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IM – 450 ‘Modelagem em Turbulência- Prof. Eugênio Spanó Rosa FEM/DE UNICAMP MULTLAB UNICAMP Modelo de Uma e de Duas Equações

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Modelo de Uma e

de Duas Equações

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Os modelos de Uma dou Duas Equações apresentam características comuns:

• Utilizam a aproximação de Bousinesq

• Utilizam a Equação da Energia Cinética Turbulenta, k

Os Modelos de Uma Equação são incompletos: necessitam de uma relação entre a escala de comprimento das grandes escalas com uma dimensão característica do escoamento;

Os Modelos de Duas Equações são completos: a insersão da segunda equação provê a determinação da escala de comprimento internamente ao modelo. Não necessitam de informações externas!

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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j,ij,iT

Tj,iT

j,i k3

2S2

Ele em sí não é um modelo de turbulência, apenas relaciona a tensão com o campo médio de deformações.

A viscosidade turbulenta é uma propriedade do escoamento e não do fluido! O problema da turbulência passa a ser a determinação da distribuição de T !

O principal aspecto desta relação entre ij e Sij é a natureza ESCALAR de T. Isto é, ele é constante em qualquer direção e portanto isotrópico. Esta aproximação é razoável para escoamentos simples de camada limite (thin shear flows) mas pode falhar em casos complexos.

TENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQTENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQ

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TENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQTENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQ

• Por exemplo: escoamento em canal paralelo com rugosidade diferente em cada parede faz com que o máximo de velocidade não coincida com a região de tensão nula.

• Isto é existem regiões onde e dU/dy apresentam sinais opostos. Com o modelo de Bousinesq T < 0 o que é

fisicamente não plausível e portanto revela deficiência da hipótese.

• Em tempo, o modelo com Bousinesq não determinará T < 0, mas também não distinguirá que e dU/dy tem máximos em posições distintas.

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TENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQTENSOR DE REYNOLS & HIPÓTESE BOUSINESQ

• Por exemplo: A variação brusca do tensor de deformação do fluido, Sij, não é acompanhada pelo tensor das tensões turbulento.

• Isto ocorre em contrações ou expansões abruptas, ou mesmo em escoamentos 2-D onde subtamente é introduzido uma ‘tridimensionalidade’ no escoamento (um obstáculo).

• Nestas regiões a direção principal da tensão não está alinhada com a deformação. As estruturas dos turbilhões que conduzem as tensões levam a um tempo de relaxação maior daquele utilizado pelo tensor deformação se modificar.

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As flutuações de velocidades são caracterizadas pela energia cinética das flutuações:

k'w'v'u 222

• Como k é constituído, principalmente, pela energia dos grandes turbilhões, k1/2 é a velocidade representativa das grandes escalas.• Se somente duas escalas: velocidade k1/2 e comprimento L, podem definir a viscosidade turbulenta então, por argumentos dimensionais sua relação é:

LkC'T

onde C’ é uma constante somente para elevados números de Reynolds.

MODELO 1 EQUAÇÃO – PRANDTL & KOLMOGOROV (1945)MODELO 1 EQUAÇÃO – PRANDTL & KOLMOGOROV (1945)

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• A equação de k não pode ser empregada diretamente em modelos de turbulência. Ela apresenta correlações que envolvem flutuações de velocidade que são desconhecidas, p. ex. dissipação e difusão.

• Para cada termo desconhecido é necessário o desenvolvimento de modelo de forma que a equação de transporte de k possa ser resolvida.

• Passa-se a seguir a aplicação dos modelos para os termos de difusão, produção e dissipação.

kK D

'j

'j

'i

'i

jj

P

j

ij,i

jj u'p

1uuu

2

1

x

k

xx

U

x

kU

t

k

MODELO 1 EQUAÇÃO – (II)MODELO 1 EQUAÇÃO – (II)

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• Dk denota transporte de k por difusão: div(agrad(k))

• O último termo é o transporte por difusão molecular de k - relevante em regiões de baixa intensidade turb. i.e., sub camada viscosa .

• A pressão e o tensor turbulento são modelados utilizando-se, por hipótese, um de gradiente de k onde k é uma constante de ajuste do modelo e T o coeficiente de difusão turbulento

jk

T

jj

iij

jK x

k

x x

k'puuu

xD

2

MODELO DA DIFUSÃO DE k, DkMODELO DA DIFUSÃO DE k, Dk

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• Pk denota produção de k e fisicamente significa o trabalho realizado pelas tensões de Reynolds no escoamento médio.

• Na equação de transporte de k ele aparece como um termo ‘fonte’; porém na eq. Transporte da Energia Cinética média ele é um ‘sorvedouro’

• Representa a taxa de transferência de energia do escoamento médio para os turbilhões.

• Pk é modelado aproximando as tensões turbulentas, uiuj, por meio da aproximação Bousinesq.

j,ij,iTj

i

i

j

j

iT

j

i''K :SS

x

U

x

U

x

U

x

UuuP

ji

MODELO DE PRODUÇÃO DE k, PkMODELO DE PRODUÇÃO DE k, Pk

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A dissipação de k é modelada pela expressão: j

'i

j

'i

x

u

x

u

Ela difere da dissipação real do escoamento

x

u

x

u

2

1 s onde ss

i

'j

j

'i'

ij'ij

'ijreal

2

Mas elas estão relacionadas por meio da expressão

x

uu

x i

'k'

ik

real

Na prática real a menos em regiões onde existem fortes gradientes (choques em esc. Compressíveis) ou na sub-camada laminar, y+ < 5.

A taxa de dissipação e coincide com a dissipação real somente p/ turbulência homogênea. Portanto ela também é conhecida como taxa de dissipação homogênea.

MODELO DISSIPAÇÃO k, MODELO DISSIPAÇÃO k,

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• A correlação que define a taxa de dissipação de k é constituída por produtos de derivadas das flutuações de velocidade desconhecidas a priori. É necessário portanto modelar este termo.

• Baseando-se na análise dimensional, espera-se uma relação funcional entre a taxa de dissipação e as escalas do escoamento da forma:

L

kC

23

D

• onde CD é uma constante a ser determinada e L é o comprimento característico das grandes escalas.

• De fato L varia com a distância relativa a parede e está relacionado diretamente com o comprimento de mistura para escoamentos em equilíbrio.

MODELO DE DISSIPAÇÃO DE k (II)MODELO DE DISSIPAÇÃO DE k (II)

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LC

C

dy

dU

dy

dUL

C

C

D

'

mmD

'

T

413

22

213

L

kC

dy

dUDT

232

Substituindo-se a definição de k da relação de Prandtl-Kolmogorov: k = (T/LC’)2 na taxa de dissipação encontra-se a viscosidade turbulenta que por comparação com a definição do comprimento de mistura resulta na relação entre as escalas lm e L:

A condição de equilíbrio local em escoamentos turbulentos ocorre quando os termos de produção e dissipação se equivalem. Escoamentos em camadas limite e próximo das paredes (região log) frequentemente esta condição ocorre: Pk = ,

RELAÇAO ENTRE L E O COMP. MISTURARELAÇAO ENTRE L E O COMP. MISTURA

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Em equilíbrio local Pk = , para região suficientemente longe da parede onde os efeitos viscosos são desprezíveis:

Da definição de comprimento de mistura e da equação constitutiva para taxa de dissipação:

Substituindo as relações na condição de equilíbrio local:

32

32

LC

k

'v'u mixD

Introduzindo a relação entre os comprimentos chega-se que a razão tensão/ energia cinética é constante:

304

1

21

.C

'C

k

'v'u

D

Ela também é conhecida por const. de Bradshaw ou const. Townsend

dy

dU'v'u

L

kCD

23

mix

'v'u

dy

dU

RAZÃO TENSÃO E ENERGIA CINÉTICA TURBULENTARAZÃO TENSÃO E ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA

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kk D

iK

T

iD

P

i

j

j

iT

ii x

k

xL

kC

x

U

x

U

x

kU

t

k

232

• A distribuição do comprimento L é similar àquela do comprimento de mistura.

C’ 1.0; k = 1.0; e 0.07 < CD < 0.09

• O modelo não pode ser aplicado na sub-camada Laminar próxima das paredes. Énecessário a aplicação de fatores de amortecimento no modelo de dissipação e emT, similar ao modelo de Van Driest para lmix.

LkC'T

SUMÁRIO MODELO 1 EQUAÇÃOSUMÁRIO MODELO 1 EQUAÇÃO

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• A modelagem termo a termo na equação da energia cinética foi iniciada por Prandtl em (1945). Ela constituiu em uma nova metodologia para se abordar fenômenos turbulentos.

• Ela realiza uma ‘drástica cirurgia’ na equação exata substituindo correlações desconhecidas por equações constitutivas que permitem o fechamento do modelo.

• O procedimento é fortemente baseado em análise dimensional e muitas vezes passa a se modelar a equação e não a física da turbulência.

• As relações de fechamento não são melhores que os dados experimentais nas quais elas foram obtidas.

COMENTÁRIOS SOBRE MODELO 1 EQUAÇÃOCOMENTÁRIOS SOBRE MODELO 1 EQUAÇÃO

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Modelo de Duas EquaçõesModelo de Duas Equações::

k k -- Padrão Padrão

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23kL

k

0

No modelo k- padrão, provavelmente o mais popular, as escalas de comprimento e tempo são constituidas a partir da energia cinética e dissipação dos turbilhões:

2

T0

2

T

kC

L

e a viscosidade turbulenta, em termos das escalas de comprimento e tempo é:

onde C é uma constante para elevados Reynolds (isto é, não se aplica para a sub camada viscosa!). O modelo, por utilizar a hipótese de Bousinesq, é isotrópico: xx = yy = zz = 2/3k

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

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MODELO COMPLETO!MODELO COMPLETO!

• Resolvendo-se os campos para k e pode-se formar a partir destas variáveis:

escalas de comprimentos (L ~ k3/2/); escalas de tempo ( ~ k/) escalas de viscosidade turbulenta (T ~ k2/)

• Como consequência, o modelo k- é dito completo porque não necessita de especificações que são dependentes do campo do escoamento tais como comprimento de mistura .

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DESENVOLVIMENTODESENVOLVIMENTO

• É creditado o desenvolvimento do modelo a Jones & Launder (1972) e Launder & Sharma (1974) por aperfeiçoar suas constantes.

• Desenvolvimentos anteriores se devem a: Davidov (1961); Harlow & Nakayama (1968); Hanjalic (1970); Launder & Spalding (1972).

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No modelo de uma equação a função dissipação é determinada a partir de hipótese de equilíbrio local :

Isto se deve a obtenção L que baseia-se na hipótese de comprimento de mistura. A insersão de uma equação de transporte extra, por exemplo, permite que L seja determinado a partir desta equação e da equação de k. Este caminho dispensa a hipótese de equilíbrio local e confere um grau maior de generalização aos modelos de duas equações:

23

kCL D

Isto entretanto requer a solução simultânea de duas equações de transporte, k e , além da modelagem da equação da taxa de dissipação, .

L

kC

23

D

MODELO 1 EQ x MODELO 2 EQSMODELO 1 EQ x MODELO 2 EQS

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iK

T

ik

ii x

k

xP

x

kU

t

k

Ela é a mesma do modelo de uma equação. A principal

diferença é que a função dissipação não será modelada a

partir da escala de comprimento L, mas determinada da

solução da equação de transporte de !

EQUAÇÃO ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA, kEQUAÇÃO ENERGIA CINÉTICA TURBULENTA, k

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•A equação da dissipação turbulenta é, talvez, menos familiar que a equação da energia turbulenta.

•Ela é constituída pelos mesmos mecanismos de transporte da equação da energia cinética turbulenta: Convecção, Difusão, Produção de Dissipação e Destruição de Dissipação.

•As correlações turbulentas na equação de são aproximadas por modelos constitutivos que contêm variáveis conhecidas ou passíveis de serem calculadas.

•O maior grau de incerteza na modelagem reside na equação de .

EQUAÇÃO DA DISSIPAÇÃO TURBULENTA, EQUAÇÃO DA DISSIPAÇÃO TURBULENTA,

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mk

'

mk

'

m

'

m

'

k

'

kj

i

j

''

j

'

i

'

k

'

k

'

j

i

m

'

m

'

m

'

m

''

jjjj

x x

u

x x

u

x

u

x

u

x

u

x x

U

x

uu

x

u

x

u

x

u

x

u

x

U

x

u

x

x

u

x

uu

x

x x

U

t

iikii

ik

kkji

jiij

222

2

22

22

2

(I) variação temporal; (II) convecção; (III) difusão da dissipação por efeitos molecular, pelas flutuações de pressão e pelas flutuações de velocidade; (IV) geração devido a deformação do campo médio; (V) geração de flutuação de vorticidade devido a ação de auto-alongamento da turbulência; (VI) decaimento (destruição) da taxa de dissipação devido a ação viscosa.

EQUAÇÃO DA DISSIPAÇÃO TURBULENTA, EQUAÇÃO DA DISSIPAÇÃO TURBULENTA,

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j

T

jji

j

ij

ij

j x

x x

x

u

x

p

x

u u

xD

2

elevados Re 0; x x

U

x

u u

x

u

x

u

x

u

x

u

x

U

kj

i

k

ij

j

k

i

k

k

j

k

i

j

i

2

22

• D denota transporte de por difusão. Ele é aproximado, por hipótese, utilizando-se o produto da viscosidade turbulenta e do gradiente de .• Acoplamentos flutuação de vorticidade e campo médio velocidades:

são usualmente desprezados desde que Re seja elevado (Tennekes e Lumley 1972)

MODELO DIFUSÃO DE MODELO DIFUSÃO DE , D, D

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• A produção nas grandes escalas, PK deve ser balanceada pela produção de nas pequenas escalas, P, para evitar um crescimento ilimitado.

• Por hipótese é proposto que a medida que k é produzido, sua dissipação também deve ser. Isto é, a produção de é proporcional a razão: produção de energia cinética pelo tempo das grandes escalas. Note que a razão (/k) é o inverso da escala de tempo

Kk

j

k

i

j

i PK

C x

u

x

u

x

u P

12

MODELO PRODUÇÃO DE DISSIPAÇÃO, PMODELO PRODUÇÃO DE DISSIPAÇÃO, P

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O termo de destruição tem uma estrutura similar ao termo

de geração: é proporcional a razão entre a dissipação e

a escala de tempo das grandes escalas, (/k).

KC

x x

u d

jk

k2

22

2

MODELO DE DESTRUIÇÃO DE MODELO DE DESTRUIÇÃO DE

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KCP

kC

x

x x

U

t

k

i

T

iii

2

21

• Esta é a forma que a equação da dissipação é encontrada em diversos modelos de turbulência.

• Ela é altamente empírica, ou melhor dizendo, fortemente baseada em argumentos de análise dimensional e não propriamente na física que representam as correlações de flutuações modeladas. Em parte se deve ao alto grau de incerteza e desconhecimento que se tem destes termos.

• Atribui-se, com frequência, à equação da dissipação as inconcistências que o modelo k- apresenta.

MODELO EQUAÇÃO TRANSPORTE DA DISSIPAÇÃOMODELO EQUAÇÃO TRANSPORTE DA DISSIPAÇÃO

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• Constantes do Modelo• C = 0.09• C1 = 1.44• C2 = 1.92• k = 1.0• = 1.3

iK

T

ik

ii x

k

xP

x

kU

t

k

KCP

kC

x

x x

U

t

k

i

T

iii

2

21

2kCT

j

i

i

j

j

iT

j

i'j

'ik x

U

x

U

x

U

x

U uuP

HipóteseBousinesq

QUADRO SUMÁRIO DO MODELO QUADRO SUMÁRIO DO MODELO k-k-PADRÃOPADRÃO

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Determinação das Constantes

do Modelo k-

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DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES DO MODELODETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES DO MODELO

• As cinco constantes do modelo são obtidas por meio de comparações com dados experimentais de casos testes específicos:

• Estudos de sensibilidade revelaram que as constantes que mais influenciam são C1 e C2; 5% de variação em uma delas produz 20% de variação na taxa de abertura de um jato; 10% de alteração causa uma variação de 40% na taxa crescimento da camada limite

Coef. Valor Caso Exp. Utilizado para Ajustar Coef

C 0.09 Equilibrium Shear Layer

C 1.44 Equilibrium Shear Layer

C 1.92 Homogeneous Flow

k 1.0 Shear Flow 1.3 Shear Flow

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Escoamentos cisalhantes 2D, ‘shear layers’ , apresentam equilíbrio local: produção e dissipação de k são essencialmente iguais e a tensão turbulenta é práticamente constante! Próximo a parede podemos utilizar a lei log para o perfil de velocidades:

Substituindo na eq. de k

A tensão turbulenta, uiuj, expressa em termos da viscosidade turbulenta:

Substituindo-se as expressões para dU/dy e evidências experimentais na região log de camadas limites revelarem que:

)Kármán Von( 41.0 ;y*uyU

y

*u

yP

3ww

K

y

UkCuv

2

Ckuv09.0C 3.0kuv

CONSTANTE CCONSTANTE C

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Com auxílio do perfil log e da condição equilíbrio local a eq. de é modelada retendo difusão, produção e destruição:

Esta relação fixa C1 quando os valores das outras constantes estiverem determinados.

21

2

212

421121

4

CCC

y

*uCCCy

*u

y0

DETERMINAÇÃO CONSTANTE CDETERMINAÇÃO CONSTANTE C11

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Em estudos experimentais do decaimento da turbulência homogênea introduzida por uma grade, temos que os termos de difusão e produção são nulos. Neste caso as equações de k e e reduzem para:

combinando as duas equações e integrando:

onde k0 e e0 referem-se às condições iniciais.

kC

dx

dU &

dx

dkU

2

2

2C-11

0

02

0

2C

00 U

x

k1C1

k

k &

k

k

DETERMINAÇÃO CONSTANTE CDETERMINAÇÃO CONSTANTE C22

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Para uma posição suficientemente afastada da tela, 1000 o poro da grade, pode-se obter um escoamento isotrópico (u2=v2=w2) e portanto k=3/2u2 . O decaimento de k determinado experimentalmente revela que Ce2 está na faixa de 1.8 a 2. Observa-se também que o valor recomendado, Ce2 = 1.92 é próximo de 2; então a eq. decaimento k pode ser simplificada ainda mais:

nota-se que a turbulência decai com uma constante de

tempo t = k0 /e0 .

U

xt ;et

k1

k

k 00kt

1

0

0

0

DETERMINAÇÃO CONSTANTE CDETERMINAÇÃO CONSTANTE C22

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As constantes de difusão, k e , possuem valores próximos da unidade. Elas, assim como C1 , são ajustadas por a fim de otimizarem os resultados do modelo quando confrontados com diversos casos experimentais.

Devido sua associação ao gradiente da propriedade:

i

T

ik

Tk x

D x

kD

a eles também pode-se associar o significado de número de Prandtl turbulento relativo à energia cinética turbulenta e à dissipação.

DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES DETERMINAÇÃO DAS CONSTANTES kk e e

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Rodi, W.,”Turbulence Models and Their Application in Hydraulics”, IAHR Monograph Series, 3rd ed., 1993

Warsi, Z.U.A., “Fluid Dynamics”, CRC Press, 1993

Deschamps, C.J., “I Escola de Primavera - Transição e Turbulência - Modelos Algébricos e Diferenciais”, ABCM, 1998

Speziale, C.G., “Analytical Methods for the Development of Reynols-Stress Closures in Turbulence”, Ann. Rev. Fluid Mechanics, 23, pp107-157, 1991.

Launder, B.E. and Spalding, D.B.,”The Numerical Computation of Turbulent Flows”, Comp. Meth. In Applied Mech and Engng, 3, pp269-289, 1974.

Jones, W.P. and Lauder, B.E., (1972). The prediction of laminarization with a two-equation model of turbulence. Int. J. Heat Mass Transfer 15, 301-314

Lauder, B.E. and Sharma, B.I. (1974). Application of the energy-dissipation model of turbulence to the calculation of flow near a spinning disc. Lett. Heat Mass Transf. 1, 131-138.

Harlow, F.H. and Nakayama, P.I. (1968). Transport of turbulence energy decay rate. University of California Report LA-3854, Los Alamos Science Laboratory.

REFERÊNCIASREFERÊNCIAS

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• Quadro Sumário do Modelo k-

• Constantes do Modelo• C = 0.09• C1 = 1.44• C2 = 1.92• k = 1.0• = 1.3

iK

T

ik

ii x

k

xP

x

kU

t

k

KCP

kC

x

x x

U

t

k

i

T

iii

2

21

2kCT

j

i

i

j

j

iT

j

i'j

'ik x

U

x

U

x

U

x

U uuP

HipóteseBousinesq

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ANÁLISE MODELO k-ANÁLISE MODELO k- NAS CAMADAS NAS CAMADAS INTERNAS E LOGINTERNAS E LOG

Objetivo:

Desenvolver equações do k-e para as camadas internas e log e verificar os limites assintóticos das

soluções contra as leis de parede estabelecidas

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• De fato existem somente duas camadas em regimes turbulentos: uma denominada Interna (muito próxima de paredes) e outra Externa (no núcleo do escoamento)• Elas existem porque os processos físicos que ocorrem nestas regiões são descritos por diferentes escalas• A camada Log é um limite assintótico entre estas duas camadas

INTERNA

LOG

EXTERNA

dx

dP,

yg

u

UU

w

e

yu y

0y

- A camada Log realiza o ‘casamento entre as camadas Interna e Externa, isto é, ela representa o limite assintótico superior da camada Interna e o limite assintótico inferior da camada Externa.

RECORDAÇÃO DAS CAMADAS INTENA & LOGRECORDAÇÃO DAS CAMADAS INTENA & LOG

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y

k

y y

U

K

TT

2

0

KCP

kC

y

y kT

2

210

2kCT

wTT y

U

y

U

y

0

- A Camada Log é a região suficientemente próxima da parede para que os efeitos inerciais sejam desprezados mas ainda suficiente distante da parede de tal modo que a viscosidade molecular seja muito menor que a turbulenta. - Nesta região os termos convectivos e de gradiente de pressão são uma ordem de magnitude menor que os demais termos. Neste cenário as equações de transporte quando y+ se reduzem para:

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA LOG NA CAMADA LOG

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Na camada Log o gradiente de velocidades é:

a viscosidade turbulenta é:

a dissipação em função de K:

substituindo estas definições na eq. k:

cuja solução não trivial no limite y+ é:

e consequentemente:

y

u

y

U

yu

yU

uTT

2

yu

kCkC

T

22

22

220

u

CB e

uA onde

y

ky

yyBkA kk

C

u

B

Ak

2

y

u

3

Na camada Log k é constante caso contrário, o 3o termo cresceria indefinidamente.

SOLUÇÃO MODELO k-SOLUÇÃO MODELO k- NA CAMADA LOG NA CAMADA LOG

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Substituindo-se as soluções do modelo k- na camada log na equação da dissipação encontra-se que:

212 CCC

Substituindo-se os valores das constantes do modelo encontra-se que o valor da constante de Von Kàrmàn é: = 0.433. O valor encontrado é ligeiramente superior ao experimental, = 0.41.

Os modelos k- e k- RNG resultam nos valores 0.41 e 0.399, respectivamente. Do ponto de vista de satisfazer o valor mais correto da constante de Von Kàrmàn estes modelos são superiores.

y

u

3

C

uk

2

ByLnU

1

SOLUÇÃO MODELO k-SOLUÇÃO MODELO k- NA CAMADA LOG NA CAMADA LOG

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y

k

y y

U

K

TT

2

0

K

CPk

C y

y kT

2

210

2kCT

wTT y

U

y

U

y

0

- Nesta região os termos convectivos e de gradiente de pressão são uma ordem de magnitude menor que os demais termos. Além disto, nesta região a viscosidade laminar e turbulenta são de mesma ordem de magnitude. Neste cenário as equações de transporte se reduzem para:

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA INTERNA NA CAMADA INTERNA

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y

u

3

C

uk

2

y

Na superfície sólida ocorre o não-deslizamento, isto implica em dizer que:

U k 0 y 0

O sistema de equações é de quinta ordem e requer cinco condições de contorno: uma para velocidade, duas para energia cinética e duas para dissipação.

Para casar com a lei log, as soluções devem apresentar o limite assintótico:

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA INTERNA NA CAMADA INTERNA

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Resta ainda determinar o valor da dissipação na parede. Enquanto que o fluido é impedido de ter velocidade na parede ele apresenta gradiente de velocidade não-nulo!.

y

k

y 02

2

A partir da equação de k,

para y = 0 tem que:

ou da definição da função de dissipação isotrópica também tem:

ou mesmo a condição de grad nulo

2

y

2

y y

k2

y

u

00

0 y y

0

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA INTERNA NA CAMADA INTERNA

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O sistema de equações diferenciais ordinárias não-lineares pode ser integrado utilizando-se de técnicas numéricas como Runge-Kutta. É esperado que o perfil de velocidades reproduza o perfil ‘universal’ da parede y+ = 1 até y+ ~ 500

O modelo k- não consegue reproduzir satisfatóriamente os dados experimentais relativos a camada Interna e Log. A constante ‘B’, determinada pela lei de parede:

2.2- ]Lny- [ULim B 1

y

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA INTERNA NA CAMADA INTERNA

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De fato o valor esperado de B seria 5 < B < 5.5. Isto mostra

que o modelo não reproduz os dados experimentais na

camada Interna. Isto é, o modelo k- pode ser integrado a

partir da camada Log pois o perfil de velocidades da lei log

satisfaz as equações nesta região.

Integração a partir da camada Interna só é possível por meio

da introdução de funções de amortecimento nos

coeficientes do modelo (também conhecido como modelo

k- de baixo Reynolds).

EQUAÇÕES MODELO k-EQUAÇÕES MODELO k- NA CAMADA INTERNA NA CAMADA INTERNA