.

Iniciou a actividade profissional, em 1992, como Engenheiro de Projecto na SOREFAME na área de conceção de estruturas de veículos, na elaboração de notas de cálculo e especificações técnicas. Em 1995, já integrado na ABB, assume a gestão do departamento de Engenharia de Estruturas tendo a responsabilidade de coordenar as equipas de projecto e promover a implementação das melhores práticas a nível do grupo em simultâneo com a coordenação de projectos internacionais de I&D nas áreas das tecnologias, novos materiais e optimização estrutural. Em 1999, como Director Executivo, assume a responsabilidade da unidade de negócios referente à engenharia, aprovisionamentos, produção e comercialização de estruturas para material circulante. Em 2001, na BOMBARDIER, como Director de Produção, assume a gestão integral da produção da fábrica tendo a responsabilidade de garantir a execução dos planos de produção globais e a gestão de toda a equipa produtiva.

Em 2004, no Grupo CTT, como Diretor Nacional de Tratamento, assume a responsabilidade pela gestão e coordenação de todos os centros de tratamento de correspondência a nível nacional garantindo o desenvolvimento e implementação de novos processos de trabalho e novos meios tecnológicos.

Em 2007, integra o grupo Mota-Engil, assumindo a Direcção Geral da Takargo, operador ferroviário de mercadorias. Neste âmbito e como primeiro e único operador privado no sector, gere a implementação dos processos de certificação, aquisição de material circulante, formação de tripulações e aproximação ao mercado das novas soluções logísticas. Em 2010 é nomeado Administrador Executivo e em 2016 assume a Presidência do Conselho de Administração. No âmbito do transporte ferroviário de mercadorias assume a administração executiva da Ibercargo Rail, empresa Espanhola constituída em parceira com o grupo Comsa.

Em 2016, no âmbito do grupo Mota-Engil, é nomeado Administrador Executivo da EGF – Empresa Geral do Fomento, atualmente com o pelouro de Procurement, Sinergias e Sistemas de Informação.

Cargos Sociais atualmente exercidos:

EGF – Empresa Geral do Fomento, S.A.

Administrador Executivo

ERSUC – Resíduos Sólidos do Centro, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

SULDOURO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

VALORMINHO – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

RESULIMA – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

TAKARGO – Transporte de Mercadorias, S.A.

Presidente do Conselho de Administração

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 28

IBERCARGO RAIL, S.A.

Vogal do Conselho de Administração

Vogal Executivo – Cristina Maria da Cunha Saraiva

Data de nascimento: 25 de maio de 1966

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Organização e Gestão de Empresas (ISCTE- Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa : 1984/89); Mini MBA (INDEG-ISCTE)

Carreira Profissional:

Durante 1988/89, foi Técnica da Direção de Estatística do DAFSE – Departamento para os Assuntos do Fundo Social Europeu, com atividades na área de análise de dossiers de candidaturas.

Entre 1989 e 1993 integrou os quadros do Grupo IPE – Investimentos e Participações Empresariais, SA, onde desenvolveu tarefas nas áreas de Controlo de Gestão, Consolidação de Contas, Controlo de Participadas, Planeamento Financeiro da Holding e do Grupo e avaliação de empresas.

De 1993 a 1996, integrou a equipa da IPE Capital – Sociedade de Capital de Risco, SA, nas funções de gestora de projetos, análise a avaliação de Investimentos, e posteriormente como responsável coordenadora da área de Marketing e da Gestão dos FRIE – Fundos de Reestruturação e Internacionalização Empresarial. Também em representação da IPE-Capital, foi Administradora da empresa Mailtec-Tecnologias de Informação, SA.

Em 1996, e até, 2000, desempenhou as funções de Diretora Financeira na Spel-Sociedade Portuguesa de Explosivos, SA, tendo sido também, durante parte desse período, membro do Conselho Fiscal do Ledap – Laboratório de Engenharia e Detónica.

Em 2000 e até 2005, integrou os quadros da Valorsul - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), SA, como Diretora Administrativo-Financeira da empresa.

Entre Julho de 2005 e Fevereiro de 2019, foi Diretora financeira na EGF - Empresa Geral de Fomento, SA e também, em representação da EGF, Administradora de várias empresas do Grupo, nomeadamente na Amarsul, SA, na Resinorte, SA e na Recigroup-Indústrias de Reciclagem, SGPS.

Foi Presidente do Conselho de Administração da Amarsul SA., no mandato 2012/2015.

É atualmente, desde 16 de Janeiro de 2019, Administradora Executiva na Resinorte, SA.

Vogal Executivo – Francisco Javier San José Sancho

Data de nascimento: 21 fevereiro 1960

Habilitações Académicas:

Licenciado em Engenharia Superior Industrial, pela Universidade de Navarra.

MBA Universidade de Florida / Universidade de La Laguna

Carreira Profissional:

Durante vários anos exerceu funções de diretor geral de varias empresas de produção Industrial na Ilha de Tenerife.

Responsável de contratação e aprovisionamento de construção de Centro de Tratamento de Resíduos de Cerceda, SOGAMA, Galícia. Incineradora de 500.000 t/ano.

Diretor de Exploração de os centros de tratamento de ACCIONA.

Diretor de Empresa de Grupo Hera; tratamento de solos contaminados, tratamentos de agua e efluentes, aterros e eco parques.

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 29

Diretor de Tratamento e Desenvolvimento de Negócios de TECMED (URBASER) México

Professor de Anahuac Xalapa de MBA – “Análises para a tomada de decisão” e “Alta direção” e Master em Gestão de Meio Ambiente com área de Gestão de Resíduos.

Professor de Anahuac Xalapa na Àrea de Marketing Internacional.

Assessor de varias empresas espanholas para sua implantação no México.

Em julho de 2018 foi nomeado Administrador Executivo da Resinorte, SA

Vogal não executivo - Pablo Barreiro Blanco

Data de nascimento: 03/03/1960

Habilitações Académicas:

- Licenciado em Ciencias Económicas y Empresariales – Universidad de Santiago de Compostela.

- Master em Gestión Sanitaria – Universidade de A Coruña.

- Grau de Doutor em Métodos y Modelos para la toma de decisiones en la empresa – Universidad Complutense de Madrid.

- Master em Alta Direção pela Universidade Juan Carlos I em Madrid

Carreira Profissional:

DESDE 2009 - Vice-Presidente e CFO de Grupo SUMA - Serviços Urbanos e Meio Ambiente S.A., grupo de gestão

global de resíduos, que reúne a 50 empresas e está presente em seis países – Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde,

Moçambique e Omã -, servindo 10 milhões de habitantes.

- Diretor Geral da Urbaser, S.A. em Portugal.

2006 – 2009 - Diretor de produção da Urbaser, S.A em Marrocos.

2004 – 2006 - Membro da Junta de Feira Internacional de Galicia

2002 - Diretor encarregado das relações com a Administração Autónoma da Caixa Rural Galega.

1998-2000 - Conselheiro responsável para a Galícia de Burke Sofware y Servicios

1992-2003 - Diretor Geral da Sociometrics Consulting Soc. Ltda. (estudos de opinião pública e investigação de

mercado, para a administração Central, Autónoma e Local etc.).

1990-2003 - Diretor Geral da Agroconsulting Galicia Soc. Ltda. (investigação e estudos de mercado e viabilidade do sector agrário)

1985-1990 - Gerente de Organização e Finanças do Centro Democrático y Social de Galicia (CDS)

1983-1985 - Membro da Internacional Liberal em representação do CDS.

1982 - Cofundador de Centro Democrático y Social (CDS) e responsável da sua implantação na Galícia.

1981.-1982 - Adjunto do Secretario Geral da Juventudes Centristas (UCD).

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 30

Vogal não executivo – Luis Fernando Adrada Guajardo

Data de nascimento: 04/05/1973

Habilitações Académicas:

Licenciado em Ciências Económicas, especialidade em Economia Internacional e Desenvolvimento, pela Universidade Complutense de Madrid.

Carreira Profissional:

De 2000 a 2006 desempenhou funções na área de Administração e Finanças na Urbaser, em Espanha.

De 2006 a julho 2015 desempenhou funções na Urbaser em Marrocos como Diretor Administrativo e Financeiro do grupo Urbaser espanhol.

Em julho de 2015 foi nomeado vogal do conselho de administração da Empresa Geral do Fomento, S.A. e desde Setembro de 2015 foi nomeado vogal do Conselho de Administração da Algar, S.A., da Resinorte, S.A., da Suldouro, S.A. e da Valorsul, S.A..

Vogal não executivo – Joaquim Monteiro da Mota e Silva

Data de Nascimento: 09/11/1971

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Administração e Gestão de Empresas na Universidade Católica do Porto, concluída em julho de 1996;

Curso Técnico-profissional de Contabilidade e Gestão frequentado no Colégio de S. Gonçalo em Amarante.

Carreira Profissional:

Desde abril de 2005 até outubro de 2009, Administrador da REBAT - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Baixo Tâmega, SA;

Desde maio de 2004 até outubro de 2009, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal Qualidade de Basto;

Desde outubro de 1999 até outubro de 2009, exerceu as funções de Vereador dos Pelouros da Cultura, Desporto, Ação Social, Educação, Desenvolvimento Local, Turismo, Comunicação, Sanidade Pecuária e Juventude, na Câmara Municipal de Celorico de Basto;

Em 2001, Deputado à Assembleia da República, durante seis meses.

Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, desde 30 de outubro de 2009.

Estágio de quatro meses na Caixa Geral de Depósitos, na agência de Felgueiras. Seguido de contrato iniciado em março de 1998, na Direção Regional de Viana do Castelo;

Estágio de seis meses na "Mota & Companhia SA”, na direção de controlo de Gestão. Tendo, posteriormente, trabalhado na área de Recursos Humanos no estaleiro central desta empresa;

Sócio-gerente da firma “Alves Teixeira & Lemos” com sede em Celorico de Basto. A participação de 33% no capital foi adquirida em outubro de 1994, tendo sido vendida em novembro de 1996;

Sócio da firma “Conta Empresarial, Lda”, dedicada à consultoria e contabilidade, criada em novembro de 2004, cuja participação no capital é de 80%.

Atividades de carácter associativo:

- Desde janeiro de 2007 até 2009, Presidente da direção da Associação de Futsal de Celorico de Basto

- Desde 2007 até 2009, Presidente da Assembleia-Geral da Associação de Ciclismo de Celorico de Basto.

- Desde o início de 2006 até 2009, vice-presidente da Assembleia-Geral da Fena-Florestas

- Desde dezembro de 2004 até 2009, Presidente do Conselho Local de Agricultura e Desenvolvimento Rural.

- Desde dezembro de 2004, Presidente da direção da Associação de Solidariedade de Santo André de Codessoso.

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 31

- Desde maio de 2004, Presidente da direção da Associação de Solidariedade Social de Basto.

- Desde outubro 2003 até 2009, Presidente da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Celorico de Basto.

- Desde setembro de 2003 até 2009, Presidente do Conselho Municipal de Educação.

- Desde agosto de 2003 até 2008, Presidente do Mota Futebol Clube.

- Desde abril de 2003 até 2009, Presidente da direção da Cooperbasto/Casa do Agricultor.

- Entre 2002 e 2004, presidente da direção do Basket Clube de Celorico

- Desde agosto de 2002, Presidente do Conselho Local de Ação Social.

- De junho de 1999 até início de 2004, Presidente do Conselho Municipal da Juventude de Celorico de Basto.

- Em 1998 e 1999, Presidente da Comissão Executiva da Semana da Juventude de Celorico de Basto.

- De 1991 até 1994, Presidente da Direção da Associação Ação Jovem.

- Durante o período de 1991/93 Vice-Presidente e Diretor do Departamento de Exchange da Associação Internacional de Estudantes de Ciências Económicas e Empresariais (AIESEC) no comité da Católica - Porto.

- Em 1992 “Jovem promotor de Saúde” para o concelho de Celorico de Basto, nomeado pelo Instituto Português da Juventude.

- No período 1990/91, Vogal da Direção da Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa.

Vogal não executivo – Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

Data de Nascimento: 22/03/1965

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Engenharia Florestal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 1993 com a classificação final de 14,00 valores.

Curso de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Florestais pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) no ano de 2002 / 2003 com a classificação final de 14,32 valores.

Mestrado em Engenharia Florestal pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) em 2011 com a classificação final de 15,00 valores.

Funções Atuais:

Atualmente desempenha as funções de Vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, tempo sido eleito em 2013, com tutela dos pelouros do Ambiente, Segurança e Proteção Civil, Desenvolvimento Rural e é Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

Exercício de cargos dirigentes ou funções de relevante interesse público

- Em 14 de Maio de 1997 foi nomeado Responsável da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas, por despacho (nº 15/97) do Sr. Diretor Regional de Agricultura da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes.

- Em 27/11/1998 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 2ª Classe da Carreira de Engenheiro do quadro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, com efeitos a 01.09.1992, em consequência do processo resultante da aplicação do Dec-Lei nº 81-A (Despacho nº 20818/98, de 27/11).

- Em 19 de Março de 1999 foi nomeado Chefe de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 8913/99, de 1999/05/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 1999/05/05.

- Em 19 de Setembro de 1999 é prorrogado o prazo da chefia de Divisão em regime de substituição da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 21033/99 de 1999/11/05 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 1999/11/05.

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 32

- Em 29/11/1999 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da Direção de Serviços das Florestas da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme Despacho nº 69/2000 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR de 2000/01/04.

- Nomeado “Coordenador Regional de Trás-os-Montes da Estrutura de Coordenação do Programa de Sapadores Florestais” de acordo com o Despacho nº 1974/2001, de 31 de janeiro de 2001 do Sr. Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural publicado na II Série do DR da mesma data.

- Em 13/03/2001 tomou posse na categoria de Técnico Superior de 1ª Classe da Carreira de Engenheiro do quadro da Direção Regional de Agricultura de Trás-os-Montes, conforme despacho nº 4952/2001, de 2001/03/12 do Sr. DR da DRATM.

2002

- De 30/11/2002 a 29/05/2003 exerceu o cargo de Chefe de Divisão da Divisão de Proteção e Conservação Florestal da DRATM em regime de gestão corrente.

- Através do Despacho Conjunto dos Srs. Secretários de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas de 27.04.2004, nomeado Coordenador do Centro de Prevenção e Deteção (CPD) de Incêndios Florestais do distrito de Vila Real.

- Em 10/01/2006 foi nomeado, mediante concurso, em Comissão de Serviço, para o cargo de Chefe de Divisão do Núcleo Florestal do Barroso e Padrela da Circunscrição Florestal do Norte da Direção Geral dos Recursos Florestais, conforme Despacho nº 2220/2006 do Sr. Diretor Geral dos Recursos Florestais, publicado na II Série do DR de 2006/01/27.

- Em 15/03/2006 foi nomeado, em Comissão de Serviço, por um período de três anos, Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil, conforme Despacho nº 9858/2006, de 05.05.2006 do Sr. Presidente do Serviço Nacional de Bombeiros e Proteção Civil.

- Em 24/04/2007 através do Despacho nº 15.242/2007, de 12 de julho (II Série), do Sr. Presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, foi nomeado, em Comissão de Serviço, por um período de três anos, Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

- Em 31.01.2008, através do Louvor nº 285/2008, de 02 de abril de 2008 (II Série), é louvado pelo Sr. Secretário de Estado da Proteção Civil.

- Em 16.10.2009, através do Louvor nº 921/2009, de 30 de outubro de 2009 (II Série), é louvado pelo Sr. Secretário de Estado da Proteção Civil.

- Em 19.03.2010, através do Despacho nº 4944/2010, de 19 de março (II Série, nº 55), é renovada, por um período de três anos, a Comissão de Serviço de Comandante Operacional Distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real da Autoridade Nacional de Proteção Civil.

- Em consequência de Eleições Autárquicas, é eleito Vereador a tempo inteiro da Câmara Municipal de Vila Real, cargo que ainda desempenha.

- Em 15.11.2013, é designado Presidente da Assembleia Geral da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMARVR).

- Em 21.09.2015, é nomeado para o triénio 2015-2017, em representação da Associação de Municípios do Vale do Douro Norte (AMVDN), vogal do Conselho de Administração da Resinorte – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A..

Vogal não executivo - Fernando Pereira Campos

Data de nascimento: 17/05/1951

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Engenharia dos Recursos Florestais

Master in Public Administration / U. Católica

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 33

Auditor de Defesa Nacional / IDN

Carreira Profissional:

Técnico do Ministério da Agricultura

Outros cargos:

Presidente da Câmara Municipal de Boticas (1994/ 2013)

Vice-Presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (1994/ 2013)

Vogal do Conselho de Administração da RESAT – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do Alto Tâmega, SA entre 2000 e 2009

Vogal do Conselho de Administração da RESINORTE desde 2009

Presidente da Assembleia Municipal de Boticas

Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Boticas

Presidente da Assembleia Geral do Grupo Desportivo de Chaves

Membro do Secretariado Nacional das Misericórdias Portuguesas

Vogal não executivo – Município de Lamego –Fernando Silvério Cardoso Sousa

Data de nascimento: 17/05/1951

Habilitações Académicas:

Licenciatura em Direito

Carreira profissional:

- Advogado inscrito na Ordem dos Advogados desde 2001

- Vice-Presidente do Conselho Jurisdicional da Associação de Ténis de Mesa do distrito de Viseu.

- Presidente da Assembleia do Craks Clube de Lamego.

- Secretário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Lamego.

- Presidente da Assembleia de Freguesia de Lamego (Almacave e Sé) 2013 -2017

- Vereador da Câmara Municipal de Lamego, desde outubro de 2017

Conselho Fiscal

Presidente Município de Sabrosa,

representado por Domingos Manuel Alves Carvas

Vogal Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos

Vogal Eduardo Manuel Fonseca Moura

Suplente Tiago Nuno Correia da Cruz

Revisor Oficial de Contas (ROC)

ROC Efetivo Pricewaterhousecoopers & Associados – Sociedade de Revisores Oficiais, Lda.

ROC Suplente

Carlos José Figueiredo Rodrigues

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 34

Comissão de Fixação de Vencimentos

Presidente Eduardo João Frade Sobral Pimentel

Vogal Luís Filipe Cardoso da Silva

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GOVERNO SOCIETÁRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 35

ATIVIDADE

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 36

ATIVIDADE

CADEIA DE VALOR

A RESINORTE atua numa extensa e complexa cadeia de valor, congregando um conjunto interdependente de

competências e valor acrescentado, desde a identificação dos recursos até à entrega dos produtos finais às Entidades

Gestoras de fluxos específicos, aos retomadores por estas selecionados e aos clientes diretos da empresa.

Na figura seguinte representa-se esquematicamente a cadeia de valor do negócio do tratamento e valorização dos

resíduos com a especificação das diferentes atividades de operação.

Figura 2 – Cadeia de valor

ATIVIDADE OPERACIONAL

Mais do que valorizar resíduos, a Resinorte valoriza a qualidade de vida das pessoas, assegurando que os resíduos produzidos são utilizados como recursos ou encaminhados para o destino mais adequado. No Universo Resinorte existem recursos com potencialidades a explorar, num contexto de inovação que permitirá, num futuro que estamos a construir, garantir uma melhoria da qualidade de vida para as populações.

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 37

PRODUÇÃO

Receção de Resíduos

Durante o ano 2019 foram recebidos Resíduos com as seguintes proveniências:

• Recolha indiferenciada promovida pelos 35 municípios que integram o Sistema Norte-Central;

• Recolha seletiva promovida pela RESINORTE, através das redes de ecopontos, ecocentros, ecoilhas e recolha porta-a-porta;

• Entregas diretas por particulares.

Quadro 4 – Receção de resíduos

Recolha indiferenciada (RI)

A quantidade de Resíduos Urbanos (RU) com origem na recolha indiferenciada foi, no ano 2019, superior em 0,6 % face à que tinha sido rececionada no ano anterior. Nos quadros seguintes apresenta-se a distribuição destas entradas por cada uma das quatro unidades de produção da RESINORTE e os destinos que lhe foram dados.

Em 2019, as quantidades tarifadas à tarifa municipal, pelas entregas de clientes municipais foi de 338.849 ton.

Quadro 5 - Recolha Indiferenciada

2019 2018 2017

RU Indiferenciados 340.102 338.196 327.107

Recolha Seletiva (urbana) 43.410 36.927 34.912

Recolha Seletiva (não urbana) 6.596 3.361 2.655

Total 390.108 378.484 364.673

D 3,1% 3,8% -0,7%

Receção Resinorte

(ton)

2019 2018 2017 2016

UP1Celorico e Vi la Real 97 307 96 463 92 866 90 736

UP2Boticas 31 960 32 354 31 452 30 197

UP3Lamego 35 227 35 227 34 266 33 863

UP4Riba de Ave 175 608 174 152 168 523 164 176

Total 340 102 338 196 327 107 318 972

RU municipal (tari fados) 338 849 337 208 325 834 318 347

RU Outros produtores 1 254 988 1 272 625

Total 340 102 338 196 327 107 318 972

D 0,6% 3,4% 2,6%

RI - Recolha Indiferenciada

Receção (ton)

2019 2018 2017

156.302 152.000 150.357

Aterro 183.800 186.260 175.903

Outros destinos(perdas/stocks) (63) 846

Total 340.102 338.196 327.107

RI-Recolha Indiferenciada Tratamento

(ton)

TM/TMB

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 38

Recolha Seletiva (RS)

A recolha seletiva realizada divide-se em dois grandes grupos:

i) Recolha seletiva multimaterial trifluxo (RS 3F)

Os resíduos com origem na RS 3F – papel/cartão, embalagens de plástico e metal e vidro - são encaminhados para plataformas de valorizáveis e para unidades de triagem, onde são separados, dando origem às retomas de embalagens de vidro, de papel/cartão, de plástico e de metal.

ii) Outros Fluxos de recolha seletiva

Nos ecocentros recebem-se também, de forma seletiva, outros resíduos para além dos considerados na RS 3F, nomeadamente, resíduos elétricos e eletrónicos (REEE), pneus, madeiras, outros plásticos e metais, entregues por munícipes, outros particulares e também por Municípios. Enquadraram-se também aqui, os Resíduos de Contrução Demolição (RCD) que a Resinorte recessiona nos seus Aterros, e que valoriza na contrução de caminhos e/ou como terras de cobertura.

No Quadro seguinte apresenta-se um resumo das quantidades recebidas seletivamente.

Na globalidade, a captação de resíduos registou um aumento de 24%, contando com a contribuição da recolha seletiva trifluxo, que registou, em 2019, um aumento de 17,2% relativamente a 2018.

Quadro 6 - Recolha seletiva (total)

Recolha Seletiva Multimaterial (RS Trifluxo)

A evolução da R.Seletiva trifluxo, foi muito importante, com um crescimento superior a 17%, não tendo sido, contudo, uniforme nos três fluxos.

A recolha de Papel-Cartão melhorou significativamente em todas as Unidades de Produção (UP), totalizando 21,8%. Já a recolha de embalagens de plástico e de metal, também melhorou significativamente em todas as UP, atingindo o crescimento de 27,2% na sua globalidade. Ainda neste enquadramento de crescimento, mas com um indicador abaixo dos 2 dígitos talvez por ser uma fileira com grande valorização na Resinorte, desde sempre, a recolha seletiva de vidro aumentou, ainda assim, cerca de 10%.

Quadro 7 - Recolha seletiva trifluxo (RS 3F)

2019 2018 2017

Total 3F 40.568 34.608 33.025

D 17,2% 4,8% 2,5%

Outros Fluxos Urbanos 2.842 2.319 1.887

Outros fluxos - RNU 6.596 3.361 2.655

Total Outros Fluxos 9.438 5.680 4.542

total RS 50.006 40.288 37.567

D 24% 7% -22%

RS - Recolha Seletiva

(ton)

RS Multimaterial (3F)

2019 2018 2017

Papel Cartão 14.081 11.559 10.304

Vidro 17.945 16.332 16.191

Plástico e Metal 8.542 6.717 6.530

Total 3F 40.568 34.608 33.025

D 17,2% 4,8% 2,5%

RS - Recolha Seletiva

(ton)

RS Multimaterial (3F)

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 39

Outra recolha seletiva

No quadro seguinte apresenta-se um resumo das quantidades relativas a outros fluxos de recolha seletiva, bem como a sua evolução relativamente aos 2 anos anteriores.

Sendo esta uma atividade com reduzida expressão, quer comparativamente aos quantitativos da RS trifluxo, quer em termos de expressão monetária, o seu crescimento em 2019 foi expressivo, + 66%, em especial no que respeita aos fluxos RCD, Pneus e REEE.

Quadro 8 - Outra Recolha Seletiva

Tratamento e Valorização

Triagem

Nas quatro unidades de triagem e plataformas da Resinorte, deram entrada 40,6 mil toneladas de resíduos provenientes da Recolha Seletiva 3F, as quais originaram retomas totais de valorizáveis de 36,9 mil toneladas, conforme quadro seguinte. Verifica-se alguma redução na eficiência de triagem face ao ano transato que se explica quer pelo grande crescimento das entradas, quer pelo maior incremento de contaminantes que se têm vindo a verificar, em especial, nas Ecoilhas.

Quadro 9 - Retomas 3F Totais

2019 2018 2017

Outros Fluxos Urbanos 2.842 2.319 1.887

Madeira 1.471 1.192 986

REEE 441 322 257

Sucatas 239 215 174

Plástico duro 369 329 300

Pilhas e acumuladores 6 8 12

Vidro plano 316 252 158

Outros fluxos - RNU 6.596 3.361 2.655

Pneus 1.309 1.179 1.156

RCD 5.288 2.181 1.395

RIB - 1 104

Total Outros Fluxos 9.438 5.680 4.542

D 66,2% 25,1% -71,6%

RS - Recolha Seletiva

(ton)

2019 2018 2017

Azul - Papel Cartão

Entrada 14.081 11.559 10.304

Retomas 13.959 11.622 10.386

Eficiência 99% 101% 101%

Amarelo - Plástico e metal

Entrada 8.542 6.717 6.530

Retomas 5.142 4.456 4.638

Eficiência 60% 66% 71%

Verde - Vidro

Entrada 17.945 16.332 16.191

Retomas 17.814 16.588 16.077

Eficiência 99% 102% 99%

Totais

Entrada 40.568 34.608 33.025

Retomas 36.916 32.666 31.102

Eficiência 91% 94% 94%

TRIAGEM (ton)

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 40

Tratamento Mecânico e Valorização Orgânica

No ano de 2019 foram recebidas e processadas na TMB de Riba de Ave cerca de 155,2 mil toneladas de RU com origem na recolha indiferenciada e 1,1 mil ton de resíduos biodegradáveis recolhidos seletivamente.

A produção da TMS de Celorico manteve-se suspensa por razões de gestão operacional de recursos e equipamentos, pois face ao sinistro na triagem de Celorico, esta instalação foi utilizada para apoio à Recolha Seletiva. Esta instalação irá agora ser alvo das necessárias alterações e melhorias inventariadas durante o período em que esteve em exploração na triagem de indiferenciados, nomeadamente o aumento da capacidade da fossa de receção de resíduos. Prevê-se que a intervenção, integrando-a com a triagem de embalagens leves, esteja concluída no final do 1ª semestre de 2020.

O quadro seguinte resume o processamento dos resíduos na TMB e os resultados obtidos:

Quadro 10 - Tratamento mecânico e biológico de RU

No ano 2019 a TMB trabalhou no limite da sua capacidade de produção, esperando-se que rapidamente se possa levar a cabo a intervenção para incremento da mesma, bem como da sua eficiência, e instalação de linha autónoma de processamento de resíduos orgânicos com origem em recolha seletiva dedicada. Só desta forma a RESINORTE poderá perseguir o cumprimento dos objetivos fixados pelo PERSU2020 para o Sistema. Prevê-se que esta intervenção esteja concluída no final do ano 2020.

Valorização Energética do Biogás

Em 2020 produziram-se 21.964 MWH de energia, dos quais se injetaram na rede 21.458 MWH, o que significou uma redução da ordem de 8% relativamente ao ano anterior. Para esta redução contribuiu de forma decisiva o motogerador de Santo Tirso que injetou na rede menos 1.759 MWH (-38%) do que no ano anterior. Este aterro deixou de receber resíduos há aproximadamente 2,5 anos. Entretanto, foram realizadas obras para melhoria da captação do biogás, esperando-se uma recuperação significativa durante o ano de 2020.

Os principais indicadores de valorização de energia, apresentam-se no quadro seguinte.

2019 2018 2017

Entradas

-RSU direto 155.206 151.938 150.357

Saída

-Valorizáveis 1.142 1.030 1.139

-Refugos para AS 36.340 34.230 13.125

-Refugos para Val. Energetica 335 705 1.660

-Para TB 114.853 115.973 134.434

Entradas na VO

- Direto 1.096 62

- Da TM 114.853 115.973 134.434

Saída

-Composto vendido 2.061 2.407 3.932

-Refugos para AS 106.844 103.862 126.597

- perdas humidade 7.044 9.766 3.906

- Valorizáveis (/ TM) 1% 1% 1%

- Composto (/TB) 2% 2% 3%

- Refugo para AS 92% 91% 93%

- Perdas 5% 6% 3%

TMB (ton)

TM-Tratamento Mecânico

TB-Tratamento Biológico

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 41

Quadro 11 - Valorização energética do biogás de aterro

Confinamento Técnico

Em 2019 foram depositadas em aterro 329 mil toneladas de resíduos, o que corresponde a um acréscimo de 1,2% comparativamente com a quantidade depositada no ano anterior, mas, ainda assim a um incremento no desvio de resíduos de Aterro de + 2%, face às quantidades totais rececionadas.

O quadro seguinte apresenta a natureza e a origem da totalidade dos resíduos e refugos depositados em aterro:

Quadro 12 - Confinamento técnico

Valorizáveis resultantes do Tratamento e Valorização

No quadro abaixo apresentam-se os quantitativos de valorizáveis resultantes da atividade da empresa nos últimos 3 anos.

De realçar, em 2019, o incremento muito significativo face ao ano transato das retomas de recicláveis, quer os provenientes de recolha seletiva (+14%), quer os recuperados no TMB (+11%).

Já as vendas de composto reduziram significativamente, em virtude da intervenção na substituição da linha de Afinação, e as de energia pelo pior desempenho do centro eletroprodutor do AS de Santo Tirso,

2019 2018 2017

Celorico motores 1 400 potencial

Produção 8 866 9 417 8 848Venda 8 692 9 232 8 674Eficiência (produção/potencial) 72% 77% 72%

Boticas motores 800 potencial

Produção 4 723 4 252 2 650Venda 4 620 4 168 2 598Eficiência (produção/potencial) 67% 61% 38%

Bigorne motores 400 potencial

Produção 2 367 2 541 1 994Venda 2 321 2 491 1 955Eficiência (produção/potencial) 68% 73% 57%

Santo Tirso motores 800 potencial

Produção 2 886 4 680 6 057Venda 2 829 4 588 5 938Eficiência (produção/potencial) 41% 67% 86%

Vila Real motores 400 potencial

Produção 3 123 2 853 3 095Venda 2 996 2 734 2 971Eficiência (produção/potencial) 89% 81% 88%

Biogás (MWh)

2019 2018 2017

RU Diretos 183.800 186.260 176.007

Refugos TMB 143.184 138.093 139.721

Refugos Triagem/outros 2.548 1.362 1.157

Total deposição 329.532 325.715 316.885

Entradas totais 390.108 378.484 364.673

desvio Resíduos AS 16% 14% 13%

ATERRO SANITÁRIO (ton)

Confinamento técnico

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 42

Quadro 13 - retomas

Metas PERSU 2020

No que respeita às metas intercalares estabelecidas para o Sistema Norte-Central (Despacho do Secretário de Estado do Ambiente nº 3350/2015 de 10 de março, publicado no Diário da República de 1 de abril), conclui-se que a RESINORTE ficou aquém do objetivo fixado para 2019 em 1% no que respeita à meta de Preparação para a reutilização e reciclagem, tendo cumprido confortavelmente a meta de Deposição de RU biodegradáveis em aterro.

No que respeita à meta de Retomas com origem em Recolha Seletiva, não obstante o valor atingido ser superior ao valor da meta patente no referido Despacho, este encontra-se ligeiramente abaixo do valor da meta quando corrigido na proporção da totalidade dos resíduos urbanos do ano 2019 comparativamente com os produzidos no ano 2012.

Quadro 14 - Metas PERSU

2019 2018 2017

Rec. seletiva

Papel cartão 13 394 11 091 9 868 Vidro 17 814 16 588 16 077 Plástico 4 463 3 869 3 985 metal 679 587 654 madeira embalagem 112 93 99 Ecal 487 459 519 Outros materiais 2 688 2 165 1 713 Total RS 39 637 34 852 32 914

∆ 14% 6% -1%

TM e TMB

Plástico 823 725 943 metal 195 207 172 Outros materiais 123 98 24 Total TMB 1 141 1 030 1 139

∆ 11% -10% -64%

Total Retomas 40 778 35 882 34 053

∆ 14% 5% -6%

2019 2018 2017

Composto (ton) 2 061 2 407 3 932 ∆ -14% -39% 2%

Energia vendida (MWh) 18 462 20 480 19 166 ∆ -10% 7% -11%

Recicláveis (ton)

Composto e Energia

meta real meta real

Preparaçao para reutilização e reciclagem 47% 46,0% 32% 44%

Deposição de RUB em Aterro 53% 47,9% 66% 50%

Retomas com origem na R. Seletiva 39,00 42,44 35,00 35,40

(meta corrigida RU ano n versus RU 2012) 42,98 37,70

METAS PERSU 2020 2019 2018

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 43

RECURSOS HUMANOS

A 31 de Dezembro de 2019 o Quadro de Pessoal da Empresa integrava 301 colaboradores (300 ativos e 1 com contrato

suspenso). Os quadros e gráficos seguintes sintetizam a caracterização do universo dos 300 colaboradores ativos da

empresa.

Gráfico 1 – Colaboradores

Quadro 23 - Estrutura Etária

Gráfico 2 – Estrutura etária

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 44

Gráfico 3 – Caraterização dos recursos humanos

Quadro 15 - Recursos Humanos - Evolução recente

Entradas e Saídas

No período em análise foram admitidos 74 novos colaboradores, para substituição de impedimentos temporários e

prolongados de alguns colaboradores, reformas de invalidez e ainda pela admissão das novas equipas de recolha

seletiva e Triagens. No mesmo período foram efetuadas 33 desvinculações. O balanço é de 41.

UP/serviçoDezembro

2019

Dezembro

2018

Org. Sociais 2 2 0 0%

Estrutura 10 9 1 11%

Suporte 14 14 0 0%

Manutenção 7 7 0 0%

Aterros 8 9 -1 -11%

RS e Transportes 143 128 15 12%

UP1-Celorico 15 12 3 25%

UP2-Boticas 16 11 5 45%

UP3-Lamego 14 12 2 17%

UP4-Riba D'Ave 72 56 16 29%

Total 301 260 41 16%

D dezembro 19

-Dez 18

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 45

Taxa de absentismo

A taxa de absentismo para 2019 sofreu uma diminuição significativa face a 2018 fixando-se em 7,0% . Os principais

motivos que contribuem para as ausências, são as baixas médicas, baixas por acidentes de trabalho e as licenças

parentais.

Gráfico 4 – Taxa de Absentismo por serviço – evolução recente

Saúde no Trabalho

Foram desenvolvidos trabalhos de natureza diversa, no âmbito da Saúde no Trabalho, que visaram a promoção das

condições de segurança e saúde dos trabalhadores, de acordo com a legislação, normas e procedimentos internos,

dos quais se destacam:

• Consultas Médicas aos colaboradores de todas as unidades de produção, totalizando um volume para o ano de

2019 de cerca de 80 visitas do médico de medicina no trabalho, 410 horas de trabalho.

• Vacinação gratuita para todos os Trabalhadores que a desejaram tomar. Na sequência desta campanha foi levada

a cabo a vacinação da gripe sazonal a 156 colaboradores;

• Ainda no âmbito da promoção da higiene e segurança no trabalho os serviços de medicina promoveram ações

de formação às equipas de Primeiros Socorros incluídas no Plano de Segurança Interno de todas as unidades de

produção;

• O serviço de medicina teve também uma forte intervenção na fiscalização das baixas médicas e por acidente de

trabalho, acompanhando e avaliando o estado clínico dos seus colaboradores.

Formação

A Formação Profissional corresponde a uma preocupação da empresa que procura enriquecer continuadamente o

capital humano.

Foram providenciadas ações de formação e sensibilização aos colaboradores, visando a melhoria contínua das suas

competências e do desempenho das funções que lhes são atribuídas. Em 2019 foram ministradas cerca de 7.100

horas de formação distribuídas pelas áreas de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho, Técnico-profissional,

Comportamental, Operações e Procedimentos Internos.

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Resinorte assume que a comunicação eficaz com a população e a educação ambiental são parte da sua missão –

são as pessoas que contribuem para o sucesso do país, e só com comportamentos adequados na gestão dos resíduos

que produzimos, é possível viver com maior qualidade de vida e cumprir da melhor forma as metas a que Portugal

está obrigado.

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 46

Ecoeventos: Iniciativas pontuais, certificadas pela Resinorte, que são um exemplo de adoção de medidas ambientais

adequadas que promovem os conceitos da sustentabilidade. Os Ecoeventos contemplam serviços de comunicação,

sensibilização e recolha seletiva. No ano de 2019 a Resinorte obteve cofinanciamento do POSEUR, programa

operacional sustentabilidade e eficiência no uso de recursos, para a realização de 9 ecoeventos, onde executou 100%

do projeto. Para além dos 9 ecoeventos financiados, a Resinorte realizou ainda mais 27 ecoeventos sem

cofinanciamento POSEUR.

Figura 3 – Ecoeventos

Programa Ecovalor: O programa Ecovalor tem como objetivo de promover boas práticas ambientais em

estabelecimentos de ensino da área de abrangência da Resinorte, premiando aquelas que apresentarem melhor

desempenho na separação das suas embalagens usadas.

• O programa Ecovalor é composto pelas seguintes ações:

• A nossa Casa é um planeta : Com uma abordagem inovadora e projetado em planetários itinerantes, as ações de

sensibilização “A Nossa Casa é um Planeta” englobam a apresentação de filmes, jogos sobre a temática

ambiental e entrega de materiais pedagógicos que permitiram consolidar conhecimentos. No ano de 2019 a

Resinorte obteve cofinanciamento POSEUR, programa operacional sustentabilidade e eficiência no uso de

recursos, para realização de 118 ações de sensibilização, onde executou 100% do projeto.

• Concursos Separa e Ganha no Amarelo e Azul;

• Ações de sensibilização diversas para a Comunidade Escolar;

• Visitas às instalações;

Comércio a Reciclar: A ação de sensibilização "comércio a reciclar" destina-se ao canal HORECA, comércio e serviços,

e pretende dar apoio e sensibilizar os estabelecimentos da área de abrangência da Resinorte, por forma a promover

a correta separação das embalagens usadas.

Toneladas de Ajuda: A Resinorte lançou esta campanha de responsabilidade social que se destina a todas as

organizações de apoio social (IPPS) localizadas na sua área de intervenção. A campanha consiste em valorizar todos

os resíduos recicláveis que as instituições queiram entregar, nomeadamente embalagens plásticas, metálicas, papel,

cartão e embalagens de vidro, em troca de uma contrapartida financeira.

Recycle BinGo: A Resinorte juntamente com as restantes empresas do Gurpo EGF e com o apoio do Fundo Ambiental

do Ministério do Ambiente, desenvolveram o Recycle Bingo - uma aplicação móvel cujo objetivo é educar as famílias

portuguesas em torno da temática da reciclagem, por forma a tornar esta experiência mais enriquecedora e

compensatória.

Campanha de divulgação Ecoilhas: A campanha de divulgação das novas ecoilhas, pretende sensibilizar a população

para a correta separação de resíduos. Para esta campanha foram desenvolvidos vários suportes de comunicação física

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ATIVIDADE

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 47

e digital, assim como foram realizadas várias iniciativas de inauguração, ações de sensibilização em instituições e

campanhas porta a porta.

Formação Relação com o Cliente: Ação de sensibilização realizada para colaboradores da Resinorte que têm contacto

diário com os clientes, produtores de resíduos e cidadãos da área de intervenção da Resinorte, com o propósito de

melhorar a imagem e informação que a Resinorte passa para o exterior e para os seus interlocutores.

Resultados

De uma forma global, destacam-se em 2019 os seguintes indicadores de comunicação:

Ecoeventos: 36 ecoeventos onde participaram 1.241.520 pessoas e foram recolhidas 42 toneladas de material

reciclável entregue para reciclagem.

Programa Ecovalor: 162 instituições de ensino inscritas, onde participaram 42.981 alunos e foram recolhidas 280

toneladas de material reciclável entregue para reciclagem.

Comércio a reciclar: 984 ações de sensibilização realizadas.

Toneladas de ajuda: 2 instituições inscritas e 6 toneladas de material reciclável entregue para reciclagem.

Campanha de divulgação de ecoilhas: 9 ações de sensibilização com a participação de 1.049 pessoas.

Formação relação com o cliente: 10 ações realizadas com 90 colaboradores.

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ATIVIDADE

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DESEMPENHO FINANCEIRO

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DESEMPENHO FINANCEIRO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 49

DESEMPENHO FINANCEIRO

O capítulo seguinte descreve a análise Económica, Financeira e Patrimonial da empresa dos últimos exercícios.

RENDIMENTOS

Os rendimentos no ano de 2019 ascenderam a 27.786 m€, sofrendo uma variação face a 2018 praticamente insignificante (0,1%), contudo e analisando a estrutura de rendimentos em detalhe, verificou-se uma redução de 2,2 M€ no volume de negócios por força da aplicação do ajustamento da tarifa de 2019 (982 m€), da correção da tarifa de 2018 (405 mil€) e do registo das penalidades do SIGRE (539 mil€). Verificou-se ainda um aumento de 270 m€ no reconhecimento de subsídios correspondente aos investimentos realizados em 2019 e um aumento de 2M€ em outros rendimentos operacionais com o reconhecimento dos Gastos de Construção em Direitos de Utilização de Infraestruturas.

Quadro 16 - Estrutura de Rendimentos (em €)

No gráfico abaixo é esquematizada a estrutura dos rendimentos de 2019:

Gráfico 5 – Estrutura dos rendimentos

O volume de negócios em 2019 sofreu uma redução na ordem 11,8%, devido ao seguinte:

• Impacto em Tarifas do ajustamento do ano de 2019 e de 2018 já acima quantificado;

Rendimentos(mil €) 2019 2018 2017

peso % 2019

Volume de Negócios 16 543 18 748 17 262 60%

Subsidios ao Investimento 3 373 3 113 5 993 12%

Outros Rendimentos operacionais 7 871 5 896 1 668 28%

Rendimentos Financeiros 0 0 - 0%

Total 27 786 27 758 24 923 100%

∆ 0,1% 11,4%

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DESEMPENHO FINANCEIRO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 50

• Impacto em vendas de recicláveis na penalidade do SIGRE no montante de (539 mil€);

• Redução da venda de energia de Biogás em 224 m€, por força de manutenções prolongadas e redução de metano em aterros que já não recebem resíduos (Santo Tirso);

• Em sentido contrário, verificou-se um aumento com a venda de recicláveis, quer de recolha seletiva quer do tratamento indiferenciado.

Quadro 17 – Volume de negócios (em €)

No gráfico abaixo é esquematizada a estrutura do Volume de Negócios de 2019:

Gráfico 6 – Estrutura VN

Como se pode verificar no gráfico acima, a prestação de serviços (Tarifas), tem uma quota significativa na estrutura do Volume de negócios na ordem dos 53%, contudo é de salientar o facto da dependência da empresa em termos de tarifa, ter reduzido em 2019 cerca de 6%, beneficiando assim todos os utilizadores do sistema.

Dentro das vendas, os recicláveis têm um peso de 34% aumentando 7 pontos percentuais face a 2018 e a venda de energia mantém o peso de 12% que tinha em 2018.

GASTOS

A 31.12.2019 os gastos da empresa, apresentavam o montante global de 30.063m€, conforme se discrimina no quadro seguinte:

Volume de Negócios(mil €) 2019 2018 2017

peso % 2019

Tarifas 8 851 11 259 9 567 54%Outros serviços 115 61 119 1%Vendas de Recicláveis (RS) 5 382 5 104 5 159 33%Vendas de Recicláveis (TI) 166 62 296 1%Energia 1 992 2 216 2 050 12%Composto 36 45 71 0%Total 16 543 18 748 17 262 100%

∆ -11,8% 8,6%

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DESEMPENHO FINANCEIRO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 51

Quadro 18 - Estrutura de Gastos (em €)

No gráfico abaixo é esquematizada a estrutura dos gastos da empresa em 2019:

Gráfico 7 – Estrutura de gastos

Os gastos em 2019 tiveram um aumento de cerca de 11%, na sua maioria explicada pela rubrica “outros gastos operacionais”, fortemente influenciada com o montante investido em gastos de construção do DUI, pois relativamente aos restantes custos operacionais, apenas os gastos com pessoal tiveram um incremento com significado, relacionado com a entrada de novos colaboradores para a vertente Recolha seletiva e relacionados com os fortes investimentos nesta área em finais de 2018 e inícios de 2019.

No que concerne aos FSE’s, houve uma redução na ordem dos 130 mil euros face a 2018, refletindo o esforço de eficiência que a empresa teve em termos operacionais para manter o nível de 2018 mesmo aumentando a atividade operacional, quer em RSU’s recebidos quer na recolha de seletiva.

RESULTADOS

O resultado líquido do exercício de 2019 é de 1.767 mil EUR negativos. A estrutura dos resultados é a que se detalha a seguir:

Quadro 19 - Análise Económica – Resultados (em €)

Gastos(mil €) 2019 2018 2017

peso % 2019

FSE 10 171 10 302 7 600 34%Gastos com pessoal 5 282 4 486 4 031 18%Variação inventários 66 (2) (34) 0%Outros Gastos operacionais 7 852 5 534 1 105 26%Amortizações 6 120 6 058 10 609 20%Perdas por imparidade, Reversões e pro (15) 74 126 0%Gastos financeiros 589 541 735 2%Total 30 063 26 993 24 172 100%

∆ 11,4% 11,7%

Resultados(mil €) 2019 2018 2017

∆ 2019/1028

EBITDA 1 044 4 324 6 223 -76%EBIT (1 688) 1 305 1 486 -229%Resultado Financeiro (589) (540) (725) 9%RAI (2 277) 765 751 -398%Resultado Liquido (1 767) 562 1 049 -414%

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DESEMPENHO FINANCEIRO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 52

O EBITDA e o EBIT, tiveram uma redução muito significativa face ao ano transato, respetivamente de -76% e -229%. Este desempenho negativo deve-se no essencial quer à degradação do volume de negócios em virtude dos ajustamentos já explicitados acima quer ao facto da tarifa aprovada para 2019 ter implícita uma componente de OPEX inferior em cerca de 3 Milhões de euros face ao OPEX real da empresa de 2018.

O resultado financeiro negativo, aumentou face a 2018 em 9%, consequência da utilização de linhas de curto prazo e do empréstimo de ML prazo para fazer face ao investimento.

ANÁLISE FINANCEIRA E PATRIMONIAL

O Balanço apresenta a 31.12.2019 a seguinte estrutura:

Quadro 20 - Estrutura do Balanço (em €)

Destaques:

• Aumento dos ativos não correntes em resultado do investimento do ano;

• Redução dos ativos correntes originado fundamentalmente pela redução de subsídios reconhecidos por receber;

• Redução do Capital Próprio pelo reconhecimento dos subsídios ao investimento e do prejuizo;

• Diminuição dos passivos não correntes, resultante do consumo dos passivos por impostos diferidos e de passivo

regulatório;

• Aumento dos passivos correntes originado pelo aumento da rúbrica de “Financiamentos” e “Outras dívidas a

pagar” relacionada com o consumo do passivo regulatório para o ano de 2020.

Dívida Líquida (NET DEBT)

A 31.12.2019 a RESINORTE tinha as seguintes responsabilidades:

Quadro 21 - Responsabilidades Bancárias (em €)

Em 2019 prosseguiu-se a redução do endividamento do financiamento de MLP junto da CCAM, amortizando-se 2,5M EUR. Não obstante, a empresa teve de usar outras linhas de crédito de curto e médio prazo, tendo, em 31.12.2019, cerca de + 3M EUR de financiamentos contratados, quer na Banca comercial quer em linhas de leasing. Manteve-se, em 2019, o suprimento do accionista EGF, no montante de 1M EUR.

NET DEBT(mil €) 2019 2018 2017

∆ 2019/1028

Papel Comercial - mlp 11.189 13.675 16.162 -18%Empréstimo mlp 1.484Suprimentos 1.000 1.000 3.750 0%Contas Correntes e outros 884Total mlp 14.557 14.675 19.912 -1%

Papel Comercial - cp 2.641 2.679 2.717 -1%Contas Correntes e outros 3.323 - -Total cp 5.965 2.679 2.717 123%Financiamento 20.522 17.355 22.629 18%Disponibilidades 4.359 3.145 9.346 39%Divida Liquida 16.163 14.210 13.283 14%

BALANÇO(mil €) 2019 2018 2017

∆ 2019/1028

Ativo não Corrente 81 930 80 447 82 116 2%Ativo Corrente 11 694 12 975 14 820 -10%

Ativo 93 623 93 422 96 936 0%

Capital Próprio 41 204 45 506 45 354 -9%Passivo não Corrente 30 621 33 892 41 793 -10%Passivo Corrente 21 798 14 023 9 788 55%

Passivo e Cap. Próprios 93 623 93 422 96 936 0%

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DESEMPENHO FINANCEIRO

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Clientes e Evolução do PMR

A dívida de clientes em 2019 aumentou face a 2018 em cerca de 5%, no entanto a divida vencida revelou-se inferior face ao ano anterior, em 243 m€. Relativamente à divida de clientes não corrente a mesma refere-se a um acordo de regularização de divida com a Trofáguas.

O prazo médio de recebimentos (PMR) em 2019, demonstrou uma ligeira melhoria comparativamente ao ano anterior.

Quadro 22 – Dívida de Clientes (em €)

Investimento

O ano de 2019 ficou marcado pelo forte investimento realizado, no montante aproximado de 7,6 M€, o valor mais alto dos últimos 8 anos. Os principais projetos e aquisições foram:

Quadro 23 - Investimento

Tarifas

A RESINORTE, durante o ano de 2019, teve o seguinte enquadramento tarifário:

• Tarifa implícita aos proveitos permitidos: 30,02€ ton.;

• Tarifa implícita com ajustamento de 2017= 30,91€ ton.;

• Tarifa faturada a clientes municipais = 27,71 € ton..

Entretanto, estima-se em (2,96) €/ton. o montante do ajustamento da tarifa do ano de 2019.

No quadro abaixo descreve-se a evolução da tarifa da RESINORTE e das empresas que lhe deram origem, antes da

fusão. Como facilmente se depreende a criação da Resinorte e as sinergias e eficiências entretanto conseguidas têm

CLIENTES(mil €) 2019 2018 2017

∆ 2019/1028

Municipais (mlp) 874 1 398 1 850 -38%Municipais (corrente) 3 511 3 020 3 082 16%Outros Clientes 2 037 1 690 1 496 21%

Total 6 421 6 109 6 428 5%

PMRecebimento (dias) 134 139 153 -4%

INVESTIMENTOS(mil €) 2019

AS Celorico 2 AS Trofa 121 TMB Riba de Ave 287 Triagem Celorico 420 Triagem Riba De Ave 808 TMS Boticas (Viaturas) 278 TMS Lamego (Viaturas) 539 Autocompactadores (RS) 443 Osmose Inversa (substit) 2 608 Afinação TMB (substit) 901 Outros Investimentos 1 184 Total 7 591

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DESEMPENHO FINANCEIRO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 54

permitido um enquadramento tarifário muito vantajoso para os municípios. Não obstante, a tarifa prevista para 2020,

perceciona-se como excessivamente baixa, o que poderá não permitir à empresa o equilíbrio desejado nem a

recuperação dos prejuízos de 2018.

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DESEMPENHO FINANCEIRO

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PERSPETIVAS PARA 2020

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PERSPETIVAS PARA 2020

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PERSPETIVAS PARA 2020

Tendo em conta o plano de investimento previsto para o período regulatório de 2019-2021, a exigência para 2020 em matéria de execução de investimentos será muito ambiciosa, com uma previsão de execução dos investimentos que possam rondar os 20M€.

Face a esta situação, o ano de 2020 irá ficar manifestamente condicionado, do ponto de vista operacional, com a construção da Nova triagem de Celorico, das TMS de Bigorne e Boticas a ampliação da Triagem e do TMB de Riba de Ave.

É nossa expectativa mantermos uma evolução positiva nas quantidades recolhidas seletivamente, rentabilizando desta forma os investimentos realizados nos últimos anos, e que permitiram ampliar significativamente a rede de ecopontos, ecoilhas, e as viaturas de recolha, bem como a implementação de novos circuitos, e o crescimento da recolha porta-a-porta ao comércio.

Com a ampliação e reformulação da TMB de Riba de Ave em 2020, esta instalação irá ter um papel preponderante na gestão dos resíduos da Instalação, permitindo gerir com uma eficiência muito maior os resíduos indiferenciados recebidos naquela instalação, bem como, preparar a empresa para a receção da Recolha Seletiva de Bioresíduos, criando dessa forma uma maior eficiência ao nível dos transportes de refugos e respetiva deposição em aterro.

Do ponto de vista de OPEX, com as tarifas aprovadas pela ERSAR para o período 2019-2021, 2020 será um ano muito exigente, uma vez que a tarifa, tal como em 2019, não cobre os gastos operacionais atuais. Este cenário, dificultará cada vez mais, o cumprimento da missão de serviço público, a que a Resinorte está obrigada e comprometida.

Apesar da RESINORTE considerar que a decisão da ERSAR para o período regulatório 2019-2021 põe em causa princípios essenciais subjacentes ao contrato de concessão e ao próprio modelo regulatório, nomeadamente a elegibilidade dos custos de exploração eficientemente incorridos, foi opção desta empresa cumprir os objetivos de serviço público, indo ao encontro dos compromissos nacionais em sede de metas ambientais e das necessidades de qualidade de serviço dos clientes municipais e das populações servidas, o que, num cenário de tarifas anormalmente baixas, verifica-se ser um desafio constante e contínuo. Face à degradação de resultados já verificada em 2019, a RESINORTE desencadeará os mecanismos previstos no RTR (Regulamento Tarifário de Resíduos) que prevê a possibilidade de uma alteração dos proveitos permitidos em qualquer momento do período regulatório, bem como os previstos no respetivo Contrato de Concessão por forma a manter a sustentabilidade económica e financeira das empresas.

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PERSPETIVAS PARA 2020

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PERSPETIVAS PARA 2020

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FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

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FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 59

FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCICIO

Em 4 de fevereiro de 2020, foi publicado o Documento Complementar nº 2 ao Regulamento Tarifário de Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos, estabelecendo os requisitos mínimos da informação a prestar à ERSAR no âmbito do reporte anual das contas reais para efeitos regulatórios, com especificação de regras gerais constantes no RTR (Regulamento Tarifário de Resíduos.

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FACTOS RELEVANTES APÓS O TERMO DO EXERCÍCIO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 61

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Conselho de Administração deseja expressar o seu profundo reconhecimento:

• Aos Acionistas Câmaras Municipais e Associação de Municípios, pela participação ativa e colaborante nos

diversos aspetos da atividade da empresa.

• Ao Acionista EGF pelo contínuo apoio que tornou possível a boa execução dos objetivos da Empresa durante o

exercício decorrido.

• Ao Revisor Oficial de Contas e Conselho Fiscal pela disponibilidade e colaboração prestada.

• À ERSAR, APA e CCDR-N pela intervenção institucional prestada.

• A todos os colaboradores da empresa, que com a sua dedicação e competência tornaram e tornam todos os

dias possível a concretização dos objetivos e da estratégia definida.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO RESULTADOS

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 63

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração, propõe que o Resultado Líquido do Período de 2019, no valor negativo de 1.767.472,23 EUR, tenha a seguinte aplicação:

Quadro 24 – Aplicação de Resultados (em €)

Resultados Transitados (1 767 472,23)

Aplicação de Resultados (em €)

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PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 64

ANEXO AO RELATÓRIO

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ANEXO AO RELATÓRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 65

O capital social da RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, SA era, a 31.12.2019,

integralmente detido pelos acionistas que constam do Quadro I - Estrutura Acionista.

Codessoso, 03 de Março de 2020

O Conselho de Administração,

Miguel Pires Eurico Lisboa

________________________________________

Pablo Barreiro Blanco

____________________________________

Francisco Javier San José Sancho

____________________________________

Joaquim Monteiro da Mota e Silva

____________________________________

Carlos Manuel Gomes Matos da Silva

____________________________________

Cristina Maria da Cunha Saraiva

____________________________________

Luis Fernando Adrada Guajardo

____________________________________

Fernando Pereira Campos

____________________________________

Fernando Silvério Cardoso de Sousa

____________________________________

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ANEXO AO RELATÓRIO

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 66

CONTAS INDIVIDUAIS

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 67

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 68

31 de dezembro 31 de dezembroNotas de 2019 de 2018

ATIVO NÃO CORRENTE:Ativos fixos tangíveisPropriedades de investimentoAtivos intangíveis 6 77 734 801 76 152 725Outros ativos financeiros 14 749 7 380Clientes 8 873 543 1 398 122Outros créditos a receber - -Ativos por impostos diferidos 11 3 306 465 2 888 697

Total do ativo não corrente 81 929 559 80 446 924

ATIVO CORRENTE:Inventários 7 192 543 258 369Clientes 8/19 5 547 400 4 710 743Estado e outros entes públicos 12 675 406 1 769 904Outros créditos a receber 9 480 678 2 541 420Diferimentos 10 438 513 549 622Outros ativos financeiros - -Caixa e depósitos bancários 4 4 359 112 3 144 843

Total do ativo corrente 11 693 653 12 974 901 Total do ativo 93 623 212 93 421 825

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

CAPITAL PRÓPRIO:Capital subscrito 13 8 000 000 8 000 000Reserva legal 13 603 376 575 255Outras reservas 13 1 565 270 1 565 270Resultados transitados 13 1 354 958 1 101 870Outras variações no capital próprio 13 31 447 962 33 701 178Resultado líquido do período (1 767 472) 562 416

Capital próprio atribuído a acionistas da empresa-mãe 41 204 093 45 505 989Interesses que não controlam

Total do capital próprio 41 204 093 45 505 989

PASSIVO:PASSIVO NÃO CORRENTE:

Provisões 14 79 300 79 300Financiamentos obtidos 15/16 14 557 413 14 675 240Passivos por impostos diferidos 11 12 294 560 13 165 377Fornecedores - -Outras dívidas a pagar 18 1 882 455 5 109 877Diferimentos 10 1 807 245 862 584 Total do passivo não corrente 30 620 973 33 892 377

PASSIVO CORRENTE:Fornecedores 17/19 5 164 426 5 342 186Estado e outros entes publicos 12 3 377 620 2 916 942Financiamentos obtidos 15/16 5 964 701 2 679 453Outras dívidas a pagar 18 6 608 723 2 834 815Diferimentos 10 682 676 250 063 Total do passivo corrente 21 798 146 14 023 459 Total do passivo 52 419 119 47 915 836 Total do capital próprio e do passivo 93 623 212 93 421 825

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018

(Montantes expressos em Euros)

ATIVO

O anexo faz parte integrante do balanço em 31 de dezembro de 2019.

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 69

31 de dezembro 31 de dezembroNotas de 2019 de 2018

Vendas e serviços prestados 20 16 542 535 18 748 332Variação nos inventários da produção 7 (65 827) 2 332Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas - -Fornecimentos e serviços externos 21 (10 170 621) (10 302 298)Gastos com o pessoal 22 (5 281 559) (4 485 814)Imparidade de dívidas a receber 8 15 119 5 460Provisões 14 - (79 300)Outros rendimentos 23 7 870 709 5 895 785Outros gastos 24 (7 851 698) (5 534 327)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 1 058 659 4 250 170

Gastos de depreciação e de amortização 25 (6 119 727) (6 058 414)Subsídio ao investimento 13 3 373 167 3 113 414

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) (1 687 901) 1 305 170

Juros e rendimentos similares obtidos 26 43 381Juros e gastos similares suportados 26 (589 024) (540 544)

Resultado antes de impostos (2 276 882) 765 008

Impostos sobre o rendimento do período 11 509 410 (202 592) Resultado líquido do período (1 767 472) 562 416

Resultado líquido do exercício atribuível a: Detentores do capital da empresa-mãe (1 767 472) 562 416 Interesses que não controlam

(1 767 472) 562 416

Resultado por ação 28 -0,22 0,07

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

O anexo faz parte integrante da demonstração dos resultados por naturezas do exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018

(Montantes expressos em Euros)

RENDIMENTOS E GASTOS

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CONTAS INDIVIDUAIS

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 71

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS INDIVIDUAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019

31 de dezembro 31 de dezembroNotas de 2019 de 2018

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de clientes 22 122 192 21 728 593Pagamentos a fornecedores (12 852 552) (11 718 437)Pagamentos ao pessoal (3 200 775) (3 744 510)

Fluxos gerados pelas operações 6 068 865 6 265 646Pagamento do imposto sobre o rendimento 436 744 (1 119 089)Outros recebimentos / (pagamentos) (2 760 793) (2 976 695)

Fluxos das atividades operacionais (1) 3 744 816 2 169 862

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO:Pagamentos respeitantes a:

Ativos intangíveis (6 635 286) (3 591 064)(6 635 286) (3 591 064)

Recebimentos provenientes de:Ativos intangíveis 350 000 350 000Subsídios ao investimento 2 523 927 1 152 374Juros e rendimentos similares

Dividendos2 873 927 1 502 374

Fluxos das atividades de investimento (2) (3 761 358) (2 088 690)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 6 479 813 -Realização de capital - -

6 479 813 -Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (4 330 419) (2 500 000)Juros e gastos similares (642 072) (507 943)Acionistas - (2 750 000)Dividendos (276 511) (524 608)

(5 249 001) (6 282 551)Fluxos das atividades de financiamento (3) 1 230 812 (6 282 551)

Variação de caixa e seus equivalentes (4) = (1) + (2) + (3) 1 214 270 (6 201 379)Constituição de depósitos bancários cativos - -Caixa e seus equivalentes no início do período 3 144 843 9 346 221Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 359 112 3 144 843Depósitos bancários cativos - -Caixa e depósitos bancários no fim do exercício 4 359 112 3 144 843

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

(Montantes expressos em Euros)

O anexo faz parte integrante da demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

RESINORTE - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 72

(MONTANTES EXPRESSOS EM EUROS)

1. NOTA INTRODUTÓRIA

A RESINORTE – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos SA. (adiante designada por “RESINORTE” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima, constituída em 2009 pelo Decreto-Lei n.º 235/2009, posteriormente alterado pelo Decreto-Lei n.º 106/2014 de 02 de julho, com sede social na Codessoso, 4890-166 Celorico de Basto, e cujo objeto social é, em regime de concessão de serviço público, a realização de atividades no âmbito de exploração e gestão do sistema multimunicipal de triagem, recolha seletiva de resíduos urbanos, valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos do Norte Central integrando como utilizadores os municípios de Alijó, Amarante, Armamar, Baião, Boticas, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto, Chaves, Cinfães, Fafe, Guimarães, Lamego, Marco de Canaveses, Mesão Frio, Moimenta da Beira, Mondim de Basto, Montalegre, Murça, Penedono, Peso da Régua, Resende, Ribeira de Pena, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Tarouca, Trofa, Valpaços, Vila Nova de Famalicão, Vila Pouca de Aguiar, Vila Real e Vizela. Nos termos do Decreto-Lei n.º 45/2014, de 20 de março, o Governo privatizou a Empresa, que anteriormente permanecia como uma sub-holding da Empresa Águas de Portugal para o setor dos resíduos. A alienação do capital social da EGF à Suma Tratamento, S.A. (“Suma Tratamento”, empresa detida maioritariamente pelo Grupo Mota-Engil), teve como consequência a alteração do enquadramento jurídico das entidades gestoras dos sistemas multimunicipais de tratamento de resíduos. Neste quadro, o Governo reviu o regime jurídico aplicável à atuação das entidades gestoras de sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos. Desta forma, através do Decreto-Lei 96/2014, de 25 de junho, foram aprovadas as bases da concessão da exploração e gestão, em regime de serviço público, dos sistemas multimunicipais de tratamento e de recolha seletiva de resíduos urbanos, atribuída a entidades de capitais exclusiva ou maioritariamente privados. Foi também aprovado um novo Regime Remuneratório, tendo sido publicado pelo regulador o RTR- Regulamento tarifário de resíduos, com um novo modelo regulatório a vigorar a partir de 1 de janeiro de 2016. O contrato de concessão foi objeto de reconfiguração, com vista à adaptação do seu conteúdo às novas bases da concessão, tendo o período da respetiva concessão sido alargado até 2034. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em Euros, dado que esta é a moeda utilizada preferencialmente no ambiente económico em que a Empresa opera. Adicionalmente, a Empresa preparou demonstrações financeiras consolidadas para o exercício findo em 31 de dezembro de 2019. Estas demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 03 de março de 2020, contudo as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral. É entendimento do Conselho de Administração que estas demonstrações financeiras refletem de forma verdadeira e apropriada as operações da Empresa, bem como a sua posição e desempenhos financeiros e fluxos de caixa.

2. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

2.1. REFERENCIAL CONTABILÍSTICO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 98/2015 de 2 de junho, que alterou o Decreto-Lei nº 158/2009 de 13 de julho, e de acordo com a estrutura concetual, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”) e as Normas Interpretativas (“NI”) consignadas, respetivamente, nos avisos 8254/2015, 8256/2015 e 8258/2015, de 29 de julho de 2015, as quais no seu conjunto constituem o Sistema de Normalização Contabilística (“SNC”). Acresce referir que o modelo das demonstrações financeiras e o quadro de contas também foram alterados, respetivamente, pela Portaria nº 220/2015 de 24 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-B/2015 de 21 de setembro de 2015 e pela da Portaria nº 218/2015 de 23 de julho de 2015 e Declaração de Retificação nº 41-A/2015 de 21 de setembro de 2015. De ora em diante, o conjunto daquelas normas e interpretações serão designadas genericamente por “NCRF” ou “SNC”. O SNC estabelece que, sempre que as NCRF não deem resposta às necessidades dos utilizadores em termos de tratamento contabilístico de determinadas situações, estes deverão supletivamente recorrer, em primeiro lugar, às Normas Internacionais de Relato Financeiro, tal como adotadas pela União Europeia (“IFRS”), de seguida, às outras IFRS ainda não adotadas pela União Europeia. Neste contexto, é entendido como aplicável ao caso das concessões de serviço público em geral, e ao caso da Empresa em particular, a interpretação efetuada pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) relativamente a esta temática e vertida na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços (“IFRIC 12”).

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 73

3. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes:

3.1. BASES DE APRESENTAÇÃO

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras. O Conselho de Administração procedeu à avaliação da capacidade da Empresa operar em continuidade, tendo por base toda a informação relevante, factos e circunstâncias, de natureza financeira, comercial ou outra, incluindo acontecimentos subsequentes à data de referência das demonstrações financeiras, disponível sobre o futuro. Em resultado da avaliação efetuada, o Conselho de Administração concluiu que a Empresa dispõe de recursos adequados para manter as atividades, não havendo intenção de cessar as atividades no curto prazo, pelo que considerou adequado o uso do pressuposto da continuidade das operações na preparação das demonstrações financeiras.

3.2. ATIVOS INTANGÍVEIS

Ativos da concessão – IFRIC 12 – Acordos de concessão de serviços Os ativos adquiridos/construídos pela Empresa, ao abrigo do contrato de concessão, são ativos afetos à concessão, correspondendo à respetiva infraestrutura concessionada. A IFRIC 12 aplica-se a contratos de concessão de serviço público nos quais o concedente controla (regula):

• os serviços a serem prestados pela Concessionária (mediante a utilização da infraestrutura), a quem e a que preço; e • quaisquer interesses residuais sobre a infraestrutura no final do contrato.

A IFRIC 12 aplica-se a infraestruturas: • construídas ou adquiridas pelo operador a terceiros; • já existentes e às quais é dado acesso ao operador.

Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a concessão da Empresa encontra-se abrangida no âmbito desta IFRIC pelas seguintes razões:

• a Empresa possui um contrato de concessão de serviço público celebrado com o Estado Português (“Concedente”) e por um período pré-definido;

• A Empresa efetua a prestação de serviços públicos mediante a utilização de infraestruturas, conforme definido em detalhe na (Nota 30);

• o concedente controla os serviços prestados e as condições em que são prestados, através do regulador ERSAR; • os diversos ativos utilizados para a prestação dos serviços revertem para o concedente no final do contrato de concessão.

Esta interpretação estabelece os princípios genéricos de reconhecimento e mensuração de direitos e obrigações ao abrigo de contratos de concessão com as características mencionadas anteriormente e define os seguintes modelos:

i. Modelo do ativo financeiro – quando o operador tem um direito contratual incondicional de receber dinheiro ou outro ativo financeiro do concedente, correspondente a montantes específicos ou determináveis, o operador deverá registar um ativo financeiro (conta a receber). Neste modelo, a entidade concedente dispõe de poucos ou nenhuns poderes discricionários para evitar o pagamento, em virtude de o acordo ser, em geral, legalmente vinculativo.

ii. Modelo do ativo intangível – quando o operador recebe do concedente o direito de cobrar uma tarifa em função da

utilização da infraestrutura, deverá reconhecer um ativo intangível.

iii. Modelo misto – este modelo aplica-se quando a concessão inclui simultaneamente compromissos de remuneração garantidos pelo concedente e compromissos de remuneração dependentes do nível de utilização das infraestruturas da concessão.

Deste modo e atendendo aos termos do contrato de concessão, nomeadamente no que se refere ao modelo remuneratório, foi entendido que as operações da Empresa são enquadráveis no modelo do ativo intangível, em virtude, essencialmente, das concessionárias terem o direito incondicional de cobrar os utilizadores e assumirem os riscos operacionais, de investimento e de financiamento da concessão. Nesse enquadramento e em relação ao valor residual dos ativos afetos à concessão (de acordo com o contrato de concessão, a Empresa tem o direito de ser ressarcida no final da concessão com base no valor líquido contabilístico dos ativos concessionados),

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 74

este foi integrado, igualmente, como uma parte do ativo intangível, sendo remunerado anualmente de acordo com o regulamento tarifário em vigor. Atendendo ao enquadramento acima descrito, os ativos afetos à concessão (ativos intangíveis) encontram-se valorizados ao custo de aquisição ou de produção, deduzidos de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são reconhecidas numa base sistemática/linear durante a vida útil estimada dos ativos intangíveis. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados. Para fins de amortização dos ativos afetos à concessão, foi tido em consideração o método que reflete o modelo pelo qual se espera que os benefícios económicos futuros dos ativos sejam consumidos pela Empresa. Desta forma, e atendendo ao acima descrito, a Empresa considera que o método de amortização que melhor reflete o padrão de consumo esperado dos benefícios económicos futuros do ativo intangível é a amortização em função das taxas de amortização definidas e aprovadas pelo regulador (ERSAR), por ser esta a base do seu rendimento anual, ou seja, os ativos concessionados são amortizados em conformidade com o modelo de remuneração subjacente ao Regulamento Tarifário. Importa ainda referir que o direito atribuído no âmbito do contrato de concessão, consiste na possibilidade da Empresa cobrar tarifas em função dos custos incorridos com as infraestruturas. Assim, tendo em consideração a metodologia de apuramento de tarifas, a base de remuneração é apurada atendendo a cada item de ativo concessionado em específico, o que pressupõe a necessidade de componentização do direito. Consequentemente, considera-se que o direito é componentizável por partes distintas à medida que se vão concretizando as diversas bases de remuneração. Desta forma, o ativo intangível vai sendo aumentado à medida que se vão concretizando as diversas infraestruturas afetas à concessão, sendo registado com base no seu custo de aquisição/construção e diminuído à medida que se vão consumindo os benefícios económicos futuros. Relativamente aos subsídios ao investimento afetos aos ativos, estes são reconhecidos na demonstração de resultados na mesma cadência da amortização dos ativos. No âmbito do contrato de concessão em vigor enquadrável, a atividade de construção é subcontratada externamente a entidades especializadas. Por conseguinte, a RESINORTE não tem qualquer margem na construção dos ativos afetos à concessão.

3.3. LOCAÇÕES

As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os ativos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos ativos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. As locações financeiras são repartidas entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, por forma a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. As locações operacionais são reconhecidas como gasto numa base linear durante o período da locação.

3.4. SUBSÍDIOS AO INVESTIMENTO

Os subsídios do Governo apenas são reconhecidos, quando existe uma certeza razoável de que a Empresa irá cumprir com as condições exigidas para a sua atribuição. Os subsídios de Governo não reembolsáveis, relacionados com a aquisição de ativos intangíveis, são reconhecidos inicialmente no capital próprio, juntamente com os respetivos passivos por impostos diferidos, numa base sistemática como rendimento do exercício, de forma consistente e proporcional com as amortizações dos ativos a cuja aquisição se destinam. Os subsídios à exploração, nomeadamente relativa à campanha de sensibilização ambiental “Ecoponto com desconto”, são reconhecidos na demonstração dos resultados de acordo com os gastos incorridos.

3.5. PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ATIVOS CONTINGENTES

Provisões São reconhecidas provisões apenas quando a Empresa tem uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de um acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em consideração os riscos e incertezas associados à obrigação. As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletirem a melhor estimativa a essa data. Passivos contingentes

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Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota, nem provável. Ativos contingentes Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quando for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.

3.6. ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS

Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais. Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:

• Seja à vista ou tenha uma maturidade definida; • Tenha associado um retorno fixo ou determinável; e • Não seja ou não incorpore um instrumento financeiro derivado.

O custo amortizado corresponde ao valor pelo qual um ativo financeiro ou um passivo financeiro é mensurado no reconhecimento inicial, menos os reembolsos de capital, mais ou menos a amortização cumulativa, usando o método da taxa de juro efetiva, de qualquer diferença entre esse montante na maturidade. A taxa de juro efetiva é a taxa que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados no valor líquido contabilístico do ativo ou passivo financeiro. Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:

• Clientes; • Créditos a receber; • Fornecedores; • Outras dívidas a pagar; • Financiamentos obtidos.

Caixa e equivalentes de caixa A rubrica de caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários com vencimento inferior a três meses que possam ser imediatamente mobilizáveis ou com risco insignificante de alteração de valor. Imparidade de ativos financeiros Os ativos financeiros são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados negativamente. Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original. Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo. As perdas por imparidade são registadas em resultados no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objetivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é refletida em resultados. Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros A Empresa desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade o controlo dos ativos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros transferidos relativamente aos quais a Empresa reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire.

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3.7. RÉDITO

O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de descontos e outros abatimentos. O rédito é reconhecido líquido de impostos. O rédito proveniente da venda de energia e produtos valorizáveis é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:

• Todos os riscos e vantagens associados à propriedade dos bens foram transferidos para o comprador; • A Empresa não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos; • O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; • É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa; • Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.

A tarifa encontra-se suportada num contrato estabelecido com o cliente, em que o preço da venda se encontra definido. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com base na percentagem de acabamento da transação/serviço, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas:

• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; • É provável que benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a Empresa; • Os gastos incorridos ou a incorrer com a transação podem ser mensurados com fiabilidade; • A fase de acabamento do serviço pode ser mensurada com fiabilidade.

O reconhecimento do rédito para as atividades concessionadas é efetuado com base na tarifa aprovada do regulador (ERSAR) determinada pelos proveitos permitidos em função da quantidade de resíduos da recolha indiferenciada. A tarifa tem a finalidade de recuperar:

i. A amortização dos ativos da concessão associados à atividade regulada; ii. Retorno no valor médio contabilístico dos ativos associados à atividade regulada, de acordo com as taxas definidas pelo

regulador; iii. Os custos operacionais associados à atividade regulada.

Desvios Tarifários O regulamento tarifário, emitido pela ERSAR, define a fórmula de cálculo dos proveitos permitidos das atividades reguladas e contemplam nessa fórmula de cálculo o apuramento dos desvios tarifários que são recuperados até ao seguindo ano após a data em que os mesmos são gerados, encontrando-se assim definido o período no qual estes desvios são recuperados. Desta forma, a Empresa apura, em cada data de relato e de acordo com os critérios definidos pelo regulamento tarifário publicado pela ERSAR, os desvios apurados entre os proveitos permitidos recalculados com base em valores reais e os proveitos faturados. Atendendo à legislação e enquadramento regulatório em vigor acima descrito, os desvios tarifários apurados pela Empresa em cada exercício cumprem um conjunto de características (fiabilidade de mensuração, direito à sua recuperação, transmissibilidade dos mesmos e incidência de juros) que suportam o seu reconhecimento como rédito, e como ativo, no ano em que são apurados. Tal racional é igualmente válido quando são apurados desvios tarifários a entregar (a pagar), os quais são configuráveis como passivos e menos rédito.

3.8. IMPARIDADE DE ATIVOS FIXOS INTANGÍVEIS E TANGÍVEIS

Sempre que exista algum indicador que os ativos intangíveis e ativos fixos tangíveis possam estar em imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar o valor recuperável de um ativo individual, é estimado o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo pertence. O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre: (i) o justo valor deduzido de custos para vender; e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da unidade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados. A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados. A reversão da perda por imparidade é efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações) caso a perda não tivesse sido registada.

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3.9. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os impostos sobre o rendimento correspondem à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando os impostos diferidos se relacionam com itens registados diretamente no capital próprio. Nestes casos, os impostos diferidos são igualmente registados no capital próprio. Os impostos correntes sobre o rendimento são calculados com base no lucro tributável do exercício. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que apenas serão dedutíveis ou tributáveis em exercícios subsequentes, bem como gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis de acordo com as regras fiscais em vigor. Os impostos diferidos referem-se às diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultados de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico. São geralmente reconhecidos passivos por impostos diferidos para todas as diferenças temporárias tributáveis. São reconhecidos ativos por impostos diferidos para as diferenças temporárias dedutíveis, porém tal reconhecimento unicamente se verifica quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para utilizar esses ativos por impostos diferidos. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os ativos e os passivos por impostos diferidos são mensurados utilizando as taxas de tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das correspondentes diferenças temporárias, com base nas taxas de tributação (e legislação fiscal) que estejam formalmente emitidas na data de relato.

3.10. ESPECIALIZAÇÃO DOS EXERCÍCIOS

Os gastos e rendimentos são reconhecidos no período a que dizem respeito, de acordo com o princípio da especialização de exercícios, independentemente da data/momento da sua faturação. Os gastos e rendimentos cujo valor real não seja conhecido são estimados. Os gastos e rendimentos imputáveis ao período corrente e cujas despesas e receitas apenas ocorrerão em períodos futuros, bem como as despesas e receitas que já ocorreram, mas que respeitam a períodos futuros e que serão imputadas aos resultados de cada um desses períodos, pelo valor que lhes corresponde, são registados nas rubricas de diferimentos.

3.11. INVENTÁRIOS

As mercadorias, bem como as matérias-primas, subsidiárias e de consumo, encontram-se valorizadas ao custo de aquisição, utilizando-se o custo médio como método de custeio. Os subprodutos, produtos acabados e intermédios encontram-se valorizados ao seu custo de produção. O valor líquido de realização representa o preço de venda estimado deduzido de todos os custos estimados necessários para concluir os inventários e para efetuar a sua venda. Nas situações em que o valor do custo/produção é superior ao valor líquido de realização são registadas perdas por imparidade pela respetiva diferença. As variações do exercício nas perdas por imparidade de inventários são registadas na demonstração dos resultados.

3.12. ENCARGOS FINANCEIROS COM EMPRÉSTIMOS OBTIDOS

Os encargos financeiros relacionados com empréstimos obtidos são reconhecidos como gastos à medida que são incorridos. Os encargos financeiros de empréstimos obtidos relacionados com a aquisição ou construção de infraestruturas são capitalizados, sendo parte integrante do custo do ativo. A capitalização destes encargos financeiros tem início quando começam a ser incorridos dispêndios com o ativo e prolongam-se enquanto estiverem em curso as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda. Tal capitalização cessa quando substancialmente todas as atividades necessárias para preparar o ativo para o seu uso pretendido ou para a sua venda estejam concluídas. Adicionalmente, a capitalização é suspensa durante os períodos extensos em que o desenvolvimento das atividades atrás referidas seja interrompido. Quaisquer rendimentos gerados por empréstimos obtidos antecipadamente relacionados com um investimento específico são deduzidos aos encargos financeiros elegíveis para capitalização.

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3.13. ATIVO REGULATÓRIO/PASSIVO REGULATÓRIO

Em 1 de janeiro de 2016 e tendo como referência as demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2015, as concessionárias aferiram quanto à existência de uma responsabilidade para com o concedente (“Saldo regulatório”), sendo esta determinada tendo por referência os montantes dos acréscimos de gastos referente a amortizações acumuladas de investimento contratual por realizar, deduzido do montante de imposto diferido que lhe estava associado e do valor contabilístico líquido de amortização e subsídios do conjunto de bens e ativos que não integraram a base de ativos regulados relevante para efeito de apuramento dos proveitos permitidos. Nos casos em que aquele montante foi negativo, aquela responsabilidade, “Passivo Regulatório”, foi registada no passivo, quando positivo, foi registado um “Ativo Regulatório, ou Direito Contratual”. Subsequentemente, quando seja estimada uma variação anual de tarifas superior a 2% aos proveitos anualmente permitidos às concessionárias, o excedente àquele valor pode ser deduzido ao Passivo Regulatório, quando este exista. No final das concessões, caso ainda exista Passivo Regulatório, o correspondente montante será deduzido ao valor residual da BAR a que as concessionárias terão direito. Nos casos em que foi determinado um “Ativo Regulatório”, o mesmo é amortizado ao longo do período da concessão. Decorrente da transposição do Passivo Regulatório para as demonstrações financeiras foi apurado um diferencial, o qual foi tratado como sendo uma compensação contratual por conta dos efeitos das alterações do novo modelo regulatório e remuneratório da concessão, as quais acarretaram novas responsabilidades e obrigações para a concessionária, materializadas na assunção de novos riscos, quer ao nível operacional, como ao nível do financiamento das suas atividades, para além do respetivo impacto na sua remuneração.

3.14. JUÍZOS DE VALOR, PRESSUPOSTOS CRÍTICOS E PRINCIPAIS FONTES DE INCERTEZA ASSOCIADAS A ESTIMATIVAS

Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afetam o valor contabilístico dos ativos e passivos, assim como os rendimentos e gastos do período. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospetiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transações em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras anuais foram as seguintes:

• Perdas por imparidade de contas a receber; • Registo de impostos diferidos; • Registo de provisões; • Registo dos efeitos do diferencial de tarifário na especialização da receita reconhecida.

3.15. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.

3.16. DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

A demonstração dos fluxos de caixa é preparada de acordo com o método direto. A Empresa classifica na rubrica de caixa e equivalentes de caixa os ativos com maturidade inferior a três meses, e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e equivalentes de caixa compreende, também, os descobertos bancários incluídos no balanço na rubrica de financiamentos obtidos. A demonstração dos fluxos de caixa encontra-se classificada em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. As atividades operacionais englobam os recebimentos de clientes e os pagamentos a fornecedores, ao pessoal e outros relacionados com a atividade operacional. Os fluxos de caixa abrangidos nas atividades de investimento incluem, nomeadamente, os recebimentos e pagamentos decorrentes da compra e venda de ativos intangíveis e tangíveis, se aplicável.

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As atividades de financiamento abrangem, designadamente, os pagamentos e recebimentos referentes a empréstimos obtidos, contratos de locação financeira e pagamento de dividendos.

4. CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS E OUTROS ATIVOS FINANCEIROS

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os componentes da rubrica de caixa e depósitos bancários tinham a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2019, o saldo da rubrica Outros depósitos bancários no valor de 2.745.411 Euros refere-se a depósitos a prazo de curto prazo.

5. POLÍTICAS CONTABÍLISTICAS, ALTERAÇÕES NAS ESTIMATIVAS E ERROS

Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2019 não ocorreram alterações contabilísticas relativamente às utilizadas na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2018, nem foram reconhecidos erros materiais ou alterações significativas das estimativas contabilísticas relativas a exercícios anteriores.

6. ATIVOS INTANGÍVEIS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os movimentos ocorridos nos ativos intangíveis, bem como nas respetivas depreciações e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes:

2019 2018

Caixa 1 250 1 250Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 1 612 451 2 143 593Outros depósitos bancários 2 745 411 1 000 000

Caixa e equivalentes 4 359 112 3 144 843

Depósitos bancários cativosCaixa e depósitos bancários 4 359 112 3 144 843

Direito de Utilização de

Infra Estruturas

Investimentos em curso

Outros ativos intangíveis Total

Ativo bruto:Saldo inicial 169 259 657 362 300 548 876 170 170 834Adições 1 582 587 6 008 781 110 435 7 701 804Redução (5 083 467) - - (5 083 467)Transferências 3 019 172 (3 019 172) - -Saldo final 168 777 949 3 351 910 659 312 172 789 170

Amortizações e perdas porimparidade acumuladas:Saldo inicial 93 655 261 - 362 848 94 018 109Amortizações do exercício (Nota 24) 5 941 349 - 178 378 6 119 727Redução (5 083 467) - - (5 083 467)Saldo final 94 513 143 - 541 227 95 054 369

Valor líquido 74 264 806 3 351 910 118 085 77 734 801

2019

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Os principais investimentos realizados no decorrer do exercício findo em 31 de dezembro de 2019, foram os seguintes:

• Aquisição de 35 autocompactadores; • Aquisição de Viaturas de Transporte de Resíduos; • Aquisição de Osmoses Inversas para as instalações de Boticas, Celorico e Bigorne; • Substituição dos equipamentos da Afinação Secundária da TMB de Riba de Ave; • Inicio dos trabalhos da construção da ampliação da Triagem de Riba de Ave.

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o Direito contratual subjacente ao investimento realizado nos ativos que integram as infraestruturas utilizadas na prestação do serviço era conforme segue:

Direito de Utilização de

Infra Estruturas

Investimentos em curso

Outros ativos intangíveis Total

Ativo bruto:Saldo inicial 165 812 764 133 523 276 425 166 222 712Adições 5 012 912 228 777 272 451 5 514 141Redução (1 566 020) - - (1 566 020)Saldo final 169 259 657 362 300 548 876 170 170 834

Amortizações e perdas porimparidade acumuladas:Saldo inicial 89 082 348 - 90 274 89 172 622Amortizações do exercício (Nota 24) 5 785 839 - 272 574 6 058 414Redução (1 212 927) - - (1 212 927)Saldo final 93 655 261 - 362 848 94 018 109

Valor líquido 75 604 396 362 300 186 028 76 152 725

2018

Classes AnosAterros Sanitários Metódo de depelaçãoSelagem de aterros Período da concessãoTratamento mecânico 3 - 36Valorização Orgânica e Biológica 3 - 36Incineração 3 - 36Triagem e ecocentros 3 - 36Transferências e Transportes 10 - 36Recolha Seletiva 3 - 10Biogás de aterros 7 - 36ETAR-ETAL 3 - 36Produção CDR 7 - 36Estrutura 3 - 36Outros 2 - 12

2019 2018

Aterros Sanitários 34 646 010 36 861 589Tratamento mecânico 21 560 547 21 324 447Triagem 4 386 934 3 146 228Transferências e Transportes 2 626 034 2 196 388Recolha Seletiva 4 608 186 5 103 643Biogás de aterros 2 126 373 2 576 919ETAR-ETAL 3 720 998 1 172 462Ecocentros 2 753 577 2 864 611Estrutura 1 188 058 720 409

77 616 716 75 966 696

Valor Líquido ContabilísticoClasses

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Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 81

7. INVENTÁRIOS

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de inventários é composta, essencialmente por embalagens provenientes do processo de recolha seletiva.

A variação dos inventários da produção dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, tinha a seguinte composição:

8. CLIENTES

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os clientes têm a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as contas a receber de clientes incluem saldos com partes relacionadas nos montantes de 4.440.084 Euros e 4.432.727 Euros, respetivamente (Nota 19). De salientar o valor de dois milhões de Euros com a Trofáguas que está em dívida em acordo de pagamento, sendo que desse montante 874 mil Euros correspondem a dívida não corrente. O movimento nas perdas por imparidade de clientes, durante os períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 foi conforme segue:

2019 2018

Produtos acabados:Embalagens 121 494 185 547Papel 44 629 38 895Vidro 6 261 4 571Outros 20 159 29 357

192 543 258 369

2019 2018

Saldo inicial 258 369 256 038Regularizações de inventários - -Saldo final 192 543 258 369

(65 827) 2 332Variação dos inventários da produção

Montante Imparidade Montante Montante Imparidade Montantebruto acumulada líquido bruto acumulada líquido

Não correntes:Clientes municipais 873 543 - 873 543 1 398 122 - 1 398 122

Correntes:Clientes municipais 3 510 503 - 3 510 503 3 020 441 - 3 020 441Outras entidades 2 966 716 (929 819) 2 036 897 2 843 420 (1 153 119) 1 690 302

6 477 219 (929 819) 5 547 400 5 863 862 (1 153 119) 4 710 743

7 350 762 (929 819) 6 420 944 7 261 983 (1 153 119) 6 108 864

2019 2018

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 82

Em 31 de dezembro de 2019, encontra-se constituída uma perda por imparidade no montante aproximado de 719 mil Euros referentes ao valor da comparticipação financeira devida pela Sociedade Ponto Verde – Sociedade Gestora de Resíduos de Embalagens, S.A. (“SPV”), pelo acréscimo de custos com a triagem de determinados resíduos entregues pelo Empresa para reciclagem, que aquela entidade não se reconhece como devedora. No entendimento da Empresa, existem responsabilidades legais e/ou construtivas assumidas por aquela entidade, quer com a Empresa, quer com os organismos públicos responsáveis pelo Ambiente, que vinculam a SPV no pagamento daqueles montantes, razão pela qual as concessionárias a 14 de junho de 2017 apresentaram um litígio em consórcio consolidado, no intuito de cobrar aqueles montantes. No entanto, em face do não reconhecimento da dívida por parte da SPV e pelo facto da cobrança daqueles valores não ser certa, a Empresa decidiu construir uma perda por imparidade para fazer face àqueles valores. As perdas por imparidade em dívidas a receber reconhecidas na demonstração dos resultados dos períodos findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, apresentavam os seguintes reforços líquidos:

9. CRÉDITOS A RECEBER

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as contas a receber têm a seguinte composição:

No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2019, foram submetidos subsídios ao investimento no montante de 377.666 Euros, relativo à aquisição de autocompactadores, relativo a investimento realizado no 1.º semestre de 2019. A rubrica de “Subsídios a receber”, diz essencialmente respeito a candidaturas POSEUR, conforme desagregação no quadro abaixo:

O valor a receber em 2019 é relativo a pedidos de pagamento ainda por validar no POSEUR. A variação relativamente a 2018, resulta do reembolso de subsídios em 2019 de subsídios reconhecidos em 2018.

2019 2018

Saldo inicial 1 153 119 1 158 579Reforços 24 466 7 953Reversões (39 585) (13 413)Utilizações (208 181) -

Saldo final 929 819 1 153 119

2019 2018Subsidios a receber

- POSEUR 2020 287 686 2 433 947

287 686 2 433 947

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Subsídios a receber 287 686 - 2 433 947 -Adiantamentos a fornecedores 2 304 - 2 304 -Outros créditos a receber 190 688 - 105 169 -

480 678 - 2 541 420 -

20182019

2019 2018

Reforços 24 466 7 953Reversões (247 766) (13 413)Dívidas Incobráveis 208 181 -

(15 119) (5 460)

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 83

10. DIFERIMENTOS

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de diferimentos apresenta o seguinte detalhe:

a) Este montante respeita à estimativa de desvio da base de ativos regulados entre o previsto e o realizado no período regulatório 2016-2018 a refletir na tarifa após 2020 conforme aprovado pela ERSAR aquando da decisão das CRR’s 2018.

b) Este montante respeita à menos valia do sinistro com a triagem de Celorico de Basto, que será ajustado à BAR aquando da finalização do processo de indemnização.

c) Este montante respeita à diferença entre o valor da tarifa deliberada pela ERSAR para 2018 em sede de CRP 16-18 e o valor da tarifa definitiva aprovada pela ERSAR em sede de Contas Reguladas Reais de 2018.

Os montantes relativos a desvio tarifário, decorre entre a tarifa deliberada pela ERSAR face aos proveitos permitidos recalculados com base em valores reais e os proveitos faturados.

11. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (“IRC”) à taxa de 21% para a matéria coletável, acrescida de derrama municipal a uma taxa que varia entre 0,50% a 1,50% sobre o lucro tributável, resultando num intervalo da taxa de imposto agregada de, no máximo entre 21,50% e 22,50%. Adicionalmente, os lucros tributáveis do exercício que excedam os 1.500.000 Euros são sujeitos a derrama estadual, nos termos do artigo 87ºA do código do IRC, às seguintes taxas:

• 3% para lucros tributáveis entre 1.500.000 Euros e 7.500.000 Euros; • 5% para lucros tributáveis entre 7.500.000 Euros e 35.000.000 Euros; e • 9% para lucros tributáveis superiores a 35.000.000 Euros.

A dedução dos gastos de financiamento líquidos na determinação do lucro tributável está condicionada ao maior dos seguintes limites:

• 1.000.000 Euros; • 30% do resultado antes de depreciações, gastos de financiamento líquidos e impostos.

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), exceto quando tenha havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspeções, reclamações ou impugnações casos estes em que, dependendo das

2019 2018Ativo corrente:

Seguros 95 516 25 596Combustíveis e materiais consumíveis 7 939 67 363Diferimento de tarifas - novo regulamento tarifário (Nota 20) - 78 738Desvio tarifário de 2017 (Nota 20) - 295 618Outros 335 057 82 306

438 513 549 622438 513 549 622

Passivo não corrente:Desvio tarifário de 2019 (Nota 20) 982 208 -Desvio tarifário de 2018 (Nota 20) - (152 907)Desvio tarifário da Base de Ativos Regulados (a) 974 657 1 165 111Outros (b) (149 620) (149 620)

1 807 245 862 584

Passivo corrente:Desvio tarifário de 2018 (c) (Nota 20) 395 507 -Desvio tarifário de 2017 5 957 -Outros 281 212 250 063

682 676 250 0632 489 921 1 112 647

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 84

circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Assim, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2016 a 2019 ainda poderão estar sujeitas a revisão. O Conselho de Administração entende que eventuais correções resultantes de revisões ou inspeções fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2019 e 2018. Em 31 de dezembro de 2019, a Empresa tinha prejuízos fiscais reportáveis no montante de 1.890.437 Euros, os quais são reportáveis até 2024 e no montante de 1.640.915 Euros reportáveis até 2023. Nos termos do artigo 88.º do Código do IRC, a Empresa encontra-se sujeita adicionalmente a tributação autónoma sobre um conjunto de encargos às taxas previstas no artigo mencionado. Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica de imposto sobre o rendimento tem a seguinte composição:

a) Movimentos nos ativos e passivos por impostos diferidos

O movimento ocorrido nos ativos e passivos por impostos diferidos, de acordo com as diferenças temporárias que os geraram, nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, foi o seguinte:

Saldo inicialDemonstração dos resultados Capital próprio Saldo final

Ativos por impostos diferidosPerdas por imparidade de clientes 71 522 - - 71 522Desvio tarifário 158 059 426 335 - 584 394Ativos intangíveis 171 582 (106 908) - 64 674Passivo Regulatório 1 521 751 (268 693) - 1 253 058Compensação Regulatória 206 348 - 206 348Prejuízo fiscal reportável 273 527 396 992 - 670 519Ajustamento de transição - subsídios 485 908 (29 958) - 455 950

2 888 697 417 768 - 3 306 465

Passivos por impostos diferidosAjustamento de transição 1 577 166 (98 573) - 1 478 593Subsídio ao investimento (Nota 13) 11 102 302 - (742 285) 10 360 017Ajustamento de transição - subsídios 485 908 (29 958) - 455 950

13 165 377 (128 531) (742 285) 12 294 560

2019

Saldo inicialDemonstração dos resultados Capital próprio Saldo final

Ativos por impostos diferidosPerdas por imparidade de clientes 71 522 - - 71 522Desvio tarifário 408 846 (250 787) - 158 059Ativos intangíveis 205 158 (33 576) - 171 582Passivo Regulatório 1 521 751 - - 1 521 751Compensação Regulatória 495 063 (288 715) - 206 348Prejuízo fiscal reportável - 273 527 - 273 527Ajustamento de transição - subsídios 509 289 (23 381) - 485 908

3 211 628 (322 931) - 2 888 697

Passivos por impostos diferidosAjustamento de transição 1 675 739 (98 573) - 1 577 166Subsídio ao investimento 11 064 702 - 37 600 11 102 302Outros 509 289 (23 381) - 485 908

13 249 730 (121 953) 37 600 13 165 377

2018

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 85

A dezembro de 2017, foi obtido a resposta do pedido de informação vinculativo submetido à Administração Tributária pela EGF como representante das concessionárias, relativo à dedução fiscal do desreconhecimento dos ativos não afetos à BAR, o que originou a correção do prejuízo fiscal reportável referente ao exercício de 2016, passando parte substancial dos ativos desreconhecidos na sequência da alteração do modelo regulatório, a ser recuperados no futuro através da sua amortização fiscal. Em 31 de dezembro de 2019 e em 31 de dezembro de 2018, as diferenças temporárias denominadas “Ajustamentos de transição” resultam dos ajustamentos de transição apurados, em 2009, por força da alteração do POC para os IFRS (sendo que posteriormente o grupo passou a adotar o SNC). Tais diferenças resultam, essencialmente, de acréscimos de gastos para investimento contratual realizado e de amortizações referentes a investimentos realizados, bem como do reconhecimento dos respetivos subsídios, as quais, face às disposições normativas aplicáveis, serão relevadas, para efeitos fiscais, durante o período remanescente dos contratos de concessão. As restantes diferenças temporárias decorrem, essencialmente, do registo da especialização de amortizações para investimento contratual futuro (conforme modelo regulatório em vigor até 31 de dezembro de 2015) e do registo de subsídios ao investimento em capital próprio.

b) Reconciliação da taxa de imposto

12.ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as rubricas de “Estado e outros entes públicos” têm a seguinte composição:

i. A taxa de gestão de resíduos corresponde a valores faturados a clientes e que serão devolvidos à Agência Portuguesa do

Ambiente (APA).

2019 2018

Resultado antes de impostos (2 276 882) 765 008Taxa nominal de imposto 21% 21%

(478 145) 160 652

Diferenças permanentes (45 379) (32 055)Ajustamentos à coleta - -(Excesso)/Insuficiência de estimativa de imposto do exercício anterior - (18 310)Efeito da derrama sobre movimentos de diferenças temporárias (22 775) 72 382Liquidações adicionais de exercícios anteriores -Tributações Autónomas 36 889 19 923Derrama municipal - -Derrama estadual - -Imposto sobre o rendimento (509 410) 202 592

2019 2018Ativo Passivo Ativo Passivo

IRC:Pagamentos por conta 30 716 - 487 316 -Retenções na fonte 11 - 95 -Estimativa de imposto (Nota 11) - 36 889 (19 923) -

Imposto sobre o Valor Acrescentado 554 696 - 1 212 433 -Retenções de impostos sobre o rendimento - 18 630 - 27 393

Taxa de Gestão de Resíduos (i) - 3 233 455 - 2 808 710Contribuições para a Segurança Social - 88 645 - 80 839Outros impostos 89 983 - 89 983 -

675 406 3 377 620 1 769 904 2 916 942

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 86

13. CAPITAL, RESERVAS E OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Capital realizado Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o capital da Empresa encontrava-se totalmente subscrito e realizado e estava representado por 8.000.000 ações com o valor nominal de um Euro. Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o capital da Empresa era detido como segue:

Reserva legal De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. Outras reservas Estas reservas constituem-se como reservas livres, disponíveis para distribuição. Outras variações no capital próprio Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica outras variações no capital próprio corresponde a subsídios ao investimento, os quais são inicialmente reconhecidos no capital próprio, sendo depois reconhecidos em resultados como rendimentos em base sistemática de forma a balanceá-los com os gastos a que dizem respeito. Durante o período findo em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na rubrica de subsídios ao investimento foi a seguinte:

Número de Percentagem Número de PercentagemAcionistas acções Montante de participação acções Montante de participação

AMVDN 423 683 423 683 5,30% 423 683 423 683 5,30%EGF SA 6 008 940 6 008 940 75,11% 6 008 940 6 008 940 75,11%Municipio de Amarante 244 470 244 470 3,06% 244 470 244 470 3,06%Municipio de Armamar 28 428 28 428 0,36% 28 428 28 428 0,36%Municipio de Baião 83 105 83 105 1,04% 83 105 83 105 1,04%Municipio de Boticas 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%Municipio de Cabeceiras de Basto 70 348 70 348 0,88% 70 348 70 348 0,88%Municipio de Celorico de Basto 78 972 78 972 0,99% 78 972 78 972 0,99%Municipio de Chaves 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%Municipio de Cinfães 81 448 81 448 1,02% 81 448 81 448 1,02%Municipio de Lamego 104 033 104 033 1,30% 104 033 104 033 1,30%Municipio de Marco de Canaveses 218 745 218 745 2,73% 218 745 218 745 2,73%Municipio de Moimenta da Beira 43 657 43 657 0,55% 43 657 43 657 0,55%Municipio de Mondim de Basto 33 073 33 073 0,41% 33 073 33 073 0,41%Municipio de Montalegre 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%Municipio de Penedono 13 202 13 202 0,17% 13 202 13 202 0,17%Municipio de Resende 46 423 46 423 0,58% 46 423 46 423 0,58%Municipio de Ribeira de Pena 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%Municipio de São João da Pesqueira 32 251 32 251 0,40% 32 251 32 251 0,40%Municipio de Sernancelhe 24 084 24 084 0,30% 24 084 24 084 0,30%Municipio de Tabuaço 24 922 24 922 0,31% 24 922 24 922 0,31%Municipio de Tarouca 33 224 33 224 0,42% 33 224 33 224 0,42%Municipio de Valpaços 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%Municipio de Vila Pouca de Aguiar 67 832 67 832 0,85% 67 832 67 832 0,85%

8 000 000 8 000 000 100,00% 8 000 000 8 000 000 100,00%

31 de dezembro de 2019 31 de dezembro de 2018

Saldo em 1 de janeiro de 2018 44 651 745Reclassificação de subsídios anteriormente classificados como reembolsáveis Aumentos 3 468 622Regularizações (203 473)Rendimentos reconhecidos (3 113 414)

Saldo em 31 de dezembro de 2018 44 803 480Aumentos 377 666Regularizações -Rendimentos reconhecidos (3 373 167)

Saldo em 31 de dezembro de 2019 41 807 979

Imposto diferido (Nota 11) (10 360 017)31 447 962

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 87

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o montante a receber de subsídios relacionados com ativos ascende a 287.686 Euros e a 2.433.947 Euros, respetivamente (Nota 9). Aplicação do resultado líquido do exercício De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 28 de março de 2019, o resultado líquido do exercício de 2018, foi aplicado 28.121 Euros para Reserva Legal, 253.087 Euros para Resultados Transitados e 281.208 Euros para distribuição de dividendos. De acordo com a Assembleia Geral de Acionistas de 22 de março de 2018, o resultado líquido do exercício de 2017, foi aplicado 52.461 para Reserva legal, 472.148 Euros para Resultados Transitados e 524.608 Euros para distribuição de dividendos.

14. PROVISÕES

Em 31 de dezembro de 2019 não existem provisões constituídas e em 2018 a rubrica Provisões tinha a seguinte composição:

15. FINANCIAMENTOS OBTIDOS

Os financiamentos obtidos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, têm a seguinte composição:

Em 31 de dezembro de 2018, a rubrica de “Empréstimos bancários – Papel Comercial” inclui o financiamento bancário no montante de 13.688.740 Euros, classificado 2.500.000 Euros em corrente e 11.188.740 Euros em não corrente. Estes montantes incluem o Programa de Emissões de Papel Comercial com o Banco Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., com data de término em 2025 a uma taxa de juro igual à Euribor para o prazo de emissão respetivo, adicionada do spread de 2,50 p.p.. A data da primeira emissão de papel comercial foi a 12 de agosto de 2016 e o período de reembolso ocorreu a 13 de fevereiro de 2017. Este Programa de Emissões de Papel Comercial tem o prazo de 8 anos e sete meses, sem possibilidade de denúncia por qualquer uma das partes, exceto em caso de incumprimento pela Empresa de um conjunto de obrigações assumidas para com a entidade financiadora, nomeadamente quanto ao cumprimento do Rácio de Endividamento, as quais se encontram a ser cumpridas em 31 de dezembro de 2019.

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Outras provisões 79 300 - - 79 30079 300 - - 79 300

Saldo inicial Reforços Reversões Saldo final

Outras provisões - 79 300 - 79 300- 79 300 - 79 300

2019

2018

Não correntes Correntes Não correntes CorrentesEmpréstimos Bancários: Papel Comercial 11 188 740 2 641 461 13 675 240 2 679 453Empréstimos Bancários: PI 19-21 1 484 402 - - -Empréstimos Bancários: Empresa-Mãe 1 000 000 - 1 000 000 -Empréstimos Bancários: Factoring - 2 745 411 - -Empréstimos Bancários: Contas Caucionadas - 440 000 - -Empréstimos Bancários: Locação Financeira 884 271 137 828 - -

14 557 413 5 964 701 14 675 240 2 679 453

2019 2018

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 88

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, os empréstimos bancários tinham a seguinte composição:

O plano de pagamentos dos empréstimos bancários obtidos é o seguinte:

16. LOCAÇÕES

LOCAÇÕES FINANCEIRAS Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa mantém os seguintes bens em regime de locação financeira:

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, as responsabilidades da Empresa por rendas vincendas de locação financeira vencem-se nos próximos exercícios, como segue:

Valor Nominal Valor de Balanço Valor de Balanço Vencimento Taxa de JuroCCAM 13 830 201 13 830 201 16 354 693 16 354 693 11/02/2025 2,50%Linha Financiamento PI 19-21 1 484 402 1 484 402 - -Suprimentos - EGF 1 000 000 1 000 000 1 000 000 1 000 000 31/12/2019 2,78%Factoring CGD 2 745 411 2 745 411 - -CC CGD 440 000 440 000 - -Locação Financeira 1 022 099 1 022 099 - -

20 522 114 20 522 114 17 354 693 17 354 693

2019 2018

2019 2018

Até 1 ano 5 964 701 2 679 453Até 2 anos 2 640 260 2 500 000Até 3 anos 2 807 668 2 500 000Até 4 anos 2 975 119 2 500 000Até 5 anos 2 977 682 2 500 000Mais de 5 anos 3 156 685 4 675 240

20 522 114 17 354 693

2019 2018

Até 1 ano 137 828 -Entre 1 a 5 anos 884 271 -Mais de 5 anos - -

1 022 099 -

2019 2018

Ativo brutoDepreciações acumuladas

Ativo líquido

Ativo brutoDepreciações acumuladas

Ativo líquido

Equipamento básico 254 780 - 254 780 - - -Equipamento de transporte 783 000 - 783 000 - - -

1 037 780 - 1 037 780 - - -

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 89

17. FORNECEDORES

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica Fornecedores apresenta a seguinte composição:

18. OUTRAS DÍVIDAS A PAGAR

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica Outras dívidas a pagar, tem a seguinte composição:

(a) Durante os exercícios de 2019 e 2018, o movimento ocorrido na rubrica Passivo Regulatório foi:

A variação na rúbrica de outras dividas a pagar – corrente- é essencialmente devida ao registo das penalidades do SIGRE e ao registo das retenções de garantia relativas ao contrato de fornecimento das quatro osmoses para os aterros da RESINORTE.

19. PARTES RELACIONADAS

Transações com partes relacionadas No decurso dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 foram efetuadas as seguintes transações com partes relacionadas:

Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Fornecedores de investimento 2 860 450 - 2 644 547 -Fornecedores gerais 1 088 568 - 1 696 592 -Partes relacionadas (Nota 19) 1 215 408 - 1 001 047 -

5 164 426 - 5 342 186 -

2019 2018

2019 2018Corrente Não corrente Corrente Não corrente

Credores por acréscimos de gastos:Remunerações a liquidar 577 976 - 512 190 -Outros - 25 000 - 25 000

Partes relacionadas (Nota 19) - - - -Passivo Regulatório (a) 3 199 276 1 857 455 1 056 169 5 084 877Compensação Regulatória 825 220 - 825 220 -Outras dívidas a pagar 2 006 251 - 441 236 -

6 608 723 1 882 455 2 834 815 5 109 877

2019 2018

Saldo inicial 6 141 046 6 141 046Utilização (1 084 315) -Saldo final 5 056 731 6 141 046

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 90

Vendas e prestação de

serviços

Custo das Merc.Vend.e das Matérias Cons.

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com Pessoal

Outros rendimentos

Juros e gastos similares

suportados

Acionistas:EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 500 386 252 347 - 57 894 Município de Amarante 533 126 - - - - - Município de Armamar 60 733 - - - - - Município de Baião 192 738 - - - - - Município de Boticas 57 792 - - - - - Município de Cabeceiras de Basto 151 464 - - - - - Município de Celorico de Basto 151 086 - - - - - Município de Chaves 456 195 - - - - - Município de Cinfães 169 126 - - - - - Município de Lamego 328 244 - - - - - Município de Marco de Canaveses 583 162 - - - - - Município de Moimenta da Beira 104 141 - - - - - Município de Mondim de Basto 63 735 - - - - - Município de Montalegre 107 030 - - - - - Município de Penedono 26 997 - - - - - Município de Resende 108 492 - - - - - Município de Ribeira de Pena 57 764 - - - - - Município de São João da Pesqueira 84 780 - - - - - Município de Sernancelhe 48 157 - - - - - Município de Tabuaço 52 165 - - - - - Município de Tarouca 73 850 - - - - - Município de Valpaços 152 778 - - - - - Município de Vila Pouca de Aguiar 12 189 - - - - -

Outras partes relacionadas:Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 500 714 - - - - - EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 587 060 - - - - - Município de Santo Tirso 875 266 - - - - - Município de Vila Nova de Famalicão 1 350 297 - - - - - Município do Peso da Régua 214 359 - - - - - Município de Guimarães 1 799 307 - - - - - Município de Fafe 478 902 - - - - - Município de Vizela 266 937 - - - - - Município de Mesão Frio 51 890 - - - - - Município de Santa Marta de Penaguião 75 187 - - - - - Município de Sabrosa 74 039 - - - - - Município de Murça 63 871 - - - - - Município de Alijó 146 534 - - - - - SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 3 883 - - - - - SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 17 838 - - - REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 918 997 - 42 539 - Ascendi O&M, S.A. - - - - - - Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 199 524 - - - MESP - MOTA ENGIL, Serviços Partilhados - - 27 732 - - - MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - - 929 788 - - - CAPSFIL - Carlos Augusto Pinto dos Santos & Filhos, S.A. - - 552 - - - MOTA-ENGIL, SGPS S.A. - - - 935 - -

10 063 992 - 2 594 817 253 283 42 539 57 894

2019

Vendas e prestação de

serviços

Custo das Merc.Vend.e das Matérias Cons.

Fornecimentos e serviços externos

Gastos com Pessoal

Outros rendimentos

Juros e gastos similares

suportados

Acionistas:EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 508 274 124 509 - 95 565Município de Amarante 544 288 - - - - -Município de Armamar 64 640 - - - - -Município de Baião 197 549 - - - - -Município de Boticas 57 570 - - - - -Município de Cabeceiras de Basto 151 239 - - - - -Município de Celorico de Basto 148 573 - - - - -Município de Chaves 467 910 - - - - -Município de Cinfães 170 871 - - - - -Município de Lamego 331 931 - - - - -Município de Marco de Canaveses 578 365 - - - - -Município de Moimenta da Beira 106 746 - - - - -Município de Mondim de Basto 68 333 - - - - -Município de Montalegre 107 191 - - - - -Município de Penedono 28 359 - - - - -Município de Resende 105 623 - - - - -Município de Ribeira de Pena 63 402 - - - - -Município de São João da Pesqueira 83 635 - - - - -Município de Sernancelhe 48 734 - - - - -Município de Tabuaço 56 824 - - - - -Município de Tarouca 78 077 - - - - -Município de Valpaços 160 745 - - - - -Município de Vila Pouca de Aguiar 126 976 - - - - -

Outras partes relacionadas:Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 510 499 - - - - -EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 597 202 - - - - -Município de Santo Tirso 875 742 - - - - -Município de Vila Nova de Famalicão 1 343 512 - - - - -Município do Peso da Régua 221 558 - - - - -Município de Guimarães 1 831 051 - - - - -Município de Fafe 487 521 - - - - -Município de Vizela 273 485 - - - - -Município de Mesão Frio 52 341 - - - - -Município de Santa Marta de Penaguião 77 778 - - - - -Município de Sabrosa 75 651 - - - - -Município de Murça 64 319 - - - - -Município de Alijó 144 101 - - - - -SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 4 031 - - - - -SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 14 967 - - -REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 882 935 - - -Ascendi O&M, S.A. - - 146 - - -Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 132 470 - - -MESP - MOTA ENGIL, Serviços Partilhados - - 19 673 - - -MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - - 1 082 215 - 9 956 -CAPSFIL - Carlos Augusto Pinto dos Santos & Filhos, S.A. - - - - - -MOTA-ENGIL, SGPS S.A. - - - - - -

10 306 373 - 2 640 680 124 509 9 956 95 565

2018

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 91

Saldos com partes relacionadas Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas:

Clientes (Nota 8)

Outros créditos a receber (Nota 9)

Fornecedores (Nota 17)

Outras dívidas a pagar (Nota 18)

Financiamentos obtidos (Nota 15)

Acionistas:EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 248 942 3 116 1 000 000Município de Amarante 173 336 - - - -Município de Armamar 26 681 - - - -Município de Baião 40 904 - - - -Município de Boticas 487 094 - - - -Município de Cabeceiras de Basto 32 699 - - - -Município de Celorico de Basto 46 682 - - - -Município de Chaves (142 802) - - - -Município de Cinfães 19 519 - - - -Município de Lamego 37 630 - - - -Município de Marco de Canaveses 69 772 - - - -Município de Moimenta da Beira 34 483 - - - -Município de Mondim de Basto 7 354 - - - -Município de Montalegre (10 786) - - - -Município de Penedono 3 051 - - - -Município de Resende 12 741 - - - -Município de Ribeira de Pena 35 364 - - - -Município de São João da Pesqueira 18 307 - - - -Município de Sernancelhe 10 180 - - - -Município de Tabuaço 27 459 - - - -Município de Tarouca 159 324 - - - -Município de Valpaços (16 104) - - - -Município de Vila Pouca de Aguiar 51 370 - - - -

Outras partes relacionadas:Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 2 004 221 - - - -EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 86 630 - - - -Município de Santo Tirso 299 676 - - - -Município de Vila Nova de Famalicão 159 126 - - - -Município do Peso da Régua 306 102 - - - -Município de Guimarães 209 416 - - - -Município de Fafe 55 305 - - - -Município de Vizela 29 911 - - - -Município de Mesão Frio 52 109 - - - -Município de Santa Marta de Penaguião 8 254 - - - -Município de Sabrosa 13 532 - - - -Município de Murça 6 839 - - - -Município de Alijó 28 665 - - - -SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 3 714 - - - -SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 1 627 - -REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA 52 323 - 315 080 2 994 -Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 40 446 - -MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA - - 319 626 930 -MESP - MOTA ENGIL, Serviços Partilhados - - 58 174 - -CAPSFIL - Carlos Augusto Pinto dos Santos & F - - 231 513 - -

4 440 084 - 1 215 408 7 041 1 000 000

2019

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 92

20. VENDAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica vendas e serviços prestados foram:

Vendas As vendas durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 referem-se, essencialmente, a materiais recicláveis resultantes, tanto da recolha seletiva como do tratamento dos resíduos provenientes da recolha indiferenciada, energia e composto. Em 31 de dezembro 2019 e 2018, a rubrica Vendas detalha-se do seguinte modo:

Clientes (Nota 8)

Outros créditos a receber (Nota 9)

Fornecedores (Nota 17)

Outras dívidas a pagar (Nota 18)

Financiamentos obtidos (Nota 15)

Acionistas:EGF - Empresa Geral do Fomento, S.A. - - 114 510- 5 190 1 000 000Município de Amarante 210 203 - - - -Município de Armamar 18 897 - - - -Município de Baião 36 720 - - - -Município de Boticas 387 000 - - - -Município de Cabeceiras de Basto 59 485 - - - -Município de Celorico de Basto 49 411 - - - -Município de Chaves (106 792) - - - -Município de Cinfães 65 363 - - - -Município de Lamego 30 743 - - - -Município de Marco de Canaveses 54 436 - - - -Município de Moimenta da Beira 31 484 - - - -Município de Mondim de Basto 5 291 - - - -Município de Montalegre (14 263) - - - -Município de Penedono 5 325 - - - -Município de Resende 19 013 - - - -Município de Ribeira de Pena 4 914 - - - -Município de São João da Pesqueira 34 380 - - - -Município de Sernancelhe 8 814 - - - -Município de Tabuaço 58 417 - - - -Município de Tarouca 128 243 - - - -Município de Valpaços (17 789) - - - -Município de Vila Pouca de Aguiar 60 426 - - - -

Outras partes relacionadas:Trofáguas - Serviços Ambientais, E.M. 1 943 076 - - - -EMAR - Água e Resíduos de Vila Real, E.M. 134 833 - - - -Município de Santo Tirso 448 549 - - - -Município de Vila Nova de Famalicão 123 192 - - - -Município do Peso da Régua 260 714 - - - -Município de Guimarães 169 958 - - - -Município de Fafe 44 208 - - - -Município de Vizela 25 630 - - - -Município de Mesão Frio 47 405 - - - -Município de Santa Marta de Penaguião 41 446 - - - -Município de Sabrosa 11 858 - - - -Município de Murça 11 682 - - - -Município de Alijó 26 292 - - - -SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente 1 918 - - - -SUMA Matosinhos - Serviços Urbanos, SA - - 1 679 - -REAL VERDE - Técnicas do Ambiente, SA - - 170 167 - -Manvia - Diagnósticos Eléctricos A.C.E. - - 137 102 - -MOTA-ENGIL - Eng. e Construção, SA 12 246 - 577 588 9 445 -MESP - MOTA ENGIL, Serviços Partilhados - - - - -CAPSFIL - Carlos Augusto Pinto dos Santos & F - - - - -

4 432 727 - 1 001 047 14 635 1 000 000

2018

2019 2018

Vendas 7 613 341 7 428 139Serviços prestados 8 929 194 11 320 193

16 542 535 18 748 332

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 93

Prestação de serviços Os serviços prestados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 referem-se, essencialmente, ao tratamento e valorização de resíduos provenientes da recolha indiferenciada a clientes municipais. Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a rubrica Prestação de serviços detalha-se conforme mapa:

No decurso do exercício findo em 31 de dezembro de 2019, a Empresa refletiu nas suas prestações de serviços, o diferencial negativo do desvio tarifário, decorrente da diferença entre o refletido nas contas estatutárias de 2018 numa base de estimativa e o determinado pela ERSAR na aprovação de Contas Reguladas Reais 2018, no montante de 405.304 Euros por contrapartida de diferimentos passivos (Nota 10). Adicionalmente, a Empresa refletiu o desvio tarifário negativo estimado de 2019, com os mesmos pressupostos, no montante de 915.486 Euros por contrapartida de diferimentos passivos (Nota 10).

21. FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

Os fornecimentos e serviços externos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 tinham a seguinte composição:

A variação dos FSE’s face a 2018 é justificada, essencialmente, pelo seguinte:

• Diminuição dos subcontratos originada pela redução da subcontratação do transporte referente ao desvio de Refugo do Centro Integrado de Tratamento de Resíduos Urbanos de Riba D’Ave para o aterro de Celorico de Basto sendo que em 2018 estes resíduos tinham sido encaminhados para os aterros de Bigorne, Boticas e Vila Real. Além disso, o investimento realizado com a aquisição de Osmoses Inversas para as instalações de Boticas, Celorico e Bigorne possibilitou reduzir significativamente os encargos com o tratamento e transporte de lixiviados face a 2018.

• Aumento em conservação e reparação por necessidades de manutenção de equipamentos com vetustez considerável. • Aumento em seguros decorrente do aumento do prémio relacionado com o seguro multirriscos e com o aumento da frota

automóvel. • Aumento em rendas e alugueres derivado do aluguer de osmoses para o tratamento de lixiviado até ao momento de

entrada em funcionamento das osmoses adquiridas.

2019 2018

Energia 1 991 872 2 216 197Material reciclável 5 585 280 5 166 611Composto 36 189 45 330

7 613 341 7 428 139

2019 2018

Tratamento de resíduos a municípios 8 851 441 11 258 943Tratamento de resíduos a particulares 77 753 61 250

8 929 194 11 320 193

2019 2018

Conservação e reparação 2 079 627 2 023 071Subcontratos 2 623 736 3 250 426Trabalhos especializados 309 426 326 994Energia e fluídos 2 368 566 2 326 301Vigilância e segurança 402 152 385 238Seguros 800 075 571 429Rendas e alugueres 470 453 365 448Limpeza, higiene e conforto 19 589 16 772Outros fornecimentos e serviços externos 1 096 997 1 036 619

10 170 621 10 302 298

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 94

22. GASTOS COM O PESSOAL

A rubrica de “Gastos com o pessoal” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, tem a seguinte composição:

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa teve em média 297 e 250 trabalhadores ao seu serviço, respetivamente. O aumento de gastos com pessoal reflete o aumento de pessoal no quadro e as alterações salariais por via das atualizações legais e de alteração da política remuneratória.

23. OUTROS RENDIMENTOS

A rubrica de “Outros rendimentos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 tem a seguinte composição:

O valor de 7.578.278 Euros de 2019 e o valor de 5.241.690 Euros de 2018 resultam da aplicação da IFRIC 12 e respeita aos investimentos realizados nesse período.

24. OUTROS GASTOS

A rubrica de “Outros gastos” nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 tem a seguinte composição:

O valor de 7.578.278 Euros de 2019 e o valor de 5.241.690 Euros de 2018 resultam da aplicação da IFRIC 12 e respeita aos investimentos realizados nesse período.

2019 2018

Remunerações dos orgãos sociais 289 633 220 870Remunerações do pessoal 3 833 488 3 279 915Encargos sobre as remunerações 809 066 695 282Seguros 202 989 184 982Outros gastos com o pessoal 146 383 104 765

5 281 559 4 485 814

2019 2018

Gastos de construção em Direito de Utilização de Infraestruturas 7 578 278 5 241 690Impostos 260 775 239 982Gastos com Produtos Acabados - -Indemnizações 25 160Donativos 11 412 22 338Correções relativas a exercícios anteriores -Outros gastos e perdas 1 233 5 157

7 851 698 5 534 327

2019 2018

Rendimentos de construção em Direito de Utilização de Infraestruturas 7 578 278 5 241 690Indemnizações associadas a sinistros 5 695 359 729Rendimentos suplementares 205 053 112 002Reconhecimento do rendimento associado à alteração do modelo remuneratório

- -

Subsídios à Exploração 22 070 72 132Juros de mora 40 246 101 840Outros rendimentos e ganhos 19 367 8 392

7 870 709 5 895 785

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 95

25. GASTOS DE DEPRECIAÇÕES

Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018, esta rubrica, tem a seguinte composição:

26. JUROS E OUTROS RENDIMENTOS E GASTOS SIMILARES

Os juros e gastos similares suportados nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 tinham a seguinte composição:

Os juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 tinham a seguinte composição:

27. PASSIVOS CONTINGENTES E RESPONSABILIDADES NÃO ASSUMIDAS NO BALANÇO

Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a Empresa tinha solicitado a prestação a favor de terceiros de garantias, como segue:

O detalhe destas garantias apresenta-se de seguida:

2019 2018

Ativos tangíveis - -Ativos intangíveis (Nota 6) 6 119 727 6 058 414

6 119 727 6 058 414

2019 2018

Juros suportados 575 524 527 044Outros gastos e perdas financeiros 13 500 13 500

589 024 540 544

2019 2018

Juros obtidos de aplicações financeiras 43 38143 381

2019 2018

Garantias bancárias de execução 954 584 954 584Garantias bancárias financeiras

954 584 954 584

Montante Banco Natureza

Garantias bancárias de execução:Município de Boticas 20 854 Santander Garantia de execução no âmbito da Recolha de RSUMunicípio de Montalegre 11 404 BPI Garantia de execução no âmbito da Recolha de RSUContrato de concessão 922 326 Santander Contrato de Concessão

954 584

Beneficiário

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 96

28. RESULTADO POR AÇÃO

O resultado por ação básico e diluído dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2019 e 2018 foi calculado tendo em consideração os seguintes montantes:

29. GESTÃO DE RISCOS FINANCEIROS

A Empresa encontra-se exposta, essencialmente, aos seguintes riscos financeiros:

29.1 RISCO DE TAXA DE JURO

Os riscos da taxa de juro estão essencialmente relacionados com os juros suportados com a contratação de diversos financiamentos com taxas de juro variáveis.

29.2 RISCO DE LIQUIDEZ

O risco de liquidez pode ocorrer se as fontes de financiamento, como sejam os fluxos de caixa operacionais, de desinvestimento, de linhas de crédito e os fluxos de caixa obtidos de operações de financiamento, não satisfizerem as necessidades de financiamento, como sejam as saídas de caixa para atividades operacionais e de financiamento, os investimentos, a remuneração dos acionistas e o reembolso de dívida. Para reduzir este risco, o Grupo procura manter uma posição líquida e uma maturidade média da dívida que lhe permita a amortização da sua dívida em prazos adequados. No entendimento do Conselho de Administração, tendo em consideração as principais projeções de cash-flow para 2020 e a estrutura e tipologia dos seus ativos, o Grupo não antevê dificuldades em liquidar a suas responsabilidades financeiras correntes. Apesar de em 31 de dezembro de 2019, a Empresa apresentar fundo de maneio negativo no valor de 10,1 Milhões de euros, salientamos que a esta data os montantes de crédito disponível e não utilizado ascende a 19 Milhões de euros.

29.3 RISCO REGULATÓRIO

Os ganhos registados em cada exercício por cada concessionária resultam essencialmente dos pressupostos considerado pelo regulador ERSAR, na definição das tarifas reguladas para o setor do tratamento e gestão de resíduos. Em 6 de março, foi publicada a Lei n.º 10/2014, que aprovou os novos Estatutos da ERSAR. Esta publicação vem no decurso da Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto, que aprovou a lei-quadro das entidades administrativas independentes com funções de regulação da atividade económica dos setores privados, público e cooperativo. De acordo com os novos estatutos, a ERSAR viu aumentada a sua independência de atuação (artigoº 2.º), expandido o universo de entidades sujeitas a regulação (artigo 4.º) e reforçados os seus poderes e atribuições sobre as entidades reguladas (artigos 5.º, 9.º, 10.º e 11.º). Em face das alterações em concretização, no sector dos resíduos, o reforço dos poderes da ERSAR constitui um desafio significativo quer para a entidade reguladora quer para as entidades reguladas. É expetativa que, com este reforço de poderes da ERSAR, o sector integre uma agenda consentânea com a fase

31 de dezembro de 2019

31 de dezembro de 2018

Resultado para efeito de cálculo do resultado líquidopor ação básico e diluído

(1 767 472) 562 416

Número médio ponderado de ações para efeito de cálculo do resultado líquido por ação básico e diluído

8 000 000 8 000 000

Resultado líquido por ação básico e diluído (0,22) 0,07

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 97

de desenvolvimento em que se encontra, colocando-se o enfoque na sustentabilidade de forma integrada, nas vertentes económica, social e ambiental. Durante o ano de 2014, em concretização do novo poder regulamentar da ERSAR, o RTR - regulamento tarifário do serviço de gestão de resíduos urbanos, deliberação n.º 928/2014, foi publicado em Diário da República, 2.ª série, de 15 de abril. Este regulamento produziu efeitos em 1 de janeiro de 2016, e acarretou uma alteração do modelo regulatório em vigor, passando-se de um modelo de custo de serviço (cost plus) para um modelo de proveitos permitidos (revenue cap), o qual remunera uma base de ativos ao custo de capital e permite a recuperação dos gastos operacionais num cenário de eficiência produtiva. A esta data encontra-se pendente de aprovação pela ERSAR um conjunto de informações financeiras, da qual decorrerá, eventualmente, o apuramento de um desvio tarifário, o qual com a informação disponível, não é possível determinar com fiabilidade. Ao longo dos anos 2016 e 2017, foram, entretanto, publicados três Documentos complementares ao RTR com clarificações acerca das metodologias regulatórias, e já em finais de 2017, foi publicitada uma Consulta Publica pela ERSAR, n.º 05/2017 do “Projeto de alteração do Regulamento Tarifário do Serviço de Gestão de Resíduos Urbanos”, tendo decorrido um período para envio de contributos à consulta entre 07 de novembro e 20 de dezembro de 2017. As alterações previstas neste documento são muito significativas alterando conceptualmente o modelo regulatório vigente. As concessionárias do Grupo EGF remeteram conjuntamente e em tempo útil, as suas pronúncias ao documento proposto pelo Regulador e aguardam, com expectativa, os resultados da mesma. Já durante 2018, foi publicado pela ERSAR uma Revisão do RTR, Regulamento 52/2018 de 23 de janeiro, no qual, face à experiência do primeiro período regulatório se procurou introduzir alguns ajustamentos ao RTR tendo em vista a simplificação, flexibilização e clarificação de algumas das suas disposições. A revisão ao RTR veio exigir a revisão e adaptação também dos modelos de reporte, assim, ainda em 2018 foram aprovados e revistos dois dos Documentos Complementares, a saber:

a) Regulamento n.º 222/2018, publicado em Diário da República de 13 de abril (1º Documento Complementar) com o objetivo de clarificar e adaptar ao novo RTR conceitos relacionados com a apresentação das Contas Reguladas Previsionais sendo revogado o anterior Documento complementar 1, Regulamento n.º 817/2016, de 18 de agosto.

b) Regulamento n.º 395/2018 publicado em Diário da República de 29 de junho (3º Documento Complementar) onde se consagraram mecanismos que premeiam bons desempenhos com o objetivo de majorar mais valias ambientais e económicas.

Tendo em consideração o impacto na atividade da Empresa decorrente das decisões da ERSAR sobre os proveitos permitidos e tarifas reguladas para os períodos regulatórios 2016-2018 e 2019-2021, as mesmas foram objeto de ação administrativa especial com pedido de impugnação em sede de Tribunal por parte da Empresa, pelo que a esta data o seu desfecho é incerto.

30. INFORMAÇÃO SOBRE OS CONTRATOS DE CONCESSÃO

A concessão em regime exclusivo por um período de 19 anos, com termo em 2034, da exploração e da gestão do sistema multimunicipal de tratamento e de recolha seletiva de resíduos sólidos urbanos do Sistema Multimunicipal do Litoral Centro em regime de serviço público, foi atribuída à RESINORTE através da celebração de um contrato de concessão entre o Estado Português e a Empresa em 21 de outubro de 2019, reconfigurado em 30 de setembro de 2015. A atividade objeto da concessão compreende o tratamento dos resíduos urbanos gerados nas áreas dos municípios utilizadores, incluindo a sua valorização e a disponibilização de subprodutos, assim como a recolha seletiva de resíduos urbanos, encontrando-se os municípios obrigados a entregar à Empresa todos os resíduos urbanos cuja gestão se encontre sob sua responsabilidade. A fiscalização da concessão é da competência da ERSAR, tendo esta a competência na definição dos proveitos permitidos e consequentemente das tarifas a aplicar, assim como na aprovação das Contas Reguladas e nos planos de investimento da Empresa. A exploração e a gestão, anteriormente referida, compreende também a conceção, a construção, a aquisição, a extensão, a reparação, a renovação, a manutenção e a otimização de obras e equipamentos necessários ao exercício da atividade da Empresa. As bases da concessão definem que a Empresa terá como atividade principal, a atividade relativa à exploração e à gestão do sistema multimunicipal de resíduos urbanos, compreendendo o tratamento de resíduos urbanos resultantes da recolha indiferenciada e a recolha seletiva de resíduos urbanos, incluindo a triagem, e como atividades complementares, as atividades que, não se se integrando na atividade principal, utilizam ativos afetos a esta, permitindo otimizar a respetiva rentabilidade. O exercício das atividades complementares depende de autorização do concedente, precedida de pareceres da Autoridade da Concorrência e da ERSAR. Consideram-se como bens afetos à concessão:

• As infraestruturas relativas ao tratamento e valorização de resíduos urbanos indiferenciados e seletivos, bem como os bens utilizados na recolha seletiva de resíduos urbanos: as estações de transferência, os ecocentros, as centrais de processamento, triagem e valorização e os respetivos acessos, as infraestruturas associadas, os aterros, os ecopontos e os meios de transporte de resíduos;

• Os equipamentos necessários à operação das infraestruturas e ao acompanhamento e controlo da sua exploração; • Todas as obras, máquinas e aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a receção e tratamento dos resíduos e

para a manutenção dos equipamentos e gestão do sistema multimunicipal não referidos acima; • Os equipamentos, máquinas, veículos, aparelhagem e respetivos acessórios utilizados para a recolha seletiva de resíduos

urbanos. • Adicionalmente, são também considerados como ativos afetos à concessão: • Os imóveis adquiridos por via do direito privado ou mediante expropriação para implantação das infraestruturas;

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 98

• Os direitos privativos de propriedade intelectual e industrial de que a Empresa seja titular; • Outros bens e direitos que se encontrem relacionados com a continuidade da exploração da concessão, nomeadamente

laborais, de empreitada, de locação e de prestação de serviços. A Empresa deve elaborar e manter o inventário dos bens e direitos afetos à concessão, devendo, anualmente, enviar à ERSAR informação detalhada sobre os mesmos, assim como dos abates efetuados. A Empresa tem a obrigação de, durante o prazo de vigência da concessão, manter o bom estado de funcionamento, conservação e segurança dos ativos e meios a ela afetos, efetuando todas as reparações, renovações e adaptações necessárias para a manutenção dos ativos nas condições técnicas requeridas. A Empresa mantém o direito de explorar os ativos afetos à concessão até à extinção desta. Os ativos afetos à concessão apenas podem ser utilizados para o fim previsto na concessão. Na data da extinção da concessão, os bens a ela afetos revertem para uma Entidade Intermunicipal, Associação de municípios, o conjunto dos Municípios utilizadores, ou o Estado, mediante o exercício do respetivo direito de opção e o pagamento à concessionária, nos termos previstos nas Bases e no contrato de concessão, de uma indemnização correspondente ao valor líquido contabilístico daqueles bens. O regime remuneratório da concessão baseia-se no reconhecimento à Empresa dos proveitos permitidos, a serem refletidos nas tarifas a aplicar aos utilizadores do sistema. A Empresa é responsável pelos riscos inerentes à concessão nos termos da legislação aplicável, assumindo os respetivos riscos operacionais. A Empresa é responsável pela obtenção do financiamento necessário ao desenvolvimento do objeto da concessão, por forma a cumprir cabal e atempadamente as obrigações assumidas no contrato de concessão, assumindo os respetivos riscos de investimento e de financiamento. Os proveitos permitidos anualmente à Empresa, no âmbito da atividade concessionada, são definidos pela ERSAR para um horizonte temporal de três a cinco anos (“Período regulatório”). O modelo regulatório é fixado pela ERSAR e assenta, entre outros, nos seguintes pressupostos:

• Elegibilidade dos custos de exploração, para efeitos de determinação dos proveitos permitidos, por referência a um cenário de eficiência produtiva da exploração e gestão do sistema multimunicipal;

• Remuneração do capital com base no custo médio ponderado, com parâmetros definidos em referência a valores de mercado e ao desempenho de entidades representativas comparáveis;

• Definição de uma base de ativos, constituída pelos bens afetos à concessão, como incidência da remuneração do capital; • Adoção de mecanismos de incentivo à eficiência; • Repercussão adequada nos proveitos permitidos das diferenças registadas entre as quantidades estimadas e as

quantidades de resíduos urbanos entregues à Empresa. Adicionalmente, a definição da base de custos de exploração deve atender ao seu controlo efetivo pela Empresa, às tecnologias e capacidades instaladas, bem como às oscilações da procura. Assim, as tarifas a aplicar aos utilizadores devem proporcionar à Empresa os proveitos permitidos nos termos das bases anteriores e correspondem ao resultado da divisão dos proveitos permitidos anualmente à Empresa pelas quantidades estimadas de consumo para esse ano. O contrato de concessão em vigor, permite um equilíbrio contratual nas condições de uma gestão eficiente, promovendo um investimento mais racional e uma maior eficiência operacional, através do reconhecimento dos custos de investimento, de operação e manutenção e na adequada remuneração dos ativos afetos à concessão, a serem refletidos nas tarifas aplicáveis à Empresa, as quais permitirão recuperar os custos de exploração e obter uma determinada remuneração sobre os ativos. A concessão pode ser extinta por acordo entre as partes, por rescisão, por resgate e pelo decurso do prazo. A extinção da concessão opera a transmissão para os Municípios ou para o Estado dos bens e meios a ela afetos. O contrato de concessão poderá ser rescindido pelo concedente se ocorrer qualquer uma das situações a seguir descritas, com impacto significativo nas operações da concessão: desvio do objeto da concessão; interrupção prolongada da exploração por facto imputável à Empresa; oposição reiterada ao exercício da fiscalização ou repetida desobediência às determinações do concedente ou, ainda, sistemática inobservância das leis e regulamentos aplicáveis à exploração; recusa em proceder à adequada conservação e reparação das infraestruturas; cobrança reiterada de valores superiores aos fixados nos contratos de concessão e nos contratos celebrados com os utilizadores; dissolução ou insolvência da Empresa; trespasse da concessão ou subconcessão não autorizadas; alienação não autorizada de participações no capital da Empresa; oneração de participações no capital da Empresa em inobservância do disposto no contrato de concessão; aumento ou redução não autorizados, quando aplicável, do capital social da Empresa; falta de prestação da caução ou de renovação do respetivo valor nos termos e prazos previstos; e recusa ou impossibilidade da Empresa em retomar a concessão. O concedente pode resgatar a concessão, assumindo a gestão direta do serviço público concedido, sempre que motivos de interesse público o justifiquem e decorrido que seja pelo menos dois terços do prazo contratual, mediante aviso prévio feito à Empresa, por carta registada com aviso de receção, com, pelo menos, um ano de antecedência relativamente à data de produção de efeitos do resgate. Pelo resgate, a Empresa tem direito a uma indemnização que deve atender ao valor contabilístico à data do resgate dos bens revertidos, do valor dos créditos existentes, bem como ao valor de eventuais lucros cessantes, tendo em consideração o número de anos que restem para o termo da concessão.

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 99

31. ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO

Não existem factos relevantes a descrever.

O CONTABILISTICA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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CONTAS INDIVIDUAIS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 100

CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

Resinorte RELATÓRIO E CONTAS 2019 102

RELATÓRIO FISCAL ÚNICO

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RELATÓRIO e PARECER do CONSELHO FISCAL

Aos Acionistas da

RESINORTE — VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS, S.A.

INTRODUÇÃO

Em cumprimento das disposições legais e estatutárias aplicáveis e do mandato que nos foiconferido, o Conselho Fiscal apresenta o seu relatório e parecer sobre o relatório de gestão e asdemonstrações financeiras da RESINORTE — VALORIZAÇÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOSSÓLIDOS, S.A. (“Empresa”), preparados pelo Conselho de Administração e da suaresponsabilidade, relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2019.

FISCALIZAÇÃO

O Conselho Fiscal acompanhou a gestão da Empresa, a evolução da sua atividade através dereuniões formais e informais com a frequência e extensão que considerou adequadas,mantendo igualmente contacto com o Revisor Oficial de Contas que nos informou daplanificação das suas intervenções, do seu âmbito e natureza, bem como das conclusões dostrabalhos realizados. Foi ainda este Conselho Fiscal informado do desenvolvimento do processode preparação e de divulgação de informação financeira, bem como a revisão dasdemonstrações financeiras.

No âmbito das suas atribuições, o Conselho Fiscal examinou o Balanço em 31 de dezembro de2019, a Demonstração dos Resultados por Naturezas, a Demonstração das Alterações nosCapitais Próprios, a Demonstração dos Fluxos de Caixa e o correspondente Anexo para oexercício findo naquela data, os quais mereceram a sua concordância.

Procedeu ainda à apreciação do Relatório de Gestão preparado pelo Conselho de Administraçãoe da Certificação Legal de Contas, sem qualquer qualificação, emitida pelo Revisor Oficial deContas, os quais merecem igualmente a concordância do Conselho Fiscal.

No cumprimento das suas funções o Conselho Fiscal obteve do Conselho de Administração, dosServiços da Empresa e do Revisor Oficial de Contas todas as informações e esclarecimentossolicitados, cobrindo a devida compreensão e avaliação da evolução dos negócios, dodesempenho e da posição financeira, bem como dos sistemas de gestão de riscos e de controlointerno, não tendo tomado conhecimento de violações à Lei ou aos Estatutos da Empresa.

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PARECER

Tendo em consideração o exposto acima, somos de parecer que sejam aprovados:

1. O Relatório de Gestão e as Demonstrações Financeiras apresentados pelo Conselho de

Administração relativos ao exercício de 2019;

2. A proposta de aplicação de resultados contida no mencionado Relatório de Gestão.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Conselho Fiscal manifesta o seu apreço pela colaboração recebida do Conselho de

Administração e dos Responsáveis da Empresa e, bem assim, do Revisor Oficial de Contas.

Codessoso, 09 de março de 2020

O CONSELHO FISCAL

Domingos Manuel Alves Carvas, em representação da Associação de Municípios do Vale do

Douro Norte - Presidente

Eduardo Manuel Fon ca M ura- Vogal

Carlos Afonso Dias Leite Freitas dos Santos- Vogal

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