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abcdefghijklmnopqrstuvwxyyz Distribuição Gratuita PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 87 - Janeiro/2009 O Óbolo da Viúva Retribuir o Mal com o Bem Natal com Chico Xavier - 2008 Destaques: Auxílio Mútuo A Vingança Suicídio Terceira e última parte Terceira e última parte Léon Denis

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Page 1: Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança" - … · 2017-06-28 · poucas obras, quantas nós já lemos? Se fossem 10%, que não é nada, seriam mais de 40 livros. Seráquejálemosmaisde40livros,entreKardeceChico?Equenãoénadadiantedetudooque

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Distribuição Gratuita

PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 10 - nº 87 - Janeiro/2009

O Óbolo da ViúvaRetribuir o Mal com o BemNatal com Chico Xavier - 2008

Destaques:Auxílio Mútuo

A VingançaSuicídio

Terceira e última parteTerceira e última parte

Léon Denis

Page 2: Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança" - … · 2017-06-28 · poucas obras, quantas nós já lemos? Se fossem 10%, que não é nada, seriam mais de 40 livros. Seráquejálemosmaisde40livros,entreKardeceChico?Equenãoénadadiantedetudooque

EditorialSeareiroeditorial

Fidelidade doutrinária: o que vem a ser isso?O tema é deveras riquíssimo, quando buscamos entender o real sentido desse termo.Temos visto no meio espírita tantas novidades que, com certeza, não foram extraídas de obras

kardequianas e nem de obras sérias, espíritas, doutrinárias.De onde vêm tais ?Concluímos que vêm de companheiros de ideal que, por não estudarem com afinco as obras

básicas (Kardec) e as que as complementam, tais como as psicografadas pelo nosso ChicoXavier, se apegam a teorias esdrúxulas, criadas por encarnados e não transmitidas pelosEspíritos Superiores.

Vemos muitas instituições espíritas que criam seus dogmas e rituais nas suas atividades, sejano trabalho de passes, nos estudos, em sessões de desobsessão, que não seguem a orientaçãoda Espiritualidade Maior, informada através das obras de André Luiz, além dos “donos” decentros espíritas que mandam e desmandam, sem qualquer parâmetro doutrinário, apenassatisfazendo a sua vaidade de dirigente-dono.

Falando em dirigentes de grupos espíritas, quanto estudo está faltando a muitos que sãoresponsáveis pela fidelidade ao Cristo, quando deveriam estar incentivando e orientando osparticipantes a estudarem obras sérias (Kardec, Chico Xavier, Bezerra de Menezes, Léon Denis,Camille Flammarion, Cairbar Schutel, Eurípedes Barsanulfo e outros grandes pioneiros doEspiritismo), antes de se aventurarem com leituras e estudos equivocados, sem antes seembasarem em obras de origem incontestável! Com isso, cada um poderá separar o joio do trigo,desde que primeiro estude a base do Espiritismo para que a falta desta não faça com que acriatura acredite em obras e teorias que não fazem parte da Doutrina Espírita.

Este papel do dirigente é fundamental e de suma responsabilidade, ou seja, estudar muito abase e implantar esses estudos sérios na instituição que dirige.

Mas, infelizmente, o que temos visto: uma despreocupação de muitos dirigentes nas obrasque são estudadas no grupo, e isto quando estudam, já que muito pouco se tem estudado nosagrupamentos espíritas. Muitos também são complacentes com indisciplinas, principalmentevindas de pessoas mais chegadas ou até mesmo de familiares, que fazem o que querem, emdetrimento de uma disciplina que deveria já partir do próprio dirigente, atendendo à orientação daEspiritualidade.

Quantas instituições vêm deixando de estudar as obras de Kardec e as psicografadas pelonosso Chico Xavier, alegando que as escolhidas são estudos de outras! Mas vamos estudar acópia mal feita, quando temos o original em nossas mãos?

Não que seja proibido ler outras obras, mas o dirigente deve indicar o que é sério, porém,antes mesmo, ele precisa saber quais são.

O Cristo nos envia Kardec e depois Chico Xavier; ambos nos trazem do Plano Superior maisde 400 obras. Para quem lê-las? É claro que para nós, espíritas, mas, destas quatrocentas epoucas obras, quantas nós já lemos? Se fossem 10%, que não é nada, seriam mais de 40 livros.Será que já lemos mais de 40 livros, entre Kardec e Chico? E que não é nada diante de tudo o quetemos para estudar dessas obras!

Vemos também grupos espíritas que selecionam capítulos de obras de Kardec para estudar,nunca estudando todos os capítulos existentes. Sabem qual o motivo que alegam? De acordocom estes grupos, alguns capítulos do Evangelho, por exemplo, são polêmicos!

Evangelho polêmico?Isto é alegação de quem não estuda e não sabe nada sobre Espiritismo, senão não falaria uma

bobagem desta!Vemos também que muitos grupos não estudam em conjunto, e os frequentadores são

obrigados a ouvir um monólogo interminável de um companheiro de ideal, onde não se podeperguntar nada, e depois têm de ir embora cheios de dúvidas ou, até mesmo, deixando de podercorrigir o tal palestrante que errou em sua exposição. Ou estes são infalíveis e já são espíritossuperiores que não erram? Como não o são, devem estudar junto com os que lá comparecem, enão se fazerem passar por mestres, já que o mestre é um só: Jesus Cristo.

E há ainda os grupos espíritas que têm um centro dentro do outro, ou seja: por ter divisõesinternas entre os participantes e nas tarefas da instituição, principalmente por falta de estudo,fazem tarefas de um jeito num dia, e outros fazem outras tarefas em outro momento, sem queestejam de acordo uns com os outros. Isto é o correto, ante o que temos aprendido com Kardec?

Por isso, amigos, estudo sério para que não atendamos a outro senhor, senão ao nossoMestre Jesus.

Equipe Seareiro

novidadeirismos

SeareiroSeareiro2

ÍND

ICE

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Direção e Redação

Endereço para correspondência

Conselho Editorial

Revisão

Jornalista Responsável

Diagramação e Arte

Imagem da Capa

Impressão

Tiragem

Ano 10 - nº 87 - Janeiro/2009Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737

Seareiro é uma publicação mensal,destinada a expandir a divulgação daDoutrina Espírita e manter o intercâmbioentre os interessados em âmbitomundial. Ninguém está autorizado aarrecadar materiais em nosso nome, aqualquer título. Conceitos emitidos nosartigos assinados refletem a opinião deseu respectivo autor. Todas as matériaspodem ser reproduzidas, desde quecitada a fonte.

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Eduardo PereiraFátima Maria Gambaroni

Geni Maria da SilvaMarcelo Russo Loures

Reinaldo GimenezRoberto de Menezes PatrícioRosangela Neves de AraújoRuth Correia Souza Soares

Silvana S.F.X. GimenezVanda NovickasWilson Adolpho

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Eliana Baptista do NorteMtb 27.433

Reinaldo GimenezSilvana S.F.X. Gimenez

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São Paulo - SPCNPJ: 61.089.868/0001-02

Tel.: (11) 2764-5700

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Livro “Léon Denis e o Congresso EspíritaInternacional de Paris de 1925”

Editora Allan Kardec

Grandes Pioneiros:

Contos:Pegadas de Chico Xavier:

Kardec em Estudo:

Livro em Foco:Atualidade:

Tema Livre:

CanalAberto:Clube do Livro:

Família:Aconteceu:Cantinho do Verso e Prosa:

Léon Denis - Terceirae Última Parte - Pág. 3

AÁrvore Preciosa - Pág. 10Sofrê - Pág. 11;

Natal com Chico Xavier - 2008 - Pág. 11O Óbolo da Viúva -

Pág. 12Doutrina de Luz - Pág. 13

Vida Social - Pág. 13;Esmolas - Pág.14

A Vingança - Pág. 15;Retribuir o Mal com o Bem - Pág. 16

Suicídio - Pág. 16Até Sempre, Chico

Xavier - Pág. 17Auxílio Mútuo - Pág. 18

Festa de Natal - Pág. 18Dez

Tesouros - Pág.19

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Um assunto começou a abalar o meio Espírita por toda aregião da França. Era sobre o fenômeno de materialização.

O médium em evidência era um senhor chamado Miller.Era francês por nascimento, mas residia em São Francisco,na Califórnia. Comerciante de antiguidades, costumavavisitar Paris, para acrescer seus negócios comerciais einfiltrar-se nas conversações sobre materialização.

Os espíritas começaram a se interessar pelo assunto ecomo o senhor Miller era médium, mostrava-se apto pararealizar essas sessões e comentar o sucesso das reuniões,exibindo a todos a sua agenda repleta de compromissos,com sessões até pagas.

Ninguém duvidava de sua fama como médium. Tantoacendeu a vontade dos grupos espíritas na realizaçãodessas reuniões, que o deixaram à vontade. O senhor Millertinha todo o controle sobre as sessões. Os espíritas faziamuma fiscalização muito ingênua, porque acreditavampiamente no que viam nas reuniões. Osespíritas, como Léon Denis e outros famosos daépoca, aguardavam o convite para participaremdessas reuniões, o que aconteceu em brevetempo.

Léon estava curioso para saber o que afinalse passava com essas materializações, queestavam causando tantas controvérsias nosagrupamentos sérios.

Léon Denis assistiu a várias reuniões,acompanhado pe los es tud iosos emmaterialização, Gabriel Delanne, Chevreuil,William Crookes que, ainda jovem, viera com oespírito amadurecido por esses fenômenos,pois aprendera maravilhosas lições comCharles Richet e outros.

A princípio, Léon achou o acontecimentointeressante, como objeto de estudos. Escreveu váriasmatérias a respeito, porém comentando-o com muitocuidado para que a doutrina não fosse ridicularizada.

Tempos depois, essas reuniões começaram a dar umresultado escandaloso para o movimento espírita.

Os espíritas, preocupados, reuniram nomes consagrados,que passaram a exigir mais fiscalização nessesfenômenos. E nomes como: Gabriel Delanne,Papus, Cesar de Vesme, Camille Chaigneau,Leymarie e Léon, em estudando as aparições,embora o inegável dom mediúnico de Miller,chegaram à conclusão de que, em muitasaparições, havia o talento do médium empraticar o ilusionismo. E na busca da verdade,Gabriel Delanne anunciou aos espíritas quehavia muitas fraudes, em meio à poucasinceridade nos fenômenos apresentados porMiller.

Léon Denis prontificou-se em tomar a frentedo caso, publicando a descoberta. Foicensurado porque, nessa hora, poucos sãoaqueles que assumem o ato. Faltava coragem,

não queriam os espíritas que houvesse a divulgação do fato.Gabriel Delanne e William Crookes posicionaram-se, junto

a Léon, dizendo apresentarem provas de reuniões em queparticiparam para estudar e todos poderiam tirar suasconclusões. O que era inadmissível era ficarem calados e osespíritas de grupos sérios concordarem com essa omissão.

Léon, em suas matérias escritas para os periódicosespíritas, deixava claro que, “diante de longo tempodedicado ao esclarecimento da Doutrina pura, jamaisconcordaria em apoiar um homem astucioso, dissimulado,que zomba dos sentimentos humanos para obter recursosfáceis e dar vazão ao seu orgulho". E acrescentava:

— Há um grande perigo rondando a crença de todos nós.Sejamos cautelosos com os ensinamentos do Cristo: “Apalavra escândalo implica sempre ideia de um certo tumulto,onde muitos se contentam em evitar o escândalo, por ferirseu orgulho e venha a ser prejudicado seu conceito pessoal".

E Léon convidava o povo a ler “O Evangelho Segundo oEspiritismo”, obra deixada por Allan Kardec, no capítulo VIII,“Bem-Aventurados os puros de coração", no 12º item, parapoderem estar atentos aos acontecimentos espirituais.

Após as publicações de Léon, com outra matéria intitulada“Pró e Contra Miller", Gabriel Delanneconseguiu ajudá-lo, com provas de que Miller,em São Francisco, era conhecido como umespírito mistificador, dedicado à arte doilusionismo e sendo também apontado comoum hábil ventríloquo (aquele que fala sem abrira boca).

Os falatórios maldosos em torno das atitudesde Léon, deixavam-no aturdido. O próprio meioespírita que deveria defender a Doutrina das“aves de rapina”, o julgava inimigo. GabrielDelanne convoca uma reunião para tratar doassunto com todos os que se diziam idealistascristãos, onde ele tentaria demonstrar pordocumentações os fenômenos produzidos porEspíritos Superiores, através de médiunsresponsáveis.

Muitos dos espíritas convocados por Delanne para essareunião compareceram. Estavam curiosos pelasapresentações das provas documentadas que, segundoDelanne, foram real izadas por pesquisadores,minuciosamente atentos a todas as aparições.

Com a fundação da Sociedade de Pesquisas Psíquicasem 1882, na Inglaterra, esses fenômenospassaram a revelar fatos importantes. Delannequeria demonstrar aos mais incrédulos atransmissão de pensamentos à distância, adupla visão, as aparições de pessoas vivas oudesencarnadas.

Léon procurava ouvir atentamente anarrativa de Delanne a um acontecimentoocorrido em Cambridge. Espíritas convictossouberam que, nesse local, havia uma pessoamuito doente. Vivia sozinha e longe de seuspais.

A vizinha, muito chegada à enferma, passoua ajudá-la, dando-lhe alimento e medicaçõesprescritas pelo médico. Numa noite, a doenteparecia agonizar e a vizinha orava, pois não

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 3

Léon DenisLéon Denis

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Terceira e última parte

Gabriel Delanne

William Crookes

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Gustave Geley Oliver Lodge

Pierre-Gaëtan Leymarie

Charles Richet

sabia o que fazer. O médico estava parachegar e não foi surpresa quando ela ouviu aporta abrir-se. Porém, a visita esperada nãoera a do médico e sim a de uma senhora quetrazia uma vela acesa, colocada num castiçalde cor vermelha. Colocando o castiçal sobre otoucador, a senhora dirigiu-se até a cama e,aproximando-se, pegou a mão da doentetrazendo-a até seu coração. Depois seabaixou e beijou ternamente a testa daenferma. Após esse ato, a figura dessasenhora desapareceu, permanecendo ocastiçal com a vela acesa em cima do móvel.Tudo isso se passou diante dos olhos davizinha, que ficara estática. Após o sucedido,a doente saiu da agonia e, abrindo os olhos ereconhecendo a amiga vizinha, perguntou-lhe:

— Por que a vela acesa, no castiçal que pertence a minhamãe e não faz parte de meus objetos?

Muito assustada, a vizinha conta-lhe o que acontecera e,com a chegada do médico, o assunto foi repetido.

O médico aproximando-se da doente, examinando-a,constatou, surpreso, que ela havia se recuperado. Para ele, ofato precisava ser levado à Sociedade de PesquisasPsíquicas. Ficou comprovado que a mãe dadoente percebera, através do pensamentodesta, o seu estado físico. A mãe estava nosono noturno, portanto seu espíritodesdobrou-se e, para ter-se a certeza do fatoacontecido, levara o castiçal que a filha tãobem conhecia.

Ficaram comprovados os efeitos físicos:transporte de objeto, desdobramento deespírito com a pessoa encarnada e o fluidocomposto de amor, medicação que, porpermissão de Deus, salvou a enferma. Eainda o fenômeno da telepatia, quando a filha,através do pensamento, avisa a mãe de seugrave estado de saúde.

Esses e outros fatos foram narrados porDelanne, que continuou dando provas dos estudosavançados sobre esses fenômenos.

As investigações sobre os fenômenos feitos pelaSociedade de Pesquisas renderam dois importantesvolumes de estudos, editados pelos senhores Myers eGurney com o título: “Phantasms of the Living” (Fantasmasdos Vivos) que abalaram a França. O assunto fora tãoalardeado que o senhor Marillier, mestre de conferências naEscola de Altos Estudos, conseguiu traduzir essas obras,dando-lhes o título de “AsAluc inações Telepát icas” ,causando uma certa aversãoentre os estudiosos, que nãoacataram o título da tradução,porém o teor investigativo foi bemaceito pelos franceses.

Com o propósito de maisseriedade sobre as investigaçõesdesses fenômenos mediúnicos,foi fundado na França o InstitutoMetapsíquico Internacional, sob adireção do Dr. Geley. Juntaram-sea esse instituto o professorCharles Richet, Sir Oliver Lodge e

o jovem William Crookes.Léon Denis e outros espíritas que ouviram

toda a exposição de fatos comprovados pelaDou t r i na , a t ravés dos es tud iososresponsáveis pela verdadeira origem de tudoo que se processa no mundo físico, estavamsatisfeitos. Léon sentiu-se em paz, com ocaso Miller. Delanne havia colocado a ciênciaperante os desígnios de Deus e não dosimpulsos inferiores dos homens.

Diante da oportunidade oferecida pelosacontecimentos sobre os fenômenosmediúnicos, Léon voltou a levantar a ideia damissão que Joana D'Arc viera desempenharna Terra.

No começo do século XX, os falatóriossobre a verdade referente às lutas travadas

pela chamada "virgem de Lorena", repercutiram nos meiospolíticos e religiosos da França.

Os escritores Thalamas eAnatole France, através de seusensaios sobre a vida e os sofrimentos causados a Joana pelaincompreensão e intolerância do clero, só fizeram confundirmais essa dolorosa página da História, nos idos caminhospolíticos da França. Por esse motivo, Léon Denis fez vir alume uma edição que ele achava ter sido editada pelo seu

coração, por admirar profundamente acoragem reencarnatória dessa dedicadaoperária de Cristo.

Léon quis mostrar nessa época amediunidade, autêntica, que levou JoanaD´Arc a ouvir as vozes do mundo espiritual,que a orientavam a seguir em frente, nas lutaspara um fim nobre. O escritor, em sua defesaa Joana D´Arc, em suas palestras, esclareciaque, após o desencarne doloroso na fogueirainquisitorial, quiseram os ministros católicostornarem-na santa e a canonizaram e osmaterialistas e anticlericais, tendo por baseapenas a parte científica, a condenaram por“ser histérica”. E Léon afirmava, ainda mais,que Joana não admitia interferências nas

vozes que ouvia, pois sabia serem de Deus. Esse era omotivo pelo qual a jovem Joana se colocava acima de todasas autoridades que regem o mundo, pois dizia obedecerapenas ao Criador e isso desagradava profundamente oclero. Nessa mesma obra, "Joana D'Arc, Médium”, o escritorrelata o ato odioso do processo clerical, onde obrigaramJoana a abjurar de seus feitos, ante o terror de ser queimadaviva.

E após um instante de fraqueza, de imediato, ela tomacoragem e exclama, bem alto:

“A voz me disse que seria umatraição abjurar. A verdade foi queDeus me enviou e o que eu fiz está,portanto, bem feito.”

Esse trecho, continuava Léon,foi para o meu coração a mais beladescrição sobre o final físico deJoana D´Arc, a virgem nascida emDomrémy. E a imagem mais fielsobre a fisionomia e forma física deJoana D´Arc, para Léon, foi apintura do francês Joseph FélixBarrias e a escultura feita pelofrancês Antonin Mercier, nascido

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O Grande EnigmaEditora FEB

Joana D´Arc, MédiumEditora FEB

em Toulouse, que consta da capada obra de Léon Denis.

A projeção, como fiel defensor daDoutrina Espírita, continuava asalientar cada vez mais o nomedesse emérito escritor.

No Congresso de Bruxelas, Léonfoi convidado como delegado daFrança e do Brasil. Após assaudações feitas pelo presidentedeste evento, o Cavalheiro LeClément de Saint-Marc, quedestacou a influência do escritornos meios espíritas, Léon foichamado para fazer a conferênciaem que ressaltou e convidou osgrupos de estudos e aqueles quepesquisavam os feitos mediúnicos,para observarem rigorosamente osfenômenos de materialização, a fimde não levar a Doutrina ao ridículo,pelas fraudes cometidas porespíritas irresponsáveis.

Os espíritas e apreciadores doescritor Denis sabiam de suaa v e r s ã o a p o l ê m i c a s ,principalmente quando ele percebiao tom irônico dos polemistas. Porém, certa feita, o Jornal LaTribune, que era dirigido pela SociedadeFrancesa de Estudos dos FenômenosPsíquicos, através do senhor Chartier, quisdesviar os estudos e críticas feitas por Léonsobre as manifestações mediúnicas quedesvirtuavam o assunto para fins políticos,como sugestões ou orientações espirituais dasquais os políticos poderiam fazer uso paradefender seus interesses eleitoreiros. LéonDenis foi convidado a responder a essa matériaque estava dividindo as opiniões. Léon, comosempre, fora defensor ferrenho da Doutrina eagiu rapidamente com a resposta:

Denis, fechou-se por longo tempopara não dar ouvidos aos falatóriosmaldosos sobre seu procedimento,criado pelos opositores (e, por quênão dizer?) de seus obsessores,encarnados.

Isso o deixava tr iste, masprocurava orar ao Senhor, buscandocoragem para continuar com as obrasesclarecedoras e divulgadoras doEspiritismo.

Certa tarde de inverno, sentindo osol esmaecido sobre o mar que semostrava tranquilo, Léon passeavacalmamente pela orla da Provence.Olhando a beleza da Natureza, elepensava em Deus. Súbito, parou e,numa atitude de louvor ao Pai, ouviuuma voz a lhe dizer:

— Escreva um livro onde vocêpossa resumir o que o Espíritoencarnado precisa saber para não sedesviar do caminho reencarnatório.Um livro que esclareça o motivo dossofrimentos, que é a recuperação deuma vida levada a sério, que as lutasnão são vãs. Essa obra deverá explicar

a condição do livre-arbítrio e a eterna justiça de Deus, seguidopelo Amor e Sua Misericórdia. Será uma obradedicada a Deus, ao Universo e à Sua lei.

E Léon publicava com todo o seu empenho olivro: “O Grande Enigma”. Título esse movido pelacerteza do autor de que todas as suas páginasforam enviadas pelo Alto, tanto a complexidadedo assunto em trazer a vida e a missão do séculoXX. E por que a missão do século XX? Porquecom a modernidade, os homens não queremmais acreditar em Deus, nem em Jesus. Oorgulho seria a principal tônica desseafastamento. O egoísmo se corporifica na formado “eu”, que deixa a humanidade enfraquecida nopoder da fé e poucos se lembram da eficácia daprece.

Ao contrário do que se possa pensar, “OGrande Enigma” foi publicado numa pequenabrochura de capa cor de rosa, com trintapáginas, de custo barato para que as pessoasde baixa renda pudessem obtê-lo. Issocontribuiu para que os críticos, que esperavamum belo livro de capa sugestiva, pudessem tecercomentários sobre o exterior da obra e não o seuimportante conteúdo, como a matériaapresentada pelo que assimse expressou:

“Nesse pequeno livro está a maior conclusãosobre a elevação da alma e seus propósitos. Aí,nesse fabuloso contexto, o mesmo Léon Denisexplica o destino humano e sua origem peranteDeus.”

Denis dava continuidade às suas viagens, suapresença sempre constante nos congressos,fazendo muito sucesso com suas exposiçõessobre a Doutrina. Após longo tempo dedicado àsconferências, ele conseguiu voltar ao seu ninho,em Tours. Mas novas decepções o esperavam.A

— Todos os espíritas sabem que não gostode polêmicas, mas a esse assunto, ondequerem usar a Doutrina e os médiunsdesavisados em se tornarem oráculos sobre apolítica e seus adversários, ou propensoscandidatos a serem seja lá o que for,responderei que nossos afazeres são muitos enão precisaremos dizer que esse assunto éprofundamente estéril e nos parece fugir aosobjetivos do Jornal La Tribune.

O Espiritismo, assim como os espíritassérios que escrevem no Jornal La Tribune,devem estar cientes de que a Doutrina não tempartido nenhum de ordem política. A políticaque porventura venha fazer parte de algumainstituição é de origem do homem e não deJesus.

Se alguma vez mencionei a questão social,foi apenas com a intenção religiosa, no meiocoletivo. Portanto, peço a todos que não nosforcem mais a escrever matérias sobreproblemas políticos. Damos por encerradoesse desagradável tema, para continuarmosusando nosso tempo com utilidade.

Journal des Débats

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 5

Fachada do prédio onde se localizava aresidencia de Léon Denis, em Tours.

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inveja disfarçada e rancores dosinvejosos se faziam presentes nosnoticiários espíritas e não espíritas.

Membros do Conselho deAdministração da SociedadeFrancesa de Es tudos dosFenômenos Psíquicos atacavamviolentamente as conferências queDenis fazia, ao chamar a atenção,com uma autoridade que não lhecabia, para as falsas revelaçõesque alguns médiuns transmitiam deE s p í r i t o s q u e , s e g u n d o oconferencista, comprometiam aDoutrina.

Ora, diziam os opositores, quemera Léon Denis, afinal? Não seriaele o inimigo da Doutrina, porachar-se tão sábio no assunto? E,dessa forma, foram muitas asinjúrias sofridas.

Com toda essa divergênciacriada ao seu redor, Denis resolveuescrever uma carta a seu grandeamigo, Gabriel Delanne. Nessamissiva, após desabafar seucoração, ele pediu ao amigo quere t i rasse seu nome, comoPresidente de Honra dessasociedade, pois esse título jamaislhe pertencera, muito menos diante dos falatórios agorainseridos à sua pessoa.

Pedindo ao amigo Delanne que não visse nessa suaatitude nenhuma ofensa: apenas sentia-se ocupar um lugarque outros estariam mais à vontade para ocupá-lo. Portanto,fosse encaminhada essa sua resolução ao Conselho deAdministração, sem mais delongas. Dizia, ainda, queDelanne não viesse a se afastar, com esse seu propósito, daprofunda amizade que os unia e, principalmente, da tarefaque juntos elaboravam em prol da Doutrina Espírita.

Delanne, ao receber a carta, de imediato respondeu-lhe:“Não haverá motivo algum que possa separar nossa

amizade e nosso interesse em estarmos sempre a defendera pureza doutrinária. Acho sua resolução condizente comseu caráter digno e não será por maldades e inveja quepensam em nos fazer calar. Continuaremos a luta, poissabemos que muito há ainda a enfrentar”.

Ambos continuaram a lutar, paralelamente, em defesa danobre expansão da Doutrina Espírita, sempre fiéis às baseskardequianas.

A grande preocupação de Léon era com a sua visão.

Embora tivesse se submetido auma cirurgia de catarata, o efeitofora quase nulo. Seu sofrimentoera maior, pois temia não podermais intensificar suas tarefas, porseus padecimentos com as doresfísicas acentuadas no aparelhorespiratório.

A senhora Forget cuidava deLéon há muito tempo e agora, coms u a v i u v e z , d e d i c a v a - s eexclusivamente a ele, dando todaassistência à limpeza da casa e àsmedicações prescritas pelomédico. Estava muito preocupadaporque Léon alimentava-se poucoe trabalhava demais. Porém àssuas observações quanto a isso,Léon respondia-lhe que estavabem e, se comesse demais, ocolesterol aumentava.

A v i ú v a F o r g e t n o t a v aclaramente a indisposição físicade seu amigo Léon. Ele já nãodava mais seus passeios, detodas as tardes, pelas ruasarborizadas do seu bairro.Encontrava-se com seu vizinho,também espírita, o senhorValentin Tournier, que era cego

mas não perdia as reuniões de estudos feitos por Léon, aquem admirava profundamente.

Esses passeios, ao entardecer, foram sagrados paraambos, que colocavam todos os assuntos referentes àDoutrina em dia. Agora, o mais habitual para a senhoraForget era ver Léon debruçado na janela de seuapartamento, na rue de L'Alma, que dava para a belapaisagem do jardim público de , onde ascrianças faziam seus alaridos, com brincadeiras e correriaspelos canteiros floridos. E, quando a senhora Forget oabordava “o por quê” de não mais percorrer as alamedascom seu amigo Valentin, Léon respondia:

— Cara amiga, que poderá acontecer a dois cegos,caminhando juntos? Tenho que acomodar-me com essepresente. Além de tudo, Valentin também já não pode maiscaminhar, está acamado, muito doente.

Pouco tempo depois, chegava a notícia do desencarne deValentin, deixando profunda tristeza no coração de Léon.

Com a mudança de temperatura e a fragilidade física,Léon adoece e, com a afetação pulmonar provocada porforte resfriado, aparece uma grave pneumonia. Após longo

período e cuidados médicos, seguidospela vigilância da viúva Forget, Léonconsegue se recompor. Volta afrequentar o grupo da rue du Rempart,mas por pouco tempo.

Com a queda dos frequentadores, apouca vontade de estudar e sem oincentivo de Léon, afastado pela doença,o grupo veio a fechar as portas. Mas asreuniões com as poucas pessoas queficaram, levadas por Léon, continuaramnuma sala da residência da senhoraForget, que, alegremente, concedeuesse espaço para que Léon tivesse um

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Uma das três portas que dão acesso à Touraineque é cercada por muros ladeados por fossos.

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local para repor suas energias e continuarrecebendo as orientações doAlto.

Em 1914, novamente boatos percorriamtodos os arredores europeus, na iminênciade nova guerra. E ela chegou, abalandonovamente o povo, trazendo muitas dores.Léon, não podendo partir para alistar-se,como o fizera quando jovem, resolveuretirar-se para Savoie, levando a senhoraForget, que também estava adoentada. Lá,souberam das batalhas e a retirada deCharleroi e a vitória do Marne.

Tempos passados e sentindo que operigo de bombas sobre Tours haviadesaparecido, Léon e a amiga Forgetretornam ao doce lar. Era uma época decontenção de gastos; por isso, Léonresolveu mudar-se para um lugar bom econfortável, no número 19 da place desArts, em Touraine.

Léon ocupava-se em escrever e descrever, em seusartigos, a morte de muitos jovens nessa guerra cruel.Quantas vidas ceifadas pelo egoísmo e fanatismo do altopoder fantasioso aos apegos materiais! E para Léon umapergunta tomava conta de seu cérebro: “Será que a Françaperderá para sempre a força maior dasobrevivência?”

E aí voltou a se ocupar de uma novaedição de sua obra “Joana D' Arc, médium”.Pelo Espírito de Jerônimo, Léon ficarasabendo dos apelos que a EspiritualidadeSuperior enviara a Joana D' Arc. Souberaque o Espírito da jovem guerreira estava àfrente das batalhas, a fim de novamenteenviar recursos para salvar a pátriainvadida. Ela consolava os combatentes,contava Jerônimo, e suavizava as doresdos familiares. Levantava o ânimo dossoldados, pelos eflúvios do Alto, parachegarem à vitória. Joana tem o apoiodaqueles que, na passada reencarnação, aajudaram nas lutas, os libertadores daPátria.

Léon comovia-se a cada palavra dita pelo Espírito deJerônimo. Sentia que Joana protegeria a França para que obem imperasse em nome do Cristo, pela justiça eterna. Elembrava-se de um texto que escrevera em épocas remotas,pelo mesmo motivo:

“Soldados, crescestes do ponto de vista terreno... Agora,deveis crescer para o céu; é preciso elevar vossospensamentos para Deus, que é a fonte de toda a força e detoda a vida”.

Esse pequeno trecho está, em sua totalidade, no livro “OMundo Invisível e a Guerra”, publicado em 1919. Léon fezuma coletânea de artigos no decurso da guerra e juntou-osnessa obra, comentada pelas revistas e pelos jornaisespiritualistas da época. Somente o Jornal L' Eclair é que fezuma criteriosa análise e qualificou a obra como um fatorpreponderante sobre os males das guerras e seus efeitosnos seres humanos.

Os críticos foram unânimes em apontar,tempos depois dessa obra publicada, querealmente Léon Denis deveria ter suasobras em todas as bibliotecas, pela belezamoral e filosófica e a grandiosidade de suasideias, tão bem colocadas e de fácilentendimento. Como acrescentavam oscríticos, essa última coletânea de artigossobre a guerra não fugia à sua regra deconduta.

Em 1924, pelo final do período da guerra,Léon recebeu uma carta do famoso autor de“Sherlock Holmes”, Sir Arthur Conan Doyle,que lhe pedia autorização para traduzir seulivro “Joana D´Arc, Médium” pois, para ele,era a mais bela referência sobre a vidadessa mártir francesa e que seu conteúdosó poderia ter sido inspirado pelos enviados

de Jesus.Dizia ainda, em sua missiva, que Joana D' Arc estava

novamente em evidência na Inglaterra, com a peça levada aopúblico inglês, de autoria de Bernard Shaw, com o título“Saint Joan”. O sucesso era fabuloso, por isso seu interesseem traduzir essa obra para o inglês.

Léon ficou radiante e deu a autorizaçãonecessária para a tradução. Daí para frente,a correspondência entre ambos foiconstante. Trocavam fotos e documentos, eDoyle lhe enviava documentações comreferência a fatos metapsíquicos.

L é o n D e n i s , c e r t a v e z , f i c o uimpressionado com uma foto enviada porDoyle, na qual antigos combatentes deguerra em Londres se destacavam em frentede um monumento fúnebre, com fortesemanações fluídicas e mostrando rostosperfeitamente materializados de soldadosmortos durante a guerra.

Foram muitas as trocas de cartas edocumentações valiosas entre eles. Tudoparecia bem, se não fosse por um

acontecimento que acabou por deixar Léon aborrecido.ApósConan Doyle ter publicado o livro “Joana D´Arc, Médium”,com belas ilustrações e boa apresentação, com o título eminglês de: “The Mistery of Joan ofArc” e um elogioso prefácio,foi esse transformado no maior sucesso nos países de línguainglesa. Com isso, Doyle enviou a quantia correspondente aLéon pela venda dos livros, sem mesmo tê-lo consultadopelo feito. Porém Doyle achava ser essa a sua obrigação.Qual não foi, então, sua surpresa, quando recebeu de volta aquantia e a indignação de Léon, dizendo que não escreviapara obter lucros pelos livros publicados.

Foi necessária muita insistência para que Léon fossecordato a Doyle, que afirmava serem os méritos do escritorLéon Denis e não os dele, que só fizera a tradução. Porém, oque mais comoveu Léon foi a afirmativa de Doyle, em dizerque ele ficara convencido de que Joana D´Arc é, depois doCristo, o Espírito mais elevado que se possa conhecer e quea Humanidade deveria ajoelhar-se diante de sua figura, caso

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 7

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Jardim Donini - Diadema - SP

Tratamento Espiritual: 2ª e às 19h453 e às 14h45

4ªª 6ªAtendimento às Gestantes: 2ª às 15 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniõesReuniões: 2ª, 4 e 5 às 20 horas3 e 6 às 15 horas

Domingo às 10 horas

ª ªª ª

Artesanato: Sábado das 14 às 17 horas

Arthur Conan Doyle

Jean Meyer

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O Gênio Céltico e o MundoInvisível - Editora CELD

SeareiroSeareiro8

ela pudesse ressurgir,algum dia.

A aproximação entreDoyle e Léon deu-sedurante o Congresso de1925, cujo organizador foium dos colaboradores daRevue Spirite, Jean Meyer.Este insistiu para que Léonaceitasse a presidência doCongresso, mas o escritorrespondeu-lhe:

— Não posso dirigircongressos a vida toda.Estou com oitenta anos,pouco enxergo, não possoaceitar esse honrosoconvite.

Mas, numa das reuniõesm e d i ú n i c a s , c o m ofavorecimento do PlanoEspiritual Superior, Léonrecebeu orientações deAllan Kardec e de JoanaD'Arc para que se fizessepresente em mais essecongresso.

Diante desses Espíritos,logicamente, Léon aceitouo convite de Jean Meyer.Fora Léon ajudado pelosamigos espirituais e, bemdisposto pelos fluidos regeneradores, chegou a Parisdesembarcando na estação ferroviária, sendo acolhido pelosmuitos amigos que lá foram dar-lhe as boas-vindas. Entreesses, Conan Doyle. Ao apertarem-se as mãos, Doyleabraçou-o, comovidamente, dizendo-lhe:

— Tenho-o como mestre... Seus livros trazem consolo eesperança a jovens que aqui estão para saudá-lo e aos decabelos encanecidos, como os meus, para traduzir-lhe agratidão em nos agraciar, com tanta sabedoria, a verdadeiraobra cristã.

Entre risos e, meio constrangido, Léon pergunta:— Alguém, por favor, descreva-me a figura de Conan

Doyle... Eu o vejo muito mal, mas quero essa descrição poroutra pessoa, pois ele poderá aproveitar-se disso edescrever-se como um homem garboso e belo, e, rindo,prosseguia, ... quero a verdade.

Diante do aglomerado humano que se fizera aoseu redor, ouviu-se uma voz:

— Léon, nosso amigo Conan Doyle é alto, deboa aparência, cabeça bem redonda, de olhosmeio claros, mais para o acinzentado e possuibigodes tipo gaulês.

E Léon, apertando ainda as mãos de Doyle, quesorria diante da descrição a seu respeito, diz-lhe:

— És um príncipe bretão...E todos riram muito e seguiram a caravana

que levava Léon para a “Casa dos Espíritas e doInstituto Metapsíquico Internacional".

Léon maravilhou-se com a organização dessasinstituições, pois demonstravam o alcance de umideal e de novas esperanças para ser identificadoo caráter científico do Espiritismo Experimental.

Ainda em suas oratórias, nesse mesmo

c o n g r e s s o , L é o nsalientava que a base deuma doutrina está naciência e na razão, assimse constituindo em féuniversal, deixando que oraciocínio identifique averdade de cada religiãoem sua particularidade. Ee l e c o n t i n a v a ,esclarecendo:

“A fé espírita tem seuefeito na Lei do Amor,mas é preciso conhecer acondição do Espírito eseu destino peranteD e u s . S e n d o e s s eensinamento um critérioque desafia a todas ascontradições religiosas”.

A o t é r m i n o d oC o n g r e s s o , L é o nagradeceu a todos ee l e v o u a c o n d i ç ã oexcelente do clima deharmonia entre todos.Disse da felicidade de verJean Meyer tão dedicadoà Doutrina e do carinhoexpressado para ar e a l i z a ç ã o d e s s econgresso.

Jean Meyer abraçou Léon, reconhecido pela presença tãosignificativa e de tão elevado teor que ele dera ao congresso,embora o esforço pela saúde frágil, que assegurara osucesso obtido pelas vibrações benéficas que todossentiram.

Todos os congressistas foram levados para umarecepção, na rue Copernic, onde vários artistas estavampresentes como: Marie Charbonnel, soprano da Ópera deParis, a senhora Barjac, integrante da Comédia Francesa eLéonce Detroyat, jovem cientista do Conservatório de Paris.

Léon retorna, feliz e saudável, para reencontrar seusamigos em Tours.

Completando 81 anos, Léon Denis começa a escrever suaderradeira obra: “O Gênio Céltico e o Mundo Invisível”. Teveinúmeras dificuldades para concluir o livro. Sua falta de visão

e a enfermidade que tomava conta de seucorpo não o impediram que os amigosespirituais o favorecessem para que, maisuma vez, ele concluísse nessa obra que: “OEspiritismo atual é, no fundo, o renascimentodas práticas célticas e ele contém umelemento de renovação que deve ser levadoem grande consideração. Não é essa ideiaincompatível com a religião cristã. Essas duascrenças, longe de se chocarem, obtêmcondições de se juntarem”. (Trecho do livro “OGênio Céltico e o Mundo Invisível”).

Léon Denis trabalhava intensamente.Parecia que estava consciente de que suavida física estava prestes a sucumbir. Todosviam seu abatimento, mas queriam ignoraressa realidade. A senhora Georgette, quepassara a auxiliá-lo na correção dos textos

"Joan of Arc at Domrémy", escultura em mármore de Henri Chapu, emexposição no Museu de Orsay, Paris. Foto RMN, Hervé Lewandowski.

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escritos por Léon,estava preocupada.Chegou pela manhã dod ia 5 de abr i l eencontrou Léon muitofebril, embora ele nãoaceitasse que seuestado piorava a cadadia.

No dia 9 de abril, omédico fora chamadocom urgência. Foidescrito pelo clínicoque Léon estava compneumonia grave.P o r é m , L é o ncontinuava a lutar,queria viver para vers u a ú l t i m a o b r aeditada. Entre calafriose variações pela febrealtíssima, ele pedia aG e o r g e t t e q u eenviasse a Jean Meyeras páginas finais paraque este pudesse fazero prefácio da obra.

Com Georgette a acalmá-lo, dizendo-lhe que assim ofaria, ela pôde sentir que as forças físicas do escritor estavamse esvaindo.

Manhã do dia 12 de abril de 1927, Georgette segurava asmãos de Léon e acompanhava o olhar embaçado do doenteque se dirigia para um ponto fixo no espaço. Leve sorrisoestampava-se em seus lábios.

Alguém perguntou:— Quem estaria buscando aliviar o sofrimento da partida

desse grande espírito empreendedor, em época tão difícil

para a eternização da Doutrina?Georgette, como os outros companheiros do ideal

cristão, ali presentes, responderam em coro:— SeriaAllan Kardec, a quem Léon fora tão fiel?E o silêncio foi interrompido pelos soluços dos que ali se

encontravam.Uma assistência silenciosa e comovida acompanhou os

restos mortais de Léon Denis, que pedira fosse feito umenterro modesto, sem ofício algum. Seu corpo foitransladado para o Cemitério de La Salle e fora velado naplace desArts, em Tours.

Coroas de sempre-vivas amarelas coloriram o carrofúnebre, onde se lia: “A União Espírita Francesa ao seuPresidente de Honra”.

À beira do túmulo, Wautier d' Aygalliers fez umahomenagem ao venerando amigo e mestre, lendo algumaspassagens do livro “Depois da Morte”, com a precemediúnica do espírito Jerônimo de Praga, que fora paraLéon seu orientador espiritual.

Após, todos se retiraram jogando sobre o caixão umramo de sempre-vivas, tão admiradas flores por LéonDenis. E os sinos irrompiam com suas badaladas,anunciando a Páscoa, que trepidavam o solo e pareciamfalar, naquele instante, da ressurreição.

Na Revue Spirite, de outubro de 1927, foi editada umacomunicação de Léon Denis, em Tours, por incorporação,datada em 8 de julho de 1927. Eis um trecho da mesma:

“Entre 8 e 9 horas e 15 minutos, na noite de 12 de abril,

senti o êxtase do desdobramento e da alegria da luminosavertigem que senti, ao trocar de mundo, deixando a vidaterrestre e encontrando a sensação radiosa da vida noespaço espiritual:

A mudança das situações, o ponto morto que ficasuspenso, no menor ou maior espaço de tempo,dependendo da evolução do estado do Espírito e aobservação do indivíduo.

Quando os órgãos do corpo físico pararam a minha formade pensamento humano, e pude despertar para a luz do

Além, senti uma espécie de sonolência, como um sonohipnótico. Nesse entorpecimento, formavam-se ao meuredor algo como um casulo fluídico, vapores que meenvolviam serenamente. Com isso, os guias espirituaisretiraram-me do invólucro carnal, sem que eu sentissechoque algum.

Os pensamentos vaporosos dos guias espirituais seconcretizavam em meu Espírito, sob a forma deemanações luminosas que me eram refletidas peloperispírito dos meus entes queridos, já desencarnados.

Eu flutuava ao redor deles, como se tivesse saído dacasca do ovo que, como pássaro, tentava os primeirosvoos noAlém, no domínio maravilhoso criado por Deus.

Sei agora, meus amigos, que todo ser humano rompe suacarcaça física, com maior ou menor dificuldade, de acordocom a sua evolução e pelo grau de fé que guarde nabondade e na Justiça de Deus.”

Léon Denis

Final da terceira e última parte.Eloísa

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Bibl

iogr

afia �

Fatos EspíritasJoana D´ArcJoana D'Arc, MédiumLéon Denis: O Apóstolo do Espiritismo, sua vida, sua obra

O Espiritismo Perante a CiênciaSer Destino Dor

Léon Denis: O Apóstolo do Espiritismo, sua vida, sua obra

- William Crookes, Editora FEB, 6ª ed., 1971.- Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1995.

- Léon Denis, Editora FEB, 7ª ed., 1971.- Gaston Luce, Editora

CELD, 1ª ed., 2003.- Gabriel Delanne, Editora FEB, 1ª ed., 1952.

- Léon Denis, Editora Calvário, 2ª ed., 1969.Imagens:

http://allankardec.paris.free.fr/images/Gabriel%20Delanne.gifhttp://www.oconsolador.com.br/linkfixo/biografias/imagens/williancrookes.gifhttp://www.czytelniamedyczna.pl/images_np/022.jpg

http://allankardec.paris.free.fr/images/pierre%20Gaetan%20Leymarie.gifhttp://allankardec.paris.free.fr/images/Gustave%20Geley.gifhttp://chem.ch.huji.ac.il/history/lodge104.jpghttp://www.edinburghspiritualists.com/Images/Arthur%20Conan%20Doyle.jpghttp://allankardec.paris.free.fr/images/Jean%20Meyer.gifhttp://www.musee-orsay.fr/typo3temp/zoom/tmp_f999b8c15ef4e7e83aafdf553fca9cfd.giflivro -Gaston Luce

Túmulo de Léon Denis, no Cemitério de La Salle, em Tours

Última foto de Léon Denis, aos 79 anos,tirada durante o Congresso de 1925.

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SeareiroSeareiro10

Certa ocasião, Jesus falava sobre a construção do ReinoDivino.

Zebedeu, que ouvia atentamente todos os ensinamentosdo Mestre, pediu-lhe que contasse alguma história, paraque a compreensão se fizesse mais clara aos presentes.

Jesus, bondoso, sorriu e contou:— Muitos homens viviam em constantes conflitos,

perturbados, em permanente miséria e sofrimentos. O Pai,compadecido, enviou um mensageiro e, juntas com ele,sementes da Árvore da Felicidade e da Paz. O mensageiroveio à Terra e reuniu todos os homens em uma festividadepara entregar as maravilhosas sementes. Explicou-lhes queo vegetal produziria, no futuro, flores de luz e frutos de ouro,exterminando todas as divergências entre eles, mas queseriam necessários cuidados especiais. Era fundamental acolaboração de todos e, principalmente, amor entre eles,dedicação e vigilância no trabalho empregado.

As sementes necessitavam de terra de qualidade,aperfeiçoado sistema de irrigação, certo tipo de adubo,proteção contínua contra ervas daninhas e insetos,dentre outros cuidados. Logo que a planta começasse acrescer, bastaria apenas um exemplar para que a paz e afelicidade se fizessem entre a comunidade. Seu perfumeenvolveria toda a Terra em harmonia e seus frutosgarantiriam o bem-estar do mundo inteiro.

Terminada as explicações, o mensageiro deixousementes a cada um dos presentes. Retornando às suascasas, todos aqueles que receberam as sementes,sonhavam, egoisticamente, possuir a árvore das flores de

luz e dos frutos de ouro. Cada um pretendia colher o quefosse produzido somente para si e com exclusividade. Paraisso, fecharam-se nas terras que possuíam, plantando assementes, pretendendo ser donos pessoais e absolutos,apenas por vaidade.

A árvore, no entanto, para sobreviver, precisava apenasda fraternidade total entre os homens, mas os conflitoscontinuavam.

Quem tinha o melhor solo, não tinha condições dedefender-se contra os vermes e ervas daninhas e quemtinha condições de defender-se contra as pragas, não tinhaacesso à terra profícua. E assim, os senhores provisórios daágua, do adubo, da terra e dos elementos de defesa,candidatos à posse da riqueza celeste, passaram a lutar empleno desequilíbrio, exterminando-se.

Após longo intervalo, Jesus acrescentou:— Este é o símbolo da guerra dos homens em torno da

felicidade, sem proveito algum.Os talentos e bens concedidos pelo Pai Celeste aos seus

filhos, indistintamente, são para que aprendam a desfrutardos reais dons eternos, com entendimento e harmonia.

Uns possuem a inteligência, outros, a reflexão; unsguardam o ouro da Terra, outros, o conhecimento sublime;alguns retêm a autoridade, outros, a experiência.Entretanto, cada um quer vencer sozinho, não parapropagar o bem com todos, mas para humilhar os que oseguem.

E o Mestre finalizou:— Quando a verdadeira união fraternal se fizer

espontânea entre todos os homens,no trabalho edificante do bem, entãoo Reino dos Céus brilhará na Terra,tal como a árvore das flores de luz edos frutos de ouro.

Texto adaptado por ReinaldoBibliografia: - FranciscoCândido Xavier, pelo Espírito Néio Lúcio,Editora FEB, 7a ed.Imagem:http://farm1.static.flickr.com/29/66511156_2e27a2611f.jpg

Jesus no Lar

A Árvore Preciosa

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Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 11

O calendário marcava o mês de março de 1933.Chico achava-se hospedado na casa do senhor José Álvaro

Santos, morador em Lagoa Santa, cidade de Minas Gerais.O senhor José trouxera Chico consigo, de Pedro Leopoldo,

para ajudá-lo a encontrar trabalho em Belo Horizonte, capitalmineira. Mas as dificuldades eram inúmeras. Chico precisavaretornar a Pedro Leopoldo e o senhor José, seu amigo e benfeitor,precisava ir ao Rio de Janeiro, cumprir encontro familiar.

Chico, muito agradecido ao senhor José, partiu para a cidadede Vespasiano e de lá retornaria a Pedro Leopoldo. Voltavapreocupado porque não conseguira o emprego tão desejado.

Enquanto ele aguardava o trem da Central do Brasil, já emVespasiano, foi procurado por duas pessoas, que já o conheciam.

Um deles, sabedor da vinda de Chico para candidatar-se aoemprego em Belo Horizonte, após cumprimentá-lo alegremente,disse-lhe que o emprego já o esperava na capital mineira.Continuava dizendo que os recursos que Chico teria seriamexcelentes e toda sua família seria também beneficiada.

Chico mostrou-se radiante e lembrou-se de quanto seu paificaria feliz por ter aumento no orçamento doméstico.

Mas, o portador da boa notícia, ao ver Chico disposto a irimediatamente para Belo Horizonte e assumir o emprego,comunicou-lhe que havia condições para que a proposta fosseaceita.

Chico, olhando calmamente para o interlocutor, indagou:— Qual seria a condição?E a resposta causou grande tristeza para o médium:— Chico, dizia a pessoa, para você aceitar o emprego, que já é

seu, você terá de renunciar ao Espiritismo e dizer a todos que olivro Parnaso de Além-Túmulo, é de sua autoria e não dosEspíritos.

Chico, de imediato, negou-se a essa proposta e explicou comoo livro fora escrito pelos Espíritos, tomando suas mãos, da qual elenão participara com nenhum pensamento. O livro jamais foraescrito por ele e sim pelos poetas que nele deixaram seuspensamentos. Ele, Chico, nunca seria capaz de escrever nemuma simples trova.

Diante disso, o amigo lhe perguntou:— Chico, você conhece um pássaro chamado “sofrê”?— Não, respondeu-lhe.E, logo em seguida, o outro responde:— O “sofrê” é um pássaro que imita os outros pássaros.Assim é

com você. Sua vocação é como a desse pássaro. Vocêtenta imitar os poetas. Não acredito em Espíritos, Chico.Isso não existe. Os poemas são seus e não como vocêjulga serem psicografados. E rindo, como quezombando por ver Chico continuar afirmando que eramdos Espíritos os poemas, os “amigos” se afastaram,dizendo-lhe que, então, voltasse a Pedro Leopoldo.

Chico, muito triste, ouviu Emmanuel dizer-lhe:— Volte, Chico, para Pedro Leopoldo e continuemos

no trabalho do Senhor. Você não é um “sofrê”, masprecisa para aprender.

Éricasofrer

Bibliografia: No Mundo de Chico Xavier - Elias Barbosa, EditoraIDE - 8ª ed., 1992.Imagem: http://www.terraespiritual.org/espiritismo/Chicox/fotos.html

Sofrê

pegadas de chico xavierPegadas de Chico Xavier

Em matéria de oração, não olvides o ensinamento doCristo em seu divino intercâmbio com o Amor Ilimitado deDeus.

Na linha de todos os Seus propósitos, há sempre o bemdos outros, com a benção imediata do Céu, notando-seque o bem Dele próprio estava sempre aparentementeesquecido.

Começa na manjedoura, com extensas possibilidadesde anunciar a própria vinda, através da Estrela Soberanaque desperta reis e pastores para o fulgor de Sua

presença, mas não consegue tocar os corações humanos queO relegam à intempérie na estrebaria.

Alcança sucesso espetacular na cura de leprosos eobsedados, cegos e paralíticos que se sentem restituídos àbênção da luz e do movimento, da esperança e do equilíbrio,contudo, não modifica o pensamento suspeitoso dos grandessacerdotes do Seu tempo, com respeito a Si próprio.

Levanta Lázaro do túmulo de lodo para a alegria do lar deBetânia, todavia, não soergue Judas do sepulcro de ilusão emque se Lhe compromete o apostolado divino.

Natal com Chico Xavier - 2008

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Plasma a admiração e a amizade no espírito deArimateia, que O segue de longe, no entanto, não podeevitar a fraqueza de Simão que O acompanha de perto.

Retira dos ombros de Seus contemporâneos o madeiroarrasador da loucura e da negação, da enfermidade e damorte, entretanto, não logra escapar ao martírio da cruz,em que Se confia ao sacrifício supremo.

Não te desmandes na exigência indiscriminada, quandote colocares em prece.

Apresenta-te ao Criador, tal qual és, na certeza de que aSua Infinita Sabedoria nos conhece as necessidades, ao

passo que nunca sabemos, em verdade, qual seja a substânciareal de nossos desejos.

Atendamos ao bem dos outros e Deus proverá nosso própriobem.

Foi talvez por isso mesmo que o Cristo, ensinando-nos aorar, em abordando o problema de nossas aspirações,declarou, resoluto, diante do Altíssimo:

— Faça-se a Vossa vontade, assim na Terra como no Céu.

EmmanuelTexto extraído de uma mensagem distribuída pelo GEEM - GrupoEspírita Emmanuel

kardec em estudoKardec em Estudo

Quando lemos ou falamos sobre “caridade”, tomamosconsciência do quanto devemos a Deus.

A principio, alegamos que nossa vida é agitada, quetrabalhamos muito, e muitas horas por dia, o que nos impedede fazer a caridade.

Com certeza, a agitação, o uso de máquinas eequipamentos estão cerceando e limitando os nossospensamentos, levando-nos a um grau de insensibilidade quechega até a nos surpreender, bastando observar nossasatitudes quando tomamos conhecimento de guerras,latrocínios, assassinatos etc.

Não seria caridade elevarmos uma oração, por umsegundo sequer, para aqueles que estão envolvidosnaqueles dramas, causando-os ou sendo vítimas deles?Sem julgamentos?!

Para que não levemos o peso do remorso registramos que“caridade” é só para bens materiais, principalmente àquelesocorridos nas catástrofes ou, no final do ano, a cestasbásicas doadas. Não há como negar que elas são muitoimportantes, pois fazem parte das necessidades de nossodia-a-dia, mas não podemos esquecer que somos espírito ematéria, cabendo perguntar: somente a matéria precisa deajuda?

Recorramos às lições significativas do livro “O Espírito deVerdade”, onde André Luiz, Meimei, Emmanuel e tantosoutros tocam nossos corações:

Conhecendo nossas fraquezas confirma nossopensamento, no entanto alerta-nos

Temos, nessas poucas indicações, a verdadeira caridade.Lembremos que a caridade deverá estar presente e

possível, em todos os instantes de nossas vidas, de formasilenciosa e através de nossas ações, mas só seráverdadeira se soubermos praticá-la com amor.

Pratiquêmo-la, pois, começando com a material eobservemos que ainda teremos muito mais a doar, masquanto à caridade moral, temos a obrigação de exercê-lasempre, onde estivermos e na condição em que nosencontremos, evitando o , conforme nos

André Luiz: Caridade e Você (lição 57)“... É possível que você nos responda que o supérfluo

é seu próprio suor, que não nos cabe opinar em seucaminho e que o copo e o filme, o fumo e a moda são

movimentados às suas custas...”

“A vontade é sagrado tributo do Espírito, dádiva deDeus...”

Meimei: Temos o que damos (lição 98)“Podes guardar o pão... alonga a migalha de

alimentos aos que fitam, debalde, o fogão sem lume.... Um dia, que será noite em teus olhos, deixarás

pratos cheios e móveis abarrotados ... entretanto nãoviajaras de todo nas trevas porque as migalhas de amorque tiverdes distribuído estarão multiplicadas em tuasmãos, como bênçãos de Luz.”

Meimei: Oração da Migalha (lição 79)“... Faze, Senhor, que os homens me aproveitem nas

obras do bem eterno!...”

Emmanuel: Benefício oculto (lição 79)“... Distribui, desse modo, a beneficência do agasalho

e do pão, evitando humilhar quem te recolhe os gestosde providência e carinho; contudo, não olvides estendera caridade do pensamento e da língua, para que obálsamo do perdão anule o veneno do ódio e para que aforça do esquecimento extinga as sombras de todomal.”

“veneno do ódio”

,, :

O Óbolo da Viúva

E olhando, Jesus viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro. E viu também uma pobre viúva lançar ali duaspequenas moedas e disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva. Porque todos aquelesdeitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja, mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha. (Lucas,capítulo 21, versículos 1 a 4.)

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XIII “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” - Item 5

O Evangelho Segundo o EspiritismoCapítulo XIII “Não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita” - Item 5

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Núcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança

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e pode ser feita em nome do

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A vida social está na própria Natureza, já que Deus criouo homem para que viva em sociedade, ou seja,relacionando-se com todos os demais homens.

O Criador, portanto, não deu inutilmente o dom dapalavra e de todas as demais faculdades necessárias paraque o homem vivesse em relações normais com os seussemelhantes.

O isolamento absoluto do homem, posto à margem domundo de relações, é contrario à lei da Natureza e, porisso, até por instinto, o homem busca o relacionamentosocial, já que todos devem colaborar com a evoluçãohumana, auxiliando-se, uns aos outros, mutuamente.

Procurando, pois, o convívio social, o homem não fazmais do que realizar um sentimento pessoal que seencontra na ordem mais geral.

O homem deve evoluir, já que, se ele se isolar, não lheserá possível dispor de todas as suas dificuldades, porquelhe faltará o contato com os seus semelhantes.

O isolamento embrutece e estiola o homem.Pela união, porém, os homens se completam, para

assegurar o seu bem-estar e a sua própria evolução.Por isso é que, necessitando uns dos outros, os homens são

feitos para viver em sociedade e jamais devem viverisoladamente.

O isolamento pode dar-lhe uma satisfação egoística, tãoegoística como a própria embriaguez e isso não lhe seriaaprovável.

Deus não se pode agradar por uma vivência pela qual ohomem se isola e, por isolar-se, não é útil nem para si e nempara o seu próprio semelhante.

Os que, por sua vez, buscam viver em reclusão absoluta,fugindo ao contato (do que eles chamam de pernicioso) domundo, não passam de singulares e verdadeiros egoístas.

Não existe mérito nesse retraimento, mesmo quando ohomem alegue assim fazer para impor-se a uma privaçãopenosa, já que fazer o bem, mais do que fazer o mal, seconstitui na melhor de todas as expiações, sem esquecer a LeidoAmor e da Caridade.

Há, no entanto, alguns homens que se ausentam do mundosocial, para se dedicarem ao socorro de criaturas infelizes e,

Atualidadeatualidade

Vida Social

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 13

orienta Emmanuel

livro “Pão Nosso” (lição31)

complementa Emmanuel

Não esperemos dádivas caídas do céu, sem os esforçosde nosso suor, porque tanto os recursos materiais, quanto osespirituais serão fontes fecundas, se usadas com amor.Comecemos .

Jesus, obrigada pela Sua caridade constante.Vanda

:“Todas as vossas coisas sejam feitas com caridade .”

Paulo de Tarso ( Coríntios, 16:14);

“... Desempenha tuas mínimas tarefas com caridade,desde agora. Se não encontras retribuição espiritual nodomínio do entendimento, em sentido imediato, sabesque o Pai acompanha todos os filhos, devotadamente.”

“Há pedras e espinheiros? Fixa-te em Jesus e passa.”

,

, desde agora

.

Bibliografia: -O Evangelho Segundo o Espiritismo

O Espírito d Verdade,

Pão Nosso ,

Allan Kardec,Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 1ª ed., 1987.

e - Francisco Cândido Xavier, Waldo Vieira eEspíritos Diversos Editora FEB, 5ª ed., 1985.

- Francisco Cândido Xavier pelo espírito EmmanuelEditora FEB, 10ª ed., 1984.

Francisco Cândido Xavierpelo espírito Emmanuel

Editora GEEM - 110 páginas1ª edição - 1990

livro em focoLivro em Foco

Pequeno livro com grande conteúdo!É uma pequena definição para mais esta

obra de Emmanuel, que chegou até nós pelapsicografia de nosso Chico Xavier.

DOUTRINA DE LUZ enfoca diferentesângulos com que devemos enxergar oEspiritismo.

Depo is de sécu los em que osensinamentos do Cristo foram alterados,omitidos, deformados, ironizados ouesquecidos, Allan Kardec codifica a DoutrinaEspírita para que possamos reviver todo oAmor que foi exemplificado pelo Mestre.

Emmanuel ainda cita que perseguições emedidas tirânicas foram assacadas contra osaprendizes fiéis do Senhor, mas eles não serenderam ao despotismo e, hoje, asmensagens de Jesus sustentam as colunasda Verdade, ensinando às comunidadeshumanas o caminho da felicidade e da paz.

Devemos nós, espíritas, seguir os exemplos valorosos detantos que nos precederam e perseverar na pureza dosensinamentos, buscando nos livros de Kardec a primeira fonte

de consulta e, principalmente, ensinar àquelesque nos rodeiam, através de nossos bonsexemplos, como o Cristo fez. Neste sentido, oautor espiritual escreveu:

Quando muitos enxergam erroneamente aDoutrina Espírita como uma facilidade para secomunicar com os “mortos”, há neste livro oalerta de que

Não percamos tempo com novidades eexcentricidades que surgem no meio espírita!

Busquemos a Verdade do Cristo, através doCristianismo Redivivo codificado por Kardec.

Vitório

“Deus é nosso Pai, mas a certeza disso nãome exonera da responsabilidade de burilar-me,trabalhar e viver.”

“o Evangelho em movimentoextingue a curiosidade ociosa e destrutiva quese erige em monstro devorador do tempo,descortinando o campo de serviço pelafraternidade humana, sob o patrocínio doDivino Mestre.”

Doutrina de Luz

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em verdade, esses se elevam espiritualmente ao serebaixarem, abraçando tais tarefas.

Estes, pois, têm duplo merecimento, ou seja, o de secolocarem acima dos prazeres materiais e, também, o defazerem o bem, cumprido assim a Lei do Trabalho.

Os que buscam, no entanto, o retiro da tranquilidade quecertos trabalhos reclamam, não se isolam da sociedade e oseu isolamento não se equipara, jamais, com o retraimentodo egoísta.

Eles não se isolam da sociedade, já que trabalham paraela.

Roque Jacintho

SeareiroSeareiro14

“O homem, quando se condena a pedir esmolas, estendendoa mão em busca de algum auxílio, com o tempo se degradamoral e fisicamente, embrutecendo-se.

Por isso, uma sociedade baseada na Lei de Deus e naJustiça Divina deverá prover o mais fraco daquilo que se lhefaça necessário, sem levar-lhe qualquer manifestação dehumilhação.

A sociedade deverá assegurar a existência daquele que, porcircunstâncias diversas, não possa trabalhar, sem deixar-lhes a

vida à mercê do acasoe da boa vontade deapenas alguns.

Não reprovamos,por certo, a esmola,mas reprovamos, porvezes, a maneira comoé dada a esmola, já queo homem de bem quec o m p r e e n d e acaridade, segundo ospreceitos de Jesus, vaiao encontro do infeliz,sem esperar que elelhe estenda as mãosn u m a s ú p l i c ae n v e r g o n h a d a edolorosa.

A v e r d a d e i r acaridade é semprebondosa e benevolentee está tanto no ato dadoação, como no ato ena maneira de fazê-la,já que tem duplo valorum serviço prestadocom delicadeza.

S e o s o c o r r oprestado o for por merao s t e n t a ç ã o d egrandeza, aos olhos deDeus o benfeitor perdeo mérito do beneficio,t a n t o q u e J e s u srecomendou: “Que asua mão esquerdaignore o que faz a suamão direita” e, por essaforma, ele nos ensinoua não macular o ato dac a r i d a d e c o m o srespingos da lama doorgulho.

Deve-se, por outrolado , d is t ingu i r aesmola, propriamentedita, da beneficência, jáque nem sempre omais necessitado é oque pede. O receio desofrer, uma humilhaçãodetém o pedido do

Esmolas

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verdadeiro pobre e este, muitas vezes, sofre emsilêncio e é a esse que o homem verdadeiramentehumano deve ir procurar para ajudá-lo sem nenhumaostentação.

Amai-vos uns aos outros, esta é toda a Lei Divina,através da qual Deus governa o mundo, já que o amoré a lei de afinidade para com os seres vivos eorganizados, e a atração é a lei do amor entre todos osseres, sejam quais forem as suas posições na escalasocial.

Não esqueçamos, jamais, que o Espírito, qualquerque seja o seu grau evolutivo ou a sua situação comoreencarnado, ou a sua posição no estado deerraticidade, estará sempre colocado entre um EspíritoSuperior que o guia e o aperfeiçoa, e um Espíritomenos evoluído, devendo dar ao menos evoluído ocumprimento de todos os mesmos deveres.

Seja pois, caridoso, não somente através dacaridade que leva você a retirar de seu bolso um

donativo que você dará friamente para aquele que ousou pedir-lhe,mas também a favor daqueles com quem você se deparará noencontro das misérias ocultas, que a vergonha e a humilhaçãofazem por esconder.

Seja indulgente, também, com os defeitos de seus semelhantese, ao invés de devotar desprezo à ignorância e ao vicio, instrua osignorantes e moralize os viciados de qualquer natureza.

Seja você brando e benevolente para com tudo o que possaparecer inferior e faça o mesmo aos seres mais ínfimos da Criaçãoe, assim o fazendo, você estará vivenciando a Lei de Deus.”

Mensagem do Espírito Vicente de Paulo

Há homens que se veem condenados por sua própria culpa, semnenhuma dúvida, mas se uma boa educação moral lhes houvesseensinado a vivenciar a Lei de Deus, eles não teriam caído nosexcessos causadores de sua perdição ou retardamento evolutivo.

Da educação moral, portanto, é que depende a melhoria daHumanidade que habita a Terra e retardar essa educação moralequivale, também, a retardar a própria humanidade terrena, com asconsequências danosas para todos, indistintamente.

J. Alexandre

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 15

tema livreTema Livre

Muito triste é para nós constatarmos que, nos dias atuais,ainda vivenciamos o “olho por olho e o dente por dente”.Estamos no ano 2009 da era Cristã, e ainda vivenciamos a“selvageria da vingança”.

Sim, isso mesmo! É uma selvageria o que fazemos contratodas e quaisquer pessoas que contrariem a nossa maneirade ser e de viver, que contrariem ou nos atrapalhem osinteresses pessoais, por menores que estes sejam; queapontem, corrijam ou denunciem os nossos erros, porque aí,então, já estaremos a maquinar, a urdir em nossa mentetodos os meios de vingança, pois, pelo nosso orgulho ferido,abrimos portas ao ódio, à cólera e assim à perseguiçãomental e física ao adversário, começando por desferir-lhe osnossos dardos mentais, envenenados e destruidores, foratudo o mais que somos capazes de fazer.

Mas sempre disfarçamos o nosso lado monstruoso

perante os olhos das outras pessoas e, com a máscara dahipocrisia, que não deixa transparecer o nosso verdadeirosentimento, o que verdadeiramente nos vai dentro docoração, vamos arquitetando o nosso plano de vingança,disfarçadamente, ardilosamente, armando sutilmente todasas possibilidades e agindo pelas sombras, sem despertar adesconfiança de ninguém à nossa volta.

Se hoje a nossa maldade já não seja a ponto de tirarmos avida do nosso inimigo, essa maldade não será menor, poisnos tornamos o seu sutil perseguidor, usando contra ele acalúnia e a maledicência para desacreditar a criatura comopessoa, no seu círculo de amizade, junto às suas afeições,no seu local de trabalho, insinuando maldades, atacando-lhea honra e, como verdadeiros lobos disfarçados em pele deovelha, ficamos de longe, à parte, apreciando o estrago pornós feito, o resultado de tudo, comemorando intimamente anossa suposta vitória, nos deleitando intimamente ao vermosa criatura por nós perseguida, sendo evitada, maltratada,humilhada, sentindo o descaso, o semblante frio nas

pessoas que antes faziam parte do seucírculo de amizade, do seu círculo detrabalho e vendo as pessoas se afastaremdela.

Aí, então, nos sentimos vingados,aliviados, pois essa pessoa, agora, irápensar bem antes de querer cruzar nossocaminho para nos apontar defeitos.

Se ainda agimos assim, somos piores queo mais duro criminoso, que vai insultar oinimigo, cara a cara.

Ah! Não! Mas não somos assim! Dizemosa todos que não somos assim!

Meu Deus, como será quesomos deverdade, interiormente? Que sentimentos epensamentos nos animam a alma? Será queainda somos só instintos, com o desejo devingança a nortear a nossa vida, ou será quejá trazemos em nós o respeito, acompreensão, a tolerância, a indulgência, afraternidade que nos devem animar o

A Vingança

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Precisamos amar a todos, indistintamente,sem esperar nenhuma retribuição.

Quando amamos apenas aqueles que nossão simpáticos, não fazemos nenhumesforço para o nosso progresso moral. Destamesma maneira agem aqueles que praticamo mal, também amam aqueles que os amam.E, assim, nenhuma conquista teremos paraeliminar nossos piores instintos: o orgulho e oegoísmo.

Mas, como devemos agir?Devemos fazer aos outros aquilo que

gostaríamos que os outros nos fizessem, istoé, agirmos com respeito, consideração,dignidade, sem julgar, sem esperar nada emtroca e sem humilhar.

Somente assim conseguiremos devolver omal com o bem e amar os nossos inimigos.

Amar nossos inimigos não significa terpara com eles a mesma afeição que temosaos nossos amigos, porém não podemosguardar ódio, rancor e desejo de vingança;temos que ajudá-los quando necessitam;não prejudicá-los sob nenhuma hipótese;precisamos ficar felizes com as suas boasconquistas; perdoá-los, esquecendo toda amágoa, porque se, em algum momento, orancor existir ou alguma má lembrança

perdurar, significa queainda não os perdoamos.

Não podemos nuncaesquecer que, de acordocom nossas boas ações, épossível fazer de um inimigo umamigo e vice-versa, encarnadoou desencarnado.

Sem contar que todomal ou bem quer e a l i z a r m o sretorna para nósm e s m o s es o m a t i z a d o scom tudo aquilo aq u e e s t a m o ssintonizados (bom oumau).

P o r i s s o , n ã opercamos tempo ebusquemos o mais rápidop o s s í v e l o p e r d ã o , e areconciliação para que este mal não perdure por várias reencarnações.

E só através do estudo do Evangelho de Jesus, do trabalho no campo dobem, da prece e da boa vontade que entenderemos a importância de retribuiro mal com o bem e o praticaremos.

Silvana GimenezBibliografia:

-Imagem: http://dreamerangel.zip.net/images/05_rosa.jpg

O Evangelho Segundo O Espiritismo - Capítulo XII “Amai os vossosinimigos” - Itens 1 a 3 -Allan Kardec - Tradução Roque Jacintho Editora Luz no Lar, 2004.

SeareiroSeareiro16

coração? Será que já vencemos o nosso torpe orgulho e jásabemos perdoar, verdadeiramente, como Jesus nosensinou? Já vigiamos e oramos, para que possamos vencera nós mesmos e jamais nos rendermos ao impulso davingança, lembrando que devemos perdoar ao infinito, comoJesus nos ensinou, e fazer ao próximo aquilo quegostaríamos que nos fosse feito, sabendo que “fora dacaridade não há salvação.”?

Coloquemos-nos frente ao espelho, meditemos e façamosuma autoanálise e vejamos, com sinceridade, se já somosVerdadeiros Cristãos.

Fátima

Bibliografia: - -O Evangelho Segundo o Espiritismo Allan KardecTradução Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 2ª ed., 1988.I m a g e m : h t t p : / / o b a t e n t e . j o r . b r / b l o g / j o r n a l / w p -content/uploads/2007/08/lobo-em-pele-de.jpg

Retribuir o Mal com o Bem“Se o amor ao próximo é o princípio da caridade, amar a seus inimigos é a sua aplicação sublime, ...”

Canal Abertocanal aberto

Este espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

O suicídio vem a ser o ato ou efeito de suicidar-se, istoé, provocar a morte por vontade própria a si mesmo; oauto-assassínio. Em sentido figurado, a desgraça ouruína provocada pela própria vítima; autodestruição;autocídio. A destruição do próprio corpo é provocada,normalmente, por ato voluntário, planejada de sãconsciência a autodestruição, podendo ter os maisdiversos motivos: ociosidade, falta de fé, descrença emDeus e da finalidade da vida, saciedade, orgulho ferido,revolta pelas provações vivenciadas, problemasfamil iares, rejeição social , decepção amorosa,

desespero, depressão etc. É um ato que transgride as leisnaturais acarretando, dessa forma, desequilíbriosprofundos nos tecidos perispirituais, podendo taisindivíduos renascer com órgãos defeituosos, anomaliassintomáticas e doenças várias, todas notadamentevinculadas ao tipo de morte que o suicida escolheu.

A ilusão do suicida é de que, com a extinção do corpo,cessam problemas e dores, mas a palavra de André Luiz,revestida da melhor essência doutrinária, informa que sai eledo sofrimento,

Se a tortura do espírito, após o suicídio, é horrível, seuretorno ao mundo terreno, pela reencarnação, far-se-á nabase das mais duras penas: reencarnações frustradas, istoé, que se interromperão quando maior for o desejo de viver, o

para entrar na tortura...

Suicídio

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IV Semana de

Rua das Turmalinas, 56 / 58 - Diadema - SP - (11) 4044-5889Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”

19h30 - Passe / 20 horas - Palestra

30 de Março a 4 de Abril 2009

“anseio de vida”, vida que ele não teve fé suficiente paravalorizar.

No capítulo das enfermidades impiedosas, preferíveldarmos a palavra a Emmanuel que, em notável estudo,sintetizou todas as consequências:

O suicídio longe de ser a porta da salvação, é o sombriopórtico de inimagináveis torturas.

Que nenhum ser humano, em lendo estas consideraçõesdoutrinárias, homem ou mulher, consinta a permanência emsua mente, um instante sequer, da sinistra ideia deexterminar a própria vida, a fim de evitar que, sob o estimulo ea indução de adversários cruéis, venha a cometer a maisgrave das infrações às leis divinas.

Finalizando, o suicídio não consiste somente no atovoluntário que produz a morte instantânea, mas em tudoquanto se faça conscientemente para apressar a extinçãodas forças vitais. Exemplo: fumar, beber, drogar-se, comerdemasiadamente, noitadas, sexo desregrado etc. Este é osuicídio lento, muitíssimo comum entre nós.

Bezerra deMenezes.

José Venício de Azevedo - São Bernardo do Campo - SP

“Os que se envenenaram, conforme os tóxicos de quese valeram, renascem trazendo as afecções valvulares,os achaques do aparelho digestivo, as doenças dosangue e as disfunções endocrínicas, tanto quanto outrosmales de etiologia obscura; os que incendiaram a própriacarne amargam as agruras da ictiose ou do pênfigo; osque se asfixiaram, seja no leito das águas ou nascorrentes de gás, exibem processos mórbidos das viasrespiratórias, como no caso do enfisema ou dos cistospulmonares; os que se enforcaram carreiam consigo osdolorosos distúrbios do sistema nervoso, como sejam asneoplasias diversas e a paralisia cerebral infantil; os queestilhaçaram o crânio ou deitaram a própria cabeça sobas rodas destruidoras experimentam desarmonias damesma espécie, notadamente as que se relacionam como cretinismo, e os que se atiraram de grande alturareaparecem portando os padecimentos da distrofiamuscular progressiva ou da osteíte difusa.

Segundo o tipo de suicídio, direto ou indireto, surgem asdistonias orgânicas derivadas, que correspondem a diversascalamidades congênitas, inclusive mutilação e o câncer, asurdez e a mudez, a cegueira e loucura, a representaremterapêutica providencial na cura da alma.”

“O suicídio é atestado de fraqueza e descrença geral, dedesânimo generalizado, de covardia moral.”

Bibliografia: Koogan Larousse - Pequeno Dicionário Enciclopédico

Doutrina Espírita no Tempo e no Espaço

O Pensamento de Emmanuel O Céu e

,ed. 1979/1980;

- A. Merci Spada Borges,Editora Panorama, 2000;

- Martins Peralva, Editora FEB;

Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 17

No livro enviado aosassociados do Clube do LivroEspírita "Joaquim Alves (Jô)",em outubro de 2008, a autora,Nena Galves, apresentaepisódios do cotidiano em queela e o marido, FranciscoGalves, conviveram comFrancisco Cândido Xavier,i lustrados com inúmerasfotografias; conta a história dafundação do Centro EspíritaUnião, no bairro do Jabaquara,em São Paulo, por orientaçãodo Dr. Bezerra de Menezes;traz entrevistas, psicografias,

mensagens e muitos outros assuntos que envolveram o casalNena e Francisco Galves na vida do nosso querido ChicoXavier, alguns trazidos ao público pela primeira vez.

A ao lado dos companheiros e o

em torno de um ideal, apresentame a ao lado dele, relembrando

o e sua obra realizada.Nos , aprendemos a

necessidade de desenvolver o e orespeito de Chico perante o , assim comoconhecemos também a faceta do , semque se considere em alguém que nãotem , igualando-sevoluntariamente a todos os homens na Terra. E a

, tal como, recheadas de muito amor e sublimação, é ser

sempre , , compreendendohumildemente que todos , cabendo-nos

Estes, sublinhados, são alguns dos vários episódiosabordados.

Vale muitíssimo conhecer ou, para alguns, relembrar avida de um ser humano tão digno de exemplo.

Marcelo e RosangelaOração Reencontro de

corações Chico comoser humano Vida em família

Histórico do Centro Espírita UniãoEpisódios do cotidiano

Equilíbrio frente à dorAno novo judaico

Chico corintianoFato extraordinário

Pr iv i légios desconhecidosReceita

dada Rosas do mundo espiritual encomendadaspor Chico

Amigo e irmão Saber ouvirSão filhos de Deus

Trabalhar aqui ou noAlém.

Nena GalvesEditora CEU - 288 páginas

1ª edição - 2008

Até Sempre ,Chico Xavier

clube do livroClube do Livro

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No dia 21 de dezembro último, foi realizada a Festa deNatal do Núcleo de Estudos EspíritasAmor e Esperança.

Durante o ano, as sessenta gestantes cadastradascomparecem ao Núcleo, participam dos estudos doutrináriose, após o parto, recebem o enxoval para bebê.

Com muita alegria de todos os trabalhadores e de todasas gestantes assistidas, comemoramos esta data tãoimportante para a humanidade: o nascimento de Jesus.

Juntamente com as gestantes, vieram cento e vinte e seiscrianças que ouviram um pouco sobre a mensagem do Natale ganharam, cada uma, um brinquedo de presente.

Ao final da festa, cada família levou para casa a cesta deNatal.

Agradecemos a todosaqueles que ajudaram com adoação de alimentos ebrinquedos e, também,àqueles que vibraram amorpor este dia.

Adolpho

Festa de Natal

Nem toda a família é homogênea, ou seja, nem todos osparticipantes da família têm semelhantes gostos e se identificammoral e afetivamente.

Como nos esclarece o Evangelho, Deus nos dá a oportunidade derecebermos na família Espíritos que necessitam de nossa orientaçãopara evoluírem moralmente.

Para nós, esta oportunidade oferecida por Deus deve serconsiderada como um compromisso espiritual de muita importância,pois de nosso empenho dependerá a evolução espiritual de umcompanheiro nosso, que aguarda a nossa ajuda para se libertar deséculos de erros e sofrimentos.

Recomenda ainda o Evangelho:“Acolhei-os, portanto, como irmãos. Ajudai-os e, mais tarde, no

mundo espiritual, a família espiritual se felicitará por haver salvo donaufrágio moral alguns desses Espíritos infelizes que, por sua vez,poderão salvar outros.”

Neste trecho, fica claro que aqueles que reencarnam junto a nósfazem parte de nossa família espiritual.

Se nos empenharmos em ajudá-los a evoluir, não só eles estarãosendo ajudados, mas também todos os espíritos que fazem parte denossa família espiritual estarão felizes, pois se reunirão conosco paracontinuar a tarefa de ajudar mais e mais companheiros.

Este é o efeito do amor ao próximo. Aquele que é ajudado e evoluiirá ajudar a outros, formando uma “corrente” de solidariedade e uniãofraterna.

Quando temos na família algum companheiro que não estáajustado às regras morais mais elevadas, devemos evitar as atitudesde isolá-lo ou ignorá-lo, afastando-o. Este é um comportamentoegoísta e preguiçoso.

Reconhecemos que o trabalho é grande e requer uma enormedose de paciência e perseverança, mas os resultados são tãogratificantes que vale a pena.

Pode ser que este nosso trabalho dure mais de uma reencarnação,mas Jesus não nos disse que somos espíritos eternos?!

Deixemos de ser imediatistas, confiemos em Deuse façamos a parte que nos toca com muito carinho ededicação.

Não neguemos ao nosso irmão a orientação moralelevada, ajudêmo-lo ele a fortalecer a sua fé.

Deus, Jesus e os nossos amigos espirituaisestarão a nos amparar.

WilsonBibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo - AllanKardec, Tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 3ªed., 2002.Imagem:http://blog.cancaonova.com/ananeri/files/2008/03/familia.jpg

SeareiroSeareiro18

Auxílio Mútuo“Mas, como eles não devem trabalhar apenas para si, Deuspermite que outros Espíritos, menos evoluídos, venham aencarnar entre eles, a fim de receberem conselhos e bonsexemplos, no interesse de sua própria evolução.” (O EvangelhoSegundo o Espiritismo, capítulo XIV, item 9)

Aconteceu

Famíliafamilia

aconteceu

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Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança 19

Quando a vida se mostrar difícil e repleta emdesalento, talvez seja a hora de modificar-lhe o rumo,pensando e agindo em favor do semelhante. Disciplinae trabalho, lembrando a tarefa do voluntário. O tema dequem tem fé no coração, para essa atividade, recebe onome existente no capítulo do Evangelho: Fora daCaridade não há salvação.

A caminhada, por mais rude que pareça, deve sertrocada pelas trilhas da esperança.

Os compromissos assumidos devem serrespeitados, sejam eles quais forem. Mas aqueles quese aproximam de Jesus trazem a consciência mantidana fé.

Aqueles que alcançam o serviço, a humildade e opróprio raciocínio do perdão sabem buscar odiscernimento, pela disciplina encontrada na Natureza.Ela ensina a gentileza entre rios, matas e pássaros e apaciência entre as vegetações e arbustos emdobrarem-se diante da ventania, superando astempestades. Que belos exemplos Deus nos dá! E,para dar o testemunho desses tesouros imateriais,enviou-nos Jesus, com a Lei do Amor, através doEspírito Eterno.

ElielceBibliografia: - Francisco Cândido Xavier /Espíritos Diversos, Editora UEM,1ª ed., 1991.Imagem:http://www.lavistachurchofchrist.org/Pictures/Jesus%27%20Ministry%20Artwork/images/jesus_washes_the_disciples'_feet.jpg

Fulgor no Entardecer

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Dez TesourosSe aspiras outro caminhoPara a vida em tempestade,Abraça o novo roteiroNo campo da CARIDADE.

Ao seio do esquecimentoTristezas e mágoas lança,Vestindo todo desejoNa túnica da ESPERANÇA.

Conserva nos compromissosAconsciência de péE arrima-te, valoroso,No bastão da própria FÉ.

Fortificado, prossegueSem paixões naquilo ou nisso,Acendendo, em toda parte,Os júbilos do SERVIÇO.

Para estender no caminhoAluz da felicidade,Aceita sem discutir,As sugestões da HUMILDADE.

Diante dos que te firamAlma, sonho e coração,Faze de cada amarguraUm cântico de PERDÃO.

Combatendo a ignorânciaQue é noite no pensamento,Aprimora-te no estudo,Buscando o DISCERNIMENTO.

Preserva no trabalhoQue aperfeiçoa e iluminaRespeitando em tudo e em todosO culto da DISCIPLINA.

Atende à simplicidadePor brilho da natureza,Alongando onde estiveresAbênção da GENTILEZA.

Se a provação te aparece,Aceita-lhe o golpe e vence-aEmpregando, em toda parte,Aforça da PACIÊNCIA.

Nesses tesouros sem ouroNo dever que nos governaEncontraremos em Cristo,O amor para a vida Eterna.

Casimiro Cunha

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Page 20: Núcleo de Estudos Espíritas "Amor e Esperança" - … · 2017-06-28 · poucas obras, quantas nós já lemos? Se fossem 10%, que não é nada, seriam mais de 40 livros. Seráquejálemosmaisde40livros,entreKardeceChico?Equenãoénadadiantedetudooque

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