musicalização indígena - apresentação teórica
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MUSICALIZAÇÃO INDÍGENAINSTRUMENTOS E SUA UTILIZAÇÃO NA ESCOLA
Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org)
DISCENTES:
Lídice Reis PereiraCarlos ChagasJuliana AroucaVera SenaTarsis
Docente: Mariana Caribé
MUSICALIZAÇÃO INDÍGENA - INSTRUMENTOS E SUA UTILIZAÇÃO NA ESCOLA
Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org)
IMAGEM - Socialmente difundida – FOLCLORIZADA Encobre a diversidade cultural das populações indígenas no Brasil.
População – 231 povos indígenas 450 mil índios - vivem em terra indígenas e núcleos urbanos próximos. 150 mil – grandes cidades
0,2% da população nacional
IDENTIDADE – Processo de aculturação perderam sua língua nativa. 180 línguas e dialetos falados - multilíngues
É difícil descrever no singular uma musicalidade indígena, sendo diversas as culturas, são também múltiplas as formas musicais encontradas.
Povos indígenas do Nordeste – Pelo processo de transmissão oral, conseguiram manter, traços ancestrais de sua musicalidade, ao tempo em que assimilaram traços de outras culturas musicais como a europeia e a africana, seja nas áreas de missões religiosas ou no contato com quilombolas.
O que podemos perceber então como traços de uma musicalidade indígena?
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Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org)
- Características predominantes --
1. Vinculação com sistemas rituais da religiosidade e mítica dos povos indígenas.
O ritual musical aparece como uma forma de comunicação com um mundo mágico, com a ancestralidade ou espiritualidade desses povos.
2. Falar da colheita, da caça, da guerra, da fertilidade, etc.
Temas intimamente ligados aos modos de vida de uma coletividade.
Fazer musical
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Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org)
É vivida no espaço através da corporeidade no espaço coletivo.
Por conta disso, muitas dessas culturas, não fazem uma dissociação entre o cantar e o dançar e orar
para a divindade.
Fazer música é um ato imanente à existência indígena e reflete a totalidade sociocultural. Aparece como uma forma que trata do cotidiano, seja para
contar uma história engraçada, para falar de bravuras de uma caçador, paquerar, expressar sentimentos de tristeza pela partida de alguém, dentre
inúmeras funções.
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Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org)
Fazer musical
Acompanhamento de maracás, guizos de casca de fruta presos no tornozeloDança circularRelaxarForma terapêutica ou de curaContar ou encenar uma históriaNos folguedos, nas escolas, como objetivo pedagógico ou de interação social, ou como expresssão coletiva e individual das emoções.
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Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org.)
Tratar da música indígena no plural e intrinsecamente vinculada aos outros aspectos da diversidade cultural indígena.
Despertar no processo dinâmico de ensino-aprendizagem um interesse pela
ancestralidade que nos compõe.
Importante perceber que os diversos povos indígenas não apenas vêm deixando legados
culturais importantes, mas é preciso compreender que estes povos estão vivos e
próximos territorialmente.
Contato não deve ser visto apenas pela ameaça a tradição, mas também
como ponto de valorização das diferenças culturais e de suas
reinvenções.
Tratar da diversidade cultural na escola, é promover a aproximação destes grupos, os mais indicados para falarem sobre si mesmos, seja presencialmente ou nos materiais audiovisuais ou gráficos que têm produzido.
Escutar o que estas culturas têm a dizer sobre o planeta, a
vida em comunidade ou a espiritualidade.
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Hildonice de Souza Batista e Katia Alves dos Santos (org.)
Implantação do ensino de música, com um projeto amplo de reforma curricular, para evitar as distorções do folclorismo é necessário que as diretrizes e definições de conteúdo passem pelas comunidades indígenas e abarquem sua multiplicidade e dinâmica.
REFERÊNCIA
• BATISTA, Hildonice de Souza; SANTOS, Katia Alves dos (Org.); A Música na Educação Básica: material de apoio à implantação da lei 11.769/08. Salvador: Edufba, 2011.
CONCLUSÃO
ÉTICA E REPRODUTIVIDADE
A música indígena nas escolas não vai ensinada da mesma maneira que se ensina uma cantiga de roda ou ladainha de capoeira. É preciso experiência do contexto social, para que essa música faça sentido e esta vem através da bagagem simbólica-cultural que uma pessoa carrega, necessária à interpretação dos sons escutados.
Nas músicas de tradição oral, necessita-se de outros elementos como: alguém que faça demonstrações, que descreva o contexto ou performance. É preciso se praticar certas nuances difíceis de serem objetivadas ou racionalizadas.
A música indígena, apresenta sistemas e estilos musicais tão diversos e tão poucos conhecidos que não é possível ser cantada, se não houver um contato direto com os índios, conhecer um pouco da língua ou pelos menos ter escutado o canto dessas músicas.
Muitos autores propõem outras formas de representação musical, que não promovam distorções e permitam que as outras informações sejam buscadas por meio do contato com essas culturas.
INSTRUMENTOS MUSICAIS INDÍGENAS MAIS COMUNS NO BRASIL: identificando e construindo sons.
MARACÁS, normalmente feito de cabaça, ou coco. APITO NASAL
nome indígena: pedhuá feito por índios: Guarani
TROMBETAS E CLARINETES
FLAUTA DE PÃ
TAMBORES
GUIZOSBASTÃO DE RITMO