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Page 1: M..:wiMm JinuJardim do Lago, Vila São José e Demarchi leia pãg. 3 Casa Própria, a Solução em Mutirão - Começou a construção das primeiras 50 casas na Vila Comunitária em

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ASSOCIAÇÃO DE COMPRAS COMUNITÁRIAS

Jinu it folatit tefpeli

BIBLlOTl

SÃO BERNARDO DO CAMPO - ANO 2 - N' 2 - JULHO 85

_^ ■In... ■•■---:-:-:-:-:-:

Posto de Abastecimento nos Bairros - Já funcionam no Parque São Bernardo, Jardim do Lago, Vila São José e Demarchi

leia pãg. 3

Casa Própria, a Solução

em Mutirão - Começou a

construção das primeiras

50 casas na Vila Comunitária em frente à

Scania .... veja artigo pâg. 4

'■''***$ - V*.^.:

0 Sacolão

Pronuiie/., a respei(o.

^^op^S

EDITORIAL — ^_^^_^ S , ; ^ ■,■.,,.■: ■■ .

IARA NAO MORRER DE FOME — ■■■■.-.... ii. -.■■»■ . ^^^^^^^^^^^^í~í—^^^^^^^^SSSSSSSSSSSSSSm

1

A população brasileira entra em nova fase de regime político. Acabaram-se os 20 anos de dita- dura militar, porém o saldo é triste e desesperador.

Noventa por cento da popula- ção vive à margem da vida eco- nômica.

Vinte milhões na miséria absoluta. Milhões de crianças abandon3das e famintas com perspectiva de se tornarem marginais.

Segundo a F.A.O. (organismo internacional ligado à ONU) o Brasil possui neste momento 88 milhões, e 440 mil brasileiros subnutridos.

As cidades foram inchadas artificialmente com uma popu- lação expulsa do campo e pro- curando emprego. As favelas e cortiços se multiplicam.

Na área rural os agricultores foram transformados em milhões de bóias-frias ou sim- plesmente trabalhadores sem- terra.

O nordeste, seja na seca ou nas enchentes, sofre as conse- qüências da política devastado- ra dos coronéis.

O povo precisa de comida urgentemente, no entanto, hoje, as terras produtivas produzem para exportação ou para a indústria do álcool. O resto das terras não produzem nada por- 3ue estão nas mãos dos latifun»

iários. Com tudo isso o que fazer?

É necessário começar por algum lugar.

O atual governo está fazendo uma proposta de iniciar a distri- buição de algumas terras, para atender em princípio a 100 mil famílias, sob o título de Refor- ma Agrária.

Mesmo assim, um grupo que viveu de privilégios do governo "".terior, se levanta numa onda -c críticas contra essa reforma.

Quem Vencerá? Os mesmos interesses de sem-

pre ou a população! Os sem-terra, espalhados por

vários lugares do Brasil, já se deslocam invadindo terras improdutivas para plantar arroz, feijão, milho, etc, isso para não morrer de fome.

E nós consumidores da cida- de, o que faremos para sobrevi- ver?

Despertar para o problema é o primeiro passo, em seguida exigir medidas ao governo.

Uma proposta aprovada no II Encontro de Abastecimento e Alimentação na Câmara Muni- cipal de São Bernardo promovi- do pelas Associações de Com- pras Comunitárias do ABC (São Bernardo, Santo André e Diade- ma) é que as terras pertencentes ao governo do Estado de São Paulo, sejam entregues aos agri- cultores sem-terra, que planta- riam produtos de 1» necessida-

de. O governo possui um milhão de hectares de terras. Para se ter uma idéia da dimensão das terras, 300 mil hectares, ou seja, 30% do total, daria, para produ- zir arroz e feijão para toda a população do Estado.

Isso poderia ser apenas o iní- cio de uma mudança. Mas é pre- ciso que o secretário de agricul- tura do estado, Sr. Nelson Ni- colau, responda concretamcntc a essa reivindicação.

Outro problema seria a distri- buição desses alimentos criando sistemas verdadeiramente efica- zes, com a participação da comunidade, não para enfeitar, mas com poder de decisão.

A experiência passada da COBAL serviu como exemplo da corrupção e desastre que saiu caro ao povo brasileiro.

Quais seriam as novas pro- postas? E qual a participação da população?

I rrifíriíiT-- —. ■:■&.■■■■:-'■■■}r:\^.->m:iímmi

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Página 2 JL— u.HiMy...y>..ui. ■ -.^.i.........

A VENDA DO LEITE A GRANEL EM SÃO BERNARDO

Entrevista com Maria Juraci Elias, participante do Comitê de Mulheres de São Bernardo.

Comunidade Jornal - Qual a importância da conquista do leite mais barato?

Maria Juraci - Primeiro porque o leite é essencial na alimentação do trabalhador e hoje temos cadastrados no posto do Parque São Bernar- do mais de 2.000 mil famílias. Segundo porque existe hoje todo um movimento da

comunidade reivindicando novos postos, e mais ainda o leite mais barato prova que existem formas de baratear outros alimentos.

C.J. - Como é distribuídoe a que preço o leite é forneci- do?

M. J. - Temos 2 postos, um no Parque São Bernardo e outro no Ferrazópolis, onde trabalham em media 6 pes- soas que depositam o leite numa garrafa cedida anterior- mente às famílias cadastradas.

Sopa gratuita para famílias do

município No dia 13 de maio a Associação de Compras Comu-

nitárias reuniu-se com o prefeito Aron Galante para soli- citar ao mesmo a criação da Sopa Comunitária para atender a população carente do município.

O prefeito respondeu ao nosso pedido afirmativa- mente através de ofício.

Indicou a Promoção Social como responsável pelo projeto. Criou uma Comissão de representantes para implantação da sopa. Desta comissão fez parte a Asso- ciação de Compras Comunitárias, entre outras entida- des.

No parque São Bernardo a nossa associação tem como proposta a colocação de uma panela de pressão com capacidade para fazer 2.500 sopas por dia. Este panelão seria oferecido pela ACC. No entanto a pro- moção social não concorda com essa idéia, preferindo a forma tradicional.

A sopa funciona assim: o governo estadual fornece os panelões e os ingredientes (legumes, macarrão, arroz, etc); a prefeitura fornece o transporte e o estoque; a comunidade trabalhará voluntariamente na confecção da sopa em equipes de revezamento, recebendo a sopa gratuitamente.

Quem quiser sopa - O que deve fazer A sopa tem como objetivo atender as famílias mais

carentes. A comunidade que quiser socilitá-la, deverá encaminhar seu pedido à prefeitura.

São feitas reuniões nas favelas, promovidas pela promoção social, a fim de eleger as Comissões responsá- veis em cada lugar.

Comunicamos às lideranças e pessoas interessadas que procurem a promoção social, no caso de desejarem a sopa em suas localidades.

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C.J. - Quem fornece o leite para a distribuição, e como é armazenado para venda pos- terior?

M. J. - O leite é fornecido pelo Governo do Estado de São Paulo, ou seja, existe um contrato entre um produtor de Sorocaba e o Governo. Quanto ao armazenamento é

feito em containes estereliza- dos diariamente pelas pessoas que trabalham nos postos, treinadas para limpeza e aten- dimento.

C.J. - Qual a qualidade do leite?

M. J. - A qualidade é supe- rior a do leite B, temos até pessoas afirmando que após terem passado a consumir o leite diariamente sentem uma maior disposição.

Cl.- Quais os dias e horários para distribuição?

M.J. - A distribuição é feita diariamente de segunda a sex- ta-feira das 6:00 às 13:00 horas, às vezes fecha- mos mais cedo em função de um maior consumo.

C.J. - Como a Comuni- dade colabora?

M. J. - A conquista foi possível com a mobilização da comunidade que continua par- ticipando, controlando a qualidade, preços e sempre atenta para conservar sua conquista.

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Comunidade Jornal - É uma publicação sob a respon- sabilidade do Conselho Diretivo da Associação de Compras Comunitárias do Estado de São Paulo. Praça Samuel Sabatini. 330 - São Bernardo - CEP 09700 - Fone 448-5117 Jornalista Responsável: Célia M. Almeida Foto: FernandoAugustoRodri- gues.

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Já começaram a funcionar nos bairros de São Bernardo os Postos de Abastecimento Comunitários (P.A.C.).

O que são esses postos? Eles abrem uma vez por

semana tendo uma parte de legumes e frutas ao preço do Sacolão. A outra parte possui arroz, feijão, farinha, macar- rão, carne e frango, a preço da tabela do varejão.

A idéia surgiu da Associa- ção de Compras Comunitá- rias que através de um grupo de jovens criou o GTC - Gru- po de Trabalhadores Coope- rativados.

Este grupo funciona como uma cooperativa de trabalho para servir a população carente da periferia.

Os postos não obtêm lucro nenhum, vendendo as merca- dorias a preço de custo. No preço de custo está incluí- do^ transporte e ajuda de custo mínimo para aqueles que trabalham.

Atualmente temos P.A.C. funcionando nos bairros: Parque São Bernardo, Jardim

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Postos de abastecimento nos bairros Página 3

Ir

do Lago, Vila São José (aos sábados). Bairro Demarchi (às quartas-feiras) e Baeta Neves q'ue começará a fun- cionar às sextas-feiras. A ins- talação só foi possível com a colaboração, participação e apoio da população dos locais.

Como já dissemos, os P.A.C. não têm lucro. A pro- va disso é que os comercian- tes não se interessam em fazer esse tipo de vendas.

No entanto, a população tem que comprar um pouco de tudo, para que haja um

O SA COLÃO SERÁ OU NÃO DERRUBADOl

São muitos os interesses que querem acabar com o Sacolão Comunitário.

O prefeito Aron Galante, que compareceu ao II Encon- tro de Abastecimento e Ali- mentação, declarou para mais de 300 representantes de comunidades e 35 entidades presentes, o seguinte: " Até o final do meu governo nin- guém mexerá no Sacolão,

portanto vocês podem ficar tranqüilos". Apesar da decla- ração sabemos perfeitamente da existência de opiniões con- trárias que reivindicam a derrubada do Sacolão e assim o fim do controle que a comu- nidade exerce sobre o mesmo.

A transferência ou derrubada do Sacolão está sendo cogi- tada em função da construção da linha de trólebus no ABC.

Nossa associação é inteira- mente favorável à melhoria de transporte, porém nada impede a permanência do Sacolão onde está, abaste- cendo inclusive os usuários do trólebus.

Se a comunidade teve a imaginação de criar, os técni- cos não poderão ter a imagi- nação de conservar?

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equilíbrio na hora de vender, caso contrário o posto terá um prejuízo e deverá fechar.

No Parque São São Ber- nardo e no Jardim do Lago a coisa funciona bem, porém no Demarchi, onde as famílias são de renda mais elevada.

muitas só querem comprar as mercadorias que são caras no mercado. Por exemplo o tomate estava sendo compra- do a 2.500 cruzeiros o quilo e era vendido a preço único, por 1.100 o quilo junto com as outras mercadorias. Havia pessoas que levavam até 10 quilos de tomate para casa. Num só dia o tomate deu um prejuízo de 600 mil cruzeiros para o GTC por isso no Demarchi o tomate está sendo colocado separadamente a preço de custo, fora do preço único. Nos bairros pobres não está acontecendo, o que mos- tra maior conscientização e colaboração da comunidade.

Esperarnos melhorar ò sis- tema dos Postos de Abasteci- mento Popular(PAC) com o

trabalho do GTC e para isso será necessário criar as comissões por bairro e fazer reuniões de avaliação com as comunidades.

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■ Mi mmwmm w/Mw/Mm//- ^^

CASA PRÓPRIA, A SOLUÇÃO EM MUTIRÃO: 1

■■-■■........ ■ ■■■■

i I

i A Associação de Cons-

trução Comunitária por Mutirão, formada inicial- mente por alguns moradores da favela do Parque São Bernardo, há aproximada- mente dois anos, com obje- tivo de construir casas por mutirão.

Este grupo inicial optou pela construção das casas fora da favela porque para conseguir o financiamento do Estado naquela época era exigidn terreno próprio.

Vai íoi passos foram dado c muitas dificuldades supci -ias, através da luta:

O piojeto foi aprovado pela i .imara de Vereadores, depois de muitos empeci- lhos;

O llnanciamento para a construção das 50 primeiras casas foi conquistado junto ao CDH — Companhia de Desenvolvimento Habitacio- nal. O terreno foi adquirido da mitra diocesana de Santo André, a um preço de cará- ter social.

Já foi iniciada a constru- ção das primeiras vinte e oito tasas, via mutirão na Vila ( omunitária, em frente á Scania.

Como se começa o traba- lho?

Em primeiro lugar esco- lhe-se um terreno. Pode ser o próprio terreno da favela. Depois o grupo selecionado discute com o arquiteto o

SECRETÁRIA DA HABITAÇÃO

PROMETE APOIO À FAVELA

DO DER No domingo, dia 30 de junho,

José Carlos Seíxas secretário Estadual da Habitação, junta- mente com vários políticos, este- ve na favela do DER. Na oca- sião, o Dr. Seixas participou de comício onde prometeu à popula- ção interferir para que as terras do DER passem para o poder dos moradores, através do Uso Capião ou outras formas equiva- lentes.

O Frei Sebastião, represantan- te da Igreja local pediu encareci- damente ás autoridades presentes que atendessem as aspirações do povo sofrido do DER,

^*i»mmmím

plano da divisão dos lotes e ruas. Em seguida é feita a planta da casa, também com a participaçaço dos morado- res,

O financiamento

A comunidade procura o financiamento, O próprio grupo estabelece a mensali-

dade, No caso das 50 casas a prestação, incluindo o terreno e a casa, não será maior do que 30% de salário minimo, e só começará a ser paga depois da construção, durante 8 anos,

O valor das prestações é estabelecido conforme a ren- da familiar.

Como é feito o trabalho O grupo trabalha na cos-

trução das casas em muti- rão, isto é, todos trabalham juntos para o mesmo objeti- vo. Cada família tem que dar 20 horas semanais e 80 mensais.

As casas são construídas todas juntas ao mesmo tem-

po, depois serão sorteadas. Tem um mestre de obra con- tratado que dirige os traba- lhos. O SENAI oferece cur- sos de pedreiros para os par- ticipantes.

A experiência do Mutirão da Vila Comunitária demonstra que o problema habitacional pode ser solu- cionado pelo povo.

/AO

DISCU MUTIRÃO A Sociedade Construtora

Comunitária do DER e CALUX foi fundada em 1983, pelos moradores, reivindicando os terrenos pertencentes ao INPS.

O plano urbanístico da dis- tribuição dos loteamentos, foi elaborado pelos arquitetos Leo- nardo Pessina e Laila Mourad. Após várias assembléias com os moradores, realizadas no Esporte Clube do DER foi apro- vado o envio de documentação, juntamente com o plano, ao INPS, para que este aprovasse a venda dos lotes a preço social, dando preferência aos morado- res do local.

Porém as tramitações já se

prolongam por 2 anos. Atual- mente a situação está no seguinte pé:

Em 5 de fevereiro de 1985, foi enviado ofício ao BNH de São Paulo para que este conce- da a prioridade de compra do terreno aos moradores atuais.

Em 1 de março de 1985, a Sociedade Construtora do DER e CALUX teve contato com o presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional (CDH) Pedro Paulo Branco e o mesmo se prontificou em conce- der verba para a construção, após legalização do terreno.

Em 06 de março de 1985, foi enviado ofício à prefeitura.

solicitando aprovação do proje- to de urbanização (rede de esgo- to, iluminação pública, asfalto etc), Na mesma data foi envia- do ofício ao INPS solicitando uma avaliação do preço da terra, Este trabalho foi desen- volvido por Rodolfo Moreira Brito e Cláudio Henrique Gou- veia,

Ainda no mês de julho have- rá um contato com a Compa- nhia de Desenvolvimento Habi- tacional (CDH) para reativar o processo de desenvolvimento do projeto.

Enquanto isto os moradores estão discutindo a primeira casa modelo a ser construída no local.

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