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    REVOLUOErica David

    Baseado nos roteiros de

    Mike DiMartino e Bryan Konietzko

    Traduzido para o portugus por

    Arion Sheyrizet

    Bianca TakahashiCatharina GilErich CastroFelipe Dias

    Glaucio SilvaJaqueline Moraes

    Kevin YanaguiMara Colares

    Rafael de MesquitaThais Leite

    Wilker SthalWostemes Queiroz

    Yash Kun

    Revisado por

    Renata Alvetti

    Diagramado por

    Eduardo Guerra

    Projeto sem fins lucrativos realizado por

    www.mundoavatar.com.br

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    Captulo 1

    tima noite para escapar, no ?Korra espantou-se ao ouvir a pergunta. A garota de 17

    anos estava pensando a mesma coisa, de fato, foi por issoque escolhera esta noite para escapar da guarda da LtusBranca. At ento, tudo estava indo de acordo com seusplanos. Ela escapou de seu alojamento com xito, enquan-

    to desviava-se dos olhos atentos das sentinelas e prosseguiaseu rumo aos estbulos sem ser notada. L, ela achariaNaga, seu enorme Co urso-polar, Korra a selava rumo

    jornada que seguiria para alm das fronteiras do territrioda Tribo Da gua do Norte, quando a pergunta a inter-rompeu.

    Korra virou para ver Katara que estava em p prximas portas do estbulo, com os laos de seu cabelo grisalhoque se balanando gentilmente brisa fria noturna. Comseus oitenta anos, Katara parecia uma mera idosa aos olhosdo mundo, mas Korra sabia que ela ainda era muitopoderosa.

    Eu preciso partir, Korra disse. Eu preciso achar meu

    prprio caminho como o Avatar.Era uma conversa um tanto incomum para se ter den-tro dos estbulos no meio da noite, mas bem, Korra erauma garota incomum. Muitas das pessoas das quatronaes que formaram Repblica Unida possuam um talen-to especial chamado dominao. O povo da Tribo da guamanipulava a gua. O povo do Reino da Terra comandavaas pedras. Os cidados da Nao do Fogo geravam e con-trolavam o fogo. E alguns dos descendentes do que restou

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    dos Nmades do Ar controlavam o prprio ar por si s.Mas Korra era nica. Em cada era, o nico que possua a

    habilidade de controlar todos os quatro elementos eraconhecido como o Avatar. E Korra, potencialmente, tinhaessa habilidade.

    Avatar Korra no pensava em tudo isso nesse momen-to. Ela pensava se Katara a deixaria partir. A sbia senhoraconhecia tudo sobre o que significa ser o Avatar. Ela lutouao lado do Avatar antecessor, Aang, em sua juventude, maistarde casando-se com ele. Avatar Aang faleceu, mas o ciclodo Avatar comeou novamente com seu esprito reencar-nado na impertinente, teimosa moa que procurava es-capar nesta noite.

    Katara olhou para Korra e seus olhos atenuaram-se.Eu sei que voc precisa partir, ela disse. O tempo de

    Aang passou. Meu irmo e muitos de meus amigos j seforam. hora para voc e sua gerao tomarem respons-abilidade para manter a paz e a harmonia no mundo. E euacredito que voc ser uma grande Avatar.

    Korra deixou escapar um suspiro de alvio. Sou grataa voc, ela disse, e foi-se aos braos daquela sbia senhora.Katara a abraou fortemente.

    At, Korra.Korra voltou-se e rapidamente selou sua cadela urso-

    polar. Enquanto retirava Naga dos estbulos, uma parte suano conseguia acreditar que estava finalmente saindo docomplexo. Ela tinha estado treinando aqui desde os quatroanos de idade, aprendendo a dominar cada elemento.

    gua, Terra e Fogo foram aprendidos facilmente.Trs j foram, s falta um, ela pensou. O prximo: Ar.

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    Infelizmente, os membros da Ltus Branca, uma antigaordem designada a proteger e a treinar o Avatar, entraram

    em acordo com Tenzin para prorrogar suas lies de domi-nao de ar. Sendo filho de Aang, Tenzin era o nico Mestreem Dominao de Ar. Sua responsabilidade era ensinar adominao de ar para Korra, mas suas obrigaes comoconselheiro na capital urbana da crescente Cidade Repbli-ca foraram-no a adiar seus planos indefinidamente.

    Korra no deixaria isso acontecer. Se Tenzin no pode-ria vir at ela, ento ela iria at ele. Ela estava pronta. Sefosse necessrio sair na calada da noite, esgueirando-separa fora do complexo a fim de seguir seu destino, queassim seja.

    Ela era o Avatar, e a Ltus Branca, bem... Eles teriamque lidar com isso.

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    Houve um alto baque quando a porta para o compar-timento de carga se escancarou e a tripulao comeou a

    descarregar o navio. Korra montou nas costas de Naga ejuntas saltaram atravs da sada. Os marinheiros no convsser surpreenderam com a viso das fugitivas/clandestinas,mas antes que pudessem reagir, Korra e Naga atravessarama prancha para o porto.

    O porto est fervilhando com pessoas, mas Korra malpercebeu. Ela estava completamente distrada com seuprimeiro vislumbre da Cidade da Repblica. Nossa, olhes para este lugar!

    A magnfica cidade se estendia mais distante e maisvasta do que ela poderia ter imaginado. Aninhada em umvale de uma majestosa cordilheira, vidros e metais cin-tilavam sob a luz do sol de milhares de pontos e ngulos

    diferentes. Arranha-cus elevam-se no horizonte comopontudas, flechas atiradas ao cu. Aeronaves o pontuavam,zunindo como abelhas entre os altos prdios.

    Para o oeste, uma gigantesca ponte suspensa atravessa-va a baa, e estava completamente congestionada. Korrapodia ouvir o som das buzinas soando desde as docas.

    Eu nunca tinha visto tantos Satomveis! ela disse.

    Para leste, a gigantesca esttua de pedra do AvatarAang ficava em uma pequena ilha na baa. Aang erguia-semagnificamente, umas de suas mos apertava com firmezaseu basto. Seu olhar fixo na cidade que ele havia fundadocom o Lorde do Fogo Zuko h quase setenta anos atrs naesperana que se tornaria um smbolo de paz e igualdade

    para todas as civilizaes.

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    Alm da esttua havia outra ilha na baa. A nvoa damanh escondia a suas margens arborizadas, mas Korra

    teve um rpido vislumbre do templo atravs das nuvens.A Ilha do Templo do Ar! ela disse. l onde Tenzin

    mora. Pronta para uma nadadinha, garota?O nariz de Naga se contorceu em excitao. Ela fare-

    jou duas vezes e decolou, avanando atravs do tumultodas docas.

    Ei, Naga! Voc est indo pro caminho errado! Korradisse. A co-urso polar tinha farejado algo. Ela se embren-hou no meio da multido, que pulava desesperada pra forado caminho da enorme criatura.

    Desculpa, estamos passando! Korra gritou. Des-culpe, somos novas aqui!

    Naga seguiu por uma rua movimentada. Vrios

    Satomveis buzinaram e freiaram bruscamente.Devagar, Naga! Cuidado! gritou Korra.Naga atravessou a rua e chegou em segurana na cala-

    da, atraindo olhares curiosos dos pedestres. Mas nada po-dia abalar a sua busca obstinada pelo misterioso cheiro. Empoucos momentos ficou claro o que Naga estava atrs. Eladerrapou parando diretamente em frente a uma tenda de

    comida cheia de tortas, bolos melados, macarres e outrasdelcias.

    Est bem, est bem! disse Korra com um sorriso.Comida primeiro, Templo do Ar depois.Ela pulou das costas de Naga e pegou um espetinho de

    peixe.

    Queremos um de cada, por favor. Ela disse para avendedora.

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    A velha senhora olhou para ela, seus olhos de repentebrilhantes com a esperana de uma grande venda. Isso d

    20 Yuans ela disse.Korra ficou chocada. Eu no tenho dinheiro.

    Parando para pensar, ela nunca teve nenhum dinheiro, nohavia nenhuma necessidade dentro da fortaleza da LtusBranca. A Ordem da Ltus Branca estava mais do que felizem prover refeies grtis para uma jovem Avatar.

    Ento para que voc me serve? a velha senhorarompeu. A vendedora estendeu a mo e agarrou o espet-inho da mo de Korra. O estmago da Avatar roncou. Kor-ra no tinha percebido a quo faminta ela estava at essemomento. Ela lambeu seus dedos, desesperada por qual-quer resqucio do saboroso peixe salgado.

    Naga uivou com fome. Korra virou e gentilmente lev-

    ou a para longe da tenda de comida.No se preocupe, garota, ela disse suavemente. Acidade enorme, tenho certeza que encontraremos umlugar para comer algo.

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    Captulo 3

    Mais ou menos uma hora depois, Korra e Naga chegaram aum osis no meio daquela cidade superlotada. Ele era umavastido de grama recm-cortada, caminhos sinuosos eflores bem cuidadas. No meio desse parque pblico metic-ulosamente tratado estava uma lagoa cheia de peixes. Nagapulou animada na gua fresca pegando o prprio caf da

    manh.Korra sentou-se na grama ao lado da lagoa, enquanto

    assava peixes no espeto com a chama que ela tinha criado.Era uma das vantagens da dominao de fogo. Ela nuncateve que se preocupar em coletar madeira ou pedras parafazer fogueiras. Ela podia simplesmente se concentrar, sen-tir o calor de seu prprio corpo, e canalizar a chamaatravs de seus dedos.

    Ento, acha que posso conseguir um desses peixinhossaborosos?", perguntou uma voz.

    Korra olhou para cima e ficou surpreso ao ver a cabeade um homem saindo de entre as folhas de um arbustogrande.

    Ela puxou um dos peixes do espeto e estendeu paraele.O homem saltou do mato e passou por cima de Korra.

    Sentou-se ao lado dela, pegou o peixe, e avidamente de-vorou-o. Nos poucos segundos que ele levou para comer,ela notou que suas roupas estavam sujas e rasgadas. Pareciaque ele estava dormindo do lado na rua e no tomava ban-ho h algumas semanas.

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    Ento, voc... vive nesse arbusto? ", perguntou Kor-ra.

    Sim", ele respondeu: "hoje o que eu chamo de lar.Levei um tempo para adquirir um arbusto to bonito. Esteparque bastante popular com todos os andarilhos".

    Ento, tem um monte de vocs por a? Eu pensei quetodo mundo nesta cidade estava aproveitando a vida!" Kor-ra lembrou as pessoas que ela tinha visto naquela manh,enquanto ela e Naga procuravam alimentos. Tudo nelesparecia extravagante e caro. Sua tnica simples e sem man-gas, calas, e botas de couro pareciam a fizeram se sentirdeslocada. Agora que a cidade estava comeando a fazersentido, ela aprendera algo que a deixou completamenteconfusa.

    O mendigo riu, e ento, como se lesse seus pensamen-

    tos, disse: Voc tem muito que aprender novata. Bem-vin-da a Cidade Repblica!".De repente, um assobio agudo atravessou o ar, Korra

    se virou para ver um homem correndo em direo a ela. Ajulgar pelo seu uniforme, ele parecia ser um policial.

    Ei, pare! Voc no pode pescar aqui!" O oficial gritou.O vagabundo rapidamente pegou outro peixe de es-

    peto de Korra e correu de volta para seu arbusto. " mel-hor debandar!" ele gritou por cima do ombro.

    Korra aceitou seu conselho e pulou nas costas de Naga.Saram a galope, perdendo rapidamente o oficial nos cam-inhos do parque. Elas estavam prestes a deixar parquequando Korra notou uma pequena multido de pessoas

    protestando.

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    Os homens e mulheres foram reunidos em torno deum orador que estava em uma plataforma elevada. Atrs

    dele se encontravam pendurados enormes cartazes depano, pintados com a imagem de um homem cujo rostoestava escondido atrs de uma mscara assustadora. A ms-cara em si era inexpressiva, mas havia algo sobre os olhos,sombrios, reptilianos e impiedosos que encaravam malig-namente e faziam o homem especialmente sinistro.

    Korra escorregou das costas de Naga e se aproximoupara ouvir melhor.

    Voc est cansado de viver sob a tirania dos domi-nadores? Ento se juntem aos igualistas!" O homem gri-tou.

    Igualistas?Korra pensou. E o que ele quis dizer com atirania dos dominadores? Dominadores usavam seus

    poderes para ajudar as pessoas. Ela era uma dominadora,de fato, a nica do seu tipo.Por muito tempo, a elite dominadora desta cidade

    tm forado os no dominadores a viverem como cidadosinferiores! Juntem-se a Amon, o orador disse, apontandopara o homem mascarado no cartaz, E juntos vamos der-rubar a hierarquia da dominao!".

    O que voc est falando?" Korra perguntou incrdula.Dominao a coisa mais legal do mundo."Ah, ? Deixe-me adivinhar, voc uma dominadora!

    O orador devolveu.Sim, eu sou! E me orgulho disso!" Korra colocou as

    mos nos quadris e firmou-se na sua posio.

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    claro que voc , e eu aposto que voc gostaria deme derrubar desta plataforma com alguma dominao

    d'gua, n?"Eu estou pensando seriamente nisso."Veem?" O orador disse, apelando para a multido.

    Isso o que h de errado com esta cidade! Dominadorescomo esta menina usam o seu poder s para nos oprimir!".A torcida vibrava em acordo.

    O qu?", Ela balbuciou. Eu no estou oprimindoningum. Voc est... voc est oprimindo voc mesmo!"Naga latiu em concordncia. Korra agarrou as rdeas e saiucorrendo.

    Isso no fez sentido algum!" O orador a chamou. Masa verdade era que ela j no se importava. Seu argumentoera exatamente o que ele esperava. Com certeza, isso era

    confirmado pela forma como a multido olhou para elacom uma mistura de temor e apreenso.

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    Captulo 4

    Cidade Repblica era um lugar grande. Korra e Naga va-garam por horas, e ainda no estavam perto de voltarempara o porto pra Ilha do Templo de Ar. Quanto mais an-davam, mais a cidade parecia chamar a ateno, distraindoKorra de seu objetivo.

    Primeiramente, Korra ficou deslumbrada com o

    tamanho e as propores da cidade. Os prdios eram or-namentados e imponentes. Todos pareciam prsperos,cruzando em Satomveis, usando jias finas e roupas feitasde seda luxuosa. Mas ao continuar explorando, ela encon-trou lugares onde os prdios no eram to chiques e aspessoas vestiam roupas que eram simples em comparao.

    Ela e Naga estavam em um bairro modesto quando obarulho de sirenes chamou sua ateno. Naga pulou para olado bem quando um caminho de bombeiros passou ras-pando nas duas, indo em direo a uma coluna de fumaaao longe.

    Mais frente, Korra percebeu vrios oficiais da forapolicial posicionados em volta de um prdio queimado. Ela

    se moveu para olhar de perto, se aproximando do detetiveda cena, que estava no meio dos destroos queimadosfazendo anotaes.

    Uau, o que aconteceu aqui? ela perguntou.Guerra de gangues. Nada novo, o detetive respon-

    deu. Ele nem se incomodou em desviar os olhos das ano-taes.

    Isso acontece o tempo todo? Korra no conseguiaacreditar.

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    O detetive finalmente olhou para ela, irritado pelasperguntas insistentes. Ele viu Naga, alegremente ofegante

    do lado de sua dona.Voc tem uma licena para este animal? ele pergun-

    tou.Ahn, estou indo conseguir uma agora mesmo, Korra

    respondeu, entendendo a indireta. Ela levou Naga embora.Vrias quadras depois, elas viraram em uma larga

    avenida com uma grande variedade de lojas e barracas.Korra encarou os produtos que eram cuidadosamente

    arranjados nas vitrines das lojas, tudo desde mesas ecadeiras artesanais at os mais modernos, como rdios efongrafos.

    Com licena, Korra disse para uma mulher paradabem em frente a uma loja de tecidos. Qual o melhor cam-

    inho para voltar ao cais? Eu preciso voltar para a Ilha doTemplo de Ar. s seguir por essa rua a mulher comeou, mas

    foi interrompida por um cantar de pneus. No final doquarteiro, um carro brilhante dobrou a esquina. O motorroncou enquanto o veculo cromado correu pela rua e der-rapou no muito longe de Korra.

    A dona da loja de tecidos ficou plida quando viu ostrs homens descerem do veculo.

    Voc devia ir embora, mocinha, ela disse Korra.No seguro. Com isso, ela se apressou para dentro desua loja e trancou a porta.

    Korra se virou para olhar melhor os homens. Enquan-

    to eles se reuniam em volta da loja de fongrafos, ela podiadizer por seus modos que eles no eram boa gente. O

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    vendedor de fongrafos, um homem de sessenta e poucos,se acovardou enquanto eles se aproximaram.

    Sr. Chung! um dos homens chamou. Ele era o maisalto dos trs, e magro, com um ar de preguioso e comolhos brilhantes. Por favor, me diga que voc tem meudinheiro, ou ento eu no posso garantir que eu consigaproteger o seu agradvel estabelecimento.

    Como que para enfatizar esse argumento, um dos out-ros homens deu um passo frente e produziu uma pequenachama sobre sua palma aberta. Ele sorriu ameaadora-mente para o vendedor de fongrafos e balanou a chamana frente de seu rosto.

    A voz do Sr. Chung tremia enquanto ele falava. M-m-me desculpe, os negcios andam fracos. Por favor, aceiteum dos meus fongrafos. Ele pegou um belo fongrafo

    entalhado mo, com o fone cortado em um intriganteformato de flor.O Dominador de Fogo moveu sua mo atravs do ar

    em um arco ngreme e enviou um jato de fogo no fon-grafo. Ele ficou envolto de chamas. Sr. Chung derrubou oaparelho em que trabalhara to duro para construir e ele sechocou contra o cho em uma runa incandescente.

    Meu amigo aqui no um amante de msica, disse oprimeiro bandido, um Dominador de gua. Com ummovimento de seu pulso, ele espirrou gua de seus dedospara apagar as chamas. Os trs gngsteres sorriram satis-feitos consigo mesmos.

    Assistindo a negociao, Korra podia sentir seu tem-

    peramento explodindo.

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    Me d o dinheiro, disse o Dominador de gua, ouento eu vou

    Ou ento o qu, valento? Korra interrompeu. Elacerrou seus olhos e encarou os bandidos.

    Os homens olharam para ela e caram na gargalhada.J que voc obviamente nova na rea, me deixe te

    explicar algumas coisas, disse o Dominador de gua.Voc est no territrio da Trade Ameaa Tripla, e ns es-tamos para te mandar para o hospital.

    Korra parou no meio da rua e ficou encarando os trsgngsteres. Ela estalou os dedos devagar e alongou seupescoo, numa imagem de calma intimidadora. Afinal, elatinha a vantagem. Esses homens no tinham idia de comquem estavam se metendo.

    A rua ficou totalmente silenciosa j que os vendedores

    correram para suas lojas e trancaram suas portas. Pedestresse esconderam em portas e becos ou se protegeram dealgum outro jeito. Ningum quis ficar no meio de um de-sentendimento entre uma gangue de rua perigosa como osTrades e uma jovem mal-humorada recm-chegada e ou-sada demais para saber quando recuar.

    Vocs so os nicos que vo precisar de um hospital,

    disse Korra calmamente. E para o seu bem, espero quetenha algum aqui perto.

    O Dominador de gua balanou sua cabea. Ele nopodia acreditar na coragem da garota. Quem voc pensaque ? ele perguntou.

    Os lbios de Korra se curvaram em um sorriso desafi-

    ador. Por que voc no vem descobrir?

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    No sendo de fugir de um desafio, o Dominador degua girou rapidamente seu calcanhar e lanou um

    poderoso jato de gua diretamente em Korra. Ela se per-guntou brevemente de onde a gua vinha. Ao contrrio demembros da Nao do Fogo, dominadores de gua e deterra no podiam criar os elementos que usavam. Eles tin-ham que canalizar o que estivesse disponvel. No havianenhum encanamento ou tanques de gua visveis prxi-mos dali, mas quando ela avanou contra o bandido,percebeu uma bolsa de gua sacudindo embaixo de sua

    jaqueta cara.Korra encarou o disparo de gua de frente, usando sua

    prpria fora para defleti-lo diretamente de volta para ogngster. Ele se espalhou atrs da cabea dele em um arcolargo, que ela rapidamente congelou em um cintilante

    pedao de gelo. Surpreendido pelo seu movimento ines-perado, o Dominador de gua no teve tempo para se re-cuperar antes que Korra congelasse sua cabea em um blo-co slido de gelo. Em um movimento suave, ela girou echutou ele em direo grade do carro. O gelo quebrouquando sua cabea entrou em contato com o metal. Des-maiado, o Dominador de gua escorregou para o cho.

    Os outros bandidos olharam para Korra boquiabertosde surpresa. O Dominador de Fogo e seu amigo, um Dom-inador de Terra, foram rpidos para se recuperarem, apesarde tudo. O Dominador de Terra juntou suas mos rapida-mente com uma palma barulhenta, e o movimento tremeuo cho sua volta. Mas antes que ele pudesse terminar seu

    ataque, Korra pisou no solo. A vibrao de seu chi, suafora vital, ondulou atravs da rua. O cho se deformou e

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    revirou, indo em direo ao Dominador de Terra. Ele sevirou para correr da terra ondulante, mas ele foi pego no

    caminho por uma rocha em movimento e foi arremessadoalto no ar.

    Tudo que sobe tem que descer, Korra pensou enquanto o arpareceu perceber que o Dominador de Terra era muitopesado para suportar. Ele caiu rapidamente, batendo emfios de bondinho e marquises de lojas at finalmente ater-rissar em uma pilha de caixinhas de msicas.

    Ento uma coisa engraada aconteceu. Os donos delojas e os transeuntes comearam a espiar pelas janelas e asair de seus esconderijos. Eles estavam curiosos sobre essagarota que enfrentou os Trades.

    Ela acabou de dominar a terra? uma mulher pergun-tou ao seu acompanhante.

    Mas ela uma Dominadora de gua, ele respondeu.E isso importa? disse o Sr. Chung. Acho que ela estganhando.

    O Dominador de Fogo era o ltimo homem de p.Ele foi muito duro quando enfrentou fongrafos, masagora, encarado por uma Korra nervosa, ele no estava tocerto de si mesmo. Ele soltou um grito de batalha e correu

    direto para ela, atirando labaredas pelas mos. Korradesviou as chamas facilmente, dominando elas claro, einvestiu contra ele em retorno. Eles se encontraram comum choque, segurando palma com palma.

    Ela tambm pode dominar o fogo? perguntou umespectador curioso. Poderia ser ela...?

    Korra fincou o p no cho e usou sua fora para atiraro Dominador de Fogo no ar. Ele voou atravs de uma vit-

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    rine, destruindo completamente um estande de relgios,que estalaram e despertaram em protesto.

    Tem alguma idia de quem sou eu agora, idiotas?Korra perguntou com um sorriso satisfeito.

    Eu no posso acreditar! disse um pedestre satisfeito.Ela o Avatar!

    Os bandidos aprenderam essa lio do modo difcil, eeles tiveram ensinamentos o bastante para o resto de suasvidas. Eles se arrastaram para seu carro e arrancaram ruaabaixo.

    Korra no iria deix-los escapar. Ela colocou as duasmos frente, e levantou suas palmas. O movimento abriuuma fenda no cho. Paraleleppedos saltaram embaixo dopneu traseiro do carro, o fazendo capotar, derrubar umposte, e voar direto atravessando uma vitrine com um ru-

    do ecoante.Korra mal teve tempo de apreciar seu prprio trabalhoantes que uma sombra casse sobre a rua em frente a ela. Asombra era seguida pelo barulho de motores acima. Elaolhou para o alto e viu uma grande aeronave flutuando noalto. Korra reconheceu a insgnia no lado da nave. Ela tinhavisto isso no uniforme do policial que a perseguiu por

    pescar no parque.Polcia! Fiquem parados onde esto! uma voz ampli-

    ficada disse atravs dos auto-falantes da aeronave. Sirenescomearam a soar justo quando se abriu uma escotilha seabriu na gndola da nave. Vrias figuras escuras saram daescotilha. Korra assistiu, maravilhada, as figuras acelerando

    em direo ao cho num mergulho areo impressionante.No ltimo instante, cabos de metal finos saram de cada

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    uma dos vultos, se enrolando em fios, postes e salincias.Os cabos se apertaram, reduzindo a descida dos oficiais da

    polcia at que seus ps tocaram o cho.Assim que os policiais aterrissaram, os cabos se

    soltaram e se retraram de volta para suas armaduras. Dom-inadores de Metal!Korra pensou enquanto a polcia se jun-tou sua volta.

    Korra apontou orgulhosa para os criminosos que elahavia pegado enquanto eles se arrastaram desnorteados deseu carro capotado. Aqui esto eles, policiais!

    Prendam-nos! o capito Dominador de Metal gritou.Em momentos, os policiais haviam cercado os trs bandi-dos. Eles soltaram seus cabos e os mandaram voando paraos gngsteres, enrolando eles da cabea aos ps em umcasulo de ao.

    Enquanto o capito se virou para Korra, ela sorriu,pronta para receber seus elogios por um trabalho bemfeito. Ela ficou chocada quando ele a encarou com umaexpresso severa.

    E voc est presa, tambm! ele disse.

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    Captulo 5

    O que voc est falando, estou sendo presa? Korra disseboquiaberta. Um oficial dobrador de metal de cabelogrisalho a atacou com seus cabos, mas ela os pegou comseus pulsos e segurou firme.

    Aqueles ali so os caras maus! Korra explicou. Elesestavam destruindo essa loja!

    Olhando daqui voc destruiu muito mais que isso, ocapito disse.

    Korra olhou em volta e notou estilhaos de vitrines delojas, o poste quebrado, e pedras e detritos que sujavam arua. Ela estava to preocupada em parar os bandidos queela no percebeu o estrago no quarteiro de lojinhas mod-estas.

    Espere, vocs no podem me prender! Deixa-me ex-plicar.

    Voc pode explicar o que voc quiser na delegacia. Ocapito tentou deter Korra com outra rajada de cabos, masela mergulhou rapidamente do caminho. Ela correu diretopara Naga, que sentiu que o perigo e estava abaixada

    pronta para pular. Korra pulou nas costas do co-urso po-lar e juntos fugiram pela rua.O capito dos dobradores de metal soltou um apito

    agudo chamando outros oficiais a se juntarem naperseguio. Eles dispararam atrs de uma jovem estranhada Tribo da gua do Sul, usando seus cabos para fechar aolongo dos cabos de bonde areo.

    Korra olha por cima do ombro para ver os policiais seaproximarem dela. Eles chicoteiam com os seus cabos,

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    enviando-os crepitando pelo ar com a fora de um chicote.Eles estavam procurando prend-la, mas ela se abaixou nas

    costas de Naga e se focou em gui-la pela ruas movimen-tadas da cidade.

    Isso no era de jeito algum o tipo de boas vindas queela esperava do barco. Ela pensou tolamente que o mestreTenzin a receberia de braos abertos, que a polcia ficariaanimada em ter a Avatar aqui trabalhando do lado deles e atalvez, apenas talvez, eles lanassem uma carreata para ela.

    Sem sorte, Korra pensou enquanto Naga saltava sobreos carros, tecendo entre pedestres assustados com seus pspeludos desgrenhados. Os dois bandidos viraram a esquinae saltaram em uma ponte pequena que estava em sobre umrio estreito. Os policiais dobradores de metal continuarama caada, correndo atrs deles pela ponte.

    Um oficial lanou um cabo que ondulando agarrouKorra pelo cabelo. Isso a puxou para trs na sela de Naga,mas ela cerrou os dentes e encurvou-se para frente con-centrando-se no rio sob a ponte. Ela podia sentir a cor-renteza da gua assim que passava pelas pilastras da ponte,podia sentir a inteno de sua direo. Da foi uma questosimples de direcionar o fluxo. Ela voltou seus pensamentos

    para o objetivo dobrando o rio do seu curso e levantandouma parede de gua atrs dela, na qual congelou imediata-mente.

    Os policiais dobradores de metal em perseguio bat-eram de frente com a parede de gelo e Korra sentiu o caboretrair e afrouxar o grampo no seu cabelo. Ela e Naga

    saram da ponte, movimentando-se em alta velocidadepelas ruas da cidade. Korra conduziu Naga para um beco

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    escuro tentando tirar o restante de oficiais de polcia doseu rastro. Quando eles emergiram de um espao estreito

    entre dois prdios enormes, ningum mais os seguia.Parece que os perdemos, Korra pensou. Ela mal teve

    tempo para suspirar de alvio e seus pensamentos foraminterrompidos por um apito.

    Korra olhou para cima para ver uma trilha de tremalguns blocos frente. Uma ponte de ferro fundido guiavaos trilhos por cima das ruas da cidade, deixando um cam-inho para o trfico de pedestres embaixo. Ela notou umbafo de vapor distncia e ouviu o rudo fraco do trem seaproximando.

    De repente Korra teve uma ideia brilhante. Ela guiouNaga pelas trilhas elevadas e o co-urso polar comeou aescalar a ponte. Em instantes o vapor do motor do trem

    pde ser visto. Naga alcanou o topo do trilho assustandoos passageiros. Eles estavam chocados em ver aquelacriatura estranha do lado de fora das suas janelas.

    Korra olhou atravs do vento que batia no topo dovago do trem. Como ela suspeitava o trem estava indodireto para a baa. Dali em diante apenas um nado breve ossepararia do da Ilha do Templo do Ar. Apenas alguns minu-

    tos e eles estariam livres em casa.Estamos quase l, garota, ela disse a Naga.S ento uma sombra familiar passa por cima do teto

    do vo do trem.Esto de brincadeira comigo, Korra pensou assim que

    ela olhou para o cu. L, pairando sobre o trem acelerado

    estava o dirigvel da fora policial da Cidade Repblica.

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    Korra conduziu Naga a galope ao longo do teto dotrem da mesma forma que o trem acelerava para fora da

    ponte que atravessava a baa. Eles estavam apenas a umpulo de distncia da segurana da gua.

    Agora, Naga! Korra gritou. O co-urso polar aga-chou-se e pulou fora trem. Naquele exato momento umatorrente de cabos de metal deslizou do navio capturandoKorra e Naga ainda no ar.

    Eles estavam presos, pendurados no dirigvel da pol-cia. Eles assistiam como o Templo do Ar a nica chancedeles esclarecerem esse mal entendido ficava para trs.

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    Captulo 6

    A sala era escura e sua estrutura totalmente de metal, des-de o cho at o teto. Sem janelas. Sem portas. Quase nohavia mveis, salvo uma mesa plana de metal e uma cadeiradesconfortvel. Korra se inquietou no assento, suas mosalgemadas na mesa sua frente. Ela estava em algum lugarnas entranhas cavernosas da sede da polcia da Cidade da

    Repblica, e ela esteve esperando na sala sem janelas peloo que parecia ser horas.

    Finalmente, ela ouviu um rangido e a parede a suafrente comeou a tremer. Ela se abriu revelando uma mul-her com cabelos negros em seus quarenta anos, a qual suassobrancelhas eram traadas bem juntas em uma expressodeterminada. Duas plidas linhas paralelas corriam na suabochecha direita. Sem mesmo conhecer a mulher, Korrano podia parar de pensar que aquelas cicatrizes eram lem-branas de uma dura vitria em uma batalha do passado.

    A mulher estava usando armadura de metal cinza epreta, similar aos uniformes usados pelos funcionrios quehaviam perseguido Korra pela cidade, exceto pelo fato de

    que dela foi decorada em ouro. Quem quer que fosse elaera de alto escalo.Ela entrou na sala e com o menor aceno de sua cabea

    a parede de metal se fechou atrs dela. A parede pesadaguinchou at se fechar com um clang.

    A mulher olhou atentamente para o relatrio da pol-cia que segurava em suas mos e comeou a ler a lista deacusaes.

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    Vamos ver, vrias acusaes de destruio de pro-priedade privada, para no mencionar a fuga da ordem de

    priso. Voc est com problemas, mocinha."Mas alguns bandidos estavam ameaando um lojista

    inocente!" Korra argumentou.Ora essa!", Disse a mulher. "Voc deveria ter chama-

    do a polcia e ficado fora do caminho."Mas eu no poderia apenas sentar e no fazer nada.

    meu dever ajudar as pessoas. Eu sou o Avatar."Oh, eu estou bem ciente de quem voc . E o ttulo

    Avatar pode impressionar algumas pessoas, mas no amim."

    Korra olhou para a mulher, pasma. Tudo bem, tudobem. Ento eu quero falar com quem est no comando."

    Voc est olhando para ela", disse a mulher. Eu sou

    Chefe Beifong."Korra quase pulou na cadeira. Ela lembrou-se quandoela tinha visto pela primeira vez o gigante e espaoso edif-cio que era a sede da polcia. L, logo acima da entrada,havia uma esttua de uma mulher que ela havia reconheci-do como Toph Beifong. Toph tinha sido uma das compan-heiras do Avatar Aang e estava entre os primeiros domi-

    nadores de terra capazes de dominar metal.Korra olhou para Chefe Beifong e de repente percebeu

    quem ela parecia. Espere. Beifong? Lin Beifong? Voc filha da Toph!"

    O que tem isso?" Beifong perguntou bruscamente.Bem, ento, por que voc est me tratando como uma

    criminosa? Avatar Aang e sua me eram amigos. Eles sal-varam o mundo juntos."

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    Isso histria antiga, e no tem nada a ver com abaguna que voc se encontra no momento", Beifong de-

    volveu. "Voc no pode entrar aqui e distribuir justia comas prprias mos como se voc fosse a dona do lugar."

    Korra pigarreou, irritada, e cruzou os braos sobre opeito. Ela estreitou os olhos para Beifong, e a chefe depolcia estreitou os dela em troca, trocando carrancasatravs da mesa de interrogatrio.

    Um som de metal sendo raspado quebrou o clima ten-so entre as duas mulheres. Um pequeno quadrado naparede atrs Beifong dobrou para dentro formando uma

    janela rudimentar. Atrs da janela estava o capito domi-nador de metal que tentara prender Korra antes.

    Chefe, o conselheiro Tenzin est aqui", disse ele.Beifong suspirou. Deixe-o entrar"

    A parede se abriu novamente e Mestre Tenzin entrouna sala, com sua tnica vermelha e ouro de dominador doar girando em torno dele.

    Tenzin!" Korra desabafou. Ela nunca tinha estadomais aliviada ao ver algum em toda sua vida. O domi-nador de ar alto portava uma ligeira semelhana com seupai, Avatar Aang. Sua cabea estava completamente raspa-

    da, de acordo com os costumes dos Nmades do Ar, e seucouro cabeludo foi coberto com a tatuagem tradicional deuma seta, que chegava a um ponto preciso entre as so-brancelhas grossas. Duas tatuagens de seta corriam tam-bm pelos seus antebraos at as costas das mos, as setaseram de um azul plido.

    Entretanto, o nariz aquilino e a boca afiada eram niti-damente de Tenzin. A barba cortada rente e as linhas de

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    idade e preocupao nos cantos dos olhos eram similaresda esttua de um Aang mais jovem, localizada no porto.

    Mas os olhos de Tenzin eram de sua me, sem dvida. Eletambm tinha herdado ferocidade tranquila de Katara.

    Infelizmente, essa ferocidade estava atualmente dirigi-da Korra. Ele lanou-lhe um olhar fulminante antes devirar para cumprimentar Chefe Beifong.

    Lin, voc est radiante, como de costume", disse ele.Corta essa, Tenzin", Beifong respondeu. Por que o

    Avatar est em Cidade Repblica? Eu pensei que voc esta-va indo ao Polo Sul para trein-la."

    Minha transferncia foi adiada. A Avatar, por outrolado, vai voltar para o Polo Sul imediatamente", explicouTenzin, agora se virando para Korra. onde ela vai ficarquieta."

    Mas" Korra comeou. Ela calou-se sob o peso do ol-har de Tenzin. O Mestre dominador de ar esperou umpouco antes de se virar para Beifong, todo sorridente.

    Voc seria to gentil se retirasse as acusaes contraKorra, vou assumir total responsabilidade pelos lamen-tveis acontecimentos de hoje e cobrir todos os danos", eleprometeu.

    A chefe de polcia fixou Tenzin com um olhar duro.Depois de um momento de tenso, ela finalmente cedeu,abrindo os grilhes de Korra com sua dominao de metal.

    Tudo bem", disse Beifong. Leve-a para fora da minhacidade."

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    Captulo 7

    O crepsculo na Baa Yue era lindo. O sol recm haviacomeado a se pr, resplandecendo tons de laranja e rosasobre o horizonte. Do convs de um magnfico barco trip-ulado por aclitos do Templo do Ar, Korra deixou seu ol-har viajar por toda a linha do horizonte da Cidade Repbli-ca enquanto as luzes comeavam a se acender para a noite.

    Era uma pena que ela no poderia desfrutar da vista.Tenzin, por favor, no me mande de volta para casa,

    Korra suplicou. Naga, libertada de uma cela da sede dapolcia, acariciou delicadamente sua mo, sentindo suaaflio.

    Tenzin no disse nada. Ele ficou ao lado dela com seusbraos cruzados sobre seu peito, mos enfiadas nas mangassoltas de suas vestes. Ele viu sobre a baa a esttua de seupai, Aang, e ento virou seus olhos para a garota teimosaque carregava o esprito reencarnado do Avatar.

    Quando eu fui visit-la no complexo, eu disse minhadeciso. Seu treino ter que ser adiado. Voc descarada-mente desobedeceu minha vontade, e as ordens do Ltus

    Branco, ele disse finalmente.Katara concordou comigo que eu deveria vir, Korraargumentou. Ela disse que meu destino est aqui naCidade Repblica.

    No meta minha me nesse assunto! Tenzin esbrave-jou, e uma veia se destacou de sua tmpora, pulsando comraiva.

    Olha, eu no posso esperar mais para terminar meutreinamento. Estar confinado e escondido do mundo no

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    vai me ajudar a ser um melhor Avatar. Korra respirou fun-do e pressionou. Eu vi um monte da cidade, hoje, e ela

    est totalmente fora de equilbrio. Eu entendo porque vocprecisa ficar. A Cidade Repblica precisa de voc... mas elaprecisa de mim, tambm.

    Tenzin abriu sua boca para responder, mas o fervorsincero no olhar de Korra o parou. Ele se afastou dela ecaminhou pelo convs, puxando a barba enquanto pensava.

    Era cedo da noite quando o barco ancorou na Ilha doTemplo do Ar. Uma leve brisa soprava atravs das rvores

    que ladeavam os caminhos sinuosos ao longo da costa. Nacurta distncia, Korra viu o Templo do Ar localizado noponto mais alto da ilha. O edifcio em nveis, manchadopela luz da lua, se estendia alto no cu noite.

    Assim que ela pisou na doca, Korra sentiu uma certabolha de emoo dentro dela. Algo sobre este lugar pareciacerto, como se estivesse destinado a ser. O sentimento

    morreu rapidamente, porm, quando ela notou o familiarnavio ancorado sua frente. Ele era tripulado por sen-tinelas do Ltus Branco, os mesmos dos quais ela escapouna noite da sua fuga. No preciso dizer que eles no es-tavam nada contentes em v-la.

    Ela olhou para Tenzin e se deparou com o seu perfilsevero. Ele ia mesmo mandar ela para casa? Seu rosto esta-va indiferente.

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    Korra deu um suspiro e baixou sua cabea em derrota.Ela marchou em direo ao navio do Ltus Branco com

    Naga a tiracolo, seu rabo entre as pernas.De repente, o som inesperado de risos flutuou na

    brisa. Korra olhou para cima e viu o que pareciam ser bor-boletas vermelho-e-dourado gigantes sendo levadas pelovento. Ao chegar mais perto, as formas se tornaram maisntidas. Korra enfim percebeu que no eram borboletas,mas os trs filhos de Tenzin. Eles flutuaram lentamente emdireo ao cho em um par de planadores de ar feitos demadeira e pergaminho, suas vestes de aclitos deslum-brantes em torno deles, como asas.

    Korra! eles disseram em coro.Voc vai morar com a gente? perguntou Jinora, uma

    menina, que com onze anos era a filha mais velha.

    Voc vai? Voc vai? Porque isso seria muito divertido!No seria divertido, papai, hein? No seria? tagarelavaIkki, a filha do meio, tambm uma menina.

    Eu te ensino a dobrar o ar! exclamou Meelo, umgaroto, e o mais novo com quatro anos.

    As trs crianas aterrissaram. Meelo se livrou dosbraos de Jinora e se atirou em Korra. As duas meninas

    colocaram seus planadores de lado e ento se juntaram aoabrao de urso que o seu irmo caula havia iniciado.

    Korra esticou os braos para envolver as trs crianas.Ela conhecia Tenzin e sua famlia desde pequena. Isso faziacom que deix-los fosse ainda mais difcil.

    Obrigada, Meelo, ela disse. Mas eu no posso ficar.

    Eu tenho que ir pra casa agora.

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    Os olhos de Tenzin abrandaram ao ver Korra gentil-mente soltar suas crianas e caminhar em direo ao navio

    que a esperava, uma expresso solene em seu rosto.Espere ele disse.Korra parou. Tenzin quietamente se moveu em sua

    direo.Eu tenho feito o meu melhor para guiar essa cidade

    de acordo com o que meu pai sonhou. Mas voc est certa,esta cidade perdeu seu equilbrio depois que ele se foi. Eupensei que deveria adiar seu treinamento para manter seulegado, masvoc o legado dele.

    Korra olhou para Tenzin com esperana em seus olhos.Eu mudei minha deciso, ele disse. Voc pode ficar e

    treinar a dobra de ar aqui comigo. A Cidade Repblicaprecisa do seu Avatar mais uma vez.

    Isso! Korra disse, dando um soco no ar. Obrigada,Tenzin. Voc o melhor!As trs crianas comemoraram. Korra os levantou em

    seus braos novamente e eles todos se empilharam emcima Tenzin em um abrao em grupo. Sem querer serdeixada de fora, Naga inclinou-se e carinhosamente lam-beu a brilhante careca de Tenzin.

    J chega, Naga! ele riu. Torcendo-se para fora doabrao, ele retomou seu comportamento metdico habitu-al. Agora, os jornais vo ter um dia cheio com sua priso,ele disse para Korra, ento eu acredito que devemos apre-sentar a cidade ao seu novo Avatar de uma forma mais ade-quada.

    Como um conselheiro da Cidade Repblica, Tenzinentendeu que uma entrevista coletiva sob condies con-

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    troladas seria a melhor maneira de levar as pessoas dacidade para o lado de Korra.

    No outro lado da cidade, em uma fbrica dispersa emal iluminada, a transmisso da coletiva de imprensa do

    Avatar soou nos alto-falantes de um rdio maltratado.Eu estou ansiosa para servi-los. A voz de Korra ecoou

    sobre o barulho dos motores movidos a vapor trabalhandoao longe no cho da fbrica.

    Uma figura alta e encapuzadaavanou e abruptamentedesligou o rdio. Quando ele virou-se em direo aoshomens reunidos sua frente, o estranho brilho das lm-padas de gs na sala capturou a superfcie lisa e plida desua mscara. O buraco dos olhos da mscara se iluminaramcom o seu olhar impetuoso.

    Para alguns dos homens ali reunidos, esta era aprimeira vez que eles tinham visto o seu lder de perto.Estavam todos vestidos de preto da cabea aos ps, os ros-

    tos cobertos inteiramente por um pano preto, ocultandosuas identidades. Sobre as mscaras pretas eles usavam cu-los de proteo redondos com armao de ao, e a luz daslmpadas de gs cintilavam atravs das lentes.

    O Tenente era o nico cujo rosto estava mostra, ex-ibindo um par de olhos escuros e afastados atravs de seusculos, e um bigode preto e grosso. Ele se aproximou dafigura encapuzada cautelosamente. Amon, como voc de-seja lidar com isso? ele perguntou.

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    Amon juntou os dedos sob o queixo. Ento, o Avatarchegou mais cedo. Parece que vamos ter que acelerar nos-

    sos planos, ele anunciou ameaadoramente.

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    Captulo 8

    Na primeira manh de seu treinamento de dominao dear, Korra mirou Tenzin, sentado do outro lado da mesacomunal na sala de jantar do Templo do Ar. Eles estavamtendo seu caf da manh com os outros Aclitos do Ar quetreinavam na ilha. Tenzin estava lendo diversos pergamin-hos com propostas do conselho, franzindo a testa constan-

    temente. Se havia algo que Korra mudaria em Tenzin, seriafaz-lo menos srio. Mesmo ele sendo o ltimo Mestre deDominao de Ar, ele precisava se soltar e ter alguma di-verso algumas vezes, ao menos.

    Korra tomava alguns goles do ch e voltou sua atenoem direo aoJornal Dirio da Repblica, que estava aberto sua frente sobre a mesa. Falando em diverso, os olhosdela foram diretamente sesso de esportes e a nota sobrea ltima partida do torneio de dominao profissional.

    Dominao Profissional era realmente incrvel! Timesde trs pessoas competiam entre si em uma enorme arena,do outro lado da baa. Cada time possua um Dobrador deAr, um Dobrador de Terra e um Dobrador de Fogo, que

    trabalhavam juntos para derrubar seus oponentes para forado arena. Korra no podia esperar para ver uma partida aovivo.

    Ei, Tenzin, ela disse. O que voc acha de ns irmos arena esta noite? Assistir algumas partida de DominaoProfissional?

    Eu sinceramente espero que voc no esteja falandosrio, ele respondeu. Este esporte no nada mais que

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    violncia bruta. uma zombaria da nobre tradio dadominao.

    Qual , Tenzin. Eu sonho em ver uma partida desdeque era uma criana, e agora eu estou a distncia de umaviagem de balsa da arena, argumentou Korra.

    Korra, voc no est aqui para assistir estas bobagens.Voc est aqui para terminar seu treinamento como Avatar.Ento, por enquanto, quero que voc permanea na ilha.

    por isso que voc est mantendo estes trs Ltuspor perto, para observar cada movimento meu?

    Korra apontou para os trs sentinelas da Ltus Brancaque permaneciam ao lado das portas da sala de jantar. Elaacreditava que eles voltariam para a fortaleza sem ela, masevidentemente no era esse o caso.

    Sim, respondeu Tenzin. Para aprender dominao de

    ar, acredito que voc precise de um ambiente calmo e qui-eto, livre de quaisquer distraes.Tudo bem, respondeu Korra relutantemente. Voc

    o mestre.

    Pouco tempo depois, Korra seguia Tenzin, descendopor um caminho sinuoso que ia dos dormitrios femininosat as escorregadias rochas na costa leste da ilha. Ela estavavestida como os outros Aclitos do Ar. Uma tnica folgadanas cores vermelho e dourado, que se moviam com a brisada manh.

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    Antes de comearmos nossa primeira lio, h algoque precisamos discutir, disse Tenzin. Minha me infor-

    mou que voc nunca foi capaz de dominar Ar.Korra parou de andar. Teria Katara contado a seu filho

    absolutamente tudo? Ela desviou o olhar, envergonhada.Sim, mas no sei o por qu. Os outros elementos

    vieram to facilmente mim. Mas toda vez que tento dom-inar ar nada!

    No h problema algum, garantiu Tenzin. Apenasprecisamos ser pacientes. comum que o elemento maisdifcil para o Avatar dominar aquele mais oposto a suapersonalidade. Para Aang, era a dominao de terra.

    Bem, eu sou to oposta dominao de ar quanto forpossvel, Korra disse bufando. Ela pensava nos Aclitos doAr que havia visto na ilha. Eles estavam sempre to calmos,

    to quietos, graciosos e introspectivos. , ela teria que tra-balhar isso.Tenzin esboou um sorriso quando os dois emergiram

    do caminho um ptio de rocha.Conhea seus colegas de estudo, Korra, ele disse.

    Korra olhou e viu Jinora, Ikki e Meelo caminhando emsentido anti-horrio ao redor de um crculo pintado no

    centro do ptio. Ela se afeioou com eles, ansiosa para par-ticipar de sua primeira lio.

    Dominao de Ar sobre movimentos em espiral,explicou Tenzin. Caminhando sobre o crculo Ba Gua nosensina a esquivar um oponente. Quando voc encontraresistncia, precisa ser capaz de desviar de mudar de di-

    reo no exato momento.

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    O Mestre de Dominao de Ar e seus pupilos contin-uaram ao longo do crculo at que eles estivessem habitua-

    dos ao ritmo fixo dos seus passos. Ento, sem aviso, elegritou, Mude!

    Jinora, Ikki e Meelo rapidamente viraram seus corpose mudaram de direo. Korra tropeou, vrios passo atrs.Alguma coisa naquele movimento no fazia sentido paraela.

    Porque eu iria virar as costas para algum que est meatacando? ela perguntou.

    Achei que voc perguntaria. Me siga, respondeu Ten-zin.

    Ele guiou o pequeno grupo para o canto mais distantedo ptio. L, Korra deparou-se com um dos aparelhos maisestranhos que ela j havia visto. Parecia com um labirinto

    circular feito de leves barreiras de madeira, cada umamontada em uma haste individual. As barreiras de madeiraestavam fixados em diferentes direes, criando um cam-inho serpenteante atravs do labirinto.

    Jinora, voc gostaria de explicar este exerccio? Per-guntou Tenzin.

    Jinora deu um passo a frente e fez uma reverncia a

    seu pai. O objetivo tranar e tecer seu caminho pelasbarreiras e chegar ao outro lado sem toc-las.

    Korra olhou o labirinto. Parece bem fcil.Jinora abriu a boca para responder, mas antes que ela

    pudesse, Ikki interrompeu, Jinora esqueceu de dizer quevoc tem que atravessar enquanto as barreiras esto giran-

    do, certo, Papai? Gira! Gira!

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    Tenzin acenou com a cabea. Ele gravou um delicadoarco no ar com seu brao esquerdo, invocando vrios so-

    pros do ar e guiando o curso em direo ao labirinto. Asbarreiras comearam a girar em diferentes direes e emdiferentes velocidades, criando um caminho atravs dolabirinto que estava constantemente mudando. Tenzin pe-gou uma folha solta no ar e a colocou em seu caminho.

    A chave ser como a folha. Flua com o movimentodas barreiras, ele explicou.

    Korra e as crianas observaram enquanto a folha flutu-ava sem esforo atravs das barreiras que giravam, mudan-do de direo com o vento at atingir o outro lado.

    Jinora vai demonstrar, disse Tenzin.A filha mais velha do Mestre de Dominao de Ar

    adentrou no labirinto sem hesitar. Ela girou atravs das

    barreiras em movimento, tecendo seu caminho de umaforma e de outra, virando graciosamente como que car-regada pelo vento. Em pouco tempo ela emergiu do outrolado do labirinto sem ter tocado uma nica barreira.

    Tenzin acenou para Korra, indicando que ela era aprxima. Ela puxou para cima as mangas da tnica, prontapara ao. apenas um labirinto. Qual difcil isso pode ser?

    Vamos l, ela disse.Korra respirou fundo e se lanou em direo ao labir-

    into. Ela acertou o tempo para entrar, passando peloprimeiro par de barreiras. Entretanto, rapidamente elanotou que era mais difcil do que havia pensado, enquantoera atingida por uma barreira girando e lanada para fora

    do labirinto.

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    Determinada, ela se ergueu, limpou a poeira e mar-chou novamente para o labirinto. Novamente, ela disse.

    Isso apenas prtica. Ela estava pronta para mostrar a esselabirinto quem mandava.

    Tenzin colocou os barreiras em movimento.Korra avanou, tentando esquivar as barreiras e forar

    seu caminho adentro. Ela esbarrou em uma barreira suaesquerda e o movimento levou suas costas de encontro auma barreira atrs dela.

    No force seu caminho! gritou Jinora.Korra avanou novamente. Ela desviou rapidamente

    para a direita para passar por uma srie de barreiras lentas,apenas para que o vento mudasse e as barreiras mudassemde direo.

    Dance! Dance como o vento! disse Ikki.

    As barreiras acertaram fortemente Korra no rosto,fazendo ela perder o apoio.Seja a folha! Gritou Meelo.Korra cambaleou de lado e foi lanada de barreira em

    barreira at o labirinto cuspi-la novamente.Frustrada, ela gemeu e foi diretamente de volta ao

    labirinto. Por mais de uma hora, ela foi atingida, amassada,

    e ferida pelas barreiras at que finalmente, Tenzin a man-dou parar. Korra deixou o ptio com seu humor ferido.Afinal, no era to fcil ser a folha.

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    O que h de errado comigo? Korra se perguntava emvoz alta mais tarde.

    Foi um pesadelo, e os ptios de treinamento sob asombra do Templo do Ar estavam escuros. Korra praticouos movimentos de Dominao de Ar que havia aprendido,esperando produzir uma rajada de vento. Ela tentou seconcentrar, acalmar seus pensamentos e direcion-los aofluxo do vento, mas em cada vez que ela tentava produzirmesmo a menor sopro de ar, nada acontecia.

    Ela deixou escapar um berro. Talvez eu no tenhamesmo que dominar o Ar, no , Naga?

    A cadela-urso polar levantou a cabea que estava entresuas patas peludas e a deu um amvel latido.

    Korra sentou no cho, se sentindo derrotada. Destaparte da ilha, ela podia enxergar o outro lado baa. As luzes

    da Cidade da Repblica brilhavam a distncia, e dentreelas, acesa com um brilho ardente como uma fogueira ace-sa, estava a Arena de Dominao Profissional.

    Korra ouviu um som distante.Senhoras e senhores, estamos ao vivo, da Arena de

    Dominao Profissional da Cidade da Repblica, onde estanoite, os melhores do mundo continuam atrs de um lugar

    no prximo Campeonato.Inicialmente, Korra achou que sua imaginao estava

    tomando conta dela. No tinha como ela ser capaz de escu-tar a partida que acontecia do outro lado da baa. Ento elapercebeu que o som vinha de um rdio por perto.

    Intrigada, ela seguiu a voz do narrador at o quartel

    dos sentinelas. Os guardas, fora de servio, estavam senta-dos do lado de fora escutando a partida. Korra se es-

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    gueirou por trs de uma cabana vizinha e se acomodoupara escutar.

    Peguem suas guloseimas e segurem suas crianas,porque a prxima partida ser nica.

    O anunciante apresentou rapidamente os dois times eento partiu diretamente para ao. Foi incrvel. Os jo-gadores estavam chicoteando jatos de gua e raios dechamas uns nos outros, e os golpes estavam chegando rpi-dos e furiosos. Aparentemente, os Dominadores de Terrados dois times tinham discos de rocha que podiam serdominar para lanar em seus oponentes. Se ela ao menospudesse realmente ver a partida! Korra ansiava por estar lao vivo.

    O primeiro round foi para um time chamado Furesde Fogo. Julgando pelo urro dos fs ao fundo, a plateia

    parecia gostar deles. Mas a partida no havia terminado. Apartida de Dominao Profissional era composta por trsrounds, e qualquer um que vencesse dois dos trs roundsseria o vitorioso.

    Korra estava to empolgada por estar escutando a aoque ela saltou do seu esconderijo e comeou a boxear noar junto com cada movimento anunciado pelo narrador.

    Este Mako corajoso! Ele avana, dispara dois tiros rpi-dos. Seus companheiros rapidamente os seguem com umchicote de gua e um disco de rocha... Yomo lanado devolta a zona trs. O relgio vai parar; poder Yomo aguen-tar? Ele est oscilando na borda do arena agora mesmo. OsFures de Fogo se alinham para atacar eeeeeeeee

    De repente, o som cessou. Korra se virou e viu Tenzinsegurando o cabo desligado do rdio em sua mo.

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    Korra, venha aqui, por favor, ele falou rigidamente.Voc desligou na melhor parte! ela reclamou.

    Eu achei que havia sido claro. No quero que vocque fique escutando essa besteira sem sentido, disse Ten-zin.

    Mas o rdio deles! respondeu Korra, apontandopara os sentinelas. Os guardas olharam de Tenzin para Kor-ra e de volta para Tenzin. Eles se curvaram para Tenzin erapidamente voltaram para seus alojamentos. E alm dis-so, disse Korra, tecnicamente, voc disse que eu nopoderia assistiruma partida. Voc no disse nada sobre es-cutar a uma!

    Voc... voc entendeu o que eu disse, Disse Tenzin,frustado. De qualquer forma, voc no deveria... voc nodeveria estar na cama a essa hora?

    Com isso, ele saiu abruptamente de mau humor.Korra resmungou, olhando para ele em exasperadadescrena.

    O dia seguinte amanheceu claro e limpo na ilha doTemplo do Ar. Korra estava fazendo seu melhor para ab-sorver as lies de dominao de ar, mas o exerccio dehoje era particularmente desafiador. Envolvia fazer absolu-tamente nada.

    Ela estava sentada de pernas cruzadas, juntamente comTenzin e as crianas, com os olhos fechados, de frente parao mar. Korra mantinha as mos juntas, palmas em contato

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    e com os polegares pressionando o esterno. Ela tentava sefocar no som das ondas se chocando contra margem ro-

    chosa da ilha. De alguma forma, a meditao deveria, su-postamente, ajud-la a ser a folha, mas Korra simples-mente no sentia se sentia assim. Ela continuava inquieta,se mexendo e finalmente abriu os olhos.

    Ela ficou impressionada de ver que mesmo o pequenoMeelo estava calmamente sentado com seus olhos fecha-dos, fixo como uma rocha.

    Acho que estou fazendo isso errado. Ela disse.Tenzin suspirou e abriu seus olhos. apenas isso. No

    h nada para fazer.Algo no seu tom de voz captou a ateno de Korra.

    Era impresso dela, ou estaria o Sr. Zen comeando a ficarirritado?

    Tenzin respirou profundamente. Deixe todos os pen-samentos que lhe distraem serem levados pelo vento.Deixe que sua mente e esprito sejam livres, pois ar oelemento da liberdade.

    Korra abafou um riso.Disse algo engraado? Perguntou Tenzin.Disse, respondeu Korra, encarando seu olhar de

    frente. Voc me diz para abraar liberdade, mas ao menosme deixa escutar o rdio? E esquecer sobre sair da ilha

    Por favor, Korra. Olhe Meelo. Ele capaz de meditarpacificamente.

    Ela olhou para Meelo novamente. Era completamenteimpossvel que esta criana tivesse sido capaz de dominar a

    meditao! Ele tinha apenas 4 anos! Korra escutou umronco baixo.

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    Para dizer a verdade, eu acho q ele est dormindo,ela disse.

    O que? Tenzin se curvou para ver o filho mais de per-to. Bem, ao menos ele conseguiu a parte de relaxar.

    Que seja, disse Korra com desdm. Nada dessenegcio de dominar o ar faz sentido para mim.

    Eu sei que voc est frustrada, mas aprender com otempo. Ento, um dia, simplesmente acontecer. Tenzinfechou os olhos, retornando a sua jornada rumo a paz inte-rior.

    Korra se perguntou como esta jornada deveria parecer.Para ele, era provavelmente cheia de folhas ao vento, gentisbises voadores e cheio de sons sentimentais. Esse era oproblema. Ela era to diferente de Tenzin. Era difcil imag-inar que os meios dele iriam algum dia funcionar para ela.

    Korra fechou os olhos e tentou continuar suavemente,mas aps dois segundos seus olhos abriram novamente., ainda no estou aprendendo, ela disse. Vou tomar

    um copo de suco de lichia Ela se ps de p e saiu camin-hando de volta ao templo.

    Korra, a meditao ainda no acabou! chamou Ten-zin.

    Ela ignorou e continuou andando. Pelo modo dela dever, ela estava abraando a liberdade de no meditar.

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    Captulo 9

    Enquanto o crepsculo se transformava lentamente emnoite, a Arena de Dominao Profissional ficava ainda maismgica de perto do que do outro lado da baa. Korra pisavana sombra de uma enorme construo circular que erabanhada em ouro e tampada com um grande domo devidro. O brilho do lado de dentro da arena atravessava a

    vidraria do domo para o cu noturno e tambm dava arena uma aura de um brilho morno, iluminando o localpor milhas.

    Ela sabia que no deveria estar ali. Korra havia direta-mente desobedecido s ordens de Tenzin e fugido da ilha.Durante o trajeto atravs da baa ela sentiu um pouco deculpa, mas agora, vendo a arena, ela no tinha absoluta-mente nenhum remorso.

    Havia todos os tipos de pessoas, no local para a partidada noite homens e mulheres, jovens e idosos. Alguns de-les estavam vestindo as cores de suas equipes favoritas oucarregando bandeiras de times. Korra conseguia sentir aempolgao no ar. Ela estava to envolvida que quase

    seguiu os fs direto para a entrada principal da arena, masrapidamente percebeu que sua entrada no seria permitidasem um ingresso.

    Ao invs disso, ela fez caminho ao lado da construo edeslizou por uma janela aberta. A janela levou-a a um lon-go e deserto corredor. Ela comeou a andar pelo corredor,ouvindo o barulho da multido. Logo ela encontrou-se emuma grande sala cheia de pesos, colchonetes, sacos de pan-cada, e outros materiais de exerccio.

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    Deve ser aqui que as equipes treinam! Korra pensou.Ela olhou para cima e notou outra porta no lado opos-

    to da sala. Ela estava prestes a ir a sua direo quando umavoz impediu-a.

    "Ei, O que faz no meu ginsio?Korra balanou-se para ver um homem mais velho

    com cabelos brancos mancando em sua direo."Eu s estava procurando por um banheiro, e me per-

    di. ela mentiu.Meu nome Toza. Eu sou o gerente de equipamento

    aqui, e no acredito em uma palavra que voc est dizendo.Estou cansado de vocs jovens entrarem aqui sem pagar!Vou chamar a segurana!

    Ah no, agora estou encrencada, pensou Korra. Ela notinha ideia de como ela escaparia dessa.

    Bem na hora, um jovem atarracado em um uniformede Dominao Profissional apareceu na sala.A est voc! Eu a procurei por todos os lugares! ele

    disse Korra.Est tudo bem, Toza, ela est comigo.Korra nunca havia visto o Dominador Profissional

    antes, mas pelo brilho travesso em seus olhos verdes, ela

    sabia que seria melhor entrar no jogo.Sim, estou com ele. ela disse.Ento, viu? Estamos juntos, o dominador sorriu. Ele

    andou at Korra e ps o brao em torno de seu ombro.Bem, nojuntos. Korra esclareceu, dando de ombros.

    Estamos mais para amigos

    Claro, amigos! disse o jovem rapaz, sentindo-se cas-tigado, Eu no quis dizer

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    Ah, quis sim. Korra disse.Toza jogou suas mos para cima com desdm. No me

    importo com o que so. Eu tenho trabalho a fazer!O jovem dominador conduziu Korra para fora do gin-

    sio.Obrigada, ela sussurrou.No h de que. Alis, meu nome Bolin.Korra, ela respondeu.Bolin levou-a por uma srie de curvas rpidas pelo

    corredor, e em um momento eles chegaram a uma portaplana e sem marcaes.

    Espere at voc ver isso, disse ele. Ele se inclinoupara frente para abrir a porta para ela. Korra pisou emuma sala escassamente mobiliada com vrios armrios aolongo de duas das paredes e um banco de madeira no cen-

    tro. O quarto era nada especial. Mas a vista era espetacular.Um lado da sala estava completamente aberto e dava visoda monumental arena abaixo.

    O que voc acha? Os melhores lugares da casa, hein?Perguntou Bolin.

    Korra estava congelada de admirao. Era o ponto devista perfeito. Ela podia ver tudo, desde os fs abarrotados

    nas arquibancadas ao redor do anel hexagonal no centro doestdio. Seis metros abaixo do anel se encontrava umagrande piscina de gua. Ela corria por baixo da plataformaelevada como um fosso.

    Korra virou-se para Bolin com um sorriso encantado.Bem-vindo sala dos jogadores, disse ele.

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    Como se isso fosse uma deixa, dois jogadores uni-formizados entraram na sala. Eles seguiram direto para os

    armrios, pegando capacetes e luvas.Psst, Bolin, um dos jogadores disse. Ele fez um gesto

    para Bolin se juntar a ele perto dos armrios.Bolin bamboleou e cumprimentou o jogador com um

    sorriso encantador. Os dois, na verdade, pareciam umpouco iguais, e no eram apenas os uniformes vermelho ebranco. Ambos tinham o mesmo cabelo escuro e umqueixo similar, mas foi a que a semelhana terminou. SeBolin era atarracado e compacto, o outro jogador era alto emagro, com uma expresso sria no rosto.

    Eu disse a voc, voc tem que parar de trazer suas fsloucas aqui antes dos jogos. Voc precisa parar de flertar ecomear a se concentrar . Voc quer ganhar este jogo ou

    no?Voc sabe que eu quero, disse Bolin.Tudo bem, ento tire-a daqui.Ah, qual , Mako. Olha, eu meio que prometi que ela

    poderia ficar. Eu tenho um bom pressentimento, h algo deespecial nela. Eu sei.

    Certo, especial como todas as outras meninas, Mako

    ricocheteou.Estou falando srio desta vez. Espere um segundo,

    Bolin foi at Korra. Vem c, eu gostaria que voc con-hecesse o meu irmo, Mako.

    Antes de Korra pudesse se virar, Mako passou pelosdois e se dirigiu diretamente para a arena.

    Mako?, disse Korra. Havia algo familiar sobre aquelenome. Uau, eu ouvi voc jogando no rdio.

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    Vamos l, Bolin, a nossa vez. Mako vestiu o ca-pacete e sinalizou para o irmo acompanh-lo na platafor-

    ma fora da sala dos jogadores. Ele ignorou completamenteKorra.

    Ou... Eu poderia te conhecer mais tarde, Korra disseirritada. Mako havia sido esnobe. Ela no tinha tantacerteza se queria conhec-lo depois de tudo.

    Sim, sinto muito por isso. Meu irmo s fica focadode verdade antes de um jogo, explicou Bolin. Ele lhe deuum sorriso tmido e saiu correndo para a plataforma, jun-tando-se a Mako o terceiro companheiro de equipe, Ha-sook.

    No demorou muito para que as luzes na arena dimin-ussem e a voz do locutor ecoasse atravs das arquiban-cadas.

    Apresentando os Fures de Fogo!A multido foi loucura. Korra mal podia conter suaexcitao. Ela observou enquanto a plataforma fora da salalevaram Bolin, Mako e Hasook para o ringue.

    Os fures vieram do nada e se tornara mais do que oesperado deles nesta temporada. Mas hoje eles vo en-frentar seu teste mais difcil, os Tigredilos!"

    Os fures alinhados em frente aos Tigredilos no meiodo ringue. As duas metades do anel so cada uma subdivi-didas em trs zonas, com a zona um mais prxima do cen-tro e a zona trs mais prxima da borda. O objetivo eraavanar, tanto quanto possvel em territrio da equipe ad-versria e eventualmente vencer a rodada jogando-os para

    fora pela parte de trs da plataforma.

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    O sinal tocou e os jogadores entraram em ao, cadaequipe tentando ganhar terreno. Bolin, um Dominador de

    Terra, convocou discos de pedra de compartimentos nosolo que se encontravam espalhados pelo anel e lanou-osem seus oponentes. Mako se esquivou do dominador defogo adversrio e disparou rajadas de fogo do outro lado dalinha central. Hasook tirou gua debaixo das grelhas quelimitavam o ringue e explodiu na equipe rival.

    Os Tigredilos no se intimidaram nem um pouco.Mantiveram uma enxurrada constante de terra, fogo egua, at que eles lanaram Bolin e Hasook de volta para azona dois. Mako tentou bravamente para manter-se firmena zona um, mergulho para evitar os jatos de fogo jogadosnele pelo dominador de fogo da equipe adversria. Elegirou rapidamente para a esquerda, entrando e saindo dos

    ataques, mas, eventualmente, um disco-pedra acertou seuombro, atirando-o de volta para a zona dois, com seuscompanheiros de equipe.

    Mako faz uma pequena visita a seus amigos na zonadois. Os Tigredilos obtm luz verde para avanar em ter-ritrio Furo.

    Na sala dos jogadores, Korra maravilhou-se com a ve-

    locidade e a intensidade do jogo. Ela nunca tinha visto adominao ser usado dessa forma. Os princpios foram osmesmos, mas o estilo era diferente. Os ataques acontecer-am em flashs rpidos e rajadas de fogo. Ningum aqui esta-va tentando ser a folha . "

    Vamos l, fures!, Korra gritou.

    Mako e Bolin danaram para frente no ringue, se unin-do para atacar o dominador de gua dos Tigredilos. Eles

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    lanaram uma combinao rpida de dois socos de fogo eterra, lanando-o de volta para a linha central. Infeliz-

    mente, o seu companheiro de equipe, Hasook, no estavase saindo muito bem.

    Ambos os dominadores de gua esto debilitados, masHasook est com mais problemas. Ele est dormindo naarena meus amigos!"

    Os Tigredilos aproveitaram o p trmulo de Hasook esua dominadora de terra disparou um disco de pedra queenviou Hasook girando para fora do ringue.

    E Hasook d um mergulho! Ele estar de volta para asegunda rodada, assumindo que os irmos dominadoresconseguiro segurar seu territrio at a prxima rodada.

    Os irmos fizeram tudo o que podiam se segurar, masestavam com um homem a menos e confrontavam agora

    um ataque de fogo, gua e pedra que os empurrou para azona trs.De repente, a campainha soou, indicando o fim da ro-

    dada.E a primeira rodada vai para os Tigredilos do Templo

    Dourado!"

    A segunda rodada passou em um borro, com osfures de fogo igualando o placar com muita dificuldade.Ficou claro que Mako e Bolin estavam em sincronia. Elesguardavam-se bem e uniram-se facilmente quando viramuma abertura. Hasook, por outro lado, pareceu fora da

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    fora. Ele era um dominador de gua decente, mas muitasvezes ele tropeava em seus companheiros de equipe e

    colocava-os em apuros.Isso foi exatamente o que aconteceu no meio da ter-

    ceira rodada. Com o placar em um round cada um, o jogoainda no estava definido, e os fures estavam procura deuma vitria. Infelizmente, os Tigredilos tinham o mesmoobjetivo em mente. Eles vieram com fora, jogando comtudo o que tinham. Hasook tentou desviar de um chicotede gua particularmente feroz e tropeou Bolin.

    A equipe rival viu a sua oportunidade e combinou seusesforos em um ataque poderoso de fogo e terra que envi-ou Bolin e Hasook para fora do ringue e para dentro dagua.

    Agora, por conta prpria, Mako era o nico alvo dos

    Tigredilos. Eles bateram de maneira rpida e forte jogan-do-o para a zona de trs, a poucos centmetros da borda daplataforma.

    Oh, no!, Korra disse, gemendo e mordendo os nsdos dedos.

    Se Mako for nocauteado, a temporada fabulosa dosfures est acabada!"

    Um silncio caiu sobre a multido. Os fs estavam naborda de seus assentos. Korra olhou para baixo. Mako evi-tou os ataques que se aproximavam habilmente, girando etranando seu caminho atravs de discos de pedra e lnguasde fogo. Korra notou que ele tinha vrias oportunidadespara atacar, mas ele no as utilizava.

    O que ele est fazendo? Korra pensava.

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    De cabea fria, Mako esperou a sua vez. Ele continuouesquivando dos ataques, rolando para fora do caminho de

    uma pluma de gua destinado a explodi-lo para fora doringue. O Tigredilos renovaram seus esforos para acabarcom ele, esforando-se at o limite. Mako se moveu cuida-dosamente, poupando sua energia.

    Ele est deixando que eles se desgastem! Korra no-tou.

    Com certeza, os ataques do TigreDilos diminuram eMako viu sua chance . Korra viu como ele mudou sua pos-tura e partiu para a ofensiva. Ele moveu seu brao direitopara frente, cortando o ar, as pontas dos dedos captandoluz e calor. Um enorme raio de fogo irrompeu de seus de-dos. Ele disparou por todo o ringue e se chocou com odominador de fogo adversrio, empurrando-o direto para a

    gua. O dominador de gua rapidamente seguiu o esmocaminho.Mako ficou perdido na poeira criada por todos os dis-

    cos de pedra quebrados que atacou seu ltimo oponente.De repente, ele surgiu da nuvem de poeira e acabou com odominador de terra. Todos os trs Tigredilos agora estavamna gua.

    A multido gritou e pulou nas arquibancadas. um nocaute! O locutor gritou. "Que belo ataque

    com o truque de fumaa! Mako consegue uma virada ecancela o fim da temporada para os Fures de Fogo, ven-cendo a partida!

    Korra soltou um suspiro que ela nem sabia que ela

    estava segurando. Mako foi incrvel!

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    Ento, o que voc achou Korra? Bolin tem algunsmovimentos, n?, perguntou o dominador de terra dosFures, descaradamente referindo a si mesmo na terceira

    pessoa. Ele foi o primeiro a entrar na sala dos jogadoresaps a vitria emocionante do time.O que eu achei? O que eu achei? Isso foi incrvel!,

    Korra jorrou. A dominao profissional tinha sido umadas coisas mais legais que ela j tinha visto. Seu coraoainda estava batendo forte no peito aps toda a excitao,ou, pelo menos, ela esperava que fosse por isso e no pelo

    alto e vitorioso dominador de fogo de cabelos negros.O alto e vitorioso dominador de fogo de cabelos ne-

    gros estava entrando na sala enquanto discutia com Ha-sook.

    Voc fez mais mal do que bem l fora. Voc quase noscustou o jogo!, Mako rosnou.

    Ganhamos, no ?, resmungou Hasook.Quase que no. Se voc realmente aparecesse para o

    treino, voc no iria atrapalhar tanto nos jogos.No enche, cara!, Hasook gritou e saiu da sala.Intil, Mako murmurou.Vocs foram incrveis l fora!, disse Korra. Espe-

    cialmente voc, Senhor Truque de fumaa!

    Voc ainda est aqui?, Mako disse mal olhando emsua direo.

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    Korra estreitou os olhos. Ele pode ser um dominadorde fogo incrvel, ele pode at ser um pouquinho bonito

    com seu capacete e seu cabelo todo suado, mas essa atitudetinha que sumir.

    Voc ainda um idiota?, disse ela.Bolin riu.Foi a vez de Korra ignorar Mako. Ela se virou para

    Bolin.Eu estive imersa em dominar toda a minha vida, mas

    eu nunca aprendi a me mover assim. como se houvesseum estilo totalmente novo aqui. Acha que voc poderia memostrar alguns truques?

    Absolutamente!, Bolin disse, sorrindo.Agora? Qual Bolin, disse Mako.No d ateno a ele, Korra, Bolin tomou-a pelo

    brao. Claro que eu posso mostrar-lhe o bsico. No hmelhor homem para o trabalho. Eu no estou certo comominha dobra de terra se adaptaria em sua dominao degua, mas vamos descobrir isso.

    No vai ser um problema, Korra assegurou. Eu souuma dominadora de terra.

    Oh! Sinto muito. Eu no queria dizer... Eu s pensei,

    que com o seu traje da tribo da gua. Bolin acenou parasua tnica e botas.

    No, voc est certo. Eu sou uma dominadora de guae fogo tambm, respondeu Korra.

    Estou realmente confuso agora.Foi Mako quem juntou as peas. Quando o fez, a car-

    ranca desapareceu de seu rosto. Em seu lugar, foi um olharde respeito relutante e mortificao absoluta.

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    Voc o Avatar, disse ele. E eu sou um idiota.Ambas so verdades, Korra concordou.

    Os olhos de Bolin se arregalaram. Ele agarrou a mode Korra e sacudiu-o vigorosamente.

    Me desculpe, eu no percebi isso antes! uma honratotal de conhec-la! Eu sou um grande, enorme f doAvatar Aang!

    Uh, obrigada, disse Korra. Parecia a coisa certa adizer, em nome de sua vida passada. Voc pode parar dechacoalhar minha mo agora.

    Certo, certo! Sinto muito. Bolin soltou sua mo, mascontinuou a olhar para ela com admirao. Ele estava a se-gundos de distncia de pedir-lhe o seu autgrafo. Em vezdisso, virou-se para Mako e sussurrou em voz alta Ela com certeza o Avatar!

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    Captulo 10

    Korra sentia-se nenhum pouco como o Avatar, enquantoera arremessada para fora do labirinto de portais gi-ratrios. Ela caiu com toda fora sobre suas ndegas e comsua tnica revirada por toda sua cabea. Ela no conseguiaacreditar em como tudo mudou to rapidamente emmenos de um dia.

    A noite anterior, na Arena Dominao Profissional, foiuma das melhoras de toda sua vida. Aps a partida, Bolin alevou ao ginsio de treinamento e mostrou alguns movi-mentos. No somente os assimilou rapidamente, ela tam-bm os executou com maestria. At mesmo Mako admitiu,relutantemente, que ela tinha um talento nato para a Pr-dobra apesar de suas palavras exatas terem sido Nadamal.

    Agora, menos de vinte e quatro horas depois, ela esta-va tendo um de seus pioresdias de sua vida. Os Portais BaGua da Dominao de Ar a estavam enlouquecendo!

    Qual o propsito disso? Korra berrou, colocandosua tnica de volta em seu lugar.

    Eu garanto que, este um mtodo honorvel paraensinar o aspecto mais fundamental da Dobra de Ar, disseTenzin. Ele andou vagarosamente em sua direo, de-mostrando os movimentos em espiral da Dominao de Arque a ajudariam a passar pelo labirinto. Mova-se com osportais; flua por entre eles-

    J o vi fazer isso uma centena de vezes! No est aju-dando. Korra estava a ponto de arrancar seus cabelos fora

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    por pura frustrao. Ela empurrou Tenzin de seu caminho,avanando em direo ao centro dos portais giratrios.

    Um grande portal a derrubou quase imediatamente,porm desta vez ela decidiu que no suportaria mais. Elasocou o portal de volta.

    Gostou disso? ela resmungou. O portal no respon-deu. Ao contrrio, ele absorveu o mpeto de seu soco egirou ainda mais rpido, derrubando-a repetidamente.

    Pacincia, Korra! Tenzin aconselhou, embora pudessesentir sua prpria esvaindo-se com a persistente jovemAvatar.

    Mostrarei pacincia a voc! ela rosnou. Korrarompeu os portais. Ela pisoteou com toda fora o cho efez as rochas do ptio vibrarem, direcionando-as para es-magar os painis atrs dela. Ento ela rodopiou e investiu

    contra os portais em sua frente, elevando-os com uma ex-ploso de chamas.Korra atravessou o labirinto aos pisoteios, deixando

    um rastro de destruio pelo seu caminho. Quando, final-mente, surgiu do outro lado, todo o labirinto havia sidoreduzido a uma mera pilha de escombros.

    Pronto! Atravessei o teu estpido curso de obstcu-

    los! ela gritou.Jinora, Ikki, and Meelo, que estavam assistindo das

    extremidades, observaram Korra em choque.Tenzin mal pode conter sua indignao. Este era um

    tesouro histrico de mais de dois mil anos! O que-... Oque h de erradocontigo?

    Korra piscou, sentiu o peso das palavras de Tenzin. Elaolhou para o labirinto que jaz em runas e sabia que tinha

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    Pema inclinou suas costas no encosto de sua cadeira epousou sua mo sobre o beb em seu ventre. Como a no-

    dominadora na famlia, ela, frequentemente, precisavalembrar ao Tenzin de que h vida alm da dominao do ar.

    Querido, respiro fundo como um verdadeiro Domi-nador de Ar, ela disse. tudo muito novo! Korra umaadolescente. Ela impulsiva, teimosa, e emocional. A mel-hor coisa que voc pode fazer agora dar a ela um poucode espao.

    Tenzin deixou cair seu corpo sobre sua cadeira e esfre-gou as mos no rosto. Repentinamente, ele ajustou-se ere-tamente, olhando para suas duas jovens filhas.

    Vocs devem me prometer que, quando adolescentes,nunca sero assim, ele disse.

    Nunca farei tal promessa, Jinora respondeu com um

    sorriso irnico. Sua irm, Ikki, acenou com a cabea emaprovao.Tenzin respirou fundo novamente e ento suspirou.

    Korra entrou na cabine dos rapazes na Arena de Dom-inao Profissional para encontrar-se com Mako e Bolinem seus uniformes, com semblantes abatidos.

    Eu no perdi a partida de vocs, perdi? ela disse.Parece que vocs j perderam.Provavelmente j, Bolin disse. Seu sorriso alegre tin-

    ha sumido de seu rosto.Hasook uma amarelo, Mako explicou.

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    Estamos dentro! Korra disse antes mesmo que qual-quer um dos dois pudesse responder.

    Korra sentiu como se estivesse esperando por estemomento por toda sua vida. Ela estava a apenas algumas

    polegadas de distncia da linha central do ringue. Dentrode seu capacete emprestado, ela podia ouvir o sangue pas-sando pelos seus ouvidos. Era to alto quanto o bramidoentusistico da plateia.

    A sua direita, Bolin piscou e fez sinal positivo com opolegar. A sua esquerda, Mako totalmente concentrado.

    S para constar, eu no concordei com isto, ele dissepelo canto da boca.Pode agradecer-me depois, Korra respondeu.Parece que os Fures de Fogo deram um jeitinho

    furo no ltimo minuto para substituir o dominador degua, disse a voz do locutor. Veremos se ela mais umdiamante bruto tal como os irmos dominadores da escola

    de dures.O sino tocou, Korra agiu rapidamente. Ela invocou um

    poderoso jato dgua e derrubou o dominador de fogo dolado oposto para fora da lateral do ringue. Imediatamente,um apito soou.

    Penalidade dos Fures de Fogo! o rbitro anunciou.Recue uma zona.O qu? Mas por qu? Korra perguntou.

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    permitido apenas jogar os competidores para o fun-do do ringue, no das laterais! Mako sussurrou aspera-

    mente.Ah... Oops.De volta partida com Korra fazendo seu melhor para

    manter o ritmo. Ela era uma excelente dominadora degua, mas no conhecia as regras do jogo e havia muitasdelas, como fora visto. No permitido avanar alm daslinhas das zonas. No permitido manter um oponente emdesvantagem sob constante ataque. No permitido discu-tir ou argumentar com os rbitros. Korra descobriu sobrea ltima do pior jeito, levando um leque amarelo pela ca-sualidade. Se um jogador receber trs leques durante o

    jogo, ele ou ela ser expulso da partida.Korra sentiu a raiva que emanava de Mako. Ele franzia

    seu rosto a cada chance que tinha de olhar para ela em re-provao, e ela, acidentalmente, pisou na linha de um dosdiscos de terra do Bolin que era para o time adversrio, lhepareceu que ele mesmo a jogaria para fora do ringue.

    Aonde os Fures de Fogo acharam essa garota? o lo-cutor perguntou. Estou achando que escolheram algumdo meio da plateia!

    A primeira rodada foi para o time rival, os Urso-orni-torrincos.

    Durante o breve tempo de descanso entre as rodadas,os Fures de Fogo uniram-se para um abrao de time.

    Eu disse, nada muito extravagante ou agressivo,Mako sussurrou para Korra. Na verdade, no faa nada!

    Apenas tente no ser jogada para fora do ringue.

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    O sino da segunda rodada soou. Korra tentou ouvir oconselho de Mako, mas no era de sua natureza sentar e

    fazer nada. Os Ornitorrinco-ursos no permitiriam. Aolongo da segunda rodada, eles perceberam o que estavaacontecendo. Ele viram pelo uniforme emprestado de Ko-rra, seus movimentos confusos, e completa negligncia sregras que ela era uma novata na Dominao Profissional.Eles concentraram toda fora de seus ataques sobre ela.

    Korra bloqueou-os o mximo possvel, formandoparedes de gua para refletir os projteis e repelir os discosde terra, mas os Ornitorrinco-ursos eram incansveis. Elesa encurralaram na zona trs com uma exploso de fogo.Com seus calcanhares na beira do ringue, seu instinto agiu.Sem pestanejar, ela arremessou vrios discos de terra ederrubou dominador de gua adversrio em cima de um

    dos seus colegas.Abismado, o rbitro soprou seu apito. Korra olhou asua volta para ver que Bolin a fitava com uma cara apreen-siva. Mako abaixou sua cabea.

    Espere um minuto, pessoal. Foi isso mesmo o que euvi? O dominador de gua dos Fures de Fogo acabou dedominar a terra? Estamos esperando o anncio oficial dos

    rbitros... Mas acho que essa substituta pode ser- no, nopode ser! S pode estar brincando comigo-ela o Avatar,minha gente! Jogando uma partida de Dominao Profis-sional! D para acreditar nisso?

    Bolin entrou no debate com os rbitros. Sim, mas noh nada, especificamente, no livro de regras que impea o

    Avatar de jogar uma partida de Dominao Profissional.

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    No, eu acho que no mas isto muito irregular,disse um dos rbitros. Korra deu um sorriso de desculpas,

    esperando que a deixassem permanecer no jogo.Aps alguns minutos, um juiz deu um passo frente.

    O Avatar est autorizado a continuar, to somente en-quanto ela dominar apenas a gua.

    Os Ornitorrinco-ursos choramingaram sobre a de-ciso. Logo que o jogo reiniciou, eles voltaram-se para Ko-rra com vingana. Isso to ruim quanto os portais giratrios!Korra pensou, desviando-se de seus ataques.

    Repentinamente, uma rajada de gua a nocauteou parafora do ringue, atingindo a gua com toda fora. A quedano foi to ruim. Ela poderia ser nocauteada pelo vento,mas a nica coisa ferida era seu orgulho.

    Korra nadou de volta para a plataforma do elevador ao

    lado da piscina. Em alguns instantes, ele a carregaria devolta para o ringue, embora ela reunir-se-ia aos seus cole-gas somente na prxima e ltima rodada. Enquanto elaemergia para a plataforma, notou que no estava s.

    Oh, e a, Tenzin, disse timidamente. Achei que noapreciava assistir a essas partidas.

    As sobrancelhas de Tenzin uniram-se para formar uma

    carranca. Ele no estava feliz ao v-la ali. Exasperado, eleexpirou lentamente. A verdade que eu tenho tentadome aproximar de voc sendo gentil e paciente, mas, clara-mente, a nica coisa a qual voc responde a fora. Ento,estou ordenando a voc que volte comigo ao templo nesteinstante!

    Para qu? Para ficar sentada l e meditando o quoruim eu sou em dominao de ar? Korra cruzou os braos.

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    Ela batia seu p no cho com raiva. Estou comeando apensar que h uma razo pela qual eu no aprendi a domi-

    nar o ar, porque, talvez, eu nem precise!O qu? Tenzin disse, horrorizado. Est um pensa-

    mento absurdo! O Avatar precisa aprender a dominao dear. No uma opo!

    No, isso o que eu preciso aprender, ela replicou,apontando para o ringue acima. Estilos modernos de luta.

    Ser o Avatar no envolve apenas lutas, Korra. Quandoaprender isso?

    Ela cerrou os olhos. Tenho uma partida paraterminar. Korra pressionou um boto na plataforma ecomeou a subir para o ringue.

    A terceira rodada comeou com os Ornitorrinco-ur-sos frente, liderando por dois a zero. Eles sentiam-se con-fiantes. Os Fures de Fogo eram a nica coisa entre eles e aentrada definitiva para o torneio do campeonato. Eles

    continuaram a concentrar seus ataques em Korra comcombos de trs elementos, esperando sobrepuj-la eprosseguir rumo a uma vitria fcil.

    Tenzin veio para a partida, curioso para descobrir oque Korra achava to atraente sobre este esporte. Eleplanejava ir embora da arena logo que a plataforma do ele-vador alcanasse o ringue, porm ele encontrou-se as-sistindo partida. Da arquibancada, ele viu Korra suportara onda de ataques incessantes do time adversrio. Ela

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    o sinal de seu irmo. Eles libertaram-se com um combo defogo e terra que nocauteou o time adversrio e os colocou

    de joelhos. Korra reagiu velozmente. Ela empurrou ummuro dgua atravs do ringue, lavando os trs Ornitorrin-co-ursos para fora da plataforma.

    um nocaute! Os Fures de Fogo retornam comtudo e levam a vitria! Que virada, minha gente! Os no-vatos o Avatar no reboque conseguiram um lugar notorneio do campeonato! Inacreditvel!

    Bolin e Korra celebraram batendo as mos. At mesmoMako no conseguiu esconder a felicidade em seu rosto.

    Korra, que posso dizer? Voc veio com tudo naquelaltima rodada, Ele disse. O jeito que voc desviou dosseus ataques. Voc tem um talento nato.

    Korra olhou para cima e viu Tenzin nas arquibancadas.

    No posso levar todo o crdito, ela respondeu. Algumme ensinou aqueles movimentos.Mako acenou com a cabea e procurou desajeitada-

    mente, por algo mais a dizer. Bem... Grato. Ele a foi emsua direo, parou, e ento colocou sua mo em seu om-bro.

    Srio? Esse o seu maior obrigado? Korra pergun-

    tou sarcasticamente.O qu?Eu disse grato. Mako parecia um tanto descon-

    fortvel.Sim, mas ojeitoque voc disse.Mako jogou suas mos para o alto em irritao. Lidar

    com o novo dominador de gua de seu time seria uma

    tarefa rdua.

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    Mais tarde, naquela noite, Tenzin estava no ptio doTemplo do Ar, recolhendo as peas partidas dos portaisgiratrios. Korra aproximou-se dele, cabis