musculaÇÃo e sua atuaÇÃo na reduÇÃo do percentual de gordura em alunos iniciantes do sexo...

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  • 7/23/2019 MUSCULAO E SUA ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE GORDURA EM ALUNOS INICIANTES DO SEXO FE

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    CENTRO UNIVERSITRIO DE FORMIGA UNIFOR-MG

    CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAO FSICA

    KAROLINE SHIENNA DA FONSECA

    MUSCULAO E SUA ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE

    GORDURA EM ALUNOS INICIANTES DO SEXO FEMININO

    FORMIGA - MG

    2013

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    KAROLINE SHIENNA DA FONSECA

    MUSCULAO E SUA ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE

    GORDURA EM ALUNOS INICIANTES DO SEXO FEMININO

    Trabalho de concluso de cursoapresentado ao Curso de EducaoFsica do UNIFOR-MG, como requisitoparcial para a obteno de titulo deBacharel.Orientador: Prof. Esp. Rodrigo Vinicius

    Ferreira

    FORMIGA - MG

    2013

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    F676 Fonseca, Karoline Shienna da.

    Musculao e sua atuao na reduo do percentual de gordura

    em alunos iniciantes do sexo feminino / Karoline Shienna da

    Fonseca. 2013.

    39 f.

    Orientador: Rodrigo Vincius Ferreira.

    Trabalho de Concluso de Curso (Graduao em

    Educao

    Fsica)-Centro Universitrio de FormigaUNIFOR, Formiga, 2013.

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    KAROLINE SHIENNA DA FONSECA

    MUSCULAO E SUA ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE

    GORDURA EM ALUNOS INICIANTES DO SEXO FEMININO

    Trabalho de concluso de cursoapresentado ao Curso de EducaoFsica do UNIFOR-MG, como requisitoparcial para a obteno de titulo deBacharel.

    BANCA EXAMINADORA

    ___________________________________________________________________

    Prof. Rodrigo Vincius Ferreira

    Orientador

    ___________________________________________________________________

    Examinador

    UNIFOR-MG

    ___________________________________________________________________

    Examinador

    UNIFOR-MG

    Formiga, 08 de julho de 2013.

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    Dedico este trabalho a todas as

    pessoas que sempre estiveram ao meu

    lado me apoiando e motivando a vencer

    os desafios profissionais e pessoais da

    minha vida.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeo a Deus pela oportunidade e pelo privilgio que me foi dado em

    compartilhar tamanha experincia e, ao frequentar este curso, por ter me concedido

    fora e pacincia para vencer as barreiras e, no fim, entender que as dificuldades

    que encontramos na vida so apenas lies difceis que aprendemos ao longo de

    nossa passagem pela Terra.

    Agradeo aos meus pais, por me proporcionarem, desde muito cedo, os

    estudos, pois sempre estiveram comigo, incentivando e apoiando minhas decises,

    fossem elas quais fossem.

    Aos amigos que fiz durante o curso, com os quais foi possvel compartilhar

    informaes e materiais numa atitude de amizade e de solidariedade.

    Aos professores, que compartilharam seus conhecimentos durante minha vida

    escolar e acadmica.

    Em especial, ao meu orientador Rodrigo Vincius Ferreira pelo

    acompanhamento no estudo e pela sua dedicao.

    Enfim, agradeo minha famlia e a todos aqueles que sempre me

    incentivaram e ajudaram a percorrer parte deste caminho que infinito e rduo, mas

    de grande importncia para o crescimento pessoal e profissional de qualquer ser

    humano.

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    RESUMO

    Pesquisas apontam que a prtica regular e sistemtica de atividades fsicas bem

    elaboradas podem trazer diversos benefcios sade de seus praticantes. Entreestas vantagens, possvel encontrar a reduo no percentual de gordura corporal,o que entre mulheres melhora a percepo da qualidade de vida de modo geral.Dentro deste contexto, o presente estudo objetivou verificar a eficincia damusculao na reduo do percentual de gordura dos praticantes, demonstrando ecaracterizando as influncias negativas de elevados percentuais de gordura. Nestesentido, a musculao sendo uma das vrias formas de se exercitar se enquadraperfeitamente para atingir inmeros benefcios, incluindo aqueles relacionados esttica corporal. Trata-se de uma pesquisa observacional transversal e quantitativa,realizada em uma academia na cidade de Formiga/MG, onde a amostra foicomposta por 20 alunos do sexo feminino que iniciaram o treino no ms de

    dezembro de 2012. Foi aplicado um pr-teste constando o exame biomtrico(anamnese, dobras cutneas e circunferncias) e ps-teste (anamnese, dobrascutneas e circunferncia) para avaliar, ao final do projeto a comparao dosresultados obtidos. Observou-se, portanto, que houve uma reduo no percentual degordura corporal das participantes do estudo, o comprova a eficincia damusculao para este fim.

    Palavras chave: Musculao. Gordura corporal. Treinamento resistido.

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    ABSTRACT

    Surveys show that regular and systematic physical activity can bring many elaborate

    health benefits of its practitioners. Among these advantages, it is possible to find areduction in body fat percentage, which for women improves the perception of qualityof life in general. Within this context, the present study aimed to verify the efficiencyof weight reduction in fat percentage of practitioners, demonstrating andcharacterizing the negative influences of high percentage of fat. In this sense, theweight being one of several forms of exercise fits perfectly to achieve numerousbenefits, including those related to esthetics. It is a cross-sectional observational andquantitative research, performed in a gym in the city of Formiga / MG, where thesample was composed of 20 female students who started training in December 2012.We administered a pre-test consisting the biometric examination (anamnesis,skinfolds and circumferences) and posttest (anamnesis, skinfolds and circumference)

    to evaluate at the end of the project to compare the results. Observed, therefore, thatthere was a reduction in body fat percentage of study participants, proves theefficiency of weight for this purpose.

    Keywords: Bodybuilding. Body fat. Resistance training.

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    SUMRIO

    1 INTRODUO .........................................................................................................9

    2 REVISO BIBLIOGRFICA...................................................................................11

    2.1 Treinamento de fora ..........................................................................................11

    2.1.1 Conceitos e estruturao..................................................................................12

    2.2 Valores de referncia para o treinamento da fora na musculao ....................14

    2.3 Adaptaes ao treinamento: morfolgicas, neurofisiolgicas, metablicas.........17

    2.3.1 Adaptaes Morfolgicas .................................................................................17

    2.3.2 Adaptaes Neurofisiolgicas ..........................................................................18

    2.3.3 Adaptaes Metablicas ..................................................................................192.4 Adaptaes cardiovasculares ao treinamento de fora.......................................20

    2.5 Musculao feminina...........................................................................................24

    3 METODOLOGIA.....................................................................................................25

    3.1 Tipo de Pesquisa.................................................................................................25

    3.2 Populao e Amostra ..........................................................................................25

    3.3 Instrumentos........................................................................................................25

    3.4 Procedimentos ....................................................................................................263.5 Tratamento dos Dados........................................................................................27

    4 RESULTADO E DISCUSSO................................................................................28

    5 CONCLUSO.........................................................................................................32

    REFERNCIAS.........................................................................................................33

    ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ......36

    ANEXO B FICHA DE AVALIAO FSICA............................................................38

    ANEXO C EXAME BIOMTRICO..........................................................................39ANEXO D TREINAMENTO ....................................................................................40

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    1 INTRODUO

    Atualmente, a musculao tem sido procurada por objetivos cardiovasculares

    e, principalmente, por objetivos estticos. Para uma melhor compreenso dos

    benefcios da musculao, importante a definio de alguns conceitos e como eles

    se estruturam, visto que treinamento de fora na musculao o treinamento mais

    utilizado para se aprimorar a fora muscular e esta pode se manifestar de diferentes

    formas.

    Chagas e Lima (2008) utilizam o termo musculao, que pode ser definido

    como mtodos de treinamento que precisam de pesos e mquinas para gerar certa

    resistncia aos msculos, fazendo uma oposio aos movimentos dos segmentos

    corporais. Os benefcios promovidos pela musculao dependem da manipulao de

    variveis do treinamento dentre as quais esto: intensidade, frequncia e volume de

    treinamento. Tais variveis, por sua vez, derivam da combinao do nmero de

    repeties, sries, sobrecarga, sequncia e intervalos entre as sries e os

    exerccios, e a velocidade de execuo dos movimentos impostos ao treinamento

    (SILVA; FARINATTI, 2007). Tendo o aluno um nmero determinado dessas

    variveis, pode-se adequar a carga e, consequentemente, a intensidade dotreinamento. Vale lembrar que no se pode generalizar j que no existem valores

    definitivos de carga para determinada faixa de sries e repeties, pois indivduos

    diferentes que realizam um mesmo exerccio numa mesma faixa de repeties

    podem ser submetidos a intensidades tambm diferentes.

    Dentro desse contexto, este estudo buscou verificar a eficincia da

    musculao na reduo do percentual de gordura dos praticantes, demonstrando e

    caracterizando as influncias negativas de elevados percentuais de gordura.A musculao tem sido utilizada como um meio para a melhora da qualidade

    de vida, fortalecimento muscular, melhora da densidade ssea e sade em geral.

    Porm, afirmaes quanto ao seu benefcio para o processo de reduo no

    percentual de gordura corporal em mulheres ainda questionvel. Assim, esse

    estudo se justifica pela necessidade de conhecimentos dos fatores envolvidos no

    processo de perda do percentual de gordura corporal em mulheres praticantes de

    musculao em uma academia no municpio de Formiga - MG.Este trabalho possibilitar futuras anlises e estruturaes conceituais e

    prticas, caracterizando-se como uma pesquisa quantitativa de campo do tipo

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    experimental. Atravs da pesquisa experimental, o pesquisador ir observar as

    causas e efeitos do objeto de estudo refazendo as condies de um fato a ser

    estudado, tendo o mesmo sob controle, exigindo um local apropriado e instrumental

    especial para sua execuo (KELLER; BASTOS, 1991).

    Este estudo foi realizado em uma academia na cidade de Formiga/MG. A

    amostra foi composta por 20 alunos do sexo feminino que iniciaram o treino no ms

    de dezembro de 2012. Foi aplicado um pr-teste constando o exame biomtrico

    (anamnese, dobras cutneas e circunferncias) e ps-teste (anamnese, dobras

    cutneas e circunferncia) para avaliar, ao final do projeto, a comparao dos

    resultados obtidos.

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    principalmente, produzam alteraes diferentes na presso arterial (FORJAZ et al.,

    2006).

    Sendo assim, necessrio verificar as adaptaes cardiovasculares no s

    nos exerccios aerbicos, mas tambm quais as respostas da frequncia cardaca,

    presso arterial, duplo produto, dbito cardaco, volume sistlico, perfil lipdico e

    todos os componentes cardiovasculares que indicam funo cardaca e risco

    cardiovascular no treinamento de fora na musculao.

    2.1.1 Conceitos e estruturao

    Para uma melhor compreenso dos benefcios da musculao e dotreinamento, importante a definio de alguns conceitos e como eles se

    estruturam, visto que treinamento de fora na musculao o treinamento mais

    utilizado para se aprimorar a fora muscular e que esta pode se manifestar de

    diferentes formas.

    O desempenho em qualquer exerccio fsico resulta da ao coordenada de

    grupos musculares apropriados, que agem por meio de sistemas de alavanca, os

    quais fornecem fora e potncia capazes de ser transformadas em movimento(KOMI, 2006).

    Fora muscular a capacidade do msculo esqueltico de produzir tenso,

    fora e torque mximos, a uma dada velocidade. muito importante no s para o

    desempenho esportivo, mas tambm para a sade, e pode se manifestar de

    diversas maneiras (COHEN; ABDALLA, 2003).

    Segundo Gonzlez e Ayestarn (2001), o conceito de fora pode ser definido

    a partir do ponto de vista da Fsica, do Esporte e Fisiolgico: Fsica:A fora muscular a capacidade da musculatura de produzir a

    acelerao ou a deformao de um corpo, mant-lo imvel ou frear seu

    deslocamento.

    Esporte: Capacidade do msculo de produzir tenso ao ativar-se ou,

    contrair-se. Aquela que se aplica velocidade em que se realiza o

    gesto esportivo.

    Fisiolgico:Est relacionada com o nmero de pontes cruzadas de

    miosina que podem interagir com os filamentos de actina.

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    De acordo com o modelo de Schmidtbleicher (2006) demonstrado na figura 1,

    a fora uma capacidade motora que se manifesta em forma de fora rpida e

    resistncia de fora, as quais esto em um mesmo nvel de classificao. Os

    componentes da fora rpida so a fora mxima e a fora explosiva, e a

    capacidade de resistncia fadiga o componente da resistncia de fora. O autor

    define os componentes da seguinte forma:

    Fora Rpida: capacidade do sistema neuromuscular de produzir o maior

    impulso possvel no tempo disponvel;

    Fora Mxima: maior valor de fora alcanado por meio de uma contrao

    voluntria mxima;

    Fora Explosiva:capacidade do sistema neuromuscular de desenvolver uma

    elevao mxima da fora aps o incio da contrao;

    Resistncia de Fora: capacidade do sistema neuromuscular de produzir a

    maior somatria de impulsos possvel em um determinado tempo contra

    pesos mais leves.

    Figura 1 - Estruturao da capacidade motora Fora1

    Capacidade Motora

    Forma de Fora Rpida Resistncia de Fora

    manifestao

    Componentes

    Chagas e Lima (2008) utilizam o termo musculao, que pode ser definida

    como um meio de treinamento em que se utilizam pesos e mquinas que geram

    1Fonte: Schmidtbleicher (2006, p. 3)

    Fora MximaCapacidade de

    Resistncia

    Fora

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    carga mecnica ao se oporem aos movimentos dos segmentos corporais. A

    utilizao da musculao, de maneira sistematizada, objetiva, predominantemente, o

    treinamento da fora muscular.

    A interao entre a fora desenvolvida pelos grupos musculares e as foras

    externas (massa corporal, gravidade, objetos, adversrios em esportes de contato,

    etc), resulta em aes musculares nos exerccios estticos (isomtricos) ou

    dinmicos. As aes musculares no exerccio dinmico podem ser concntricas, que

    so aes de encurtamento, e excntricas, que indicam alongamento (KOMI, 2006).

    As caractersticas mecnicas diferenciadas dos exerccios aerbios e musculao

    fazem com que eles desencadeiem efeitos cardiovasculares distintos (FORJAZ et

    al., 2006).A prescrio do treinamento na musculao deve levar em considerao os

    diferentes componentes da carga de treinamento e as variveis estruturais que

    podem influenci-los (CHAGAS, 2004). Os benefcios promovidos pela musculao

    dependem da manipulao de variveis do treinamento dentre as quais esto a

    intensidade, a frequncia e o volume de treinamento. Tais variveis, por sua vez,

    derivam da combinao do nmero de repeties, sries, sobrecarga, sequncia e

    intervalos entre as sries e os exerccios, e a velocidade de execuo dosmovimentos impostos ao treinamento (SILVA; FARINATTI, 2007).

    2.2 Valores de referncia para o treinamento da fora na musculao

    O nmero de sries, repeties e exerccios so utilizados para quantificar o

    volume de treinamento. Tendo o aluno um nmero determinado dessas variveis,

    pode-se adequar a carga e, consequentemente, a intensidade do treinamento. Valelembrar que no se pode generalizar j que no existem valores definitivos de carga

    para determinada faixa de sries e repeties, pois indivduos diferentes que

    realizam um mesmo exerccio numa mesma faixa de repeties podem ser

    submetidos a intensidades tambm diferentes.

    De acordo com Souza e Virtuoso (2005) o processo de diminuio do

    percentual de gordura depende de vrios fatores, como a hereditariedade, o nmero

    de clulas adiposas incluindo, principalmente, o gasto de energia.

    Souza e Virtuoso (2005) dizem que o exerccio fsico um mecanismo que

    contribui para o emagrecimento, embora, a durao, intensidade e at a modalidade

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    ideal do mesmo sejam controversas no meio especializado, havendo certa

    predominncia de estudos que direcionam exerccios aerbicos de baixa e

    moderada intensidade por minimizarem os riscos sade.

    Os exerccios anaerbicos tm sido eficientes para um melhor controle do

    peso corporal, pois, alm de diminuir o ndice de gordura, favorece a manuteno e

    o ganho de massa corporal magra. De acordo com Souza e Virtuoso (2005), este

    tipo de exerccio tem como fonte de energia lipdeos e carboidratos, que so

    utilizados de maneira otimizada em exerccios de menor intensidade, porm com

    durao mais intensa, eliminando gradativamente a gordura corporal.

    Ainda segundo Souza e Virtuoso (2005), o percentual de gordura aceitvel

    para o sexo masculino pode variar de 18% a 25% e, para o sexo feminino, de 20% a30%. Pollock e Wilmore (1993) caracterizam a obesidade pelo acmulo de gordura

    corporal e consideram como ideal que o IMC seja inferior a 30. Considera-se,

    portanto, obesos o indivduo que exceder em 20% do seu peso ideal, ou mais;

    especificamente, nos homens, acima de 25%; nas mulheres, acima de 30%.

    A obesidade resultado do consumo excessivo de calorias, ou seja, uma

    quantidade maior de calorias que o corpo utiliza, sendo classificada em dois tipos:

    Tipo I: a obesidade ginide, podendo ser chamada de perifricacaracterizada com o acmulo de gordura na regio inferior do corpo, no quadril e

    nas pernas, sendo esse tipo mais comum entre as mulheres.

    Tipo II: a obesidade andride, podendo tambm ser chamada de obesidade

    central, pois apresenta um maior acmulo de gordura na regio central do corpo,

    abdome e tronco, sendo esse tipo mais comum entre os homens.

    Nos pases em desenvolvimento e industrializados, a obesidade um dos

    principais problemas de sade sendo caracterizada at como uma doena na qualo ndice de gordura est to alto a ponto de ser prejudicial sade. A obesidade e o

    excesso de peso so grandes contribuintes para o aparecimento de algumas

    doenas crnicas como diabetes tipo II, hipertenso, acidentes vascular enceflico,

    acidentes cardiovasculares e alguns tipos de cncer.

    A obesidade caracterizada por diversos fatores, sendo o estilo de vida

    inadequado, como m alimentao, problemas emocionais que alteram o

    funcionamento do organismo, os genticos que determinam que a obesidade do filho

    herdada do gentipo dos pais, fatores scios culturais, tnicos e endgenos,

    problemas hormonais ou orgnicos e baixo nvel de exerccios fsicos.

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    O exerccio fsico aliado a uma boa alimentao tem sido indicado como um

    mecanismo para reduo do percentual de gordura e do sobrepeso.

    A preveno da obesidade, no ponto de vista do balano energtico,

    simples, pois consiste em equilibrar a ingesto calrica com o gasto energtico.

    Se o indivduo ingerir 3.000 kcal/dia e gastar 2.000 kcal/dia certamente

    engordar, porm se o indivduo ingerir 3.000 kcal/dia e gastar 4.000 kcal/dia,

    favorecer o emagrecimento.

    Os exerccios fsicos possuem a funo de aumentar o gasto de energia

    levando ao desequilbrio calrico negativo ou manuteno do metabolismo basal,

    contribuindo para a diminuio do percentual de gordura.

    Durante a execuo dos exerccios fsicos, as fontes de energia somobilizadas e tendem a liberar cortisol, testosterona, glucagon e hormnios que

    favorecem o crescimento. Aps o exerccio intenso, continua-se o aumento da

    secreo de hormnio o que benfico para manuteno e construo da massa

    muscular. Esse efeito anablico diminui a ao da insulina e dificulta o

    armazenamento de lipdeos nas clulas adiposas. Este fato, pode ser comprovado

    de acordo com Moraes (2007) pois, diversos pesquisadores, ao estudarem os nveis

    de insulina em pessoas sedentrias e em praticantes de exerccios, constataramque, naquelas que realizavam atividades fsicas, a insulina apresentava uma

    reduo devido capacidade das clulas musculares absorverem mais rapidamente

    o acar (glicose), reduzindo, assim, a necessidade deste hormnio.

    Estudos evidenciam que, ao prescrever um exerccio, deve basear-se numa

    baixa intensidade, porm de longa durao, at que o indivduo possa adaptar-se e

    passar para um treinamento mais intenso.

    Predominantemente, o exerccio aerbico utiliza de 50% a 75% os lipdioscomo fonte de energia, intensidade acima de 75% os carboidratos, sendo, quanto

    menor a intensidade do exerccio, maior a utilizao de gordura corporal e quanto

    maior a intensidade maior a utilizao dos carboidratos.

    Estabelecer os tipos de exerccios fsicos adequados, a fim de alcanar o

    peso corporal desejado, requer conhecimentos dos aspectos relacionados

    intensidade, durao e massa muscular envolvida, alm de informaes sobre o

    gasto energtico dirio e recordatrio diettico.

    Um bom condicionamento fsico ir proporcionar maior capacidade de realizar

    as tarefas do dia-a-dia, permitindo a prtica esportiva, alm de diminuir leses e

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    melhora na postura. Msculos fortes e resistentes protegem as articulaes,

    proporcionando menor risco de leses ligamentares e problemas com dores nas

    costas (lombalgia) e, a partir da meia idade, ajuda a prevenir a osteoporose e as

    quedas, dando mais independncia durante o envelhecimento (SOUZA; VIRTUOSO,

    2005)

    Atualmente, h unanimidade em relao aos benefcios gerados pela prtica

    de atividades corporais como na resistncia fsica, na fora muscular, na presso

    arterial, na resistncia insulnica, no controle de peso corporal, no perfil de lipdios,

    na mobilidade articular, na densidade ssea, deixando clara a influncia positiva

    sobre a esfera psicossocial, com diminuio de depresso, aumento da autoestima,

    aumento do bem estar, reduo do isolamento social, alvio do estresse e melhoriada autoimagem (SOUZA; VIRTUOSO, 2005).

    2.3 Adaptaes ao treinamento: morfolgicas, neurofisiolgicas, metablicas

    2.3.1 Adaptaes Morfolgicas

    O msculo esqueltico um tecido com alta capacidade de adaptaoestrutural e fisiolgica dependendo de diferentes formas de sobrecarga. No

    treinamento de fora, h um potencial aumento no tamanho e na fora muscular,

    proveniente, principalmente, do aumento do tamanho da fibra, hipertrofia, j que o

    aumento do nmero, hiperplasia, ainda questionvel. Esse aumento depende, no

    entanto, de variveis como a capacidade individual de resposta, a intensidade e a

    durao do treinamento, alm do nvel de aptido fsica inicial do indivduo (KOMI,

    2006).Komi (2006) ainda cita a maior hipertrofia nas fibras tipo II, e a mnima

    contribuio do tecido conjuntivo intersticial relativo no aumento do tamanho da fibra,

    j que a quantidade absoluta aumenta com o treinamento e a quantidade relativa

    permanece a mesma.

    O tecido conjuntivo inclui o epimsio, o perimsio e o endomsio, membrana

    basal, tendes e ligamentos, dando sustentao ao sistema de alavancas. Uma

    grande quantidade de tecido conjuntivo se encontra em torno do msculo, e

    inmeras alteraes morfolgicas e bioqumicas so encontradas em resposta ao

    exerccio (KOMI, 2006).

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    Os efeitos do treinamento de fora sobre as fibras musculares esto

    principalmente relacionados a adaptaes nas estruturas contrteis e consequente

    aumento da fora nos msculos (McARDLE et al., 2003).

    O estmulo mecnico imposto ao msculo induz a sntese acelerada de

    protenas e a consequente formao de novos sarcmeros, aumento de ATP

    intramuscular, fosfocreatina e glicognio, levando a fibra ao processo hipertrfico

    (McARDLE et al., 2003).

    Como suporte estrutural, temos o osso, sustentando o msculo atravs do

    sistema de alavancas. O comprimento sseo pode ser alterado pelo treinamento de

    fora, e isso depende principalmente da sobrecarga aplicada e da demanda que o

    treinamento exige. Assim, indivduos com maior fora tm uma densidade sseamaior (KOMI, 2006).

    2.3.2 Adaptaes Neurofisiolgicas

    Adaptao neural seria uma maior ativao dos msculos agonistas

    (msculos motores primrios) de ativar adequadamente os msculos sinergistas

    (msculos auxiliares) e os msculos antagonistas (msculos que se opem aosagonistas); alm de obter uma melhor sincronizao das unidades motoras (KOMI,

    2006).

    O desenvolvimento da fora motora envolve, principalmente, mecanismos de

    adaptaes neural e morfolgicas. Nas primeiras semanas de treino, de quatro a

    seis semanas, o aumento da fora muscular ocorre principalmente devido a

    adaptaes neurais. A partir da, os ganhos de fora seriam obtidos pelas

    adaptaes morfolgicas, diminuindo, ento, o papel neural (BARROSO; TRICOLI;UGRINOWITSCH, 2005).

    Segundo Mcardle et al. (2003), as adaptaes neurais que ocorrem com o

    treinamento de fora resultam dos seguintes efeitos: Maior eficincia nos padres de

    recrutamento neural; maior ativao do sistema nervoso central; melhor

    sincronizao das unidades motoras; embotamento dos reflexos inibitrios neurais;

    inibio do rgos tendinosos de Golgi.

    A coordenao intramuscular surge como um dos fatores decorrentes da

    adaptao neural e vem, mais uma vez, destacar a funo representada pelas

    unidades motoras nesse processo. A melhora da ativao das unidades motoras

  • 7/23/2019 MUSCULAO E SUA ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE GORDURA EM ALUNOS INICIANTES DO SEXO FE

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    19

    justamente o que possibilita uma das primeiras alteraes adaptativas no sistema

    neuromuscular (BACURAU et al., 2001). J a coordenao Intermuscular ocorre

    quase que simultaneamente com a coordenao intramuscular, diferenciando-se

    desta pelo fato de ocorrerem ajustes entre as musculaturas envolvidas em um ato

    motor (MAIOR; ALVES, 2003).

    O treinamento de fora pode tambm contribuir com outros fatores neurais,

    como a ativao adequada dos msculos agonistas e antagonistas. Esses tm por

    resultado a eficincia melhorada de ambos os grupos (agonistas e antagonistas) que

    combinam juntos para contrair-se e relaxar durante todo o movimento (WILLMORE;

    COSTILL, 1999).

    Em relao a indivduos treinados e destreinados, Weineck (1999) mostra queo treinado adquire a capacidade de ativar simultaneamente mais unidades motoras

    de um msculo. Ocorre uma melhora na coordenao intramuscular: ao contrrio

    dos destreinados que s conseguem colocar simultaneamente em ao um

    determinado percentual de fibras musculares.

    2.3.3 Adaptaes Metablicas

    Apesar de a via de oxignio ser aparentemente baixo, todas as principais

    fontes energticas esto presentes em uma sesso de musculao, assim o ATP, a

    fosfocreatina e o glicognio sero reduzidos durante a realizao dos exerccios

    (KOMI, 2006).

    O treinamento aerbico proporciona melhoras significativas para o controle

    respiratrio no msculo esqueltico, j que aumentada a capacidade mitocondrial

    de gerar ATP e, consequentemente, o nmero de enzimas aerbicas, aumentandoassim o VO2mximo (MCARDLE et al., 2003). O treinamento aerbico aumenta a

    capacidade do indivduo de mobilizar, transportar e oxidar os cidos graxos para

    obter energia durante a execuo do exerccio submximo, conservando, assim, as

    reservas de glicognio (HOROWITZ, 2001). Contudo, h uma menor utilizao dos

    carboidratos como fonte primria de energia pelos msculos, durante o exerccio

    submximo (COGGAN, 1997).

    Diferentemente de um exerccio aerbico, o treinamento de fora diminui a

    densidade capilar diminuindo assim o seu suprimento, que proporcional ao

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    20

    aumento da fibra, o mesmo ocorrendo com a densidade mitocondrial, demonstrando

    estar reduzida em relao ao aumento da massa muscular (KOMI, 2006).

    O treinamento de fora que emprega elevadas sobrecargas no aumenta a

    atividade das enzimas oxidativas aerbicas envolvidas no metabolismo oxidativo,

    porm ele induz aumento significativo no contedo das enzimas anaerbicas no-

    glicolticas, j as enzimas anaerbicas glicolticas, se elevam ligeiramente com o

    treinamento de fora quando comparadas a indivduos sedentrios, o que no ocorre

    no treinamento aerbico. Uma maior capacidade de produzir lactato sanguneo se

    deve provavelmente aos maiores nveis de glicognio e das enzimas glicolticas

    (McARDLE et al., 2003). O aumento do glicognio muscular em repouso

    observado tanto no treinamento aerbico quanto no treinamento de fora (KOMI,2006).

    As sesses de musculao diminuem os estoques de ATP e fosfocreatina, o

    que no se sabe ainda se essa resposta aguda proporciona uma adaptao para o

    aumento da concentrao dos estoques de ATP e fosfocreatina (KOMI, 2006).

    Porm, de acordo com Mcardle et al. (2003), estudos atravs de bipsias

    musculares obtidas antes e aps o treino anaerbico mostram maiores nveis de

    substratos anaerbicos em indivduos treinados em fora, mostrando aumentossignificativos nos nveis de repouso de ATP e fosfocreatina no msculo treinado.

    No caso de indivduos do gnero feminino, a composio corporal sofre

    alteraes a partir dos 30 anos como o aumento do percentual de gordura corporal e

    reduo de massa magra. Os principais agentes responsveis por estas alteraes

    so a reduo na produo de estrognio e queda nos nveis hormonais. Entretanto,

    h ainda alteraes provocadas por mudana nos hbitos alimentares, estilo de vida

    ou histrico familiar (LARA, 2008).

    2.4 Adaptaes cardiovasculares ao treinamento de fora

    As adaptaes cardiovasculares predominantes incluem: aumento da

    dimenso diastlica final da cavidade ventricular esquerda, da espessura parietal e

    da massa ventricular esquerda, melhora do enchimento diastlico e reduo da

    frequncia cardaca (GHORAYEB, 2005).

    Segundo Ghorayeb et al., (2005), a hipertrofia ventricular esquerda

    desenvolve-se como processo compensatrio ou adaptativo a um estmulo

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    21

    hemodinmico, representando a sobrecarga de presso e/ou volume. A teoria, que

    melhor explica os padres de hipertrofia, considera que a resposta ventricular se

    processa no sentido de manter o estresse parietal ventricular relativamente

    constante e o volume sistlico adequado.

    O exerccio fsico um estmulo bem identificado para o desenvolvimento de

    hipertrofia ventricular esquerda. As alteraes estruturais, resultantes do treinamento

    fsico, dependem da natureza, durao e intensidade do exerccio. As diversas

    modalidades esportivas tm sido classificadas, fundamentalmente, em dois grandes

    grupos: esportes de resistncia, nos quais predominam as formas dinmicas de

    exerccio e esportes de fora, nos quais predominam as formas isomtricas ou

    estticas de exerccio. Entretanto, raramente, o condicionamento atltico puramente dinmico ou esttico, a maioria das atividades fsicas envolve

    componente dinmico e esttico, embora com predomnio de um deles.

    (GHORAYEB, 1998, 2005; BARROS NETO, 1994; FRICK, 1963).

    Dois tipos de hipertrofia do ventrculo esquerdo so induzidos pelo exerccio,

    a concntrica e a excntrica. Na hipertrofia concntrica, o estmulo hemodinmico

    o aumento na presso sangunea durante a sstole (ps-carga; sobrecarga sistlica)

    que induz a adio paralela de novas miofibrilas resultando no aumento daespessura das paredes ventriculares (GROSSMAN et al., 1975; ANVERSA et al.,

    1986). Esse aumento um mecanismo compensatrio para normalizar o elevado

    estresse na parede ventricular e a presso sistlica (GROSSMAN et al., 1975,

    GROSSMAN, 1980; SONNENBLICK, 1983; ALPERT et al., 1989). Este tipo de

    adaptao observado normalmente em atletas de fora e resistncia anaerbica

    (SHAPIRO, 1987). O treinamento de fora pode aumentar, de modo absoluto, a

    espessura da parede ventricular esquerda, porm isso no representanecessariamente uma consequncia de todos os programas de treinamento, alm

    disso, no h aumento da espessura da parede quando se leva em conta a rea de

    superfcie corporal ou a massa magra corprea (FLECK, 2006).

    A hipertrofia cardaca excntrica uma resposta adaptativa ao aumento do

    volume sanguneo durante a distole (pr-carga, carga diastlica) que promove a

    adio de sarcmeros em srie resultando em aumento da dimenso interna da

    cmara ventricular (GROSSMAN et al., 1975; ANVERSA et al., 1986; GERDES &

    CAPASSO, 1995). Este aumento produz um estreitamento da parede ventricular que

    eleva o estresse na parede, de acordo com a lei de LaPlace. Em consequncia, por

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    feedback positivo, uma hipertrofia concntrica estimulada para normalizar tal

    estresse (HOOD et al., 1968; GROSSMAN et al., 1975; ALPERT et al., 1989). Uma

    evidncia desta adaptao que a hipertrofia concntrica moderada pode ser

    observada em atletas de endurance (SHAPIRO, 1987; TURPEINEN et al., 1996).

    Portanto, estes atletas parecem apresentar aumento tanto na dimenso interna da

    cmara quanto na espessura da parede ventricular (SHAPIRO, 1984; GRANGER et

    al., 1985).

    O treinamento de fora exerce um pequeno ou nenhum efeito na dimenso

    interna ventricular esquerda diastlica quando expressa em termos absolutos ou

    quando se leva em conta a rea de superfcie corporal ou massa corporal magra;

    alm disso, os programas de treinamento de fora de alto volume apresentam maiorpotencial para afetar o tamanho das cmaras cardacas (FLECK, 2006).

    Os mecanismos responsveis pela hipertrofia cardaca induzida pelo exerccio

    envolvem processos integrados que regulam a hipertrofia celular sob uma maior

    carga hemodinmica e circulao hormonal. Portanto, o estresse mecnico e um

    nmero de fatores de crescimento e hormnios, tais como fator de crescimento de

    fibroblasto, endotelina I, angiotensina II, catecolaminas, glicocorticides e hormnio

    tireoidiano esto entre os estmulos que podem desencadear o processo hipertrficono corao em resposta ao exerccio. Segundo mensageiros e sinalizadores

    associados, tais como clcio (Ca2+), sdio (Na+), proteinoquinase Ca2+-calmodulina

    dependente, adenosina monofosfato cclica, proteinoquinase A, proteinoquinase C,

    diacilglicerol e inositol-1.4.5-trifosfato podem tambm contribuir com o processo da

    hipertrofia cardaca induzida por exerccio. A descrio e a discusso destes

    processos esto alm do alcance deste trabalho, mas algumas revises sobre o

    envolvimento destes fatores no desenvolvimento da hipertrofia das clulas cardacasforam publicadas (MORGAN & BAKER, 1991; HEFTI et al., 1997; COOPER, 1997;

    SADOSHIMA & IZUMO, 1997).

    Quando se trata do retorno venoso, em virtude da baixa presso de seu

    circuito, as pequenas contraes musculares, comprimem prontamente as veias. A

    compresso dos msculos sobre as veias, o relaxamento alternativos das mesmas e

    a ao unidirecional de suas vlvulas proporcionam uma ao de ordenha

    semelhante ao do corao (MCARDLE et al., 2003). Ento, se a massa

    muscular torna-se mais forte mediante a realizao da musculao, isso ir facilitar e

    muito o retorno venoso e o aumento do enchimento das cavidades cardacas,

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    fazendo com que em uma mesma quantidade de batimentos cardacos, o corao

    consiga ejetar uma quantidade maior de sangue, sobrecarregando menos o

    miocrdio.

    Isso significa que, se o treinamento com pesos favorece o aumento da massa

    muscular e consequentemente o aumento de fora, isto mais um fator que

    comprova a eficcia deste tipo de atividade para a reabilitao cardiovascular.

    vlido dizer que qualquer tipo de exerccio contribui para a promoo da

    sade, auxiliando na diminuio da incidncia de obesidade, hipertenso arterial,

    alto colesterol, diabetes, todas as consequncias da aterosclerose como o infarto

    cardaco e acidente vascular cerebral, alm de outras doenas como a

    osteosporose, a atrofia e fraqueza muscular, problemas emocionais de estresse edepresso. Muitos estudos tm relatado tambm a melhora da capacidade de

    ejeo do miocrdio e da elasticidade das paredes arteriais. A musculao uma

    das vrias formas de se exercitar e, de acordo com a atual recomendao da

    American College of Sports Medicine, se enquadra perfeitamente para atingir os

    benefcios anteriormente citados, contrariando a prpria defesa anterior a 1995, que

    enfatizava somente os exerccios aerbicos.

    O mito de que praticantes de musculao so portadores de alta pressoarterial j foi descartada, e como foi discutido anteriormente nessa reviso, vrios

    relatos comprovam que atletas treinados em fora tm presso sangunea sistlica e

    diastlica em repouso na mdia ou at ligeiramente abaixo da mdia. Essa suposta

    hipertenso est provavelmente mais relacionada com excesso de treino, uso de

    anabolizantes e aumento do peso total, j que a musculao somente aumenta a

    presso arterial de forma sbita e/ou mais elevada que outros tipos de exerccios se

    ela for realizada em altas cargas tensionais, em uma repetio muito intensa.Porm, isso no significa que essa carga intensa seria prescrita para um aluno que

    busca sade cardiovascular ou uma eventual reabilitao cardiovascular.

    Um programa de musculao consistente, adequado s necessidades e

    objetivos individuais do aluno, prescrito por profissionais capacitados pode

    proporcionar melhora do desempenho fsico e com segurana desde que os treinos

    sejam equilibrados e tenham parmetros ideais para as variveis que so

    fundamentais na montagem do programa.

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    2.5 Musculao feminina

    A qualidade de vida aliada boa sade faz com que cada vez mais mulheres

    procurem praticar algum tipo de atividade fsica. Os benefcios advindos destas

    prticas variam desde a otimizao do sistema metablico, endcrino e imunolgico,

    at a reduo do percentual de gordura corporal e do risco de doenas

    cardiovasculares; hipertenso arterial, diabetes ou outros tipos de enfermidades.

    Tendo como objetivo principal a manuteno dos grupos musculares e

    impedindo que estes se degenerem precocemente, a musculao contribui para a

    manuteno da sade corporal e esttica, alm de melhorar a capacidade fsica. No

    caso da musculao praticada por mulheres, esta, quando buscada, tem como seuprincipal objetivo a perda de peso e a modelagem corporal (BENATO, 2006).

    Entretanto, Rezende et al. (2009) afirmam que o treinamento de fora a ser

    realizado por mulheres deve atentar para a importncia de se alterar os nveis de

    carga, pois, desta forma, melhores resultados podem ser alcanados. Se junta a

    isso, a questo das alteraes hormonais sofridas pelas mulheres durante o ciclo

    menstrual, o que pode interferir na performance destas durante o treinamento.

    Muniz (2010) ressaltou a importncia de se atentar para um estudo realizadopelo Departamento de Cardiologia e Medicina Preventiva da Northwestern

    University, de Chicago, onde deve ser adotada a seguinte equao para calcular a

    frequncia cardaca em homens e mulheres. Para tanto, utiliza-se: 220 menos a

    idade do indivduo e, como resultado, o treino deve comprometer entre 50% e 80%

    de sua capacidade mxima.

    Para os cientistas americanos, o clculo para a frequncia cardaca em

    mulheres um pouco mais complexo, onde utiliza-se: 206 menos 88% da idade, oque resulta em um nmero menor do que a primeira equao estabelecida pelo

    Departamento de Cardiologia e Medicina Preventiva. Ressalta-se que neste novo

    clculo, evita-se que a mulher tenha sensao de fadiga em funo de uma menor

    produo de cido ltico.

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    3 METODOLOGIA

    3.1 Tipo de Pesquisa

    Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa quantitativa de campo do

    tipo experimental, possibilitando a partir de um conhecimento primrio do objeto de

    estudo, futuras anlises e estruturaes conceituais e prticas.

    O estudo de campo focaliza uma comunidade, que no necessariamentegeogrfica, j que pode ser uma comunidade de trabalho, de estudo, delazer ou voltada para qualquer outra atividade humana. Basicamente, apesquisa desenvolvida por meio da observao direta das atividades dogrupo estudado e de entrevistas com informantes para captar suasexplicaes e interpretaes do que ocorre no grupo. Esses procedimentosso geralmente conjugados com muitos outros, tais como a anlise dedocumentos, filmagem e fotografias (GIL, 2009, p. 52).

    Atravs da pesquisa experimental, o pesquisador ir observar as causas e

    efeitos do objeto de estudo refazendo as condies de um fato a ser estudado,

    tendo o mesmo sob controle, exigindo um local apropriado e instrumental especial

    para sua execuo (KELLER; BASTOS, 1991).

    3.2 Populao e Amostra

    Este estudo foi realizado em uma academia na cidade de Formiga/MG. A

    amostra foi composta por 20 alunos do sexo feminino que iniciaram o treino, no ms

    de dezembro ano de 2012, com faixa etria entre 22 a 25 anos e apresentaram estar

    em sobrepeso. Foi aplicado um pr-teste constando o exame biomtrico (Anamnese,

    dobras cutneas e circunferncias) e ps-teste (anamnese, dobras cultaneas e

    circunferncia) para avaliar, ao final do projeto, a comparao dos resultados obtidos

    no pr-teste e no ps-teste. A data de avaliao foi no ms de dezembro de 2012, o

    treinamento foi iniciado no ms de janeiro de 2013, sendo finalizado e reavaliado no

    ms de abril de 2013.

    3.3 Instrumentos

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    Foi utilizada uma ficha de avaliao constando o exame biomtrico

    (Anamnese, dobras cutneas, circunferncias). Os materiais utilizados para

    obteno dos dados foram: para dobras cutneas (adpmetro CESCORF); para

    circunferncias (fita antropomtrica SANNY); para aferir peso e altura (balana

    WELMY).

    Foi utilizado o Protocolo de Pollock/Jackson (7 dobras Masculino 18 a 61

    anos e Feminino 18 a 55 anos). Neste protocolo utilizado, foram coletados os

    seguintes dados: nome, data de nascimento, etnia, circunferncias (trax, cintura,

    abdmen, quadril, antebrao direito e esquerdo, brao direito e esquerdo, coxa

    direita e esquerda, panturrilha direita e esquerda) e composio corporal:

    (subscapular (SB), tricipital (TR), peitoral (PE), axilar-mdia (SAX), supra-ilaca (SI),abdominal (AB) e coxa (CX).

    O software utilizado foi o Physical Test, ele um programa de computador

    que se prope a automatizar alguma das mais importantes e trabalhosas tarefas

    administrativas de uma academia, que anlise da composio corporal e dados

    antropomtricos dos alunos e nele encontrado o protocolo utilizado neste trabalho.

    O Mtodo de Treinamento utilizado foi Circuito. Este mtodo foi Idealizado

    pelos ingleses Morgan e Adamson, esse treinamento objetiva uma totalidadefuncional, especialmente muscular, melhorando as condies de resistncia aerbia,

    anaerbia e fora muscular. Os exerccios so chamados estaes, e so

    distribudos em forma de crculo. Usam-se normalmente de 6 a 12 estaes. Deve

    haver uma alternncia das partes do corpo trabalhadas e os exerccios devem ser

    fceis de executarem (BARBANTI, 1979).

    O Treino foi dividido em Treino A (segunda, quarta e sexta) e Treino B (tera,

    quinta e sbado); trabalhamos com 50% a 65% da carga utilizada, com sries de 3e repeties de 25, o tempo de descanso foi de 15 segundos a cada circuito

    completado; a frequncia de treino foi 3 vezes por semanas com durao de uma

    hora diria. A tabela de exerccios segue em anexo.

    3.4 Procedimentos

    Inicialmente, foi feito contato com o dono da academia junto com a

    apresentao do projeto solicitando a autorizao para execuo da pesquisa, foi

    tambm apresentado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

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    Com a assinatura da Carta de Inteno de Pesquisa pelos responsveis da

    academia, foi encaminhado o TCLE para assinatura dos alunos avaliados ou

    responsveis legais. Aps a assinatura do TCLE, a pesquisa foi realizada com sua

    amostra durante doze semanas.

    3.5 Tratamento dos Dados

    Aps a categorizao, os dados coletados foram digitados em planilha do

    programa Excel e apresentados por meio de tabelas e grficos.

    Foram, ainda, realizadas anlises descritivas e de inferncia. As anlises

    descritivas corresponderam anlise da distribuio das frequncias (absolutas epercentuais) e de medidas de tendncia central (mdia).

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    28

    4 RESULTADO E DISCUSSO

    Atravs da tomada das medidas corporais das participantes deste estudo,

    percebe-se que o principal objetivo destas foi reduzir o percentual de gordura

    corporal. Assim, como possvel observar na TAB. 1 abaixo, houve alunas com alta

    perda de gordura, outras com perda mdia e algumas com pouca ou nenhuma

    perda.

    Tabela 1 Resultado geral (Avaliao e reavaliao)

    RESULTADO GERAL

    % GORDURAALUNOAVALIAO REAVALIAO

    ALUNO 1 36,78% 31,03%

    ALUNO 2 40,08% 36,25%

    ALUNO 3 40,71% 34,11%

    ALUNO 4 36,56% 32,17%

    ALUNO 5 34,46% 31,11%

    ALUNO 6 32,76% 25,54%ALUNO 7 32,49% 31,96%

    ALUNO 8 31,16% 27,47%

    ALUNO 9 35,59% 32,42%

    ALUNO 10 36,89% 35,05%

    ALUNO 11 45,75% 43,15%

    ALUNO 12 32,59% 28,77%

    ALUNO 13 35,63% 28,58%

    ALUNO 14 41,29% 35,41%

    ALUNO 15 37,18% 30,57%ALUNO 16 38,51% 32,26%

    ALUNO 17 35,97% 30,11%

    ALUNO 18 39,08% 34,46%

    ALUNO 19 37,09% 31,58%

    ALUNO 20 33,74% 30,59%

    AVALIAO REAVALIAOMDIA

    36,72% 32,13%Fonte: Dados da pesquisa

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    29

    O resultado encontrado no presente estudo obteve uma perda mdia no

    percentual de gordura das alunas. Ressalta-se que este resultado vai ao encontro do

    estudo realizado por Azevedo et al (2007), no qual a reduo no percentual de

    gordura corporal em mulheres com idade variando entre 20 e 31 anos, e que

    possuam um percentual de gordura entre 24,03 e 30, observadas durante quatro

    semanas e que praticavam musculao h mais de trs meses, no foi muito

    significativa, pois foi observado que as mesmas tiveram uma perda igual a 0,17%

    aps os treinos.

    Em alguns casos, observa-se que houve uma perda de gordura pouco

    significativa. Este fato pode ter ocorrido em funo da m alimentao ou realizao

    de forma incorreta dos exerccios (GRF. 1). O estudo realizado por Prada (2008)demonstrou tambm que a perda de peso das mulheres participantes de seu estudo

    foi insignificativa ou em alguns casos no houve perda de gordura corporal. Para

    este autor, o resultado obtido pode estar relacionado com o tempo de treino.

    GRFICO 1 Percentual de gordura antes e depois do perodo de treinamento

    Fonte: Dados da pesquisa

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    30

    Em contrapartida, o estudo realizado por Silva e Carvalho (2003) mostrou que

    mulheres praticantes de atividades aerbias como o Body Pump, observadas

    durante 12 semanas, tiveram uma diminuio corporal de 1,33% na gordura corporal

    em relao quelas que praticavam musculao.

    Por fim, houve tambm alunas em foi possvel verificar uma reduo no

    percentual de gordura bastante significativa ao comparar a primeira avaliao com a

    reavaliao feita ao final do perodo de observao. O resultado obtido consoante

    com aquele encontrado por Pulcinelli e Gentil (2002) em que se verificou uma

    reduo de 17% no somatrio das dobras cutneas de mulheres com idade mdia

    de 22 anos, e que seguiram criteriosamente o protocolo estabelecido no estudo,

    realizando seu treino de musculao duas vezes por semana durante 50 minutos eobservadas por trs meses e meio.

    O resultado geral do estudo pode ser verificado no GRF. 2 abaixo, onde

    esto demonstrados os resultados do trabalho realizado com musculao na

    reduo do percentual de gordura das participantes deste estudo. Nele possvel

    observar que 5 participantes tiveram perda de medida, 2 participantes tiveram

    pequenas perdas de gordura, 10 participantes tiveram muita perda de gordura e 3

    no obtiveram nenhum resultado.Grfico 2 Mdia de percentual de gordura perdido pelas participantes

    Fonte: Dados da pesquisa

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    Apesar da diferena encontrada entre as participantes quanto perda no

    percentual de gordura, importante destacar que o treinamento resistido possui

    grande relevncia nos resultados encontrados neste estudo. Ressalta-se que o fatovisto no grupo participante contribui para a identificao dos objetivos inicialmente

    propostos que visavam verificar a reduo na gordura corporal das mesmas.

    Neste sentido, a varincia dos resultados ocorre possivelmente em funo do

    tipo de alimentao, do comprometimento com os treinos ou por algum tipo de

    alterao metablica ou fisiolgica apresentado pelo organismo de alguma

    participante. Entretanto, importante afirmar que, de modo geral, os resultados

    foram satisfatrios, uma vez que foi possvel detectar a eficincia do treinamento nareduo do percentual de gordura corporal do grupo.

    De acordo com Silva et al (2010), a prtica de atividades fsica traz benefcios

    diversos aos seus praticantes. No entanto, imprescindvel que antes de se iniciar

    qualquer atividade, o indivduo opte por aquela que melhor se adapta aos seus

    objetivos e limitaes.

    Segundo ACSM, a perda de massa magra e a queda do VO2 mximo se

    intensificam com a idade, assim a musculao tem efeitos positivos na densidadessea, fora muscular, no ganho de massa magra, na taxa metablica de repouso e

    consequente perda de gordura, entre outros. Mas ao contrrio dos exerccios

    aerbicos, estudos sobre a contribuio da musculao para a melhora

    cardiovascular ainda so escassos na literatura (NETO; SILVA; FARINATTI, 2009).

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    5 CONCLUSO

    O resultado encontrado no estudo mostrou que houve reduo no percentual

    de gordura corporal das participantes. Entretanto, percebeu-se que o treino de

    musculao, se for acompanhado por um treinamento aerbio, os resultados podem

    ser otimizados com o passar do tempo de prtica da atividade fsica

    concomitantemente realizao de uma dieta hipocalrica.

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    ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

    Eu, ________________________________________________, portador do

    RG ____________, aceito participar do estudo denominado MUSCULAO E SUA

    ATUAO NA REDUO DO PERCENTUAL DE GORDURA EM ALUNOS

    INICIANTES DO SEXO FEMININO, cujos objetivos so: verificar a eficincia da

    musculao na reduo do percentual de gordura dos praticantes, demonstrando e

    caracterizando as influncias negativas de elevados percentuais de gordura.

    Estou ciente de que a minha privacidade ser respeitada, ou seja, meu nome

    ou qualquer outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, me identificar,ser mantido em sigilo, garantindo ainda, que no serei exposto (a) a nenhum tipo

    de constrangimento, podendo recusar participao no estudo, bem como retirar o

    consentimento a qualquer momento, sem precisar haver justificativa, e de que, ao

    sair da pesquisa, no haver qualquer prejuzo assistncia que possa vir a

    receber.

    Fui informado, ainda, que por se tratar de um estudo observacional, os riscos

    que estaro expostos os voluntrios dessa pesquisa so mnimos. Para uma maiortranquilidade dos docentes, o questionrio ser aplicado em local e horrio

    acertados previamente.

    Os pesquisadores envolvidos com o referido projeto so o professor Rodrigo

    Vincius Ferreira e a acadmica Karoline Shienna da Fonseca e com eles poderei

    manter contato atravs do telefone (37) 99547474 ou pelo e-mail

    [email protected].

    assegurada a mim garantia de livre acesso a todas as informaes eesclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequncias, enfim, tudo o que

    eu queira saber antes, durante e depois da minha participao.

    Enfim, tendo sido orientado quanto ao teor de tudo o aqui mencionado e

    compreendido a natureza e o objetivo do estudo, concordo em participar da referida

    pesquisa, estando totalmente ciente de que no h nenhum valor econmico, a

    receber ou a pagar, pela participao. Caso haja necessidade de alguma forma de

    ressarcimento de despesas provenientes desta participao, sejam elas financeiras,

    materiais ou morais, sero custeadas pelo professor responsvel pela pesquisa,

    mediante comprovao legal dos possveis danos.

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    Formiga, ____ de ____________________ de 2013.

    ___________________________________________________________(Assinatura do sujeito da pesquisa)

    ________________________________ ______________________________ Rodrigo Vincius Ferreira Karoline Shienna da Fonseca

    Pesquisador Responsvel Acadmica

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    ANEXO B FICHA DE AVALIAO FSICA

    AVALIAO FSICADATA: _____/_____/_____

    Nome:

    DataNasct:

    Endereo:Telefones:

    Qtde de treinos nasemana:

    Perodo:

    ANAMNESE:

    Objetivos:Pratica atividadefsica?

    Qual?

    Qtotempo?

    DoenaPessoal?

    Famlia:

    Cirurgias einternaes?

    Acidente ouleses?

    Medicamento emuso?

    Restriomdicas?

    Dores?

    ltimo chek-up:

    Fumante?Qtos?

    Qtotempo?

    Ex-fumante? Qtotempo?

    Ciclomenstrual:

    Bebidaalcolica?

    Sono:

    Dietas?

    Suplementosalimentar:

    Declaro e afirmo que as respostas acima so verdadeiras,

    ________________________________________________________

    Assinatura do cliente

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    ANEXO C EXAME BIOMTRICO

    EXAME BIOMTRICO:

    Peso:

    Estatura:

    Circunferncias: Dobras Cutneas:

    Trax: SB

    Subescapular:

    Cintura: TRI

    Trceps:

    Abdmen: PEI

    Peito:

    Quadril: AX

    Axilar:

    Brao D E SI Supra Ilaca:Antebrao D E A

    BAbdmen:

    Coxa: D E CX

    Coxa:

    Panturrilha:

    D E

    Avaliador:

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    ANEXO D TREINAMENTO

    MTODO: CIRCUITO MTODO: CIRCUITOSRIE: 3 SRIE: 3REPETIO: 20 REPETIO: 20DURAO: 60' DURAO: 60'

    EXERCCIOS EXERCCIOSPECK DECK PULLEY COSTAS EXTENSORA CADEIRA FLEXORA TRCEPS CORDA ROSCA SIMULTNEA

    CADEIRA ADUTORA CADEIRA ABDUTORA SUPINO 45 COSTAS PECK DECK LEG PRESS 45 PANTURRILHA TRCEPS BANCO ROSCA MARTELO COM ROTAO ELEVAO FRONTAL ELEVAO LATERAL ABDOMINAL SUPERIOR ABDOMINAL INFERIOR PRANCHA (ISOMETRIA DE 30 SEG) PRANCHA (ISOMETRIA DE 30 SEG)CINTURA CINTURA

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