música erudita e música popular

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MÚSICA ERUDITA Existem três definições para a música erudita, ou música clássica. A primeira delas, utilizada por muitos dicionários de música, define a música erudita como sendo música "séria" em oposição à música popular, música folclórica, música ligeira ou de jazz. Essa definição talvez não seja a melhor a se fazer, se considerarmos que a música para ser séria não precisa, necessariamente, ser música erudita. A segunda definição, que serve apenas para a música clássica, afirma que essa música seria qualquer música em que a atração estética resida principalmente na clareza, no equilíbrio, na austeridade e na objetividade da estrutura formal, em lugar da subjetividade, do emocionalismo exagerado ou da falta de limites de linguagem musical. Nesse sentido a música clássica implica a antítese da música romântica feita em fins do século 17 e início do século 19, em que a ênfase recaía sobre os sentimentos, as paixões e o exótico, em lugar da razão, da contenção e de esteticismo da arte clássica. O problema nesse caso é que os primeiros traços do romantismo, que seria a música contrária à música clássica, podem ser apreciados nas obras de Beethoven e Schubert, e, em um período mais adiante, nas de Brahms, Wagner e Liszt, ou seja, hoje o termo música clássica, para a grande maioria das pessoas, abrangeria estes nomes como compositores de música clássica ou erudita. Ninguém em sã consciência afirmaria hoje que Beethoven seria a antítese da música clássica. Assim sendo, essa também não é uma boa definição para o termo. Uma terceira definição afirma que música erudita seria a música feita durante o período de 1750 a 1830, em especial a de Haydn, Mozart e Beethoven. Podemos dizer que nesse período a música mais representativa e mais mencionada é a da Escola Clássica Vienense, refletindo a importância de Viena como capital musical da Europa nesse período. A Escola Clássica de Viena seria responsável pelo desenvolvimento da sinfonia, do quarteto de cordas e do concerto, e assistiu ao triunfo final da música instrumental sobre a música coral. Entre suas mais importantes e duradouras realizações está a introdução e o estabelecimento da "forma sonata" _estrutura musical que se desenvolveu durante a segunda metade do século XVIII nas sonatas, sinfonias, concertos, aberturas, quartetos, árias e etc. Suas origens são complexas e só se tornarão conhecidos como formato padronizado após serem definidas por Reicha, em 1826, e depois por Czerny, em seu compêndio "Escola Prática de Composição", em 1848. As principais características das "formas sonatas" estão nos primeiros movimentos de Haydn, Mozart e Beethoven. As principais mudanças que essas "formas sonatas" trouxeram para a música estão nas violentas oposições de vários tons, no contraste entre várias idéias temáticas diferentes, que, por sua vez, aumentam substancialmente o aspecto dramático da música e na articulação da estrutura através da instrumentação. Os fatos musicais no interior da sonata costumam ser explicados a partir de três planos: exposição, desenvolvimento e recapitulação. A exposição apresenta o material temático que caminha da tônica, que é a primeira nota de uma escala, da qual o tom em que a escala está construída recebe o nome, ou seja, a tônica da escala de dó maior ou de dó menor é dó. Existe também, dentro de uma escala, a nota dominante, que é a quinta nota acima da tônica, ou seja, se a tônica for dó a sua dominante será sol, pois sol é a quinta nota da escala de dó (1ª dó, 2ª ré, 3ª mi, 4ª fá, 5ª sol, 6ª lá, 7ª si). O desenvolvimento diz respeito à discussão e transformação dos temas, aliás, é sempre bom lembrar que o tema é a idéia musical que forma a parte estrutural e essencial de uma composição. A recapitulação é a que representa ao material de exposição, basicamente na área da tônica. A função dramática dessa seção é afirmar o tom original, após a transferência para a dominante no final da exposição. É a recapitulação que dá o toque final na sonata. Porém, segundo grandes estudiosos da música e de teoria de musical, o termo que melhor representa a música dos grandes compositores é música de concerto, o que demonstra a impossibilidade de classificá-la, pois como afirma Ênio Squeff, "Beethoven não tem nada de erudito, nem Villa-Lobos. A música de concerto é aquela inqualificável. É a gênese da atividade musical". No Brasil A Música Erudita, ou Clássica, ou de Concerto, no Brasil dos primeiros séculos de colonização portuguesa, vinculava-se estritamente à Igreja e à catequese. Com o passar do tempo, irmandades de música, salas de concerto e manuscritos brasileiros vão traçando o perfil de uma atividade crescente no país, onde pontificaram nomes como Antônio José da Silva, cognominado "O Judeu", José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Caetano de Mello Jesus, entre outros. Com a chegada de D. João VI no Brasil, tivemos também um grande impulso às atividades musicais e José Maurício Nunes Garcia destacou- se como o primeiro grande compositor brasileiro. Mas mesmo com todas as obras feitas por estes compositores, ainda no século 19, falar em música erudita brasileira era motivo de riso, num período totalmente dominado pelos mestres italianos (com esporádicas contribuições de alemães e franceses). Foi somente com Villa-Lobos que a música nacionalista no Brasil introduziu-se e consolidou-se pra valer. Nessa época, ignoravam-se compositores como Alberto Nepomuceno e Brasílio Itiberê da Cunha, exatamente por causa da excessiva brasilidade de suas composições, e admitia-se Carlos Gomes graças ao sucesso europeu. É a partir de Villa-Lobos que o Brasil descobre a música erudita e o país passa, desde então, a produzir talentos em série: Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro e Edino Krieger são alguns desses expoentes. Mas mesmo hoje, o Brasil ainda é um país que não percebeu o devido valor da música clássica ou erudita ou de concerto, talvez por causa de nossa história ou de nossa situação político-econômica. Os músicos eruditos e os artistas em geral são, como na opinião do professor Koellreutter, "uma espécie de Quixotes, que lutam contra os moinhos de ventos". (Renato Roschel)

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Uma análise acerca da música erudita e música popular para o curso de Música do Bacharelado em Teologia do Seminário Teológico Presbiteriano Rev. Ashbel Green Simonton.

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Page 1: Música Erudita e Música Popular

MÚSICA ERUDITA Existem três definições para a música erudita, ou música clássica. A primeira delas, utilizada por muitos dicionários de música, define a música erudita como sendo música "séria" em oposição à música popular, música folclórica, música ligeira ou de jazz. Essa definição talvez não seja a melhor a se fazer, se considerarmos que a música para ser séria não precisa, necessariamente, ser música erudita. A segunda definição, que serve apenas para a música clássica, afirma que essa música seria qualquer música em que a atração estética resida principalmente na clareza, no equilíbrio, na austeridade e na objetividade da estrutura formal, em lugar da subjetividade, do emocionalismo exagerado ou da falta de limites de linguagem musical. Nesse sentido a música clássica implica a antítese da música romântica feita em fins do século 17 e início do século 19, em que a ênfase recaía sobre os sentimentos, as paixões e o exótico, em lugar da razão, da contenção e de esteticismo da arte clássica. O problema nesse caso é que os primeiros traços do romantismo, que seria a música contrária à música clássica, podem ser apreciados nas obras de Beethoven e Schubert, e, em um período mais adiante, nas de Brahms, Wagner e Liszt, ou seja, hoje o termo música clássica, para a grande maioria das pessoas, abrangeria estes nomes como compositores de música clássica ou erudita. Ninguém em sã consciência afirmaria hoje que Beethoven seria a antítese da música clássica. Assim sendo, essa também não é uma boa definição para o termo. Uma terceira definição afirma que música erudita seria a música feita durante o período de 1750 a 1830, em especial a de Haydn, Mozart e Beethoven. Podemos dizer que nesse período a música mais representativa e mais mencionada é a da Escola Clássica Vienense, refletindo a importância de Viena como capital musical da Europa nesse período. A Escola Clássica de Viena seria responsável pelo desenvolvimento da sinfonia, do quarteto de cordas e do concerto, e assistiu ao triunfo final da música instrumental sobre a música coral. Entre suas mais importantes e duradouras realizações está a introdução e o estabelecimento da "forma sonata" _estrutura musical que se desenvolveu durante a segunda metade do século XVIII nas sonatas, sinfonias, concertos, aberturas, quartetos, árias e etc. Suas origens são complexas e só se tornarão conhecidos como formato padronizado após serem definidas por Reicha, em 1826, e depois por Czerny, em seu compêndio "Escola Prática de Composição", em 1848. As principais características das "formas sonatas" estão nos primeiros movimentos de Haydn, Mozart e Beethoven. As principais mudanças que essas "formas sonatas" trouxeram para a música estão nas violentas oposições de vários tons, no contraste entre várias idéias temáticas diferentes, que, por sua vez, aumentam substancialmente o aspecto dramático da música e na articulação da estrutura através da instrumentação. Os fatos musicais no interior da sonata costumam ser explicados a partir de três planos: exposição, desenvolvimento e recapitulação. A exposição apresenta o material temático que caminha da tônica, que é a primeira nota de uma escala, da qual o tom em que a escala está construída recebe o nome, ou seja, a tônica da escala de dó maior ou de dó menor é dó. Existe também, dentro de uma escala, a nota dominante, que é a quinta nota acima da tônica, ou seja, se a tônica for dó a sua dominante será sol, pois sol é a quinta nota da escala de dó (1ª dó, 2ª ré, 3ª mi, 4ª fá, 5ª sol, 6ª lá, 7ª si). O desenvolvimento diz respeito à discussão e transformação dos temas, aliás, é sempre bom lembrar que o tema é a idéia musical que forma a parte estrutural e essencial de uma composição. A recapitulação é a que representa ao material de exposição, basicamente na área da tônica. A função dramática dessa seção é afirmar o tom original, após a transferência para a dominante no final da exposição. É a recapitulação que dá o toque final na sonata. Porém, segundo grandes estudiosos da música e de teoria de musical, o termo que melhor representa a música dos grandes compositores é música de concerto, o que demonstra a impossibilidade de classificá-la, pois como afirma Ênio Squeff, "Beethoven não tem nada de erudito, nem Villa-Lobos. A música de concerto é aquela inqualificável. É a gênese da atividade musical". No Brasil A Música Erudita, ou Clássica, ou de Concerto, no Brasil dos primeiros séculos de colonização portuguesa, vinculava-se estritamente à Igreja e à catequese. Com o passar do tempo, irmandades de música, salas de concerto e manuscritos brasileiros vão traçando o perfil de uma atividade crescente no país, onde pontificaram nomes como Antônio José da Silva, cognominado "O Judeu", José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, Caetano de Mello Jesus, entre outros. Com a chegada de D. João VI no Brasil, tivemos também um grande impulso às atividades musicais e José Maurício Nunes Garcia destacou-se como o primeiro grande compositor brasileiro. Mas mesmo com todas as obras feitas por estes compositores, ainda no século 19, falar em música erudita brasileira era motivo de riso, num período totalmente dominado pelos mestres italianos (com esporádicas contribuições de alemães e franceses). Foi somente com Villa-Lobos que a música nacionalista no Brasil introduziu-se e consolidou-se pra valer. Nessa época, ignoravam-se compositores como Alberto Nepomuceno e Brasílio Itiberê da Cunha, exatamente por causa da excessiva brasilidade de suas composições, e admitia-se Carlos Gomes graças ao sucesso europeu. É a partir de Villa-Lobos que o Brasil descobre a música erudita e o país passa, desde então, a produzir talentos em série: Lorenzo Fernandez, Francisco Mignone, Radamés Gnatalli, Camargo Guarnieri, Guerra-Peixe, Cláudio Santoro e Edino Krieger são alguns desses expoentes. Mas mesmo hoje, o Brasil ainda é um país que não percebeu o devido valor da música clássica ou erudita ou de concerto, talvez por causa de nossa história ou de nossa situação político-econômica. Os músicos eruditos e os artistas em geral são, como na opinião do professor Koellreutter, "uma espécie de Quixotes, que lutam contra os moinhos de ventos".

(Renato Roschel)

Page 2: Música Erudita e Música Popular

NOSSA MÚSICA POPULAR Nosso período republicano coincide com o notável avanço tecnológico por que vem passando o mundo. Em 1902, surge o gramofone e, com ele, os primeiros discos. Que maravilha! As vozes dos grandes cantores e os sons das grandes orquestras podem, a partir de então, ser perpetuados. Daí para diante, só progresso: o rádio, o cinema e, por último, a televisão. É o século das comunicações que, entre outras, dá importante contribuição para ascensão da nossa música popular. No final do século XIX, surgem com o carnaval, os primeiros ranchos carnavalescos, com seu ritmo marcado do negro do Morro da Saúde. Para o Cordão Rosa de Ouro, Chiquinha Gonzaga compôs marcha Ó abre alas, que alcançou enorme sucesso. Na mesma época, em Pernambuco, os negros animavam o carnaval com o frevo (variante de marcha, mais frenética), logo transformado em frevo canção. No Rio de Janeiro, por volta de 1916, na Praça Onze, existia a casa da “Tia Ciata”, local frequentado por vários músicos da época: Sinhô, Donga, Heitor dos Prazeres, João da Baiana, Catulo Cearense. Nas reuniões noturnas, juntos fizeram o primeiro samba sucesso Pelo telefone. É o samba feito música, composição melódica, e não a dança de roda com solista, marcando nova fase para a nossa música popular. A casa “Edison” havia instalado a fábrica de discos “ODEON”, a primeira da América do Sul. Esta grava Pelo telefone, registrado por Donga como sendo de sua autoria, com os versos de Mauro de Almeida. Com a consagração popular do samba, surgem os conjuntos instrumentais que vão divulga-lo no exterior. Pixinguinha à frente, “Os Oito Batutas” (criado em 1921) levam nossa música popular a Paris. Benedito Lacerda, com Gente de Morro. “Bando de Tangarás”, com Almirante, João de Barro, Alvinho, Henrique Brito e Noel Rosa (um dos maiores compositores da nossa música popular). O samba sobe os morros, o samba batucado. No carnaval, as Escolas de Samba trazem seus sambas-enredo; na classe média aparecem os sambas-canção com a influência da música norte-americana, a marcha, a valsa do tipo seresta, o choro, o chorinho, o frevo, cada qual com sua forma distinta, identificado à distância. É a fase da cristalização da nossa música. Surgem compositores notáveis como Donga, Sinhô, Pixinguinha, João da Baiana, Heitor dos Prazeres, Lamartine Babo, Ismael Silva, Ari Barroso, Assis Valente, João de Barro, Dorival Caymmi, Ataulfo Alves, Custódio Mesquita, Herivelto Martins, etc. Aparecem composições inesquecíveis:

• Pé de anjo – marcha de Sinhô • Cidade Maravilhosa – André Filho • O teu cabelo não nega - marcha de Lamartine Babo • Jura – samba de Sinhô • Feitiço da vila - samba de Noel Rosa • Ai io-iô - samba-canção de Henrique Vogelem • Carinhoso – choro de Pixinguinha • Aquarela do Brasil – samba exaltação de Ari Barroso • Acertei no milhar – samba de breque de Moreira da Silva • É doce morrer no mar – toada de Dorival Caymmi • Tiradentes – 1º samba-enredo sucesso da Escola de Samba Império Serrano.

Noel Rosa – compôs 212 músicas em oito anos, excelente compositor e letrista, com seus sambas cheios de filosofia, influenciou as novas gerações.

Page 3: Música Erudita e Música Popular

STPS – CURSO DE MÚSICA SACRA PROF. MATHIAS PIRES DE ALMEIDA

NOME: ______________________________________________ Nº ____ DATA: ____/_________/_______

RESPONDA ADIANTE CONFORME OS 2 TEXTOS ACIMA: 1. QUEM É O AUTOR DE “JURA”? 2. ANDRÉ FILHO É O AUTOR DE? 3. QUAL É A DANÇA POPULAR PERNAMBUCANA? 4. QUAL É A MARCHA DE SUCESSO DE CHIQUINHA GONZAGA? 5. QUAL FOI O PRIMEIRO SAMBA DE SUCESSO GRAVADO NO BRASIL? 6. QUAL FOI O 1º SAMBA-ENREDO SUCESSO DA ESCOLA DE SAMBA IMPÉRIO SERRANO? 7. QUEM É O AUTOR DE “AQUARELA DO BRASIL”? 8. QUEM ESCREVEU O SAMBA “PÉ DE ANJO”? 9. QUEM FAZIA PARTE DO “BANDO DE TANGARÁS”? 10. QUAIS OS TIPOS DE SAMBA QUE TEMOS HOJE EM DIA? 11. QUAL É A SUA DEFINIÇÃO PARA MÚSICA ERUDITA? 12. PELO QUE A “ESCOLA CLÁSSICA DE VIENA” FOI RESPONSÁVEL? 13. ONDE ESTÃO AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DAS “FORMAS SONATAS”? 14. QUANTOS E QUAIS SÃO OS PLANOS MUSICAIS DA SONATA? 15. O QUE É MÚSICA DE CONCERTO, SEGUNDO O TEXTO? 16. COMO ERA A MÚSICA ERUDITA DOS PRIMEIROS SÉCULOS DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESA? 17. QUEM SE DESTACOU COMO O 1º GRANDE COMPOSITOR BRASILEIRO? 18. QUEM, REALMENTE, CONSOLIDOU A MÚSICA NACIONALISTA BRASILEIRA? 19. CITE OUTROS EXPOENTES DA MÚSICA ERUDITA BRASILEIRA. 20. QUAL É A SITUAÇÃO ATUAL DOS MÚSICOS E ARTISTAS ERUDITOS EM GERAL, NO BRASIL?

RESPOSTAS:

1. .......................................................................................................................................................................................................................... 2. .......................................................................................................................................................................................................................... 3. .......................................................................................................................................................................................................................... 4. .......................................................................................................................................................................................................................... 5. .......................................................................................................................................................................................................................... 6. .......................................................................................................................................................................................................................... 7. .......................................................................................................................................................................................................................... 8. .......................................................................................................................................................................................................................... 9. ..........................................................................................................................................................................................................................

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......................................................................................................................................................................................................................... 17. ..........................................................................................................................................................................................................................

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