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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos Contexto da Avaliação do Ciclo de Estudos Contexto da Avaliação do Pedido de Acreditação de Novo Ciclo de Estudos Nos termos do regime jurídico da avaliação do ensino superior (Lei n.º 38/2007, de 16 de agosto), a entrada em funcionamento de um novo ciclo de estudos exige a sua acreditação prévia pela A3ES. O processo de acreditação prévia de novos ciclos de estudo (Processo NCE) tem por elemento fundamental o pedido de acreditação elaborado pela instituição avaliada, submetido na plataforma da Agência através do Guião PAPNCE. O pedido é avaliado por uma Comissão de Avaliação Externa (CAE), composta por especialistas selecionados pela Agência com base no seu currículo e experiência e apoiada por um funcionário da Agência, que atua como gestor do procedimento. A CAE analisa o pedido à luz dos critérios aplicáveis, publicitados, designadamente, em apêndice ao presente guião. A CAE, usando o formulário eletrónico apropriado, prepara, sob supervisão do seu Presidente, a versão preliminar do relatório de avaliação do pedido de acreditação. A Agência remete o relatório preliminar à instituição de ensino superior para apreciação e eventual pronúncia, no prazo regularmente fixado. A Comissão, face à pronúncia apresentada, poderá rever o relatório preliminar, se assim o entender, competindo-lhe aprovar a sua versão final e submetê-la na plataforma da Agência. Compete ao Conselho de Administração a deliberação final em termos de acreditação. Na formulação da deliberação, o Conselho de Administração terá em consideração o relatório final da CAE e, havendo ordens e associações profissionais relevantes, será igualmente considerado o seu parecer. O Conselho de Administração pode, porém, tomar decisões não coincidentes com a recomendação da CAE, com o intuito de assegurar a equidade e o equilíbrio das decisões finais. Assim, o Conselho de Administração poderá deliberar, de forma fundamentada, em discordância favorável (menos exigente que a Comissão) ou desfavorável (mais exigente do que a Comissão) em relação à recomendação da CAE. Composição da CAE A composição da CAE que avaliou o presente pedido de acreditação do ciclo de estudos é a seguinte (os CV dos peritos podem ser consultados na página da Agência, no separador Acreditação e Auditoria / Peritos ): Leandro Almeida pág. 1 de 13

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE -Novo ciclo de estudosContexto da Avaliação do Ciclo de EstudosContexto da Avaliação do Pedido de Acreditação de Novo Ciclo de Estudos

Nos termos do regime jurídico da avaliação do ensino superior (Lei n.º 38/2007, de 16 de agosto), aentrada em funcionamento de um novo ciclo de estudos exige a sua acreditação prévia pela A3ES.

O processo de acreditação prévia de novos ciclos de estudo (Processo NCE) tem por elementofundamental o pedido de acreditação elaborado pela instituição avaliada, submetido na plataformada Agência através do Guião PAPNCE.

O pedido é avaliado por uma Comissão de Avaliação Externa (CAE), composta por especialistasselecionados pela Agência com base no seu currículo e experiência e apoiada por um funcionário daAgência, que atua como gestor do procedimento. A CAE analisa o pedido à luz dos critériosaplicáveis, publicitados, designadamente, em apêndice ao presente guião.

A CAE, usando o formulário eletrónico apropriado, prepara, sob supervisão do seu Presidente, aversão preliminar do relatório de avaliação do pedido de acreditação. A Agência remete o relatóriopreliminar a instituição de ensino superior para apreciação e eventual pronúncia, no prazoregularmente fixado. A Comissão, face a pronúncia apresentada, poderá rever o relatório preliminar,se assim o entender, competindo-lhe aprovar a sua versão final e submete-la na plataforma daAgência.

Compete ao Conselho de Administração a deliberação final em termos de acreditação. Naformulação da deliberação, o Conselho de Administração terá em consideração o relatório final daCAE e, havendo ordens e associações profissionais relevantes, será igualmente considerado o seuparecer. O Conselho de Administração pode, porém, tomar decisões não coincidentes com arecomendação da CAE, com o intuito de assegurar a equidade e o equilíbrio das decisões finais.Assim, o Conselho de Administração poderá deliberar, de forma fundamentada, em discordânciafavorável (menos exigente que a Comissão) ou desfavorável (mais exigente do que a Comissão) emrelação a recomendação da CAE.

Composição da CAE

A composição da CAE que avaliou o presente pedido de acreditação do ciclo de estudos é a seguinte(os CV dos peritos podem ser consultados na página da Agência, no separador Acreditação eAuditoria / Peritos):

Leandro Almeida

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosJosé Marmeleira Carlos Fernandes da Silva

1. Caracterização geral do ciclo de estudos.1.1. Instituição de Ensino Superior:Universidade De Lisboa1.1.a. Outra(s) Instituição(ões) de Ensino Superior (proposta em associação):

1.2. Unidade orgânica (faculdade, escola, instituto, etc.):Faculdade De Motricidade Humana1.2.a. Outra(s) unidade(s) orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.) (proposta em associação):Instituto De Educação (UL)1.3. Designação do ciclo de estudos:Resiliência na Educação1.4. Grau:Mestre1.5. Área científica predominante do ciclo de estudos:Educação1.6.1 Classificação CNAEF – primeira área fundamental, de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de16 de Março (CNAEF-3 dígitos):9991.6.2 Classificação CNAEF – segunda área fundamental, de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de16 de Março (CNAEF-3 dígitos), se aplicável:<sem resposta>1.6.3 Classificação CNAEF – terceira área fundamental, de acordo com a Portaria n.º 256/2005, de16 de Março (CNAEF-3 dígitos), se aplicável:<sem resposta>1.7. Número de créditos ECTS necessário à obtenção do grau:1201.8. Duração do ciclo de estudos (art.º 3 DL n.º 74/2006, de 24 de março, com a redação do DL n.º65/2018, de 16 de agosto):2 anos1.9. Número máximo de admissões proposto:301.10. Condições específicas de ingresso:Ser titular do grau de licenciado ou equivalente legal ou titular de um grau académico superiorestrangeiro ou detentor de currículo escolar, científico ou profissional, reconhecido como atestandocapacidade para realização deste ciclo de estudos, nos termos previstos no artigo 17.º do decreto-lei74/2006 de 24 de março e alterações seguintes.1.11. Regime de funcionamento.<sem resposta>1.11.1. Se outro, especifique:Três modelos em simultâneo: presencial (pós laboral, fins-de semana), à distância e misto. 1.12. Local onde o ciclo de estudos será ministrado:Faculdade de Motricidade Humana e Instituto de Educação – Universidade de Lisboa

1.13. Regulamento de creditação de formação académica e de experiência profissional, publicado emDiário da República (PDF, máx. 500kB):<sem resposta>1.14. Observações:

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos<sem resposta>

2. Instrução do pedido. Condições de ingresso.2.1.1. Deliberações dos órgãos que legal e estatutariamente foram ouvidos no processo de criaçãodo ciclo de estudos:Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais.2.1.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa:O projecto foi analisado e aprovado pelos Conselhos Pedagógico e Científico da Faculdade deMotricidade Humana e pelo Instituto de Educação. Também a sua homologação pelo Reitor daUniversidade de Lisboa foi precedida da auscultação do Senado.2.2.1. Regulamento de creditação de formação e experiência profissional:Existe, é adequado e cumpre os requisitos legais.2.2.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa:Não se trata de um mestrado que qualifique para o exercício profissional, antes capacita osprofissionais da educação de diversas áreas para apoiarem, por exemplo, crianças e adolescentes nodesenvolvimento de suas competências de resiliência e competências socioemocionais.2.3.1. Condições de ingresso:Existem, são adequadas e cumprem os requisitos legais.2.3.2. Evidências que fundamentam a apreciação expressa:Trata-se de uma formação de 2º ciclo de largo espectro que se adequa a diversos profissionais daeducação ou acção socioeducativa com formação académica prévia também diferenciada ou diversa.

3. Âmbito e objetivos do programa de estudos. Adequação aoprojeto educativo, científico e cultural da instituição.Perguntas 3.1 a 3.3

3.1. Objetivos gerais definidos para o ciclo de estudos.Os objetivos gerais do ciclo de estudos estão claramente definidos e são compatíveis com a missão ea estratégia da instituição:Sim3.2. Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) a desenvolver pelosestudantes.Os objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) a desenvolver pelosestudantes estão claramente definidos e suficientemente desenvolvidos:Sim3.3. Inserção do ciclo de estudos na estratégia institucional de oferta formativa, face à missãoinstitucional e, designadamente, ao projeto educativo, científico e cultural da instituição.Os objetivos definidos para o ciclo de estudos são compatíveis com a natureza e missão dainstituição e são adequados à estratégia de oferta formativa e ao projeto educativo, científico ecultural da instituição:Sim

3.4. Apreciação global do âmbito e objetivos do ciclo de estudos.

3.4.1. Apreciação globalEste ciclo de estudos representa um espaço de formação contínua de diferentes profissionais comintervenção em contextos educativos e sua atualização para lidarem com problemas novosrelacionados com pressão, maus-tratos, violência ou exclusão, por exemplo, nos espaços

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudossocioeducativos de crianças e adolescentes, sendo fundamental a aquisição e desenvolvimento dassuas competências emocionais, estratégias de enfrentamento e de resiliência. Quer o Instituto deEducação, quer a Faculdade de Motricidade Humana (esta em particular) têm tradição deprogramas de formação inicial e contínua de professores e outros profissionais, trabalhando compopulações de risco, minorias étnicas e necessidades educativas, por exemplo.3.4.2. Pontos fortesLonga experiência da Faculdade de Motricidade Humana e do Instituto de Educação na formaçãoinicial, pós-graduada e contínua de educadores, professores e outros profissionais da educação. Diversidade de áreas científicas presentes no corpo docente e de projectos de formação,investigação e extensão para uma resposta socioeducativa a grupos socialmente desfavorecidos oucom necessidades de apoio social, psicológico, educativo ou na área da saúde e da motricidade.A novidade da proposta em termos de originalidade temática, multidisciplinaridade e ênfase geral nacapacitação prática dos mestrandos.3.4.3. Pontos fracosA ambição de alguns objectivos de aprendizagem (cf. objectivos 5, 6 e 7 do ponto 3.2. do relatório)face à proposta curricular do curso, a que voltaremos neste relatório.A ainda reduzida produção científica do grupo docente na área central da formação, isto é, aresiliência (compreensível e passível de ser superada pelos vínculos a universidades europeias desteprojecto).

4. Desenvolvimento curricular e metodologias de ensino eaprendizagem.Perguntas 4.1 a 4.10

4.1. Designação do ciclo de estudos. A designação do ciclo de estudos é adequada aos objetivos gerais e objetivos de aprendizagemfixados:Sim4.2. Estrutura curricular. A estrutura curricular é adequada e cumpre os requisitos legais:Em parte4.3. Plano de estudos. O plano de estudos é adequado e cumpre os requisitos legais: Em parte4.4. Objetivos de aprendizagem das unidades curriculares. Os objetivos de aprendizagem das unidades curriculares (conhecimentos, aptidões e competências)estão definidos e são coerentes com os objetivos gerais e os objetivos de aprendizagem definidospara o ciclo de estudos:Em parte4.5. Conteúdos programáticos das unidades curriculares.Os conteúdos programáticos das unidades curriculares são coerentes com os respetivos objetivos deaprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências):Em parte4.6. Metodologias de ensino e aprendizagem. As metodologias de ensino e aprendizagem são adequadas aos objetivos de aprendizagem(conhecimentos, aptidões e competências) definidos para o ciclo de estudos e para cada uma dasunidades curriculares:Em parte4.7. Carga média de trabalho dos estudantes.

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosA instituição assegurou-se que a carga média de trabalho que será necessária aos estudantescorresponde ao estimado em ECTS:Sim4.8. Avaliação da aprendizagem dos estudantes. As metodologias previstas para a avaliação da aprendizagem dos estudantes estão definidas emfunção dos objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências) das unidadescurriculares:Em parte4.9. Participação em atividades científicas. As metodologias de ensino e aprendizagem facilitam a participação dos estudantes em atividadescientíficas:Sim4.10. Fundamentação do número total de créditos do ciclo de estudos. A duração do ciclo de estudos e o número total de créditos ECTS são fundamentados face aosrequisitos legais e prática corrente no Espaço Europeu de Ensino Superior. Os docentes foramconsultados sobre a metodologia de cálculo do n.º de créditos das unidades curriculares.Sim

4.11. Apreciação global do desenvolvimento curricular e metodologias deaprendizagem do ciclo de estudos.

4.11.1. Apreciação globalTrata-se de um ciclo de estudos inovador, com objectivos de uma formação teórica e prática dosestudantes, apoiado na multidisciplinaridade dos recursos existentes nas duas Unidades Orgânicasproponentes. De destacar ainda que este projecto decorre de um projecto Erasmus+ (2016-2018) emque muitos dos conteúdos e estratégias de formação foram ensaiadas e aprimoradas, bem comomateriais a usar de formação estão disponíveis e em várias línguas. Mesmo assim importa destacaralguns pontos que devem merecer a reflexão dos proponentes:

1.Num mestrado de formação contínua e entendido, também, como capacitação profissional, otempo dedicado ao estágio é bastante curto (50hs; carga horária e nº de ECTS idêntico ao de outrasUC), sendo que algumas das horas são apenas de observação (20hs). Com esta duração ecaracterísticas, e tomando o texto descritor desta UC na proposta apresentada pelos proponentes,não parece ser possível conseguir concretizar: "Tanto o ensino como a aprendizagem decompetências de resiliência devem ser aprendidas através da prática e da experiência. Esta unidadede estudo é necessária para a preparação de professores e outros profissionais que atuam emcontexto educativo como facilitadores do desenvolvimento de competências de resiliência emcrianças e jovens" ou noutro momento "Esta unidade curricular serve para os estudantes aplicaremna prática os conteúdos das restantes unidades curriculares do curso, e terem uma experiênciaprática supervisionada e que fornece ferramentas e competências dos estudantes para no seu futuropoderem exercer, e por isto a opção de organizar os conteúdos em duas partes: uma de observaçãode contextos educativos e outra de implementação dos conteúdos à sua prática". Interessante haver8 docentes envolvidos nas orientações, prevendo-se um total de 15hs de contacto entre supervisor eestagiário, contudo dois pontos ainda fragilizam a formação de natureza prática na proposta deestágio apresentado: as metodologias de ensino centram-se nas práticas de observação (o que seriaapenas a primeira parte da UC-estágio), e a metodologia de avaliação proposta centra-se no registoda realização das tarefas. Em síntese, pode-se antecipar alguma frustração, pelo menos por parte dealguns candidatos, entre uma designação e objectivos propostos de formação, e o espaço ouoportunidades disponibilizadas para o desenvolvimento de competências práticas;

2. Associado ao ponto anterior, a proposta curricular parece valorizar bastante a dissertação (UC de

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosmetodologia de investigação ao longo do 1º ano e distribuição dos mestrandos pelo conjunto dedocentes associados ao curso para supervisão do projecto de investigação). Sendo interessante aprodução de conhecimento na área, maior equilíbrio deveria haver entre a componente deinvestigação e a de intervenção face aos objectivos que foram fixados para o mestrado. Aliás aprópria legislação permite alguma flexibilidade, podendo valorizar-se formas de conclusão domestrado pela vertente da investigação (dissertação) ou pelo desenvolvimento de competênciasprofissionais (relatório de estágio ou trabalho de projecto de intervenção). Olhando conjuntamentepara as UC de "estágio" e de "dissertação" alguns dos objectivos de aprendizagem mais voltadospara a prática (cf. ponto 3.2 do relatório) ficam menos assegurados na formação dos mestrandos, einclusive podem-se gerar falsas expectativas nos candidatos. Com efeito, olhando os objectivos 5, 6 e7 verifica-se a sua centralidade na implementação de estratégias e de programas de resiliência emdiferentes contextos e por diferentes agentes educativos, o que não se coaduna com a planificaçãofeita da UC "estágio" e também não está presente tal aplicação nas restantes UC.

3. Não está claro no projecto a forma como se concilia metodologias de ensino presencial, àdistância e misto na descrição feita das várias UC e para os 30 alunos. Não se percepciona estadiversidade de metodologias na organização e funcionamento curricular das UC ao nível dadescrição feita das mesmas (descrição mais ou menos tradicional ou clássica). Falta informaçãosobre sobre a forma de coordenação na opção por estas metodologias, inclusive num funcionamentorelativamente disperso das aulas/contactos ao longo da semana;

4. O curso admite e atende diferentes profissionais dos campos da assistência, educação e apoiosocial, nomeadamente. São profissionais com diverso background na sua formação académicaanterior e especialização profissional. Nesta altura pouca informação é dada sobre o impacto destesperfis e percursos diferenciados na organização do currículo e nas estratégias deensino-aprendizagem. Por exemplo, poder-se-ia questionar se uma UC optativa no 1º semestre,tomando diversas valências de formação (sanitária, psicológica, sociológica, motricidade,educativa....), poderia ser oferecida em função da necessidade de algum "nivelamento" de formaçãoprévia dos candidatos que venham a ser admitidos. Por outro lado, pela sua relevância e actualidade,bem como pela tradição de formação da FMH, parece-nos haver a falta de uma UC de "ActividadeFísica e Resiliência", assim como alguns candidatos, fruto dos percursos anteriores, poderão possuiros conhecimentos de estatística leccionados no 1º semestre;

5. Alguma produção nacional na área das competências socioemocionais, do bem-estar, do burnout,das estratégias de coping e da resiliência poderia estar mais presente na bibliografia aconselhadaaos estudantes nas UC até porque alguns poderão apresentar dificuldades de consulta debibliografia em língua inglesa.

4.11.2. Pontos fortesExperiência em mestrado anterior de âmbito europeu na área e ligações internacionais e materiaisproduzidos a rentabilizar neste mestrado;Consistência e diversidade do corpo docente (educação, educação especial, motricidade,psicologia...).4.11.3. Pontos fracosInsuficiente espaço para o estágio enquanto oportunidade ímpar para o desenvolvimento decompetências profissionalizantes ou componentes aplicadas apontadas nos objectivos da proposta decurso;Falta da informação quanto à forma como é feita a coordenação e operacionalização dos trêsmodelos em simultâneo de funcionamento do curso: presencial (pós-laboral, fins-de-semana), àdistância e misto (blended);

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosAlguma ênfase dos estágios em instituições com grupos específicos de alunos (necessidadeseducativas, necessidades sociais...) e pouco espaço para as instituições gerais de ensino, contextoonde os objectivos definidos para este curso (promoção de competências de resiliência e emocionaisde crianças e adolescentes) também são bastante relevantes.

5. Corpo docente.Perguntas 5.1 a 5.6.

5.1. Coordenação do ciclo de estudos. O docente ou docentes responsáveis pela coordenação do ciclo de estudos têm o perfil adequado:Sim5.2. Cumprimento de requisitos legais. O corpo docente cumpre os requisitos legais de corpo docente próprio, academicamente qualificadoe especializado:Sim5.3. Adequação da carga horária. A carga horária do pessoal docente é adequada: Sim5.4. Estabilidade. A maioria dos docentes mantém ligação à instituição por um período superior a três anos:Sim5.5. Dinâmica de formação. O número de docentes em programas de doutoramento há mais de um ano é adequado àsnecessidades eventualmente existentes de qualificação académica e de especialização do corpodocente do ciclo de estudos:Sim5.6. Avaliação do pessoal docente.Existem procedimentos de avaliação do desempenho do pessoal docente e estão implementadasmedidas conducentes à sua permanente atualização e desenvolvimento profissional:Sim

5.7. Apreciação global do corpo docente.

5.7.1. Apreciação globalA coordenação do curso é assegurada por três docentes com experiência formativa na área e cominvestigação prévia que pode igualmente ser importante para os trabalhos dos estudantes na área daresiliência. O corpo docente é doutorado, proveniente de áreas científicas que diversificam e secomplementam para uma formação abrangente pretendida com este ciclo de estudos.5.7.2. Pontos fortesNúmero elevado de docentes envolvidos no curso e dedicação institucional a 100%; e todosdoutorados. Estabilidade do vínculo do corpo docente e experiência anterior de vários docentes comleccionação em áreas dos apoios sociais e educativos, ou com investigação junto de crianças eadolescentes em temas relevantes para os fenómenos de exclusão, diferenciação educativa, atençãoà diversidade e resiliência.5.7.3. Pontos fracosA frágil publicação, ainda, de vários elementos do corpo docente no domínio específico da resiliência.

6. Pessoal não-docente.

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

Perguntas 6.1 a 6.3.

6.1. Adequação em número.O número e o regime de trabalho do pessoal não-docente correspondem às necessidades do ciclo deestudos:Sim6.2. Competência profissional e técnica.O pessoal não-docente tem a competência profissional e técnica adequada ao apoio à lecionação dociclo de estudos:Sim6.3. Avaliação do pessoal não-docente.Existem procedimentos de avaliação do pessoal não-docente e estão implementadas medidasconducentes à sua permanente atualização e desenvolvimento profissional:Sim

6.4. Apreciação global do pessoal não-docente.

6.4.1. Apreciação globalTratando-se de uma avaliação documental da proposta, e não tendo havido visita às instituiçõesproponentes, assumiu-se o normal funcionamento das mesmas instituições, a sua natureza pública eo cumprimento do estipulado em termos de formação do pessoal não-docente.6.4.2. Pontos fortesNada a assinalar.6.4.3. Pontos fracosNada a assinalar.

7. Instalações e equipamentos.Perguntas 7.1 e 7.2.

7.1. Instalações.A instituição dispõe de instalações físicas (espaços letivos, bibliotecas, laboratórios, salas decomputadores,...) necessárias ao cumprimento dos objetivos de aprendizagem do ciclo de estudos:Sim7.2. Equipamentos.A instituição dispõe de equipamentos didáticos e científicos e dos materiais necessários aocumprimento dos objetivos de aprendizagem do ciclo de estudos:Sim

7.3. Apreciação global das instalações e equipamentos.

7.3.1. Apreciação globalAs duas instituições tem larga tradição de oferta formativa nos campos da educação, e tambémoferta educativa anual bastante expressiva. Este curso não coloca particulares desafios em termosde instalações e equipamentos, depreendendo-se (sem visita) a sua qualidade e suficiência para obom funcionamento do curso. Por outro lado, estando este mestrado associado a um consórcioeuropeu e que inclusive organizou já esta formação, ou similar, tais condições em termos deequipamento, por exemplo para ensino a distância, antecipam-se asseguradas.7.3.2. Pontos fortesNada a assinalar7.3.3. Pontos fracos

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosNada a assinalar

8. Atividades de investigação e desenvolvimento e/ou deformação avançada e desenvolvimento profissional de altonível.Perguntas 8.1 a 8.4.

8.1. Centros de investigação na área do ciclo de estudos.A instituição dispõe de recursos organizativos e humanos que integrem os docentes do ciclo deestudos em atividades de investigação, seja por si ou através da sua participação ou colaboração, oudos seus docentes e investigadores, em instituições científicas reconhecidas:Sim8.2. Produção científica.Existem publicações científicas do corpo docente do ciclo de estudos em revistas internacionais comrevisão por pares, livros e capítulos de livro, nos últimos cinco anos, com relevância para a área dociclo de estudos:Em parte8.3. Atividades de desenvolvimento tecnológico e artístico.Existem atividades de formação avançada, desenvolvimento profissional e artístico e de prestação deserviços à comunidade, com relevância para a área do ciclo de estudos, que representam umcontributo real para o desenvolvimento nacional, regional e local, a cultura científica e a açãocultural, desportiva e artística: Sim8.4. Integração em projetos e parcerias nacionais e internacionais.As atividades científicas, tecnológicas e artísticas estão integradas em projetos e/ou parceriasnacionais e internacionais:Sim

8.5. Apreciação global das atividades de I&D e/ou de formação avançada edesenvolvimento profissional de alto nível.

8.5.1. Apreciação globalOs docentes do curso encontram-se associados a Centros de Investigação avaliados pela FCT com"Muito Bom" (maioritariamente) ou "Excelente", havendo alguns docentes com projectos deinvestigação e/ou com parcerias editoriais de âmbito internacional.Vários docentes têm um volume expressivo de publicações de âmbito internacional, inclusive emrevistas com índice de impacto (ISI; scopus). Há também vários docentes com publicações no âmbitode manuais, nacionais e internacionais, alguns deles de apoio à acção educativa dos profissionais.Mesmo assim, alguns docentes apresentam uma produção científica pouca expressiva e semindicadores de internacionalização. Como várias vezes referido neste relatório, a abertura desteciclo de estudos deve ser oportunidade de um reforço da produção científica deste grupo docente naárea da resiliência, pois no presente constata-se a sua escassez.8.5.2. Pontos fortesA qualidade de produção científica (projetos, publicações) de alguns docentes. Bom nível deinternacionalização por parte de alguns docentes.8.5.3. Pontos fracosAlguns docentes apresentam um frágil envolvimento em projectos financiados em concursos. Algunsdocentes com fraca internacionalização das suas publicações, nomeadamente em revistasinternacionais da especialidade indexadas. De uma maneira geral, a produção científica na área da

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosresiliência é, ainda, escassa, antecipando-se o seu desenvolvimento com o funcionamento do curso.

9. Enquadramento na rede de formação nacional da área(ensino superior público).Perguntas 9.1 a 9.3.

9.1. Expectativas de empregabilidade. A instituição promoveu uma análise da empregabilidade dos graduados por ciclos de estudossimilares, com base em dados oficiais:Em parte9.2. Potencial de atração de estudantes.A instituição promoveu uma análise sobre a evolução de candidatos ao ensino superior na área dociclo de estudos, indicando as eventuais vantagens competitivas percecionadas:Sim9.3. Parcerias regionais.A instituição estabeleceu parcerias com outras instituições da região que lecionam ciclos de estudossimilares:Não

9.4. Apreciação global do enquadramento do ciclo de estudos na rede deformação nacional.

9.4.1. Apreciação globalTrata-se de um curso inovador, que não aparece assegurado, no seu âmbito e objectivos concretos,noutras instituições. Neste sentido não era esperado ter ligações a cursos similares de instituiçõesda região, mesmo que áreas da saúde e da psicologia (muito relevantes no campo da resiliência)possam vir a ser fortalecidas por outras Unidades Orgânicas existentes na própria Universidade deLisboa. Tratando-se de um curso novo, antecipa-se uma capacidade de atracção de candidatos e opreenchimento das suas 30 vagas. Tendencialmente os candidatos serão maioritariamenteprofissionais, até pelas possibilidades de frequência de UCs à distância ou em regime misto, não secolocando para estes as questões de empregabilidade (curso não associado à formação inicial eprofissional de profissionais da educação). No entanto, não representando o curso uma áreaprofissionalizante, a sua divulgação não deve criar nos candidatos expectativas de emprego outransposição de competências adquiridas para o mercado de trabalho, até porque é atualmente umaárea ainda pouco divulgada nos contextos educativos. Não foi indicado qualquer estudo prévio sobrenecessidades sociais desta formação, mas antecipa-se a sua relevância e actualidade.9.4.2. Pontos fortesNovidade do curso, conjunto de objectivos formativos voltados para a prática profissional eresolução de problemas concretos de crianças e adolescentes (população escolar) nas áreas do bemestar, desenvolvimento socioemocional e resiliência, ou seja domínios novos, bem actuais e bastanteapelativos junto dos profissionais que trabalham com grupos de risco social, necessidades educativas,entre outros, Antecipa-se boa capacidade atractiva de candidatos.9.4.3. Pontos fracosA abertura do mestrado a candidatos de formação académica prévia muito diversa, ou comcompetências profissionais também heterogéneas, mesmo que até possam ser uma mais-valia nosprocessos de aprendizagem dos estudantes, não aparecem devidamente atendidas na estruturacurricular ou na diversificação das instituições de estágio, assim como não estão suficientementereflectidas nas estratégias de ensino-aprendizagem-avaliação, ou na forma final de conclusão do

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosmestrado (maior ênfase nas dissertações mais clássicas).

10. Comparação com ciclos de estudos de referência noEspaço Europeu de Ensino Superior (EEES).Perguntas 10.1 e 10.2.

10.1. Ciclos de estudos similares em instituições europeias de referência. O ciclo de estudos tem duração e estrutura semelhantes a ciclos de estudos de instituições dereferência do EEES:Sim10.2. Comparação com objetivos de aprendizagem de ciclos de estudos similares.O ciclo de estudos tem objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências)análogos aos de outros ciclos de estudos de instituições de referência do EEES:Sim

10.3. Apreciação global do enquadramento no Espaço Europeu de EnsinoSuperior.

10.3.1. Apreciação globalEste ciclo de estudos beneficia de experiência anterior de participação anterior da Faculdade deMotricidade Humana num projeto Erasmus+, onde, em parceria com outras universidades europeias,foi trabalhado o plano de estudos do mestrado. Mantém-se as ligações internacionais e oconhecimento decorrentes dessa experiência. 10.3.2. Pontos fortesPossibilidades de intercâmbio europeu na implementação deste ciclo de estudos.10.3.3. Pontos fracosNada a assinalar

11. Estágios e períodos de formação em serviço (quandoaplicável).Perguntas 11.1 a 11.4.

11.1. Locais de estágio ou formação em serviço.Existem locais de estágio ou formação em serviço adequados e em número suficiente:Em parte11.2. Acompanhamento dos estudantes pela instituição.São indicados recursos próprios da instituição para acompanhar os seus estudantes no período deestágio ou formação em serviço:Em parte11.3. Garantia da qualidade dos estágios e períodos de formação em serviço. Existem mecanismos para assegurar a qualidade dos estágios e períodos de formação em serviço dosestudantes:Em parte11.4. Orientadores cooperantes.São indicados orientadores cooperantes do estágio ou formação em serviço, em número e comqualificações adequadas (para ciclos de estudos em que o estágio é obrigatório por lei):Não

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudos

11.5. Apreciação global das condições de estágio ou formação em serviço.

11.5.1. Apreciação globalTratando-se de um mestrado, também, com objectivos precisos de formação aplicada edesenvolvimento de competências profissionais, o estágio contemplado na estrutura curricular nãose encontra devidamente valorizado, organizado e sistematizado na sua operacionalização paraassegurar tais objectivos. Igualmente se aponta que face ao público candidato tão heterogéneo e àssituações regulares de ensino e de vida social, as instituições mencionadas para a realização dosestágios não são suficientemente abrangentes (e até para desenvolvimento de formas maispromocionais e preventivas de intervenção) pois, basicamente as instituições identificadas,maioritariamente, acolhem grupos de risco social ou necessidades educativas.11.5.2. Pontos fortesNada a assinalar.11.5.3. Pontos fracosMesmo não sendo candidatos que procurem este ciclo de estudos para se profissionalizarem, oestágio, dado os objectivos práticos fixados, merece maior sistematização de processos e maiordiversidade de instituições envolvidas.

12. Observações finais.12.1. Apreciação da pronúncia da instituição (quando aplicável).A CAE regista o cuidado colocado pela instituição na elaboração da pronúncia ao relatóriopreliminar enviada, assim como as alterações introduzidas nas fichas das UC e a angariação delocais de estágio em maior número e diversidade. Ao mesmo tempo, as condições a cumprir deimediato referentes à clarificação dos objetivos e modos de funcionamento do curso e suas UC foramsatisfatoriamente atendidas na pronúncia. Alguns condicionantes decorrem da organização conjuntado mestrado no seio de um consórcio internacional de instituições que preparou a candidatura a ummestrado ERASMUS Mundus, apontando-se o cuidado que deve haver na divulgação do curso àexplicitação dos objetivos e do funcionamento do curso diminuindo o risco de criação deexpectativas não atendíveis por parte dos candidatos. Assim, a CAE recomenda a acreditação dociclo de estudos por um período de três anos, estando este limite temporal associado à ainda poucainvestigação e produção científica dos docentes na área científica do curso.

12.2. Observações.<sem resposta>12.3. PDF (100KB).<sem resposta>

13. Conclusões.13.1. Apreciação global da proposta do novo ciclo de estudos.Síntese das apreciações efetuadas ao longo do relatório, sistematizando os pontos fortes e asdebilidades da proposta de criação do novo ciclo de estudos.Criado na continuidade de um projecto europeu Erasmus+ (ENRETE 2016-2018), e beneficiandologicamente dessa experiência acumulada e das ligações internacionais criadas ou de materiais deapoio ao ensino-aprendizagem então produzidos, este mestrado apresenta-se como novidade, tantoquanto se conhece, em Portugal. Os problemas na área da convivência e inclusão social, as tensõesdo quotidiano, as dificuldades na adaptação e desenvolvimento psicossocial de crianças eadolescentes, entre muitas outras razões, fazem-nos apreciar muito positivamente este mestrado nosseus objectivos de investigação e de intervenção por parte de diversos profissionais de educação no

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NCE/19/1900013 — Relatório final da CAE - Novo ciclo de estudosapoio a crianças e adolescentes na área emocional e resiliência. Assim, são reconhecidasnecessidades de investigação junto destas populações mais jovens e são apontadas necessidades deformação pelos profissionais.O ciclo de estudo está ancorado em duas Unidades Orgânicas da Universidade de Lisboa com fortetradição e com bastante diversidade de oferta formativa em áreas estruturantes deste mesmomestrado (educação, formação de professores, educação especial, motricidade), apresentando umgrupo de três coordenadores com produção científica e experiência de ensino adequados para ocurso, e, ainda, um conjunto de docentes com estabilidade contratual à Universidade de Lisboa, comvínculos de 100% e em número muito satisfatório para as necessidades do curso (partilhando UCs,supervisão de estágios e dissertações).Igualmente, de destacar, o envolvimento de vários docentes em projectos de investigação, avinculação de todos a centros avaliados pela FCT com "Muito Bom" e "Excelente" (três docentes) e,nalguns casos, nível elevado de publicação em revistas e livros de circulação internacional.

As maiores fragilidades deste ciclo de estudo decorrem da não consonância da estrutura curricularcom a diversidade de formações científicas prévias por parte do público candidato, fazendo sentidoalguma atenção no "nivelamento" de conhecimentos no decurso do 1º semestre através da oferta deUC optativas para complementar formações iniciais em áreas estruturantes do curso e, também, apouca importância atribuída ao estágio num ciclo de estudos que marcadamente fixa os seusobjectivos no desenvolvimento de competências práticas e na melhoria das competências dosprofissionais na capacitação das crianças e adolescentes em termos de promoção do seu bem-estar eresiliência.Não ficou claro para a CAE o funcionamento do curso e das suas UC quando se afirma que o mesmocurso funciona em regime presencial, à distância e misto. Também em algumas fichas de UC não éapresentada toda a informação solicitada em determinados pontos (e.g., metodologias de ensino eavaliação, demonstração da coerência dos conteúdos com os objetivos) e não há um alinhamentoentre as horas atribuídas aos docentes e as horas de contacto.A pesquisa e as publicações dos docentes na área da resiliência não é ainda expressiva, o que seaceita, pois seguramente o próprio curso irá favorecer o seu incremento, contudo não aparecesuficientemente aproveitada a produção nacional na área da resiliência, não aparecendo a mesmasuficientemente valorizada na bibliografia facultada aos estudantes.13.2. Recomendação final.Com fundamento na apreciação global da proposta de criação do ciclo de estudos, a CAE recomenda:A acreditação condicional do ciclo de estudos13.3. Período de acreditação condicional (se aplicável).No caso de recomendação de acreditação condicional, indicação do período de acreditação proposto(em n.º de anos).313.4. Condições (se aplicável). No caso de recomendação de acreditação condicional, indicação das condições a cumprir.Reforçar a investigação e as publicações do corpo docente na área da resiliência.

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