capítulo 4 cinemática da turbulência homogênea e isotrópica

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Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

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Page 1: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Capítulo 4

Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Page 2: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

A maioria dos escoamentos são cizalhantes, os quais são anisotrópicos e não homogêneos, como pode ser visualizado na figura

Estruturas Coerentes:anisotrópicas

Pequenas Estruturas:tendência à isotropia e

homogeneidade

Page 3: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

•O cizalhamento é necessário para gerar instabilidades, as quais são anisotrópicas

•Logo, a nível das chamadas estruturas coerentes não existe isotropia, porém existe para as pequenas estruturas da turbulência;

Perturbações+ Instabilidades

Page 4: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

Anisotropia Isotropia

Page 5: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

Turbulência isotrópica na superfície do mar

Page 6: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

Turbulência de grelha

Page 7: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

• Homogeneidade: é a invariância estatística das propriedades dos escoamentos quando se promove uma translação do sistema de eixo

y

z

Translação de eixos

y

z

Page 8: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

•Caso não se observa variações em qualquer propriedade estatística, ou seja

f x r f x

•A homogeneidade é uma propriedade direcional

x

y

LDEscoamentodesenvolvido

Page 9: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Introdução

•Isotropia: é a invariância estatística das propriedades de um escoamento em relação a uma rotação no sistema de eixo. Compreende-se, então, que isotropia implica em homogeneidade. A recíproca não é verdadeira.

x

y

z

x'

y'

z'

Page 10: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Cinemática da Turbulência Isotrópica

Formalismo Estatístico

Supor um experimento no qual se interessa por uma propriedade genérica , onde , sendo uma amostra no espaço . A propriedade se refere a um escoamento. A figura ilustra um conjunto n de amostras.

f x ,t ,

f x ,t ,

Page 11: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

t

1,t,xf

w 1

1,xf

2,t,xf

t

w2

t

n,t,xf

nw

Page 12: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

•Dadas as n amostras, pode-se proceder a definições estatísticas, como segue:

•Média de conjunto

N1

f x,t f x ,t ,wiN i 1

Média temporal

M1

f x,w f x ,t ti j ,w jiT j 1

Page 13: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

Hipótese de Ergodicidade

f x f x

Momentos estatísticos de ordem n:

Seja o conjunto de variáveis abaixo:

a1f x ,t ,w velocidade

a2f x ,t ,w pressão

a3f x ,t ,w temperatura

anf x ,t ,w . . .

Page 14: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

Define-se um momento estatístico de ordem n como sendo:

aa a n1 2f f ... f x ,t

N1 aa a n1 2lim f x,t ,w f x ,t ,w ... f x ,t ,wi i iNN i 1

•Exemplo: a a1 2f f u Tem-se, a intensidade turbulenta:

2u u u Momento de segunda ordem

Page 15: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

•Ilustração:

t

xu

t,xu

t

t,xut,xut,xu

t

2u 2u

Page 16: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

•Estendendo este exemplo às três componentes de velocidade, pode-se obter o tensor de Reynolds, composto de seis momentos de segunda ordem:

2u u u w

2x u w

2w u w w

Page 17: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Formalismo Estatístico

•Observa-se que este tensor é simétrico e pode ser rescrito em notação tensorial como segue:

u uij i j

•O seu traço fornece a energia cinética turbulenta:

1 1 2 2 2k u u u wi i2 2

Page 18: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Classificação da turbulência

Turbulência não homogênea e não isotrópica.Turbulência homogênea e não isotrópica.Turbulência homogênea e isotrópica.

Neste último caso, tem-se:

a aa a a an n1 2 1 2f f ... f x ,t f f ... f x r ,t

Page 19: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformação das Equações de Navier-Stokes do espaço físico para o espaço de Fourier

Transformada de Fourier

•Seja uma função periódica qualquer. Define-se a sua transformada de Fourier como segue:

31 ik .xf k ,t e f x ,t dx

2V

1 1 1k 2 , ,

1 2 3

k k ,k ,k1 2 3

2

k1

Page 20: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformação das Equações de Navier-Stokes do espaço físico para o espaço de Fourier

Transformada Inversa de Fourier

ik .x ˆf x ,t e f k ,t dk

V

Page 21: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

Transformada da derivada de uma função

f x ,t ik .x ˆg x ,t e f k ,t dkx x

V

ik .x ˆe ik f k ,t dk ik f x ,t

V

Seja

3f 1 fik .xg k ,t TF e dxx 2 x

V31 ik .x ˆik e f x ,t dx ik f k ,t

2V

Logo

Page 22: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

Transformada do gradiente de uma função

f f f ˆ ˆTF f TF , , i k ,k ,k f k ,t ikf k ,tx y zx y z

Transformada do divergente de um vetor

TF .V ik .V

Page 23: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

Transformada do laplaciano de um vetor

2 2TF V k V

Transformada do produto de duas funções

ˆ ˆˆ ˆTF f x ,t g x ,t f * g k ,t f p,t g k p,t dp

p

Integral de convolução: interações triádicas não lineares.

Page 24: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

Os parâmetros de transformação de f e g são:

p

e q

onde k p q

Page 25: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

2u upi iu ui jt x x x xj i j j

ui 0xi

•Consideremos as equações de NS no espaço físico

•Transformada da conservação da massa

uˆTF ik u TF .u ik .u

x

Page 26: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

^2uk

^u

k

Plano

Page 27: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Operadores de interesse para transformação de Navier-Stokes

Transformada de Fourier das Equações de Navier-Stokes

u uTF

t t

k .u 0

Sendo

^ ^^ u u

k .u k . 0 ao planot t t

Então,

Page 28: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformada de Fourier das Equações de Navier-Stokes

2 2TF u k u Este Termo transformado

também pertence ao plano .

ˆTF p ikp Nota-se, então, que a

transformada da pressão é colinear com o vetor número de onda, sendo portanto, perpendicular ao plano .

Page 29: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformada de Fourier das Equações de Navier-Stokes

Transformada do Termo Não Linear

u 2TF u TF uu p 0t

Pertence ao plano

Também pertence ao

plano •A transformada do primeiro termo já é conhecida. Basta agora determinar a projeção do segundo termo sobre o plano .

Page 30: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformada de Fourier das Equações de Navier-Stokes

Transformada do Termo Não Linear

k ki jkij ij 2k

•Seja o tensor projeção no plano defino abaixo

k k ki j i.a a a a a a k aij j j ij j i j j pi2 2k k

•Projetando-se um vetor qualquer com este tensor

Page 31: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Transformada de Fourier das Equações de Navier-Stokes

Transformada do Termo Não Linear

k ki ia k a k a k 0pi i i i j j 2k

•Fazendo-se o produto escalar da projeção do vetor com o o vetor número de onda

•Isto demonstra que o tensor definido assim, projeta qualquer vetor no plano .

Page 32: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

k

pik

kqpjj pduuik

Projeção de kqp

jj pduuik

sobre o plano ^R

Page 33: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Logo,

u 2 ˆ ˆ ˆk u ik k u p u q dpm jm jtp q k

•Observa-se que Navier-Stokes no espaço de Fourier não depende do conceito de pressão.

Page 34: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•Cada termo desta equação pode ser interpretado fisicamente, sendo esta interpretação mais rica no espaço de Fourier, como está ilustrado abaixo.

u

t

Taxa de variação da quantidade de

movimento

2 ˆk u Fluxo líquido difusivo de quantidade de movimento.

Page 35: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

ˆ ˆik k u p u q dpm jm jp q k

Transferência líquida não linear de quantidade de movimento. Observa-se que este processo é o resultado das interações físicas entre as estruturas turbilhonares que compõem o escoamento. Aqui elas são modeladas pelas interações não lineares triádicas que compõem a integral de convolução

•Comentários sobre a solução desta equação.

Page 36: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Tensor Espectral e Espectro de Energia Cinética Turbulenta

•Ele é definido como sendo a TF da correlação de segunda ordem das flutuações de velocidade relativas a duas direções

31 ik .rU k ,t e U r ,t drij ij2

V

U r ,t u r ,t u r x ,tij i j

onde

é um momento de Segunda ordem.

Page 37: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•Observa-se que foi feita a hipótese de homogeneidade e isotropia.

•Fazendo-se i=j obtém-se o traço do tensor:

31 ik .rU k ,t e U r ,t drij ii2

V

•Define-se, a partir do traço do tensor espectral o espectro de energia cinética turbulenta

1U r 0,t E k ,t dkii2

0

Page 38: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Na figura abaixo visualiza-se a distribuição espectral de energia cinética turbulenta, o que é uma forma poderosa de se entender como a atividade turbulenta de um escoamento se dá, em função dos tamanhos das diferentes estruturas turbilhonares que o caracterizam.

Log [E(k)]

Log(k)kI

Efeitos viscosospredominantes

Zona inercial doespectro

Page 39: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

I

Escoamento sobre um degrau, ilustrando o processo de transmissão de injeção de energia do escoamento médio para os turbilhões da camada cizalhante e para o interior da cavidade.

Page 40: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

I

Redistribuição deenergia

•Turbilhões maiores são formados de turbilhões menores.

• A energia de formação e manutenção destes turbilhões menores deve ser fornecida pelos turbilhões receptores de energia, pelo processo já explicado. Desta feita explica-se o processo físico da chamada cascata direta de energia, ou seja, o transporte não linear das grandes para as menores estruturas.

Page 41: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Equação de Conservação da Energia Cinética Turbulenta

•Partindo-se das equações de Navier-Stokes, a qual é também válida para as flutuações de velocidade, multiplicando-as por u k ,ti

•Fazendo-se a média < >, manipulando-se algebricamente, obtém-se a equação de transporte para o tensor espectral e consequentemente para o seu traço:

^

^ ^ ^ ^U k ,tij 22 k U k ,t I u k ,t u p,t u q ,t dpdqij ijm i j mt

A função I depende de momentos de terceira ordem. Ela está bem definida em Lesieur (1995).

P k k ,t k k ,tijm m ij j im

O tensor

Page 42: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Fazendo-se a soma sobre as três componentes do traço do tensor espectral (U11, U22 e U33) e utilizando-se a definição de energia cinética turbulenta, obtém-se a sua equação de transporte:

E k ,t 22 k E k ,t T k ,tt

• O primeiro termo desta equação representa a taxa de variação da energia cinética turbulenta;

• O segundo representa a transferência de energia ou a sua dissipação, por efeitos moleculares, dependendo do número de onda em questão;

• O termo do lado direito representa a transferência não linear entre os turbilhões de diferentes números de onda;

Page 43: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

kI k

E(k) Transferência não linearde energia: T(k,t)

Dissipaçãoviscosa

kI k

E(k,t)

t

Transiente de umespectro de energia

Page 44: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Teoria de Kolmogorov (Kolmogorov, 1941)

•Esta é a teoria mais famosa sobre a turbulência isotrópica. Sua base é a análise dimensional.

•Hipótese de equilíbrio: toda energia injetada no espectro deve ser dissipada pelos efeitos viscosos.

•Na teoria de Kolmogorov, assume-se que o espectro de energia, para números de onda maiores que kI , depende apenas de e de k.

Page 45: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•Fazendo-se uma análise dimensional baseada no teorema dos de Vaschy-Buckingham, Kolmogorov chegou à seguinte expressão:

E k k

•Determinando-se os valores de e de tem-se que:

2 / 3 5 / 3E k C kK

onde CK=1,4 é a constante universal de Kolmogorov, determinada analiticamente.

Page 46: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•Uma variedade de experimentos em laboratório e de experimentos numéricos têm sido realizados objetivando-se a comprovação desta lei, para uma variedade de valores do número de Reynolds. Todos eles têm resultado na lei de Kolmogorov

Zona inercial

Zona dedissipação

viscosa

log [E(k)]

log (k)kI

k-5/3

Page 47: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

Antes de aprofundar qualquer tipo de estudo sobre os escoamentos turbulentos é interessante fazer uma análise das escalas características da turbulência:

•Tempo

•Comprimento

•Energia

•VorticidadeGrandes escalas Pequenas escalas

Page 48: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

•Escalas dissipativas de Kolmogorov: toma-se um turbilhão de tamanho característico r com uma velocidade característica vr originário em um fluido de viscosidade . Define-se então um número de Reynolds local:

v rrRer

•O quadrado deste parâmetro representa a importância relativa das forças de inércia e das forças viscosas.

•Pela lteoria de Kolmogorov, , ver Lesieur (1994)

1 / 3v rr

Escalas de Kolmogorov

Page 49: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

•Substituindo-se esta última equação na precedente, tem-se que:

1 / 34Re r /r

•Situando-se a escala r tal que os efeitos viscosos sejam pequenos pode-se afirmar que Rer é maior que 1. Se r diminui Rer diminui também e se r<ld , onde ld é definido abaixo,

1 / 43l /d

então Rer torna-se menor que 1 e os efeitos viscosos passam a dominar os efeitos de inércia. Esta escala é a escala dissipativa de Kolmogorov.

Page 50: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•Logo os turbilhões de tamanhos menores que ld são dissipados por efeitos viscosos e não podem se desenvolver.

•Esta análise permite entender porque o espectro de energia cinética cai tão rapidamente quando se aproxima do número de onda dissipativo de Kolmogorov,

Zona inercial

Zona dedissipação

viscosa

log [E(k)]

log (k)kI

Page 51: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•A título de exemplo, a escala de Kolmogorov no interior da camada limite atmosférica é da ordem de 1 mm, enquanto que no caso de uma turbulência de grelha é da ordem de 0,1 mm.

•Fazendo-se uma análise dimensional e expressando-se o tempo característico em função de e , chega-se à seguinte expressão para este parâmetro, relativo às estruturas dissipativas de Kolmogorov.

1 / 2

Page 52: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

•De forma semelhante deduz-se as escalas de velocidade, de vorticidade e de energia cinética turbulenta de Kolmogorov:

1 / 4v

1 / 2

1 / 2e

Page 53: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

Grandes Escalas da Turbulência

•As maiores estruturas de um escoamento são determinadas pela geometria que lhes dão origem.

•Sejam as escalas típicas do escoamento: L a escala de comprimento (por exemplo, o diâmetro de um cilindro) e U a escala de velocidade (a velocidade de transporte das grandes estruturas).

•Estabelece-se as seguintes relações:

Lt

U U

WL

2E U

Page 54: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

Taxa de dissipação viscosa

•Para os escoamentos turbulentos completamente desenvolvidos pode-se fazer a hipótese do equilíbrio: a dissipação viscosa é igual à taxa de injeção de energia cinética nas grandes escalas. • Desta forma, pode-se expressar a dissipação viscosa como uma função de grandezas independentes da viscosidade.

Zona inercial

Zona dedissipação

viscosa

log [E(k)]

log (k)kI

Page 55: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

Taxa de dissipação viscosa

•Desta forma pode-se expressar a taxa de dissipação como segue:

2 3U U

t L

•Com esta equação diz-se que a taxa de dissipação pode ser estimada a partir de parâmetros relativos às grandes escalas, sem a participação da viscosidade.

Page 56: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas da turbulência

Relações Entre as Escalas da turbulência

•Dividindo-se as escalas de Kolmogorov pelas escalas das grandes estruturas da turbulência tem-se as relações procuradas:

L 3 / 4ReLld

URe 1 / 4Lvr

1 / 2ReLW

E 1 / 2ReLe

Page 57: Capítulo 4 Cinemática da Turbulência Homogênea e Isotrópica

Escalas Moleculares Versus Escalas de Kolmogorov

•Pela teoria cinética dos gases

c

c

3 / 4U 1 / 4l Ld

•Já tinha sido visto que:

•Dividindo-se uma equação pela outra, tem-se que

M1 / 4ld ReL

•Com este resultado, chega-se à conclusão que as escalas de Kolmogorov são sempre maiores que as escalas moleculares, pelo menos para M<15.