natureza jurídica e princípios

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Natureza jurídica e princípios 2º bimestre

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Page 1: Natureza jurídica e princípios

Natureza jurídica e princípios

2º bimestre

Page 2: Natureza jurídica e princípios

MG: Maurício GodinhoAS: Arnaldo SussekindAPR: Américo Plá RodriguezCRH: Cristina Reginato Hoffmann

Page 3: Natureza jurídica e princípios

Planejamento

O que é ciência? (IED)

Denominações e definições

Natureza jurídica

Fontes

Princípios

Page 4: Natureza jurídica e princípios

Definição

Busca da essência - Classificação

Busca do posicionamento comparativo- Critérios

Page 5: Natureza jurídica e princípios

Natureza jurídica MG

★ Decorrências ○ apreender os elementos fundamentais que integram sua

composição específica

○ Contrapondo-os aos demais ramos do direito

■ Classificando o ramo estudado no universo jurídico -> “se situa na matéria” e a relaciona com outras áreas

■ Colocação em algum dos grandes grupos Direito Público ou Privado.

Page 6: Natureza jurídica e princípios

Dicotomia público-privado MG-AS

■ Questiona-se a validade científica dessa tipologia ● Séc XX - 104 teorias diferenciando público e privado

● Situar os ramos em uma posição ou outra varia conforme a forma de governo e o período histórico

■ Interesse prático● compreender a essência e posicionamento comparativo dos

ramos do Dto ● aplicação e interpretação se subordinam a regras distintas

conforme o ramo a que pertencem

Page 7: Natureza jurídica e princípios

Critérios■ do interesse (tradição romana - Ulpiano)

● Protege o interesse público?

■ da titularidade (Idade Moderna)

■ combinação ■ da natureza dos sujeitos■ do fim (vide Savigny)

■ da forma da ação■ das relações ou da sujeição (mais aceita - Pontes de Miranda)

● tem subordinação em relação ao Estado? Dto público ● Sujeito ativo e passivo em igualdade de condições = dto privado

Page 8: Natureza jurídica e princípios

Trecho interessante: (AS)“a igualdade absoluta entre bens, como, por exemplo, a que se dá entre

o salário e o trabalho, ou entre o dano sofrido e a indenização, chama-se na doutrina de Aristóteles justiça comutativa. Pelo contrário, a igualdade relativa no modo de tratar pessoas diversas - como, por exemplo, a da tributação, quando conforme a capacidade tributária, a do prêmio ou castigo, quando proporcionados ao mérito ou demérito - constitui a essência da justiça distributiva. A justiça comutativa pressupõe, pelo menos, duas pessoas; a distributiva, pelo menos três. As duas primeiras, na justiça comutativa, acham-se equiparadas uma à outra; entre as três últimas, na distributivas, porém, há de haver uma que, porque distribui entre as outras duas encargos ou vantagens, lhes há de ser superior, achando-se estas subordinadas. A justiça comutativa é a justiça própria das relações de coordenação. A distributiva é a própria das relações de subordinação ou supra-ordenação. A primeira é a justiça do Direito Privado; a segunda, a do Direito Público.”

Page 9: Natureza jurídica e princípios

Público MG

“público será o Direito que tenha por finalidade regular as relações do Estado com outro Estado ou as do Estado com seus súditos (ideia de titularidade), procedendo em razão do poder soberano e atuando na tutela de bem coletivo (ideia de interesse)Privado

“Privado, por sua vez, será o Direito que discipline as relações entre pessoas singulares (titularidade), nas quais predomine imediatamente o interesse de ordem particular (interesse).”

Page 10: Natureza jurídica e princípios

Direito do trabalho como Público apostila Hoffmann

Caráter imperativo marcanteConteúdo institucional

Cláusulas pré-instituídas

Não se pode negociar entre as partes

Estado tanto cria normas como fiscaliza sua aplicação Art. 8º - As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições

legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais deste.

Page 11: Natureza jurídica e princípios

MG-AS

Em modelos juslaboralistas mais autoritários: Publicização (ou estatização) de instituições e práticas trabalhistas, exe:

Natureza paraestatal a instituições essenciais, como sindicatos

Intervenção explícita em procedimentos privados de negociações coletivas

Ser imperativo implica em ser público?a tutela do Estado sobre relações privadas não é incompatível com a natureza de Direito

Privado do ramo jurídico em exame

Como se manifesta a imperatividadeCriação de instituições de direito público que ingerem nas relações de emprego (exe.:

MPT)

Fiscalização dos contratos e das normas institucionais que lhes aderem

Penalidades p a infração dessas normas

Reconhece a eficácia das convenções coletivas de trabalho, cujas normas complementam os contratos individuais de trabalho

Trata desigualmente pessoas com forças desiguais

Page 12: Natureza jurídica e princípios

Direito do trabalho como Privado MG

A categoria nuclear do dto do trab é essencialmente uma relação entre particulares (relação empregatícia)

Há necessidade de um contrato. A fiscalização é feita pq existe um contrato

abrange desde os modelos mais democráticos e descentralizados de normatização trabalhista até os modelos mais autoritários de normatização juslaboral

Na teoria das relações igualdade entre bens > trabalho e salário, assim como em dto civil - dano sofrido e

indenização

Page 13: Natureza jurídica e princípios

Direito do trabalho como Unitário - Direito do Trabalho é um ramo jurídico unitário que se enquadra no

campo do Direito Privado (posição hegemônica) — embora haja autores que prefiram realizar esse enquadramento no Direito Público ou, ainda, no Direito Social. (MG)

- Hanz Kelsen > mundo jurídico como uma unidade universal (pirâmide) (AS)

- Penetração da influência do Estado

Page 14: Natureza jurídica e princípios

Direito do trabalho como Social o caráter social do fenômeno jurídico está presente em qualquer ramo do Direito (mesmo no mais individualista existente), não sendo apanágio do ramo justrabalhista

Page 15: Natureza jurídica e princípios

Mistoconúbio indissociável e inseparável de instituições de Direito Público e Direito Privado

Page 16: Natureza jurídica e princípios

Teoria contratualista

A relação de emprego nasce do contrato de trabalho

Existência de acordo, consentimento

Teoria anticontratualista

Page 17: Natureza jurídica e princípios

A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu artigo 442, parece reunir as duas teorias: “Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego”. “Na verdade, o art. 442 celetista revela uma clara composição entre as vertentes contratualistas e acontratualistas”.

Page 18: Natureza jurídica e princípios

Princípios

Page 19: Natureza jurídica e princípios

Ramo civil > milênios de teorias decantadas que estruturam a ciência. Influenciou todas as outras áreas.

Page 20: Natureza jurídica e princípios

Princípios do Direito do TrabalhoPrincípio da Proteção

Princípio in dubio pro operario

Princípio da Norma Mais Favorável

Princípio da Condição Mais Benéfica

Princípio da Imperatividade das Normas Trabalhistas

Princípio da Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas

Princípio da Inalterabilidade Contratual Lesiva Intangibilidade Contratual Objetiva

Princípio da Intangibilidade Salarial

Princípio da Primazia da Realidade Sobre a Forma

Princípio da Continuidade da Relação de Emprego

Princípio do Maior Rendimento

Page 21: Natureza jurídica e princípios

Princípio da Proteção Plá Rodriguez

In dubio pro operario

Norma mais favorável

Condição mais benéfica

Princípio cardeal do direito do trabalho (MG) pois representa sua finalidade (CRH)

Introduz no direito positivo a ideia de solidariedade social (APR)

“a noção de tutela obreira e de retificação jurídica da reconhecida desigualdade socioeconômica e de poder entre os sujeitos da relação de emprego (ideia inerente ao princípio protetor) não se desdobra apenas nas três citadas dimensões. Ela abrange, essencialmente, quase todos (senão todos) os princípios especiais do Direito Individual do Trabalho”

Page 22: Natureza jurídica e princípios

Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia.

Parágrafo único - Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício de função de confiança.

A proteção do Estado passa especialmente por 3 fatores:

Instalação e cuidado c a higiene e segurança do ambiente (CF - XXII)

Evitar fadiga excessiva por excesso de jornada e falta de descanso (vide CF)

Ordem patrimonial (proteção do salário) IV - salário mínimo , fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua

família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (Josué)

Page 23: Natureza jurídica e princípios

Críticas - alguns autores

J. Pinto Antunes (A interpretação das leis do trabalho, Revista de direito social, Vol. IV, n 21, novembro-dezembro de 1943)

Héctor Ruiz Moreno (“El princípio ‘in dubio pro operario’, una instituición inactual”)

Alípio Silveira (O Fator Político-Social na Interpretação das Leis”)

Page 24: Natureza jurídica e princípios

Argumento Princípio contraditório ao regime econômico e político capitalista

O interesse público é o organismo produtivo, e portanto deve tutelar a empresa

Contra-argumento O capitalismo existe em decorrência do trabalho subordinado, sendo

naturalmente demandada a regulamentação => não há conflito verdadeiro.

A preservação do trabalhador faz com que o desenvolvimento social seja sustentável

Argumento:

o dto do trab serve p preservar o capitalismo apaziguando manifestações.

Contra-argumento:

há normas p agasalhar reivindicações concretas, e há normas emancipadoras, que geram autonomia coletiva

Autor brasileiro que critica: J. Pinto Antunes

Page 25: Natureza jurídica e princípios

Em caso de dúvida, decida-se pela empresa e tenha o intérprete das leis trabalhistas, na conservação dela, o fundamento político no seu papel constitucional. (argumentos baseados no art. 135 da CF de 1937 - Art 135 - Na iniciativa individual, no poder de criação, de organização e de invenção do indivíduo, exercido nos limites do bem público, funda-se a riqueza e a prosperidade nacional. A intervenção do Estado no domínio econômico só se legitima para suprir as deficiências da iniciativa individual e coordenar os fatores da produção, de maneira a evitar ou resolver os seus conflitos e introduzir no jogo das competições individuais o pensamento dos interesses da Nação, representados pelo Estado. A intervenção

no domínio econômico poderá ser mediata e imediata, revestindo a forma do controle, do estimulo ou da gestão direta.) Não nos referimos a essas decisões de interesse medíocre, no sentido conservador do regime, em que, se decidindo pelo operário, concedendo-lhe mais alguns centavos, não se altera a economia empresária, mas só se contrariam os capichos patronais. Aí, até o interesse político do direito, de conservar a disciplina social e a confiança no Estado, aconselharia a preferência pelos interesses do operário. Mas, nos conflitos de interesse maior em que as decisões trabalhistas decidem, afinal, também, da economia empresária, determinando-lhe a dissolução ou falência, não se justifica o pieguismo jurídico de uma parcialidade proletária; é uma atitude de vistas curtas se não fora também criminosa, porque contra a segurança do próprio Estado que é, em última análise, o juíz trabalhista, o instrumento jurado para sua proteção e conservação. Há um bem comum na empresa; comum aos elementos humanos da produção, ou, por outra, comum e superior aos interesses privados do empresário e do seu pessoal.

Page 26: Natureza jurídica e princípios

Nas lutas que se processam, nesse cadinho social, que é a empresa, a intervenção do Estado só se justifica para proteção desse bem superior aos interesses imediatos das partes em conflito; o bem da empresa, que é o da sua conservação e prosperidade, é um bem público; por isso, todos os pactos contra ele são nulos, porque são, outrossim, contra o Estado; na prática, esse bem que se protege, imperativamente, algumas vezes se confunde com o interesse imediato do operário, mas pode identificar-se muitas outras vezes com o interesse patronal ou do capital.

Page 27: Natureza jurídica e princípios

Argumento:

Se visa o equilíbrio deve proteger ambas as partes da relação igualmente

Equidade: somente decidir pelo interesse do trabalhador se isso não resultar em grave prejuízo para a empresa ou para o bem comum

Contra-argumento:

Compensação de desigualdade fática

Argumento:

Divisão de interesses inexiste

Contra-argumento:

Quem assume o risco do empreendimento é o poder diretor

mesmo que a empresa esteja prejudicada o trabalhador não pode arcar

O princípio não contesta o poder decisivo, se o direito do trabalho se aplica ao pessoal subordinado, ratifica que o poder de direção da empresa está nas mãos do empregador

Page 28: Natureza jurídica e princípios

Argumento:

nenhum interesse particular ou de classe deve prevalecer sobre o público, não se pode limitar a proteção exclusivamente ao trabalhador

Art. 8º CLT As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.

LINDB Art. 5o Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.

Contra-argumento:

A ideia do princípio não é proteger o trabalhador individualmente

Page 29: Natureza jurídica e princípios

Argumento

Atemporalidade do princípio

Antes: desigualdade

Hoje: fortalecimento do trabalhador, pela união e poder que os sindicatos adquiriram

Contra-argumento

Muitos setores ainda não são sindicalizados

Sindicalização madura > resolução fora do PJ > manter o princípio não é nocivo a esses setores

Desemprego > enfraquecimento sindical

Page 30: Natureza jurídica e princípios

Críticas - flexibilização Fase pós tecnológica => desemprego estrutural => nova questão

social Produção descentralizada (terceirização)

Trabalho subordinado - poder de direção exercido à distância

Diminuição de garantias trabalhistas feita por norma coletiva

Artigo 7º (hipóteses - CF)Inciso VI

Inciso XIII

Inciso XIV

Page 31: Natureza jurídica e princípios

In dubio pro operarioÉ voltado para o intérprete

Na presença de duas ou mais interpretações, escolher a que favorece o trabalhador

Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho.

§ 1º - Do acordo ou do contrato coletivo de trabalho deverá constar, obrigatoriamente, a importância da remuneração da hora suplementar, que será, pelo menos, 20% (vinte por cento) superior à da hora normal.

§ 2o Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

§ 3º Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma do parágrafo anterior, fará o trabalhador jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data da rescisão. (Incluído pela Lei nº 9.601, de 21.1.1998)

§ 4o Os empregados sob o regime de tempo parcial não poderão prestar horas extras. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

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Interpretações

1)Apenas as duas primeiras horas excedidas seriam pagas com adicional

2)Proíbe mais de 2h extras em respeito à saúde do empregado, porém se o empregado faz mais de duas, todo o excedente é pago com adicional

Súmula nº 376 do TSTHORAS EXTRAS. LIMITAÇÃO. ART. 59 DA CLT. REFLEXOS (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 89 e 117 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005I - A limitação legal da jornada suplementar a duas horas diárias não exime o empregador de pagar todas as horas trabalhadas. (ex-OJ nº 117 da SBDI-1 - inserida em 20.11.1997)II - O valor das horas extras habitualmente prestadas integra o cálculo dos haveres trabalhistas, independentemente da limitação prevista no "caput" do art. 59 da CLT. (ex-OJ nº 89 da SBDI-1 - inserida em 28.04.1997)

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Princípio da Norma Mais Favorável(CESPE - TRT-10ª Região (DF e TO) - Analista Judiciário - Área Administrativa - 2013) Em relação ao Direito do Trabalho, julgue o item a seguir.

No direito do trabalho, aplica-se o princípio da norma mais favorável, que autoriza o intérprete a aplicar a norma mais benéfica ao trabalhador, ainda que essa norma esteja em posição hierárquica inferior no sistema jurídico.

Aplicação Duas normas aplicáveis ao mesmo caso concreto

Omissão ou obscuridade na norma a ser aplicada

Page 34: Natureza jurídica e princípios

Base legal

(CLT) Art. 620. As condições estabelecidas em Convenção quando mais favoráveis, prevalecerão sôbre as estipuladas em Acôrdo. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28.2.1967)

Súmula nº 202 do TST

GRATIFICAÇÃO POR TEMPO DE SERVIÇO. COMPENSAÇÃO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

Existindo, ao mesmo tempo, gratificação por tempo de serviço outorgada pelo empregador e outra da mesma natureza prevista em acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa, o empregado tem direito a receber, exclusivamente, a que lhe seja mais benéfica.

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Questão (FCC - TRT- 5ª Região (BA) - Analista Judiciário - Área judiciária - 2013) O artigo 620 da CLT prevê que as condições estabelecidas em Convenção Coletiva de Trabalho, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo Coletivo de Trabalho. Tal dispositivo consegra o princípio da

a) Continuidade da relação de emprego

b) Primazia da realidade sobre a forma

c) Imperatividade das normas trabalhistas

d) Norma mais favorável ao empregado

e) Irrenunciailidade de direitos

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Teoria da Acumulação

- novo instrumento normativo formado pelas partes mais favoráveis ao trabalhador das normas existentes

Teoria do Conglobamento (Teoria Tradicional)

- maioria da doutrina e jurisprudência. - Aplicar em conjunto o mais favorável, sem fracionar

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Princípio da condição mais benéfica (cláusula mais vantajosa)Condições mais benéficas no contrato ou regulamento são incorporadas

definitivamente no contrato

Imediato: concedidas de forma voluntária ou expressa

Incorporadas tacitamente - usufruídas pelo empregado de forma habitual

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Princípio da dignidade humanaPrincípio da não discriminação

Princípio da justiça social

Princípio da equidade

Page 39: Natureza jurídica e princípios

Princípio da boa-féNão enriquecimento sem causa

Vedação do abuso do direito

Não alegação da própria torpeza