mundotri magazine - março 2011 - nº 7

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MundoTRI magazine mundotri.com Nº 7 - Mar. 2011 < Chicão Ferreira e Diogo Sclebin começaram 2011 com tudo ALIMENTAÇÃO EM VIAGENS . CANELITE . LACTATO SANGUÍNEO INTERNACIONAL DE SANTOS SESC CAIOBÁ TROFÉU BRASIL SUL-AMERICANO DE TRIATHLON COMO INICIAR NO TRIATHLON REVIEW: SELIM ADAMO COROAS OVAIS FUNCIONAM? NOVOS VENCEDORES DO TRIATHLON NACIONAL

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O Mundo TRI é uma Revista Eletrônica sobre triathlon, natação, ciclismo e corrida. Acompanhamos todas modalidades de triathlon, desde o sprint até Ironman e Ultraman.

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MundoTRI.com [março 2011] 1

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Nº 7 - Mar. 2011

< Chicão Ferreira eDiogo Sclebin

começaram 2011com tudo

ALIMENTAÇÃO EM VIAGENS . CANELITE . LACTATO SANGUÍNEO

INTERNACIONAL DE SANTOS

SESC CAIOBÁ

TROFÉU BRASIL

SUL-AMERICANO DE TRIATHLON

COMO INICIAR NO TRIATHLON

REVIEW: SELIM ADAMO

COROAS OVAIS FUNCIONAM?

NOVOS VENCEDORES DOTRIATHLON NACIONAL

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FAST TRIATHLON FEMININO

Carol Furriela, Carol Galvão e Fernanda Gar-cia foram as representantes brasileiras no belo cenário de NIterói este ano.

Foto: Dhani B.

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4 MundoTRI.com [março 2011]

EditorialO ano de 2011 começou com uma grata surpresa no Triathlon nacional. Alguns novos nomes começam a se destacar, ao mesmo tempo que atletas con-sagrados continuam entre os melhores.

Isso é sinal de aumento dos ídolos em nosso esporte. Com mais ídolos, teremos mais atle-tas amadores e o Triathlon brasi-leiro, como um todo, crescerá.

O crescimento do Triathlon brasileiro também se revela pelo crescente número de downloads da App de nossa revista para iPad e Iphone, principalmente depois que disponibilizamos to-das as edições para acesso.

Contudo, os custos para dis-ponibilizar a Revista a mais leitores aumentaram significati-vamente. Assim, nossa proposta é que você se torne nosso assi-nante a partir da edição de maio, pois nosso objetivo é manter o mesmo padrão de qualidade, seja na web, em arquivo pdf ou nas Apps para iPad e iPhone.

Não se preocupe, nossa assinatu-ra terá um valor justo. Enquanto maio não chega, você terá esta e mais uma edição totalmente gratuitas em todos os nossos canais. Nosso portal, é claro, permanecerá sempre aberto, in-clusive a comentários, que têm rendido ótimas discussões.

Por falar em portal, impressio-nante como tem sido a reação dos leitores ao Diário até o Iron-man. O dia-a-dia dos atletas tem mostrado que qualquer pes-soa passa por dificuldades para chegar até um Ironman, mas também evidencia que todo atleta que tiver vontade pode chegar lá.

As expectativas para o Ironman Brasil estão aumentando, as se-manas estão passando e todos já sentem aquele frio na barriga.

Para alguns, o ano começa após o carnaval, para outros, depois da Semana Santa. Para muitos triatletas, tudo vem depois do Ironman Brasil. Com os brasi-leiros já andando tão bem nas competições, imagine quando o ano “começar”?

Bons treinos!

Wagner AraújoTriatleta, fundador e publisherdo MundoTRI

MundoTRImagazine

PUBLISHER

Wagner Araú[email protected]

COLABORADORES

Alexandre Giglioli

Amanda Guadalupe Ana Lídia Borba

Felipe “PIPO” Campagnolla

Filipe Gomes

Julia Couto

Lucas Helal

Luis Otávio Duarte

Roberto MendesVinícius SantanaWagner AraújoYana Glaser

REVISÃO

Rita de Cássia Oliveira

FOTOSAna OlivaDelly CarrDhani B.Eduardo RosaJulia CoutoTimothy CarlsonWagner Araújo

[email protected]

ATENDIMENTO AO [email protected]

www.mundotri.com.br

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MundoTRI.com [março 2011] 5

SELIM ADAMO

Avaliação completa

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CIÊNCIA: LACTATO SANGUÍNEO

destaques do mêsmar2011

50 COMO INICIAR NO TRIATHLON

Os passos iniciais para encarar sua primeira

prova

14 NUTRIÇÃOComo se alimentar em viagens

19 CANELITE

Um mal que assombra muitos atletas

58 OPINIÃO

Cadência de pedalada no Triathlon

21 COMEÇOU A TEMPORADA 2011

Confira como foram as primeiras provas do ano

28 74

BELAS E FERAS

Priscilla Dutra

58

BIKE FIT: Coroas ovais funcionam? 48

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6 MundoTRI.com [março 2011]

ÍNDICE Edição Digital nº 7. Ano 2. Março de 2011.

CAPA: Chicão Ferreira e Diogo Sclebin treinando na pista - Foto: Wagner Araújo

07 ReviewSelim Adamo

96 Half Mar del PlataGalindez venceu na Argentina

14 NutriçãoComo os atletas devem se alimentar em viagens

19 Fratura por stressVeja como se manifesta a Canelite, uma de suas formas mais comuns

25 SESC Triathlon CaiobáColucci e Gianinni levaram a dis-puta no Paraná

32 Fast Triathlon FemininoNiterói recebeu a prova que agitou o Verão

36 Internacional de SantosColucci e Carla Moreno venceram a 1ª disputa em Santos neste ano

43 Troféu Brasil de TriathlonSantiago Ascenço e Vanessa Gia-ninni venceram a 1ª etapa

58 OpiniãoCadência de pedalada no Triathlon

68 ITUWorld Cup Mooloolaba

74 CiênciaLactato Sanguíneo

78 Campeonato Brasileiro de Longa DistânciaManocchio e Gianinni venceram em Fortaleza

81 100 vezes IronmanA história de Petr Vabrousek

84 Belas e FerasPriscilla Dutra

Carta

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10 BuzzNotícias do mundo do Triathlon

21 Novos nomes brilhando em 2011Os pódios brasileiros tem novos atletas se juntando aos já consagra-dos

96 Sul-americano de TriathlonDiogo Sclebin é tricampeão

98 Ironman70.3 San JuanTudo sobre a participação dos brasileiros

100 Abu Dhabi International Tri-athlonVan Lierde e Dibens levam a bolada

48 Bike FitCoroas ovais realmente funcionam?

50 Como encarar seu primeiro TriathlonUm guia para se iniciar no esporte

101 Ironman Nova ZelândiaO primeiro Ironman do ano

102 Pan-american Cup SantiagoSclebin foi prata no Chile

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MundoTRI.com [março 2011] 7

REVIEW

Selim AdamoO controverso selim, que é utilizado por ninguém me-nos que Lance Armstrong, é analizado por um dos

melhores ciclistas do Triathlon brasileiro

Esquisito. Essa foi a primeira reação que eu tive quando fui oficialmente apresentado aos selins ADAMO há uns 4 anos atrás.

Alguma coisa com ele me incomodava. Talvez a “falta” de selim, talvez as linhas grotescas que com certeza não acompanhavam as da bike. Sei lá, só sei que a primeira vista não agradou.

Cheguei a fazer um “test ride”, mas com todo aquele preconceito em mim, acho que nem cheguei a “sentir” o selim.

Honestamente eu estava muito feliz com minhas últimas escolhas, não tinha problema

de próstata, não sentia dormência, não sen-tia dor e pra falar a verdade, ultimamente até pra ficar assado precisava de muito tempo de selim em dias consecutivos. Selim bom pra mim, sempre teve como premissa básica ter bico fino e longo, facilitando assim o meu “sentar” natural na ponta. Nem mesmo os selins específicos para triathlon e CRI “pega-ram” por aqui.

As coisas foram mudando ao ler um relato do Chris MacDonald sobre os selins – mesmo levando em consideração que ele é um atleta profissional, patrocinado pela marca e que continuaria sendo um monstro até mesmo se fosse obrigado a pedalar no canote – os ar-

Por Luís Otávio Duarte - LODD

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gumentos dele me fizeram pensar.

No final do ano passado, durante uma sessão de Retül Bike Fit, se fez luz.

Apenas baixando o bico do meu selim (na época um Fzik Arione) e deixando ele meros dois graus angulados para baixo, consegui uma “rotação” do quadril que acabou re-arranjando todas as angulações de medidas biomecânicas, diminuindo todo o arrasto do conjunto (baixando a frente e deixando as cos-tas muito mais retas) sem perder a angulação de aplicação de força. O problema com essa solução foi que uma “pressão extra” acabou sendo jogada para os ombros e trapézio já que o selim embicado pra baixo (mesmo que pouco) acabava jogando meu peso pra frente. Em pedais curtos isso nem era sentido, mas em treinos longos o desgaste extra não com-pensava.

Aí entra o Adamo.

O sistema do selim ISM Road elimina a ponta, deixando assim o quadril totalmente livre. Já no dia da sessão de Retül ficou evidente que essa seria a melhor saída.

Consegui botar as mãos no selim ao mesmo tempo em que montei minha nova bike, por sorte consegui colocar o selim “mais ou me-nos” na posição e dar uma volta com a bike antes de partir pra finalizar o fit. Coisa que eu recomendo muito pra quem pretende mudar de um selim convencional para o ADAMO. Primeiro porque, sem brincadeira, temos que esquecer como se senta em uma bike de CRI. Se você subir num ADAMO e procurar a pressão no mesmo ponto que estava acostu-

mado vai cair do cavalo (e provavelmente da bicicleta). O ADAMO não tem bico, então não adianta nada “procurar”… não está lá.

Para os homens, o contato entre selim e ciclis-ta na posição aero tem que ser feito depois do final da próstata, logo abaixo dos ísquios. Lá e somente lá! E talvez esse seja o maior problema do selim. Não tem jeito, vai ter que adaptar, assar, calejar, ou seja lá o que precise pra pas-sar por um período um pouco doloroso; pois a pressão vai ser sempre no mesmo ponto. Você pode até tentar mudar, levantar, ir pra frente, pra trás… mas não tem jeito, é lá que vai pe-gar!

1000 km é o número mágico. Qualquer mu-dança significativa em termos de peças que afetam o desempenho ou posicionamento, 1000 km é o mínimo necessário pra se ter uma boa idéia e se adaptar à mudança.

Essa semana fechei os 1000 km andando com o selim e posso dizer que embora não seja per-feito ele é com certeza um passo adiante, prin-cipalmente no que diz respeito a bike fit.

PRÓS

- Para mim, o maior de todos foi a possibili-dade de posicionamento em relação ao frame / frente da bike. Talvez se você tiver alguma limitação de alongamento na lombar ele não faça a mágica que promete, mas é sempre bom testar!

- Alívio de pressão nas partes íntimas: Esse é um dos benefícios mais falados desse tipo de selim. Honestamente eu não pude perceber isso, pois como eu disse nunca tive problemas. Mas, com certeza absoluta, a próstata fica ile-sa no processo.

- Legal para provas UCI: Pra triatletas isso não é problema, nem para o ciclista Amador. Mas para ciclistas que competem provas de CRI,

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“1000 km é o número

mágico. Qualquer mu-

dança significativa em ter-

mos de peças que afetam

o desempenho ou posicio-

namento, 1000 km é o mí-

nimo necessário pra se ter

uma boa idéia e se adaptar

à mudança.”

onde as regras da UCI em relação às distâncias do bico do selim e em relação ao movimento central se aplicam, esse sistema é excelente. Eu nunca tive uma posição tão adiantada em cima de uma bike (mesmo violando a re-gra) e com esse conjunto ainda tenho alguns milímetros de “folga”.

CONTRAS

- É um selim largo pela sua natureza, não vi problemas com ele enquanto ando aero, mas toda vez que sento “em pé” e vou levemente para trás sinto as pernas abrirem um pouco. Em minha opinião é um selim excelente pra CRI, portanto se você pretende passar tempo que não seja no clipe é bom rever o tipo de selim necessário.

- Não é um selim leve… caso essa seja uma necessidade para sua realidade de treinos e provas.

- Como toda grande mudança, houve uma perda de potência que foi altamente com-

pensada pelo ganho aerodinâmico. E como toda mudança, nada que um tempo de treino específico não resolva!

Em tempo: O ideal desse sistema é se você tem acesso a um bike fit dinâmico (tipo Retül) po-dendo assim interagir com o posicionamento aprendendo e “assistindo” os resultados ao vivo. MT

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BUZZ novidades do Mundo do Triathlon

Mynd : nova marca de produtos para Triathlon no Brasil

Os produtos esportivos da Mynd já podem ser en-contrados em lojas especializadas em Triathlon no Brasil. A marca oferece uma linha completa de ber-mudas para ciclismo e Triathlon, breteles, camisas, tops e macaquinhos, sendo este último seu grande destaque.

O macaquinho possui modelagem anatômica com recortes frontais em tela, que permitem melhor ventilação. Além disso, a peça possui pernas com barras duplas, que propiciam maior compressão e conforto.

Os bolsos são confeccionados com telas elásticas, conferindo máxima aderência ao corpo e segurança em relação aos itens transportados. Conta ainda com forros “chamois” verdadeiros, desenvolvidos exclusivamente para o Triathlon.

A Mynd utiliza o tecido Sportiva-Pro® da Santacons-tancia Tecelagem, com 23% de elastano em mistura com poliamida de alta capilaridade que proporcio-nam excepcional ajuste e funcionalidade.

O macaquinho está disponível nos tamanhos P, M, G e GG, tanto para homens, quanto para mulheres.

A Mynd entra no mercado com uma linha completa de vestimentas para

Triathlon

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Irmãos Raeleter vão andar de BMC na disputa por 1 milhão

de dólares

Os irmãos Andreas Raeleter (vice-campeão mundial de Ironman) e Michael Raelert (bicampeão mundial de Ironman 70.3) anunciaram que pilotarão as pres-tigiadas bikes BMC na temporada 2011.

Além disso, eles podem receber o maior prêmio fi-nanceiro da história do Triathlon, colocando o Iron-man do Havaí no nível de prestígio de eventos como o torneio de tênis de Winbledon.

A partir da visão de Michael Raelert, a K-Swiss (pa-trocinadora de ambos), pretende elevar seu compro-metimento com o Triathlon a um novo patamar no Ironman do Havaí deste ano, que acontece no dia 08 de outubro.

Raelert alega que ele e seu irmão Andreas podem ser, respectivamente, primeiro e segundo colocados na disputa em Kona. Em resposta, a K-Swiss se com-prometeu a desembolsar 1 milhão de dólares para a dupla, caso eles consigam tal façanha. O bônus marcaria a maior premiação nos 33 anos do Ironman do Havaí.

Com apenas quatro anos de diferença, a dupla de irmãos voadores promete dar o máximo para con-quistar esse feito inédito e superar o domínio aus-traliano dos últimos anos no Havaí. Fo

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novidades do Mundo do Triathlon BUZZ

A triatleta tcheca radicada no Canadá, Tereza Ma-cel, atual campeã do Ironman Brasil 2010, anunciou hoje que está se retirando das competições de Tri-athlon. Tereza, que pertencia ao Team TBB, vinha tendo grandes resultados em Ironmans, vencendo ainda o Ironman Lake Placid e o Ironman Canada em 2009. Nesse mesmo ano, a atleta foi 4ª colocada no Havaí.

Atual campeã do Ironman

Brasil, Tereza Macel anun-

cia aposentadoria

Lance Armstrong com novo técnico e uma meta: correr a maratona em 2h50’ no Ironman

Foto

: Lin

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Lance Armstrong vai mesmo voltar ao Triathlon. O atleta decidiu começar a treinar com o lendário técnico Al-berto Salazar. A meta de Lance? Correr a maratona entre 2h50’-55’ no Ironman, será que ele conseguirá?

Um dia após a FTERJ anunciar que o cancelamento do Estadual de Triathlon do Rio de Janeiro, devido à visita do presidente americano Barack Obama, a organização do Troféu Brasil de Triathlon anuncia o cancelamento da 2ª etapa. A disputa, que aconte-ceria na Cidade Universitária da USP, no dia 15/05 foi cancelada hoje pelo Diretor Técnico e organiza-dor, Núbio de Almeida.

Em entrevista ao Blog Pedaladas, Núbio explicou os motivos: “No início do mês a USP me avisou que tinha problemas com datas para liberar o campus. Nos ofereceram o dia 15/05 eu achei que estava tudo certo. Quando fui acertar a prova na prefeitu-ra, me informaram que não seria possível, já que na mesma data existe uma prova de corrida de rua na Av Politécnica. Entre ficar empurrando a data sem uma definição e cancelar a prova, optamos pela se-gunda opção”.

Palco de confusões cada vez maiores envolvendo ciclistas, triatletas e corredores, a USP parece estar cada vez menos propensa a aceitar eventos esporti-vos. Resta saber se a 3ª Etapa, agendada para o dia 21/08 no mesmo local, acontecerá.

2ª Etapa do Troféu Brasil de Triathlon é cancelada

Foto

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Como os atletas devem sealimentar emviagens?

ÇNUTRIÇÃO

POR YANA GLASER

Atualmente, os atletas amadores e profis-sionais acabam sendo “viajantes globais”. É muito comum aparecerem viagens para outros estados e países durante o período de provas. O atleta está sempre buscan-do novos desafios, seja para completar uma corrida de 10 km em Paris, realizar um Ironman no Havaí ou até mesmo con-quistar uma vaga olímpica.

O calendário de provas nacionais e interna-cionais é amplo e diversificado, com cada vez mais opções e excelentes organiza-ções. Mas não basta escolher uma prova e treinar para realizá-la. Competir fora da cidade onde reside, sejam 100 ou 10 km de distância, requer um mínimo de estra-tégia alimentar.

ALIMENTAÇÃO DURANTE O TRAJETO

Ficar sentado por longos períodos, por e-xemplo, não é uma atividade natural para a maioria dos atletas. Deve-se tomar cui-dado porque muitas vezes a inatividade

forçada é aliviada pela comida. Muitos atletas comem em excesso durante viagens de avião trem ou automóvel, podendo sig-nificar um ganho de peso indesejado.

O atleta deve se preocupar, em primeiro lugar, com a alta ingestão de fluidos, pois a perda de fluidos geralmente é mais alta e imperceptível durante a viagem. Cabines de aviões pressurizados e ar condicionado de ônibus e trens expõem o atleta a um ambiente seco que provoca uma perda de fluidos. O ideal é sempre carregar uma garrafinha de água.

É fácil consumir lanches altamente ener-géticos e gordurosos. Além de muitas vezes serem as opções mais baratas, são as opções mais encontradas para vender em aeroportos, rodoviárias, lanchonetes e estações. O atleta deve se programar para levar seu próprio suprimento. Ser flexível e independente é uma ótima característica para o atleta viajante. Atrasos, trânsitos e imprevistos sempre acontecem.

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Lanches como barra de cereais, barras energé-ticas, suplementos para refeições líquidas, fru-tas secas e castanhas são algumas opções para levar nas viagens. Em viagens de carro e ôni-bus, podem-se levar pequenos recipientes re-frigerados para guardar sanduíches, iogurtes, frutas, cereais e bebidas geladas.

Outra dica é que muitas empresas aéreas for-necem cardápio especial como refeições vege-tarianas, com baixo teor de gordura, e até mes-mo a opção para refeições de atletas. Porém, esses tipos de refeições devem ser encomenda-das com, pelo menos, 24 horas de antecedência.

JET LAG E FUSO HORÁRIO

Atravessar zonas horárias expõe o atleta a uma alteração em seu relógio biológico. Como re-sultado, ocorre uma situação chamada Jet Lag, problemas relacionados à mudança rápida de

fuso horário quando acontecem viagens para regiões distantes, que dura até que o ritmo seja reajustado às novas condições ambientais. Os principais efeitos do Jet Lag são desordens do sono, dificuldade de concentração, fadiga, perda de apetite e distúrbios gastrointestinais.

O ideal, para tentar minimizar esse efeito, é acertar o relógio para o horário local no inicio da viagem e estabelecer horário para dormir e comer durante a viagem de acordo com as atividades do local do destino. Pular refeições, dormir durante o dia, ficar acordado até tarde e fazer lanches durante a madrugada prejudi-cam a adaptação ao horário local.

Embora o período dos ajustes varie de acordo com o indivíduo, costuma ser necessário um dia completo para adaptação aos efeitos do novo fuso horário.

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ALIMENTAÇÃO E OUTRAS CULTURAS

Pode ser uma delícia experimentar os sab-ores exóticos de um país diferente. Porém, treinamentos intensos e competições não combinam com alimentos desconhecidos. A preferência deve ser sempre por alimentos já familiarizados, e isso muitas vezes acaba sendo um desafio para o atleta.

Dependendo da cidade, acaba sendo difícil encontrar os tipos de alimentos preferidos em um país desconhecido. As práticas alimenta-res locais nem sempre são compatíveis com as necessidades nutricionais do esporte. Exis-tem atletas que por terem paladar sensível perdem peso por não encontrar seus alimen-tos favoritos, já outros, ganham significativa quantidade de gordura corporal por não con-seguirem resistir às novas “delícias”.

Hoje em dia, a internet fornece muitas in-formações sobre países diferentes, fazendo com que seja mais fácil conhecer os hábi-tos alimentares locais antes de chegar ao destino. É importante também descobrir os tipos de refeições servidas nos restaurantes próximos e nos hotéis. E necessário aval-iar possíveis substituições, por exemplo: Se estiver na França, o pão do café da manhã pode ser trocado pelo croissant sem que in-terfira no controle de peso? Ou se estiver em um país asiático, o atleta pode substi-tuir esse mesmo pão por uma tigela de arroz? É sempre bom consultar um profis-sional da área para tirar dúvidas como essas.

Outro problema que pode ser encontrado é a questão da higiene e segurança alimentar. O risco de pegar uma infecção por organis-mos desconhecidos aumenta ainda mais se o sistema imunológico do atleta estiver com-prometido pela fase de treinamento ou pelo descanso. Antes de viajar para outro país, o ideal é o atleta consultar um médico esporti-vo e aconselhar-se sobre questões relaciona-das à higiene e segurança dos alimentos e da água no novo ambiente.

Algumas dicas para minimizar o risco de doen-

ças gastrointestinais causadas por germes, em países com condições sanitárias ruins:

- Tomar apenas água fervida ou engarrafa-da;

- Devem-se evitar saladas e vegetais crus, a não ser que o atleta tenha certeza que esses alimentos foram bem higienizados;

- É útil carregar toalhas bactericidas para poder desinfetar sempre as mãos;

- A ingestão de frutas deve-se limitar aos ti-pos que podem ser descascados;

- Laticínios não pasteurizados devem ser evi-tados;

- É mais seguro comer em restaurantes à la carte do que em self service;

SUPRIMENTOS PARA O ATLETA EMVIAGEM

Alimentos com fácil armazenamento, alta durabilidade e facilidade no preparo são boas opções para serem levados pelo atleta, a fim de complementar a oferta local de alimen-tos.

Algumas opções:

- Cereais matinais e leite em pó desnatado;

- Frutas embaladas em pacotes plásticos ou recipientes com tampa;

- Arroz e macarrão pré-cozido (com baixo teor de gordura;

- Molhos de macarrão em saquinhos;

- Frutas secas e castanhas;

- Biscoitos, geléia, mel e pasta de amendoim (melhor ainda se forem em pacotes individ-uais);

-Barras gelatinosas ou de cereais;

çnutricão

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- Bebidas esportivas em pó;

- Barras esportivas.

Outra dica é fazer um diário alimentar, re-latando os êxitos e fracassos da sua viagem, as opções de compras, a cultura alimentar da população e seus hábitos diários durante a viagem, para auxiliar outros atletas ou até mesmo sua próxima viagem! MT

FONTES CONSULTADAS PELA AUTORA:

1. NUTRIÇÃO ESPORTIVA. Ronald J. Maughan & Louise M. Burke, Artmed 2007.

2. NUTRIÇÃO ESPORTIVA- UMA VISÃO PRATICA. MAnole, 2008.

Yana Glaser é Nutricionista e triatleta há 10 anos.

O cuidado com alguns alimentos durante as viagens é essencial.

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SAÚDEFRATURA POR ESTRESSE

Mal comum entre atletas, tem entre suas manifestações mais comuns a canelite (Síndrome do Estresse Tibial Me-

dial) - Por Márcio Cinha

Quando corremos, nossos pés chegam a suportar de duas a três vezes o peso do nos-so corpo a cada passada. E um dos fatores que podem diminuir ou aumentar esse im-pacto é a superfície onde corremos. Quanto mais rígido o piso, maior o impacto e maior também a velocidade, porque boa parte da força é devolvida para os pés, aumentando o impulso.

Todas as fraturas ósseas ocorrem em con-sequência de uma sobrecarga de exercícios repetitivos, com a mesma intensidade, no mesmo local, promovendo um desgaste ósseo. A fratura por estresse geralmente é decorrente de uma canelite não tratada que evolui como pequena fratura, chamadas mi-crofraturas ou microtraumas. São de difícil visualização, pois não aparecem no raio-X convencional, somente é possível detectá-las através de um exame mais detalhado. E só se tornam visíveis quando evoluem para fraturas maiores.

O primeiro sinal indicativo é a dor mode-rada a intensa, dependendo da articulação atingida, mas estas lesões demoram a ser-em diagnosticadas.

As pessoas que não têm um bom preparo físico e muscular estão mais propensas a terem este tipo de lesão uma vez que não se encontram preparadas a suportar uma solicitação de intensidade continuada so-bre as articulações. A maioria dos pacientes acometidos inicia atividades desportivas sem orientação adequada e acabam se ex-

cedendo com o ritmo de exercícios de ou-tras pessoas.

Nos atletas amadores e mesmo nos profis-sionais, as fraturas por estresse provêm do excesso de treinamento (sem descanso ade-quado), das seções de exercícios repetitivos feitos centenas de vezes para aprimorar uma técnica e aumentar a força muscular, etc.

O nome parece brincadeira: “canelite”. Mas é assim mesmo que é popularmente con-hecida a Síndrome do Estresse Tibial Me-dial. Na literatura médica, ainda é possível encontrar outros nomes relacionados ao mesmo problema, mas na prática, é tudo a

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20 MundoTRI.com [março 2011]

mesma coisa: dores na região da canela. Este tipo de lesão representa de 6% a 16% de todas as lesões nos corredores e são as causas mais frequentes de dor es nas pernas de corredores. Porém, ainda há muita discussão sobre o assunto.

Embora vários estudos tenham procura-do estabelecer as causas exatas para o surgimento da dor na canelite, esta questão permanece ainda não resolvida. Até recentemente, a teoria mais aceita é a inflamação do tecido que recobre o osso da tíbia (periósteo), gerada pela tração dos músculos sóleo e flexor longo dos dedos, além do tecido que recobre os músculos, a fáscia profunda. O corre-dor que sofre com a canelite tem uma sensação de dor óssea, que vai crescen-do de forma progressiva.

A dor atrapalha bastante a vida do atleta, chegando a interromper a práti-ca da atividade física, já que no início tem baixa intensidade e aparece depois da corrida, mas com o passar do tem-po sente durante a corrida e de forma bastante intensa. Normalmente, superfí-cies mais duras, como asfalto e concreto, provocam mais dores do que grama ou esteira. “A dor tem uma extensão de 4 a

6 cm, localizada principalmente na mar-gem posterior e interna (medial) da tíbia. Os sintomas podem durar dias a meses e provocar mudanças no rendimento do atleta.

Os movimentos do pé e tornozelo geral-mente não desencadeiam dor, porém os movimentos de alongamento do mús-culo sóleo e os saltos com uma perna só podem ser sintomáticos. Alguns fatores podem provocar a canelite e, apesar de serem bastante discutidos, vale evitá-los para prevenir, assim, possíveis dores: atividades de impacto repetitivo, au-mento súbito na frequência, intensidade e duração da atividade esportiva, treina-mento em superfícies rígidas, calçados inadequados, desequilíbrios musculares, deficiências de flexibilidade, índices de massa corporal elevado, as lesões pre-gressas e anormalidades biomecânicas. MT

Marcio Cunha é Fisioterapeuta e res-ponsável pelo procedimento Kinesio tape nos atletas do EC - Pinheiros - Tri-athlon. Membro da Associação Brasileira dos Fisioterapeutas Quiropraxistas. CRE-FITO 3/ 116679-F www.drcunha.com.br

“A dor atra-palha bastante a vida do atle-ta, chegando a interromper a prática da ati-vidade física”

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NOVOS NOMES

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22 MundoTRI.com [março 2011]

Chicão Ferreira, começou 2011 muito bem:

> 3º lugar no Tria-thlon Internacional de Santos

>Vice-campeão do SESC Triathlon Caiobá com uma fuga espe-tacular com Reinaldo Colucci

Próximas Provas:

> GP Extreme> Lond Distance Caiobá> Ironman Brasil 2011

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MundoTRI.com [março 2011] 23

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Diogo Sclebin,

> Tricampeão Sul-americano de Tria-thlon Olímpico

>Vice-campeão Da ITU Pan American Cup Santiago/Chile

> 21º World Cup Mooloolaba

Próxima Prova:

> World Champion-ship Series Sydney /Austrália

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24 MundoTRI.com [março 2011]

Reinaldo Co-lucci e Vanessa Gianinni vence-ram a disputa no Paraná

SESC TRIATHLON

Caiob

áFotos por Eduardo Rosa

Colucci chegando para a vitória

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MundoTRI.com [março 2011] 25

Mais de setecentos atletas participaram neste domingo, 27/02, do Sesc Triathlon Caioibá, primeira etapa do Circuito Sesc Triathlon 2011. A prova reuniu 750 atletas, incluindo elite, amadores e comerciários.

Entre os homens, Reinaldo Colucci foi o vencedor, com Luiz Francisco Ferreira (Chicão) em segundo, Mauro Cavanha em terceiro, Guilherme Manocchio quarto e Alexander Gomes, o Balman, em quinto.

Colucci saiu da água junto com Chicão e Felipe Santos, que puxou os 750m da nata-ção. Poucos segundos atrás veio um grupo com Cavanha, Diego Molina e Manocchio. Balman saiu no terceiro grupo, um pouco mais atrás.

Na primeira transição, os atletas chegaram a se agrupar, mas uma rápida mudança de modalidade garantiu que Colucci e Chicão saíssem na frente. Os dois imprimiram um ritmo fortíssimo no pedal e logo foram abrindo dos demais atletas, chegando à se-gunda transição com 1’45” de vantagem sobre o pelotão de Manocchio, Cavanha, Santos e Molina. Três minutos e trinta atrás dos líderes estava Alexander Gomes, atual campeão brasileiro de Duathlon e um dos melhores corredores do país.

Chicão saiu na frente da T2, mas logo Colucci assumiu a ponta para não per-der mais. Chicão fez mais uma excelente prova, terminando em segundo, seguido de Cavanha e Manocchio. Após ganhar posições na corrida, Balman terminou em quinto, fechando o pódio masculino.

Na prova feminina, um grupo grande, com sete atletas saiu junto da água, liderado por Sandra Soldan. Na saída do ciclismo, Vanessa Gianinni deixou sua sapatilha cair e isso partiu o grupo em dois. Na frente ficou Sandra, Rebeca Falconi, Vanessa Cabrini e Tuanny Viegas, grupo que per-maneceu junto até a segunda transição. Atrás, Vanessa e Priscilla Rocha vinham juntas, tentando evitar que as líderes au-mentassem a diferença.

Vanessa saiu para correr com uma desvan-

tagem de pouco mais de um minuto so-bre Sandra, que liderava a disputa na cor-rida. Uma a uma, Gianinni foi buscando todas as atletas até assumir a liderança já no final da primeira volta de 5km na cor-rida, posição que manteve até o final. Em segundo lugar chegou Sandra Soldando, seguida de Vanessa Cabrini, Tianny Viegas e Priscilla Rocha.

A prova também teve a participação maciça de amadores e comerciários, já que o vencedor de todas as categorias também levou premiação em dinheiro. O melhor amador geral foi Felipe Moleta, e a melhor amadora, a colunista de nutrição do Mun-doTRI, Yana Glaser.

A organização do evento

O Sesc Triathlon Caiobá acontece há 23 anos, sendo umas das provas mais tradicio-nais do país, por isso, não é surpresa que a organização se destaque tanto. Desde os grandes elementos, até os pequenos deta-lhes, tudo foi mito bem planejado e geren-ciado, não havendo qualquer tipo de con-fusão ou erro grave, como falta de água ou percurso demarcado erradamente. Al-guns detalhes chamaram a atenção, como a quantidade de staffs (em torno de 700, para 750 atletas); a organização da área de transição e a distribuição de kits por categoria.

Segundo a coordenadora nacional do Sesc Triathlon, Regina Pleps, “o resultado da prova mostrou todo o empenho da equipe do Sesc Paraná, evidenciando a nossa preocupação com a qualidade das provas em todo o circuito e com a inclusão dos comerciários. Só tenho a agradecer e me orgulhar de toda a equipe que participou da prova aqui em Caiobá.”

A próxima etapa do Sesc Triathlon acon-tece no dia 22 maio, na capital, Brasília. MT

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Amadores e comerciári-os também fizeram a

festa na prova que teve organização impercável.

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Resultados - Sesc Triathlon Caiobá27 de fevereiro de 2011 - Caiobá / PR1,5 km de natação / 40km de ciclismo / 10km corrida

Feminino

POS ATLETA NATAÇÃO T1 CICLISMO CORRIDA TOTAL

1 VANESSA GIANINNI 00:22:59 00:01:01 01:11:22 00:40:25 02:15:46

2 SANDRA SOLDAN 00:22:46 00:01:16 01:09:29 00:45:22 02:18:53

3 VANESSA CABRINI 00:22:52 00:01:02 01:09:39 00:47:07 02:20:39

4 TUANNY VIEGAS DE OLIVEIRA 00:22:50 00:01:06 01:09:37 00:48:34 02:22:06

5 PRISCILA DA SILVA ROCHA 00:23:03 00:00:59 01:11:17 00:48:02 02:23:20

6 MARIA LUZIA DA SILVEIRA BELLO 00:27:06 00:01:02 01:11:33 00:46:31 02:26:12

7 VIRGINIA RIBEIRO DE VASCONCEL 00:31:48 00:01:09 01:16:38 00:46:41 02:36:15

8 BRUNA SAGLIETTI MAHN 00:27:37 00:01:14 01:17:27 00:51:50 02:38:07

9 SOELEN CRACCO BOZZA 00:23:07 00:01:01 01:15:48 01:02:49 02:42:44

10 REBECA FALCONI CATTA PRETA 00:23:06 00:01:02 01:09:25 00:00:00 *.*

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POS ATLETA NATAÇÃO T1 BIKE CORRIDA TOTAL

1 REINALDO COLUCCI 00:20:29 00:00:52 00:58:16 00:34:32 01:54:08

2 LUIZ FRANCISCO DE PAIVA FERREI 00:20:31 00:00:50 00:58:14 00:36:48 01:56:22

3 MAURO CAVANHA CONCEICAO 00:20:34 00:00:53 00:59:57 00:36:14 01:57:37

4 GUILHERME MANOCCHIO 00:20:47 00:00:41 00:59:58 00:36:31 01:57:56

5 ALEXANDER LOIOLA GOMES 00:21:42 00:00:56 01:00:37 00:37:05 02:00:19

6 DIEGO PEREIRA MOLINA 00:20:48 00:00:57 01:01:25 00:41:42 02:04:51

7 EDUARDO ANTONIO LASS 00:20:34 00:00:55 01:01:45 00:42:55 02:06:08

8 ANDERSON AGENOR SANTOS 00:23:07 00:01:14 01:05:52 00:37:55 02:08:07

9 FREDERICO MONTEIRO DA SILVA 00:21:39 00:00:58 01:00:36 00:47:00 02:10:12

10 HELCIO ARTHUR KRICKY 00:22:12 00:00:55 01:06:01 00:46:36 02:15:43

11 SAULO DE TARSO SANSON SILVA 00:20:47 00:01:00 01:07:34 00:53:04 02:22:24

12 ROGERIO VERDEROCE VIEIRA 00:29:57 00:00:39 01:16:27 00:45:02 02:32:04

13 EDSON RICARDO BRERO 00:33:04 00:01:09 01:14:37 00:52:01 02:40:50

14 LEANDRO FULGENCIO 00:32:44 00:01:04 01:22:04 00:55:17 02:51:08

15 PAULO KONORR DE QUADROS JU 00:33:48 00:00:59 01:21:51 00:56:35 02:53:12

16 FELLIPE MARMO GOMES SANTOS 00:20:31 00:00:51 00:59:58 00:00:00 *.*

17 GIOVANI STURION 00:21:44 00:01:00 01:07:35 00:00:00 *.*

18 LUCAS JUCK FAUSTINO PEREIRA 00:26:36 00:01:26 01:18:34 00:00:00 *.*

Masculino

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Acima, atleta amador saindo da água (esq.) e Mauro Cavanha correndo com Guilherme Manocchio (dir.). Abaixo, largada dos amadores.

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Acima, Chicão e Colucci na fuga vencedora. Abaixo, Priscilla Rocha (esq.) e os vencedores, Reinaldo Colucci e Vanessa Gianinni (dir.)

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Fast

O trio formado por Carol Furriela, Carol Galvão e Fernanda Garcia conquistou o terceiro lugar. As vencedoras foram as sul-africanas.

Fotos por Dhani B.

TRIAT

HLON

Feminino

Fernanda Garcia

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No domingo, 27 de fevereiro, foi realiza-do o Mundialito de Triátlon Rápido (Fast Triathlon) na praia de Icaraí em Niterói. A prova, que foi transmitida ao vivo pela Rede Globo no Esporte Espetacular, é uma das maiores oportunidades de divulgação do Triathlon para o grande público.

O time brasileiro foi formado por três es-treantes: Carol Furriela, com apenas 20 anos; Carol Galvão, com 25 anos e Fer-nanda Garcia, com 27 anos.

Apesar da pouca experiência e do forte calor em Niterói, as brasileiras não se in-timidaram, superando a ansiedade e o nervosismo de competir em rede nacio-nal, acabando com um lugar no pódio.

“Estou muito feliz com a prova e com a experiência! Estávamos todas muito ner-vosas, mas conseguimos este ótimo resul-tado. A experiência é tudo nessa prova e muitos detalhes fazem grande diferença. Tive muita dificuldade nas largadas e so-mente na última bateria consegui me en-caixar e sair bem da água, o que fez toda a diferença no resultado”, disse Carol Furriela após a competição.

Fernanda Garcia também comentou o resultado das brasileiras: “Com certeza, ano que vem estaremos mais experientes. A prova é totalmente diferente do que estamos acostumadas. Esperamos estar presentes novamente em 2012 para con-seguir um resultado melhor e, quem sabe, subir ao lugar mais alto do pódio!”

A África do Sul foi a grande vencedora da competição, Liderada por Carlyn Fischer, que venceu todas as três baterias (250m/4 km/1200m), com um desempenho ex-cepcional em todas as modalidades, em especial, a corrida. Em segundo lugar ficou a equipe do Canadá, com o Brasil completando o pódio. Itália, Argentina (com a triatleta radicada no Brasil Maria Soledad Omar) e Espanha completaram a classificação final. MT

Outro destaque da prova foi a torcida, que invadiu as ruas de Niterói para acom-panhar a disputa. Segundo a brasileira Carol Galvão, “competir no Rio foi emo-cionante, especialmente com toda minha família presente e a torcida contagiante gritando nosso nome. Competir em casa é sempre muito bom, ainda mais com uma torcida dessas nas ruas.”

Ao final da prova, Carol Furriela aproveitou para retribuir o apoio que tiveram para participar da competição: “Gostaria de agradecer muito a todos meus patroci-nadores: Marinha do Brasil, FME,Fisk, 3T, Ctbike bike fit, Cia Athletica, Santacon-stancia, Bike Fan; minha técnica Rosana Merino e toda equipe RM. Além disso, quero agradecer e parabenizar a equipe brasileira que, com toda a raça de anos de luta, subiu ao pódio. Parabéns Fernanda e Carol! Obrigado torcida de Niterói que nos deixou vibrando! E meus agradeci-mentos para o Gayotto e para o Marcos Ornellas, por toda a atenção.”

Carol Furriela

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^ Carol Galvão se prepara para a competição.

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^ Fernanda Keller também deu o ar da graça na prova (topo esq.). A bela ar-gentina Anita Aguire (topo dir.). Embaixo, toda a beleza da prova e das brasilei-ras.

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INTERNACIONALDE SANTOS

>>>

A vigésima edição do Triathlon Internacional de Santos já começou marcada por um fato especial. Pela primeira vez houve cronometragem por chip e as tradicionais pulseiras de velcro foram finalmente aposentadas, para alegria de todos os atletas que participaram da competição.

O dia começou quente e um pouco nublado no litoral paulista, quando mais de 1.200 atletas se preparavam para a primeira grande prova do circuito nacional em 2011. Às oito horas, foi dada a largada para os atletas, tanto no masculino quanto no feminino.

Os homens

Entre os homens, Reinaldo Colucci já largou em um ritmo alu-cinante, uma amostra do que seriam os próximos 51,5 km

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^Largada da elite

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O Mundo não precisa de mais papel, mas você precisa de mais informação.

No PC, no iPad, no iPhone, no iPod Touch, no Android, no smartphone,

enfim, onde você estiver.

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(1,5/40/10). O atleta passou a primeira das duas voltas de 750m no mar de Santos al-guns segundos à frente de Luiz Francisco Ferreira (Chicão), Guilherme Manocchio e Luizinho Avelino que vinham no primeiro grupo. Um pouco atrás estava Fábio Car-valho, Frederico Monteiro e Marcos Ornel-las. Depois vinham Rafael Brandão, Santi-ago Ascenço e Guto Antunes, que passou boa parte da semana com uma forte virose e por isso ficaram sem condições de com-pletar a prova.

Colucci permaneceu em primeiro durante toda a natação. Segundo o atleta, uma base intensa na natação no mês de Janeiro foi o que proporcionou um resultado tão bom na água. Em segundo lugar saiu Chicão, com Manocchio e Avelino logo atrás. Em um movimento importante, no final da natação, Ornellas conseguiu sair da água em quarto, posição que manteve após a primeira transição. Rafael Brandão, um dos melhores nadadores do país, conseguiu se recuperar na segunda volta, saindo na fr-

ente de Fábio Carvalho e Fred Monteiro. Dois minutos atrás de Reinaldo, Santiago Ascenço tinha uma difícil missão pela fren-te: recuperar o tempo perdido na água durante o pedal e a corrida.

No ciclismo, Reinaldo Colucci já saiu em um ritmo alucinante, não deixando que Chicão e Manocchio encostassem. Em vários momentos durante a prova, o atleta pedalou com velocidade acima de 60km/h, cravando o melhor pedal da prova: 54’12” (incluindo o tempo das duas transições). Chicão também manteve um pedal forte e entregou a bike 2’30” atrás de Colucci e 58 segundos à frente de Manocchio, que sofreu uma penalização por um dos fiscais da prova. No grupo de trás, Fábio Carvalho também sofreu uma penaliza-ção com apenas 5 km de ciclismo. Pouco depois, outra penalização tirou o atleta da disputa. Com isso, Ornellas conseguiu manter a quarta colocação até o final do pedal, com Santiago Asçenco, que fez um esforço enorme para recuperar o tempo perdido na água.

Manocchio conquistou o 2º lugar ^

< Colucci venceu mais uma.

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Com uma transição forte, Colucci saiu para a corrida debaixo do forte sol santista. Logo depois, Chicão também saiu forte, mas Gui-lherme Manocchio desceu da bike com um único objetivo: conquistar a segunda coloca-

ção. Com a melhor corrida do dia (33’47”), Manocchio passou Luiz Francisco, que ain-da tentou acompanhá-lo por alguns metros até reduzir o ritmo por causa da combina-ção de umidade e calor. Os três permanece-ram nas mesmas colocações até o final da prova. Para Colucci, a prova marcou o início da temporada 2011, na qual buscará, mais uma vez, uma vaga para os Jogos Olímpi-cos. Já para Manocchio e Chicão, que estão focados no Ironman Brasil 2011, o primeiro pódio na disputa confirmou que estão no caminho certo da preparação para a prova em Florianópolis.

Marcos Ornellas, um dos atletas mais ex-perientes ainda em atividade e um dos maiores de nossa história no esporte, mostrou que ainda está em grande forma, segurando Santiago Ascenço na corrida. O goiano Santiago não conseguiu encaixar sua costumeira corrida avassaladora, termi-nando em quarto lugar atrás de Ornellas. Segundo o atleta, “a alta umidade atrapa-lhou demais, já que estou acostumado a treinar no tempo seco de Goiânia.”

As mulheres

No feminino, todos esperavam que Carla Moreno não tivesse dificuldades, já que não havia nenhuma atleta estrangeira. Em 2010, Carla abandonou a prova e deixou o caminho livre para a alemã Nina Kraft.

Vanessa Giani-nni, com sempre, pedalou muito forte. >

Carla Moreno foi a vencedora no feminino.

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Neste ano, ela estava disposta a garantir mais um título para seu extenso currículo.

Na primeira volta de 750m de natação, Carla já liderava com Carol Galvão alguns segundos atrás. As demais atletas já esta-vam dispersas na água e sem formar um grande grupo para aumentar o ritmo. Enquanto isso, Carla nadava com alguns homens e sua vantagem aumentou ainda mais no final dos 1.500m de natação. A atleta saiu para a primeira transição à fren-te de Carol Galvão. Depois vieram Fer-nanda Garcia (1’04” atrás de Carla), Pris-cila Rocha (1’14”), Carol Furriela (1’50”), Vanessa Gianinni e Tatiane Souza (2’10”), Thaty Porto (3’30”) e o grupo formado por Ariane Monticeli, Silvia Fusco e Talita Saab (4’51”).

No ciclismo, Carla, como Colucci, apertou o ritmo logo no início, ampliando a vanta-gem sobre as adversárias. Enquanto isso, Carol Galvão não estava disposta a deixar Carla abrir. A atleta fez um pedal forte, terminando os 40 km de bike em 1:05:01. No grupo de trás, vinham Fernanda Garcia, Carol Furriela e Vanessa Gianinni. Como sempre, Vanessa também fez um pedal forte, entregando a bike em terceiro lugar, mesmo após uma natação aquém do seu potencial (provavelmente por falta de ritmo de competição, devido a seu afastamento

desde 2010 em virtude de uma lesão).

Com a melhor corrida do Triathlon nacio-nal, Moreno não foi ameaçada durante a disputa, fechando os 10 km com 39’50”, a melhor corrida do dia, e a prova em 2:06:18.

Na disputa pelas outras colocações no pó-dio, Carol Galvão sentiu o calor e a umi-dade quando foi ultrapassada por Vanes-sa, e abandonou a disputa pouco depois. Voltando às competições após meses de tratamento de uma lesão, Vanessa disse estar animada com as perspectivas para 2011, especialmente nas provas de meio Ironman, sua especialidade. Em segundo lugar, Vanessa Gianinni comemorou muito a completa recuperação.

Na disputa pelo terceiro lugar, Carol Fur-riela conseguiu tirar os 1’30” de vantagem de Fernanda Garcia, garantindo a terceira colocação e deixando Garcia na quarta posição.

Um dos destaques na corrida feminina foi Ariane Monticeli. A gaúcha, radicada em São Paulo, terminou a natação bem dis-tante do pódio, mas se manteve no ritmo das atletas à sua frente no pedal. MT

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Pódio feminino

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Pódio masaculino

Fernanda Garcia

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TROFÉU

BRASIL

1ª etapa

A chuva não deu trégua para os atletas, que tiveram que superar mais esse adversário na competição.

Fotos por Wagner Araújo

Santiago Ascenço venceu a 1ª Etapa

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A 1ª etapa do Troféu Brasil de Triathlon 2011, que ocorreu no dia 20 de março, em Santos, teve Santiago Ascenço e Vanessa Gianinni como vencedores. Os triatletas tiveram que superar não apenas os outros competidores, mas principalmente a chu-va, que não parou durante todo o percur-so. No total, a prova reuniu cerca de 600 atletas, que realizaram o percurso sob uma temperatura de cerca de 20ºC e alta umi-dade, sem contar a já comentada chuva.

Entre os atletas de elite, Fred Monteiro foi o primeiro a sair da água e também o primeiro a completar o circuito de bike, mas, ao longo da corrida acabou sendo ul-trapassado pelo goiano Santiago Ascenço. O triatleta, além de vencer a etapa pela se-gunda vez, a primeira foi em 2006, tam-bém fez a melhor bike e corrida da prova, completando o percurso em 1h49min23-seg. Já o santista Fred Monteiro acabou finalizando o percurso em segundo com o tempo de 1h50min27seg, apenas 20 segundos mais rápido que o terceiro colo-cado Danilo Pimentel. O campeão do circu-ito em 2010, Paulo Myashiro, acabou não fazendo uma boa prova e não ficou nem entre os 10 primeiros. “Além de uma vi-rose acabei tendo uma lesão e como agora não tem descarte, fui obrigado a fazer a prova”, explicou Myashiro após o circuito.

Santiago explicou sua estratégia para vencer a prova e qual o foco a partir de agora: “com a chuva, a pista estava muito escorregadia, então fiquei mais lento, mais cauteloso. Só na corrida que consegui tirar a diferença. Tenho certeza que 2011 será uma boa temporada. O meu foco é o Iron-man e estou me preparando em Goiânia para a competição”, revelou o triatleta.

Entre as mulheres, a vencedora Vanessa Giannini saiu da água em terceiro lugar, atrás de Fernanda Garcia e Carol Galvão. Vanessa chegou a derrapar durante a pro-va de bike, mas mesmo assim conseguiu ultrapassar as concorrentes e aí foi só uma questão de administrar a vantagem para

terminar em primeiro lugar com o tem-po de 2h03min36seg. Fernanda Garcia ficou com o segundo lugar, seguida Carol Gavão, com os tempos de 2h07min40seg e 2h10min33seg, respectivamente. Após a prova, Vanessa falou um pouco sobre o circuito “Com a mudança da regra é muito importante vencer já na primeira etapa. Es-tou muito feliz”. Ela também contou que irá realizar mais duas provas para depois focar todas as energias no Ironman Brasil.

A prova distribuiu aos campeões prêmios no valor total de R$ 16 mil, cabendo aos vencedores, no masculino e feminino, R$ 3.500,00 e R$1.750,00 aos vice-campeões. A próxima etapa do Troféu Brasil de Triath-lon será no dia 21 de agosto em São Paulo. O calendário oficial de 2011 terá ainda a 3ª etapa, 25/09, Santos; 4ª etapa, 30/10, Santos; 5ª etapa, 11/12, Santos.

Campeões do 1ª Troféu Brasil de Triath-lon 2011:

Masculino

1) Santiago Ascenço, 1h49min23seg

2) Fred Monteiro, 1h50min27seg

3) Danilo Pimentel, 1h50min47seg

4) Antonio Manssur Filho, 1h51min37seg

5) Guto Antunes, 1h51min54seg

Feminino

1)Vanessa Gianinni, 2h03min36seg

2) Fernanda Garcia, 2h07min40seg

3) Carolina Galvão, 2h10min33seg

4) Priscila Rocha, 2h12min55seg

5) Beatriz Neres, 2h14min59seg

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Sabe quantas árvores foram der-rubadas para que você pudesse ler a

MundoTRI Magazine? Nenhuma.

Pense verde.

MundoTRI.com

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GutoAntunes

FernandaGarciaPriscilla

Rocha

Corrida da elite

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Os vencedores

Shiro decidiu voltar ao Triathlon

Carol Galvão

FredMonteiro

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Coroas ovais realmente funcionam?Felipe Campagnolla

Sua primeira aparição faz aproximada-mente 20 anos. Veio para revolucionar a peda-lada do MTB e facilitar o ponto de menor gera-ção de força para que o ponto de maior torque chegasse de forma mais rápida e assim ter uma pedalada mais constante e de melhor rendimen-to. A Shimano comprou a idéia, mas a teoria se mostrou melhor do que a prática e em pouco tempo a coroa sumiu do mercado.

Com a evolução do ciclismo e com todo o dinheiro investido na modalidade, a coroa oval voltou ao mercado depois de muito tempo com outra teoria, embasada em estudos mais precisos e colocada a prova em teste de campo. Parece que deu certo e está cada vez mais fácil encon-trar uma pessoa utilizando tal coroa e aprovando a compra. De início é sempre um pouco estra-nho, mas existe um fundamento para provar sua eficiência, lembrando que a variedade de opções e modelos no mercado serve para atender de-terminadas modalidades, detalhe que deve ser

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Felipe “PIPO” Campagnolla é Diretor da Vélotech e ha-bilitado Retul bike fit

levado em conta no ato da compra.

Para falar da eficiência e especificidade para cada modalidade vou simplificar a análise técnica dos diferentes tipos de pedalada que atendem as diferentes modalidades.

No Mountain Bike, a prioridade é sim a geração de torque, maior alavanca de força e redução da cadência. No ciclo de pedalada encontra-se um ângulo de ataque anterior ou próximo a 90 graus e trabalha-se um movimento mais am-plo, permitindo maior proveito da força imposta em cada ciclo de pedalada e fa-cilitando a transposição de trechos téc-nicos e travados onde a manutenção da cadência torna-se impossível.

No ciclismo é onde existe a maior varia-ção de pedalada, tendo variação diante dos trechos e diferentes tipos de posicio-namento que a bicicleta permite; varia-ção de uma postura mais próxima do MTB em trechos de serra ou de subidas muito acentuadas até uma posição mais avançada em situação de grande veloci-dade com maior cadência.

No triathlon, o foco é pedalar de forma constante, mantendo a mesma força aplicada durante todo o ciclo de peda-lada, visando maior rendimento com menor desgaste muscular. A questão da cadência é muito pessoal, mas sua

posição avançada com ângulo de ataque posterior a 90 graus tende a facilitar a manutenção da cadência e melhorar a distribuição de força, não sendo de grande importância a geração de torque ou um grande braço de alavanca.

A coroa oval é uma boa opção, mas não atende a todos, principalmente se ad-quirida de forma inadequada. Existem coroas com variações de posição, po-dendo tornar-se um pesadelo se instala-das de forma incorreta. Aquelas que não possuem variação devem ser compradas para a modalidade correta, mas podem não atender totalmente à particularidade de cada ciclista e sua pedalada. O impor-tante é ter orientação do vendedor e, se possível, saber onde é realmente o seu ponto de ataque na pedalada e, dessa, forma comprar a coroa ideal ou no caso das que possuem variação, posicioná-las de forma correta e otimizar os resulta-dos. MT

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Como encarar seu primeiro Triathlon

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Como encarar seu primeiro Triathlon

Largada do Troféu Brasil de Triatlhon em Santos, uma prova que atrai muitos iniciantes

Fotos por Wagner Araújo

Por Vinícius Santana

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Pensando em participar de seu primeiro triathlon? Apesar de a princípio o treinamento para triathlon parecer complicado e

cansativo com as três disciplinas, tudo começa com um simples passo (ou peda-lada, ou nadada!), independente da dis-tância de sua prova.

A primeira coisa que você deve saber é que a prática do triathlon é mais fácil do que parece! Até mesmo se sua experiên-cia em cada disciplina for extremamente limitada, isso não é um problema, pois no triathlon você está segmentando a prova em três sessões. Seu corpo não entra em uma fadiga profunda ou localizada como aconteceria em uma prova de modalidade única de mesma duração. E como bônus, os treinos que você faz em cada esporte, o ajuda nos outros dois! Por essas razões que participar e treinar para um triathlon é mais fácil do que você imagina.

Em outras palavras, você não precisa treinar como um nadador, como um ciclis-ta e como um corredor para completar um triathlon! Pelo contrário, o primeiro passo para você estruturar seus treinos começa criando um orçamento de sua disponibilidade semanal de tempo para os treinos. Quantos dias na semana você pode treinar? Qual é o melhor horário?E qual a sua disponibilidade nos finais de semana?

Uma planilha de treinamento básica pode ser elaborada por três ou quatro treinos de 20 a 30 minutos cada. E se você for como quase todo o triatleta, com pouca experiência na natação, você deve fazer dois desses treinos semanais na água, um de corrida e um de ciclismo. Largar em uma prova com confiança em sua na-tação é uma ótima maneira de começar seu primeiro triathlon, pois uma vez em terra, é só dar um passo atrás do outro

“Em outras palavras, você não precisa treinar como um nadador, como um ciclista e como um corredor para com-pletar um triathlon!”

até atingir aquela linha de chegada.

Porém, caso você seja um nadador rela-tivamente experiente, considere treinar cada disciplina uma vez na semana, em um quarto treino pedale metade da dis-tancia da sua prova, e em seguida faça uma corrida de 5 a 10 minutos. Isso lhe ajuda a acostumar com a transição do ciclismo para a corrida no dia da prova, e após algumas semanas de treino vai se sentir confiante para se testar no dia da prova.

Qualquer que seja seu histórico esporti-vo, o ciclismo tende a ser a modalidade mais fácil do triathlon pelo fato de ser menos técnica e ter uma percepção de esforço mais baixa. No ciclismo você não tem influencia do seu peso enquanto o pratica, além do mais, quando você entra em forma na corrida e natação, o ciclismo

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também melhora.

À medida que seu treino evolui e você es-tabelece uma rotina, tente focar em ser consistente (ou seja, não perder treinos!) nas modalidades de natação e corrida, pois a técnica que você adquire na água são mais difíceis de manter e correr é a modalidade com maior retorno em ter-mos de entrar em forma gastando pou-co tempo. Uma braçada, uma pedalada e um passo, algumas semanas depois e você vai terminar seu primeiro triathlon.

E s t r u t u r a n d o seus treinosSeja esta sua primeira prova, ou caso você já tenha uma pequena experiência, abaixo um exemplo de como se preparar

em apenas doze semanas, sem precisar de um planejamento muito extensivo.

Semana 1-3

Estudos científicos demonstram que são necessários 21 dias para criar um hábito. Portanto as três primeiras semanas têm o objetivo de lhe colocar em uma rotina de treinos. Não pense além do dia 21, concentre-se em fazer seu melhor em cada treino.

• Foque em 4 a 5 treinos curtos e leves por semana.

• Se a natação for uma atividade nova para você, faça treinos com repetições curtas, e intervalos longos.

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• Organize-se e evite tirar dois dias de descanso seguidos.

• Acrescente um pouco de volume em cada semana de treino, para que ao fi-nal da semana 3, você tenha atingido um volume máximo sustentável para as de-mais 9 semanas.

• Use a esteira e a bicicleta ergométrica para ter certeza que mal tempo não será desculpa para perder treinos.

Semanas 4 a 6

Agora que você estabeleceu uma rotina e estruturou seus treinos, acrescente trei-nos específicos para o triathlon em seu programa.

• No dia em que você tiver mais tempo disponível para treinar, inclua um treino de transição, faça um treino de ciclismo seguido de uma corrida, para você acos-tumar a correr após a bike (pode ser feito na ergométrica/esteira) ou faça um tre-ino de natação seguido de um treino de ciclismo, seja na rua ou na ergométrica. Ambos os treinos lhe ensinarão a fazer a troca de um esporte para o outro, simu-lando as condições de prova.

• Use as ferramentas de treino a sua dis-posição! Pedalar na bicicleta de spinning uma vez na semana, fazendo treinos com repetições curtas e carga pesada (cadên-cia baixa), é uma excelente maneira de aumentar sua força específica.

• Quando correr na esteira, concentre-se em uma alta freqüência de passadas, procure atingir pelo menos 90 passos por minuto (por perna!). Dessa maneira você faz um treino específico de triathlon, pois suas pernas estarão cansadas do ciclismo

e utilizando uma cadencia mais alta na cor-rida, você diminui a carga da corrida em pequenos pedaços, o que é mais fácil de ser feito quando cansado.

• Em seu treino de natação, utilize pal-mares pequenos (do tamanho de sua mão)

“Uma planilha de treinamento básica pode ser elaborada por três ou quatrotreinos de 20 a 30 minutos cada.”

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para melhorar sua força específica. Use uma pulbóia, principalmente se você for um nadador iniciante, pois a pulbóia lhe ajuda a ficar em uma posição correta sem que você precise se esforçar para mantê-la, dessa maneira você pode se concentrar em sua técnica de braçadas.

Semanas 7 a 9

Você já treinou por seis semanas, agora é hora de adicionar alguns esforços mais elevados.

• Na corrida, o objetivo é completar séries de 60 a 90 segundos com des-canso igual, fazendo com que cada sé-rie seja mais rápido que o anterior. Pare para descansar, quando não for possível sustentar o ritmo do tiro anterior.

• No ciclismo, pedale forte no ultimo terço do treino - como se estivesse em uma prova. Em seguida, faça a parte da corrida em um ritmo moderado.

• Em seus treinos de natação, adicione alguns tiros curtos com descansos cur-tos. Mantenha sua técnica sempre cor-reta, os intervalos irão lhe ajudar a re-cuperar e fazer o tiro subsequente na técnica correta. Procure atingir a distân-cia da prova neste treino.

Semanas 10 a 11

Você já está quase lá! Organize os de-talhes finais como equipamento a ser utilizado, é importante treinar com aq-uilo que pretende competir, nunca testar nada no dia da prova.

• Procure saber detalhes do percurso da prova e tente simular as condições em seus treinos, seja subida, natação em águas abertas, correr em temperaturas mais elevada, etc.

• Não é preciso completar a distância da prova nos treinos, é para isso que você vai competir! Mas caso você precise de confiança, faça um simulado na distan-cia da prova, 2 a 3 semanas antes do eventos, mas segure na intensidade.

• Mantenha a consistência de seus tre-inos, aos poucos aumente a intensidade e diminua o intervala entre séries, mas evite a combinação de alta intensidade com alto volume. Sempre termine um treino com o sentimento de que poderia ter ido um pouco mais rápido.

Semana 12

A Semana da prova chegou! Hora de descansar e ajustar os detalhes finais de sua preparação.

• Ao contrário do que muitos pensam, não descanse demais! Se você treinou

“É importante treinar com aquilo que pretende competir, nunca testar nada no dia da prova.”

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Faça o que milhares detriatletas já estão

fazendo, acompanhe o MundoTRI nasredes sociais:

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um volume moderado, mantenha o número de sessões semanais porém re-duza a intensidade e o volume.

• Analise seus treinos nas últimas doze semanas e seja honesto consigo mesmo, se você perdeu vários treinos, você pre-cisa de um polimento mais curto do que se você treinou forte nessas últimas doze semanas.

• No final de semana anterior à pro-va, treine leve, mas não deixe de fazer algo!

• Faltando três ou quarto dias para a prova, tire um ou dois dias de descanso, dependendo do quão forte você treinou nos últimos meses.

• Nos dias anteriores a prova, treine bem leve todas as modalidades, você só pre-cisa de 30 a 45 minutos no total para continuar solto e relaxado. Pense em “deixar o motor ligado”.

Pronto, você está preparado para o dia da prova, agora é aproveitar a experiên-cia e se divertir!

Bons treinos.MT

Vinícius Santana é técnico da Ironguides, empresa que oferece soluções esportivas para atletas e praticantes de atividade física de to-dos os níveis, com treinamento online ou presencial, planilhas espefícas por eventos, training camps, curso para treinadores, programas de incentivo a promoção da saúde em empresas, e produtos para a saúde e o bem-estar

que propiciam um estilo de vida saudável aos atletas.http://www.ironguides.net/br

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Cadênciade pedalada no Triathlon

OPINIÃO

> Alexandre Giglioli [p.60]

* A coluna “Opinião” também traz a visão de atletas experientes, mas que não necessariamente pos-suem conhecimento técnico e formal sobre o assunto abordado.

> Ana Lídia Borba [p.62]

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Este é um fator de extrema relevância tanto nos treinos como em competições.

Alguns me dizem que a cadência ideal para provas longas é de 80-85rpm, outros a 90rpm. Em provas mais curtas uma cadência maior ou menor; uma confusão danada.

Vamos então aqui, pensar um pouco e relembrar alguns fatos ocorridos:

- Tour de France, era sabido que Lance conseguia imprimir um giro considerado alto, tanto em trechos planos como nas temidas montanhas. Em seus tempos gloriosos, o assistimos deixar para trás seus concorrentes apenas girando em sua poderosa bike. Vimos que aqueles que subiam demasiadamente pesados, ou seja, um giro menor, faziam muito mais força e acabavam pagando em seus trechos finais pois tinham um acúmulo de ácido lático bem maior, mas Lance continuava com suas pernas inteiras, não é a toa que ganhou 7 vezes.

- Outro fato: Jogos Olímpicos de Atenas, 2004, vimos alguns triatletas não conseguirem subir os trechos mais inclinados, faltou força ou cadência?

Em todos estes anos como atleta

e treinador, tive a oportunidade de treinar atletas de diferentes biótipos, tendo como consequência diferente cadência em trechos idênticos.

Pude observar que cada atleta se adapta à sua força, mas uma tendência natural é que aquele com uma massa muscular maior utilizará uma cadência menor e aquele com uma massa muscular menor, utilizará de uma cadência maior. Lembre-se que estou falando de atletas amadores.

Isso é nítido nas mulheres que possuem musculatura menor em relação aos homens, tendo como conseqüência um giro naturalmente maior.

O que pude notar também, é que aquele atleta que está acostumado a fazer aulas de bike em academias (spinning), tende a manter um giro maior também.

Beleza, mas qual é o mais adequado a ser utilizado em treinos ou competições?

Uma coisa é certa, você terá que utilizar a mesma cadência treinada normalmente e colocá-la em prática em suas provas. Não podemos treinar em uma cadência e utilizar outra para competir. É lógico que na maioria das vezes teremos subidas, retomadas,

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Alexandre Giglioli

Opinião: Treinos de Transição

passar outro atleta, onde teremos desvios de cadência. Estamos falando aqui em média.

Há alguns anos Mark Allen veio ao Brasil e ministrou uma clínica. Concordo plenamente com o que foi ministrado por Mark, mas é bom lembrar que existem atletas e atletas.

Segundo ele, numa prova de distâncias olímpicas a cadência ideal é de 90 a 95rpm (rotações por minuto), em distâncias de 1/2 IM a cadência é de 85 a 90rpm e em distâncias IM de 80 a 85rpm.

Veja então o quão importante é a cadência junto com a posição na sua bike!

O ideal é fazer testes de eficiência, ou mesmo fazer um treino em

que as condições de clima são iguais em um mesmo percurso. Pedale com uma cadência mais pesada e compare com o mesmo treino em uma cadência mais leve, pode também fazer um treino de transição e sentir em qual dos dois ou três, sua musculatura dos membros inferiores está mais apta, ou inteira.

No mais é se concentrar em seus treinos! MT

Alexandre Giglioli, é Diretor Técnico A. GIGLIOLI ASSES-SORIA ESPORTIVA

www.agiglioli.com.br

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Ana Lídia BorbaFo

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Se existe um consenso sobre a cadência ideal, no ciclismo, é que não existe uma cadência ideal.

Encontrar a frequência ótima de pedaladas para cada ciclista é uma função complexa que depende de fatores como a duração e o tipo da prova, o grau de eficiência da pedalada e o biótipo do atleta. Histórias de atletas que tiveram sucesso pedalando acima ou abaixo da cadência padrão (Lance Armstrong e Jan Ullrich são os normalmente citados) acabam servindo como “jurisprudência” para quem argumenta a favor de qualquer um dos lados, então quase ninguém perde tempo com o assunto.

Na corrida, também, pouco se discute sobre cadência ideal. É praticamente unânime que uma cadência acima de 90ppm (passadas por minuto) é mais eficiente para qualquer modalidade ou tipo de prova, fato comprovado através de diversos estudos e resumidamente explicado pelo fato de que a musculatura trabalha melhor quando submetida a um pré-estiramento.

Mas nós, triatletas, adoramos essas discussões polêmicas! E

não estou falando isso por mal: as “polêmicas”, na verdade, advêm da inexistência (ou quase) de estudos que relacionem as influências das minúcias e detalhes técnicos de cada modalidade ao triathlon como um todo, ou seja, em função da pouca idade do esporte, ainda não há evidências de que a perna de dois tempos é melhor ou pior, ou que a cadência no ciclismo deve ser acima ou abaixo de 80rpm, ou que a corrida deve ser progressiva, etc.

Sobre o assunto em pauta há basicamente três linhas de pensamento e, para esquentar a discussão, todas têm expoentes notáveis.

Alguns técnicos, como Brett Sutton, são conhecidos por defenderem que o ideal é trabalhar com uma cadência bastante baixa no ciclismo, em torno dos 70rpm, com alguns estímulos no final do trecho de bike para alongar a musculatura e prepará-la para a corrida – leia-se pedalar em pé, fazendo muita força na flexão do quadril (puxando o pedal). A teoria por trás disso é que a cadência baixa poupa o sistema cardiorrespiratório para a corrida e que os músculos majoritariamente solicitados são

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Ana Lídia Borba

Opinião: Treinos de Transição

diferentes daqueles mais usados para a corrida (quadríceps versos ísquio-tibiais).

A maior expoente desta teoria é Chrissie Wellington, que começou seu domínio na distância Ironman sob a tutela de Sutton. Chrissie mantém uma cadência em torno de 76rpm nas provas longas e consegue correr extremamente bem na sequência, despertando a curiosidade de muitos. Mas ela também não usa capacete aero, tem uma posição horrível sobre a bicicleta e faz tempos

melhores que muitos atletas do sexo masculino – por isso, prefiro acreditar que ela é uma exceção.

Pedalar com uma cadência baixa, embora provoque um menor aumento dos batimentos cardíacos, também exige que o atleta aplique maior torque nos pedais para produzir uma determinada potência. Para gerar essa força, o atleta utiliza fibras musculares de contração rápida, que são menos irrigadas por sangue e, portanto, mais suscetíveis à fadiga. Essas fibras utilizam como fonte prioritária de energia o glicogênio – polissacarídeo estocado no fígado e nos músculos em quantidade limitada. Ou seja: embora minimize o desgaste do sistema cardiorrespiratório, pedalar “trancado” queima os músculos e as reservas energéticas mais rapidamente, o que pode pesar ainda antes do início da corrida.

No entanto, pedalar com uma cadência muito alta (acima de 100rpm) também não é interessante para nós, triatletas. É verdade que giro rápido trabalha as fibras de contração lenta, que consomem gordura como principal

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fonte energética e têm maior resistência à fadiga e facilidade de recuperação em função da melhor irrigação sanguínea. No entanto, a frequência de pedaladas muito elevada provoca o aumento dos batimentos cardíacos – que, por sua vez, acelera o metabolismo, consumindo mais energia. E quanto maior a cadência, mas difícil é manter a eficiência da pedalada – neste caso, Lance Armstrong pode ser considerado o “ponto fora da curva”.

Ficamos, então, com a faixa entre 80 e 100rpm, que ainda é de uma amplitude considerável. E surge uma nova perspectiva, que leva em conta não apenas o desgaste acumulado ao longo do triathlon, mas a transição entre as modalidades: a manutenção da frequência do movimento.

Alguns estudos na área da neurociência, não relacionados a esportes, mostraram que quando um indivíduo exerce uma atividade ritmada durante um período relativamente extenso seu corpo tende a continuar com aquele padrão de movimento involuntariamente por algum tempo, mesmo depois de encerrada a atividade – como no princípio da inércia, da física mecânica. Traduzindo para o triathlon: se

passamos uma, duas ou seis horas pedalando em uma determinada cadência, as pernas tendem a continuar trabalhando naquela cadência durante algum tempo depois de encerrado o ciclismo.

Testes realizados com triatletas, entre eles um da Universidade do Colorado, mostraram que a transição para a cadência ideal de corrida é praticamente imediata quando os atletas vêm de uma cadência similar ou mais alta no ciclismo. Esse ganho de eficiência é fundamental em uma prova curta, como um triathlon sprint ou olímpico, mas também faz diferença em uma prova tão longa quanto um Ironman – imagine correr naturalmente desde o começo da maratona, não tendo que passar os primeiros dois (ou cinco) quilômetros tentando “encaixar” a passada; maravilhoso, não?

Para provar que pode dar certo, trago outro exemplo notável: Belinda Granger, também ex-atleta de Brett Sutton (por incrível que pareça), sempre manteve uma cadência em torno de 90-92rpm nas provas de Ironman e ainda hoje é a atleta com o maior número de títulos na distância. Neste ponto, Sutton é enfático em várias entrevistas: cada atleta funciona

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Ana Lídia Borba

Opinião: Treinos de Transição

de um jeito – o trabalho dele é olhar a fisiologia do atleta, testar diferentes cadências e ajustar o ciclismo de forma a obter a corrida mais eficiente.

Gosto muito dessa idéia de pedalar com cadências de ciclismo e corrida semelhantes, mas precisar um número é sempre complicado: muda de acordo com o percurso, com o cansaço acumulado dos treinos, com a fase e o tipo de treinamento que o atleta está fazendo. Para estimar com alguma precisão a cadência ideal, o melhor jeito é testar todas.

Portanto, quando estiver treinando para uma determinada prova, realize séries na potência (ou ritmo, sensação de esforço, pulso – a referência que preferir) planejada para a distância em diferentes cadências e veja qual delas é mais confortável. É provável que você perceba que sua cadência “natural” seja um pouco mais baixa que a desejável, ou mesmo um pouco mais alta.

Para melhorar isso, faça treinos específicos de acordo com sua deficiência: se o objetivo for ganhar força – seja para diminuir

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a cadência, baixar o pulso ou para empurrar uma marcha mais forte com a mesma frequência de pedaladas – séries de subidas ou tiros com marcha pesada e cadência baixa são as formas mais eficazes de resolver o problema; mas se o problema for o giro desconfortável, você pode melhorar a eficiência da pedalada fazendo educativos (pedalando com uma perna só no rolo, por exemplo) ou séries variando cadência alta e baixa repetidamente, mantendo o mesmo ritmo.

Por fim, uma vez definida a sua cadência ideal, acostume-se com ela, faça séries com variações de ritmos e cadências, dando prioridade à combinação do ritmo de prova com a cadência confortável. Há vários treinos que podem ser realizados

com esse objetivo. Uma das minhas séries preferidas combina alguns minutos em ritmo confortável com cadência baixa, seguidos do mesmo tempo em ritmo moderado com cadência muito alta, seguidos do mesmo tempo em ritmo forte com cadência confortável, sem intervalos entre os ritmos e entre as séries. É um treino mais duro do que parece, mas depois de algumas repetições fica bastante evidente qual é, de fato, a cadência confortável. E correr eficientemente é muito mais fácil depois de pedalar “confortavelmente”.MT

Ana Lídia Borba é atleta Asics, com apoio de Aqua Sphere, Pacific Health, Clínica 449, Velotech e Cia Athletica. RM Elite Team.

triborba.blogspot.com

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Brasileiros têm uma ótima par-ticipação na primeira grande prova do circuito mundial da ITU em 2011

Prova feminina foi marcada por mar revolto e chuva. Fotos Delly Carr/ITU

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A Prova Masculina

O australiano Brad Kahlefeldt foi o grande vencedor da Mooloolaba ITU Tri-athlon World Cup que aconteceu no dia 26 de março, na Austrália. Seu compa-triota Brendan Sexton, mesmo após uma penalização de 15 segundos, ficou com o segundo lugar, vencendo o francês David Hauss no sprint final.

Setenta e cinco atletas largaram na primeira grande prova da ITU (Interna-tional Triathlon Union) deste ano. En-tre eles, estavam os brasileiros Reinaldo Colucci, Diogo Sclebin, Bruno Matheus, Fabio Carvalho, Juraci Moreira e Mauro Cavanha. O start list contava ainda com o campeão mundial de 2010, Javier Gomez (ESP), Courtney Atkinson (AUS), Stuart Hayes (GBR) e várias outros atletas de

ponta.

Na natação, uma grande fila indiana se formou, o que acabou separando os atle-tas em três grupos no pedal. Durante os 40km de ciclismo, a maioria dos atletas foi se juntando, entre eles vários brasi-leiros. Na terceira das sete voltas, os fran-ceses Laurent Vidal e Aurelien Raphael tentaram uma fuga, mas foram neutra-lizados. Com duas voltas para o fim do pedal, Jens Toft (DIN), Stuart Hayes (GBR), Attila Fecskovics (HUN) e o brasileiro Diogo Sclebin (melhor pedal da prova) conseguiram abrir 39 segundos sobre o pelotão na segunda transição.

Na corrida, Hayes saiu na frente, mas foi alcançado na metade do percurso de 10km pelos grandes corredores. Quando os atletas abriram a última volta, Kahle-feldt e Hauss tinham uma vantagem de sete segundos sobre Gomez, Wild (SUI)

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e Sexton. Nos últimos metros, Kahlefeldt apertou o ritmo para a vitória. A grande disputa, no entanto, foi pelo segundo lugar, com Sexton vencendo Hauss no sprint, deixando Wild em 4º e Gomez em 5º.

Entre os brasileiros, Bruno Matheus fez uma corrida excepcional (32:08) e gan-hou várias posições na corrida, terminan-do na 15ª colocação. Diogo Sclebin, após a fuga, não conseguiu fazer uma corrida tão forte como de costume. Mesmo as-sim, o atleta fechou a disputa no 21º lu-gar. Ambos levaram uma boa quantidade de importantes pontos para o ranking olímpico. Fabio Carvalho fechou em 37º, Juraci Moreira 48º e Mauro Cavanha 70º. O primeiro brasileiro no ranking olímpico, Reinaldo Colucci teve problemas na na-tação. Segundo sua esposa, a ex-atleta Mariana Ohata, Colucci teve problemas em umas das bóias e acabou sendo um dos últimos a sair da água. O atleta, en-tão, fez um grande esforço para alcançar os líderes no ciclismo, o que, somado ao cansaço da longa viagem até a Oceania, fez com que o atleta sentisse muito na

corrida. Colucci está bem e se recupera agora para disputar a WCS em Sydney, no dia 10 de abril, juntamente com Dio-go Sclebin e Bruno Matheus.

A Prova Feminina

A neozelandesa Nicky Samuels (28) usou uma fuga no ciclismo para vencer sua primeira copa do mundo em Mooloola-ba, Austrália. A atual bicampeão mundial Emma Moffatt ficou em segundo lugar e a chilena Barbara Riveros Diaz, mesmo após duas penalizações, fechou o pódio da competição.

Assim como aconteceu na prova mas-culina, houve uma fuga no ciclismo, o que parece estar se tornando mais co-mum nas provas da ITU (já que é a única chance daqueles que não são os melhores corredores vencerem as disputas). A suíça Daniela Ryf e Samuels atacaram logo no início dos 40km de bike. As duas fizeram um trabalho excepcional e abriram dois

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minutos para o grupo que incluía grandes corredoras, como Moffatt, Lisa Norden (SUE), Paula Findlay (CAN) e outras.

Na corrida, Samuels apertou logo de cara, abrindo uma pequena diferença sobre Ryf. Atrás, Moffatt e Riveros Diaz vinham cor-rendo muito forte. Com 5km, Samuels mantinha o ritmo forte, já com uma vanta-gem de 37 segundos sobre Ryf, que via as adversárias se aproximarem. A dupla ultra-passou Ryf, que também perdeu posições para Findlay e para tcheca Liz Blatchford. “Para ser sincera, eu não estava muito confiante que manteria a liderança”, disse Samuels após a prova. Apesar da incerte-za, Samuels venceu a bicampeã mundial e fechou a prova com 2:03:13, com Moffatt e Riveros Diaz, 20 segundos e 43 segundos atrás, respectivamente.

Entre as brasileiras, a melhor colocada foi Flávia Fernandes, que terminou na 34ª co-locação (garantindo pontos para o ranking olímpico), seguida de Pâmella Oliveira, na 40ª posição. Em sua página do Facebook, Pâmella deu um depoimento sincero sobre sua participação. Segundo a atleta, a prova foi dura, desde o início do ciclismo, onde teve que se defender o tempo inteiro para permanecer nos grupos da frente, o que acabou comprometendo sua corrida.

“Enfim, fui a última a concluir a prova. Tinha me esquecido de como era con-strangedor ouvir as palmas e o “good job” da torcida com cara de pena e chegar na meta com todo mundo só esperando você para começar a premiação (risos). Isso só é melhor do que parar. Parar, não. Graças a Deus pude terminar e daqui duas semanas estou indo para luta de novo em Sydney. Espero fazer uma prova melhor. E quando voltar pra Rio Maior,continuar tentando melhorar as subidas.” A terceira brasileira na prova, Carla Moreno, não completou o ciclismo e a competição. As três seguem agora para Sydney onde disputarão a primeira etapa da WCS (World Champion-ship Series), no dia 10 de abril. MT

Flávia Fernandes saindo da água

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Feminino

1 Nicky Samuels NZL 00:20:08 00:01:07 01:04:16 00:00:17 00:37:24 02:03:13

2 Emma Moffatt AUS 00:20:03 00:01:12 01:06:20 00:00:17 00:35:40 02:03:34

3 Barbara Riveros Diaz CHI 00:20:25 00:01:06 01:06:02 00:00:17 00:36:05 02:03:56

4 Paula Findlay CAN 00:20:17 00:01:10 01:06:08 00:00:18 00:36:11 02:04:07

5 Vendula Frintova CZE 00:20:37 00:01:09 01:06:37 00:00:17 00:35:25 02:04:07

6 Daniela Ryf SUI 00:20:14 00:01:11 01:04:05 00:00:17 00:38:40 02:04:29

7 Liz Blatchford GBR 00:20:05 00:01:14 01:06:16 00:00:17 00:36:46 02:04:39

8 Sarah Groff EUA 00:20:14 00:01:13 01:06:09 00:00:19 00:36:45 02:04:42

9 Lauren Campbell CAN 00:20:38 00:01:10 01:06:37 00:00:16 00:36:14 02:04:58

10 Kerry Lang GBR 00:20:08 00:01:14 01:06:10 00:00:19 00:37:18 02:05:11

34 Flávia Fernandes BRA 00:20:25 00:01:11 01:06:47 00:00:16 00:41:40 02:10:21

40 Pâmella Oliveira BRA 00:20:08 00:01:13 01:07:04 00:00:31 00:44:50 02:13:49

DNF Carla Moreno BRA 00:20:36 00:01:15 00:00:00 00:00:00 00:00:00 00:00:00

Masculino

1 Brad Kahlefeldt AUS 00:18:04 00:01:06 01:01:29 00:00:14 00:30:57 01:51:52

2 Brendan Sexton AUS 00:18:24 00:01:01 01:01:14 00:00:14 00:30:57 01:51:55

3 David Hauss FRA 00:18:00 00:01:03 01:01:35 00:00:14 00:31:00 01:51:55

4 Ruedi Wild SUI 00:18:18 00:01:08 01:00:25 00:00:17 00:31:58 01:52:07

5 Javier Gomez ESP 00:18:18 00:01:01 01:01:21 00:00:16 00:31:17 01:52:16

6 Courtney Atkinson AUS 00:18:05 00:00:59 01:01:34 00:00:14 00:31:30 01:52:26

7 Sven Riederer SUI 00:18:11 00:01:04 01:01:23 00:00:16 00:31:36 01:52:32

8 Stuart Hayes GBR 00:18:06 00:01:03 01:00:14 00:00:16 00:32:56 01:52:38

9 Crisanto Grajales MEX 00:18:18 00:01:06 01:01:21 00:00:14 00:31:38 01:52:41

10 Attila Fecskovics HUN 00:18:20 00:01:10 00:59:54 00:00:16 00:33:06 01:52:48

15 Bruno Matheus BRA 00:18:25 00:01:04 01:01:13 00:00:16 00:32:08 01:53:09

21 Diogo Sclebin BRA 00:18:52 00:01:03 00:59:51 00:00:17 00:33:22 01:53:25

37 Fabio Carvalho BRA 00:18:22 00:01:08 01:00:14 00:00:16 00:34:10 01:54:15

48 Juraci Moreira BRA 00:18:12 00:01:13 01:01:23 00:00:17 00:33:36 01:54:43

70 Mauro Cavanha BRA 00:19:00 00:01:08 01:03:39 00:00:17 00:36:24 02:00:32

DNF Reinaldo Colucci BRA 00:18:53 00:01:08 01:00:48 00:00:14 00:00:00 00:00:00

Resultados – Mooloolaba ITU Triathlon World Cup26 de março de 2011 - Mooloolaba / Austrália1,5km natação / 40km de ciclismo / 10km corrida

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LACTATOSA

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CIÊNCIA

Por Lucas Helal e Roberto Lemos

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CIÊNCIA

Dentre os temas da fisiologia e da bio-química do exercício, alguns conceitos sobre metabolismo energético e fadiga certamente detém suma importância para o entendimento da performance no tria-thlon e nos demais exercícios de endurance.

Há muito tempo, a concentração de lac-tato sanguíneo vem sendo utilizada com êxito para a prescrição e monitoramento do treinamento e para a predição de per-formance. Os fundamentos pelos quais se explicam essa prática são relativamente simples de se entender, entretanto, alguns conceitos certamente tornaram-se confu-sos em relação à molécula lactato, e este artigo destina-se à tentativa de algum es-clarecimento acerca do tema.

Durante o esforço em intensidades inferi-ores a 80% do VO2máx, o metabolismo que se predomina é a fosforilação oxida-tiva, ou metabolismo aeróbio, onde a e-nergia proveniente para a manutenção do esforço é obtida a partir da oxidação de alguns substratos energéticos, como carboidratos, proteínas, gorduras, lactato e gliceróis, através da integração destes ao Ciclo de Krebs e à cadeia transporta-dora de elétrons para a formação do ATP (trifosfato de adenosina), a moeda corr-ente de energia, sem deixar nenhum re-síduo bioquímico direto. Para os esforços acima deste ponto, a formação do ATP se dá predominantemente através de outros dois mecanismos, que não utilizam o oxi-gênio em suas reações - o metabolismo anaeróbio lático e o alático.

No esforço alático, ou ATP-CP, a geração de energia se dá de forma simplificada, com pouquíssimas reações, através da quebra da molécula de ATP e CP (creatina fosfato), fornecendo energia quase que instantaneamente, sem a produção de re-síduos metabólicos diretos também. Esse mecanismo é predominante em esforços de até dez segundos de duração, e com altíssima solicitação energética, tais como golpes, arrancadas, saltos, etc. Para esfor-ços de alta solicitação energética, entre 10s e 1min30, o corpo dispõe do metabo-lismo anaeróbio lático como principal for-

necedor de energia, com um número de reações também relativamente baixo, o que explica parcialmente sua velocidade em fornecer uma grande quantidade de energia. Através da quebra da molécula de carboidrato - único combustível utilizado neste metabolismo - o corpo produz a e-nergia necessária, e gera como subprodu-tos moléculas de lactato e íons H+, através da dissociação deste no plasma, e que se-guem uma relação de proporcionalidade.

À medida que o exercício se intensifica, a concentração basal de lactato sanguínea – 1,0 a 1,8 mmol/L se altera até certo ponto, onde o metabolismo aeróbico ainda con-segue utilizar o lactato como substrato energético para a continuidade da forma-ção de energia através do Ciclo de Krebs, como foi explicado no começo. O ponto onde acontece a perda desta linearidade o lactato e a produção excedem a sua re-moção chama-se Limiar Anaeróbico, e para a maioria dos atletas este ponto se dá por volta dos 4,0 mmol/L (atualmente, a litera-tura específica tem preferido utilizar outras terminologias, como máximo estado está-vel, ou limiar de lactato), e o exercício não poderá ser mantido por tempo prolongado. Tendo isto, fica relativamente claro por que o lactato sanguíneo é utilizado, com eficá-cia, como indicador do metabolismo ou da intensidade do exercício. Porém, será que é realmente a molécula de lactato, em sua essência, a grande vilã do cenário?

Quando alguma substância é utilizada como marcadora ou indicadora, isto não significa que ele seja a responsável pelo evento a ser medido. Como foi dito ante-riormente, existe uma relação de propor-cionalidade entre a produção de lactato e também a produção de íons H+. O aumen-

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CIÊNCIA

to da concentração de íons H+ reduz o pH (potencial hidrogeniônico) – o indicador de acidez ou alcalinidade de qualquer substân-cia, dentre elas o sangue, ainda que existam mecanismos de compensação, tais como as soluções tampões, etc. As enzimas respon-sáveis pelo metabolismo energético, em re-pouso ou no exercício, são extremamente sensíveis ao pH sanguíneo; as perturbações ocasionam perda da eficiência na produção de energia, que, neste caso, está correlacio-nada com a acidose metabólica, ou diminui-ção do pH sanguíneo.

A análise do lactato sanguíneo foi o método escolhido e adotado para considerar a rela-ção com o pH sanguíneo, e, possivelmente atribui-se a ele a descontinuidade do exercí-cio. No entanto, analisando ponto a ponto, não é isto que ocorre em nível bioquímico e fisiológico, e deve se considerar que a molécula de lactato é um substrato energé-tico assim como os outros.

Para finalizar, é oportuno ressaltar que exis-tem outros mecanismos responsáveis pela fa-diga, além da acidose metabólica, tais como desidratação, hiponatremia, glicogênio he-pático e muscular insuficiente, hipoglicemia, fadiga central, dentre outros, que serão es-clarecidos em outra oportunidade. MT

Lucas Helal é triatleta, estudante do último ano do curso de Bacharelado em Educação Física e membro-pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Gestão do Esporte-NUPEGE, com ênfase nas áreas de Fisiologia e Bio-química do Exercício e Cineantropometria. Roberto Lemos, treinador e proprietário da Ironmind Assessoria Esportiva em Flori-anópolis-SC, triatleta, e Mestre em Ciências do Movimento Humano-UDESC.

Fontes Consultadas:

1. PYNE, DB, LEE, H.; SWANWICK, KM. Monitoring the lactate threshold in world-ranked swimmers. Medicine and Science of Sports Exer-cise, v.33, n.2, 2001.

2. MACINTOSH, BR.; ESAU, S.; SVEDAHL, K. The lactate minimun test for cycling: estimation of the maximal lactate steady state. Canadian Journal of Apllied Physiology, v. 27, n.3, 2002.

3. HARNISH, CR.; SWENSEN, TC.; PATE, RP. Methods for estimating the maximal lactate steady state in trained cyclists. Medicine and Science of Sports Exercise, v.33, n.6, 2001.

4. MAUGHAN, R.; GREENHAFF, P.; GLEESON, M. Bioquímica do Exercício e do Treinamento. Ed. Manole, 2003.

5. ASTRAND, P.O. Tratado de Fisiologia do Trabalho. 4ª. Edição, Ed. Artmed, 2006.

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Diário até o Ironman Brasil 2011

4 atletas amadores, 2 atletasprofissionais, um único objetivo.

Semanalmente, no

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é penta no Brasileiro de Longa. No feminino, a vencedorafoi VanessaGianinni.

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Guilherme Manocchio e Vanessa Gian-inni venceram no dia 26 de março o Campeonato Brasileiro de Triathlon de Longa Distância, disputado na Praia de Cumbuco, no Ceará. Os atletas enfren-taram condições brutais de vento, calor e umidade. Tradicionalmente, essa tem sido uma das povas mais duras do país.

Guilherme Manocchio liderou de ponta a ponta, terminando a prova de 3km de natação, 80km de ciclismo e 20km de corrida em 3.55:32. Em segundo lugar chegou Kelmerson Buck, com 4.10:55. Completando pódio veio o paraense Ricardo Ramirez, fechando a prova em 4.16:38. Esse foi o 5º título brasileiro na distância coquistado por Manocchio, o 3º em Fortaleza.

Após a prova, Manocchio declarou: “Fiz muito bem a bike hoje. Cheguei em 1º e 41km/h de média, mesmo com muito vento. Estou muito empolgado e cansa-do agora.”

No feminino, quem liderou da natação até a segunda transição foi a triatleta Ana Lídia Borba, que ainda se recupera de um gravíssimo acidente ocorrido há 18 meses. “Fiz uma natação muito tran-quila e o ciclismo foi melhor do que eu esperava. O foco agora serão os treinos de intensidade para melhorar o ritmo de corrida”, disse Ana. Com a melhor

corrida do dia, Vanessa Gianinni garan-tiu o título, seguida de Susana Festner (melhor pedal da prova) e Sílvia Fusco, fechando o pódio feminino. MT

Resultados – Campeonato Brasileiro de Triathlon de Longa Distância

Praia do Cumbuco – CE – 26/03/2011

3km natação / 80km ciclismo / 20km corrida

Masculino

1. Guilherme Manocchio 3:55:32

2. Kelmerson Buck, com 4:10:55

3. Ricardo Ramirez 4:16:38

4. Bonieck Clemente 4:17:30

5. Felipe Manente (sub-23) 4:18:43

Feminino

1. Vanessa Gianinni 4:30:25

2. Susana Festner 4:37:10

3. Sílvia Fusco 4:40:45

4. Ana Lídia Borba 4:46:25

5. Bruna Mahn 4:49:27

Ana Lídia retornou em grande estilo

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Petr Vabrousek é100 vezes Ironman

O tcheco Petr Vabrousek comple-tou seu 100º Ironman no Ironman Nova Zelândia. Com 38 anos de idade, o atleta já compete nessa distância desde 1999, quando cor-reu o Ironman Austrália e terminou na 6ªº colocação, mesma posição da última prova.

De lá para cá foram mais 99 com-petições, incluindo diversas vitórias e participações no Ironman do Ha-vaí. Petr é bem conhecido pelos brasileiros, pois já disputou o Iron-man Brasil 7 vezes, com o 3º lugar em 2009 sendo seu melhor resul-tado em nosso país.

Conhecido por se recuperar rapi-damente das disputas, Petr ainda se destaca no plano intelectual. O atleta possui Mestrado em Econo-mia e em Marketing, além de falar fluentemente Inglês, Alemão, Es-panhol, Russo e Eslovaco.

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Para 2011, Peter planeja ainda mais três Ironmans (Utah, Texas e Kona), além de di-versas provas de meio Ironman e de Triath-lon de Longa Distância.

Confira abaixo todos os resultados da im-pressionante carreira do atleta, marcada por muitas provas ao longo de cada ano:

20116. Ironman New Zealand1. Marathon Prievidza, Slovakia6. Challenge Wanaka, New Zealand (IM distance)

20107. Ironman Mexico7. Ironman Florida3. Chribsky marathon Kromeriz (Czech re-public)41. Ironman Hawaii9. Ironman 70.3 Cancun, Mexico2. Final race of Classic Cup – Pribram (Czech republic)4. Ironman Canada1. Halfironman Trisport Days Trebon4. Challenge Copenhagen (IM distance, Denmark)19. ITU Long Distance World Champion-ships Immenstadt, Germany2. Ironman USA Lake Placid8. New York City Triathlon (olympic dist.)1. Halfironman Classic Cup Olomouc (Czech republic)1. Bigman Prague (2nd at xterra triathlon + 1st at IM distance next day)1. Czech National IM Championships Moraviaman Otrokovice2. Olympic distance Pelhrimov (Czech re-public)1. Olympic distance Vienna (Austria)1. Halfironman Classic Cup Melice (Czech republic)6. Ironman Brazil1. Halfironman Bratislava (Slovakia)6. Ironman Utah1. Moravian Championships in Halfmara-thon Olomouc7. Bratislava City Marathon (Slovakia)14. Abu Dhabi International Triathlon (3-200-20)4. Challenge Wanaka (IM distance, New Zealand)

200910. Ironman Western Australia

10. Ironman Arizona23. ITU Long Distance World Champion-ships Perth48. Ironman Hawaii7. Ironman Wisconsin1. Czech National IM Distance Champion-ships Ironmaniac Teplice1. Pilman Half Ironman, Czech republic1. Doksyman Half Ironman2. Doksyman Sprint triathlon, Czech re-public5. Slovakian Olympic Distance Champion-ships, Zilina1. Local Olympic Distance Champs Mork-ovice6. Ironman USA Lake Placid10. Challenge Roth (8:15)3. Ironman Japan1. Half Ironman Lipno, Czech Republic3. Half Ironman Melice, Czech Republic3. Ironman Brazil13. Ironman 70.3 Orlando5. Half Ironman Graz (Austria)14. Marathon Krakow (Poland)7. Ironman China3. Ironman South Africa23. Prague International Halfmarathon (5th Czech)5. Ironman Malaysia3. Challenge Wanaka (IM distance, New Zealand)

20088. Ironman Arizona3. Ironman Florida1. Chribsky marathon (Kromeriz)32. Ironman Hawaii2. ETU Europian LD Champs – teams12. ETU Europian LD Champs Gerardmer, Almere11. ITU World LD Championships Almere, Holland3. Austrian Halfironman Champs Litschau11. Embrunman Ironman France3. New Jersey State Triathlon (olympic dis-tance)2. Ironman USA Lake Placid6. Ironman Switzerland1. Czech Cup halfironman Teplice6. ITU World Cup race double olympic dis-tance Belgium1. Czech National IM Champs Otrokovice1. Bigman Prague (4th at Xterra + 1st at Ironman)1. Viennaman Halfironman Austria4. Ironman Brazil21. Prague International Marathon (5th at Czech Champs)9. Ironman China

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10. Ironman Australia2. Ironman Malaysia6. Wanaka Challenge (IM distance New Zealand)

200710. Ironman Western Australia1. Silverman Ironman Nevada21. Ironman Florida56. Ironman Hawaii1. Bigman Prague (xterra + Prague Iron-man race in two days)16. Ironman 70.3 Monaco1. Regional Olympic Dist. Champs1. Czech Ironman Champs Lipno1. Slovak Ironman Champs Nitra1. Czech Cup Rozvadov Halfironman5. Europian Ironman Champs Germany12. Europian Long Dist. Champs Belgium1. Viennaman Halfironman Austria6. Ironman Brazil8. 101 Florida24. Marathon Vienna (2:33:34)4. Ironman Arizona4. Ironman South Africa7. Ironman Malaysia

20061. ITU Long Distance World Cup overall47. Ironman Hawaii1. World Cup final Phillipines67. Ironman Hawaii3. Marathon Moravian Champs Ostrava1. World Cup Grand Columbian, USA1. Czech Cup final Primda Half Ironman4. Europian Long Dist. Champs. Holland1. Ironman Slovakia13. New York City Triathlon7. Ironman Lake Placid3. Hungarian Champs1. Czech Champs. Long Distance1. Viennaman Halfironman, Austria1. Slovakia Triathlon Senec2. Ironman Japan8. Ironman Arizona3. Ironman South Africa4. Ironman Malaysia7. Halfironman Pucon

20056. ITU World Cup LD overall5. Ironman Western Australia49. Ironman Hawaii2. Czech Champs Long dist.3. World Champs Denmark – teams15. World Champs Denmark – ind.3. ITU World Cup Long. Dist. Sadska3. Europian Champs Sweden – teams

6. Europian Champs Sweden – ind.6. Ironman Brazil5. Ironman South Africa4. Ironman Arizona2. IM Malaysia

20044. Ironman Western Australia1. Marathon run Kromeriz25. Ironman Hawaii2. Ironman Wisconsin Ironcourtain1. Triathlon Primda2. Czech LD Champs Sadska3. Europian Champs Germany – ind.2. Europian Champs Germany team6. Ironman Brazil1. Marathon run Ostrava3. Strongman Japan20. Marathon run Barcelona

200332. Ironman Hawaii4. Ironman Wisconsin1. Czech Champs LD Doksy4. Europian Champs Denmark – ind.1. Czech Cup Primda4. Ironman Idaho3. Czech Cup Zdar4. Czech Cup Jablonec11. World LD Champs. Spain – individual4. Ironman Malaysia

200219. Ironman Hawaii8. Ironman Korea9. Ironman Utah6. Ironman Japan8. Ironman New Zeland

20014. Ironman Florida28. Ironman Hawaii3. Ironman Austria5. Ironman Brazil5. Ironman Africa

20001. Ironman Africa2. Ironman California1. Ironman Asia1. Ironman Almere35. Ironman Hawaii1. Czech Sprint Champs

19996. Ironman Australia

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BELAS E FERAS: PRISCILLA DUTRACONHEÇA A ESTUDANTE DE MEDICINA QUE SE DESDOBRA PARA PODER TREINAR

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BELAS E FERAS: PRISCILLA DUTRACONHEÇA A ESTUDANTE DE MEDICINA QUE SE DESDOBRA PARA PODER TREINAR

Nossa série “Belas e Feras” tem inspirado milhares de leitoras a iniciar em nosso es-porte, mostrando que, apesar das dificul-dades, é possível conciliar o restante da vida com o esporte. Nesta edição, conver-samos com Priscilla Dutra (26), estudante de medicina, que irá participar do Iron-man Brasil 2011. Mais que inspiradora, a história de Priscilla é uma lição a todos que pensam que não dão conta de fazer as coisas.

MundoTRI: Priscilla, como foi seu início no Triathlon, veio de algum es-porte em particular?

Priscilla Dutra: Durante 7 anos nadei de forma competitiva. Quando me mudei para Brasília para começar a faculdade, passei a sentir muita falta de ter uma rotina envolvendo o es-porte. Aos poucos fui me adaptando a morar sozinha e aos horários malu-cos da faculdade, todas as manhã e tardes. Logo nas primeiras semanas que me mudei para Brasília, procurei um local para nadar, mas os horários das equipes eram bem no meio da tarde, o que para mim estava fora de cogitação. Acabei desistindo de pro-curar uma equipe e comecei a nadar sozinha mesmo. Com o tempo fui perdendo a motivação, sentia falta

de treinar com a galera, fazer aque-las sérias duras de VO2 e resolvi en-carar a academia. Apaixonei-me pelo spinning até que certo dia depois da aula, recebi um convite para correr num percurso de 7km, levei a sério e fui. Despreparada e mesmo com tênis e roupas erradas, completei todo o percurso sem problemas. A partir daí, fui intimada a fazer parte do clube de corrida da academia e comecei a adorar tudo isso!

Treinava com um pessoal muito ba-cana e sempre participava das cor-ridas de rua. Quando foi no final de 2007, estava passando as férias na casa dos meus pais em Anápolis e um grande amigo, que também fez parte da equipe de natação em que eu trei-nava, me viu correndo e me pergun-tou “Por que não tentar o triathlon?” E eu respondi: “Porque eu não sou maluca!” Ele começou a rir e disse: “Então se eu te disser que eu estou fazendo e adorando, vai me chamar de maluco?” Eu parei, pensei e pedi para ele me explicar tudo e ele não só explicou como me convidou para ir a um dos treinos. O convite aconteceu em uma sexta-feira, passei o final de semana todo pensando e na segunda resolvi encarar. Comprei touca, ócu-los, maiô tudo novo e fui. Cheguei lá

Fotos: arquivo pessoal da atleta

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estava super tímida, mas quando senti aquele astral da galera super animada e feliz, entrei no clima e me empolguei muito!

Passei dezembro, janeiro e fevereiro treinando com eles. E um detalhe im-portantíssimo é que eu não tinha uma bicicleta específica para triathlon e nem mesmo uma de estrada, então peguei uma bicicleta que era do meu pai, super antiga, troquei os pneus, dei uma revisão e ia sofrendo nos treinos de pedal, mas o importante é que ia, e muito feliz! Em março ia ter uma com-petição na Pousada do Rio Quente em Caldas Novas, resolvi encarar e apesar do meu pai insistir em comprar uma speed para mim, eu recusei porque fiquei com medo de investir e quando voltasse à rotina de estudos em Bra-sília, não conseguir continuar trein-ando.

Acreditem, acabei indo competir com a bike verde limão do meu pai, que foi apelidada de Jaspion para os mais chegados. Mas a minha empolgação era tanta, que para mim equipamen-tos não iriam fazer a menor diferen-ça naquele dia. Chegando lá grandes nomes estavam presentes como Juraci, Santiago, Yana Glaser, Ana Lídia entre outros. Olhei aquela área de transição linda, e quando olhei para minha bike cai na risada. Mas nada que me inco-modasse naquele dia mais que espe-cial!

A etapa da natação me ajudou e saí até bem da água, mas perdi tudo no pedal e sofri na corrida. Mesmo assim, garanti o segundo lugar na categoria e olha que tinha mais de 3 hein! As-sim que terminou a prova liguei para

o meu pai e disse: - Pai, isso é tudo que eu sempre quis! Eu me encontrei, me dá uma bicicleta? Dito e feito, a partir desse dia tudo começou. Voltei para Brasília determinada, empolgada e pronta para o desafio de conciliar a faculdade e o triathlon.

“Voltei para Brasília deter-minada, empolgada e pron-ta para o desafio de conciliar a faculdade e o Triathlon.”

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MundoTRI: Você, como estudante de medicina, deve ter horários bem re-duzidos para treinar. Quais suas estra-tégias para conseguir treinar para um Ironman?

Priscilla Dutra: Bem, em 2008 e 2009 eu conseguia me programar melhor, pois as aulas no hospital tinham horários fixos. Eu tinha duas horas de almoço, de 12 às 14h, tinha os finais de semana livres e algumas tardes livres também, então eu conseguia montar uma rotina tranquila. Fazia o pedal até antes das 8h, nadava na hora do almoço, corria à tarde ou à noite. Carregava tudo no carro, bolsa com roupas, tênis e uma frasqueira com comida, sempre naque-la correria, mas dava tudo certo. Em 2009 fiz minha primeira prova longa (distância de meio Iron) e mesmo com o volume maior de treinos eu con-seguia encaixar tudo. No ano passado que a coisa começou a apertar de ver-dade. Comecei a fazer o estágio final do curso, conhecido como Internato, onde você já tem responsabilidades

de médico e horários bem puxados. Cumpria uma carga horária de mais de 60 horas por semana sem contar os plantões que poderiam ser noturnos, diurnos, finais de semana e feriados também, sem folga, uma média de 3 a 4 por semana. Foi uma loucura! Mas meu treinador me ajudou da melhor forma possível! Sempre programava os treinos e volumes de acordo com a minha escala no hospital e quando eu chegava cansada para treinar, virada do plantão ele sempre dava uma alivi-ada. A primeira coisa que fiz foi entrar em uma academia com boa localização e sempre que tinha um tempo livre, ia fazer treinos indoor. Esse era o jeito que dava e mesmo tarde da noite, eu saia do hospital e ia treinar, melhor do que treinar na rua sozinha. Na academia eu tinha acesso as 3 modalidades e acaba-va relaxando um pouco.

Ano passado, resolvi me inscrever para o Ironman Brasil 2011 com o in-tuito de fazer 2011 um ano marcante e especial na minha vida. Além da tão

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“Eu gostaria muito de ter horários fixos e pré deter-minados para poder me pro-gramar mel-hor”

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sonhada formatura, irei realizar uma prova que exige superação, força de vontade, muito treino, dedicação, coragem e raça. Isso tudo para mim traduz e resume o que passei durante esses anos na faculdade. Foram anos de muito estudo, noites em claro, dedicação, bons momentos, mas mo-mentos em que me questionei muito se realmente era isso o que eu queria e a parte mais difícil de todas foi no ano passado onde convivi e vi muito sofrimento, muita dor, mas ao mesmo tempo vi muitos “milagres”, curas e fui muito retribuída pelos pacientes. Cruzar a linha de chegada do Iron-man será muito mais do que comple-tar a prova, mas sim uma conquista, o final feliz de um filme de tudo o que vivi durante esses anos longe de casa e da minha família. Será quan-do poderei finalmente dizer que eu consegui, que eu me superei, que eu venci? Só de imaginar já arrepio e me emociono.

Desde janeiro a carga horária do es-tágio abaixou de 60 para 40 horas por semana, eventualmente tenho plantão e os finais de semana e feria-dos voltaram a ser dedicados somente aos treinos. Até maio, ficará assim, depois volta a ser 60h, mas por pouco tempo e finalmente termina. Por isso, até então, tenho conseguido cumprir as planilhas de treino, me alimentar e dormir bem. Espero seguir assim até o Iron.

MundoTRI: Há algo de semelhante entre a medicina e o Triathlon?

Priscilla Dutra: Sim, há várias seme-lhanças! Em ambos, você tem que ter dedicação, abrir mão do tempo, la-

zer, família, estudar ou treinar e estar sempre preparada para o desafio! Por exemplo, numa cirurgia, você sabe a hora que vai começar, mas nunca sabe exatamente o horário que vai terminar; como o paciente vai reagir durante o procedimento e se toda a equipe está preparada.

A mesma coisa é numa prova de tri-athlon onde você treinou muito para aquilo, sabe exatamente o que tem que fazer, mas nunca sabe como tudo vai terminar. Nunca saber se o clima vai ajudar, se o seu corpo vai suportar, se sua bike vai estragar, se o pneu vai furar, se sua alimentação está correta, enfim, em ambos são muitos fatores que te levam ou não ao êxito, mas acima de tudo, o importante é você estar sempre com o corpo e a mente preparados para tudo, estar sempre concentrado e focado.

Estar sempre disposto a enfrentar e encarar todos os imprevistos e nun-ca pensar em desistir, sempre tentar, buscar e lutar. Na medicina temos que acolher o paciente, fazê-lo sentir-se o melhor possível na sua presença, transmitir segurança, buscar a mel-hor solução, buscar a cura para o pro-blema dele e nem sempre isso está ao nosso alcance. Porém não podemos simplesmente olhar e não fazer nada, assim também é no esporte, onde du-rante os treinos temos sempre que ir em busca do nosso melhor, e na grande maioria das vezes somente o seu cari-nho, amor, dedicação por aquele pa-ciente, já fazem a maior diferença!

MundoTRI: Os estudantes de medi-cina são conhecidos por grandes fes-tas e muita farra. Como você lida com isso quando está se preparando para

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uma prova importante?

Priscilla Dutra: Realmente levamos essa fama, mas não é bem assim não. Acho que os estudantes em geral exa-geram nas festas universitárias, prin-cipalmente pela empolgação e por acharem que já são independentes.

Bem, os estudantes de medicina têm uma rotina muito intensa e puxada. Somos muito cobrados e quando surge uma brecha, por exemplo, fim de provas, fim de semestre, a galera exagera no sentido de comemorar aquela tensão que acabou. Portanto como em tudo na vida, devemos sem-pre buscar o equilíbrio.

Na minha turma tem muita gente que adora uma festa, mas há outros que nunca participaram de nada e são ex-tremamente focados. Vai de cada um. Eu, em particular, cresci num ambi-ente muito saudável. Por isso, nunca fiz parte da turma da farra, festas e bebedeiras. Talvez na empolgação do primeiro e segundo semestre, eu real-mente tenha participado de algumas reuniões, churrascos, mas depois rara-mente eu ia a alguma. Também tive um suporte familiar maravilhoso!

Meus pais são pessoas super sociáveis, mas sempre me ensinaram e mostra-ram que farra, bebida, cigarro, dro-gas, não levam a lugar algum. Sempre foram muito abertos e dialogaram bastante comigo e com meu irmão, por isso não sou careta, de forma al-guma, só sei escolher o que é melhor para mim. Agora que minha turma está se formando, quase todo fim de semana eles comemoram algu-ma coisa, seja na casa de um colega

ou num bazinho, eu sempre recebo os convites, mas prefiro e me sinto muito mais feliz indo treinar com minha equipe e amigos. Sem contar que a galera do esporte tem o seu “happy hour”, mas com horários mais flexíveis, sempre envolvendo comida para repor as calorias perdidas e even-tualmente rola um vinho e a famosa cervejinha. Mas tudo sem exagero e visando sempre a diversão e descon-tração. Por isso nunca tive problemas em deixar de ir a festas para treinar, muito pelo contrário!

MundoTRI: E o que gostaria de mudar em sua rotina?

Priscilla Dutra: Eu gostaria muito de ter horários fixos e pré determinados para poder me programar melhor, e o que também não gosto de jeito nen-hum são os plantões, desgastam de-mais! No mínimo, poderia ter folga de um dia pós plantão, mas infelizmente nem tudo é como queremos. Sei que a partir do momento que estiver com o diploma nas mãos, as coisas vão piorar. Tem a residência médica que é bem mais puxada que o internato, sem contar as responsabilidades de estar com o CRM em mãos e trabalhar de verdade. Isso tudo me assusta um pouco, mas se cheguei até aqui, se já enfrentei tantas barreiras, certamente conseguirei seguir adiante e superar as demais.

MundoTRI Muita gente gosta de treinar em Brasília, pois há muitas op-ções de percursos para bike e corrida. Como é sua vida de treinos na capital federal?

Priscilla Dutra: Essa cidade é um paraí-so! Aqui tem tudo o que precisamos.

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Ruas largas para pedalar e correr, lago para nadar, excelentes piscinas, o parque da cidade com uma pistas de 10, 6 e 4km, enfim, conseguimos trein-ar em qualquer lugar. Ano passado às vezes tinha apenas 1h de almoço, daí eu pegava o meu tênis, minha roupa e ia para a avenida atrás do hospital e corria nem que fosse por meia hora. Depois voltava, jogava uma água no corpo e pegava no batente de novo no Ambulatório, renovada e feliz! Além de tudo, ainda temos grandes atletas e referências.

Todo dia que saio para treinar, en-contro uma galera na rua pedalando, outros correndo e isso acaba te estim-ulando ainda mais. Às vezes saio para treinar sozinha e quando vejo já en-contro uma turma animada e vou jun-to. O pessoal aqui é muito ativo! Na quadra em que eu moro, sempre tem pessoas caminhando, correndo, crian-ças brincando, a galera daqui curte e

aproveita muito o que possuem. Início de manhã e fim de tarde é bonito de se ver, todo mundo se mexendo. Com certeza a logística da cidade me ajuda muito a manter a rotina, sem contar que o Hospital Universitário fica muito perto do Lago Paranoá, de excelentes academias, piscinas e grandes aveni-das. Isso com certeza contribui demais para eu não perder os treinos.

MundoTRI: Por falar em Brasília, o cli-ma seco é um problema para manter um visual bonito? Como você lida com a vaidade no meio da rotina de pouco tempo?

Priscilla Dutra: Acho que o clima não é muito o meu problema, já sou bem adaptada e manter a vaidade não é tão difícil, acho que toda mulher possui esse dom. Não sou muito de combinar as coisas, mas sempre faço o possível para estar com um bom visual. Car-rego sempre hidratantes, perfumes, maquiagem básica, tudo o que uma mulher tem direito, está na minha su-per “mala” de treinos. Não saio digna de uma modelo, mas estou sempre com um visual apresentável.

Uma coisa que deixei de fazer foi ir ao salão de beleza. Adorava fazer aquela escova, pé, mão e ficar bonitinha para o fim de semana, mas hoje isso está totalmente fora de cogitação. Escovar o cabelo pra quê, se logo vou molhá-lo na natação ou de suor? Fazer o pé para que, se vou colocá-lo dentro de um tênis, sapatilha ou na água por horas? Enfim, isso raramente existe para mim, apenas em ocasiões especi-ais. Mas tenho me virado até bem sem esses “luxos”. Meu cabelo é cumprido e liso, o que não atrapalha muito. O pé e a mão eu mesmo dou meu jeito.

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No final, dá tudo certo!

MundoTRI: Quais seus sonhos no Tri-athlon?

Priscilla Dutra: Por trás de sonhos há sempre um grande objetivo e hoje pos-so dizer que tenho vários e aos pouqui-nhos vou tentando realizá-los. Em maio será um deles, pois farei meu primeiro Ironman. Fazer parte dessa prova real-mente era um sonho para mim há al-guns anos e se Deus quiser, em breve se tornará realidade. Mas quero ir muito além disso, e o primeiro passo é ficar independente financeiramente. Hoje, ainda dependo dos meus pais para quase tudo, e isso tem sido uma grande barreira para mim.

Recebo uma mesada semanal e com ela tento me virar da melhor forma pos-sível. Economizo sempre para pagar as inscrições das provas, as raras viagens que faço, gastos com a bike, treinador, nutricionista, suplementos e por aí vai. Faço o máximo que posso com o que meus pais me dão, pois sei o quanto eles ralam para ganhar. Somente quan-do a coisa aperta muito, eu peço uma ajuda.

A inscrição do Ironman foi uma nove-la, fiz uns cálculos matemáticos e fui juntando semanalmente até que quan-do as inscrições abriram, eu já tinha toda a grana guardadinha. Tendo meu próprio dinheiro quero participar das principais provas do calendário brasile-iro, ganhar lastro, experiência de prova, ver em qual distância eu realmente me encaixo melhor, ganhar destaque e prin-cipalmente fazer provas fora do Brasil. Todos que tiveram essa oportunidade sempre elogiam, quero poder conferir

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isso pessoalmente. Hoje, não tenho como meta, nem sonho, me profission-alizar no triathlon, até porque viver do esporte no nosso país é muito difícil e massacrante. Faço tudo por amor, por hobby, prazer, diversão e qualidade de vida. Tive e venho tendo excelentes resultados, mas o que vier será conse-quência. No momento não posso per-der o foco da minha profissão, preciso me dedicar para futuramente colher os frutos e poder me divertir fazendo o que mais gosto, o triathlon!

MundoTRI: Nossa coluna “Belas e Fe-ras” tem incentivado homens e mu-lheres a ingressar em nosso esporte e a encarar distâncias maiores. O que você diria para nossos leitores e leitoras que sonham em fazer um Ironman?

Priscilla Dutra: Seria fácil eu chegar aqui e dizer a frase mais clichê de todas: “You can do it” (você pode fazer isso), pois de fato todos nós podemos, mas as coisas não são bem assim. Para você poder fazer um Ironman, você tem que estar disposto, preparado a abrir mão de muita coisa e querer muito seguir naquele objetivo. Não importa se você está fora de forma, se possui alguma limitação física, você tendo determi-nação, força de vontade e mente para suportar todas as adversidades, você consegue fazer muito mais do que um Ironman.

Quando a pessoa não quer, ela sempre tem uma desculpa para não cumprir aquele objetivo. Agora quando ela quer e se propõe a fazer algo, não im-porta, a rotina pode estar pesada no trabalho, em casa, pode estar chovendo ou fazendo aquele calor de rachar, que ela não vai deixar de treinar. Por isso meu conselho é você buscar, se propor, comprometer e tudo vai se encaixar,

tudo vai dar certo e o seu sonho será realizado, assim como breve realizarei o meu. Não desista e nunca diga que aquilo é impossível para você, porque nós seres humanos somos sim capazes de tudo, quando queremos.

MundoTRI: Você chegou a nos enviar uma mensagem se disponibilizando para participar do Diário até o Iron-man. Infelizmente, já tínhamos esco-lhido os atletas. O que sente ao ler os depoimentos no portal MundoTRI?

Priscilla Dutra: Eu adoro o diário do MundoTRI! Ano passado acompanha-va e me identificava muito com os rela-tos, principalmente da Yana. Todos os problemas que ela teve de saúde, difi-culdades em cumprir a planilha, dúvi-das, medo, insegurança, tudo aquilo mexia comigo e eu sempre conseguia tirar algumas coisas positivas. Vibrei quando ela completou o Iron. Achei o máximo toda a experiência!

Tenho lido o diário de todos os par-ticipantes, mas o da Carol Militão vem me chamando mais a atenção. A forma como ela escreve é muito divertida! Os da Ana e da Ariane também são excelentes e muito diferentes ao da Carol em relação a como elas encaram os treinos. Mas o mais legal é ver que mesmo atletas profissionais passam por dificuldades, tem seus medos, são surpreendidos por imprevistos e nem sempre conseguem cumprir a planilha. Acabo ficando menos ansiosa e vendo que as mesmas coisas que tenho pas-sado e sentido, eles também têm. Isso acaba me tranquilizando e deixando-me mais confiante. Quanto aos treinos, acho super bacana a diversidade! Cada um tem sua particularidade. Mandei o email me disponibilizando, pois achei que muitas pessoas poderiam se identi-

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ficar com os meus relatos, com a minha rotina de treinos, trabalho, com min-has inseguranças e dificuldade para me preparar para o Ironman. Quem sabe numa próxima oportunidade...

MundoTRI: Alguém que gostaria de agradecer em especial?

Priscilla Dutra: Sim, tem muitas pes-soas, mas tentarei resumir um pouco. Primeiro aos meus pais e irmão por me darem todo suporte, amor, força que preciso para continuar firme nos meus objetivos e por estarem sem-pre torcendo e lutando junto comigo. Mesmo estando longe, se fazerem presentes diariamente na minha vida, amo-os demais, eles são tudo para mim! Em segundo, ao meu treinador Marcel Huthmacher por toda sua dedi-

cação, paciência, carinho, trabalho e amizade, ele acredita muito em mim e eu confio demais nele. Ele e sua esposa Fernanda são minha família aqui em Brasília, me acolheram e me ajudam bastante, muito obrigada mesmo! Ao André, dono da Clínica Oto Sul, que há um mês vem me patrocinando com as inscrições, além de ser um grande par-ceiro dos treinos de natação. Aos meus amigos do Triathlon de Anápolis que me receberam muito bem e me conta-giaram com muita alegria e empolga-ção, e claro, a toda galera de Brasília, aos meus parceiros de treinos, ao pes-soal da faculdade, aos meus amigos, pessoas que torcem pelo meu sucesso, aos amadores do triathlon. Dedico todas as minhas conquistas a vocês! Muito obrigada por tudo!

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RAPIDINHAS> Half Mar del Plata

> Sul-americano de Triathlon

> Ironman 70.3 San Juan

> Abu Dhabi International Triathlon

> Ironman Nova Zelândia

> Pan American Cup Santiago - Chile

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Half mar del PlataVitória de Oscar Galindez

O triatleta argentino radicado no Brasil Oscar Galindez venceu o Half Triathlon de Mar del Plata, eu sua terra natal. O atleta da Santaconstancia teve sua sexta vitória na competição de 1.900m de natação, 90km de ciclismo e 21km de corrida.

Após a prova, Galindez declarou: “Tudo aconteceu como havia planejado. saí forte no pedal para abrir a maior diferença possível. À medida que as voltas passavam, a diferença foi aumentando e isso me deu uma grande tranquilidade para a corrida.” O atleta agora segue para San Juan, em Porto Rico, onde Galidnez irá competir um Ironman 70.3.

Em segundo lugar ficou o também argentino radicado no Brasil, Ezequiel Morales. A es-posa de Ezequiel, Soledad Omar, terminou na mesma colocação de seu companheiro.

Sul-americano de TriathlonDiogo Sclebin e Pâmella Oliveira vencem

O carioca radicado em Belo Horizonte, Diogo Sclebin venceu o Campeonato Sul-Ameri-cano de Triathlon Olímpico, prova também válida como ITU Pan American Cup (na qual Diogo foi segundo) e seletiva da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) para as com-petições na Oceania nos próximos meses. Foi o terceiro título sul-americano consecutivo do atleta.

O Brasil também conquistou ainda os outros dois lugares no pódio, com Bruno Matheus em segundo e Fábio Carvalho em terceiro. Ainda tivemos Juraci Moreira em sétimo na Pan American Cup e quarto Sul-americano, Adriano Sacchetto em 15o, Wesley Matos em 17o (Campeão Sub-23), Igor Amorelli (26o), Rafael Fonseca (32o), Marcos Fernandes (34o) e Edwardo Oliveira (38o).

No feminino, mais uma vitória brasileira no Sul-americano, com Pâmella Oliveira, que foi terceira colocado na Pan American Cup. Flávia Fernandes conquistou o 7o lugar geral e o bronze no Sul-americano. Carla Moreno não completou a prova.

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Classificação – ITU Pan American Cup Salinas e Campeonato Sul-americano

Feminino

1) Yuka Sato (JPN)

2) Ane Nakashima (JPN)

3) Pâmella Oliveira (BRA) -1a Sul-ameri-cana

4) Carolina Routier (ESP)

5) Elizabeth Bravo (ECU) – 2a Sul-ameri-cana

6) Zsofia Toth (HUN)

7) Flavia Fernandes (BRA) – 3a Sul-amer-icana

Masculino

1) Mario Mola (ESP)

2) Diego Sclebin (BRA) – 1o Sul-america-no

3) Dan Alterman (ISR)

4) Bruno Matheus (BRA) – 2o Sul-ameri-cano

5) Igor Polianskiy (RUS)

6) Fábio Carvalho (BRA) – 3o Sul-ameri-cano

7) Juraci Moreira (BRA) – 4o Sul-america-no

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Ironman 70.3 San JuanTim O’Donnell e Kelly Williamson vencem com

brasileiros detonando

Os americanos Tim O’Donnell (namorado da campeã mundial de Ironman, Mirinda Carfrae) e Kelly Williamson venceram hoje a edição inaugural do Ironman 70.3 San Juan, em Porto Rico. Os dois garantiram a vitória com as melhores corridas do dia (1:16:17 e 1:20:25, res-pectivamente).

Os brasileiros também fizeram bonito. Raphael Brandão foi o terceiro melhor amador geral, vencendo a 30-34 de ponta a ponta. Ariane Monticeli ficou em 10a e Alessandra Carvalho em 14a na elite feminina. Oscar Galindez, argentino radicado no Brasil, terminou na 8a colocação geral. Ainda tivemos Marco Gimenes em 3o e Robson Carneiro 4o, ambos na 35-39 anos; Alexandre Dourado terceiro na 30-34 e Carlos Viata, segundo lugar na 50-54. Em breve, os resultados completos de todos os brasileiros.

Resultados – Ironman 70.3 San Juan

San Juan, Porto Rico – 19 de março de 2011

1,9km de natação / 90km de bike / 21km de corrida

Masculino

1. Tim O’Donnell (EUA) 3:49:29

2. Paul Amey (GBR) 3:52:37

3. Luke McKenzie (AUS) 3:56:57

4. David Kahn (EUA) 3:58:40

5. Alessandro Degasperi (ITA) 4:01:15

8. Oscar Galindez (ARG) 4:05:16

Feminno

1. Kelly Williamson (EUA) 4:15:38

2. Kate Major (AUS) 4:19:09

3. Caitlin Snow (EUA) 4:20:33

4. Magali Tisseyre (CAN) 1:28:29

5. Margaret Shapiro (EUA) 4:24:52

10. Ariane Monticeli (BRA) 4:34:31

14. Alessandra Carvalho (BRA) 5:11:42

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Atleta Idade/categoria Colocação na categoria

Natação Bike Corrida Total

Rafael Sousa 32/M30-34 1 00:24:00 02:13:11 01:38:47 04:23:17

Marco Gimenes 38/M35-39 3 00:34:55 02:13:48 01:29:17 04:23:47

Robson Carneiro 38/M35-39 4 00:29:23 02:23:32 01:29:48 04:27:24

Alexandre Dourado 31/M30-34 3 00:26:22 02:21:45 01:36:59 04:30:07

Fabiano Santos 34/M30-34 6 00:26:21 02:21:31 01:37:59 04:31:29

Ariane Monticeli 29/FPRO 10 00:31:41 02:25:45 01:31:29 04:34:31

Fabio Eduardo Branco 36/M35-39 8 00:32:18 02:22:59 01:43:40 04:43:53

Tales Galbier 31/M30-34 17 00:38:18 02:21:09 01:45:02 04:49:49

Carlos Viata 50/M50-54 2 00:32:49 02:37:55 01:34:00 04:50:58

Rodrigo Erichsen 23/M18-24 3 00:31:44 02:20:51 01:57:30 04:55:20

Rodrigo Vendramini 39/M35-39 21 00:28:04 02:29:48 01:56:59 05:01:03

Leonardo Silva 46/M45-49 13 00:38:02 02:35:26 01:42:18 05:03:51

Alessandra Carvalho 25/FPRO 14 00:32:28 02:46:51 01:47:02 05:11:42

Mario Soares 54/M50-54 9 00:33:32 02:30:43 01:59:10 05:12:57

Luiz Alexandre Lacerda 34/M30-34 29 00:35:54 02:40:21 01:53:13 05:15:45

Alexandre Bergamo 50/M50-54 12 00:32:57 02:34:28 02:06:15 05:20:12

Ubirajara Junior 38/M35-39 67 00:36:46 02:47:13 02:00:08 05:32:38

Andre Del Negro 35/M35-39 69 00:31:18 02:43:16 02:13:18 05:34:59

Christiano Moreira 39/M35-39 80 00:43:45 03:08:10 01:33:25 05:39:37

Samuel Ferraz 34/M30-34 53 00:34:45 02:42:16 02:15:27 05:41:45

Rodrigo Souza 40/M40-44 64 00:48:51 02:36:04 02:17:11 05:50:08

Flavio Erichsen 49/M45-49 42 00:45:54 02:48:36 02:11:23 05:53:03

Paula Proenca 29/F25-29 9 00:37:51 02:39:44 02:27:51 05:55:05

Euler Ribeiro Filho 42/M40-44 84 00:38:14 02:57:46 02:13:00 06:01:09

Juliano Salvadori 29/M25-29 32 00:34:42 02:56:12 02:40:24 06:18:34

Jefferson Vilela 55/M55-59 11 00:37:33 02:57:30 02:41:21 06:24:34

Juliana Ozores 30/F30-34 49 00:37:35 03:20:45 02:35:56 06:44:23

Mayara Sa-Riddlebaugh 27/F25-29 16 00:37:57 03:17:56 02:42:50 06:52:14

Resultados de todos os brasileiros em San Juan

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Abu Dhabi International TriathlonFrederik Van Lierde e Julie Dibens vencem o Abu

Dhabi Triathlon

O Belga Frederik Van Lierde e a britânica Julie Dibens venceram o Abu Dhabi Triathlon, que distribuiu mais de 250.000 dólares em premiação. Apesar do sobrenome igual, Frederik não é parente do lendário Luc Van Lierde, recordista de tempo de Ironman e do Ironman do Ha-vaí.

Enquanto Dibens liderou de ponta a ponta para a sua segunda vitória consecutiva, Van Lierde ofuscou a esperada disputa entre Macca (campão mundial de Ironman), Craig Alexander e Rasmus Henning. Macca (com problemas no taquinho de sua sapatilha) e Henning (com câimbras) abandonaram a prova, já o grande corredor Alexander não conseguiu alcançar Van Lierde na última etapa. A competição foi muito disputada entre os homens, com os 4 primeiros colocados terminando em um espaço de apenas 33 segundos de diferença.

Resultados – Abu Dhabi Triathlon

12 de março de 2011

3km/200km/20km

Masculino

1. Frederik Van Lierde (BEL) 6:43:14

2. Marino Vanhoenecker (BEL) 6:43:31

3. Dirk Bockel (LUX) 6:43:42

4. Raynard Tissink (RSA) 6:43:47

5. Sylvain Sudrie (FRA) 6:45:49

6. Craig Alexander (AUS) 6:46:46

7. Luke Bell (AUS) 6:46:52

8. Faris Al Sultan (ALE) 6:48:22

9. Timo Bracht (ALE) 6:49:40

10. Andrew Starykowicz (EUA) 6:50:22

Feminino

1. Julie Dibens (GBR) 7:14:23

2. Caroline Stefen (SUI) 7:19:45

3. Catriona Morrison (GBR) 7:31:12

4. Rachel Joyce (GBR) 7:32:09

5. Angela Naeth (CAN) 7:32:34

6. Leanda Cave (GBR) 7:34:20

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Ironman Nova ZelândiaCameron Brown vence pela 10ª vez

Aconteceu no dia 5 de março a primeira prova de Ironman do ano, o Kellogg’s Nutri-Grain Ironman New Zealand, em Taupo – Nova Zelândia, prova marcada por muita chuva, especial-mente durante o ciclismo e por feitos históricos dos vencedores.

Os campeões da disputa de 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km corrida foram os atletas locais, Cameron Brown e Samantha Warriner. Cameron conseguiu um feito inédito: foi o primeiro atleta a ganhar por 10 vezes o mesmo Ironman! Com a melhor corrida e o segundo melhor pedal do dia, mesmo longe de seu recorde, Cameron conseguiu superar o jovem talento, seu compatriota Terenzo Bozzone. Bozzone era apontado como favorito para se tornar o novo rei da Nova Zelândia, mas Brown, aos 39 anos, mostrou que ainda é o homem a ser batido em seu país.

Brown não fez uma boa natação (50:21), mas com o segundo melhor pedal (4:43:04) con-seguiu chegar na segunda transição a apenas 2:45 atrás de Scott Curry (melhor pedal do dia: 4:39:59). Fechando a maratona com 2:52:09, Brown facilmente alcançou Curry, abrindo uma margem confortável sobre Terenzo (mais de 10 minutos), que terminou pelo segundo ano consecutivo a uma posição da vitória, exatamente atrás de Cameron Brown.

Na prova feminina, outro grande feito da vencedora, a neozelandesa Samantha Warriner, que foi operada do coração há apenas alguns meses e já venceu seu primeiro Ironman. A disputa entre as mulheres foi apertada, com Warriner vencendo com 9:28:24; seguida da campeã mundial de Ironman, Mirinda Carfrae, com 9:31:33; apenas 20 segundos à frente da heptacampeã da prova, Joanna Lawn. Apesar de ter feito a melhor corrida entre as mulheres e a terceira melhor maratona geral (3:01:06), Carfrae não conseguiu tirar a vantagem de mais de 21 minutos que Warriner construiu na bike, graças a dois pneus furados. No km35 da maratona, a campeã mundial alcançou Lawn para garantir a segunda colocação.

Samantha Warriner ainda terminou na 10ª colocação geral entre os profissionais, feito cada vez mais comum entre as atletas de ponta. A atleta, que já venceu 7 Copas do Mundo de Triathlon Olímpico da ITU (International Triathlon Union) e dois Mundiais de Aquathlon, além de ter disputado as Olimpíadas de Pequim 2008 e de Athenas 2004; mostrou ser uma das atletas mais completas em todas as distâncias na história do Triathlon mundial, pois ela tam-bém já venceu provas de Ironman 70.3.

Samantha Warriner já brilhava nas provas da ITU - Foto: Triathlon.org | Simon Grimmett

Apesar do segundo lugar, a prova foi importante para Mirinda Carfrae validar sua vaga para o mundial de Ironman em 2011. Segundo as regras da WTC (empresa que organiza o circuito Ironman), os vencedores em Kona precisam terminar um ironman em 2011 para poderem validar sua vaga no mundial.

A prova também teve como destaque o amador Luke Harrrison, de 34 anos, que foi o 6º geral, com uma maratona de 2:55:56.

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102 MundoTRI.com [março 2011]

Pan American Cup Santiago - ChileSclebin é prata, mesmo com penalização

O atual campeão sul-americano de Triathlon, carioca radicado em Minas Gerais, Diogo Sclebin, conquistou a medalha de prata na Pan American Cup do Chile, realizada no do-mingo 20/03 em Santiago/Chile. Diogo terminou a prova na distância olímpica em 1:48:40, apenas 23 segundos atrás do campeão, o japonês Hirokatsu Tayama. Diogo, e mais quatro brasileiros (Fábio Carvalho, Igor Amorelli, Adriano Sacchetto e Marcus Vinícius Fernandes) sofreram uma penalização de 15 segundos durante a corrida, o que acabou tirando a vitória do brasileiro.

A penalização ocorreu porque um atleta brasileiro não compareceu ao congresso técnico, que é um item obrigatório nas provas da ITU. Esse atleta, seria desclassificado, mas os cole-gas assinaram em seu nome. Algum outro membro da delegação brasileiro levou o fato ao delegado da prova, que queria desclassificar o atleta que assinou. Os brasileiros, contudo, se uniram e disseram que só aceitariam se todos fossem desclassificados. Diante disso, a orga-nização decidiu aplicar a penalização de 15 segundos para o grupo. Wesley Matos e Rafael Fonseca não foram penalizados.

Fábio Carvalho terminou a prova em 5º lugar com 1:49:09. Igor Amorelli foi o 9º, Wesley Matos 10º, Rafael Fonseca 23º, Adriano Sacchetto 24º e Marcus Vinícius Fernandes fechou em 26º lugar.

Próxima edição:

GP Extreme

Long Distance Caiobá

Prévia Ironman Brasil 2011

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