mundotri magazine - janeiro 2011 - nº 5

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MundoTRI magazine mundotri.com Nº 5 - Jan. 2011 Whey Protein Entrevista: Fabio Carvalho Eritropoetina UM GUIA COMPLETO PARA VOCÊ ESCOLHER SUA BIKE PARA 2011, BASEADO NAQUILO QUE É MAIS IMPORTANTE EM SUA BIKE: VOCÊ Belas e Feras Ironman GUIA DE BIKES 2011

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O Mundo TRI é uma Revista Eletrônica sobre triathlon, natação, ciclismo e corrida. Acompanhamos todas modalidades de triathlon, desde o sprint até Ironman e Ultraman.

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Page 1: MundoTRI Magazine - Janeiro 2011 - nº 5

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Nº 5 - Jan. 2011

Whey ProteinEntrevista: Fabio Carvalho Eritropoetina

UM GUIA COMPLETO PARA VOCÊ ESCOLHER SUA BIKE PARA 2011,

BASEADO NAQUILO QUE É MAIS IMPORTANTE EM SUA BIKE: VOCÊ

Belas e Feras Ironman

GUIA DE BIKES 2011

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O Melhor de 2010 retorna em 2011

Reinaldo Colucci, triatleta do ano 2010, retor-nou às competições no Ironman 70.3 Agrosuper Pucón, no Chile.

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Vamos discutir o Triathlon?Neste mês, apresentamos uma aprofundada discussão sobre a distribuição geográfica das provas oficiais da Confederação Brasilei-ra de Triathlon, a CBTri, em nosso portal www.mundotri.com.br.

No entanto, o que mais chamou atenção não foram nossas con-clusões e propostas, mas o total descaso da entidade com a opini-ão da imprensa, atletas e técnicos.

Poucas semanas depois foram divulgadas as regras de classifi-cação para os mundiais de Tria-thlon, Aquathlon e Duathlon pela mesma entidade. Mais uma vez, atletas penalizados, sem mesmo terem sido consultados.

A CBtri precisa se tornar perme-ável às demandas da comunidade do Triathlon, ou corre o risco de ver suas provas esvaziadas. Para o mal do Triathlon brasileiro, isso já acontece.

O aumento dos recursos do Co-mitê Olímpico Brasileiro parece que não gerará nenhum cresci-mento no esporte de base e entre os amadores, o que é lamentável. O acúmulo de funções dos Diri-gentes da entidade parece gerar situações de conflitos de inte-resse.

Já levamos 6 triatletas a uma Olimpíada, em Londres 2012, te-

remos sorte se levarmos quatro.

Discutir um determinado assunto é o ponto central para tomarmos decisões melhores. E isso não é diferente em nosso esporte.

Por falar nisso, você vai encontrar nesta edição um Guia de Bikes um pouco diferente do que você está acostumado, que vai fazê-lo analisar suas reais necessidades para uma bike de Triathlon.

É possível que você descubra que não está com uma bike ade-quada, mas a consciência é o primeiro passo para a evolução. Provavelmente, você se tornará um triatleta melhor com a bike certa, afinal, acredito que esse seja seu objetivo no esporte: me-lhorar sempre!

Na próxima edição vamos apre-sentar nosso guia para Mountain Bikes, para você que também pratica o cross Triathlon.

Convido ainda a participar de nossas discussões no portal Mun-doTRI, sua opinião é muito bem-vinda e importante para nós.

Wagner AraújoTriatleta, fundador e publisherdo MundoTRI

4 MundoTRI.com [janeiro 2011]

EDITOR

MundoTRImagazine

PUBLISHER

Wagner Araú[email protected]

COLABORADORES

Amanda Guadalupe Ana Lídia BorbaCiro ViolinCleiton Abílio

Felipe Campagnolla

Felipe Gomes

Márcio Cunha

Max - Kona BikesVinícius SantanaWagner AraújoYana Glaser

REVISÃO

Alan Sales

Rita de Cássia de Oliveira

FOTOS

Eduardo NascimentoJayhemLinkphoto.com.brWagner Araújo

[email protected](11) 3711-8567

ATENDIMENTO AO [email protected]

www.mundotri.com.br

Page 5: MundoTRI Magazine - Janeiro 2011 - nº 5

REVIEW

K-Swiss K-ona

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22 Entrevista: Fabio Carvalho”E acima de tudo, estou me divertindo demais correndo o circui-

to, isso acima de qualquer dinheiro é o mais importante.”

destaques do mêsjan 2011

MundoTRI.com [janeiro 2011] 5

82 IRONMAN 70.3 PUCÓN

Tudo sobre a primeira prova do ano do circuito Ironman

16 NUTRIÇÃOWhey Protein: vale a pena suplementar?

28 GUIA DE BIKES 2011

Encontre aqui sua próxima bike

64 OPINIÃO

Pernada e a natação do Triathlon

56 IRONMAN

Defina a estratégia para sua próxima prova

EDITOR

BELAS E FERAS

Nilma Machado

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ÍNDICE

6 MundoTRI.com [janeiro 2011]

Edição Digital nº 5. Ano 2. Janeiro de 2011

CAPA: Scott Plasma Premium - catálogo da marca

07 ReviewK-Swiss K-ona

16 NutriçãoWhey Protein: vale a pena suplemen-tar?

20 EritropoetinaTudo sobre o EPO, droga usada por Henrique Siqueira

28 Guia de Bikes 2011Veja como escolher sua próxima bike de Triatlhon ou estrada

56 IronmanDefina a estratégia para sua próxima prova

64 OpiniãoPernada e a natação do Triathlon

82 Ironman 70.3 PucónA primeira prova do circuito mun-dial de Ironman

74 Belas e FerasA triatleta Nilma Machado

73 MundiaisRegras de classificação são divulga-das pela CBTri

Cartas para a redação:

[email protected]

10 BuzzNotícias do mundo do Triathlon: Lance Armstrong investigado

22 EntrevistaFabio Carvalho fala sobre os Jogos de Londres 2012

Erramos:

Na última edição, no índice de destaques, inserimos nov/2010, quanto o certo seria dez/2010.

12 MercadoAtletas assinam com novos patroci-nadores

Os artigos dos colunistas são de responsabilidade dos mesmos e não refletem ne-cessariamente a opinião da MundoTRI.

Proibida a reprodução de qualquer conteúdo sem au-torização.

Muitas das atividades cita-das e mostradas na Revista envolvem riscos. Não tente realizá-las se não estiver ca-pacitado e com o equipa-mento correto.

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CAPA: Scott Plasma Premium - catálogo da marca

REVIEW

Tênis K-Swiss K-onaUm calçado cujo nome já diz tudo

A K-Swiss é uma marca ainda muito recente no Brasil, mas no restante do mundo do Triathlon, trata-se de uma das marcas mais conceituadas no esporte. Só para se ter uma idéia, dos vinte atletas que subiram no pódio da elite no Iron-man do Havaí em 2010, entre homens e mu-lheres, cinco utilizaram calçados da marca, in-clusive a campeã Mirinda Carfrae.

Um dos tênis mais vendidos no mundo pela mar-ca é o K-ona, um tênis extremamente confortá-vel e desenvolvido para triatletas, com detalhes que fazem a diferença nesse segmento.

Apesar de pouco tempo de comercialização no Brasil, o K-ona já é bem conhecido pelos triatle-tas pela série estilizada com bandeiras de seis países: Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Austrália e Canadá. Além disso, é o tênis oficial da marca Ironman nos Estados Unidos e, em breve, também em nosso país.

O visual é interessante e bem moderno. A sé-rie das bandeiras é muito atrativa, alguns deles, como o do Japão, possui um visual muito bo-nito. Mas esse tênis vai muito além do visual.

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Por Wagner Araújo

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REVIEWO primeiro ponto que chama a atenção é o conforto do K-ona, desde a hora de calçá-lo, pode-se perceber um cuidado com esse aspecto. Na corrida, o conforto vem de pla-cas de diferentes densidades no solado e de um acabamento interno muito cuidadoso. Normalmente, só se encontra esse grau de conforto em um tênis mais pesado, não em um calçado de 255 gramas o par. Com esse peso, também pode-se usá-lo em provas mais rápidas e velozes.

Essa combinação de leveza e conforto não o deixa tão próximo do solo quanto um race flat, como alguns que já testamos no portal MundoTRI, mas o coloca como uma das melhores opções para provas de longa distância, como meio Ironman (70.3) e Iron-man. O ex-campeão mundial de Ironman 70.3, o neozelandês Terenzo Bozzone, e atletas como Chris Lieto, Luke McKenzie e Belinda Granger, fizeram diversas provas longas com esse modelo.

O K-ona é indicado para atletas com pisada neutra ou pronada, o que garante muita es-tabilidade. O alto grau de amortecimento garante conforto para quem tem pisada tanto com a parte de trás, quanto a parte da frente do tênis.

Detalhe dos furos no solado

K-ona Flag Brasil

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Os detalhes relacionados ao Triathlon também merecem ser mencionados. Há furos de ventilação e para vazão da água em praticamente todo o tênis, especial-mente no solado e na ponta. O cabedal é envolto de uma mecha bem fina e per-meável, que permite boa transpiração e evaporação de suor e água. Para fechar o pacote de Triathlon o K-ona só fica de-vendo o cadarço de elástico, o que pode ser facilmente solucionado.

Conclusão

A melhor palavra para definir o K-ona é versatilidade em termos das possibili-dades de utilização. Ela se sai bem em provas e treinos, tanto longos quanto curtos. O casamento de baixo peso com amortecimento na medida, o torna uma opção fortíssima para bons corredores de longa distância, que querem um tênis rápido, mas com um pouco mais de con-forto. Se você busca um tênis leve, mas macio, com muita ventilação e boa res-posta, vale a pena fazer um teste com o K-ona antes de sua próxima compra. MT

Preço: R$479,00

O belo K-ona Flag Japão

Modelo Ironman

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10 MundoTRI.com [janeiro 2011]

BUZZ novidades do Mundo do Triathlon

Lance Armstrong sob investigação

O ciclista heptacampeão do Tour de France e, atu-almente, aspirante a Ironman, Lance Armstrong, está sendo investigado por um agente da Food and Drug Administration, órgão do governo americano.

De acordo com a Revista Sports Illustrated, há novas e importantes revelações sobre o caso. Os agentes investigam se Lance Armstrong estava ou não envolvido com um grande esquema de do-ping na equipe de ciclismo U.S. Postal Service, de 1999 a 2004. Há meses estão sendo ouvidas tes-temunhas e pessoas próximas a Lance em diversos países.

Os repórteres da revista identificaram uma série de fatos importante em milhares de páginas de documentos, daquilo que seria uma das maiores decepções do esporte:

> Nos anos 90, Lance teria tido acesso a uma suposta droga chamada HemAssist, desenvolvida pelo laboratório Baxter Healthcare Corp (que

não confirmou a existência da mesma). Essa dro-ga é utilizada para casos extremos de perda de sangue, mas pode potencializar o transporte de oxigênio no sangue, sem os riscos do EPO. Lance, por meio de seus advogados, alega nunca ter usa-do a droga.

> O ciclista Floyd Landis, da equipe de Armstrong à época, afirma que os vôos fretados para equipe eram frequentes, e que o rigor alfandegário e de inspeções nesses vôos é menos intenso. Segundo landis, em um vôo em 2003, agentes encontraram seringas e ampolas em uma mala de Lance, que alegou que se tratavam de vitaminas. Em reposta, o ídolo americano alega que tal incidente nunca ocorreu.

> Quando a polícia italiana e oficiais da alfândega vasculharam a casa do colega de equipe Yarolslav Popovych em novembro do ano passado, desco-briram documentos e e-mails que relacionam Armstrong com o controverso médico italiano

Javier Gomez assina com a Zoot

O campeão mundiald e Triathlon Olímpico e potencial medalhista em 2012, Javier Gomez fechou contrato com a Zoot por dois anos. Javi, como é conhecido uti-lizará os wetsuits e o tênis Ultra Race, que testamos na edição de outubro. Seu foco neste ano é garantir sua vaga nos Jo-gos de 2012, em Londres, o que provavelmente acontecerá.

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Michele Ferrari até o ano de 2009, mas Lance diz que cortou relações com ele em 2004.

> Em uma carta revisada pela Sports Illustrated, as taxas de testosterona de Lance foram relata-dos como acima do normal em três ocasiões en-tre 1993 e 1996. Nas três oportunidades, os testes foram descartados pelo especialista do laboratório da UCLA, Don Catlin, que realizou dezenas de exames em Lance entre 1990 e 2000. Em 1999, a Federação Americana de Ciclismo solicitou ao laboratório os resultados de exames passados de um ciclista, identificado pelo número de registro e não pelo nome.

Em uma carta resposta ao pedido, Catlin infor-mou que não poderia recuperar cinco dos testes do atleta. Dos cinco resultados que não podiam ser recuperados, três estavam fora dos padrões: 1) Uma taxa de 9:1 em 23/6/ 1993; 2) Uma taxa

de 7.6:1 em 7/7/1994; 3) Uma taxa de 6.5:1 em 4/6/1996. A maioria das pessoas tem uma taxa de 1:1. Até 2005, qualquer taxa acima de 6:1 era indício de doping, desde então esse valor foi re-duzido para 4:1.

> O ciclista neozelandês Stephen Swart, que foi da quipe Motorola, com Lance Armstrong, em 1995, afirmou que Lance era o responsável por instigar alguns membros da equipe a se doparem com EPO. O próprio Stephen assumiu o uso de EPO.

Lance continua alegando sua total inocência e essa novela deve se arrastar ainda por anos. Se for comprovada a acusação será um golpe durís-simo no esporte, já manchado diversas vezes pelo doping, uma vez que Lance é seu maior ídolo nos Estados Unidos e em várias partes do Globo.

BUZZ

Hall da Fama do Triathlon AmericanoTrês personalidades do Triathlon ingressaram no Hall da fama do Triathlon americano: o hexacampeão do Ironman do Havaí, Dave Scott; a triatleta amadora Susan Bradley Cox; e o renomado diretor de provas Dave McGillivray. Os nomes representam as três forças que impulsionam o esporte pelo mundo, congregrando profissionais, amadores e organizadores. Talvez o o triatleta mais conehcido da história, Dave Scott disse sentir-se extremamente honrado por fazer parte desse seleto grupo, que dedicou suas vidas ao Triathlon. No Hall da Fama estão ainda atletas como Paula Newby-Fraser e Karen Smyers. Será que um dia veremos a recordista de Ironmans no Havaí, a brasileira Fernanda Keller, nessa lista?

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12 MundoTRI.com [janeiro 2011]

BUZZ novidades do Mundo do Triathlon

Matt Reed assina com a Champion System

O triatleta americano Matt Reed, que disputou as olimpíadas de Pequim 2008, e agora se dedi-ca às provas de meio Ironman, fechou uma parceria com a Champion Systems, que fornecerá roupas de Triathlon personalizadas para o atleta. Matt afirmou: “estou empolgado por fazer parte da família Champion System. Os uniformes são rápidos e de alta qualidade.”

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BUZZMirinda Carfrae de Felt de 2011 a 2014

A campeão mundial de Ironman, a australiana Mirinda Carfrae, fechou uma parceria com a Felt por quatro anos, deixando a Cannondale. A atleta, adepta das rodas de 650c, vai rodar na nova versão da Felt DA aro 26. Esse é mais um passo de Mirinda na busca da vitória sobre Chrissie Wellington.

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SÃO CARLOS . SP BALN. CAMBORIÚ . SC BALN. CAMBORIÚ . SC

Patrocínio Organização Realização Apoio

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Em breve, seu iPad e seu iPhone serão inundados

pelo Triathlon.

App MundoTRI Magazine na Appstore. Aguarde.

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ÇNUTRICÃOWhey Protein: vale a penasuplementar?

POR YANA GLASER

O conjunto de proteínas do soro do leite, PSL (mais conhecidas como Whey Protein), é um dos suplementos mais procurados do mundo, muito utilizado pelos freqüentadores de academia por ser pobre em gordura, isento de colesterol, facil-mente digerível, e rico em aminoácidos essências (como exemplo a leucina, que ajuda a promover a formação de proteína).

Estas proteínas, que são de alto valor biológico, são extraídas da porção aquosa do leite, duran-te o processo de produção de diversos queijos. Estudos recentes sustentam a idéia de que elas são “matéria-prima” para os glóbulos brancos, agindo como antimicrobianos, anti-hipertensi-vos, reguladores da função imune e dos fatores de crescimento.

Existem quatro tipo de Whey Protein:

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WHEY PROTEIN CONCENTRADA: É a mais barata e a mais tradicional forma de whey. A concentração de whey protein varia de 30 a 90% dependendo da forma como foi extraído e do produto, sendo o restante carboidrato (principalmente lactose) e gordura.

WHEY PROTEIN ISOLADO MICROFILTRA-DO: Esta forma contém concentrações de lactose e gordura extremamente baixas. Além disso, a concentração de whey pro-tein é de cerca de 90%. A digestão e ab-sorção desse suplemento é considerada ótima, porém o preço é mais elevado do que a concentrada.

WHEY PROTEIN ISOLADO YON EXCHANGE: Esta proteína isolada é extraída através de um processo chamado de troca iônica, que por sua vez permite que se alcance 95% de whey protein em sua composição. Ela é de alto valor biológico e apresenta teores extremamente baixos de gorduras e car-boidratos, inclusive lactose.

WHEY PROTEIN HIDROLISADA: Dentre os tipos, essa é única forma onde a proteína sofreu hidrólise enzimática, garantindo assim a maior velocidade de absorção devido seu alto valor biológico. Contém cerca de 92% de whey protein em sua composição, porém, por necessitar muitos litros de leite para ser confeccionada, esse tipo é mais difícil de ser encontrado e os preços são muito elevados.

A vantagem da suplementação é que é uma forma prática e segura de adequar uma ingestão de boa qualidade com uma rápida absorção, especialmente para de-mandas aumentadas de um atleta em treinamento e competição. Porém, a in-gestão de suplementos protéicos sem ava-liação pode gerar um gasto financeiro desnecessário.

Mesmo sem enfatizar alimentos ricos em proteínas ou em produtos protéicos caros, a maioria dos atletas tem potencial para atender às necessidades do seu corpo ape-

VALOR NUTRICIONAL EM 100gr DO CONCENTRADO DO SORO DO LEITE (em média)Calorias 414Proteína 80gGordura 7gCarboidratos 8gFerro 1,2mgCálcio 600mgSódio 170mgAminoácidos: alanina, arginina, asparagina, ácido aspártico, cisteína, glutamina,

ácido glutamínico, glicina, histidina, isoleucina, leucina, lisina, linametionina, fenila-

lanina, prolina, serina, treonina, triptofano, tirosina e valina.

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çnutricão

18 MundoTRI.com [janeiro 2011]

nas com uma dieta balanceada contendo uma variedade de fontes protéicas. As me-lhores fontes protéicas com baixo teor de gordura e alta qualidade são: carne magra, peixes, leite desnatado, queijo branco, ovos e proteínas vegetais.

O consumo protéico diário para atletas é variável. De acordo com o JISSN (Journal of the International Society of Sports Nu-trition), vários fatores como tipo de exer-cício praticado, duração, intensidade e horário da ingestão, devem ser observados para determinar a ingestão protéica diária de um individuo. Em média, para esportes de endurance o ideal é consumir de 1.0 a 1.6 g/kg de peso por dia. E para exercícios de força muscular em média 1.6 a 2.0g/kg de peso por dia. Sendo que para a popula-ção em geral, a RDA (Recommended Daily Allowance) de proteína é de 0.8g/ kg de peso/dia.

Os atletas devem ser conscientizados de que o aumento do consumo de proteínas na dieta além dos níveis recomendados não promove um aumento de massa muscular, nem promove um aumento de desempen-ho. Há um limite para o acúmulo de pro-teínas nos diversos tecidos. Esse aumento da ingestão protéica não traz benefício mas também não costuma ser prejudicial porque aminoácidos em excesso são usa-dos como fonte de energia. Ao contrário do que a “sabedoria popular” diz, ainda não existem evidências que o excesso de proteínas possa gerar algum efeito negati-vo em pessoas normais . Porém indivíduos com algum histórico de doenças no fígado ou rins, devem tomar cuidado.MT

ÍNDICE DE ABSORÇÃO PROTÉICATipo de proteína Absorção (g/hora)Ovo cru 1,3Ovo cozido 2,8Leite de vaca 3,5Proteína isolada de soja 3,9Aminoácidos livres 4,3Caseína isolada 6,1Whey isolado 8 a 10

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*1 AMERICAN DIETETIC ASSOCIATION DIETITIANS OF CANADAJOINT POSITION STATEMENT. Nutrition and Athletic Performance. Official journal of the American College of Sports Medicine*2 BILSBOROUGH, S. & MANN, N. A review of issue of dietary protein intake in humans. Int J. Sports Nutr. Exc. Metab., 16, 129-152. 2006.*3 Bill Campbell1, Richard B Kreider*2. et al., International Society of Sports Nutrition position stand: protein and exercise. http://www.jissn.com/content/4/1/8*4 Chad Kerksick*1,2, Travis Harvey3, Jeff Stout1. et al.; International Society of Sports Nutrition position stand: Nutrient timing. http://www.jissn.com/content/5/1/17*5 Fred Brouns. NUTRIÇÃO PARA OS DESPORTOS; Guanabara, 2005*6 HARAGUCHI, F.K.; ABREU, W.C.; PAULA, H. Proteínas do soro do leite: composição, propriedades nutricionais, aplicações no esporte e benefícios para a saúde humana. Rev. Nutr., v. 19, n. 4, p. 479-488, jul./ago., 2006.*7 Jacob Wilson and Gabriel J. Wilson.Contemporary Issues in Protein Requirements and Consumption for Resistance Trained Athletes. Journal of the International Society of Sports Nutrition. 3(1):7-27, 2006. (www.theissn.org)*8 Kreider et al.Nutritional and Functional Characteristics of Whey Proteins in Food Products. Journal of the International Society of Sports Nutrition 2010, 7:7 http://www.jissn.com/content/7/1/7*9 MODIFICAÇÕES DIETÉTICAS, REPOSIÇÃO HIDRICA, SUPLEMENTOS ALIMENTARES E DROGAS: COMPROVAÇÃO DE AÇÃO ERGOGÊNI-CA E POTENCIAIS RISCOS PARA A SAÚDE. Rev Bras Med Esporte- Vol 15, no 3- Mai/Jun, 2009.* 10 Ronald J. Maughan & Louise M. Burke. NUTRIÇÃO ESPORTIVA., Artmed 2007.*11 www.rgnutri.com.br

FONTES CONSULTADAS PELA AUTORA

Yana Glaser é Nutricionista e triatleta há 10 anos.

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EritropoetinaApós o recente caso do doping de Henrique Siqueira, Márcio Cunha esclarece tudo sobre adroga.

Por Márcio Cunha

Historicamente, diversas substâncias têm sido utilizadas na intenção de melhorar o desem-penho esportivo. Sofisticados métodos de treinamento têm sido desenvolvidos a fim de aumentar o consumo máximo de oxigênio nas modalidades de endurance.

O doping sanguíneo pelo uso da eritropoeti-na, proibido por federações desportivas inter-nacionais, é um dos que induzem o aumento na capacidade de realização de exercícios aeróbios. Conhecida popularmente como EPO, a eritropoetina é um hormônio naturalmente produzido pelos rins e fígado (em menor quan-tidade) que tem como função principal regular a eritropoiese (produção de hemácias).

Atletas envolvidos em provas de longa duração são mais facilmente seduzidos pelo EPO, já que um maior número de glóbulos vermelhos fa-vorece o aumento de transporte de oxigênio. O reforço no fornecimento de oxigênio aos teci-dos está associado a uma substancial melhora no desempenho atlético, sobretudo nas mo-dalidades de fundo, como o ciclismo, triathlon, maratona e outras modalidades do atletismo.

É fato que este hormônio ou glicoproteína aumenta o nível de glóbulos vermelhos no sangue, melhorando assim a troca de oxigênio e elevando a resistência ao exercício físico por retardar os efeitos da fadiga muscular.

Temos ainda a prática do doping sangüíneo, que é bastante comum no mundo dos es-portes. Neste caso, uma quantidade de sangue é removida e guardada em condições ideais de higiene e refrigeração, para ser administrada antes de determinada prova. Assim, produz-se, de forma mecânica, um maior número de célu-las vermelhas.

Outra estratégia utilizada por atletas, mas que não caracteriza doping é treinar em locais de maior altitude, pois a menor concentração de oxigênio em regiões elevadas estimula a

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Por Márcio Cunha

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produção natural de eritropoetina.

Obviamente, os mais “seduzíveis” não se darão ao trabalho de treinar em grandes altitudes, já que podem usar uma substância quimicamente mani-pulada que promove o mesmo efeito. Essa prática é conhecida como doping sangüíneo químico.

Foi a partir da década de 80, com a clonagem do gene responsável pela produção desse hormônio e, consequentemente sua venda, que o medica-mento se tornou disponível para atletas.

O uso de EPO, entretanto, é ainda algo de difícil detecção. Atualmente, o teste baseia-se na con-centração de hemácias no sangue do atleta. Resul-tados positivos, entretanto, têm sido contestados nos tribunais, por alegação de que a hemácia não é uma substância ilegal. Por outro lado, as técni-cas estão em constante adaptação na tentativa e intenção de identificar se as células são produzi-das naturalmente pelo corpo ou estimuladas de forma sintética.

A administração sintética da EPO só é permitida para pessoas que possuem concentração endóge-

na menor do que 500 ul/ml, para fins terapêuticos. Seus efeitos colaterais, potencialmente fatais, in-cluem toxicidade renal, aumento da pressão arte-rial sistêmica e pulmonar e comprometimento do sistema imune.

Além da eritropoetina, uma nova classe de subs-tâncias pode representar o próximo passo do pro-cesso de doping sobre os transportadores artifi-ciais de oxigênio, como as soluções baseadas em hormônios (pode ser encontrado pelo nome de perfluorocarboneto). Federações desportivas in-ternacionais devem estar conscientes desta emer-

gente ameaça de doping. MT

Marcio Cunha é Fisioterapeuta e responsável pela procedimento Kinesio tape nos atletas do EC - Pinheiros - Triathlon. Membro da associação Brasileira dos Fisioterapeutas Quiropraxistas.

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ENTREVISTA: FABIO CARVALHOFo

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UM DOS MAIORES TRIATLETAS BRASILEIROS ENCA RA UM NOVO DESAFIO: OS JOGOS OLÍMPICOS

Fabio Carvalho pedala forte noInternacional de Santos 2010 >

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ENTREVISTA: FABIO CARVALHO

MundoTRI.com [janeiro 2011] 23

UM DOS MAIORES TRIATLETAS BRASILEIROS ENCA RA UM NOVO DESAFIO: OS JOGOS OLÍMPICOS

A história do triathlon brasileiro não pode ser contada sem um personagem impor-tante como Fabio Carvalho. Tricampeão do Troféu Brasil de Triathlon e um dos me-lhores pedais do Triathlon mundial, Fabio é inspiração para muitos iniciantes no es-porte. Quando todos pensavam que ele iria focar seus treinos no Ironman, ele anunciou uma reviravolta em 2010, declarando a in-tenção de competir nos Jogos Olímpicos de 2012. Conversamos com esse “monstro” do esporte nacional e descobrimos seus planos para os anos que estão por vir.

MundoTRI: Fabio, conte-nos um pou-co de sua história no Triathlon. Como começou o interesse pelo esporte?

Fabio Carvalho: Eu nadava, mas nunca gostei muito de nadar e também nunca fui nenhum grande nadador. Com 13 / 14 anos fiz meu primeiros triathlon, em Limeira em maio de 1993. Desde então nunca mais pa-rei. Em 1999 fui o atleta mais novo no Iron-man do Havaí com 20 anos e em 2000 fui segundo colocado na categoria 20/24 no Havaí. Depois disso me profissionalizei.

MundoTRI: Você é um dos maiores Tri-atletas do Brasil de todos os tempos nas provas olímpicas sem vácuo. No último ano começou o interesse pelas

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provas com vácuo da ITU, visando as Olimpíadas de Londres, 2012. De onde veio essa mudança em sua carreira?

Fabio Carvalho: Sempre gostei muito de provas sem vácuo, já que tenho facilidade de pedalar. Em 2009, depois da crise, a situação do esporte aqui no país ficou muito ruim, perdi patrocínios e pratica-mente passei o ano vivendo de premi-ações. Depois que o Brasil foi escolhido sede das Olimpíadas 2016, vi uma grande oportunidade de ter grandes projetos aprovados. Ano passado, comecei correr o circuito. Tive bastante dificuldade em me adaptar, mas tive alguns bons resulta-dos. E acima de tudo, estou me divertindo demais correndo o circuito, isso acima de

qualquer dinheiro é o mais importante.

MundoTRI: E falando em Olimpíadas, quais os planos até lá?

Fabio Carvalho: Este ano vou pratica-mente só correr provas do Circuito ITU. Praticamente as únicas duas provas pro-mocionais que irei correr são o Fast Tri-athlon e o Triathlon Internacional de San-tos.

MundoTRI: E o que mudou em seu treinamento? Houve mais foco na na-tação, que tem uma importância rela-tiva maior nas provas sem vácuo?

Fabio Carvalho: Com certeza, hoje meu treinamento é muito mais focado na nata-

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“Em 1999 fui o atleta mais novo no Ironman do Havaí com 20 anos e em 2000 fui segundo colocado na categoria 20/24 no Havaí..”

- Fabio Carvalho

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“E acima de tudo, estou me divertindo demais correndo o circuito, isso acima de qualquer dinheiro é o mais impor-tante.”

- Fabio Carvalho

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ção e corrida. Na bike pedalo 1/3 do que pedalava antes. Mas estou trabalhando demais em minha corrida, preciso correr na casa dos 31 em todas as provas.

MundoTRI: No ano passado, você começou sua adaptação para o cir-cuito ITU, qual foi a maior diferença para você, seja no dia-a-dia de trei-nos, seja nas competições?

Fabio Carvalho: A maior dificuldade de tudo é o grande numero de provas e via-gens. Esse ano vou praticamente passar 6 meses do ano fora. No começo parece ser divertido, mas quando você começa a viajar, não vê a hora de voltar para casa.

MundoTRI: Como você vê o cenário olímpico brasileiro atualmente para o Triathlon? Acredita que possamos levar 3 homens e 3 mulheres, como já fizemos?

Fabio Carvalho: Hoje temos bons atletas correndo o circuito no masculino, e o Rei-naldo já está praticamente classificado. Acredito também que vamos conseguir abrir mais uma vaga. Eu, Diogo (Sclebin) e Bruno (Matheus) vamos brigar por essa outra vaga. Já no feminino, a Carla, com certeza, entra. Já para a segunda vaga, a Flávia (Fernandes) e a Pâmella (Oliveira) terão que encaixar ótimas provas para que ela seja aberta.

MundoTRI: Podemos dizer que não veremos o Fabio no Ironman até

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“O mais importante de tudo é se divertir, quando isso acaba, treinar passa a ser um martírio. ”

- Fabio Carvalho

2013?

Fabio Carvalho: Com certeza verão, na TORCIDA (risos).

MundoTRI: Também vai abrir mão da disputa pelo circuito do Troféu Brasil ou brigará por mais um título esse ano?

Fabio Carvalho: Ano passado já tinha aberto mão, fiz provas em época de férias, tudo para focar nesse ano. Infe-lizmente esse ano não vai ser diferente, o Troféu Brasil é um circuito muito difí-cil e disputado e conciliar com o Circuito Mundial é praticamente impossível. Devo entrar em algumas provas caso caiba no meu calendário.

MundoTRI: Você está morando em Balneário Camboriú há alguns meses, sentiu muita diferença em relação a Santos? Acredita que essa mudança foi melhor para seus treinos?

Fabio Carvalho: Só o fato de peda-lar e não se preocupar em ser roubado na estrada já vale a pena. Aqui é su-per legal para treinar, principalmente quando o Igor Amorelli está por aqui. A prefeitura de Balneário Camboriú dá uma super força para mim, coisa que eu nunca tive em nenhum lugar que morei. Além de ter a oportunidade de morar e treinar em um lugar paradisía-co. Quando quero fazer alguns treinos

mais fortes, vou para São Paulo treinar com a equipe do Pinheiros, onde “o bicho pega” com o Bruno Matheus , Ju-raci Moreira, Tirinho e os outros atletas.

MundoTRI: Fabio, sabemos que o apoio e o material é fundamental para um triatleta que almeja estar nos Jogos Olímpicos. Quais marcas e apoios você tem utilizado?

Fabio Carvalho: Há sete anos corro com os tênis Mizuno, há seis anos uso bikes Merida, ano passado passei a usar o com-ponente Shimano DI2. A BrasiMaxi (em-presa de logística) me patrocina desde 2010, ano quando também entrei para o Esporte Clube Pinheiros. Uso roupa de borracha da AquaSphere, óculos Oakley, 6 EnergyShot (energético e suplementos importado pela WW). Quem mexe na minha bike é o pessoal da Officina, trei-no na academia CPH e represento a ci-dade de Balneário Camboriu - SC.

MundoTRI: Finalizando, o que di-ria para seus fãs, muitos dos quais começaram no esporte vendo você competir?

Fabio Carvalho: Que o mais importante de tudo é se divertir, quando isso acaba, treinar passa a ser um martírio. Dinheiro e reconhecimento são conseqüência. Tra-balhe firme, mas não se esqueça de viver e aproveitar os bons momentos da vida. Forte abraço e obrigado.MT

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Faça o que milhares detriatletas já estão

fazendo, acompanhe o MundoTRI nas redes sociais:

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Um guia completo para escolher sua bike de Triathlon baseado no que é mais importante: você e suas características como atleta.

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Todos os anos, centenas de inovações e modelos de novas bikes chegam no mercado internacional, com diversos tipos de apelo para o público consu-midor: design, aerodinâmica, con-forto, exclusividade, facilidade de ajuste, peso etc. Dados de túnel de vento são divulgados e é criado um verdadeiro alvoroço no mercado.

O Triathlon parece ser o esporte onde os atletas mais se importam com as inovações tecnológicas, talvez por acreditarem que seu rendimento pode melhorar muito com elas.

Você já deve ter escutado a frase: “preciso trocar minha bike”. Ou en-tão, “nossa, preciso de um grupo eletrônico” ou “tenho que conseguir uma roda fechada”. Mas será que essas pessoas precisam disso mesmo para ter um melhor desempenho?

A resposta a essa pergunta é com-plexa e envolve a análise de diver-sos aspectos do atleta. Por exemplo, se você é um atleta amador de elite, brigando por uma vaga no Mundial de Ironman no Havaí, um equipa-mento de ponta pode fazer a dife-rença.

Por outro lado, um equipamento sofisticado utilizado de forma ina-dequada pode prejudicar o atleta. Por exemplo, o uso de rodas fecha-das, para velocidades médias inferi-ores a 34km/h (alguns argumentam 36km/h) é contraproducente.

Da mesma forma, de nada adianta a bike mais aerodinâmica do mundo se você tem que colocar meia dúzias de espaçadores para se sentir con-fortável, matando assim toda a van-

tagem da bike (lembre-se que a área do seu corpo é bem maior do que a da sua bicicleta). E o mesmo vale para atletas que pedalam de joelho aberto, qualquer ganho de desem-penho da bicicleta será neutralizado pela posição inadequada, que gera muito arrasto aerodinâmico.

Em 2010, publicamos no Portal Mun-doTRI.com.br um artigo intitulado “Onde investir seu dinheiro no Tri-athlon” (clique aqui para ver a ma-téria). Nesse artigo avaliamos quais equipamentos traziam maior retor-no por cada Real investido. Nossa conclusão foi que para cada R$1,00 investido, o maior benefício viria com um capacete aerodinâmico. Um quadro aerodinâmico pode ter o custo mais de 100 vezes o capacete, portanto é importante certificar-se que os benefícios serão usufruídos.

Essa visão ilustra nosso conceito de compra consciente. Este guia está baseado na idéia de ajudá-lo a esco-lher uma bike que se adéque às suas características como atleta. Eventual-mente, isso pode significar uma su-per bike do modelo mais sofisticado, da mesma forma que pode ser um modelo mais simples, porém mais flexível pode se adequar a você.

Aproveite nosso guia, consulte um bom bike fitter e seu técnico e faça uma ótima escolha!

Você precisa ter uma bike de estrada?A maioria dos triatletas começa no es-porte com pouco ou nenhum feedback no ciclismo. Apesar de ser uma disciplina que não costuma decidir provas de Triathlon tanto quanto a corrida, você vai passar o maior tempo de qualquer competição de em cima de uma bicicleta, desde o Short Triathlon até o Ultraman.

Apesar do ímpeto para se começar no esporte com uma bike específica de Tria-thlon, alguns pontos devem ser analisados antes de você abandonar a idéia de uma bicicleta de estrada.

Faça uma análise sincera de sua base no ciclismo: Sua técnica de pedal aproveita bem todo o ciclo da pedalada? Você saber desviar de obstáculos, pular e se equilibrar em situações de desespero? Consegue identificar o timing e a marcha correta na hora de cambiar? Sabe fazer curvas com agilidade, mesmo as mais fechadas? Você sabe andar em um pelotão sem provo-car acidentes, mas mantendo um ritmo forte? Você consegue pedalar em uma competição de 40km acima de 36km/h? Você consegue ficar mais de 80% de uma competição “clipado”? Você é alongado o suficiente para permanecer aero? Há apenas um ou dois espaçadores abaixo de seu aerobar? Você está no peso ideal?

Se você respondeu “Não” a alguma das perguntas acima, provavelmente você deve começar comprando uma bike de es-trada. Essa base do ciclismo é fundamen-tal. Temos observado muitos acidentes em provas de Triathlon por “barbeiragem” de atletas que não sabem pedalar. E não se

aprende a pedalar em bikes de contra-relógio ou de Triathlon. Se você está começando no esporte, se reúna com seu técnico e avalie os pontos acima e abra sua mente para uma bike de es-trada, ela vai lhe dar base que precisa para, posteriormente, encarar uma bike de contra-relógio e tirar todo o proveito dela.

Em segundo lugar, as bikes de estrada são mais versáteis, você pode disputar provas com ou sem vácuo, pode colo-car ou tirar o clip, pode andar bem em serras, planos, pelotões etc. A maioria dos triatletas da elite entre os ama-dores e profissionais possuem bikes de estrada para alguns treinos e provas com vácuo, até mesmo aqueles que disputam provas de longa distância, como o Ironman e o Ironman 70.3.

Se você não possui condições de com-prar duas bikes, tenha uma de estra-da, é mais fácil chegar a uma posição de Triathlon em uma bike de estrada do que adaptar uma bike de Triathlon para estrada e provas com vácuo. A versatilidade conta muito nessa hora, pois uma bike de estrada vai lhe per-mitir ir até a padaria mais próxima ao mesmo tempo que pode lhe conduzir muito bem em um Ironman. Além dis-so, as bicicletas de estrada são, na mé-dia, mais baratas que as de Triathlon.

Terceiro, diversos atletas não usufruem dos benefícios de uma bicicleta de contra-relógio. Se você gosta de uma posição mais alta, com vários espaça-dores abaixo do guidão, vai se sentir bem melhor em uma bike de estrada. Outra situação que isso se aplica são treinos leves de recuperação, para quê uma bike de Triathlon nessa situação?

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Todos os anos, centenas de inovações e modelos de novas bikes chegam no mercado internacional, com diversos tipos de apelo para o público consu-midor: design, aerodinâmica, con-forto, exclusividade, facilidade de ajuste, peso etc. Dados de túnel de vento são divulgados e é criado um verdadeiro alvoroço no mercado.

O Triathlon parece ser o esporte onde os atletas mais se importam com as inovações tecnológicas, talvez por acreditarem que seu rendimento pode melhorar muito com elas.

Você já deve ter escutado a frase: “preciso trocar minha bike”. Ou en-tão, “nossa, preciso de um grupo eletrônico” ou “tenho que conseguir uma roda fechada”. Mas será que essas pessoas precisam disso mesmo para ter um melhor desempenho?

A resposta a essa pergunta é com-plexa e envolve a análise de diver-sos aspectos do atleta. Por exemplo, se você é um atleta amador de elite, brigando por uma vaga no Mundial de Ironman no Havaí, um equipa-mento de ponta pode fazer a dife-rença.

Por outro lado, um equipamento sofisticado utilizado de forma ina-dequada pode prejudicar o atleta. Por exemplo, o uso de rodas fecha-das, para velocidades médias inferi-ores a 34km/h (alguns argumentam 36km/h) é contraproducente.

Da mesma forma, de nada adianta a bike mais aerodinâmica do mundo se você tem que colocar meia dúzias de espaçadores para se sentir con-fortável, matando assim toda a van-

tagem da bike (lembre-se que a área do seu corpo é bem maior do que a da sua bicicleta). E o mesmo vale para atletas que pedalam de joelho aberto, qualquer ganho de desem-penho da bicicleta será neutralizado pela posição inadequada, que gera muito arrasto aerodinâmico.

Em 2010, publicamos no Portal Mun-doTRI.com.br um artigo intitulado “Onde investir seu dinheiro no Tri-athlon” (clique aqui para ver a ma-téria). Nesse artigo avaliamos quais equipamentos traziam maior retor-no por cada Real investido. Nossa conclusão foi que para cada R$1,00 investido, o maior benefício viria com um capacete aerodinâmico. Um quadro aerodinâmico pode ter o custo mais de 100 vezes o capacete, portanto é importante certificar-se que os benefícios serão usufruídos.

Essa visão ilustra nosso conceito de compra consciente. Este guia está baseado na idéia de ajudá-lo a esco-lher uma bike que se adéque às suas características como atleta. Eventual-mente, isso pode significar uma su-per bike do modelo mais sofisticado, da mesma forma que pode ser um modelo mais simples, porém mais flexível pode se adequar a você.

Aproveite nosso guia, consulte um bom bike fitter e seu técnico e faça uma ótima escolha!

Você precisa ter uma bike de estrada?A maioria dos triatletas começa no es-porte com pouco ou nenhum feedback no ciclismo. Apesar de ser uma disciplina que não costuma decidir provas de Triathlon tanto quanto a corrida, você vai passar o maior tempo de qualquer competição de em cima de uma bicicleta, desde o Short Triathlon até o Ultraman.

Apesar do ímpeto para se começar no esporte com uma bike específica de Tria-thlon, alguns pontos devem ser analisados antes de você abandonar a idéia de uma bicicleta de estrada.

Faça uma análise sincera de sua base no ciclismo: Sua técnica de pedal aproveita bem todo o ciclo da pedalada? Você saber desviar de obstáculos, pular e se equilibrar em situações de desespero? Consegue identificar o timing e a marcha correta na hora de cambiar? Sabe fazer curvas com agilidade, mesmo as mais fechadas? Você sabe andar em um pelotão sem provo-car acidentes, mas mantendo um ritmo forte? Você consegue pedalar em uma competição de 40km acima de 36km/h? Você consegue ficar mais de 80% de uma competição “clipado”? Você é alongado o suficiente para permanecer aero? Há apenas um ou dois espaçadores abaixo de seu aerobar? Você está no peso ideal?

Se você respondeu “Não” a alguma das perguntas acima, provavelmente você deve começar comprando uma bike de es-trada. Essa base do ciclismo é fundamen-tal. Temos observado muitos acidentes em provas de Triathlon por “barbeiragem” de atletas que não sabem pedalar. E não se

aprende a pedalar em bikes de contra-relógio ou de Triathlon. Se você está começando no esporte, se reúna com seu técnico e avalie os pontos acima e abra sua mente para uma bike de es-trada, ela vai lhe dar base que precisa para, posteriormente, encarar uma bike de contra-relógio e tirar todo o proveito dela.

Em segundo lugar, as bikes de estrada são mais versáteis, você pode disputar provas com ou sem vácuo, pode colo-car ou tirar o clip, pode andar bem em serras, planos, pelotões etc. A maioria dos triatletas da elite entre os ama-dores e profissionais possuem bikes de estrada para alguns treinos e provas com vácuo, até mesmo aqueles que disputam provas de longa distância, como o Ironman e o Ironman 70.3.

Se você não possui condições de com-prar duas bikes, tenha uma de estra-da, é mais fácil chegar a uma posição de Triathlon em uma bike de estrada do que adaptar uma bike de Triathlon para estrada e provas com vácuo. A versatilidade conta muito nessa hora, pois uma bike de estrada vai lhe per-mitir ir até a padaria mais próxima ao mesmo tempo que pode lhe conduzir muito bem em um Ironman. Além dis-so, as bicicletas de estrada são, na mé-dia, mais baratas que as de Triathlon.

Terceiro, diversos atletas não usufruem dos benefícios de uma bicicleta de contra-relógio. Se você gosta de uma posição mais alta, com vários espaça-dores abaixo do guidão, vai se sentir bem melhor em uma bike de estrada. Outra situação que isso se aplica são treinos leves de recuperação, para quê uma bike de Triathlon nessa situação?

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Qual bike deestrada?A escolha de uma bike de estrada para um triatleta é algo bem mais simples do que uma bike específica para Triathlon, isso porque a variação de geometria é muito menor e as principais características que variam afetam muito pouco os triatletas.

As principais características que variam en-tre as bikes de estrada são aquelas relacio-nadas a bikes para escalada e bikes para uso geral. Tirando umas poucas provas no mundo, não há competições de Triathlon

com escalada, portanto, esqueça essa opção e se concentre em bikes para uso geral.

Bikes de estrada não tem muita pre-ocupação com a aerodinâmica, em-bora diversos fabricantes estejam se atentando a isso, como a Felt, Willier e a Specialized. Essas podem ser opções interessantes de bikes multiuso, em-bora alguns modelos ainda não este-jam disponíveis no Brasil.

Desde as bikes de entrada até as top bikes, há modelos interessantes, que selecionamos como boas escolhas para triatletas.

MODELOS DE ENTRADA

Caloi Strada

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano TiagraPreço sugerido: R$2.799,00www.caloi.com.br

Soul Ventana Pro

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano TiagraPreço sugerido: R$2.799,00www.soulcycles.com.br

* Preços e características baseados em pesquisas com revendedores no Brasil, sujeitos a alterações. Imagens mera-mente ilustrativas.

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Jamis Ventura Comp

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Sora/TiagraPreço sugerido: Até R$4 milwww.ltdimports.com.br

KHS Flite 500

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$3.599,00www.khsbikes.com.br

Specialized Alez

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 2300Preço sugerido: R$2.990,00www.specialized.com.br

Scott Speedster S40

Quadro: AlumínioGarfo: AlumínioGrupo: ShimanoTiagra / FDPreço sugerido: R$3.339,00www.scott.com.br

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Bianchi Nironi 7

Quadro: AlumínioGarfo: Alumínio/CarbonoGrupo: Shimano TiagraPreço sugerido: Até R$4 [email protected]

Kona Zing

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Tiagra/SoraPreço sugerido: Até R$4 [email protected]

Merida Road Race 880

Quadro: AlumínioGarfo: AlumínioGrupo: Shimano SoraPreço sugerido: Até R$4 milwww.merida.com.br

Orbea Aqua T23

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 2300Preço sugerido: Até R$4 milwww.orbea.com.br

CUSTO-BENEFÍCIO

Cannondale Caad 8

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$4.990,00www.cannondale.com.br

Colnago Ace

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$7.650,00www.avantisports.com.br

Schwinn S9 Le Tour Ultra

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: R$6.999,00www.schwinnbike.com.br

KHS Flite 850

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$6.999,00www.khsbikes.com.br

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Bianchi Nironi 7

Quadro: AlumínioGarfo: Alumínio/CarbonoGrupo: Shimano TiagraPreço sugerido: Até R$4 [email protected]

Kona Zing

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Tiagra/SoraPreço sugerido: Até R$4 [email protected]

Merida Road Race 880

Quadro: AlumínioGarfo: AlumínioGrupo: Shimano SoraPreço sugerido: Até R$4 milwww.merida.com.br

Orbea Aqua T23

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 2300Preço sugerido: Até R$4 milwww.orbea.com.br

CUSTO-BENEFÍCIO

Cannondale Caad 8

Quadro: AlumínioGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$4.990,00www.cannondale.com.br

Colnago Ace

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$7.650,00www.avantisports.com.br

Schwinn S9 Le Tour Ultra

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: R$6.999,00www.schwinnbike.com.br

KHS Flite 850

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$6.999,00www.khsbikes.com.br

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Giant TRC Advanced 1

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: NDwww.cicloleiriense.com.br

Argon 18 Gallium Pro

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: N/Dwww.3adistribuidora.com.br

Trek Madone 6.7 SSL

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: Até R$30 milwww.trekbikes.com.br

Scott CR1 SL

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: Até R$25 milwww.scott.com.br

TOP BIKES

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Litespeed C1 Force

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM ForcePreço sugerido: Até R$13 milwww.m2trends.com.br

Pinarello FP4

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Campagnolo AthenaPreço sugerido: Até R$ 13 mil

Specialized Tarmac Expert

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: Até R$13 milwww.specialized.com.br

Look 695

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM RedPreço sugerido: Até 18 milwww.cyclemotion.com.br

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Bikes de TriathlonA escolha de uma bike para Triathlon é bem mais complexa, isso porque aqui a geometria passa a fazer muita diferen-ça entre as marcas. As geometrias para Triathlon são desenvolvidas a partir do aerobar e da posição que o atleta ficará nele. Isso muda tudo, pois todo o posi-cionamento é alterado.

Segundo Dan Empfield, fundador da marca Quintana Roo (de bikes exclusi-vas para Triathlon) e considerado o pai da geometria específica para o esporte, mais de 85% da aerodinâmica depende da sua posição na bike. Assim, mais im-portante que um quadro aerodinâmico é um quadro que o deixe aerodinâmico.

Nas bicicletas de estrada, o projeto da geometria é criado para fazer com que você se apóie somente na parte de trás, no selim. Já as bicicletas de Triathlon precisam distribuir seu peso entre a parte de trás e a parte da frente, já que estará com seus cotovelos apoiados no aerobar.

Você já deve ter percebido que as formas dos quadros de Triathlon e contra reló-gio variam muito, daí a dificuldade de comparar tamanhos. Para tentar resolv-er esse problema, Dan Empfield criou os conceitos de stack (altura) e reach (al-cance), que permitem comparar quais-quer bikes. Veja a figura abaixo:

Stack(altura)

Reach (alcance)

Clique para acessar a tabela completa de stack e reach de diver-sos fabricantes >

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ES 2011A medida do reach é o alcance de um quadro, definido por uma linha imagi-nária horizontal que parte do eixo do movimento central, até cruzar com ou-tra linha vertical imaginária que inter-cepta o eixo da parte superior do head tube (sem contar a tampa da caixa de direção).

Já o conceito de stack é a altura do quadro, definida por uma linha vertical imaginária que sobe a partir do eixo do movimento central e intercepta outra horizontal, também imaginária, que parte do eixo da parte superior do head tube (sem contar a tampa da caixa de direção).

A partir dessas medidas, podemos en-tender melhor como funciona uma geometria para o Triathlon. Como os tri-atletas não tem as limitações de posicio-namento impostas pela União Ciclística Internacional (UCI), a posição tende a ser o mais para frente possível. Talvez o melhor exemplo seja a posição do banco. De acordo com as normas da UCI, a pon-ta do selim deve ficar, no mínimo, 5cm atrás de uma linha vertical imaginária que sobe a partir do eixo do movimento central. Já no Triathlon, essa limitação não existe, então os atletas tendem a jogar o selim o mais para frente pos-sível, já que fica mais fácil alcançar o aerobar (motivo pelo qual existem bikes de Triathlon); e músculos importantes são economizados para corrida. Assim, entendemos porque há bikes para Tri-athlon e bikes para contra-relógio, que seguem as regulamentações da UCI em relação a vários aspectos da geometria.

Agora, imagine um ciclista sentado em uma bike com aerobar, com a ponta do selim em cima do eixo movimento cen-tral. Se você aumentar a distância entre

ele e o aerobar (maior reach) ou reduzir a altura do aerobar (menor stack) ele ficará mais aerodinâmico, pois ficará mais “deitado” na bike.

Em grande parte, escolher uma bike de Triathlon envolve analisar com calma es-sas medidas para cada um dos modelos nos quais estamos interessados. Pessoas mais flexíveis e com troncos grandes, vão preferir bikes com maior reach e menor stack, já pessoas com troncos mais cur-tos (normalmente pessoas mais baixas) vão preferir bikes com o reach um pou-co menor.

A mãe das bicicletas de Triathlon é a Quintana Roo, uma das poucas marcas no mundo que, até hoje, só fabrica bici-cletas e quadros para o multisporte. Seu slogan continua o mesmo desde o início da empresa: “True to the Tri”.

Outra marca que se destaca no Triathlon é a Cervélo, há anos a vencedora dispa-rada no bike count no Ironman do Havaí e em quase todos os Ironmans do mun-do. E o modelo preferido é a mais do que testada P3C.

O que a Cervélo e a Quintana Roo tem em comum? Ambas tem uma geome-tria muito parecida, com stack pequeno e reach grande, o que coloca o atleta em uma posição muito aerodinâmica. No gráfico abaixo, plotamos o stack e o reach dos modelos de nosso guia para o tamanho M (ou 54), o mais vendido no mercado brasileiro:

Marcas focadas no Triathlon

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Como você pode perceber, a Cervélo P3 tem praticamente as mesmas medidas do modelo top de linha da Quintana Roo, a CD01. São bikes baixas e mais alon-gadas, que deixam os atletas em uma posição mais agressiva. Isso significa que são as bikes certas para você? Não.

Como foi dito anteriormente, seus atributos pessoais contam muito. Va-mos supor que você tenha um histórico de corrida e nehuma natação, com o tronco pouco desenvolvido e menor em relação às pernas. Será difícil conseguir uma posição adequada nessas bikes. O mesmo acontece para atletas de baixa estatura e mulheres, que usualmente preferem bikes mais altas (stack maior).

No geral, podemos separar as bikes em dois grandes grupos: as longas e baixas (quadrante da direita no gráfico) e as al-tas e curtas (quadrante na esquerda no gráfico). Claro que essa divisão é bem clara quando comparamos a Cervélo P3 e a Quintana Roo CD 01 com a Specia-

lized Transition, a Fuji D6 e a Cannodale Slice. Mas essa divisão não é tão evidente com as bikes da Felt e da Argon 18.

Uma medida ideal pode ser estabelecida com um bom bike fitter, ANTES da com-pra da bike. Muitos atletas descobrem que compraram a bike errada depois que já o fizeram. Você também pode usar os parâmetros de stack e reach, com os ti-pos de geometria que fornecemos e sua percepção da bike atual. Por exemplo, você possui uma Cervélo P3 tamanho M com diversos espaçadores abaixo do guidão. O que significa isso? Que você precisa de uma bike mais alta (maior stack). Se você sente que não há proble-mas com o alcance (reach), pode migrar para uma Argon 18 E-112 ou E-114, que possuem o mesmo reach, mas são mais altas.

O importante é escolher uma bike que sirva para você, e não porque um deter-minado atleta usa ou porque o quadro tem uma forma bonita.

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Como destacamos na edição de setembro/2010, atletas com menos de 1,60m devem esquecer bikes com rodas 700c e procurar por opções com rodas 650c (aro 26). Dadas as limitações na construção dos quadros é virtualmente impossível chegar em uma boa posição aerodinâmica com rodas 700c. Se você faz parte desse grupo de atletas, esqueça o preconceito e seja feliz com uma aro 26 (Se ainda não está convencido, leia nossa edição de setembro aqui).

Fique atento com os quadros tamanho S (Small - Pequeno)

Quanto menor o quadro de uma bicicleta de Triathlon, menores as limitações geomé-tricas em suas construções. Para os quadro tamanho S, a grande maioria com rodas 700c, você deve estar atento às dimensões do quadro em termos de stack e reach para vários modelos da mesma marca. Vamos pegar como exemplo a Cervélo P2 e a Cervélo P4. Para o tamanho 51, o stack e o reach de ambas são exatamente iguais. Ou seja, pagar milhares de dólares a mais na P4 não vai melhorar sua posição e não vai te tor-nar muito mais rápido. Isso acontece com a diversos fabricantes , portanto é bom ficar atento, pois o dinheiro gasto com o quadro mais caro poderia ser destinado a algo mais útil, como uma roda ou um capacete aerodinâmico. Claro que estamos ignorando aqui o aspecto visual, pois entendemos que sua preocupação maior é o desempenho.

Uma observação para atletas menores de 1,60m

O que muda nas bikes femininas?

Diversas marcas oferecem modelos de bikes específicas para mulheres, mas o que real-mente muda nessas bikes? Em geral, não há alteração de geometria do quadro, mas as peças costumam ser menores, em especial o cockpit (avanço, guidão e clip). A relação também costuma ser mais leves. Normal-mente, as bikes de Triathlon saem de fábrica com uma relação de coroas 53/39 dentes. As bikes específicas para mulheres, usualmente,

são vendidas com a relação 50/34 e ainda com catracas maiores. Portanto, é bom ficar se atentar ao equipamento que você utiliza antes de comprar sua próxima bike. Outras diferenças são itens que adicionam mais conforto, como selins especiais e espumas dos pads dos clips. Para terminar, a pintura dessas bikes costuma ser bem especial, um atrativo a mais para as triatletas.

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Baixas e longas

Cervélo P2 UltegraQuadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: R$7.990,00www.alldistances.com.br

Uma das bikes de melhor custo benefício do mercado, com excelente aerodinâmica e geometria idêntica (em termos de stack e reach) da P3 e da P4 no tamanho 51.

Tamanho Stack Reach Rodas48 46.1 38.9 650C51 48.2 40.5 700C54 51.2 41.8 700C56 53.1 42.9 700C58 55.0 44.0 700C61 57.7 44.7 700C

Quintana Roo Seduza

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: R$9.190,00www.m2trends.com.br

Bons componentes em uma bike full carbon de geometria exclusiva para Triathlon, essa é a proposta da Quin-tana Roo Seduza, uma das melhores opções do mercado.

Tamanho Stack Reach RodasXS 45.3 39.4 650CS 48.6 38.8 700CM 51.4 40.7 700CL 55.0 43.0 700C

O melhor custo-

benefício

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ES 2011Baixas e longas

Jamis Xenith T2

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM RedPreço sugerido: Até R$30 Milwww.ltdimports.com.br

Essa bike já vem de fábrica com rodas Zipp 808 e o melhor grupo mecânico do mercado, o SRAM Red. Pronta para competir.

Tamanho Stack Reach RodasSmall 49.6 40.5 700CMedium 50.9 41.7 700CMedLrg 53.1 43.2 700CLarge 55.6 45.7 700C

Felt B12

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM RedPreço sugerido: N/Dwww.barcellosbike.com.br

A Felt possui todas as suas bikes de Triathlon com a mesma geometria, independente do modelo. É também uma das poucas marcas preparadas para os câmbios eletrônicos Dura Ace Di2. A partir daí é uma questão de escolher quais componentes você deseja. A B12 é a opção intermediária da marca.

Tamanho Stack Reach Rodas48 46.5 37.0 650C50 48.5 39.0 650C52 50.0 40.5 700C54 51.0 41.5 700C56 52.5 42.5 700C58 54.5 45.0 700C60 56.0 46.0 700C

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Baixas e longas

Cervélo P3CDura Ace

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: R$14.290,00www.alldistances.com.br

Essa é a bike de Triathlon mais usada no mundo, e não é à toa. Geometria baixa e longa, peças de alta quali-dade, quadro leve. Trata-se da bike à toda prova e que vai permanecer anos em provas de Ironman e longa distância em todo o mundo.

Tamanho Stack Reach Rodas48 46.1 38.9 650C51 48.2 40.5 700C54 49.8 41.9 700C56 51.6 43.3 700C58 53.5 44.5 700C61 56.4 45.4 700C

A melhor bike longa

e baixa

Argon 18 E-112Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: Até R$12 milwww.3adistribuidora.com.br

Irmã mais nova da E-114, possui a mesma geometria, mas sem a frente integrada, porém com ajuste mais flexível. Boa relação custo-benefício. As rodas mostradas não estão inclu-sas no preço sugerido.

Tamanho Stack Reach RodasXS 48.5 39.8 700CS 49.5 41.1 700CM 51.5 41.9 700CL 53.6 42.8 700C

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Quintana Roo CD 01

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura-AcePreço sugerido: R$23.990,00www.m2trends.com.br

A bike top de linha da marca mais focada em Triathlon de todo mundo. Trata-se de um dos melhores quadros do mercado, com geometria quase imbatível.

Tamanho Stack Reach RodasS 49.7 39.6 650CM 49.7 42.0 700CML 51.7 43.8 700CL 54.5 45.2 700C

Baixas e longas

Argon 18 E-114Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: Até R$20 milwww.3adistribuidora.com.br

Bike imortalizada por Torbjorn sind-balle no Ironman do Havaí, muito leve e ágil. Um dos melhores quadros do mercado, com a primeira frente integrada de série. As rodas mostra-das não estão inclusas no preço sugerido.

Tamanho Stack Reach RodasXS 48.5 39.8 700CS 49.5 41.1 700CM 51.5 41.9 700CL 53.6 42.8 700C

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Altas e curtas

CannondaleSlice 5

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: R$6.990,00www.cannondale.com.br

A bike de Chrissie Wellington em uma versão acessível, mas completa. O melhor custo-benefício entre as bikes altas e curtas.

Tamanho Stack Reach Rodas47 47.8 36.5 650C51 49.4 37.1 700C54 50.9 39.8 700C56 52.9 40.7 700C58 54.8 41.7 700C60 57.2 42.5 700C

O melhor custo-

benefício

Fuji D-6 3.0Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Ultegra/105Preço sugerido: Até R$11 milwww.fujibikes.com.br

O mesmo quadro top da marca, mas com componentes mais modestos, uma ótima bike para pessoas de baixa estatura ou de troncos grandes.

Tamanho Stack Reach RodasXS 48.1 35.4 700CS 49.0 37.2 700CS/M 50.0 39.0 700CM 50.9 40.2 700CM/L 52.5 42.4 700CL 52.5 44.5 700CXL 53.8 46.0 700C

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SpecializedTransition Comp

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM RivalPreço sugerido: R$9.990,00www.specialized.com.br

Bike de entrada da série Transition, es-pecialmente feita para a geometria alta e curta. Macca venceu o Ironman do Ha-vaí em 2007 com esse mesmo quadro. É um dos poucos quadros com o tamanho XXLarge.

Tamanho Stack Reach RodasXSmall 48.7 36.5 700CSmall 50.5 38.0 700CMedium 51.6 39.5 700CLarge 52.6 40.5 700CXLarge 54.2 42.1 700CXXLarge 55.4 45.0 700C

Altas e curtas

Trek SpeedConcept 7.0

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: SRAM ApexPreço sugerido: Até R$11 milwww.trekbikes.com.br

Na edição de outubro, testamos essa máquina no Havaí. É uma opção incrível, rápida e ágil. Sua grande vantagem so-bre ao modelo 9.0 (mais caro) é a facili-dade de ajuste da frente tradicional. Com a troca de alguns componentes você vai voar com essa bike.

Tamanho Stack Reach RodasXS 37.0 46.8 650CS 49.2 39.0 700CM 51.7 40.8 700CL 54.1 42.6 700CXL 56.5 44.5 700C

A melhor bike alta e

curta

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Altas e curtas

Orbea ordu SLTQuadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano 105Preço sugerido: Até R$20 milwww.orbea.com.br

Com angulação do seat tube variá-vel, é uma bike que pode ter seu reach reduzido, tornando-a uma opção interessante para pessoas de baixa estatura.

Tamanho Stack Reach Rodas48 49.7 37.5 700C51 51.2 39.5 700C54 52.0 40.9 700C57 53.0 42.2 700C

Scott Plasma 10Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura AcePreço sugerido: Até R$20 milwww.scott.com.br

Uma das bikes mais altas do mercado. Se você está usando muitos avanços para levantar seu guidão, sua opção de bike pode estar aqui.

Tamanho Stack Reach RodasXS 50.4 37.9 700CS 51.5 39.2 700CM 52.7 40.4 700CL 54.8 41.6 700CXL 58.1 42.7 700C

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Fuji D-6 1.0

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano Dura Ace Di2Preço sugerido: Até R$40 milwww.fujibikes.com.br

Uma das top bikes do mundo. Completa e com a assinatura de Matt Reed. A Fuji se destaca por fazer bikes pequenas com rodas 700c e boa geometria. O canote integrado exige um case especial.

Tamanho Stack Reach RodasXS 48.1 35.4 700CS 49.0 37.2 700CS/M 50.0 39.0 700CM 50.9 40.2 700CM/L 52.5 42.4 700CL 52.5 44.5 700CXL 53.8 46.0 700C

Altas e curtas

Trek SpeedConcept 9.5

Quadro: CarbonoGarfo: CarbonoGrupo: Shimano UltegraPreço sugerido: Até R$30 milwww.trekbikes.com.br

Versão com a frente integrada, mais aerodinâmica, mas com ajuste mais com-plicado. É necessário escolher entre di-versos tamanhos de mesas e espaçadores disponíveis antes de comprá-la.

Tamanho Stack Reach RodasXS 46.8 37.0 650CS 49.2 39.0 700CM 51.7 40.8 700CL 54.1 42.6 700CXL 56.5 44.5 700C

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As superbikes 2011

Você deve estar se perguntando, onde es-tão as super bikes que foram lançadas na última temporada: Scott Plasma Premium, Specialized Shiv, Giant Trinity Advanced, Felt DA, Storck Aero 2 etc.?

Considerando que este é um guia de bikes para Triathlon, temos que fazer algumas considerações antes de apresentar essas bikes. Primeiro, são bikes extremamente agressivas, que na maioria das vezes foram desenvolvidas para contra-relógios de 40km e ciclistas de nível de Tour de France. Segundo, as bikes precisam seguir as regu-lamentações da já citada UCI, o que as tornam praticamente inviáveis para o Tria-thlon. Terceiro, a manutenção e ajuste dessas bikes, com peças integradas e pro-prietárias dificulta muito para atletas no Brasil.

Vamos observar uma das primeiras dessas bikes, a Giant Trinity Advanced SL nas fo-tos abaixo dos testes da própria marca. O avanço do lado esquerdo é o que vemos nos atletas do Pro Tour de ciclismo, com a frente praticamente reta (veja a bike na página seguinte). O avanço do lado direi-to está com espaçadores. Você, provavel-mente, utilizaria três ou quatro deles para se manter em uma posição suportável por 90km ou 180k.

Mesmo triatletas profissionais não utilizam essas bikes com o clip reto. Simplesmente não funciona para quem tem que correr depois.

Consultamos dois especialistas em bike fit, e ambos foram unânimes em recomendar prudência ao se comprar uma bike desse tipo:

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Você costuma ver essas bikes as-sim, com as frentes totalmente retas e muito aerodinâmicas.

Mas é bem provável que você utilize a bike assim, com 4 ou até mais espaçadores.

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A falta de ajuste dessas bikes com-promete o conforto de tal ma-neira que as características fa-voráveis (estabilidade, firmeza

e até mesmo estética) deixam de ser rele-vantes.

O grande ponto de ajuste nas bicicletas para Triathlon é justamente a frente (al-tura, largura e comprimento das exten-sões, comprimento do avanço, altura do guidão); sem essas possibilidades de ajuste (principalmente na altura do guidão), o tri-atleta que participa de provas de média e longa distância passa a ter um problema sério em potencial.

Adicionalmente, a manutenção dessas

frentes é muitas vezes complexa (vide care-nagem da Shiv), fazendo com que o atleta necessite sempre de mão-de-obra qualifi-cada para mexer na bike (o que, depen-dendo do local da prova, nem sempre é possível).

Acredito que nos próximos anos veremos soluções diferentes para Triatlon e contra-relógio na mesma bike, se não me engano a Trek Speed Concept já oferece essa pos-sibilidade. E sei que de fato um grande fa-bricante de peças está bem adiantado em uma solução genérica que irá permitir alte-rações e regulagens de grande amplitude, independente do fabricante da bike.”

Max, Diretor da Kona Bikes

À primeira vista são lindas, lem-bram carros de corrida, porém não atendem todos os seus po-tenciais compradores, principal-

mente quando se faz um bike fit adequado. Na maioria dos casos são bikes feitas para profissionais, respeitando o seu biotipo e suas características na bike, para determi-nar sua geometria e a posição e angulação da frente integrada. É muito importante lembrar que o número de posições pos-síveis é uma grande vantagem em uma frente convencional, pois atende todas as categorias de atletas, de amadores aos profissionais.

Para aqueles que realmente quiserem uma bike com frente integrada ou até mesmo um guidão com mesa integrada, a me-lhor opção é consultar um fitter para que aconselhe qual é a melhor opção. Em al-guns casos, a bike não atenderá o ciclista,

e o mesmo deve ter consciência de que não atingirá o melhor rendimento, mesmo sendo em uma bike de última geração e repleta de novas tecnologias.

Acredito que o próximo passo da indústria são frentes integradas que tenham algum modo de adaptação para todos os níveis de atletas. Algumas marcas já investem em algo do tipo, mas ainda muito longe das opções que uma frente tradicional pode proporcionar.

É bom lembrar que essas bikes fantásticas são feitas especificamente para um atleta, e, às vezes, não atendem nem mesmo os outros integrantes de sua equipe.”

Felipe “PIPO” Campagnolla, Diretor da Vélotech, habilitado Retul bike fit

O que dizem os especialistas sobre as super bikes de contra-relógio?

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ES 2011Super bikes

Scott Plasma Premium

Cervélo P4

BMC Time Machine

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Giant TrinityAdvanced SL

Storck Aero 2

Felt DA 2011

Sabe quantas árvores foram derrubadas para que você pudesse ler a MundoTRI

Magazine? Nenhuma.

Pense verde.

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Sabe quantas árvores foram derrubadas para que você pudesse ler a MundoTRI

Magazine? Nenhuma.

Pense verde.

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Ironman Defina a estratégia para sua próxima prova

por Vinícius Santana

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Estratégia: IronmanRecentemente, um atleta que utiliza nos-sas planilhas prontas postou uma pergun-ta em nosso fórum sobre qual estratégia utilizar em seu próximo Ironman. Era um atleta com média experiencia em provas longas, que estaria fazendo seu segundo Ironman, sendo o primeiro completado em menos de 11 horas. Para a prova em espe-cífico, o atleta queria quebrar a barreira das 10h30.

Por ter utilizado nossa planilhas e ter trei-nado pelo Método, é esperado que alguns conceitos básicos aprendido nos treinos se-jam bem utilizado nas provas. Isso se aplica a conceitos práticos, como: 1) fazer uma prova em esforço e ritmo progressivo; 2) utilizar técnicas específicas no ciclismo e na corrida. Mas também se aplica a conceitos mentais, que envolve a utilização da habi-lidade desenvolvida de deixar a percepção de esforço e auto-conhecimento do seu corpo determinarem quais decisões tomar quando algo não ocorra como o esperado. Isso, geralmente, acontece em uma prova longa, afinal 10h+ é muito tempo para tudo sair perfeito.

Porém, como entrar em detalhes sobre qual estratégia utilizar? Quais fatores você precisa considerar para executar a prova com seu potencial máximo?

Objetivos

Definir seus objetivos para o Ironman é seu primeiro passo. Qual o motivo de sua par-ticipação? Terminar seu primeiro Ironman ou arriscar tudo para ter aquela prova per-feita e beliscar uma vaga para o Havaí?

Como uma analogia de fácil visualização, definir uma estratégia de prova não é diferente de um investimento financeiro. Caso você seja um iniciante, é aconselhável que não se arrisque tanto até ter mais ex-

periência sobre o “mercado”, para então pensar em tomar decisões mais arriscadas, que trarão melhores retornos.

No Ironman não é diferente, o atleta ini-ciante deve sempre traçar uma estragégia segura, pois geralmente terminar a prova já é o grande desafio. Encare a prova como um treino, pois é exatamente isso que ela é para quase todos atletas. Tenha dois mantras em sua cabeça: “comer e beber” e “devagar e sempre”. Isso lhe levará até o final.

Já aquele atleta que está em busca de um resultado mais expressivo, pódio em sua categoria, vaga para o Havaí, inevitavel-mente irá se arriscar mais, entendendo que o resultado pode variar desde a prova de sua vida, até o pior tempo de toda sua car-reira como atleta de Ironman. Mesmo se isso acontecer, você sabe que fez seu me-lhor e correu o risco. Afinal, você não está mais interessado em “apenas completar”, portanto, quebrar é parte dos riscos e você se sente confortável em relação a isso

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“Definir seus objetivos para o Ironman é seu primeiro passo. Qual o motivo de sua participação? Terminar seu primeiro Ironman ou arriscar tudo para ter

aquela prova perfeita e beliscar uma vaga para o Havaí? “

Por Vinícius Santana

Histórico esportivo

Quais esportes (se algum!) você praticou antes de iniciar no Triathlon que tem um forte impacto em sua estratégia de treino? Para o atleta iniciante, é uma maneira de encarar treinos “sérios” enquanto aos poucos deselvolve sua estrutura física nas outras duas disciplinas. Já para o atleta de rendimento, isso pode virar seu ponto de ataque no dia da prova.

Tivemos um atleta que se inscreveu para um Ironman sem nunca ter praticado Tri-athlon antes! E por ser uma pessoa dedi-cada, não conseguia ter paciência para progredir lentamente nos treinos, o que envetualmente poderia gerar uma lesão. Para acalmarmos o atleta, incluímos uma sessão de “treking” de 3-5h pelas trilhas da região onde morava, a única regra era “não vale correr”, poderia apenas camin-har rápido!

Outro exemplo seria o ex-nadador, que mesmo fazendo uma natação relativa-mente forte, irá gastar muita pouca ener- gia dentro da água, se comparado com uma natação extremamente devargar (ex: 10min mais lento). Para esse atleta, o rit-mo na natação pouco interfere com o re-sultado final.

Condições e circunstâncias para treinos

Atletas amadores tem certas limitações para fazerem seus treinos. Seja por uma questão de tempo, onde compromissos profissionais e familiares sempre tem pri-oridade, ou até por locais para execução do treinamento. O ciclismo, geralmente, é o mais difícil de ser treinado, princi-palmente pelos atletas que moram em grandes cidades. Entenda e trabalhe junto a essas limitações ao invés de ignorá-las.

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Estratégia: Ironman

Lesões

Problemas com lesões são uma reali-dade para alguns atletas de nosso es-porte. É importante definir o motivo pela qual as lesões aparecem, seja inten-sidade ou volume em excesso, técnica errada em algumas das disciplinas, ou recuperação muscular devagar, devido a um desequilíbrio hormonal (testoster-ona, cortisol, hormônio do crescimento).

Caso você não tenha problemas com lesões, continue com seu senso de bem estar e saúde ligado, pois isso é seu se-guro de saúde no futuro. Porém, se você tem um histórico de uma ou mais lesões sérias, considere-as para definir a estra-tégia de seus treinos e provas.

Por exemplo, alguns atletas tem enorme chance de se machucarem com grandes volumes de corrida, mesmo em intensi-dade baixa. Nesse caso, você vai precisar desenvolver sua endurance no ciclismo, fazendo mais volume do que um atleta que pode correr longos sem problemas.

Já outra situação, são atletas que entram em overtraining hormonal com qualquer aumento no volume, mas não tem lesões musculares ou estruturais. Nesse caso, você sabe que seu treinamento será baseado em intensidade.

Pontos fortes e fracos

Esse é o ponto mais importante de como definir sua estratégia para o dia da prova. Como exemplo, trabalho com um atleta que, por uma combinação de razões, nunca será um corredor de mara-tona, mesmo que corra uma maratona pura, não conseguirá baixar de 3h30, e esse atleta já se classificou para o Havaí por duas vezes.

Até chegarmos a sua estratégia ideal, a qual resultou nas classificações, buscáva-mos melhorar sua corrida no dia da pro-va. Mas nada parecia dar certo, mesmo fazendo um pedal muito aquém do seu potencial, ele tinha problemas em correr rápido, até que tentamos uma estraté-gia arriscada, “dar tudo” no ciclismo, e utilizar o método “walk:run” na corrida.

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Por Vinícius Santana

Com uma natação razoável, esse plano resultou em um pedal de 5h16, seguido de uma corrida de 4h12, no Ironman da China, onde é extremamente quente. Isso foi suficiente para uma vaga na categoria M45-49

Em compensação, alguns corredores tem dificuldade em pedalar forte e em segui-da correr bem. Se esse for o seu caso, é interessante segurar no ciclismo. No final o saldo será positivo em 15min se você pe-dalar 15 minutos mais lento do que pode, e conseguir correr 30min mais rápido do que de costume.

Uma vez analisada sua estratégia de trei-nos, trabalhe nos detalhes do dia da pro-va.

Nível dos demais atletas

Quanto mais avançado for o atleta, mais importante é o papel dos demais com-petidores em sua estratégia. Por exemplo, veja os atletas profissionais no Ironman do Havaí. Alguns excelentes ciclistas e corredores como Rutger Beke ou Ronnie Schildknetch, seriam campeões mundiais caso conseguissem nadar com o grupo da frente. Aqueles 3-4 minutos de déficit na natação lhe custam muita energia, pois os líderes sempre pedalam em grupo. Outro exemplo é o caso do Bi-Campeão mundial Craig Alexander, que só ganha provas quando o grupo fica junto duran-te o ciclismo, sem nenhum ataque nessa etapa.

O atleta amador não precisa se preocupar

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tanto com esses detalhes, principal-mente o iniciante. Porém, à medida que você melhora, é interessante você poder utilizar dos demais competi-dores para atingir seu potencial. Por exemplo, caso você tenha um históri-co como nadador, ou até mesmo seja um nadador abaixo de uma hora, vale a pena ter uma largada muito forte, para nadar na esteira de atletas expe-rientes, que são mais consistente com o ritmo de prova. Além disso, você sai para pedalar com menos trânsito.

Outro exemplo acontece em percur-sos muito técnicos no ciclismo, onde é interessante deixar um atleta a 10-15seg de distância encontrar todas as surpresas para você, o que resulta em melhor antecipação de curvas, bura-cos, descidas, pontos de freagem etc.

Percurso

Alguns fatores que você deve enten-der e que fazem parte de sua estraté-gia, são as condições encontradas no dia da prova. Se seu biotipo é pesado, você deve atacar no ciclismo nas su-

bidas ou no plano? E se o dia estiver quente? Isso muda sua estratégia de ritmo em cada disciplina ou somente na corrida? E se ventar, é melhor se poupar para a corrida ou usar o vento como uma oportunidade de ganhar tempo sobre os corredores?

Essas são algumas das perguntas que você precisa entender ao chegar na linha de largada de um Ironman, pois as condições no dia podem sempre ser diferentes das previsões ou dos outros anos. Nesse caso, é fundamental saber fazer o melhor jogo com suas cartas!

Boas provas e treinos em 2011! MT

Vinícius Santana é técnico da Ironguides, empresa oferece soluções esportivas para atletas e praticantes de atividade física de todos os níveis, com treinamento online ou presencial, planilhas espefícas por eventos, training camps, curso para treinadores, programas de incentivo a promoção da saúde em empresas, e produtos para a saúde e o bem-estar

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Não perca nenhum detalhe das principais competições do país. Acompanhe nossas transmissões ao vivo no site ou pelo nosso canal no Twitter @mundotrive

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< Daniel Fontana, vencedor do Ironman 70.3 Pucón

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Pernada e a nataçãodo Triathlon

OPINIÃO

> Cleiton Abílio [p.66]

* A coluna “Opinião” traz a visão de atletas experientes, mas que não necessariamente possuem conhecimento técnico e formal sobre o assunto abordado.

> Ciro Violin [p.68]

> Ana Lídia Borba [p.70]

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Cleiton AbílioFo

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Feliz o triatleta que nunca sofreu com a natação. Esse esporte, mais do que os outros que compõem o Triathlon, cobra um preço elevado em razão da falta de

técnica e condicionamento físico. É um meio completamente diferente do que vivemos e treinamos, onde Força e Resistência podem ser facilmente vencidas pela ausência de técnica.

Os desgastes advindos dos estímulos dados durante a corrida e o ciclismo, ao longo do treinamento, impedem (e muito) um estímulo eficiente às pernas durante a natação. A amplitude e a qualidade do movimento são sacrificadas, em razão do cansaço que acompanham os grupos musculares da perna. Percebe-se, então, que há um ágil movimento das pernas sem amplitude e eficiência, fatores fundamentais para o bom desenvolvimento dessa modalidade.

A perna que deveria ter um movimento similar a uma vara de bambu, na verdade, acaba tendo um movimento repartido, aonde se consegue identificar os pontos de “dobras”, que são os pontos das articulações. Esse movimento de vara de bambu, dificilmente será alcançado pelo triatleta, e até porque, toda essa flexão – que resulta em eficiência – não é muito positiva para ele, em razão do aumento excessivo de amplitude do movimento das articulações, resultando também no aumento da elasticidade dos tendões.

Ok! Mas e aí? O que fazer? Eficiência. Eficiência. Eficiência. Essa é a palavra-chave. Treinar pouco e treinar bem, porque as pernas precisam pedalar e correr.

Na natação, as pernas possuem duas funções: Propulsão e Equilíbrio. Normalmente, nadadores de fundo utilizam as pernas como elemento de equilíbrio do nado, poupando-as para uma chegada ou um momento mais crítico da prova. Mas isso não é regra, como bem demonstrou um dos maiores nomes da natação brasileira, o nadador Ricardo Prado, que utilizava muito bem a pernada para compensar a sua baixa estatura em relação aos outros competidores.

Voltando ao tema, no Triathlon, é mais indicado poupar as pernas e saber utilizá-las para os momentos críticos da natação, como por exemplo: a largada, a virada da bóia, a busca de um grupo logo à frente, ou até mesmo, quando você erra e acaba saindo da esteira e precisa retornar.

Eu não creio que, entre os triatletas, seja necessário grande planejamento para saber como encaixar o treinamento de pernada, mas acredito que o estímulo deve sempre existir e buscar variações de posicionamento do tronco, como por exemplo: pernada lateral e pernada de costas, além, é claro, de estímulos de potência combinados com movimentos amplos e eficientes.

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Opinião: Pernada no Triathlon

Sabendo que as pernas, possuem essas duas funções, vamos passar para o resto do corpo. Sem dúvida alguma, não há um esporte tão completo em termos de ativação muscular quanto a natação. E, como já mencionei, técnica por aqui é fundamental. Simploriamente, vamos dividir o corpo, em: Tronco, Abdômen e Pernas.

A sincronização do movimento dos braços, incluindo a fase aérea e submersa, deve ser trabalhada para que você consiga usufruir de sua própria evolução técnica da pernada. Então, educativos e a observação do treinador, farão a diferença neste momento. Entretanto, a transição da energia gerada pelas pernas, deve ser bem feita. Por isso, o abdômen não pode ser negligenciado. É preciso um quadril estável, ou você corre o risco de perder todo o tempo e gasto calórico colocados sobre os educativos e treinamento de pernada. Procure, durante o exercício

da pernada, concentrar não apenas no movimento das pernas, como também, na estabilização do quadril contraindo e ativando o abdômen.

Finalizando e respondendo o tema principal. O importante é a existência periódica do estímulo e a sua execução correta, somada a suas variações. Não é necessário elevado volume de pernada, porque um exercício bem feito já vale por muitos mal feitos. Aproveite para fazer um bom treino de perna no dia em que elas estiverem mais descansadas, aproveitando esse raro momento! Em busca da linha de chegada, “pernas para que te quero”!

Cleiton Abílio é triatleta há mais de dez anos, e possui um blog sobre o esporte:

cleitonabilio.wordpress.com

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Ciro ViolinFo

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Quando fiquei sabendo que o tema deste mês para a Revista MundoTRI seria “a frequência de pernadas na natação

para o Triathlon”, gostei muito. No mesmo momento, lembrei-me de um treino que fiz no ano passado com os atletas do Triathon do clube Pinheiros.

Naquele dia, aquecemos 400 metros livres, 400 metros só braço e, quando eu pensei que iríamos para a série principal, o Luís Gandolfo (técnico do Pinheiros) falou:

“Agora 400m perna”

Eu disse:

“O quê?! 400m perna?! Eu nunca fiz isso!”

Juro... eu não conseguia...

Lembro do pessoal, em particular o Alexandre Takenaka, me infernizando e tirando o maior sarro porque eu não conseguia chegar do outro lado da piscina. Foi horrível!

Quando todos já tinham terminado, para o Ciro aqui, ainda faltava 200m, e eu já estava completamente “morto”. Ou seja, não terminei para não atrapalhar a continuidade do treino.

Depois disso, entramos na série principal: 15 x 200m a cada 3 minutos. A média dos tiros ficou em 2’28”. Consegui acompanhar muito bem os atletas, ótimos nadadores, e ainda puxei uma

das 5 raias. No final, fiz meus 200m de perna que estava devendo.

Mas, por que eu, que sou “um zero à esquerda” para batimentos de pernas, consegui acompanhar os atletas do Triathlon do Pinheiros na série principal, sendo que eles fazem muitos exercícios de perna durante os treinos?

Minha verdadeira questão é: se eu treinasse mais perna na piscina eu nadaria melhor e sairia na frente deles em uma prova de Triathlon? Para a natação no Triathlon, eu diria que a resposta é não.

Na minha opinião, baseada totalmente em minha própria experiência, as pernas não influenciam na performance dessa modalidade. Neste caso, a propulsão esta totalmente nos braços.

A natação em piscina é um esporte extremamente técnico. É o único esporte que equipara, por meio da técnica, homens e mulheres saudáveis, e até pessoas que estejam fora de forma (acima do peso), desde que saibam realmente nadar. A natação é pura técnica, e as pernas fazem parte desta técnica.

Mas, na natação em águas abertas, não basta apenas ter a técnica para piscina! Os triatletas têm outras variáveis importantes para se preocuparem. Com certeza, você perderá tempo e energia se não conseguir nadar na direção correta. Saber navegar é fundamental! Se o atleta não tirar a cabeça para fora da água, ele não saberá para onde está

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Opinião: Pernada no Triathlon

indo.

O atleta precisa ainda se preocupar com os outros atletas, se preocupar com a correnteza, com as ondas, com o sol e com a possibilidade de perder a esteira do atleta da frente. Além disso, bater muito as pernas eleva absurdamente a freqüência cardíaca, ou seja, é muito diferente da piscina.

Na natação tradicional em piscina, concordo plenamente que o atleta deva ter a obrigação de bater as pernas. Mas, na natação em águas abertas, não. Algumas pessoas podem até perguntar o porquê não treinar perna se nadamos quase 100% dos treinos em piscina. Minha resposta vem com outra pergunta: Por que treinar o que você não vai usar nas competições? Isso não faz sentido para mim.

Meus tempos em séries de 200m, quando estou próximo de uma prova objetivo, ficam sempre entre 2’20” e 2’30” para cada tiro. Tenho como melhor tempo 2’09” nos 200m livres. Para abaixar isso, não há outra maneira: precisaria, e muito, bater pernas. Contudo, esse não é meu objetivo.

Meu objetivo é o Triathlon, é a natação no Triathlon. Digo mais, meu objetivo não é sair da água na frente em uma prova, e sim conseguir permanecer o

máximo de tempo em uma boa esteira, mantendo minhas pernas soltas, sem me cansar muito, pois tenho ainda 180km de bike e 42km de corrida pela frente (no caso de um Ironman).

Por isso, minhas dicas são:

1. Concentre-se nos seus braços, tanto a parte aérea, quanto a parte submersa.

2. Mantenha a freqüência das pernas leve, apenas próximas da superfície da água – o que facilita a flutuabilidade - para evitar o arrasto.

3. Tente ao máximo não cruzar os braços na frente da cabeça.

4. Faça força e bons treinos com a pullboy e o palmar!

Abraço do Ciro Violin.

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Ciro Violin é atleta NewBalance, PipaDesign, TopTel-ha, Cia do Móvel, Energético 220V, Madeirani, Academia AcquaCenter – Leme e Leme-farma.

cirotriatleta.blogspot.com

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Ana Lídia BorbaFo

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A principal função das pernadas no nado crawl é manter o corpo do nadador em equilíbrio e em streamline, ou seja,

alongado e alinhado em um eixo no sentido do deslocamento. Elas também contribuem para a rotação do corpo em torno de seu eixo longitudinal, importante para melhorar a propulsão gerada pelas braçadas e minimizar o arrasto hidrodinâmico.

Embora possa parecer estranho, a propulsão gerada pelas pernadas no nado crawl é pouco significativa. Mesmo para nadadores velocistas de Elite, elas representam apenas cerca de 10 a 15% da propulsão total. Nadadores fundistas, maratonistas aquáticos e triatletas obtêm percentuais irrisórios nessa avaliação – e isso não é necessariamente um problema.

Em primeiro lugar, devemos considerar que o tempo de treino exigido para que se consiga uma propulsão representativa das pernadas é tão extenso que se torna inviável para nós, que já temos que nos preocupar com três modalidades. Além disso, muito da importância das pernadas para a natação advém das golfinhadas executadas nas saídas e viradas das provas de piscina, que não têm nenhum valor para 99.99% dos triatletas (as exceções são os triatletas de Elite que competem nas provas da ITU e podem tirar proveito das saídas de plataformas).

Mas isso não quer dizer que podemos ignorar as pernadas!

As pernadas promovem a elevação do corpo na água, melhorando a posição do nadador, minimizando o arrasto hidrodinâmico e melhorando a eficiência (e, consequentemente, a velocidade) do nado. Além disso, quando executadas corretamente, facilitam a rotação do tronco e economizam energia, não desgastando músculos que serão exigidos no ciclismo e na corrida.

Com relação à técnica das pernadas, há três itens fundamentais que devem ser observados: o eixo da alavanca, a posição dos pés e o ritmo.

O eixo é representado pela articulação que é flexionada e estendida para gerar o movimento: ao contrário do que muitos pensam, deve ser o quadril (e não o joelho) o pivô da pernada. Os chutes devem ser executados com a perna quase estendida, sempre a partir do quadril, pois a flexão exagerada do joelho faz com que a coxa afunde, aumentado consideravelmente o arrasto.

Uma das formas de corrigir este problema é realizar séries de pernadas laterais, que melhoram a percepção do atleta sobre o movimento. Outro educativo pode ser realizado ligando-se as duas pernas do atleta com uma faixa elástica (aproximadamente 30 centímetros de comprimento) presa na altura dos tornozelos do atleta, que nada normalmente ou realiza séries de pernadas. A faixa impede que os pés

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Opinião: Pernada no Triathlon

se afastem muito, ajudando o nadador a encontrar a amplitude ideal do movimento.

No que diz respeito à posição dos pés, é fundamental que eles fiquem em flexão plantar (ponta), jamais apontando para o fundo. Preferencialmente, devem ser também levemente girados para dentro – como se os dedões fossem se tocar, mas com os calcanhares afastados normalmente. Essa posição melhora a propulsão ao aumentar a área de empuxo, além de minimizar o arrasto através da elevação das pernas.

Para que os pés fiquem na posição correta e, ao mesmo tempo, relaxados, é necessário que o atleta tenha boa flexibilidade dos tornozelos – fato raro em corredores, mas não tanto

em ciclistas. Para isso, podem ser executados alongamentos estáticos e/ou dinâmicos, por exemplo: girando os pés nos dois sentidos, em torno dos tornozelos, buscando a maior amplitude de movimento possível.

A posição dos pés também pode ser corrigida com a utilização de nadadeiras, em séries de pernadas ou durante séries específicas (tiros, por exemplo) de nado completo. São recomendadas nadadeiras curtas ou médias e flexíveis, que provocam menor sobrecarga nas articulações e permitem que o movimento seja realizado com maior naturalidade.

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Ana Lídia BorbaFo

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Por último – e mais importante – o triatleta deve observar o ritmo das pernadas. O correto é que quando uma mão encostar na água, à frente do corpo do atleta, a perna oposta execute o chute. Esse movimento pode ser alternado uma, duas ou até três vezes a cada ciclo de braçadas (pernadas de dois, quatro ou seis tempos, respectivamente), promovendo o equilíbrio e facilitando a rotação do tronco.

A perna de dois tempos é a mais eficiente em termos de economia de energia e, por isso, a mais utilizada por nadadores fundistas, triatletas com boa natação e atletas com roupa de borracha (que aumenta a flutuabilidade, facilitando o equilíbrio na água e minimizando a importância das pernadas para este fim). No entanto, não é fácil de ser executada por nadadores novatos, cujas pernas acabam afundando em função do ritmo lento dos chutes.

Para melhorar o equilíbrio do atleta na água, forçando a mobilização das musculaturas abdominal e lombar e diminuindo a exigência sobre as pernas, um bom exercício é utilizar uma faixa elástica justa (cerca de 30 centímetros de diâmetro) para prender as duas pernas do nadador, que pode realizar séries com ou sem pull-buoey, dependendo do nível em que se encontre. No começo, as pernas parecem arrastar no fundo da piscina, mas depois de algum tempo de prática o exercício se torna mais fácil.

É importante ressaltar que em fases específicas da natação de um triathlon, como largadas e contornos de bóias, é necessário um ganho extra de propulsão e velocidade, casos em que as pernadas de quatro ou seis tempos podem ser utilizadas.

Para trabalhar essas frequências podem ser realizadas séries de tiros curtos de perna, com prancha ou em streamline, sem nadadeiras. Séries curtas de nado completo em intensidade igual ou superior ao VO2 máximo também promovem esta adaptação.

Enfim: trabalhe as pernadas para melhorar a eficiência do seu nado, mas não perca tempo fazendo séries quilométricas com nadadeiras, que só vão minar suas pernas antes do próximo treino de ciclismo. Foque na qualidade e na técnica e, no próximo Ironman, você ficará agradecido quando tiver um pouquinho de energia extra nas subidas de Canasvieiras.

Ana Lídia Borba é atleta Asics, com apoio de Aqua Sphere, Pacific Health, Clínica 449, Velotech e Cia Athletica. RM Elite Team.

triborba.blogspot.com

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MundiaisRegras de classificação são divulgadas pela CBTri

REGULAMENTO DE CLASSIFICAÇÃO PARA OS CAMPEONATOS MUNDIAIS DE 2011

1. FINALIDADE a. Definir o sistema de classificações para os diversos Campeonatos Mundiais;

2. ELEGIBILIDADE a. Somente atletas confederados poderão participar das etapas classificatórias para o campeonato mundial; b. Somente serão aceitas inscrições feitas através das federações filiadas a CBTri; c. Os atletas das categorias de idade que ficaram entre os seis primeiros colocados no ranking de 2010 têm suas vagas garantidas para os respectivos Mundiais de 2011.

3. CAMPEONATO MUNDIAL DE LONGA DIS-TÂNCIA a. Data: 05 Nov b. Local: Henderson, Nevada (EUA) c. Elite e Sub23: Os 06 (seis) primeiros coloca-dos do Ranking Brasileiro de Longa Distância, em cada categoria, estão automaticamente classificados. d. Categoria de Idade: Os 20 (vinte) primeiros do Ranking Brasileiro de Longa Distância em 30 Mar 2011 e. Data da convocação: 02 Abr 2011

4. CAMPEONATO MUNDIAL DE DUATHLON a. Data: 24 Set b. Local: Gijón (ESP) c. Elite, Sub23 e Junior: Os 06 (seis) primeiros colocados do Ranking Brasileiro de Duatlon, em cada categoria, estão automaticamente classificados. d. Categoria de Idade: Os 20 (vinte) primeiros do Ranking Brasileiro de Duathlon em 10 Mai 2011 e. Data da convocação: 16 Mai 2011

5. CAMPEONATO MUNDIAL DE TRIATHLON OLÍMPICO E SPRINT a. Data: 10 e 11 Set b. Local: Pequim (CHINA) c. Elite, Sub23 e Junior: Seguem as regras da ITU. d. Categoria de Idade: Os 20 (vinte) primeiros do Ranking Brasileiro de Triathlon em 07 Jun 2011 e. Data da convocação: 13 Jun 2011

6. CAMPEONATO MUNDIAL DE AQUATHLON a. Data: 08 Set b. Local: Pequim (CHINA) c. Elite, Sub23 e Junior: Os 06 (seis) primeiros colocados do Ranking Brasileiro de Aquath-lon, em cada categoria, estão automatica-mente classificados. d. Categoria de Idade: Os 20 (vinte) primeiros do Ranking Brasileiro de Aquathlon em 17 Mai 2011 e. Data da convocação: 23 Mai 2011

7. CAMPEONATO MUNDIAL DE CROSS TRI-ATHLON a. Data: 30 Abr b. Local: Extremadura - Espanha c. Os atletas que quiserem participar deverão solicitar a sua inscrição via Federação. d. Data da convocação: 23 Mar 2011

8. CONSIDERAÇÕES GERAIS a. O atleta que conquistar sua classificação para o Mundial de Triathlon Olímpico ou Sprint, caso queira, pode solicitar inscrição para o Mundial de Aquathlon; b. No ato da solicitação de inscrição para o Mundial o atleta declara conhecer e concor-dar com o Manual Formação de Delegação da CBTri disponível no site www.cbtri.org.br.

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Belas e FerasEm mais uma edição da série especial sobre grandes mulheres

no Triathlon, conversamos com a Engenheira AgrônomaNilma Machado, praticante do Triathlon desde 2005.

“Na minha opinião, treino e competição devem andar juntos, você precisa ter um objetivo, uma motivação para treinar mel-hor. Além disso, a competição é como uma “celebração” de tudo que você fez durante meses!”

MundoTRI: Nilma, como foi seu começo no esporte? Veio de alguma modalidade específica antes do Triathlon?

Nilma Machado: Como a maioria dos triatle-tas, iniciei com a natação na infância. Naque-la época, nadar era minha vida! Na faculdade, o esporte ficou esquecido por algum tempo, mas não foi totalmente abandonado. Como moro em Botucatu/SP, região montanhosa e de esportes outdoor, fazia trilhas de moun-tain bike e participava de corridas de aven-tura. Em 2002, a paixão pelas corridas de rua apareceu, resolvi correr a São Silvestre com

um grupo de amigas e não parei mais, foram 5 anos seguidos, participando de muitas pro-vas por todo o Brasil. Isso me trouxe muita experiência, mas, ao mesmo tempo, as lesões começaram a aparecer, o que me deixou bastante desanimada.

Um dia minha instrutora de musculação me sugeriu o Triathlon, daí pensei: “Por que não?!” Já admirava o esporte e tinha muita vontade de experimentar, então era a hora certa de arriscar. Foi a melhor escolha que eu fiz! Voltei para as piscinas e, depois de muitos anos, senti de volta todo aquele prazer de na-

Fotos: arquivo pessoal da atleta

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dar. Troquei de bike, me adaptei a rodar em estradas, encaixei a corrida e final-mente me inscrevi na primeira prova de Triathlon.

Minha estréia foi em 2005, no short Tri-athlon em Santos. Mesmo sem treinar es-pecificamente para isso, e nunca ter na-dado no mar, fui bem e peguei pódio na minha categoria, o que me deixou empol-gada a fazer o campeonato inteiro, não só naquele ano, mas nos 3 anos seguintes, na distância olímpica. Em 2007, já comecei a me imaginar em um Ironman. Pesquisei várias assessorias esportivas em SP, esco-lhi o Kim Cordeiro, da BKsports, que me acompanha até hoje! Na ocasião eu esta-va ansiosa para fazer meu primeiro Iron, e ele me pediu calma, disse que eu ainda era uma “criança” no Triathlon e tinha muito que aprender (risos). Essa paciência só durou 2 anos, já que em 2009 encarei meu primeiro Ironman! Foi uma experiên-cia indescritível e muito positiva !!!

Meu treinamento é a feito à distância, por planilhas enviadas toda semana. Faço os treinos sozinha, mas ele está sempre dis-ponível quando preciso, e nos comuni-

camos por email e telefone.

MundoTRI: Você compete muito ou prefere treinar?

Nilma Machado: É impossível ficar sem treinar! Meu dia sempre começa muito cedo, com uma sessão de corrida ou bi-cicleta. No horário de almoço, ou final de tarde, faço mais um treino, de natação ou musculação. Adoro me sentir exausta quando acabo um treino difícil, aquela sensação de bem estar me acompanha o dia todo!

Na minha opinião, treino e competição devem andar juntos, você precisa ter um objetivo, uma motivação para treinar melhor. Além disso, a competição é como uma “celebração” de tudo que você fez durante meses! Muitas pessoas não gos-tam de competir, mas ter uma meta é realmente motivante.

Já fui de fazer muitas provas, principal-mente no início, quando não selecionava, fazia tudo o que tinha vontade, viajava demais, me desgastava muito e não tinha um objetivo concreto. Hoje, amadureci.

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Tenho outras prioridades e minha com-petição é comigo mesma, busco sempre um melhor resultado nas provas que es-colho.

MundoTRI: O que sua família, seus amigos e colegas de trabalho que não são atletas pensam de suas ativi-dades? Isso já atrapalhou você algu-mas vezes?

Nilma Machado: As pessoas que não estão no nosso meio não conseguem entender tanta dedicação e amor ao es-porte. Não há lugar onde esse amor se encaixe melhor do que no esporte ama-dor. Podemos parecer desinteressados às vezes, mas, na verdade, estamos alta-mente comprometidos com os treinos.

No começo, a família achava um exagero,

perda de tempo. Ficavam preocupados com alguns tombinhos de bike... mas ago-ra já se acostumaram! Quando chego com um troféu ou bom resultado, eles ficam orgulhosos das minhas conquistas.

Sempre tive muitos amigos, uma vida social agitada, e isso diminuiu um pou-co. Não deixei de sair para jantar com o namorado, encontrar os amigos, tomar uma cervejinha ou vinho de vez em quan-do. Eles cobram minha presença, mas já se acostumaram com algumas ausências e com meu novo estilo de vida.

De modo geral, causamos uma certa curi-osidade e ao mesmo tempo despertamos olhares de admiração das pessoas. Muitos me pedem dicas, perguntam onde eu faço academia, isso acaba sendo um bom exemplo até para quem pouco conhe-cemos.

MundoTRI: Quais são seus objetivos para a vida esportiva? O que vai fa-zer este ano?

Nilma Machado: Acabei de chegar do Chile, fiz o 70.3 de Pucón, que foi minha prova mais difícil até hoje.

Em maio farei meu terceiro Ironman Bra-sil, e esse será o maior objetivo do ano. Quero que seja o melhor de todos. Tenho 4 meses de treino até lá, e vou me dedicar ao máximo, usando algumas provas olím-picas, como o Internacional de Santos e Troféu Brasil, como treino.

Penso em correr outro 70.3 para tentar a classificação para o mundial de Las Vegas, em setembro. Muitas provas de Triathlon são em lugares paradisíacos, e acho in-crível você poder conciliar o esporte com o turismo!

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Além disso tenho algumas curiosidades para o futuro. Gostaria de conhecer as provas da CBTri e arriscar um XTerra.

MundoTRI: Vamos falar um pouco da vaidade. Muitas leitoras reclamam que estão ficando sem tempo para o cuidado pessoal, você acha que esse é um caminho que toda triatleta tem que seguir?

Nilma Machado: Estamos em um es-porte predominantemente masculino e os treinos são bem desgastantes, mas acho importante as mulheres encontrarem um tempo para se cuidar. Eu Sempre fui vai-dosa e o Triathlon não diminuiu em nada essa tendência. Pelo contrário, hoje em dia estou até mais atenta a isso, sigo minha planilha à risca e tenho uma nutricionis-

ta que me orienta. Adoro me cuidar, sou louca por cremes e curto me arrumar para sair. Até quando estou treinando, capricho no visual!

Tenho uma mania de usar cor de rosa, por isso os amigos me apelidaram de “Pené-lope” do Triathlon, mas isso não impede que eu leve os treinos a sério!

No Chile, sai para pedalar na véspera da prova com um grupo de amigos e outros atletas que nem conhecia. Sei que quan-do eles me viram com a bike, cheia de de-talhes rosa, e única mulher do grupo, logo pensaram, “o que ela está fazendo aqui...” (risos) No final do treino, elogiaram meu ritmo e comprovaram que ser feminina não impede em nada sua performance.

MundoTRI: E se você pudesse mudar algo em sua rotina, o que seria?

Nilma Machado: Tenho uma rotina de vida e treinos bem organizada, além dos treinos de natação, bike e corrida ainda faço Pilates e musculação. Moro em um ótimo lugar, com ar puro, estrada quase na porta da minha casa. Posso correr tanto em asfalto como em ruas arborizadas e calmas. Tenho academia e clube com piscina aque-cida ao meu lado, isso me permite nadar ao meio dia e ainda voltar para casa almoçar. Apesar disso, sou a única triatleta mulher da cidade!

Até gosto de treinar sozinha, mas sinto fal-ta dos amigos e do técnico me acompan-hando de perto. Gostaria de aparecer mais em São Paulo, para treinar com o pessoal da assessoria. Adoro encontrar a turminha de Santos e pedalar nas estradas de lá.

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Outro dia estive no Rio para participar de uma travessia e um amigo carioca me deu ótimas dicas de como entrar e sair do mar, me ensinou técnicas para correr na areia fofa, e até a pegar jacaré. O contato com pessoas ligadas ao Triathlon mais experi-entes que eu é excelente, pois aprendo muito quando estou com eles.

Fico triste em morar longe dos amigos de treino, essa vivencia é a única coisa que falta em minha rotina!

MundoTRI: Você já vivenciou algu-ma situação onde teve que escolher

entre o esporte e algo de sua vida profissional? Como lidou com isso?

Nilma Machado: Considero o maior de-safio do triatleta amador conciliar o lado profissional com os treinos. Sou Agrôno-ma e trabalho com Paisagismo e Plantas ornamentais. Tenho sorte de fazer meus próprios horários. Trabalho muito no computador e tenho tempo disponível para treinar, mas constantemente vi-vencio situações onde preciso visitar um viveiro, ter uma reunião com cliente, ou uma obra complicada bem na hora do treino. Isso me deixa bastante chateada,

“Eu Sempre fui vaidosa e o Triathlon não diminuiu em nada essa tendência, pelo contrário, hoje em dia estou até mais atenta a isso, sigo minha planilha à risca e ten-ho uma nutricionis-ta que me orienta. Adoro me cui-dar, sou louca por cremes e curto me arrumar para sair. Até quando estou treinan-do, capricho no visual!”

Nilma Machado, triatleta >

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mas, por outro lado, tento compensar de-pois, quando estou com mais tempo livre.

Sou bastante observadora e minha profis-são exige uma criatividade constante. Já tive minhas melhores idéias em um treino solitário de bike ou durante a natação. Aproveito os treinos longos de corrida para experimentar novos trajetos, e tendo um extenso horizonte à minha frente, ob-servo as paisagens e vegetações. Quando preciso de uma idéia nova, isso tudo me vem a cabeça, e daí saem os melhores pro-jetos paisagísticos que já fiz. De certa for-ma, o esporte me ajuda na profissão!

Outro dia pensei em trocar de carro e ter uma caminhonete, seria perfeito para eventualmente transportar plantas e va-sos, mas depois pensei bem e vi que o que eu queria mesmo era ter mais espaço para a bike! (risos)

Sempre deixo todos os acessórios no carro, a roupa de corrida, tênis, garrafinhas, bar-rinhas e material de natação. Sobrando um tempinho, corro para a academia. O Triathlon virou minha “segunda profis-são” e já faz parte da minha rotina.

MundoTRI: E o que você diria para as pessoas, em especial as mulheres, que tem vontade de praticar o Triathlon, mas ainda não começaram?

Nilma Machado: Comecei no Triathlon pelo desafio, mas achava que só os loucos conseguiriam completar uma prova longa como um Ironman. Com o tempo, vi que isso não é verdade, é perfeitamente pos-sível ser triatleta, superar seus limites e chegar onde você quiser.

Meu conselho para quem está começan-do, é iniciar pelas provas curtas e avaliar se realmente se encaixa nesse estilo de vida.

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Se for o caso, só depois pense em longas distâncias. Se você ainda não domina os três esportes, comece com um duathlon, aquathlon, ou então entre em um reveza-mento com outras pessoas, apenas para sentir o clima do esporte e fazer novos amigos. No início você não precisa ter um super equipamento, ou a bike mais leve,

mas a presença de um técnico para lhe ori-entar é imprescindível!

O Triathlon é um esporte apaixonante, de muita energia, onde se pode testar seus limites e aprender diversas coisas sobre você mesmo. Não se intimide! Não so-mos muitas mulheres nos treinos e com-

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petições, mas temos um jeito de competir bem amistoso e companheiro. E os amigos viram verdadeiros parceiros, festejamos e comemoramos cada conquista com intensa alegria.

Quando perceber que tem uma identidade com esse formato de vida, você passa a ter uma rotina organizada, consegue encaixar os horários de treino, de lazer, de trabalho e isso lhe faz uma pessoa mais feliz. Esse clima contagiante é transportado para to-das as áreas da nossa vida!

Li uma frase no meu primeiro Ironman, que diz tudo:”Dream, Believe, Become... !” MT

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Ironman 70.3 Pucón

Fotos por Eduardo Nascimento

Daniel Santana e Linsey Corbin venceram na prova que se tornou Duathlon, com muito frio e chuva.

Muita chuva e ventos fortes marcaram o últi-mo domingo em Pucón, Chile, para a disputa do Ironman 70.3 Agrosuper Pucón. A prova foi transformada em um Duathlon, com os 1.900m de natação substituídos por 5km de corrida.

Na prova masculina, cinco atletas saíram forte e juntos nos primeiros 5km, incluindo os brasileiros Reinaldo Colucci e Santiago As-cenço, o argentino radicado no Brasil Oscar Galindez e o argentino naturalizado italiano Daniel Fontana. Os atletas permaneceram juntos no ciclismo, mas Santiago teve pro-blemas na bike e acabou abandonando a pro-va. A etapa de ciclismo foi bastante irregular devido a grandes variações do clima. Em um pouco mais de 2 horas aconteceu de tudo: sol, chuva, granizo e principalmente muito vento e muito frio. Com tantas dificuldades, não houve muito que fazer e os atletas acabaram se preocupando mais em vencer os 90km com

segurança do que pedalar mais rápido que os adversários. Por isso, praticamente não houve mudanças nas posições para o início dos úl-timos 21km de corrida. No final do monta-nhoso percurso do ciclismo, Colucci e Fontana conseguiram abrir um pouco sobre Galindez, saindo para correr juntos.

Todos os atletas tiveram muita dificuldade para fazer coisas simples antes do início da corrida, como por exemplo, colocar os tênis e abrir a fivela do capacete, pois as mãos e os pés estavam muito congelados. Logo no início da corrida, Colucci percebeu que seria difícil manter seu título contra o vice-campeão do ano passado, Daniel Fontana: ”já sentia mi-nhas pernas muito pesadas e doloridas. Creio que pela falta de adaptação em correr pro-vas de duathlon, uma vez que, essa foi a se-gunda prova desse tipo durante toda a minha carreira”, disse o brasileiro. A partir do km7, Fontana começou abrir, deixando Colucci em

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segundo e Galindez em terceiro, posições que não se alterariam mais.

“Sem dúvida essa foi uma prova muito atípi-ca com muitas dificuldades que acabaram me forçando a mudar minha estratégia de prova a qual eu havia treinado. Mas um segundo lugar numa prova de tanto prestígio, como Pucón, acredito ser de grande importân-cia para minha carreira. Deixo aqui os meus parabéns ao Daniel Fontana que conseguiu

fazer um prova fantástica e vencer pela se-gunda vez aqui no Chile”, disse Reinaldo Co-lucci após a disputa.

Já entre as mulheres, a americana Linsey Corb-in continua mostrando uma ótima forma, vencendo a prova sem maiores dificuldades, com sua compatriota Kim Loeffer em segun-do e Heather Gollnick em terceiro. A brasilei-ra Mariana Borges terminou em 5º lugar.

< Verdadeira tem-pestade durante a prova.

Masculino

1. Daniel Fontana (ITA) 3:52:59

2. Reinaldo Colucci (BRA) 3:56:24

3. Oscar Galindez (ARG) 3:57:17

4. Mario de Elías (ARG) 3:58:11

5. Balazs Csoke (HUN) 4:06:31

Feminino

1. Linsey Corbin (EUA) 4:15:42

2. Kim Loeffler (EUA) 4:21:17

3. Heather Gollnick (EUA) 4:33:38

4. Valentina Carvalho (CHI) 4:35:33

5. Mariana Borges (BRA) 4:52:28

Ironman 70.3 Agrosuper PucónPucón, Chile – 16 de janeiro de 20115km de corrida / 90km ciclismo / 21km corrida

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NA PRÓXIMA EDIÇÃO:

Triathlon Internacional de Santos

Circuito ITU Temporada 2011

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