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Programa Preliminar MUSEU NACIONAL DA MÚSICA PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA CONCURSO PÚBLICO DE CONCEÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA NO PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA Assessoria Técnica Promotor

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Programa Preliminar

MUSEU NACIONAL DA MÚSICAPALÁCIO NACIONAL DE MAFRA

CONCURSO PÚBLICO DE CONCEÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DO PROJETO DE INSTALAÇÃO DO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA NO PALÁCIO NACIONAL DE MAFRA

Assessoria TécnicaPromotor

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ÍNDICE

1. Preâmbulo ............................................................................................................................. 1�

2. Enquadramento histórico ...................................................................................................... 2�

3. Avaliação .............................................................................................................................. 4�

4. Área de intervenção .............................................................................................................. 5�

5. Objetivos ............................................................................................................................. 12�

6. Programa de intervenção ................................................................................................... 13�

7. Condicionantes ................................................................................................................... 16�

8. Custo de obra ..................................................................................................................... 17�

9. Anexos ao Programa Preliminar ......................................................................................... 17�

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1. Preâmbulo

A instalação do Museu Nacional da Música (MNM) no Palácio Nacional de Mafra (PNM) por

decisão da tutela da Cultura conjuga os interesses de ocupação dos espaços disponíveis

naquele monumento com a necessidade de dotar o MNM de instalações próprias, findo o

protocolo estabelecido com o Metropolitano de Lisboa, onde atualmente se encontra numa

situação provisória.

A instalação de uma unidade museológica desta importância num imóvel Património Mundial

da UNESCO, envolve compromissos de ambas as partes que na defesa do interesse público

cultural serão claramente compensados pela valorização dos bens patrimoniais em presença

– o Museu enquanto entidade que tem como missão proteger, estudar e divulgar as suas

coleções e o Palácio enquanto monumento nacional que igualmente deve ser protegido e

apresentado aos cidadãos. Conteúdo e contentor complementam-se numa missão de alto

valor cultural.

A mais-valia de instalar o museu num edifício histórico tem como contrapartida a necessária

sujeição do programa aos espaços existentes, significando que as limitações espaciais não

sendo as ideais, terão a qualidade necessária e suficiente à preservação e apresentação das

coleções. Deste modo, há que respeitar as exigências ditadas pela preservação da coleção,

sem fazer concessões no campo da conservação preventiva, mas optando por soluções téc-

nicas pouco intrusivas quer construtivamente, quer espacialmente.

A opção PNM surge pela generosa disponibilidade de espaços expectantes aos quais urge

afetar uma função como meio de os salvaguardar, sendo que uma função museológica é,

sem dúvida, a que melhor se adequa a este monumento. Esta concentração de serviços trará

certamente a vantagem de melhor gestão dos recursos humanos necessários e potenciará a

atracão de visitantes.

A instalação do Museu Nacional da Música no andar nobre da ala Norte do Palácio, em es-

paços anteriormente ocupados pela Escola Prática de Infantaria, tem como grande vantagem

a possibilidade de criação de uma unidade museológica com funcionamento autónomo rela-

tivamente às outras entidades que ocupam este conjunto monumental.

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2. Enquadramento histórico

O Palácio Nacional de Mafra, está situado a 30 km de Lisboa e a 20 km de Sintra, Património

da Humanidade. O Monumento, que integra cerca de 40.000 m2 de património edificado é

um dos mais notáveis exemplos da arquitetura barroca em Portugal, retratando vivências e

memórias de um tempo que percorre todos os séculos XVIII e XIX e a primeira década do

século XX, atravessando momentos marcantes da história e da sociedade portuguesa até ao

final da monarquia.

Mandado construir no século XVIII pelo Rei D. João V em cumprimento de um voto para obter

sucessão do seu casamento com D. Maria Ana de Áustria, o Real Convento de Mafra é o

mais importante monumento do barroco em Portugal.

Construído em pedra lioz da região, o edifício ocupa uma área de cerca de quatro hectares

(37.790 m2), compreendendo cerca de 1200 divisões, mais de 4700 portas e janelas, 156

escadarias e 29 pátios e saguões. Tal magnificência só foi possível devido ao ouro do Brasil,

que permitiu ao monarca por em prática uma política mecenática e de reforço da autoridade

régia.

Para o Real Convento de Mafra, encomendou o Monarca obras de escultura e pintura de

grandes mestres italianos e portugueses, bem como, em França e Itália, todos os paramentos

e alfaias religiosas. Na Flandres, encomendou ainda dois carrilhões com 92 sinos, que cons-

tituem o maior conjunto histórico do mundo.

No reinado de D. José I foi criada aqui uma importante Escola de Escultura, sob a direção do

mestre italiano Alessandro Giusti, de que são exemplo os retábulos de mármore da Basílica.

Foi também o Paço preferido de D. João VI que encomendou, no final do séc. XVIII, pinturas

murais para diversas salas bem como um novo conjunto de 6 órgãos para a Basílica.

Este monumento possui uma das mais importantes bibliotecas europeias com um valioso

acervo de c. de 36.000 volumes, que abrange todas as áreas de estudo do séc. XVIII. De

destacar algumas obras raras como a coleção de incunábulos, a famosa “Crónica de Nurem-

berga” (1493), bem como diversas Bíblias ou a primeira Enciclopédia, de Diderot et

D’Alembert, e ainda um importante núcleo de partituras musicais de autores portugueses e

estrangeiros, especialmente escritas para o conjunto dos seis órgãos históricos da Basílica.

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Nunca tendo sido residência permanente da Família Real, o Palácio de Mafra foi até ao fim

da monarquia frequentemente visitado pelos monarcas, que aqui vinham celebrar algumas

festas religiosas ou passar parte do Verão caçando na Tapada.

Foi também em Mafra que o último Rei de Portugal, D. Manuel II passou a sua última noite

no país antes da sua partida para o exílio quando da implantação da República, a 5 de Outu-

bro de 1910.

No contexto internacional, o Palácio Nacional de Mafra encontra os seus referenciais no Pa-

lácio do Escorial, em Espanha. O Palácio integra, a “Associação de Residências Reais

Europeias” e desde o passado mês de junho integra a lista do Património Mundial da

UNESCO.

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3. Avaliação

A partir de um programa funcional/quantificação de áreas desejáveis elaborado em 2006 pela

Direcção do MNM, foi feita uma avaliação das capacidades de adequação desse programa

os espaços disponíveis no Palácio, tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo.

Esta primeira análise deu-nos uma visão do potencial e das limitações que o Palácio Nacional

de Mafra tem para se atingir este objetivo.

Aspetos positivos:

- a dignidade do imóvel;

- a morfologia dos espaços – áreas, pés-direitos e inter-relacionamento das salas;

- uma área útil disponível global superior a 3.000 m2;

- a possibilidade de usufruir de equipamentos já existentes, em regime de partilha quer dentro

da DGPC, quer com outras instituições – loja, acolhimento do público ou outros espaços;

- a grande inércia térmica do imóvel, particularmente nas salas da fachada virada a Norte;

- a existência de estacionamento para os visitantes;

- a recente valorização da envolvente.

Aspetos negativos:

- a pouca flexibilidade de articulação entre espaços, ou seja, a forte limitação de alterar a sua

morfologia devido ao valor patrimonial do imóvel, implicando a necessidade de ajustamento

do programa funcional aos espaços existentes;

- as dificuldades de instalação de condutas de AVAC nas salas de exposição;

- a grande volumetria das salas. Para controlar os gastos de energia com a climatização e

considerando as dificuldades do ponto anterior, deverão ser encontradas soluções mínimas

de conforto e de estabilidade da humidade relativa. Salienta-se a necessidade de ter condi-

ções ambientais idênticas dentro e fora das vitrinas.

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4. Área de intervenção

A ocupação do museu distribuir-se-á por três níveis diferentes: Cave, Piso Térreo e Andar

Nobre.

A entrada do museu será feita pela mesma porta principal de entrada no Palácio, situada na

fachada Poente. Haverá uma segunda entrada, pela porta situada na fachada Norte para

serviço do museu, podendo funcionar como acesso para eventos e como entrada de grupos

organizados.

Piso da cave

A área de intervenção da cave incorpora um conjunto de salas a Norte e a Nascente do ele-

vador, que, devido ao facto de terem sido utilizadas como cisterna, as paredes encontram-se

impermeabilizadas.

Na Cave devem ser instaladas as reservas, expurgo, oficinas de conservação e espaços téc-

nicos.

Sala na cave

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Planta do piso da cave – área de intervenção e proposta de usos

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Piso térreo

Este piso corresponde a um conjunto de salas na ala Norte, compreendidas entre o acesso

exterior pela fachada Norte, pelo claustro e pelo corredor do Campo Santo; escadaria anexa

ao elevador, entre o piso térreo e a cave. Este espaço encontra-se atualmente compartimen-

tado com inúmeras divisórias, assinaladas a amarelo nas peças desenhadas, que deverão

ser suprimidas.

Neste piso deve prever-se o acolhimento ao público, onde se inclui um espaço para introdu-

ção do museu aos visitantes e uma cafetaria. Outras valências já existentes no Palácio, tais

como a bilheteira, a loja, instalações sanitárias e outros espaços para apoio técnico, nomea-

damente segurança, serão partilhadas entre o Museu e o Palácio, assegurando-se a clara

identificação do MNM e introduzindo-se as correções necessárias ao cumprimento das regras

de acessibilidade.

Sala no piso térreo

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Planta do piso térreo – área de intervenção e proposta de usos

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Andar Nobre

O andar Nobre consiste num conjunto de salas compreendidas entre o torreão Norte e o topo

Nascente da ala (excetuando-se a Sala do Trono e a capela militar); conjunto de salas com-

preendidas entre o topo Norte e a Biblioteca.

O piso Nobre encontra-se, na sua generalidade, em bom estado necessitando apenas de

obras de conservação, nomeadamente no que respeita a vãos de madeira interiores e exte-

riores e acabamentos.

No Andar Nobre devem localizar-se as salas de exposição permanente, e de exposição tem-

porária, um espaço polivalente que funcionará como auditório para concertos de música de

câmara; uma sala para serviço educativo; gabinetes técnicos e da Direção; instalações sani-

tárias e espaços técnicos e de apoio.

Sala no piso nobre

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Sala no piso nobre

Sala no piso nobre

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Planta do piso nobre – área de intervenção e proposta de usos

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5. Objetivos

Pretende-se um projeto que suporte um Museu Nacional da Música do século XXI que atraia

públicos diversificados, apoiado em meios de comunicação interativos, apelativos e acessí-

veis e que conjugue o conhecimento e fruição da coleção do museu com a fruição do palácio,

não esquecendo as atividades de extensão cultural, nomeadamente concertos, que aí são

regularmente executados, permitindo ainda a realização de uma programação de exposições

temporárias ou visitas temáticas com ligação ao Palácio Nacional de Mafra.

Nunca é demais sublinhar o objetivo que se pretende atingir de entrosamento entre o ambi-

ente museológico e os espaços palacianos bem como a importância da preservação desta

coleção de valor mundial e a possibilidade da sua valorização nos espaços desta obra notável

de arquitetura do século XVIII. Este objetivo deve ser atingido dentro do cumprimento de um

orçamento apertado, quer na fase de construção, quer durante a seu tempo de vida de funci-

onamento.

Nos desenhos que integram este conjunto de elementos para o concurso constam indicações

de usos que são meramente indicativos e que não esgotam as funções programáticas elen-

cadas, mas que não deixam de ter um propósito orientador.

Sublinha-se a preocupação que deve estar inerente a um projeto de intervenção num imóvel

histórico, a começar na fase de projeto, quando as consequências das opções defendidas

devem ser previamente avaliadas, sempre que necessário por meio de sondagens e deseja-

velmente com o suporte de uma investigação histórica.

Identidade

A intervenção deverá respeitar o espaço existente, não interferindo com o valor patrimonial,

estabelecendo uma distinção estrutural entre o existente e a proposta.

Adequabilidade ao Programa Funcional

Definição clara da articulação entre os espaços museológicos e os espaços partilhados.

Intervenção museográfica

Definir um conceito gráfico e visual para o espaço expositivo.

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6. Programa de intervenção

Para além do projeto de arquitetura e especialidades, o programa de intervenção inclui tam-

bém o desenvolvimento do projeto de museografia.

Intervenção Arquitetónica

A intervenção será apenas ao nível do interior do edificado e essencialmente de conservação

e restauro, devendo a intervenção de remodelação ser restringida à absoluta necessidade de

adaptação de espaços às funções exigidas.

Tratando-se de uma intervenção num imóvel classificado como Monumento Nacional e inte-

grando a Lista de Património Mundial da UNESCO, deverá haver um total respeito pelos

elementos arquitetónicos existentes. O projeto deverá subordinar-se às pré-existências, ti-

rando partido do valor arquitetónico existente e não ter um carácter impositivo.

Para além das demolições previstas no levantamento fornecido (Anexo 2), não será permitida

a demolição de paredes ou tetos, a alteração de vãos de portas ou janelas, a subtração de

elementos de cantarias ou de carpintarias (é permitido desentaipar vãos obstruídos ou rever-

ter alterações anteriores que não contribuam com nenhum valor para a história do imóvel,

nomeadamente vestígios das instalações sanitárias militares), ou subverter seja de que forma

for a integridade e originalidade arquitetónicas.

A escolha de novos materiais de revestimento deverá ter em consideração os princípios atrás

referidos em conciliação com as exigências de durabilidade, preservação do carácter histórico

e exigências inerentes às funções museológicas – comportamento acústico, térmico, ambien-

tal ou outros.

Materiais de revestimento existentes que tenham um valor histórico ou artístico, como, por

exemplo, pavimentos em tijoleiras cerâmicas ou soalhos em madeira, paredes e tetos estu-

cados, não poderão ser removidos. Nestes casos, é aceitável a sobreposição de um novo

revestimento em condições que não sejam prejudiciais para o original, por motivos de con-

servação ou funcionalidade, ou ainda por motivos de coerência da solução arquitetónica

proposta.

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As instalações do Museu deverão ter o seguinte conjunto de valências programáticas e fun-

cionais:

Descrição

Espaços principais

Piso Área útil

indicativa

Reserva geral Cave 860

Expurgo Cave 20

Átrio (3) Piso térreo 68

Acolhimento do público Piso térreo 55

Cafetaria Piso térreo 210

Átrio do elevador Piso térreo 77

Exposições permanentes Andar Nobre 885

Exposições temporárias Andar Nobre 100

Área de descanso Andar Nobre 17

Auditório/Sala Polivalente Andar Nobre 160

Biblioteca/ Fonoteca Andar Nobre 135

Gabinete da Direção Andar Nobre 27

Serviços administrativos Andar Nobre 26

Gabinete Técnico Andar Nobre 60

Instalações sanitárias Andar Nobre 100

Serviço educativo / reserva Andar Nobre 140

Espaço técnico / de reserva Andar Nobre 126

Escada principal do torreão Norte

(do piso térreo ao andar nobre)

_ 100

Escada anexa ao elevador

(do piso térreo à cave)

_ 33

Pátio das reservas Cave 230

A área total de intervenção tem aproximadamente 3200 m2.

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Intervenção Museográfica

A proposta museográfica deve contemplar a adaptação dos conteúdos ao discurso museoló-

gico e valorizar o espaço desenvolvendo suportes expositivos que se articulem com a

arquitetura. Para tal será necessário:

a) Criação de estruturas expositivas singulares e adequadas à narrativa da exposição,

proporcionando ao visitante ritmo e surpresa na descoberta de cada novo tema/es-

paço;

b) Tratar cada objeto/documento salvaguardando a sua proteção, conservação, ilumi-

nação, contextualização, manutenção, demonstração, didática;

c) Defender o conceito de “Exposição para todos” procurando assegurar uma maior

acessibilidade possível para todos os públicos, fornecendo soluções de experimen-

tação táctil, ponto de informação em braille, tradução em dois idiomas, faixas sonoras

para permitir uma informação mais aprofundada sobre uma peça, conjunto de peças,

ambientes;

d) Tratar a exposição como um todo, encenado (utilizando recursos técnicos de luz,

som, modelação, filme, desenho, tipografia), promovendo uma relação de interação

com o visitante através da exposição (táctil, visual, auditiva);

e) Selecionar palavras-chave que servem como conceito âncora para os espaços mu-

seológicos, de forma a criar uma comunicação clara dos conteúdos temáticos;

f) Recorrer à tecnologia para a valorização do conhecimento e assim facultar uma ex-

periência memorável ao visitante, que o torne capaz de compreender a relevância do

Palácio no contexto da sua história;

g) Definir um conceito gráfico e visual para o espaço expositivo;

h) Estabelecer um percurso de visita preferencialmente sem sobreposições, atendendo

ao formato da área de intervenção;

i) Apresentar uma estratégia de climatização com descrição das soluções a adotar para

garantir a estabilidade dos níveis de temperatura e humidade relativa, com enfoque

distinto para as salas de exposição permanente ou temporária e para as reservas,

dada a sua especificidade. A escolha de materiais e soluções, deverá ter como obje-

tivo maximizar as caraterísticas arquitetónicas do Palácio Nacional de Mafra. O

controlo ambiental (temperatura e humidade relativa) das salas de exposição perma-

nente e temporária deverá ter em consideração a utilização frequente em concertos

de objetos da coleção do museu. Os valores de referência pra o projeto são uma

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temperatura ambiente de 22 graus C com uma margem de oscilação de mais ou me-

nos 2 graus e uma humidade relativa de 55% com uma margem de oscilação de mais

ou menos 5%;

j) Deverão ser concebidas soluções que garantam o acesso às janelas para a sua ma-

nutenção e conservação;

i) Apresentar uma estratégia de acústica com incidência específica no tratamento das

salas para permitir a realização de concertos em sala própria e a criação de ambien-

tes sonoros ao longo da exposição;

j) Apresentar uma estratégia de acessibilidade com explicitação de percurso recomen-

dado, áreas de descanso, recursos da acessibilidade propostos ao longo do museu

e comunicação em formatos acessíveis.

7. Condicionantes

No desenvolvimento das propostas deverão ser tidos em conta pelos concorrentes as seguin-

tes condicionantes:

Património

Por se tratar de Monumento Nacional, a intervenção deverá dialogar com o existente man-

tendo a integridade e a conservação do edificado permitindo a valorização, interpretação e

musealização dos espaços do Museu.

Acessibilidades

O Museu deverá facultar o acesso a portadores de deficiência, através da eliminação de bar-

reiras de circulação e criação de instalações sanitárias adaptadas de acordo com a legislação

em vigor.

Encontra-se localizado em planta, um elevador que será implementado de forma indepen-

dente ao presente projeto, tendo que ser considerado na proposta a apresentar.

Conservação

Apesar de em fase de concurso não ser solicitada qualquer conceção ao nível da conservação

da área de intervenção, a contratação do projeto implicará este aspeto, nomeadamente a

recuperação dos vãos interiores e exteriores, sendo que o valor total estimado para o custo

de obra contempla este trabalho.

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Exequibilidade técnica e sustentabilidade

Procurar soluções técnicas e construtivas que permitam otimizar os recursos financeiros dis-

poníveis, de acordo com o limite orçamental estabelecido para a execução da obra,

considerando, igualmente, os inerentes custos de operacionalidade e de manutenção/conser-

vação inevitáveis ao longo do tempo, tal como a aplicação de soluções de eficiência

energética e sustentabilidade.

8. Custo de obra

As propostas apresentadas deverão aliar soluções de criatividade a soluções de custo racio-

nalizado tendo em conta os custos de conservação e manutenção (custo de vida da obra).

O valor estimado para o custo global da intervenção e execução dos suportes museográficos,

é de €3.183.935.00 (três milhões, cento e oitenta e três mil, novecentos e trinta e cinco euros)

acrescido do IVA à taxa legal em vigor.

9. Anexos ao Programa Preliminar

O presente documento é composto pelos seguintes anexos:

Anexo 1: Programa Museológico (.pdf)

Anexo 2: Levantamento da área de intervenção (.dwg)

Anexo 3: Levantamento Fotográfico (.jpg)

Anexo 4: Levantamento Fotográfico - Localização (.pdf)