não ao impeachmente, não ao golpe de estado

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1 Nota oficial NÃO AO IMPEACHMENT, NÃO AO GOLPE DE ESTADO Com pré-golpe de Estado comandado pelo presiden- te da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB -RJ) na eleição da Comissão que analisará o pedido de impeachment de Dilma Rousseff e as claras movimenta- ções golpistas do vice-presidente da República, Michel Temmer (PMDB-SP), ficou ainda mais evidente – até pa- ra quem não queria ver – a decisão de um amplo setor das mais reacionárias máfias política do País de derruba- rem o atual governo para seguir o receituário que o im- perialismo tem indicado e patrocinado na América Lati- na (Honduras, Paraguai, Venezuela etc.) e em outras re- giões do planeta (Egito, Ucrânia etc.): derrubar os gover - nos que opõem alguma resistência (mesmo que limita- das) aos seus planos de ajustes. Seja com o uso da força (como no Egito) ou dos con- gressos capachos, eleitos com o financiamento de gran- des monopólios capitalistas (como no Paraguai), seja por meio de processos eleitorais fraudulentos e/ou ma- nipulados (como na Argentina), a direita – que não tem apoio popular por conta de sua trajetória anti-popular e por seus planos de ajustes – a direita golpista e pró-im- perialista atua em todos os lados para impedir que pre- valeça a soberania popular, derrubar os governos elei- tos, cassar os direitos democráticos da população e es- folar o povo trabalhador com cortes nos gastos públicos, demissões em massa, privatizações, arrocho salarial e tudo enfim que seja necessário para sustentar o parasi- tismo dos monopólios em crise. No Brasil, já não pode haver a menor sombra de dú- vida de que está em marcha um golpe de Estado, como o Partido da Causa Operária vem denunciando há mui- to tempo. Não há mais tempo para vacilações da parte daqueles que se opõem à violação dos direitos democráticos do povo e que se colocam na defesa dos direitos e reivindi- cações da imensa maioria explorada da nação. Está por demais evidente que os golpistas integram o bloco politico dos que tomaram a dianteira para a ata- car os trabalhadores (como no caso do PL 4330, da ter - ceirização-escravidão), são os querem reduzir a maiori- dade penal para reprimir a juventude que – ao lado dos professores e demais explorados – luta contra o fecha- mento de escolas e outros crimes contra o povo que a direita quer impor; são os defensores e executores da politica de massacre do povo negro e trabalhador pela PM; os reacionários que buscam intensificar a repressão às mulheres (contra o aborto), os homossexuais e todos os setores oprimidos da sociedade; são os que no go- vernos estaduais (como Alckmin/PSDB-SP; Richa/PSDB -PR; Sartori/PMDB-RS; Rollemberg/PSB-DF, Pezão/PM- DB-RJ etc.) e de dentro do governo federal (como o ban- queiro-ministro Joaquim Levy e toda a ala golpista do PMDB) buscam impor pesadas medidas de ajustes con- tra o povo brasileiro e em favor dos banqueiros e gran- des tubarões capitalistas. O PCO denuncia a evolução da operação golpista contra o povo brasileiro e chama a fortalecer nas ruas, nos bairros, fábricas, escolas etc. a mobilização contra o impeachment e o golpe. A situação deixa evidente que ficar do lado do impea- chment ou não se mobilizar energicamente contra ele é – para todo partido e toda organização política, sindi- cal, popular, estudantil, qualquer organização operária ou democrática – ficar do lado dos golpistas, do golpe e da politica que os golpistas querem impor contra o po- vo, independentemente de que digam contrário. Os últimos acontecimentos dissipam as dúvidas que poderiam restar de que seria possível deter a ofensiva da direita por meio de articulações no Congresso Nacio- nal e no Judiciário. É vã a ilusão de que a mesma Jus- tiça que nos últimos anos vem sendo a ponta de lança dos ataques dos golpistas contra os partidos de esquer - da e contra os direitos democráticos do povo possa evi- tar um retrocesso. A única e eficiente arma de que dispõem os trabalha- dores, a juventude e todos os explorados para derrota o golpe e defender seus interesses é a sua organização e mobilização, nas ruas. As forças populares devem colocar todos os seus re- cursos nas ruas, no esclarecimento e convocação da po- pulação nos locais de trabalho e de estudo, na cidade e no campo e chamar os trabalhadores para uma luta real contra a direita golpista e fascistóide. É hora da mais ampla unidade de ação de toda a es- querda e de todas as organizações do movimento de lu- ta dos explorados e de defesa dos direitos democráticos do povo para chamar os explorados para derrotar o gol- pe de Estado da direita e do capital estrangeiro, dos ini- migos do povo brasileiro. Às ruas, para enfrentar e derrotar os golpistas. Não ao Golpe! Não ao impeachment! Fora Cunha! Fora Temmer e os ministros golpistas do PMDB. Por uma Assembleia Constituinte livre e sobera- na, sob o controle dos trabalhadores. Direção Nacional do PCO São Paulo, 12 de dezembro de 2015 nº 19/15

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Nota oficial

Não ao impeachment, Não ao golpe de estadoCom pré-golpe de Estado comandado pelo presiden-

te da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na eleição da Comissão que analisará o pedido de impeachment de Dilma Rousseff e as claras movimenta-ções golpistas do vice-presidente da República, Michel Temmer (PMDB-SP), ficou ainda mais evidente – até pa-ra quem não queria ver – a decisão de um amplo setor das mais reacionárias máfias política do País de derruba-rem o atual governo para seguir o receituário que o im-perialismo tem indicado e patrocinado na América Lati-na (Honduras, Paraguai, Venezuela etc.) e em outras re-giões do planeta (Egito, Ucrânia etc.): derrubar os gover-nos que opõem alguma resistência (mesmo que limita-das) aos seus planos de ajustes.

Seja com o uso da força (como no Egito) ou dos con-gressos capachos, eleitos com o financiamento de gran-des monopólios capitalistas (como no Paraguai), seja por meio de processos eleitorais fraudulentos e/ou ma-nipulados (como na Argentina), a direita – que não tem apoio popular por conta de sua trajetória anti-popular e por seus planos de ajustes – a direita golpista e pró-im-perialista atua em todos os lados para impedir que pre-valeça a soberania popular, derrubar os governos elei-tos, cassar os direitos democráticos da população e es-folar o povo trabalhador com cortes nos gastos públicos, demissões em massa, privatizações, arrocho salarial e tudo enfim que seja necessário para sustentar o parasi-tismo dos monopólios em crise.

No Brasil, já não pode haver a menor sombra de dú-vida de que está em marcha um golpe de Estado, como o Partido da Causa Operária vem denunciando há mui-to tempo.

Não há mais tempo para vacilações da parte daqueles que se opõem à violação dos direitos democráticos do povo e que se colocam na defesa dos direitos e reivindi-cações da imensa maioria explorada da nação.

Está por demais evidente que os golpistas integram o bloco politico dos que tomaram a dianteira para a ata-car os trabalhadores (como no caso do PL 4330, da ter-ceirização-escravidão), são os querem reduzir a maiori-dade penal para reprimir a juventude que – ao lado dos professores e demais explorados – luta contra o fecha-mento de escolas e outros crimes contra o povo que a direita quer impor; são os defensores e executores da politica de massacre do povo negro e trabalhador pela PM; os reacionários que buscam intensificar a repressão às mulheres (contra o aborto), os homossexuais e todos

os setores oprimidos da sociedade; são os que no go-vernos estaduais (como Alckmin/PSDB-SP; Richa/PSDB-PR; Sartori/PMDB-RS; Rollemberg/PSB-DF, Pezão/PM-DB-RJ etc.) e de dentro do governo federal (como o ban-queiro-ministro Joaquim Levy e toda a ala golpista do PMDB) buscam impor pesadas medidas de ajustes con-tra o povo brasileiro e em favor dos banqueiros e gran-des tubarões capitalistas.

O PCO denuncia a evolução da operação golpista contra o povo brasileiro e chama a fortalecer nas ruas, nos bairros, fábricas, escolas etc. a mobilização contra o impeachment e o golpe.

A situação deixa evidente que ficar do lado do impea-chment ou não se mobilizar energicamente contra ele é – para todo partido e toda organização política, sindi-cal, popular, estudantil, qualquer organização operária ou democrática – ficar do lado dos golpistas, do golpe e da politica que os golpistas querem impor contra o po-vo, independentemente de que digam contrário.

Os últimos acontecimentos dissipam as dúvidas que poderiam restar de que seria possível deter a ofensiva da direita por meio de articulações no Congresso Nacio-nal e no Judiciário. É vã a ilusão de que a mesma Jus-tiça que nos últimos anos vem sendo a ponta de lança dos ataques dos golpistas contra os partidos de esquer-da e contra os direitos democráticos do povo possa evi-tar um retrocesso.

A única e eficiente arma de que dispõem os trabalha-dores, a juventude e todos os explorados para derrota o golpe e defender seus interesses é a sua organização e mobilização, nas ruas.

As forças populares devem colocar todos os seus re-cursos nas ruas, no esclarecimento e convocação da po-pulação nos locais de trabalho e de estudo, na cidade e no campo e chamar os trabalhadores para uma luta real contra a direita golpista e fascistóide.

É hora da mais ampla unidade de ação de toda a es-querda e de todas as organizações do movimento de lu-ta dos explorados e de defesa dos direitos democráticos do povo para chamar os explorados para derrotar o gol-pe de Estado da direita e do capital estrangeiro, dos ini-migos do povo brasileiro.

Às ruas, para enfrentar e derrotar os golpistas.Não ao Golpe! Não ao impeachment!Fora Cunha! Fora Temmer e os ministros golpistas do

PMDB. Por uma Assembleia Constituinte livre e sobera-na, sob o controle dos trabalhadores.

Direção Nacional do PCO São Paulo, 12 de dezembro de 2015

nº 19/15