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N° 81 - Agosto 2018

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Revista Digital de Podol{ogiaRevista Digital de Podol{ogiaG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê sG r a t u i t a - E m p o r t u g u ê s

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A Editorial não assume nenhuma responsabilidade pelo conteúdo dos avisos publicitários que integram a presente edição, nãosomente pelo texto ou expressões dos mesmos, senão também pelos resultados que se obtenham no uso dos produtos ou serviçospublicados. As idéias e/ou opiniões expressas nas colaborações assinadas não refletem necessariamente a opinião da direção, quesão de exclusiva responsabilidade dos autores e que se estende a qualquer imagem (fotos, gráficos, esquemas, tabelas, radiografias,etc.) que de qualquer tipo ilustre as mesmas, ainda quando se indique a fonte de origem. Proíbe-se a reprodução total ou parcialdo material contido nesta revista, somente com autorização escrita da Editorial. Todos os direitos reservados.

R e v i s t a p o d o l o g i a . c o m n ° 8 1A g o s t o 2 0 1 8

ÍNDICEPag.

5 - Luxação periastragalina medial fechada sem fraturas associadas. Caso clínico.

Gardino Emiliano*, Baudino Ricardo, Cánepa Martín e Ríos Julián. Argentina.

11 - Caso clínico. HNO3 (Ácido Nítrico) em verrugas plantares e em mosaico em

Podologia.

Podólogo Jorge Arturo González Leija. México.

18 - Úlcera neuropática complicada por pseudomonas multirresistentes.

Melcior Lladó Vidal, Francisca M. Payeras Mas, Nuria Sucunza Alfonso, Julia

Quevedo Juanals, Catalina Ramis Valls e Francisca Lorente Hernández. Espanha.

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Resumo

Introdução: As luxações periastragalinas geral-mente ocorrem em jovens do sexo masculino ati-vos, como resultado de traumas de alta energia.Elas são classificadas em 3 tipos, de acordo coma direção do pé em relação ao astrágalo. O obje-tivo deste trabalho é apresentar um caso de luxa-ção periastragalina medial fechada, sem fraturasassociadas.

Caso clínico: Paciente de 18 anos de idadeassistido pela equipe médica de plantão, apre-senta dor, inchaço, deformidade e impotênciafuncional do tornozelo direito e pé, mostra pésupinado e em adução após acidente esportivo(basquete).

Resultados: A redução foi obtida sob manipula-ção fechada e se objetivou correta estabilidadepor meio do intensificador de imagem. Ele foiimobilizado com uma bota de gesso acolchoada.

O paciente, no terceiro mês de acompanha-mento, retorna ao treinamento e retorna à ativi-dade competitiva no quarto mês. Ao ano deacompanhamento, ele apresenta uma pontuaçãode 98 na escala AOFAS.

Conclusão: Na resolução deste caso, foi priori-zada a redução rápida da luxação e a avaliaçãoda estabilidade com o intensificador de imagem.Após o período de imobilização, enfatizou-se areabilitação fisiocinética, permitindo que opaciente retornasse à competição no quarto mêsda lesão.

Palavras chave: Luxação; Astrágalo; Fechada

Dislocation peritalar medial closed withoutfracture associated. Clinical case

Abstract

Introduction: Peritalar dislocations usuallyoccur in young active males as a result of highenergy trauma. They are classified into threetypes according to the direction of the foot rela-tive to the talus. The aim of this paper is to pre-sent a case of a medial dislocation peritalar clo-sed without associated fractures.

Case report: Eighteen year old medical teamassisted by guard having pain, swelling, defor-mity and loss of function of ankle and foot rights,presenting supinado foot and adducted aftersports accident (basketball).

Results: Closed reduction under proper han-dling and stability was obtained was observed byimage intensifier. He was immobilized with plas-ter padded boot. The patient returns to the thirdmonth follow-up training and competitive activityreturns to the fourth month. Year follow-up pre-sents a score of 98 of the AOFAS scale.

Conclusion: The resolution of this case therapid reduction of dislocation and stabilityassessment with the image intensifier prioritized.After the period of immobilization he stressedthe fisiocinética rehabilitation, allowing thepatient to return to competition fourth month ofthe injury.

© 2016 SEMCPT. Published by ElsevierEspa˜na, S.L.U. This is an open access articleunder the CC BY-NC-ND license (http://creative-commons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

KEYWORDS Dislocation; Talus; Closed

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Luxação periastragalina medial fechada sem fraturas associadas. Caso clínico.

Gardino Emiliano*, Baudino Ricardo, Cánepa Martín e Ríos Julián.Servicio de Ortopedia e Traumatología, Hospital Dr. Mario V. Larraín, Berisso, Provincia de Buenos Aires.Argentina.

Recebido em 26 de fevereiro de 2016; aceito em 9 de outubro de 2016Disponível na Internet em 17 de novembro de 2016.

* Autor para correspondência.Correo electrónico: emiliano [email protected] (G. Emiliano).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rptob.2016.10.0061697-2198/© 2016 SEMCPT.Publicado por Elsevier Espanha, S.L.U. Este é um artículo Open Access baixo a licen-cia CC BY-NC-ND (http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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Introdução

A luxação periastragalina, geralmente ocorreem jovens do sexo masculino ativos, como resul-tado de traumas de alta energia (70% doscasos), e acompanhada de fraturas dos maléo-los, o astrágalo ou o 5º metatarso.

Eles são classificados em 3 padrões diferentes(medial, lateral e posterior), de acordo com adireção do pé em relação ao astrágalo. A luxaçãomedial é a forma mais comum (85% dos casos)1.

O prognóstico desse tipo de lesão é dominadopelo risco de osteonecrose e pelas lesões asso-ciadas que ocorrem (fratura maleolar, do escafoi-de tarsal e do calcâneo) 1 --- 3. O objetivo destetrabalho é apresentar um caso clínico de umaluxação periastragalina medial fechada, sem fra-turas associadas, em um jogador de basquete-bol.

Caso Clínico

Paciente do sexo masculino, de 18 anos, que,assistido pela equipe médica de plantão, apre-sentava dor, edema, deformidade e impotênciafuncional à custa do tornozelo e pé direito(Figura 1). Ele sofreu um acidente esportivo,apresentando o pé supinado e aduzido durante aprática de basquete (Figura 2).

Radiografias (Rx) e tomografia computadoriza-da (TC) são realizadas (Figuras 3 e 4), onde "luxa-ção periastragalina medial fechada" é diagnosti-cada. A redução fechada é realizada baixo anes-tesia (bloqueio espinhal) e imobilização.

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Figura 1 - Pé e tornozelo direito no momento da

consulta.

Figura 2 - Imagem ilustrando o mecanismo da

lesão.

Figura 3 - Raios-X da lesão.

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Resultados

Obteve-se a redução de forma ortopédica(fechada) e se comprovo estabilidade medianteintensificador de imagem. Foi imobilizado combota de gesso acolchoada e, posteriormente, Rxe CT pós-redução (Figuras 5 e 6).

Controles semanais foram realizados (fig. 7)até o primeiro mês; depois, mensalmente até ametade do ano, com o último controle aos 12meses (Figura 8).

Obteve-se um resultado muito satisfatório, jáque o paciente no terceiro mês de acompanha-mento retorna ao treinamento e retorna à ativida-de competitiva no quarto mês.

Em um ano de acompanhamento, ele apresen-ta uma pontuação de 98 na escala AOFAS 4(Figura 9).

Discussão

A inversão forçada após queda com pé supina-

do é o mecanismo de lesão mais comum (pé debasquete) 1. A entidade de uma luxação perias-tragalina pura isolada é extremamente rara 1-3.

Dada a estabilidade intrínseca do tornozelo,uma luxação fechada isolada, sem fraturas asso-ciadas, provavelmente é o resultado de um defei-to anatômico dos ossos ou tecidos moles na áreaque predispõe a articulação à luxação.

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Figura 4 - TC da lesão (cortes axiais e reconstrução 3D).

Figura 5 - Redução imediata de Rx.

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Figura 6 - Tomografia computadorizada da redução imediata t(cortes sagital, coronal e axial).

Figura 7 - Controle de Rx aos 7 dias.

Figura 8 - Radiografias de controle no seguimento de um ano.

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Com tais insuficiências, uma força menor apli-cada pode causar esse tipo de luxação.

Complicações têm sido relatadas, como redu-ção da amplitude de movimento, rigidez articu-lar, instabilidade residual, osteonecrose do astrá-galo e os princípios da osteoartrite 1-3.

Recomenda-se a redução imediata baixo anes-tesia para evitar complicações dos tecidos molese reduzir as chances de necrose avascular. Emaproximadamente 10% das luxações peirastra-galinas se requere uma redução aberta 1.

Conclusões

Na resolução deste caso, a redução rápida daluxação e a avaliação da estabilidade com ointensificador de imagem foram priorizadas.

A imobilização foi mantida por 6 semanas (4com bota curta de gesso e 2 com bota Walker), ena quarta semana foi indicada mobilidade passi-va e suporte progressivo do peso corporal.

Após o período de imobilização, a fisiocinéticafoi enfatizada e o paciente no quarto mês deseguimento retornou à competição.

Bibliografía

1. Gantsos A, et al., Giotis D, Giannoulis DK,Vasiliadis HS, Georgakopoulos N, Mitsionis GI.Conservative treatment of closed subtalar dislo-cation: A case report and 2 years follow-up. TheFoot. 2013;23:107---10.

2. Heylen S, de Baets T, Verstraete P. Closedtotal talus dislocation: A case report. Acta OrthopBelg. 2011;77:838---42.

3. Nanjayan SK, Broomfield J, Johnson B, Patel A,Srivastava S, Sinha A. Total dislocation of the talus:A case report. Foot Ankle Spec.2014;7:71---3.

4. Kitaoka HB, Alexander IJ, Adelaar RS, NunleyJA, Myerson MS, Sanders M. Clinical ratingsystems for the ankle-hindfoot, midfoot, hallux,and lesser toes. Foot Ankle Int. 1994;15:349---53.

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Figura 9 - Controle clínico aoano de acompanhamento.

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Resumo

As verrugas nos pés é uma alteração comumdentro da prática podológica. Como é uma pato-logia viral, geralmente se expande e evolui naque-les pacientes que não são tratados ou que sãoimunodeprimidos.

Apresentamos o caso de uma paciente de 14anos de idade com um número aproximado deoito verrugas no pé direito, se recomendou trata-mento com ácido nítrico como alternativa farma-cológica econômica, simples de aplicar e eficien-te, na qual o resultado esperado foi obtido conse-guindo uma evolução favorável e uma remissãocompleta do seu problema em menos de 25 dias

Palavras chave: Verrugas, Acido, Nítrico,Plantar, Mosaico.

Abstract

Warts on the feet is a common alteration withinthe podiatric practice. As it is a viral pathology, itusually expands and evolves in those patientswho are not treated or who are immunosuppres-sed.

We present this case of a 14-year-old femalepatient with an approximate number of eightwarts on her right foot, she was recommendednitric acid treatment as an economical pharma-cological alternative, simple to apply and effi-cient in which the expected result was obtainedgetting a bening evolution and a complete remis-sion of your problem in less than 25 days.

Key Words: Warts, Acid, Nitric, Plant, Mosaic.

Introdução

As verrugas dentro da área de podologia sãouma patologia frequente em nossa consulta diá-ria por ser uma doença viral é possível encontrarcasos em que nossos pacientes têm duas oumais verrugas em seus pés.

As verrugas são neoformações epiteliais benig-nas, são frequentes e transmissíveis, a infecção é

causada pelo vírus do papiloma humano (HPV),principalmente do tipo 1, 2 e 4.

Existem diferentes tratamentos para o manejodas verrugas, uma alternativa com 75% a 100%de efetividade (Tabela 1) e baixo custo é o ÁcidoNítrico (CA) aplicado em várias sessões ou emuma única sessão, dependendo do caso.

Tabela 1.- Eficácia dos tratamentos de verrugas 3

Dentro do tratamento para as verrugas pode-mos encontrar tratamento de 1ª escolha, 2ªescolha e 3ª escolha, achando o ácido nítricodentro da 1ª escolha.

O caso que expomos é o de um paciente que foitratado com ácido nítrico (HNO3) nas verrugascom maior crescimento e com ácido salicílico emcombinação com ácido láctico, aquelas que esta-vam inicialmente proliferando.

Identificação do Paciente

Paciente do sexo feminino de 14 anos, semdados patológicos adicionais, pele delgada comsinais de hiperidrose palmar ao cumprimentá-la,podemos citar que o nível socioeconômico destepaciente é baixo.

Motivo da Consulta

A paciente relata que desde faz seis mesesobservou um endurecimento localizado no tercei-ro metatarsal do pé direito, que foi estendidopara outras áreas do mesmo pé, causando umaclaudicação dolorosa que aumentou com o pas-sar do tempo.

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Caso clínico. HNO3 (Ácido Nítrico) em verrugas plantares eem mosaico em Podologia.

Podólogo Jorge Arturo González Leija. Nuevo León, México.

Tratamiento Eficacia

Acido Nítrico 75%-100%

Cantaridina 75%-90%C

Crioterapia 65% - 80%

Cirugía 90%

Laser 86.6%

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Foi enviado por um colega para avaliação e tra-tamento.

Diversas verrugas plantares e outras em mosai-co ou em aglomerados foram identificadas.(Imagem 1, 2, 3) Optou-se por tratá-la com ácidonítrico a cada três dias, a partir da terceira ses-são, sua aplicação foi realizada em intervalos deseis dias até a remissão das verrugas no pé. (seestendeu o descanso da aplicação para evitarefeitos colaterais do ácido nítrico, como queima-ção, e não afetando suas atividades diárias), aaplicação deste tratamento mostrou-se vantajosapara outras alternativas mais caras.

Modo de Aplicação do Acido Nítrico

Material. Ácido Nítrico ao 65 % Isopo

A verruga é desbridada sem sangramento, poispode causar um forte ardor pelo ácido, é absor-vida com a haste flexível (cotonete) o NA e é apli-cada diretamente em um tempo de 5-10 segun-dos por aplicação, repetindo cerca de quatrovezes por verruga ou até obter uma cor mostardana área.

É importante ter cuidado ao usar ácido nítrico,pois pode drenar um pouco para a pele saudáveldo paciente, causando irritação em áreas quenão queremos tratar (uma opção seria aplicaruma camada de vaselina ao redor da verrugapara proteger essa área), além da possível inala-ção de ácido nítrico pelo podólogo.

Primeiro dia

O primeiro dia da avaliação foi aplicado emsete verrugas plantares ao ácido nítrico e indicouse a aplicação em sua casa a combinação deácido salicílico e ácido láctico naquelas verrugasmenores que 2 mm, a aplicação de NA foi muitopobre devido ao desbridamento da VP.

Nota: Recomenda-se usar um antitranspirantepela sua hiperidrose de forma tópica diária parareduzir a transpiração, porque a temperatura dacidade chega a 40 ° C e isso pode reduzir a efi-cácia dos tratamentos aplicados além de sercapaz de infectar outras áreas do pé.

Dia 3

Na revisão observamos um descolamento daepiderme superficial (Figura 4, 5, 6) devido aostratamentos utilizados e uma diminuição no des-conforto, (acho que é em grande parte devido aodesbridamento das verrugas) e optamos poraumentar a exposição 15 -25 seg. com ácidonítrico.

Dia 9Após a aplicação mais prolongada com ácido

nítrico, fazemos uma avaliação com um derma-toscópio (Figura 7, 8) e observamos uma impreg-nação favorável do ácido nítrico nos vasos daverruga.

Muito mais impregnado o AN (Figura 9 e 10) apaciente só comenta ter sentido uma ligeira sen-sação de calor no dia da sua aplicação e o restodos outros dias não teve nenhum desconforto.

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Fig 1

Fig 2

Fig 3

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Fig 4

Fig 5

Fig 6

Fig 7

Fig 8

Fig 9

Fig 10

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Dia 15

Após o desbridamento, encontramos só algu-mas feridas pequenas onde as verrugas planta-res estavam anteriormente, e a aplicação de ANfoi suspensa, continuando com um antibióticotópico a cada 12 horas até a próxima visita.

O paciente menciona que ele pode andarmuito melhor e que a dor diminuiu consideravel-mente (Figuras 11, 12, 13)

Dia 21

Praticamente as verrugas desapareceram, dei-xando algumas pequenas sequelas na epiderme,devido aos tratamentos que utilizamos, porémestes desaparecerão com o passar dos dias(Figuras 14, 15, 16, 17, 18).

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Fig 11

Fig 12

Fig 13

Fig 14

Fig 15

Fig 16

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Conclusão

O ácido nítrico ainda é uma boa opção para opaciente que apresenta esse tipo de problemacom um custo muito baixo tanto para o profissio-nal quanto para o paciente, tem um alto percen-tual de efetividade comparado a outros tratamen-tos que até se tornam muito mais caros.

É importante ressaltar que uma boa explora-ção, um bom diagnóstico e uma boa escolha detratamento de forma personalizada para cadaum dos nossos pacientes garantirão um maiorsucesso neste tipo de problema.

Bibliografía

1.-Alcala Sanz, Javier (2014) “Tratamiento deuna verruga plantar en mosaico con ácido nítrico.A propósito de un caso” Revista Española dePodología XXV (3) Pag. 112-116

2.-Chicarro Luna E, Alonso Montero C. Factoresrelacionados con la elección del tratamiento de laverruga plantar. Revista Española de Podología,2007, vol.18, núm.5, p. 218-222

3.- Fernández Domínguez Hugo, MosqueraFernández Abián, Monteagudo Sánchez Benigno.(2014) “Revisión bibliográfica de los tratamien-tos de la verruga plantar” Revista Española dePodologia ; XXV (4) Pag. 138 – 141

4.- Arenas Roberto “Verrugas virales”. Atlas dedermatología: diagnóstico y tratamiento 3ª ed.México: McGraw-Hill; 2005. p. 656-59.

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Fig 17

Fig 18

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Um homem de 61 anos apresentou uma úlceraneuropática complicada de 6 meses de evoluçãona primeira articulação metatarsofalângica,secundária a um abscesso plantar.

Três semanas antes da visita à nossa clínica,recebeu alta após ficar internado por duas sema-nas para desbridamento cirúrgico e antibioticote-rapia endovenosa devido à má evolução da úlcera(Figura 1).

Resumo historia clinica

DM tipo 2 diagnosticado em 2006, em trata-mento com hipoglicemiantes orais.

Antecedentes de úlcera no mesmo pé 2 anosantes.

Nenhuma alergia medicamentosa conhecida.Não fumante. Exenolismo moderado (3 cerve-

jas por dia).HTA, hipercolesterolêmica e hipertrigliceride-

mia.Retinopatia Diabética Proliferativa. Obesidade.Discopatía severa L4, L5, S1.Colecistectomia Diverticulose no cólon.Infarto lacunar em 2008.

Exploração

Peso 125,9 kg, tamanho 185 cm, IMC 36,8TA: 131/73 mm / Hg, FC 68 bpm, Sat O2 98%Ausência de sensibilidade vibratória, pressora e

dolorosa.Pulsos distais palpáveis (pedio e tibial poste-

rior).

Evolução Clinica

Na primeira visita (14-4-2014), ele apresentauma úlcera neuropática que afeta o primeiroespaço intermetatarsal e se estende medial eplantar para o lado interno da cabeça do primei-ro metatarso, afetando a primeira e a segundaarticulações metatarsofalângicas. A lesão estáassociada a um granuloma exofítico de extensãoplantar-medial, com grandes sintomas inflamató-rios locais e celulite até o nível do meio do pé(ROVI grau IV).

Foi realizado um teste de contato ósseo positi-vo, que revelou juma clara osteomielite (Figura2).

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Úlcera Neuropática complicada por Pseudomonas Multirresistentes.

Melcior Lladó Vidal(1); Francisca M. Payeras Mas(2); Nuria Sucunza Alfonso(2); Julia QuevedoJuanals(2);Catalina Ramis Valls(3); Francisca Lorente Hernández(4).(1) Podólogo. Especialista en Pie Diabético, (2) Médico adjunto Endocrinología, (3) Enfermera educadoraen Diabetes, (4) Auxiliar de Enfermería. Servicio de Endocrinología y Nutrición. Hospital de Manacor.Mallorca, Islas Baleares. Espanha.

Fig 1

Fig 2

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O paciente, neste momento, estava sem trata-mento antibiótico. Foi realizada radiografia sim-ples, na qual foi observada extensa lesão líticacom o desaparecimento prático das extremida-des distais do 1º e 2º metatarsos do pé esquerdoe envolvimento das extremidades proximais dasfalanges proximais correspondentes, especial-mente a primeira.

Diagnóstico radiológico: Lesões compatíveiscom osteomielite grave da primeira e segundaarticulações metatarsofalângicas (Figura 3).

Imediatamente, e na mesma consulta, proce-deu-se à limpeza da lesão (através da área inter-digital, por meio de uma colher e goiva óssea).

Foi realizada a exérese de todos os fragmentosósseos correspondentes à destruição da primeiraarticulação metatarsofalângica, até alcançar azona mais profunda.

Uma vez que a cavidade foi bem limpa, e comuma pinça de mosquito, foi aprofundada até atin-gir a saída contralateral, onde foi feita uma inci-são através da qual foi colocada uma drenagemde Penrose.

Os fragmentos ósseos mais profundos foramenviados ao laboratório para estudo microbioló-gico. (Fig. 4).

Procedeu-se a internação hospitalar para aestabilização metabólica do paciente, acompan-hamento das úlceras e antibioticoterapia empíri-ca com Meropenem 500 mg/8 h e Levofloxacina500 mg/24 h, após consulta com especialistasem doenças infecciosas.

Valores de laboratorio: Leucocitos: 7,3X10∧3μL, VSG: 29, Glucose: 84 mg/dL,Creatinina 0,83 mg/dL, PCR: 7,6 mg/dL, HbA1c:6,1 %.

O resultado do cultivo e antibiograma ao ingreso:

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Klebsiella pneumoniae Enterococcus faecalis

Sensível: Sensível:

Amoxicilina/clavulánicoGentamicina 500-sinergia

Piperacilina/tazobactam

Ampicilina

Cefepima Penicilina

Cefotaxima Imipenem

Ceftazidima Levofloxacino

Cefuroxima Eritromicina

Ertapenem Teicoplanina

Imipenem Vancomicina

Ciprofloxacino Tigeciclina

Tigeciclina Linezolid

Trimetoprim/sulfametoxazol

Resistente: Intermedio:

Ampicilina Ciprofloxacino

Fig 4

Fig 3

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O dreno foi removido 48 horas após a admis-são. Houve uma ligeira diminuição nos sinaisinflamatórios locais. A evolução durante a primei-ra semana foi satisfatória, com a diminuição pro-gressiva da área de celulite. Com base no resul-tado da cultura microbiológica, o antibióticoempírico foi alterado para Amoxicilina /Clavulânico 2 g / 8h e Gentamicina 240 mg /24h.

Uma semana após a admissão, o VSG aumen-tou ligeiramente para 34 mm/h e a PCR diminuiupara 1,55 mg/dL. Os sinais inflamatórios esta-vam diminuindo, mas o tamanho do granulomapermaneceu o mesmo.

Às 2 semanas de internação, os sinais clínicoscontinuaram a melhorar com uma diminuiçãosignificativa no exsudato e na PCR, que foi de0,84 mg/dl, mas por meio do exploração compinças tocavam-se alguns fragmentos ósseosresiduais, e a cavidade interdigital era muito pro-funda com um trajeto fistuloso evidente.Portanto, decidiu-se realizar uma nova cureta-gem da cavidade séptica. Retiraram-se fragmen-tos ósseos e o 1º e 2º metatarsos foram remode-lados. Outra amostra de osso também foi levadapara estudo microbiológico, com o seguinteresultado:

Às 3 semanas de internação, a úlcera apresen-tava um moderado exsudato seroso com cavida-de até o primeiro espaço intermetatársico, semcelulite ou eritema dorsal e normotermia nasduas extremidades (fig. 5).

O tamanho da úlcera diminuiu consideravel-mente apesar do microorganismo isolado. PCR0,69 mg/dL e VSG 28 mm/h.

Ao existir controvérsia sobre o tratamento anti-biótico a ser administrado por via intravenosa, eantes da melhora clínica dos sinais inflamató-rios, optou-se pela alta do paciente com pautaantibiótico de Amoxicilina/Ácido Clavulânico875/125 mg/8 h por via oral e cura tópica diáriacom ácido acético a 3%. Recomendamos repou-so absoluto.

Foi feita uma tala com descarga seletiva para o1º e 2º metatarsos (Plastic-cast removable).

12-5-2014: Sinais clínicos de inflamação einfecção continuaram a melhorar, mas persistia acavidade profunda no primeiro espaço interdigi-tal.

Portanto, o tratamento antibiótico foi interrom-pido, deixando uma janela de 7 dias sem trata-mento. O objetivo foi obter uma nova amostrapara obter uma cultura microbiológica mais con-fiável.

Na semana (19-5-2014), os sinais clínicos con-

tinuaram a melhorar, com uma evidente involu-

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Sensível:

Colistina

Intermedio:

Piperacilina/tazobactam

Cefepima

Ceftazidima

Resistente:

Amikacina

Gentamicina

Tobramicina

Imipenem

Meropenem

Aztreonam

Ciprofloxacino

Levofloxacino

Pseudomona aeruginosa multirresistente

Fig 5

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ção do granuloma e uma diminuição na quanti-dade de exsudado. Uma biópsia por punção detecido de granulação e uma biópsia óssea foramcoletadas através da cavidade. Este foi o resulta-do:

26-5-2014: Dado o resultado da cultura, a VHSfoi avaliada, aumentando para 46 mm/h e a PCRaumentada para 2,54 mg/dL.

No entanto, não havia sinais clínicos de infec-ção e a evolução ainda era satisfatória.

Portanto, na sessão clínica, optou-se por nãoadministrar qualquer tratamento com antibióticoe seguir apenas com curas diárias com ácidoacético a 3% e descarga com o molde de plásti-co.

6-29-2014: a melhora clínica foi evidente. VHS:50 mm/he PCR 0,25 mg/dL. Uma nova biópsia

por punch foi realizada, com o seguinte resultado:

06-16-2014: A cultura mostrou a ausência dePseudomonas aeruginosa multirresistente combase em uma amostra com bom valor diagnósti-co, e decidiu-se continuar sem a administraçãode qualquer tratamento antibiótico.

Tanto a profundidade como a extensão da lesãodiminuíram claramente. Portanto, continuamoscom a descarga da área e cura diária com ácidoacético a 3% (fig. 6).

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Pseudomona aeruginosa multirresistente

Sensível:

Colistina

Intermedio:

Piperacilina/tazobactam

Cefepima

Ceftazidima

Aztreonam

Resistente:

Amikacina

Gentamicina

Cefotaxima

Tobramicina

Imipenem

Meropenem

Aztreonam

Ciprofloxacino

Tigeciclina

Fosfomicina

Trimetoprim/sulfametoxazol

Staphylococcus aureus

Pseudomona aeruginosa

Sensible: Sensible:

Ácido fusídico Amikacina

Mupirocina Gentamicina

Amikacina Tobramicina

Oxacilina Piperacilina/tazobactam

Ciprofloxacino Cefepima

Eritromicina Ceftazidima

Clindamicina Imipenem

Teicoplanina Meropenem

Vancomicina Aztreonam

Rifampicina Ciprofloxacino

Tetraciclina Levofloxacino

Trimetoprim/sulfametoxazol

Colistina

Resistente:

Penicilina

Fig 6

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A partir daqui as análises (VHS e PCR) foram normalizadas até atingir os valores normais após duassemanas, e a lesão também melhorou gradualmente.

Durante cada visita semanal, os depósitos de fibrina foram removidos. A eficácia da descarga foicontrolada e otimizada quando necessário após a verificação (fig. 7).

Foi alta definitiva, após 4 meses de tratamento(fig. 8)

Esta é a aparência atual do pé (Janeiro de2015) (fig.9a e 9b).

Conclusões

A principal conclusão é que, antes de uma lesão complicada, deve sempre prevalecer o valor dodiagnóstico clínico de infecção e da evolução clínica antes do resultado dos exames complementa-res.

Quando os sinais clínicos de infecção diminuem ou desaparecem, devemos interromper o trata-mento com antibióticos, pois isso nos garantirá uma melhora na evolução da lesão.

Além disso, a amputação deve ser sempre a última opção terapêutica em pacientes neuropatascom boa perfusão arterial distal. O grau de melhoria nestes casos, sempre que há uma abordagemmultidisciplinar, pode ser e é por vezes surpreendente.

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Fig 7

Fig 8

Fig 9a

Fig 9b

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