nbr 11172 tb 371 - aglomerantes de origem mineral
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Palavras-chave: Aglomerante. Cimento
CDU: 666.96:625.07 JUN 1990
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NBR 11172
Aglomerantes de origem mineral
SUMÁRIO1 Objetivo2 DefiniçõesANEXO - Termos correlacionados com aglomerantes
minerais
1 Objetivo
Esta Norma define os termos empregados para aglo-merantes de origem mineral, abrangendo, apenas, osquimicamente ativos.
2 Definições
Para efeito desta Norma são adotadas as definições de2.1 a 2.8.4
2.1 Aglomerante de origem mineral
Produto com constituintes minerais que, para suaaplicação, se apresenta sob forma pulverulenta e que napresença da água forma uma pasta com propriedadesaglutinantes.
2.2 Aglomerante hidráulico
Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de en-durecer apenas pela reação com a água e que, após seuendurecimento, resiste satisfatoriamente quando sub-metida à ação da água.
2.3 Aglomerante aéreo
Aglomerante cuja pasta apresenta a propriedade de en-durecer por reações de hidratação ou pela ação química
do anidrido carbônico (CO2) presente na atmosfera e que,após seu endurecimento, não resiste satisfatoriamentequando submetida à ação da água.
2.4 Cimento
Aglomerante hidráulico constituído em sua maior parte desilicatos e/ou aluminatos de cálcio.
2.4.1 Cimento natural
Aglomerante hidráulico obtido pela calcinação e moagemde um calcário argiloso, denominado “rocha de cimento”ou “marga”.
2.4.2 Cimento aluminoso
Aglomerante hidráulico constituído em sua maior parte dealuminato de cálcio.
2.4.3 Cimento de alvenaria
Aglomerante hidráulico resultante da moagem do clínquerPortland com adições minerais, tais como: calcário, deter-minadas argilas, pozolanas, escórias e aditivos, destina-dos às argamassas com características adequadas aosserviços de alvenaria.
2.4.4 Cimento Portland
Aglomerante hidráulico artificial, obtido pela moagem declínquer Portland, sendo geralmente feita a adição de umaou mais formas de sulfato de cálcio.
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Origem: Projeto 18:001.19-001/1989CB-18 – Comitê Brasileiro de Cimento, Concretos e AgregadosCE-18:001.19 – Comissão de Estudo de CimentosNBR 11172 - Mineral binders - TerminologyReimpressão da TB-371 de DEZ 1989
Terminologia
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2.4.4.1 Cimento Portland comum
Cimento Portland obtido pela moagem de clínquer Port-land, ao qual se adiciona durante a operação a quantidadenecessária de uma ou mais formas de sulfato de cálcio.Durante a moagem são permitidas adições a esta misturade materiais pozolânicos, escórias granuladas de alto-forno e materiais carbonáticos. Em função dessas adi-ções, o cimento Portland comum é classificado como:
CPS - Cimento Portland Comum Simples
CPE - Cimento Portland Comum com Escória
CPZ - Cimento Portland Comum com Pozolana.
2.4.4.2 Cimento Portland de alta resistência inicial (ARI)
Cimento Portland que atende às exigências de alta re-sistência inicial, obtido pela moagem de clínquer Portland.Durante a moagem, não é permitida a adição de outrasubstância a não ser uma ou mais formas de sulfato decálcio.
2.4.4.3 Cimento Portland de alto-forno (AF)
Cimento Portland obtido pela mistura homogênea declínquer Portland e escória granulada básica de alto-forno, moídos em conjunto ou separados, com adiçãoeventual de uma ou mais formas de sulfato e carbonatode cálcio.
Nota: Estes cimentos devem ser considerados de moderada oualta resistência a sulfatos, desde que atendam às suascorrespondentes especificações e que o teor de aluminatotricálcico da mistura, calculado a partir do seu teor noclínquer, seja inferior, respectivamente, a 8% e 5%.
2.4.4.4 Cimento Portland pozolânico (POZ)
Cimento Portland obtido pela mistura homogênea declínquer Portland e materiais pozolânicos moídos emconjunto ou separado. Durante a moagem, adiciona-seuma ou mais formas de sulfato de cálcio.
Nota: Estes cimentos devem ser considerados de moderada oualta resistência a sulfatos, desde que atendam às suascorrespondentes especificações e que o teor de aluminatotricálcico da mistura, calculado a partir do seu teor noclínquer, seja inferior, respectivamente, a 8% e 5%.
2.4.4.5 Cimento Portland de moderada resistência asulfatos (MRS)
Cimento Portland obtido pela moagem de clínquerPortland e que apresenta características adequadas pa-ra uso quando se deseja moderada resistência a sulfatos.Durante a moagem adiciona-se uma ou mais formas desulfato de cálcio.
2.4.4.6 Cimento Portland de alta resistência a sulfatos(ARS)
Cimento Portland obtido pela moagem de clínquerPortland e que apresenta características adequadas pa-ra uso quando se deseja alta resistência a sulfatos.Durante a moagem adiciona-se uma ou mais formas desulfato de cálcio.
2.4.4.7 Cimento Portland branco (CPB)
Cimento Portland obtido pela moagem de clínquer Portlande que apresenta teor mínimo ou ausência de óxido de ferro(Fe203) e outros óxidos corantes. Durante a moagemadiciona-se uma ou mais formas de sulfato de cálcio.
2.4.4.8 Cimento Portland para poços petrolíferos (CPP)
Cimento Portland com características tais que permitama sua aplicação nas condições peculiares encontradasnos poços petrolíferos. É obtido pela moagem de clínquerPortland, durante a qual não é permitida a adição de outrasubstância a não ser uma ou mais formas de sulfato decálcio.
2.5 Clínquer
Produto granulado resultante da queima até fusão parcialou completa de constituintes minerais, e que após suamoagem se constitui em um produto com propriedadeshidráulicas.
2.5.1 Clínquer Portland
Clínquer constituído, em sua maior parte, por silicatos ealuminatos de cálcio hidráulicos, obtido por queima, atéfusão parcial, de uma mistura homogênea e convenien-temente proporcionada, constituída basicamente de cal-cário e argila.
2.5.2 Clínquer aluminoso
Clínquer constituído, em sua maior parte, de aluminato decálcio obtido pela fusão completa de uma mistura homo-gênea e convenientemente proporcionada, constituídabasicamente de calcário e bauxita.
2.6 Materiais pozolânicos
Materiais silicosos ou sílico-aluminosos que possuempouca ou nenhuma atividade aglomerante, mas que,quando finamente moídos e na presença de água, fixamo hidróxido de cálcio à temperatura ambiente, formandocompostos com propriedades hidráulicas.
2.6.1 Pozolanas naturais
Material pozolânico de origem ígnea ou sedimentar, ge-ralmente ácido, isto é, rico em materiais silicosos.
2.6.2 Pozolanas artificiais
Material pozolânico proveniente de tratamento térmico dedeterminadas argilas ou subprodutos industriais comatividades pozolânicas.
Nota: Consideram-se como pozolanas artificiais as argilas calci-nadas, cinzas volantes e outros materiais não tradicionais,tais como: escórias siderúrgicas ácidas, microssílicas,rejeito sílico-aluminoso de craqueamento do petróleo; cinzassilicosas de resíduos de alguns vegetais e de rejeitos decarvão mineral.
2.6.3 Escória granulada de alto-forno
Subproduto da produção de gusa em alto-forno obtidosob forma granulada por resfriamento brusco, constituído
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em sua maior parte de óxidos de cálcio, silício e alumínio.Possui a característica de, quando pulverizada, apresen-tar propriedades hidráulicas latentes.
2.7 Gesso
Aglomerante aéreo obtido usualmente pela calcinaçãomoderada da gipsita (sulfato de ácido diidratado) resul-tando em sulfatos de cálcio hemi-hidratados (hemidratos).
2.8 Cal
Aglomerante cujo constituinte principal é o óxido de cálcioou óxido de cálcio em presença natural com o óxido demagnésio, hidratados ou não.
2.8.1 Cal virgem
Cal resultante de processos de calcinação, da qual oconstituinte principal é o óxido de cálcio ou óxido de cálcioem associação natural com o óxido de magnésio, capazde reagir com a água. Em função dos teores dos seusconstituintes, pode ser designada de: cálcica (ou alto-cálcio), magnesiana ou dolomítica.
2.8.2 Cal extinta
Cal resultante da exposição da cal virgem ao ar ou à água,portanto apresentando sinais de hidratação e, eventual-mente, de recarbonatação. Apresenta proporções variadasde óxidos, hidróxidos e carbonatos de cálcio e magnésio.
2.8.3 Cal hidratada
Cal, sob a forma de pó seco, obtida pela hidratação ade-quada de cal virgem, constituída essencialmente de hidró-xido de cálcio ou de uma mistura de hidróxido de cálcio ehidróxido de magnésio, ou ainda, de uma mistura de hi-dróxido de cálcio, hidróxido de magnésio e óxido de mag-nésio.
2.8.4 Cal hidráulica
Cal, sob a forma de pó seco, obtida pela calcinação a umatemperatura próxima à da fusão de calcário com impurezassílico-aluminosas, formando silicatos, aluminatos e ferri-tas de cálcio, que lhe conferem um certo grau de hidrauli-cidade.
/ANEXO
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ANEXO- Termos correlacionados com aglomerantes minerais
Adições: Produtos de origem mineral adicionados aoscimentos, argamassas e concretos, com a finalidade dealterar suas características.
Aditivo: Produto químico adicionado em pequenos teoresàs caldas, argamassas e concretos, com a finalidade dealterar suas características no estado fresco e/ou no en-durecido.
Anidrita: Sulfato de cálcio não hidratado (CaSO4), obtidopela calcinação da gipsita ou em rara ocorrência natural.
Argamassa: Mistura íntima e homogênea de aglomerantede origem mineral, agregado miúdo, água e, eventual-mente, aditivos, em proporções adequadas a uma deter-minada finalidade.
Argamassa aérea: Argamassa na qual é empregado umaglomerante aéreo.
Argamassa de cal: Argamassa na qual o aglomerante éuma cal.
Argamassa de cimento: Argamassa na qual o aglome-rante é um cimento, com aplicações onde a resistênciamecânica é mais exigida.
Argamassa hidráulica: Argamassa na qual é empregadoum aglomerante hidráulico.
Argamassa mista: Argamassa na qual os aglomerantessão o cimento e a cal, em proporções adequadas à fina-lidade a que se destina.
Argila: Material de origem natural de granulação muitofina, sedimentar, ou formado “in sito” como produto re-sultante de alteração de rocha. Termo empregado, tam-bém, para designar a fração granulométrica com ta-manhos de grãos inferiores a 0,005 mm. Termo utilizado,ainda, para designar solo constituído essencialmentede silicato hidratado de alumínio, como caulim, bentonita,bauxita, etc.
Calcário: Vide “Rochas carbonatadas”.
Cal cálcica: Cal virgem ou hidratada, com teor de óxidode cálcio entre 90% e 100% dos óxidos totais presentes(Ca0 + Mg0) expressos na base de não-voláteis.
Calda de cimento: Mistura conveniente de cimento eágua em excesso e eventualmente aditivos, constituindo
material adequado para pintura, cimentação e injeçõespara preenchimentos de vazios ou ancoragens.
Cal dolomítica: Cal virgem ou hidratada, com teor de óxidode cálcio entre 58% e 64% dos óxidos totais presentes(Ca0 + Mg0) expressos na base de não-voláteis.
Cal magnesiana: Cal virgem ou hidratada, com teor deóxido de cálcio entre 90% e 100% dos óxidos totaispresentes (Ca0 + Mg0) expressos na base de não-voláteis.
Craqueamento: Decomposição de uma fração de destila-ção do petróleo em substância de massa molecular maisbaixa.
Dolomito: Vide "Rochas carbonatadas".
Endurecimento: Fase subseqüente ao período de pega,na qual o aglomerante passa a oferecer resistência a es-forços mecânicos.
Extinção: Processo químico no qual a hidratação da calvirgem se realiza sem obedecer às proporções estequi-ométricas da reação e, por vezes, concomitantementecom reação de recarbonatação, provocado pelo anidridocarbônico do ar.
Fosfogesso: Sulfato de cálcio diidratado, subproduto doprocesso de fabricação do ácido fosfórico.
Gipsita: Sulfato de cálcio diidratado natural.
Hemidrato: Sulfato de cá lcio hemi-hidratado(CaS04
. 0,5H20), obtido pela desidratação do sulfato decálcio diidratado.
Hidratação: Processo químico pelo qual um aglomerantede origem mineral reage com a água.
Hidraulicidade: Propriedade que caracteriza os aglome-rantes hidráulicos de endurecer por hidratação, com de-senvolvimento de resistência mecânica.
Microssílica: Subproduto da fabricação de ferro-silício,cujo componente principal é a sílica (SiO2).
Nata de cimento: Mistura de cimento e água em excesso,resultante de exsudação de argamassas e concretos decimento.
Pasta de cal: Material resultante de hidratação da cal vir-gem, contendo de 30% a 45% de água livre. Utilizada,normalmente, na realização de ensaios.
Este Anexo tem por objetivo suplementar as definições normalizadas na presente Norma, apresentando uma listagemde termos correlacionados com aglomerantes de origem mineral, cujas interpretações ou são feitas de maneiracontrovertida ou de forma incorreta, o que tem gerado mal-entendidos e mesmo falhas de procedimentos que envolvamespecificações técnicas, projetos e execução de obras. A apresentação dos termos é acompanhada de esclarecimentosdefinidores consagrados ou como sugestão para uma adoção em aplicações específicas aos materiais e produtosconstituintes ou que utilizam aglomerantes de origem mineral. Para facilidade de consulta, os termos são apresentadosem ordem alfabética.
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Pasta de cimento: Mistura de cimento e água, de consis-tência variável, constituinte de uma argamassa ou con-creto de cimento, ou quando utilizada na realização de en-saios normais de cimento.
Pega: Caracterização da perda de plasticidade das pastas,caldas, argamassas e concretos de cimento.
Propriedade hidráulica: Vide “Hidraulicidade”.
Rochas carbonatadas: Variedade de rochas constituídaspredominantemente por carbonatos de cálcio e magnésio,de origem ígnea, metamórfica ou sedimentar. Suas prin-cipais variedades são: calcário calcítico, calcário magne-siano, calcário dolomítico e dolomito.