Índice - instituto superior de agronomia · em 2001 a densidade populacional atingiu em portugal...

43
Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa _______________________________________________________________________________________________________ ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3 2 - PODER DE COMPRA POR UNIDADES TERRITORIAIS ........................................................... 3 2.1 - Indicador per capita 2002, por regiões e concelhos ............................................. 3 2.2 - Análise face a dados da população residente em 2001 ........................................ 4 2.3 - Visão genérica de desequilíbrios e disparidades .................................................. 9 2.4 - Conjectura actual e perspectivas........................................................................ 13 3 - UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA ............................................... 13 3.1 - Concelhos com o menor poder de compra em 2002 e atingidos por decréscimo entre 2000 e 2002 ................................................................................................... 13 3.2 - NUTS III com o menor poder de compra em 2002: Pinhal Interior Sul, Tâmega e Pinhal Interior Norte ................................................................................. 14 3.3 - Diversidade e problemas específicos da três NUTS III com o menor poder de compra em 2002.................................................................................................. 17 3.4 - Questões sócio-políticas assinaláveis nas três NUTS III com o menor poder de compra em 2002................................................................................................. 18 4 - RECUPERAÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA .................. 20 4.1 - Medidas no tocante ao emprego, bem-estar e produtividade ...................................... 20 4.2 - Medidas dirigidas ao rejuvenescimento ..................................................................... 21 4.3 - Medidas relativas à qualidade alimentar e valorização de produtos locais .................... 22 4.4 - Dimensão local e regional das políticas...................................................................... 23 4.5 - Desenvolvimento do Terceiro Sector ......................................................................... 24 5 - RECUPERAÇÃO DE ESPAÇOS COM REDUZIDA DENSIDADE POPULACIONAL .......................... 25 5.1 - Áreas sujeitas a depressão económica e social. Risco de desertificação ....................... 25 5.2 - Fixação populacional no interior deprimido. Minoração dos custos de interioridade ..... 26 5.3 - Desenvolvimento rural: valia de parcerias activas e inovadoras ................................... 26 5.4 - Política florestal: arborização, infra-estruturas e gestão adequadas ............................. 27

Upload: others

Post on 22-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

ÍNDICE

1 - INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 3

2 - PODER DE COMPRA POR UNIDADES TERRITORIAIS ........................................................... 3

2.1 - Indicador per capita 2002, por regiões e concelhos............................................. 3

2.2 - Análise face a dados da população residente em 2001 ........................................ 4

2.3 - Visão genérica de desequilíbrios e disparidades .................................................. 9

2.4 - Conjectura actual e perspectivas........................................................................ 13

3 - UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA............................................... 13

3.1 - Concelhos com o menor poder de compra em 2002 e atingidos por decréscimo

entre 2000 e 2002 ................................................................................................... 13

3.2 - NUTS III com o menor poder de compra em 2002: Pinhal Interior Sul,

Tâmega e Pinhal Interior Norte ................................................................................. 14

3.3 - Diversidade e problemas específicos da três NUTS III com o menor poder

de compra em 2002.................................................................................................. 17

3.4 - Questões sócio-políticas assinaláveis nas três NUTS III com o menor poder

de compra em 2002................................................................................................. 18

4 - RECUPERAÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA .................. 20

4.1 - Medidas no tocante ao emprego, bem-estar e produtividade ...................................... 20

4.2 - Medidas dirigidas ao rejuvenescimento ..................................................................... 21

4.3 - Medidas relativas à qualidade alimentar e valorização de produtos locais .................... 22

4.4 - Dimensão local e regional das políticas...................................................................... 23

4.5 - Desenvolvimento do Terceiro Sector ......................................................................... 24

5 - RECUPERAÇÃO DE ESPAÇOS COM REDUZIDA DENSIDADE POPULACIONAL .......................... 25

5.1 - Áreas sujeitas a depressão económica e social. Risco de desertificação ....................... 25

5.2 - Fixação populacional no interior deprimido. Minoração dos custos de interioridade ..... 26

5.3 - Desenvolvimento rural: valia de parcerias activas e inovadoras................................... 26

5.4 - Política florestal: arborização, infra-estruturas e gestão adequadas............................. 27

Page 2: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

2

6 - NOTAS FINAIS ................................................................................................................. 29

6.1 - Modernização da Administração Pública .................................................................... 29

6.2 - Perspectivas internacionais e europeias..................................................................... 29

7 - ANEXOS ESTATÍSTICOS..................................................................................................... 31

Anexo I -Indicador per capita do poder de compra (Edição 2002)....................................... 31

Anexo II - População residente em 1991 e 2001. Grupos etários e variação 1991/2001........ 35

Anexo III - População residente em 2001, por regiões e concelhos ..................................... 37

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................... 41

Page 3: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

3

1 - INTRODUÇÃO

O Instituto Nacional de Estatística (INE), com a data do ano de 2002, publicou a quinta

edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio (EPCC), visando caracterizar, através de

um conjunto de indicadores, os concelhos e as regiões do país.

A informação estatística usada nesta quinta edição está, na sua maior parte,

efectivamente reportada ao ano de 2000, embora já inclua variáveis relativas aos Censos

2001 - Resultados Definitivos.

O presente trabalho, ainda que proceda a algumas análises comparativas com as quatro

edições anteriores (1993, 1995, 1997 e 2000), incide em especial na referida quinta edição e no

atinente ao Indicador per capita (IpC), índice cuja média do País atinge o valor 100. Uma visão

do poder de compra, por unidades territoriais (regiões e concelhos) com menor poder de

compra, constitui o principal propósito do trabalho empreendido, prosseguindo este na

referência, se bem que genérica e preliminar, de medidas de recuperação de tais unidades

territoriais com menor poder de compra ou deprimidas, culminando mediante apreciação,

também generalizada, da recuperação de espaços com reduzida densidade populacional e

submetidos em vários casos até a risco de desertificação.

De modo muito sucinto, os domínios da modernização da administração pública, bem

como das perspectivas internacionais e europeias, serão ainda objecto de notas terminais.

2 - PODER DE COMPRA POR UNIDADES TERRITORIAIS

2.1 - Indicador per capita 2002, por regiões e concelhos

O IpC referente a 2002 será, assim, ponto central deste trabalho, procedendo-se a

algumas comparações espaciais, e mesmo temporais, não obstante quanto a estas últimas ser

necessário reconhecer suas limitações.

Relativamente às unidades regionais ˙ cuja delimitação e reforma actualmente estão em

curso, visando a criação de 20 a 30 novas mini-regiões, com o Interior tendencialmente

composto por Comunidades Intermunicipais e o Litoral por Comunidades Urbanas ˙, o

presente trabalho recairá sobretudo em NUTS III, podendo ser observada distribuição geral na

Page 4: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

4

perspectiva destas regiões através da Figura 1, onde se pretende demarcar o poder de compra

em quatro estratos: <60; 60 a 75; 75 a 100; >100.

Já no referente à escala dos concelhos ˙ âmbito em que pensamos ser útil proceder a

vários confrontos e comparações ˙, o seu actual universo no total do País é de 308 (incluindo

os novos concelhos de Trofa, Vizela e Odivelas), entre os quais será relevante de algum modo

destacar os casos mais deprimidos.

Sob esta óptica de menor escala, importará ter em conta, em termos de futuro próximo,

a previsível influência imputável ao pacote de descentralização de competências, contido na

aludida delimitação e reforma das unidades regionais, e apontando no sentido de reforço da

soberania municipal.

Na Figura 2 poderá ser visionada a distribuição genérica do IpC de 2002, pelos concelhos

do Continente, onde os valores numéricos do mesmo indicador para os casos com menor poder

de compra, cujo último escalão nesta figura é <50 (diferentemente da figura precedente), estão

registados no quadro do lado esquerdo, podendo ainda os valores do conjunto de concelhos

portugueses serem consultados nos ANEXOS ESTATÍSTICOS, onde o ANEXO I envolve todos os

valores de regiões e concelhos de Portugal, desde o máximo de IpC de Lisboa (220,19), ao

mínimo de Celorico de Basto (36, 18).

O IpC inferior ao valor 50, distribuído espacialmente na Figura 2, continua a incluir, como

em anos anteriores, vários concelhos do Interior e de zonas raianas. Desde o mínimo de

Celorico de Basto, já citado, até Formos de Algodres, com indicador alcançando 49,96, esta

figura no escalão inferior a cinquenta abrange 59 concelhos, situados predominantemente na

ruralidade do Norte e do Centro de Portugal.

2.2 - Análise face a dados da população residente em 2001

Nas variáveis do poder de compra em termos per capita, usou-se a população residente

em 31/12/2000, com excepção das relativas ao Censos 2001, nas quais se recorreu à população

residente no momento censitário (12 de Março de 2001). O universo desta população, bem

como vários dos seus indicadores, não deixarão de influenciar a dinâmica do poder de compra

concelhio em termos futuros.

Page 5: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

5

FIGURA 1

INDICADOR PER CAPITA DO PODER DE COMPRA (IpC) 2002 POR NUTS III

País 100,00

CONTINENTE 101,32

Lisboa 147,86

Norte 85,58

Centro 79,85

NUTS II Alentejo 77,01

Algarve 108,78

R.A. Açores 65,14

R.A. Madeira 81,33

Fonte: INE – Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, Número – V, 2002, p. 19.

IpC

Page 6: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

6

Page 7: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

7

Page 8: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

8

Page 9: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

9

Destacaremos, entre tais indicadores, a Densidade Populacional e o Índice de

Envelhecimento. Nas Figuras 3 e 4 encontram-se respectivamente estes dois indicadores, os

quais são distribuídos: no primeiro caso, por concelhos, NUTS II e NUTS III; no segundo caso,

por NUTS II e NUTS III.

Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km2,

tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo no entanto diferenciação Norte-Sul,

dominando a Norte do Rio Tejo uma estrutura de povoamento difuso, enquanto a Sul prevalece

o povoamento concentrado.

As zonas de maior densidade, para além das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto,

localizam-se no Ave, Tâmega e Cávado, comportando o Interior uma ampla área de reduzida

densidade populacional, como claramente demonstra a Figura 3.

Por seu lado, a Figura 4 revela assimetrias regionais acentuadas. Em 2001 o Pinhal

Interior Sul, uma das NUTS III com mais elevado índice de envelhecimento, registava 257

idosos por 100 jovens, enquanto de modo inverso Tâmega se afirmava, como uma das NUTS

III com menor índice de envelhecimento (inferior a 72), e com proporção de jovens superior a

18%.

O saliente índice de envelhecimento, em particular nas zonas de menor densidade

populacional, requer adequadas medidas em demanda de rejuvenescimento e fixação, que não

poderão deixar de ser conciliadas com políticas de recuperação relativas à debilidade do poder

de compra, sobretudo em zonas que continuaram atingidas por depressão acentuada e

consistente.

2.3 - Visão genérica de desequilíbrios e disparidades

Relativamente a anos anteriores, os dados do Estudo do Poder de Compra Concelhio

de 2002 ˙̇̇̇ mau grado seja difícil, como já referimos, o ajustamento a comparações temporais

˙ evidenciam para os concelhos com mais elevado poder de compra uma redução do seu IpC,

enquanto os concelhos com poder de compra mais diminuto se sujeitaram a tendência inversa.

Assim, nesse Estudo de 2002, afirma-se que: "… poderá ter havido uma efectiva redução dos

desequilíbrios territoriais, já que se verificou idêntica diminuição dos coeficientes de variação na

generalidade das variáveis comuns nas diversas versões do Estudo sobre o Poder de Compra

Concelhio"1.

1 INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio - 2002, Coimbra, 2002,p. 13.

Page 10: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

10

Page 11: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

11

População residente

Área (km2)

Fonte: INE – Censos 2001 – Resultados Definitivos, 2002, Vol. 1 – Portugal, p. XLVI.

População 65 ou + anos

População 0-14 anosX 100

FIGURA 3

DENSIDADE POPULACIONAL, 2001

FIGURA 4

ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO, 2001

Page 12: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

12

Fonte: INE – Censos 2001 – Resultados Definitivos, 2002, Vol. 1 – Portugal, p. LIV.

Page 13: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

13

Mesmo no seio das unidades territoriais NUTS III, e por vezes até no âmago dos

concelhos, as disparidades postulam-se como realidade efectiva, que deverá ser tida em conta,

justificando-se exercer medidas de recuperação e adoptar programas para o efeito apropriados.

2.4 - Conjectura actual e perspectivas

No actual contexto, importará antes de mais analisar e reflectir sobre situações em que a

dinâmica do poder de compra atinge níveis preocupantes; mas se há que actuar no sentido da

recuperação e da melhoria, as consequentes acções e programas deverão conter índole regional

e atender a que as questões regionais frequentemente denotam diversidade e complexidade,

não dispensando assim contribuições de diversas entidades, do sector privado e do sector

público.

A estas contribuições, a este esforço conjugado e convergente de recuperação e

reanimação, não se poderá eximir, antes aí desempenhará papel primacial, o Terceiro Sector ou

de Economia Social.

3 - UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA

3.1 - Concelhos com o menor de compra em 2002 e atingidos por decréscimo entre 2000

e 2002

Associando os valores diminutos do IpC (neste caso inferiores a 60), com decréscimos

ocorridos entre 2000 e 2002, apura-se um total de 47 concelhos, revelando estes os indicadores

constantes do Quadro 1. As descidas do poder de compra no biénio 2000/2002 constam da

última coluna do citado quadro, sendo motivo de significativa preocupação casos intensamente

dilatados. Tal acontece, em relação aos decréscimos: em treze concelhos entre 5 e 10%; em

três concelhos entre 10% e 20% (Monchique, Pampilhosa da Serra, Calheta -

R. A. A. e Oleiros); e só num único concelho, superior a 20% (Corvo - R. A. A.).

Interessaria aprofundar as situações ocorrentes nestes concelhos em depressão,

sobretudo quando esta se confirma acentuada e persistente, investigando as razões

Page 14: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

14

justificativas de tal dinâmica e até relacionando a matéria com os rastos das unidades

territoriais circundantes ou influentes.

Neste sentido, serão seguidamente consideradas as três regiões (NUTS III) mais

deprimidas em 2002, constando os valores de IpC (nas cinco edições do respectivo estudo) do

Quadro 2. Este trio de NUTS III já em 1993 detinha os valores de IpC mais reduzidos, mas

continuam a transmitir plena inquietação os dados actuais: Pinhal Interior Sul (49,16); Tâmega

(53,55); e Pinhal Interior Norte (58,44).

3.2 - NUTS III com o menor poder de compra em 2002: Pinhal Interior Sul, Tâmega e Pinhal

Interior Norte

A última NUT III (Pinhal Interior Sul) abarca um conjunto de cinco concelhos (Mação,

Oleiros, Proença-a-Nova, Sertã e Vila de Rei), cuja situação marcadamente difícil em geral se

mantém desde 1993, apesar de algumas variações evolutivas, como se expressa no Quadro 2.

Entre os cinco concelhos do Pinhal Interior Sul, o mais recuperado é Vila de Rei

(actualmente com o valor de IpC de 52,15), e que em 1993 era o mais fragilizado no âmbito

dos cinco concelhos em causa, visto que o seu indicador só atingia 31,75. Entre 2000 e 2002, a

região e os cinco concelhos perderam valor de IpC, sendo Oleiros o concelho mais debilitado,

aliás em nítido abatimento desde 1997. Nestes termos, pode afirmar-se que o Pinhal Interior

Sul bem carece de medidas de recuperação urgentes e consistentes.

Do outro lado, as regiões do Tâmega e Pinhal Interior Norte, apresentam-se mais

diversificadas, variando de algum modo os valores do IpC, ao longo do período 1993-2002 (ver

Quadro 2). Na primeira região (Tâmega), no que respeita aos valores de 2002, os concelhos de

Felgueiras (60,02) e Paços de Ferreira (60,95) ultrapassam o limite de 60,00; enquanto na

outra região (Pinhal Interior Norte), se depara mesmo com concelhos de valor superior a 60,00

(Vila Nova de Poiares 62,99) e até com valores já mesmo bem razoáveis, como é o caso da

Lousã (84,23). Importará atentar, no domínio das medidas de recuperação, sobre a

diversificação e até heterogeneidade efectivamente incidentes nestas duas NUTS III, nas quais

é inequívoco que a actividade industrial nalgumas zonas desempenha, e continuará a

desempenhar, contributo decisivo para o emprego e a sustentabilidade familiar.

Page 15: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

15

QUADRO 1

CONCELHOS COM MENOR PODER DE COMPRA (IpC < 60) EM 2002 E ATINGIDOS POR DECRÉSCIMOENTRE 2000 E 2002

Nº do Concelho ConcelhoIpC

(2000)IpC

(2002)

IpCDecréscimo entre 2000

e 2002

133 Penalva do Castelo 40,68 39,11 3,86%

142 Oleiros 48,97 43,10 11,99%

61 Penedono 46,93 43,81 6,65%

140 Vouzela 46,04 45,38 1,43%

247 Mértola 46,34 45,78 1,21%

280 Calheta (R. A. A.) 55,13 45,89 16,76%

156 Sabugal 49,09 46,22 5,85%

242 Barrancos 51,79 47,75 7,80%

121 Pampilhosa da Serra 57,14 47,80 16,35%

141 Mação 49,55 48,06 3,01%

143 Proença-a-Nova 53,33 48,38 9,28%

85 Vimioso 48,47 48,39 0,17%

41 Lousada 52,11 49,52 4,97%

11 Amares 50,04 50,03 0,02%

49 Arouca 51,45 50,25 2,33%

69 Torre de Moncorvo 55,36 50,57 8,65%

117 Góis 52,77 50,96 3,43%

157 Trancoso 56,30 51,07 9,29%

150 Celorico da Beira 51,47 51,31 0,31%

112 Alvaiázere 52,63 51,51 2,13%

283 Lagoa (R. A. A.) 56,00 51,56 7,93%

124 Tábua 52,23 51,63 1,15%

6 Ponte da Barca 51,92 51,67 0,48%

144 Sertã 54,36 51,99 4,36%

145 Vila de Rei 53,28 52,15 2,12%

241 Alvito 56,19 52,24 7,03%

122 Pedrógão Grande 54,48 52,38 3,85%

155 Pinhel 52,71 52,41 0,57%

132 Oliveira de Frades 52,77 52,65 0,23%

271 Monchique 62,93 52,68 16,29%

231 Mourão 53,09 52,79 0,57%

249 Ourique 56,44 53,26 5,63%

219 Marvão 55,94 53,56 4,25%

211 Arronches 58,83 54,57 7,24%

46 Penafiel 56,13 55,83 0,53%

130 Mortágua 57,53 55,41 3,69%

114 Arganil 58,01 56,00 3,46%

42 Marco de Canaveses 58,18 56,71 2,53%

281 Corvo (R. A. A.) 76,23 57,41 24,69%

78 Miranda do Douro 58,06 57,64 0,72%

97 Sever do Vouga 58,08 57,64 0,76%

134 Santa Comba Dão 59,93 57,65 3,80%

113 Ansião 62,11 58,19 6,31%

120 Oliveira do Hospital 62,74 58,35 7,00%

162 Belmonte 61,39 58,41 4,85%

169 Cadaval 60,46 59,34 1,85%

149 Almeida 60,18 59,35 1,38%

Fonte: INE- Estudos sobre o Poder de Compra Concelhio; Número - IV (2000), pp. 22-23; Número - V (2002), pp. 21-22.

Page 16: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

16

QUADRO 2

EVOLUÇÃO (DE 1993 A 2002) NAS TRÊS ÚLTIMAS NUTS III

Nº doConcelho

IpC

1993 1995 1997 2000 2002

PINHAL INTERIOR NORTE 44,32 49,99 54,05 58,84 58,44

112 Alvaiázere 34,66 45,67 50,34 52,63 51,51

113 Ansião 39,81 51,92 57,19 62,11 58,19

114 Arganil 42,50 48,14 51,34 58,01 56,00

115 Castanheira de Pêra 39,13 41,70 49,97 50,80 54,86

116 Figueiró dos Vinhos 40,35 42,28 47,16 48,97 50,15

117 Góis 32,47 39,18 46,13 52,77 50,96

118 Lousã 67,75 65,82 75,38 71,99 84,23

119 Miranda do Corvo 39,08 47,10 52,08 59,05 59,10

120 Oliveira do Hospital 53,65 56,86 56,71 62,74 58,35

121 Pampilhosa da Serra 40,25 44,39 53,32 57,14 47,80

122 Pedrógão Grande 39,05 44,30 51,25 54,48 52,38

123 Penela 24,02 31,84 43,13 44,42 48,81

124 Tábua 37,45 44,88 41,82 52,23 51,63

125 Vila Nova de Poiares 62,92 66,24 62,42 72,92 62,99

TÂMEGA 37,97 41,12 47,15 53,22 53,55

34 Amarante 39,35 44,29 50,26 53,54 57,99

35 Baião 21,84 31,91 37,36 41,30 43,35

36 Cabeceiras de Basto 28,09 33,90 39,64 43,80 44,89

37 Castelo de Paiva 36,47 39,24 47,57 51,58 52,89

38 Celorico de Basto 19,89 23,02 28,29 33,72 36,18

39 Cinfães 18,88 26,45 31,20 35,35 38,42

40 Felgueiras 49,51 49,26 57,60 69,22 60,02

41 Lousada 35,94 35,97 40,79 52,11 49,52

42 Marco de Canaveses 41,28 42,59 46,29 58,18 56,71

43 Mondim de Basto 24,53 28,96 34,89 39,21 44,83

44 Paços de Ferreira 45,50 49,54 58,04 65,93 60,95

45 Paredes 45,29 46,85 54,11 50,71 56,54

46 Penafiel 40,38 44,52 47,58 56,13 55,83

47 Resende 22,09 27,13 36,19 36,49 41,84

48 Ribeira de Pena 21,33 25,76 31,68 33,97 39,27

PINHAL INTERIOR SUL 38,64 40,25 46,27 52,35 49,16

141 Mação 43,19 40,37 45,30 49,55 48,06

142 Oleiros 32,53 38,49 46,72 48,97 43,10

143 Proença-a-Nova 41,70 41,62 44,49 53,33 48,38

144 Sertã 38,29 40,39 47,71 54,36 51,99

145 Vila de Rei 31,75 38,58 46,28 53,28 52,15

Fonte: INE - Estudos sobre o Poder de Compra Concelhio, Número I (1993), Número II (1995), Número III(1997), V (2000) e Número V (2002).

Page 17: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

17

Tâmega, que era em 1993 a derradeira NUT III e que a partir de 1995 ultrapassou o

Pinhal Interior Sul, qualifica-se, no âmbito do seu próprio universo concelhio, como algo

heterogénea, mesmo para além dos concelhos com mais elevado poder de compra (Felgueiras

e Paços de Ferreira). Os movimentos pendulares, no Tâmega e Pinhal Interior Sul, são

significativos, atingindo em 2001 mais de 7,7% as saídas de indivíduos que se deslocam

diariamente para trabalhar ou estudar.

Na região do Tâmega, inclui-se o grupo dos três concelhos das Terras de Basto, com

níveis de poder de compra consideravelmente deprimidos, particularmente Celorico de Basto,

que com o IpC 2002 de 36,18 se posiciona na ponta final da totalidade concelhia.

3.3 - Diversidade e problemas específicos das três NUTS III com o menor poder de

compra em 2002

A diversidade relativamente às três regiões em causa, requererá medidas peculiares,

para enfrentar algumas questões específicas e influentes no âmbito da sua fragilidade de poder

de compra. A título de exemplo, será justificado, segundo pensamos, mencionar a questão

florestal, pois neste trio de regiões tal domínio afirma-se crucial.

O pinheiro bravo ocupa aqui vastas superfícies, mas a diversidade e a complexidade da

paisagem de pinhal são, como se afirma em estudo de Nuno ONOFRE e Elsa FERNANDES:

"frequentemente bastante baixas, resultado de mosaicos pobres e poucas orlas, com a

consequente redução de habitats e biodiversidade"2.

Na região mais deprimida (Pinhal Interior Sul), a problemática florestal não pode deixar

de deter pronunciada gravidade, já que a desertificação, patente nos cinco concelhos, origina

considerável abandono da actividade agrária em vastas áreas, e a consequente proliferação

desordenada de pinhal, e também de eucaliptal. Ângelo ANTUNES, presidente da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal, face à criação recente de algumas Associações de

Produtores Florestais, reconhece que a estão a ir devagar, sendo difícil a apresentação de

projectos em comum, mas afirma que: "Veremos se com estas associações de produtores

florestais se consegue alterar esta situação, de modo a fazer alguns emparcelamentos, ou pelo

2 Nuno ONOFRE e Elsa FERNANDES - "Modelação de parâmetros indicadores de biodiversidade em áreas de pinhalbravo do Centro e Norte de Portugal", Investigação Agrária, INIA, Ano 4, Nº 6, JUN. 2002, p. 38.

Page 18: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

18

menos, conseguir apresentar os projectos dentro das exigências requeridas"3.

3.4 - Questões sócio-políticas assinaláveis nas três NUTS III com o menor poder de

compra em 2002

Entre tais questões assinaláveis, ressaltará o desemprego, que revela acréscimo no nosso

País desde meados de 2001. A Taxa de Desemprego agravou-se, entre 1991 e 2001, e no

tocante ao conjunto HM, de 5,0% para 6,7% na Região Norte, e de 5,1% para 5,8% na Região

Centro.

No Quadro 3 estão registados dados das NUTS III com menor poder de compra e dos

respectivos concelhos. Merecerão ser devidamente analisadas situações como as de:

Castanheira de Pera, Baião, Castelo de Paiva, Cinfães e Ribeira de Pena. Nestes cinco

concelhos, além de desemprego considerável em 2001, particularmente no âmbito feminino,

verifica-se agravamento entre 1991 e 2001, com excepção de Castelo de Paiva.

Outra questão, que justificará ser objecto de atenção, respeita ao saldo das migrações

internas (imigrantes provenientes de outro concelho - emigrantes para outro concelho),

denotando o Quadro 3, quanto a esta questão em geral, saldos negativos, tanto no período

1999/2001 como entre 1995/2001, revelando aqui excepção o Pinhal Interior Norte, com saldos

em geral positivos e marcadamente nos concelhos de Lousã, Miranda do Corvo e Vila Nova de

Poiares. Ainda excepcionalmente, também no Tâmega, os concelhos de Lousada, Marco de

Canaveses e Paços de Ferreira revelam saldos amplamente positivos.

3 Ângelo ANTUNES - "Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal", Espaço Rural, Nº 27, MAR./ABR. 2002,p. 21.

Page 19: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

19

QUADRO 3

SALDO DAS MIGRAÇÕES INTERNAS (1991/2001 E 1995/2001) E TAXA DE DESEMPREGO

(1991 E 2001) NAS TRÊS ÚLTIMAS NUTS III

SALDO DAS MIGRAÇÕES INTERNASTAXA DE DESEMPREGO

(%)

1999/2001 1995/2001 1991 2001

HM H HM H HM H HM H

Nº do

ConcelhoPINHAL INTERIOR NORTE 831 466 2 260 1 262 4,6 7,5 5,6 8,5

112 Alvaiázere -8 4 -118 -50 3,8 6,4 4,7 7,9

113 Ansião 3 - -85 -44 4,7 8,5 4,9 8,0

114 Arganil - 2 -35 -1 5,1 6,7 4,9 7,5

115 Castanheira de Pêra -43 -25 -154 -80 8,1 12,0 16,6 25,1

116 Figueiró dos Vinhos 23 9 -100 -44 6,4 11,6 5,0 6,8

117 Góis 10 18 4 13 5,6 13,1 5,5 8,9

118 Lousã 585 299 1 529 752 7,4 12,5 6,3 9,5

119 Miranda do Corvo 101 54 779 374 3,7 6,6 5,3 7,7

120 Oliveira do Hospital 18 19 66 65 3,4 5,1 4,6 6,5

121 Pampilhosa da Serra -48 -14 -121 -46 3,7 4,7 3,3 4,0

122 Pedrógão Grande 21 14 14 33 4,2 7,1 6,8 10,0

123 Penela 1 6 65 49 4,5 8,5 4,9 7,4

124 Tábua 54 14 148 65 2,8 4,2 6,7 9,6

125 Vila Nova de Poiares 114 66 268 176 3,6 6,2 6,9 11,1

TÂMEGA -522 -175 -2 907 -1 084 4,1 6,2 5,1 8,0

34 Amarante 55 17 -98 -98 5,7 8,7 6,5 11,4

35 Baião -192 -89 -747 -322 4,5 7,7 10,2 23,4

36 Cabeceiras de Basto -98 -37 -353 -154 8,3 15,1 4,9 6,9

37 Castelo de Paiva -124 -47 -428 -205 9,3 17,4 8,3 13,6

38 Celorico de Basto -69 -9 -382 -116 4,0 5,2 6,6 10,5

39 Cinfães -292 -127 -961 -449 5,6 7,2 10,1 20,9

40 Felgueiras -114 -52 -246 -99 2,6 3,1 3,7 4,3

41 Lousada 179 92 645 334 2,3 2,6 3,6 4,5

42 Marco de Canaveses 247 105 510 251 4,6 7,7 5,3 8,4

43 Mondim de Basto -35 -14 -72 -28 6,0 10,0 8,5 15,5

44 Paços de Ferreira 193 105 587 485 2,3 3,3 2,7 3,6

45 Paredes 165 78 150 -3 4,0 7,0 4,2 6,1

46 Penafiel -329 -163 -1 146 -523 4,2 6,0 4,6 7,0

47 Resende -70 -21 -253 -124 2,9 4,9 8,3 17,6

48 Ribeira de Pena -38 -13 -113 -33 3,3 7,1 11,5 18,9

PINHAL INTERIOR SUL -79 -26 -506 -187 4,5 8,8 5,9 10,1

141 Mação -64 -35 -179 -67 7,1 13,2 5,1 8,4

142 Oleiros -37 -11 -139 -56 1,8 4,2 3,5 5,0

143 Proença-a-Nova 7 4 -83 -26 2,3 4,2 6,6 12,1

144 Sertã -35 -7 -165 -85 4,7 9,1 7,1 12,2

145 Vila de Rei 50 23 60 47 6,7 11,6 4,7 7,9

Fonte: INE - Censos 2001. Resultados Definitivos, Lisboa, 2002, 1º vol. - Portugal, pp. 332, 334, 338 e 340;2º vol. - Norte, p. 48; 3º vol. - Centro, pp. 36-37.

Page 20: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

20

4 - RECUPERAÇÃO DE UNIDADES TERRITORIAIS COM MENOR PODER DE COMPRA

4.1 - Medidas no tocante ao emprego, bem-estar e produtividade

Adaptações no sentido da multifuncionalidade serão substanciais quanto à recuperação

de zonas rurais sujeitas a despovoamento ou até em risco de desertificação.

Em termos gerais, o desenvolvimento sustentável das referidas zonas não poderá deixar

de lado vertentes basilares, como o emprego, o bem-estar e a produtividade.

Nestas vertentes, no estímulo e promoção do seu desenvolvimento, releva atentar na

vultosa influência das actividades terciárias. Carminda CAVACO já afirmava, há alguns anos, o

reconhecimento do carácter primordial das actividades comerciais: "À semelhança do que vem

sucedendo com a agricultura, importa reconhecer ao comércio rural uma multifuncionalidade,

básica para o desenvolvimento sustentável dos meios rurais, ou pelo menos para a sua

sobrevivência condigna, a curto e médio prazo"4.

Sob tal óptica multifuncional, emerge claramente o imperativo de fazer incidir, no

referente ao conjunto de regiões deprimidas quanto a poder de compra, uma dinâmica

sustentada, tendo em mira a criação de emprego no sector de serviços, o que implica identificar

e incentivar oportunidades locais e regionais, no âmbito de vastos e variados espaços

portugueses, onde essa situação se encontra difundida.

Interessa, entretanto, não só explorar a questão em termos globais, como encaminhar as

políticas no encalço de alguns desígnios, altamente dinamizadores do nível de bem-estar. Entre

estes, merecerão ser realçados aproveitamentos e sinergias respeitantes à sociedade da

informação, bem como à dinamização da economia social. António Manuel FIGUEIREDO

(et alii) confirmam que as directrizes do emprego se têm dirigido nesse rumo: "As directrizes

emprego anualmente têm produzido orientações no sentido de explorar o potencial de criação

emprego no sector dos serviços, tanto numa perspectiva global do sector, como focalizado em

4 Carminda CAVACO - "O Comércio e os Serviços Rurais: Travões do Despovoamento", Desenvolvimento Rural.Desafio e Utopia, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999, p. 170.

Page 21: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

21

alguns domínios em particular, como os relacionados com a sociedade da informação e com a

economia social e local"5.

Também neste aspecto, interessa ponderar a dinâmica de novas componentes do

consumo de produtos. Este será o caso dos produtos biológicos, sobre os quais Agostinho de

CARVALHO recentemente não deixou de se pronunciar: "O mercado dos produtos biológicos em

Portugal tem vindo a aumentar, quer a nível da procura, quer a nível da oferta, ainda que o

crescimento do número de consumidores e a multiplicação dos locais de venda venha

acontecendo a um ritmo relativamente lento.

Em alguns países da Europa, este incremento é já bem visível, particularmente em

determinados sectores, de que é exemplo a comida para bebés, na Alemanha, que tem vindo a

conquistar um mercado cada vez mais importante"6.

Quanto à produtividade da agricultura portuguesa, esta reflecte necessariamente a crise

do sector, embora como se sublinha nas últimas Contas Económicas: "O impacto dos maus

anos agrícolas tem, contudo, sido atenuado a partir de 1993, sendo inegável o contributo dos

Subsídios para esta maior sustentabilidade"7.

4.2 - Medidas dirigidas ao rejuvenescimento

Em Portugal, a variação entre 1991 e 2001 dos grupos etários da população residente

dirigiu-se no sentido da redução do estrato etário 0-14 anos (-16,0%), assim como da

ampliação do estrato etário 65 anos ou mais (+26,1%).

Como pode ser observado através da Figura 4, as proporções de jovens variam em

termos vultosos no âmbito das NUTS III, destacando-se, entre estas mais deprimidas, o

Tâmega, pois aqui ocorre elevada proporção de jovens, assim divergindo manifestamente do

Pinhal Interior Sul, onde tal proporção se afirma extremamente exígua.

Se o despovoamento dos campos prossegue em geral no País, se o envelhecimento

populacional afecta abundantes zonas da ruralidade, brotam razões para impulsionar

rejuvenescimento, em particular mediante promoção perseverante de adequadas estratégias de

5 António Manuel FIGUEIREDO (et alii) - Avaliação do Impacto da Estratégia Europeia para o Emprego emPortugal - Criação de Emprego e Reconversão do Tecido Empresarial, Lisboa, Ministério da Segurança Social edo Trabalho, 2003, p. 55.6 Agostinho de CARVALHO (Coord.) - Potencialidades de Criação de Emprego no Âmbito da AgriculturaBiológica, Lisboa, Instituto do Emprego e Formação Profissional, 2000, p. 78.7 INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - Contas Económicas da Agricultura - 2001, Lisboa, INE, 2002, p. 27.

Page 22: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

22

atractividade de novos residentes. Sob esta perspectiva, Carlos FERREIRA afirma que: "Factores

como a mobilidade, as migrações e a participação turística podem ser o gérmen de novos usos,

da concretização de velhas aspirações, de funcionalidades e atractividades promotoras do

desenvolvimento rural"8.

Medidas organizadas com o propósito de fixação de novos residentes, serão pois bem-

vindas em vários espaços rurais, podendo referir-se, a título de exemplo, o caso da Serra da

Lousã que integra uma das NUTS III deprimidas (Pinhal Interior Norte), e onde tem havido

lugar à fixação de população estrangeira.

4.3 - Medidas relativas à qualidade alimentar e valorização de produtos locais

A política de qualidade dos bens alimentares continua na ordem do dia, afirmando-se

decisiva no âmbito da recuperação e revitalização das comunidades rurais. No entanto, uma

política alimentar, estruturada e adequada aos novos desafios, requer a junção consistente de

esforços de múltiplos actores, inseridos nas respectivas fileiras produtivas e de comercialização,

englobando horizonte dilatado de vertentes, desde instituições locais e regionais, até o contexto

internacional.

Caberá neste apontado contexto ser referido, embora sucintamente, o assunto da dieta

mediterrânea e sua relação com a segurança alimentar. Segundo Pedro GRAÇA: "Ora os

alimentos produzidos na orla mediterrânea, provenientes de uma agricultura de pequena

dimensão mas geradora de emprego, originam distintos produtos alimentares com grande

diversidade biológica. Originam uma prática culinária diversificada, recorrendo ao que a

natureza dispõe localmente, estação após estação, permite produtos vegetais da época, com o

mínimo de conservantes, pesticidas e outros tóxicos alimentares". …"E ainda, e talvez mais

importante, para os Nutricionistas, a grande variedade alimentar é o principal garante do

equilíbrio nutricional à mesa"9.

Para além dos sistemas de processamento, assim como de fiscalização da segurança e

qualidade alimentares, cabe assegurar a sua sustentabilidade económica e social, recorrendo a

8 Carlos FERREIRA - "Reencontros com o mundo rural: dos lazeres turísticos à fixação de "novos e velhos" residentes",Desenvolvimento Rural - Desafio e Utopia, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999,p. 318.9 Pedro GRAÇA - "Dieta Mediterrânica e Segurança Alimentar", Os Produtos Agrícolas Mediterrânicos na Dieta eSegurança Alimentar, Seminário Internacional, Lisboa, Observatório dos Mercados Agrícolas e das ImportaçõesAgro-Alimentares, Edição 2002, pp. 32-33.

Page 23: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

23

medidas de política adequadas aos diversos níveis e com variados contributos de várias

instituições.

4.4 - Dimensão local e regional das políticas

Os níveis local e regional posicionam-se em termos fundamentais quanto aos processos

de reestruturação económica e social, neles cabendo, com frequência e relevância destacadas,

a gestão de recursos humanos e patrimoniais de vários espaços territoriais.

O princípio comunitário da subsidiariedade aponta no sentido das decisões serem

"tomadas de forma tão aberta quanto possível e ao nível mais próximo possível dos cidadãos",

abrindo assim caminho à descentralização das políticas. O princípio da subsidiariedade, não

só é justo e politicamente equitativo, como potencia às comunidades locais e regionais

desempenho de funções cruciais, facultando oportunidades para inovar e adequar defronte do

acervo decisional, fazendo uso de criatividade e de responsabilidade dos vários actores

descentralizados.

As acções deste conjunto de actores locais e regionais detêm, pois, acentuada influência

nas opções incidentes sobre iniciativas quanto ao desenvolvimento. A título de exemplo, e ante

o espaço rural transmontano, Alexandre POETA (et alii) referem estrangulamentos causados por

carência de acessibilidades, apontados por entrevistados, e que afectam a região: "Conforme se

pode observar, de uma forma unânime, é sempre colocado o problema das acessibilidades. São

necessárias mais e melhores vias e comunicação. É, por isso, urgente a conclusão dos

itinerários principais e a construção de novas vias de circulação secundária, permitindo, deste

modo, uma maior mobilidade e intensidade de relações entre a população"10.

Ainda quanto às referidas políticas de emprego, cabe sublinhar a importância da acção

regional e local em prol do emprego, aliás expressa na Directriz Europeia 11 de 2001.

10 Alexandre Dinis POETA (et alii) - "Estrangulamentos, potencialidades e iniciativas para o desenvolvimento do InteriorNorte: a perspectiva das instituições locais e regionais", Desenvolvimento Rural: Desafio e Utopia, Lisboa, Centrode Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999, p. 417.

Page 24: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

24

4.5 - Desenvolvimento do Terceiro Sector

O Terceiro Sector (também designado Economia Social ou Terceiro Sistema) detém uma

dimensão considerável em muitos países desenvolvidos. Em Portugal, a dimensão deste sector

apresenta-se difusa e variada, alcançando diminuta percentagem relativamente ao emprego

total, onde apenas alcança 2,39%, enquanto na Alemanha, Bélgica, Espanha, Finlândia, França,

Reino Unido e Suécia os valores atingem respectivamente: 6,29%, 7,15%, 7,06%, 7,35%,

7,71%, 6,59% e 4,59%11.

Para o desenvolvimento do Terceiro Sector, contribuem decisivamente as relações com o

Estado e os consequentes modelos de organização e funcionamento adoptados, questões

primordiais para a sua vitalidade e desempenho.

No que respeita à mencionada organização e funcionamento, sobressai a influência da

adequada dimensão local e regional das respectivas instituições, recomendando a publicação de

Francisco NUNES (et alii) que: "Uma possível via de concretização do papel fundamental das

organizações do Terceiro Sector na promoção de um desenvolvimento regional mais integrado,

seria a criação de agências de desenvolvimento local, integrando as Câmaras Municipais,

Representantes do Sector Privado e do Terceiro Sector, que pudessem criar planos de

desenvolvimento específicos para a região"12. No entanto, se a dimensão local e regional

poderá variar, também os modelos de apoio poderão ser variados, como se sustenta em

documento da autoria do CIRIEC: "Contudo não existe apenas um modelo de apoio. Tem que

ser levado em conta o contexto e a diversidade de localizações e nível, enquanto o tipo de

apoio tem que estar relacionado com o ciclo de vida das organizações"13.

11 António Manuel FIGUEIREDO (et alii) - Ob. cit., p. 83.12 Francisco NUNES (et alii) - O Terceiro Sector em Portugal: Delimitação, Caracterização e Potencialidades,Lisboa, INSCOOP, 2001, p. 247.13 CIRIEC (International Center of Research and Information on the Public and Cooperative Economy) - As Empresase Organizações do Terceiro Sistema - Um Desafio Estratégico para o Emprego, Lisboa, INSCOOP, 2000,p. 251.

Page 25: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

25

5 - RECUPERAÇÃO DE ESPAÇOS COM REDUZIDA DENSIDADE POPULACIONAL

5.1 - Áreas sujeitas a depressão económica e social. Risco de desertificação

Retomando a matéria da densidade populacional, importa deixar claro que consideráveis

espaços de Portugal Continental estão sujeitos mesmo a risco de desertificação, daí resultando

consequências várias e diversificadas, tanto ambientais como económico-sociais. Se tais

tendências espaciais e populacionais não forem sustidas ou revertidas, para esses espaços sua

recuperação será evidentemente difícil. Neste domínio, dados actuais de população residente

(Censos de 2001) poderão ser consultados no Anexo III, no respeitante à universalidade de

regiões e concelhos do País.

Se a micro-escala concelhia se afirma adequada para investigações neste âmbito de

espaços de reduzida densidade, por vezes convém mesmo considerar o interior dos próprios

concelhos. Tal acontece, em vários casos, quando ocorrem situações marcadamente

heterogéneas, como se verifica por exemplo nas áreas diferenciadas da região algarvia (Litoral,

Barrocal e Serra). Emília MADEIRA, no seu estudo sobre o concelho de Loulé, tece as seguintes

considerações. "Nas últimas décadas assistiu-se ao intenso e progressivo despovoamento dos

pequenos aglomerados dispersos, existentes um pouco por toda a Serra e ao quase total

abandono. Recentemente há sinais de abrandamento desta tendência. "… "Em termos

agrícolas, no Barrocal predomina a actividade agrícola tradicional de sequeiro, actualmente em

crise devido à baixa cotação de mercado dos seus produtos, conduzindo ao abandono de

pomares mistos tradicionais de alfarrobeiras, amendoeiras, figueiras e oliveiras, que

praticamente deixaram de ser tratados e em muitos casos, inclusivé, a apanha dos frutos deixou

de se processar"14.

Estimular o combate à desertificação em vastas áreas da ruralidade interior deprimida, se

constitui objectivo primacial na contextura nacional da actualidade, tal não exclui, antes

marcadamente reclama medidas de política de índole comunitária, que importa tornar vivas e

actuantes. Carlos Borges PIRES e Agostinho de CARVALHO, já em 1999, apontavam este

desígnio de pugnar contra a desertificação: "Os princípios orientadores da actual Política

Agrícola Comum abrem em muitos aspectos mais possibilidades de desenvolvimento que a

14 Emília MADEIRA - "Impacte de Medidas de Política no Concelho de Loulé", Valorização do Pomar Tradicional deSequeiro Algarvio, Faro, Universidade do Algarve, 2000, p. 71.

Page 26: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

26

anterior e são essas possibilidades que devem ser potenciadas para combater a desertificação e

promover o desenvolvimento"15.

5.2 - Fixação populacional no interior deprimido. Minoração dos custos de interioridade

A nosso ver, é imperioso e inadiável recuperar vários espaços, a nível de regiões e

concelhos já exemplificados anteriormente, inserindo num conjunto interior deprimido. Para

redimir esses espaços, e para os revivificar, replicando adequadamente, "há que dispor de

medidas de política pertinentes, com vista a actuar reduzindo os custos de interioridade,

condição necessária para imprimir novo impulso aos sistemas agrícolas, zootécnicos e florestais,

para fixar pessoas no interior, de modo especial jovens"16. Assim o afirmámos em texto

publicado em 1998-1999.

As aludidas medidas de política não poderão, todavia, deixar de incentivar o

aproveitamento do potencial endógeno, bem como a qualidade de vida e a competitividade do

meio em que incidem. Tal incidência, além da ruralidade deprimida, poderá incluir a nível local

pequenos centros urbanos, que, como sustenta Jorge GASPAR, poderão "inverter as tendências

para a desertificação. Sobretudo no interior, muitas sedes de concelho e outras pequenas

aglomerações com características urbanas constituem focos de redinamização da actividade

económica, na medida em que aí se instalaram novos equipamentos sociais e actividades de

comércio e de serviços"17.

5.3 - Desenvolvimento rural: valia de parcerias activas e inovadoras

Parcerias serão fundamentais para o desenvolvimento rural, mas eficácia do seu universo,

além de condições materiais e patrimoniais ˙ sendo nestas o nosso País veementemente

exíguo ˙, requer que sejam adoptadas, numa envolvente de responsabilidade e serenidade,

atitudes criativas e inovadoras, e que sejam permutadas experiências e contactos a diversos

níveis nacionais e internacionais.

15 Carlos Borges PIRES e Agostinho de CARVALHO - Desenvolvimento Agrícola Sustentável do Concelho deVila Pouca de Aguiar, Lisboa, Instituto Nacional de Investigação Agrária, 1999, p. 96.16 Joaquim LOURENÇO - "Zonas rurais interiores portuguesas. Necessidade de medidas de política", Anais doInstituto Superior de Agronomia, 1998-1999, Lisboa, ISA - Universidade Técnica de Lisboa, p. 212.17 Jorge GASPAR - "Tendências de Ocupação do Território", Repensar Portugal na Europa - Perspectivas de umPaís Periférico, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 2002, p. 65.

Page 27: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

27

Já na Conferência de CORK (Irlanda, 1996) se estabeleceu um precioso ponto

programático (9-Management) sobre esta matéria, contendo a seguinte redacção:

"A capacidade de gestão e eficácia das autoridades regionais e locais, assim como a dos

grupos provenientes de comunidades locais, deve ser melhorada, fornecendo-lhes sempre que

necessário, assistência técnica, formação, melhores instrumentos de comunicação, parcerias,

divulgação da investigação e da informação, troca de experiências em redes que liguem as

regiões e as comunidades rurais em toda a Europa"18.

As parcerias institucionais, embora assumam postura fulcral nesta área do

desenvolvimento, não poderão, é certo, olvidar ou mesmo secundarizar, o papel do Estado,

cabendo neste campo conjugar esforços vários, tendo em vista a valiosidade e eficácia de

actividades múltiplas e diversas actuantes no espaço rural. No que respeita às zonas rurais em

particular, não se poderá, agora ou para o futuro, desprezar a magnitude do objectivo

comunitário do reforço da coesão económica e social, segundo o qual: "A fim de promover

um desenvolvimento harmonioso do conjunto da Comunidade, esta desenvolverá e prosseguirá

a sua acção no sentido de reforçar a sua coesão económica e social.

Em especial, a Comunidade procurará reduzir a disparidade entre os níveis de

desenvolvimento das diversas regiões e o atraso das regiões e das ilhas menos favorecidas,

incluindo as zonas rurais"19.

5.4 - Política florestal: arborização, infra-estruturas e gestão adequadas

Reduzir com urgência a disparidade entre níveis de desenvolvimento do território

nacional, constitui intento justo e prioritário, para a ruralidade em geral depressiva, vigente

entre nós. O domínio florestal constitui, no actual contexto, foco essencial de medidas diversas

para problemas diversos (desde o ambiental aos fogos), em demanda de necessária e inadiável

gestão florestal sustentável, porquanto o sector florestal assume em Portugal fundamental

influência, entre várias razões, devido ao elevado volume de empregos actuais e potenciais, à

contribuição muito significativa para a capacidade exportadora de produtos, e à decisiva

18 EUROPEAN CONFERENCE ON RURAL DEVELOPMENT - The Cork Declaration. A Living Countryside, Cork(Ireland), Nov. 1996, p. 3.19 TRATADO DA UNIÃO EUROPEIA: Artigo 158º.

Page 28: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

28

influência sobre equilíbrio das condições edafo-climáticas e hidrogeológicas de múltiplos

contornos locais e regionais.

Em especial nas três NUTS III mais abatidas quanto ao poder de compra em 2002 (Pinhal

Interior Sul, Tâmega e Pinhal Interior Norte), a política florestal não poderá deixar de

desempenhar contributo de relevo amplamente significativo, tanto na actual recuperação

espacial como na sustentação futura. Embora se verifiquem no conjunto dos concelhos

heterogeneidades acentuadas, resultantes de disparidades de importância da agricultura, da

indústria e até dos serviços, é irrecusável a genérica influência do pinheiro bravo nas três

regiões.

No Seminário Associativismo e Cooperativismo Florestal (23 e 24 de Maio de 2002) em

Montebelo (Viseu), foram consideradas várias matérias, nomeadamente no tocante às

organizações de produtores florestais e ao enquadramento comunitário da política florestal

nacional. Foram indicadas as seguintes questões chave do desenvolvimento futuro do sector

florestal e das suas organizações em Portugal:

" - Competitividade dos produtos dos espaços florestais onde Portugal tem e pode

continuar a ter vantagens comparadas (pasta e papel, cortiça, turismo, etc.);

- Multifuncionalidade do espaço florestal;

- Complementaridade e cooperação entre os agentes do sector"20.

O declínio dos montados alentejanos, assim como a desertificação humana daí resultante,

têm sido objecto de atribuição a múltiplos factores. Entre os concelhos com diminuto poder de

compra já mencionados, nalguns casos (Figuras 1 e 2) o montado desempenha funções

substanciais e o seu citado declínio poderá nos próximos anos adquirir mesmo relevância

acrescida. Sobre esta matéria, Teresa Soares DAVID (et alii) declaram: "Torna-se, pois,

premente a adopção de medidas de gestão e conservação dos montados que visem preservar a

sua potencialidade, especificidade e diversidade. Para tal, é fundamental um melhor

conhecimento fisiológico sobre as estratégias de sobrevivência das espécies arbóreas a

condições de secura"21.

20 Espaço Rural, CONFAGRI, Lisboa, Nº 29, Jul.-Ago. 2002, p. 43.21 Teresa Soares DAVID (et alii) - "Disponibilidades hídricas e sobrevivência dos montados", Investigação Agrária,Instituto Nacional de Investigação Agrária, Lisboa, Ano 4, Nº 6, Jun. 2002, p. 64.

Page 29: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

29

6 - NOTAS FINAIS

6.1 - Modernização da Administração Pública

A Administração Pública portuguesa está em momento de modernização e clarificação

das suas missões. Desenha-se, deste modo, processo de reformas estruturais como factor

dinâmico de mobilização da sociedade portuguesa, na via de uma administração pública mais

ágil, eficiente e eficaz, exercendo missões públicas claras e com efeitos frutuosos.

Uma das alterações em vista, embora o processo só deva estar concluído até ao fim do

corrente ano de 2003, contempla nova divisão administrativa e política, já mencionada neste

estudo, a qual dará origem a nova organização regional do País, contendo entre 20 e 30

novas mini-regiões, com o Interior tendencialmente composto por Comunidades

Intermunicipais e o Litoral por Comunidades Urbanas.

Esta nova organização não deixará de produzir consequências, seja em termos

comparativos seja noutras vertentes, face à evolução do poder de compra concelhio, até porque

a organização visada implicará transferência de competências entre administração central,

autarquias e outras entidades.

6.2 - Perspectivas internacionais e europeias

Finalmente quanto a estas perspectivas, caberá mencionar, desde logo, o vector da

Integração Europeia, quanto à caracterização e evolução de estratégias políticas,

designadamente em virtude do alargamento a países da Europa de Leste. A estrutura sócio-

política da UE, bem como o poder funcional e decisório dos Estados-membros, especialmente os

de menor e média dimensão, serão neste âmbito vectores primaciais, merecedores de reflexão

profunda e ponderada.

Também globalização, acréscimo de importância das empresas multinacionais, alterações

de localização das actividades produtivas, entre outras questões, não deixarão de ter influência

sobre a dinâmica das componentes caracterizadoras do espaço económico português, e sobre a

salvaguarda sustentada de centros de decisão económica nacionais.

Page 30: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo
Page 31: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

31

7 - ANEXOS ESTATÍSTICOS

ANEXO I

INDICADOR PER CAPITA DO PODER DE COMPRA (Edição 2002)

ANO: 2002

Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC

Lisboa 220,19 Baixo Mondego 100,31 Ovar 81,39 Condeixa-a-Nova 71,43

Oeiras 184,07 País 100,00 R. Autónoma da Madeira 81,33 Lamego 71,36

Porto 176,62 Castelo Branco 98,76 Médio Tejo 81,07 Castro Marim 71,33

Cascais 166,63 Valongo 98,68 Lezíria do Tejo 81,00 Ourém 71,15

Grande Lisboa 158,99 Bragança 97,86 Oeste 80,61 Constância 71,07

Lisboa 147,86 Porto Santo 97,79 Almeirim 80,57 Santo Tirso 71,00

Faro 139,05 Lagoa 97,08 Vila do Conde 80,31 Albergaria-a-Velha 70,98

Coimbra 136,70 Santarém 96,15 Centro 79,85 Sobral de Monte Agraço 70,95

Almada 134,13 Portalegre 95,80 Peniche 79,74 Anadia 70,92

Matosinhos 133,86 Leiria 95,35 Rio Maior 79,40 Peso da Régua 70,59

São João da Madeira 133,20 Alcochete 95,29 Santa Maria da Feira 79,00 Lourinhã 70,24

Portimão 132,87 Benavente 95,27 Azambuja 78,94 Montemor-o-Novo 69,94

Albufeira 129,60 Figueira da Foz 95,23 Cávado 78,87 Ave 69,87

Sintra 128,56 Ílhavo 94,99 Abrantes 78,86 Valença 69,32

Setúbal 127,74 Mafra 94,14 São Brás de Alportel 78,79 Mealhada 69,30

Amadora 126,38 Gondomar 92,57 Entre Douro e Vouga 78,29 Aljezur 68,69

Entroncamento 126,38 Vila Real 91,63 Horta 77,40 Estarreja 68,39

Aveiro 126,29 Viseu 91,58 Vila Viçosa 77,30 Fundão 67,86

Loures 122,77 Moita 91,41 Caminha 77,09 Esposende 67,86

Grande Porto 121,99 Póvoa de Varzim 89,99 Alentejo 77,01 Mirandela 67,73

Loulé 120,64 Guarda 89,88 Vila do Bispo 76,98 Baixo Alentejo 67,68

Funchal 120,32 Vendas Novas 88,04 Alentejo Litoral 76,67 Porto de Mós 67,66

Barreiro 118,28 Santiago do Cacém 86,69 Grândola 76,67 Cantanhede 67,46

Maia 118,19 Nazaré 86,54 Alcanena 76,55 Ponte de Sôr 67,17

Lagos 118,11 Pinhal Litoral 86,21 Águeda 75,88 Mangualde 66,72

Península de Setúbal 117,35 Alenquer 85,74 Vila Nova de Famalicão 75,81 Vale de Cambra 66,70

Seixal 116,62 Tomar 85,64 Chaves 75,68 Borba 66,51

Espinho 116,49 Campo Maior 85,63 Oliveira do Bairro 75,44 Bombarral 66,31

Vila Franca de Xira 116,02 Norte 85,58 Cova da Beira 75,31 Nelas 66,24

Évora 119,91 Olhão 85,58 Arruda dos Vinhos 74,79 Dão-Lafões 66,13

Marinha Grande 110,42 Baixo Vouga 84,89 Oliveira de Azeméis 74,36 Golegã 65,96

Braga 109,98 Cartaxo 84,60 Vila Nova da Barquinha 73,76 Salvaterra de Magos 65,61

Algarve 108,78 Ponta Delgada 84,50 Alcobaça 73,59 Murtosa 65,61

Sines 108,14 Lousã 84,23 Alto Alentejo 73,57 Beira Interior Norte 65,55

Vila Nova de Gaia 107,89 Beira Interior Sul 84,18 Santa Cruz 73,55 Castro Verde 65,21

Montijo 107,40 Viana do Castelo 84,07 Trofa 73,53 R. Autónoma dos Açores 65,14

Vila Real de S. António 104,38 Tavira 83,72 Angra do Heroísmo 73,29 Vizela 64,75

Sesimbra 101,92 Torres Vedras 83,51 Estremoz 73,00 Minho-Lima 64,68

Caldas da Rainha 101,34 Elvas 83,47 Vila do Porto 72,98 Alpiarça 64,43

Continente 101,32 Torres Novas 82,65 Reguengos de Monsaraz 72,18 Mira 64,20

Palmela 101,10 Covilhã 81,95 Guimarães 71,83 Pombal 63,99

Beja 101,02 Silves 81,59 Castelo de Vide 71,49 Alto Trás-os-Montes 63,85

Odivelas 100,47 Alentejo Central 81,43 Batalha 71,46 Vagos 63,71

Page 32: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

32

Page 33: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

33

ANEXO I (Cont.)

INDICADOR PER CAPITA DO PODER DE COMPRA (Edição 2002)

Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC Regiões/Concelhos IpC

Seia 63,38 Paredes 56,64 Lagoa (R. A. A.) 51,56 Vila Flor 46,00

Santa Cruz das Flores 63,24 Aljustrel 56,51 Alvaiázere 51,51 Calheta (R A. A.) 45,89

Macedo de Cavaleiros 63,01 Carregal do Sal 56,40 Celorico da Beira 51,31 Santa Marta de Penaguião 45,79

Vila Nova de Poiares 62,99 Arraiolos 56,37 Machico 51,29 Mértola 45,78

Douro 61,66 Redondo 56,36 Moimenta da Beira 51,28 Portel 45,67

Alter do Chão 61,59 Madalena 56,35 Trancoso 51,07 Castro Daire 45,51

Óbidos 61,20 Tondela 56,20 Góis 50,96 Ribeira Grande 45,44

Paços de Ferreira 60,95 Crato 56,08 Ribeira Brava 50,71 Vouzela 45,38

Coruche 60,74 Arganil 56,00 Torre de Moncorvo 50,57 Paredes de Coura 45,38

Viana do Alentejo 60,61 Penafiel 55,83 Arouca 50,25 Sabrosa 45,34

Fronteira 60,45 Serpa 55,75 Gavião 50,18 Montalegre 45,33

Moura 60,41 Manteigas 55,67 Vila Velha de Rodão 50,17 Povoação 45,15

Fafe 60,33 Mortágua 55,41 Figueiró dos Vinhos 50,15 Valpaços 45,06

Velas 60,31 Póvoa de Lanhoso 54,97 Amares 50,03 Cabeceiras de Basto 44,89

Avis 60,24 Castanheira de Pêra 54,86 Fornos de Algodres 49,96 Mondim de Basto 44,83

Serra da Estrela 60,17 Arronches 54,57 Figueira de Castelo Rodrigo 49,89 Terras de Bouro 44,72

São Roque do Pico 60,13 Cuba 54,42 Idanha-a-Nova 49,85 Penamacor 44,69

Vila Nova de Cerveira 60,04 Montemor-o-Velho 54,24 Sátão 49,53 Vila Nova de Paiva 44,14

Felgueiras 60,02 Melgaço 54,05 Lousada 49,52 São João da Pesqueira 43,95

Sardoal 59,79 Monção 54,02 Lajes do Pico 49,38 Aguiar da Beira 43,85

Nisa 59,57 Vila Nova de Foz Côa 53,81 Pinhal Interior Sul 49,16 Penedono 43,81

Almeida 59,35 Marvão 53,56 Penela 48,81 Tabuaço 43,52

Cadaval 59,34 Tâmega 53,55 Alfândega da Fé 48,70 Carrazeda de Ansiães 43,51

Vila da Praia da Vitória 59,30 Vidigueira 53,38 Murça 48,40 Meda 43,48

Miranda do Corvo 59,10 Ourique 53,26 Vimioso 48,39 Ponta do Sol 43,42

Alcácer do Sal 58,78 Chamusca 53,07 Proença-a-Nova 48,38 Baião 43,35

Barcelos 58,75 Lajes das Flores 52,94 Alandroal 48,37 Calheta (R.A.M.) 43,34

Soure 58,69 Castelo de Paiva 52,89 Vila Verde 48,14 Oleiros 43,10

Pinhal Interior Norte 58,44 Mourão 52,79 Mação 48,06 Porto Moniz 42,95

Belmonte 58,41 Monchique 52,68 São Vicente 47,81 Resende 41,84

Oliveira do Hospital 58,35 Oliveira de Frades 52,65 Pampilhosa da Serra 47,80 Vinhais 41,78

Odemira 58,26 Ferreira do Zêzere 52,61 Barrancos 47,75 Nordeste 41,10

Mora 58,24 Almodôvar 52,52 Penacova 47,74 Alcoutim 40,13

Ansião 58,19 Pinhel 52,41 Vieira do Minho 47,64 Sernancelhe 40,01

Gouveia 58,14 Pedrógão Grande 52,38 Freixo de Espada à Cinta 47,43 Santana 39,83

Amarante 57,99 Alvito 52,24 Vila Pouca de Aguiar 47,38 Armamar 39,71

Sousel 57,72 São Pedro do Sul 52,23 Mogadouro 47,31 Câmara de Lobos 39,50

Santa Comba Dão 57,65 Santa Cruz da Graciosa 52,19 Tarouca 47,31 Ribeira de Pena 39,27

Miranda do Douro 57,64 Vila de Rei 52,15 Mesão Frio 46,40 Boticas 39,22

Sever do Vouga 57,64 Sertã 51,99 Arcos de Valdevez 46,35 Penalva do Castelo 39,11

Corvo 57,41 Monforte 51,69 Alijó 46,29 Cinfães 38,42

Ferreira do Alentejo 57,41 Ponte da Barca 51,67 Ponte de Lima 46,23 Vila Franca do Campo 37,24

Marco de Canavezes 56,71 Tábua 51,63 Sabugal 46,22 Celorico de Basto 36,18

Fonte: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, Número - V, 2002, p. 21-22.

Page 34: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

34

Page 35: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

35

ANEXO II

POPULAÇÃO RESIDENTE EM 1991 E 2001

Grupos etários e variação 1991/2001

Cont.População Residente

Variação entre 1991 e 2001 (%)

Grupos EtáriosZona Geográfica

Variação

Total0-14 15-24 25-64

65 ou

mais

1 14 15 16 17 18

Portugal 5,0 -16,0 -8,1 11,8 26,1

Continente 5,3 -15,7 -8,2 11,9 26,9

Norte 6,2 -16,0 -10,9 17,1 29,7

Centro 4,0 -17,7 -6,4 9,2 22,7

Lisboa 5,6 -12,8 -7,8 9,6 32,4

Alentejo -0,7 -22,0 -6,4 0,8 19,1

Algarve 15,8 -5,3 7,3 22,5 24,6

R. Autónoma dos Açores 1,7 -17,6 2,9 11,6 5,5

R. Autónoma da Madeira -3,3 -24,4 -17,0 9,1 14,1

Fonte: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - Censos 2001.

Resultados Definitivos, 1º vol.: Portugal, Lisboa, p. 2.

População Residente

Em 1991 Em 2001Zona Geográfica

Total Grupos Etários Total Grupos Etários

HM H 0 - 14 15 - 24 25 - 64 65 ou mais HM H 0 - 14 15 - 24 25 - 64 65 ou mais

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13

Portugal 9 867 147 4 756 775 1 972 403 1 610 836 4 941 164 1 342 744 10 356 117 5 000 141 1 656 602 1 479 587 5 526 435 1 693 493

Continente 9 375 926 4 521 845 1 847 544 1 524 112 4 720 620 1 283 650 9 869 343 4 765 444 1 557 934 1 399 635 5 283 178 1 628 596

Norte 3 472 715 1 677 310 767 417 626 413 1 681 865 397 020 3 687 293 1 782 931 644 948 558 278 1 696 309 514 758

Centro 2 258 768 1 088 767 427 970 344 141 1 114 496 372 161 2 348 397 1 131 819 352 388 322 118 1 217 213 456 678

Lisboa 2 520 708 1 206 184 454 524 397 834 1 358 690 309 660 2 661 850 1 275 659 396 221 366 806 1 488 777 410 046

Alentejo 782 331 381 711 136 670 107 344 392 603 145 714 776 585 379 310 106 645 100 507 395 932 173 501

Algarve 341 404 167 873 60 963 48 380 172 966 59 095 395 218 195 725 57 732 51 926 211 947 73 613

R. Autónoma dos Açores 237 795 117 385 62 857 39 924 105 339 29 675 241 763 119 486 51 767 41 092 117 585 31 319

R. Autónoma da Madeira 253 426 117 545 62 002 46 800 115 205 29 419 245 011 115 211 46 901 38 860 125 672 33 578

Page 36: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

36

Page 37: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

37

ANEXO III

POPULAÇÃO RESIDENTE EM 2001

Por regiões e concelhos

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual em 2001/03/12

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual 2001/03/12

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual em 2001/03/12HM H HM H HM H

1 2 3 1 2 3 1 2 3

Portugal 10 356 117 5 000 141 Entre Douro e Vouga 276 812 135 375 Condeixa-a-Nova 15 340 7 222Continente 9 869 343 4 765 444 Arouca 24 227 11 876 Figueira da Foz 62 601 29 873Norte 3 687 293 1 782 931 Santa Maria da Feira 135 964 66 518 Mira 12 872 6 097Minho-Lima 250 275 116 808 Oliveira de Azeméis 70 721 34 683 Montemor-o-Velho 25 478 12 329Arcos de Valdevez 24 761 11 299 São João da Madeira 21 102 10 072 Penacova 16 725 7 994Caminha 17 069 7 798 Vale de Cambra 24 798 12 226 Soure 20 940 10 103Melgaço 9 996 4 448 Douro 221 853 107 178 Pinhal Litoral 250 990 122 395Monção 19 956 9 076 Carrazeda de Ansiães 7 642 3 693 Batalha 15 002 7 337Paredes de Coura 9 571 4 522 Freixo de Espada à Cinta 4 184 2 016 Leiria 119 847 58 507Ponte da Barca 12 909 6 058 Torre de Moncorvo 9 919 4 775 Marinha Grande 35 571 17 350Ponte de Lima 44 343 20 990 Vila Flor 7 913 3 844 Pombal 56 299 27 334Valença 14 187 6 567 Vila Nova de Foz Côa 8 494 4 055 Porto de Mós 24 271 11 867Viana do Castelo 88 631 41 784 Alijó 14 320 7 045 Pinhal Interior Norte 138 535 66 447Vila Nova de Cerveira 8 852 4 188 Mesão Frio 4 926 2 366 Arganil 13 623 6 521Cávado 393 063 189 883 Peso da Régua 18 832 9 053 Góis 4 861 2 289Amares 18 521 9 012 Sabrosa 7 032 3 443 Lousã 15 753 7 609Barcelos 122 096 59 340 Santa Marta de Penaguião 8 569 4 131 Miranda do Corvo 13 069 6 379Braga 164 192 78 954 Vila Real 49 957 24 028 Oliveira do Hospital 22 112 10 652Esposende 33 325 16 020 Armamar 7 492 3 637 Pampilhosa da Serra 5 220 2 428Terras de Bouro 8 350 4 038 Lamego 28 081 13 500 Penela 6 594 3 197Vila Verde 46 579 22 519 Moimenta da Beira 11 074 5 289 Tábua 12 602 6 061Ave 509 968 249 496 Penedono 3 445 1 642 Vila Nova de Poiares 7 061 3 402Fafe 52 757 25 322 São João da Pesqueira 8 653 4 291 Alvaiázere 8 438 3 979Guimarães 159 576 78 436 Srrnancelhe 6 227 3 040 Ansião 13 719 6 587Póvoa do Lanhoso 22 772 11 054 Tabuaço 6 785 3 256 Castanheira de Pêra 3 733 1 757Vieira do Minho 14 724 7 285 Tarouca 8 308 4 074 Figueiró dos Vinhos 7 352 3 489Vila Nova de Famalicão 127 567 62 511 Alto Trás-os-Montes 223 333 108 838 Pedrógão Grande 4 398 2 097Vizela 22 595 11 197 Alfândega da Fé 5 963 2 908 Dão-Lafões 286 313 137 661Santo Tirso 72 396 35 216 Bragança 34 750 16 768 Aguiar da Beira 6 247 2 976Trofa 37 581 18 475 Macedo de Cavaleiros 17 449 8 431 Carregal do Sal 10 411 5 000Grande Porto 1 260 680 603 985 Miranda do Douro 8 048 3 957 Castro Daire 16 990 8 309Espinho 33 701 16 218 Mirandela 25 819 12 537 Mangualde 20 990 10 099Gondomar 164 096 80 103 Mogadouro 11 235 5 573 Mortágua 10 379 5 073Maia 120 111 58 387 Vimioso 5 315 2 606 Nelas 14 283 6 930Matosinhos 167 026 80 959 Vinhais 10 646 5 245 Oliveira de Frades 10 584 5 086Porto 263 131 119 715 Boticas 6 417 3 170 Penalva do Castelo 9 019 4 351Póvoa de Varzim 63 470 30 542 Chaves 43 667 21 181 Santa Comba Dão 12 473 5 926Valongo 86 005 41 915 Montalegre 12 762 6 275 São Pedro do Sul 19 083 9 154Vila do Conde 74 391 36 338 Murça 6 752 3 333 Sátão 13 144 6 281Vila Nova de Gaia 288 749 139 808 Valpaços 19 512 9 499 Tondela 31 152 14 963Tâmega 551 309 271 368 Vila Pouca de Aguiar 14 998 7 355 Vila Nova de Paiva 6 141 2 969Castelo de Paiva 17 338 8 534 Centro 2 348 397 1 131 819 Viseu 93 501 44 750Cabeceiras de Basto 17 846 8 778 Baixo Vouga 385 724 186 574 Vouzela 11 916 5 794Celorico de Basto 20 466 9 914 Águeda 49 041 23 764 Pinhal Interior Sul 44 803 21 592Amarante 59 638 29 035 Albergaria-a-Velha 24 638 12 057 Oleiros 6 677 3 218Baião 22 355 10 777 Anadia 31 545 15 215 Proença-a-Nova 9 610 4 733Felgueiras 57 595 28 099 Aveiro 73 335 35 219 Sertã 16 720 8 003Lousada 44 712 22 088 Estarreja 28 182 13 639 Vila de Rei 3 354 1 591Marco de Canaveses 52 419 25 791 Ílhavo 37 209 18 036 Mação 8 442 4 047Paços de Ferreira 52 985 26 656 Mealhada 20 751 10 088 Serra da Estrela 49 895 23 771Paredes 83 376 41 310 Murtosa 9 458 4 518 Fornos de Algodres 5 629 2 704Penafiel 71 800 35 471 Oliveira do Bairro 21 164 10 121 Gouveia 16 122 7 567Mondim de Basto 8 573 4 220 Ovar 55 198 26 871 Seia 28 144 13 500Ribeira de Pena 7 412 3 687 Sever do Vouga 13 186 6 350 Beira Interior Norte 115 325 55 053Cinfães 22 424 10 954 Vagos 22 017 10 696 Almeida 8 423 4 048Resende 12 370 6 054 Baixo Mondego 340 309 161 437 Celorico da Beira 8 875 4 284

Cantanhede 37 910 18 230 Figueira de Castelo Rodrigo 7 158 3 431Coimbra 148 443 69 589 Guarda 43 822 20 892

Page 38: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

38

Page 39: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

39

ANEXO III (Cont.)

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual em 2001/03/12

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual 2001/03/12

População residente em

2001

ZONA GEOGRÁFICA

Concelhos de residência

habitual em 2001/03/12HM H HM H HM H

1 2 3 1 2 3 1 2 3

Manteigas 4 094 1 959 Alentejo 776 585 379 310 Chamusca 11 492 5 558Meda 6 239 2 961 Alentejo Litoral 99 976 50 037 Coruche 21 332 10 329Pinhel 10 954 5 269 Odemira 26 106 13 299 Golegã 5 710 2 694Sabugal 14 871 7 026 Alcácer do Sal 14 287 7 013 Rio Maior 21 110 10 364Trancoso 10 889 5 183 Grândola 14 901 7 502 Salvaterra de Magos 20 161 9 761Beira Interior Sul 78 123 37 355 Santiago de Cacém 31 105 15 389 Santarém 63 563 30 399Castelo Branco 55 708 26 602 Sines 13 577 6 834 Algarve 395 218 195 725Idanha-a-Nova 11 659 5 573 Alto Alentejo 127 026 61 462 Albufeira 31 543 15 782Penamacor 6 658 3 215 Mora 5 788 2 807 Alcoutim 3 770 1 903Vila Velha de Ródão 4 098 1 965 Alter do Chão 3 938 1 867 Aljezur 5 288 2 632Cova da Beira 93 579 45 077 Arronches 3 389 1 686 Castro Marim 6 593 3 338Belmonte 7 592 3 598 Avis 5 197 2 513 Faro 58 051 28 069Covilhã 54 505 26 231 Campo Maior 8 387 4 099 Lagoa 20 651 10 414Fundão 31 482 15 248 Castelo de Vide 3 872 1 876 Lagos 25 398 12 463Oeste 338 711 165 723 Crato 4 348 2 077 Loulé 59 160 29 335Alcobaça 55 376 27 160 Elvas 23 361 11 398 Monchique 6 974 3 577Bombarral 13 324 6 548 Fronteira 3 732 1 790 Olhão 40 808 20 138Caldas da Rainha 48 846 23 483 Gavião 4 887 2 339 Portimão 44 818 21 898Nazaré 15 060 7 319 Marvão 4 029 1 954 São Brás de Alportel 10 032 5 009Óbidos 10 875 5 398 Monforte 3 393 1 559 Silves 33 830 17 198Peniche 27 315 13 377 Nisa 8 585 4 104 Tavira 24 997 12 480Alenquer 39 180 19 285 Ponte de Sor 18 140 8 789 Vila do Bispo 5 349 2 732Arruda dos Vinhos 10 350 5 106 Portalegre 25 980 12 604 Vila Real de Santo António 17 956 8 757Cadaval 13 943 6 821 Alentejo Central 173 646 84 246 R. Autónoma dos Açores 241 763 119 486Lourinhã 23 265 11 477 Alandroal 6 585 3 207 Vila do Porto 5 578 2 759Sobral de Monte Agraço 8 927 4370 Arraiolos 7 616 3 679 Lagoa 14 126 7 116Torres Vedras 72 250 35 379 Borba 7 782 3 869 Nordeste 5 291 2 628Médio Tejo 226 090 108 734 Estremoz 15 672 7 535 Ponta Delgada 65 854 32 106Abrantes 42 235 20 486 Évora 56 519 27 012 Povoação 6 726 3 308Alcanena 14 600 7 125 Montemor-o-Novo 18 578 9 115 Ribeira Grande 28 462 14 332Constância 3 815 1 846 Mourão 3 230 1 724 Vila Franca de Campo 11 150 5 618Entroncamento 18 174 8 825 Portel 7 109 3 475 Angra do heroísmo 35 581 17 338Ferreira do Zêzere 9 422 4 504 Redondo 7 288 3 581 Vila da Praia da Vitória 20 252 10 073Sardoal 4 104 1 999 Reguengos de Monsaraz 11 382 5 537 Santa Cruz da Graciosa 4 780 2 348Tomar 43 006 20 499 Vendas Novas 11 619 5 712 Calheta 4 069 2 004Torres Novas 36 908 17 703 Viana do Alentejo 5 615 2 727 Velas 5 605 2 774Vila Nova da Barquinha 7 610 3 705 Vila Viçosa 8 871 4 359 Lages do Pico 5 041 2 521Ourém 46 216 22 042 Sousel 5 780 2 714 Madalena 6 136 3 078Lisboa 2 661 850 1 275 659 Baixo Alentejo 135 105 66 651 São Roque do Pico 3 629 1 833Grande Lisboa 1 947 261 927 401 Aljustrel 10 567 5 277 Horta 15 063 7 429Cascais 170 683 81 173 Almodôvar 8 145 4 160 Lajes das Flores 1 502 749Lisboa 564 657 257 987 Alvito 2 688 1 331 Santa Cruz das Flores 2 493 1 248Loures 199 059 97 285 Barrancos 1 924 942 Corvo 425 224Mafra 54 358 26 994 Beja 35 762 17 194 R. Autónoma da Madeira 245 011 115 211Oeiras 162 128 76 862 Castro Verde 7 603 3 813 Calheta 11 946 5 410Sintra 363 749 177 337 Cuba 4 994 2 425 Câmara de Lobos 34 614 16 682Vila Franca de Xira 122 908 60 172 Ferreira do Alentejo 9 010 4 403 Funchal 103 961 48 497Amadora 175 872 84 394 Mértola 8 712 4 334 Machico 21 747 10 609Odivelas 133 847 65 197 Moura 16 590 8 345 Ponta do Sol 8 125 3 635Península de Setúbal 714 589 348 258 Ourique 6 199 3 133 Porto Moniz 2 927 1 275Alcochete 13 010 6 376 Serpa 16 723 8 272 Ribeira Brava 12 494 5 567Almada 160 825 77 815 Vidigueira 6 188 3 032 Santa Cruz 29 721 14 384Barreiro 79 012 38 283 Leziria do Tejo 240 832 116 914 Santana 8 804 4 075Moita 67 449 32 885 Azambuja 20 837 10 535 São Vicente 6 198 2 836Montijo 39 168 18 850 Almeirim 21 957 10 490 Porto Santo 4 474 2 241Palmela 53 353 26 173 Alpiarça 8 024 3 973Seixal 150 271 73 718 Benavente 23 257 11 497Sesimbra 37 567 18 719 Cartaxo 23 389 11 414Setúbal 113 934 55 439

Fonte: INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA - Censos 2001. Resultados Definitivos, 1º vol.: Portugal, Lisboa, pp. 332-337.

Page 40: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

40

Page 41: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

41

8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANTUNES, Ângelo ˙ "Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Zona do Pinhal", Espaço Rural,

CONFAGRI, Lisboa, Nº 27, Mar./Abr. 2002, pp. 17-21.

BAILLY, Antoine S. ˙ "Le développement local: un choix de société", Desenvolvimento Rural

˙̇̇̇ Desafio e Utopia, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de

Lisboa, 1999, pp. 29-31.

CARVALHO, Agostinho de (Coord.) ˙ Potencialidades de Criação de Emprego no Âmbito

da Agricultura Biológica, Lisboa, Instituto do Emprego e Formação Profissional,

2000, 195 p.

CAVACO, Carminda ˙ "O comércio e os serviços rurais: travões do despovoamento",

Desenvolvimento Rural ˙̇̇̇ Desafio e Utopia, Lisboa, Centro de Estudos

Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999, pp. 163-170.

CIRIEC (International Center of Research and Information on the Public and Cooperative

Economy) ˙ As Empresas e Organizações do Terceiro Sistema. Um Desafio

Estratégico para o Emprego, Lisboa, INSCOOP, 2000, 253 p.

DAVID, Teresa Soares (et alii) ˙ "Disponibilidades hídricas e sobrevivência dos montados",

Investigação Agrária, Instituto Nacional de Investigação Agrária, Lisboa, Ano 4,

Nº 6, Jun. 2002, pp. 64-65.

DESMARAIS, Annette-Aurélie ˙ "The Vía Campesina: Consolidating an International Peasant

and Farm Movement", The Journal of Peasant Studies, London,

Vol. 29, No. 2, January 2002, pp. 91-124.

FERREIRA, Carlos ˙ "Reencontros com o mundo rural: dos lazeres turísticos à fixação de

"novos e velhos" residentes", Desenvolvimento Rural - Desafio e Utopia, Lisboa,

Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999, pp. 313-318.

FIGUEIREDO, António Manuel (et alii) ˙ Avaliação do Impacto da Estratégia Europeia

para o Emprego em Portugal - Criação de Emprego e Reconversão do Tecido

Empresarial, Lisboa, Ministério da Segurança Social e do Trabalho, 2003, 248 p.

FLORESTIS ˙ "Associativismo e Cooperativismo Florestal", Seminário realizado em Viseu (Maio

de 2002), Espaço Rural, CONFAGRI, Lisboa, nº 29, Jul./Ago. 2002, pp. 42-44.

Page 42: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

42

GABINETE DE PLANEAMENTO E POLÍTICA AGRO-ALIMENTAR ˙ Panorama Agricultura

2000, Lisboa, Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas,

Edição 2001, 201 p. e Anexo Estatístico.

GASPAR, Jorge ˙ "Tendências de Ocupação do Território", Repensar Portugal na Europa -

Perspectivas de um País Periférico, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos -

Universidade de Lisboa, 2002, pp. 63-77.

GRAÇA, Pedro ˙ "Dieta Mediterrânica e Segurança Alimentar", Os Produtos Agrícolas

Mediterrânicos na Dieta e Segurança Alimentar (Seminário Internacional),

Lisboa, Observatório dos Mercados Agrícolas e das Importações Agro-Alimentares,

Edição 2002, pp. 27-33.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA ˙ Censos 2001 (XIV Recenseamento Geral da

População e IV Recenseamento Geral da Habitação) - Resultados

Definitivos; 1º vol., Portugal; 2º vol., Norte; 3º vol., Centro; 4º vol., Lisboa;

5º vol., Alentejo; 6º vol.,Algarve; 7º vol., Madeira; 8º vol., Açores; Lisboa, Out. 2002.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA ˙ Contas Económicas da Agricultura - 2001,

Lisboa, INE, 2002, 79 p.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA ˙ Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio,

Coimbra, Número-I (1993), 49 p.; Número-II (1995), 62 p.; Número-III (1997),

47 p.; Número-IV (2000), 49 p.; Número-V (2002), 51 p.

JORGE, Raul (Coordenador) ˙ Açores - Enquadramento Regional do Programa LEADER

+, Lisboa, Instituto Superior de Agronomia (Departamento de Economia Agrária e

Sociologia Rural, Doc. de Trabalho Nº 22) - Universidade Técnica de Lisboa, 2002,

102 p.

LOURENÇO, Joaquim ˙ "Zonas rurais interiores portuguesas. Necessidade de medidas de

política", Anais do Instituto Superior de Agronomia, Universidade Técnica de

Lisboa, vol. XLVII, 1998-1999, pp. 209-224.

LYNCH, Lori; MUSSER, Wesley N. ˙ "A Relative Efficiency Analysis of Farmland Preservation

Programs", Land Economics, University of Wisconsin Press, Madison, Vol. 77,

Nº 4, Nov. 2001, pp. 577-594.

MADEIRA, Emília ˙ "Impacte de Medidas de Política no Concelho de Loulé", Valorização do

Pomar Tradicional de Sequeiro Algarvio, Faro, Universidade do Algarve, 2000,

pp. 63-85.

Page 43: ÍNDICE - Instituto Superior de Agronomia · Em 2001 a densidade populacional atingiu em Portugal mais de 110 habitantes por km 2, tendo a população crescido 5% face a 1991, detendo

Poder de Compra Concelhio 2002: Recuperação da Ruralidade Interior Portuguesa_______________________________________________________________________________________________________

43

MORENO, Luís ˙ "Desenvolvimento local em áreas rurais: processo e expressão em Portugal

Continental", Repensar Portugal na Europa - Perspectivas de um País

Periférico, Lisboa, Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa, 2002,

pp. 103-137.

NOVAIS, Ana Maria (et alii) ˙ Portugal (Continente) ˙̇̇̇ Uma Leitura do Rural, Lisboa,

Instituto Superior de Agronomia (Departamento de Economia Agrária e Sociologia

Rural, Doc. de Trabalho Nº 18) - Universidade Técnica de Lisboa, 2000, 49 p.

NUNES, Francisco (et alii) ˙ O Terceiro Sector em Portugal: Delimitação, Caracterização

e Potencialidades, Lisboa, INSCOOP, 2001, 260 p.

ONOFRE, Nuno; FERNANDES, Elsa ˙ "Modelação de parâmetros indicadores de biodiversidade

em áreas de pinhal bravo do Centro e Norte de Portugal", Investigação Agrária,

Instituto Nacional de Investigação Agrária, Lisboa, Ano 4, Nº 6, Jun. 2002, p. 38.

PIRES, Carlos Borges; CARVALHO, Agostinho de ˙ Desenvolvimento Agrícola Sustentável

do Concelho de Vila Pouca de Aguiar, Lisboa, Instituto Nacional de Investigação

Agrária, 1999, 96 p.

POETA, Alexandre Dinis (et alii) ˙ "Estrangulamentos, potencialidades e iniciativas para o

desenvolvimento do Interior Norte: a perspectiva das instituições locais e regionais",

Desenvolvimento Rural - Desafio e Utopia, Lisboa, Centro de Estudos

Geográficos - Universidade de Lisboa, 1999, pp. 415-422.

SERRÃO, Amílcar ˙ "Assessment of CAP reforms on the Alentejo economy of Portugal", New

Medit, Bari, Vol. I, N. 2/2002, pp. 15-19.

VILLASANTE, Tomás R. ˙ "Cuatro redes para hacer transformaciones sustentables", Política y

Sociedad, Universidad Complutense, Madrid, Mayo-Agosto 1999, pp. 37-54.