mulheres por detrás da confissão de 1689, por anne pendleton

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Page 1: Mulheres Por Detrás da Confissão de 1689, por Anne Pendleton
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Mulheres Por Detrás da Confissão de Fé Batista de 1689

Por Anne Pendleton

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Traduzido do original em Inglês

The Women Behind The 1689

By Anne Pendleton

Via: ReformedBaptista

Tradução por Camila Rebeca Almeida

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Dezembro de 2015

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa

permissão da autora, Anne Pendleton (ReformedBaptista), sob a licença Creative Commons

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato,

desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu

conteúdo nem o utilize para quaisquer fins comerciais.

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Mulheres Por Detrás da Confissão de 1689 Por Anne Pendleton

[Uma Série sobre Esposas de Signatários da Confissão de Fé Batista de 1689 • Editado]

Depois de conhecer uma breve história dos tempos da Segunda Confissão de Fé Batista

de Londres (ou de "1689"), eu pensei que seria interessante ver o que poderia ser

aprendido sobre as esposas dos signatários desse documento. Apesar de não ser um

estudo exaustivo, espero que estes esboços nos deem um vislumbre das vidas das

primeiras mulheres Batistas Particulares.

***

Anne Cheney Knollys

Anne Cheney nasceu em 1608. Ela casou-se com Hanserd Knollys, um homem dez anos

mais velho que ela, em 1631, por volta dos 23 anos de idade. Em 1636, Hanserd deixou

a igreja Anglicana por motivo de consciência. Depois de um mandado, saiu de sua prisão;

a família fugiu para a América por volta de 1638. Depois de uma viagem tumultuada,

chegaram em Boston, Massachusetts, quase na miséria e de luto pela perda de seu filho

que morreu durante a viagem. Ao invés de encontrarem um refúgio de seus problemas,

eles não foram considerados bem-vindos devido a relatos do "Antinomianismo" de

Hanserd. Alguns homens, no entanto, convidaram os Knollys a viajar para o norte, onde

agora fica Dover, New Hampshire, onde Hanserd foi feito pastor da igreja naquela cidade.

Os Estados Unidos não parecem ter sido um lugar tranquilo para Anne e Hanserd.

Enquanto isso, em New Hampshire, surgiu conflito entre Hanserd e outro ministro, Thomas

Larkham, que havia chegado em New Hampshire em 1640. Larkham tinha riqueza e

influência, e tinha padrões muito relaxados para a membresia. Isso produziu muita divisão

dentro da congregação, e Larkham em dado momento, removeu Knollys do púlpito. Muitos

fiéis, em seguida, retiraram Larkham e restauraram Knollys como pastor. [...] [Devido a

calúnias] os Knollys não permaneceram nas colônias.

A família Knollys (Hanserd, Anne grávida, e uma criança de 3 anos) deixou New

Hampshire em 1641 e viajou de volta para a Inglaterra, a pedido do pai de Hanserd.

Embora pobres, eles tinham provisões previstas por meio de amigos Cristãos. Foi nessa

época que Knollys uniu-se à igreja Jacob/Lathrop/Jessey e solidificou a sua opinião sobre

o Batismo. Ele permaneceu um membro ali por mais seis meses, não obstante, para que

Anne estivesse totalmente convicta do credobatismo antes de prosseguirem*. Ele

pastoreou como um Batista Particular, mas sua igreja não conseguia supri-lo totalmente,

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então ele era um professor também. Em 1660, depois de Hanserd ser preso na prisão de

Newgate por 18 semanas, ele fugiu para a Holanda e depois para a Alemanha, e Anne

também, com dois de seus filhos. Eles voltaram para a Inglaterra pouco depois, tendo

morado lá até que Anne morreu em 1671.

Que pensamentos Anne tinha a respeito de sua vida eu não sei. Ela é mencionada com

ternura por seu marido, que a descreveu como:

Uma mulher santa, discreta, e uma auxiliadora idônea para mim em seu cuidado do

lar, e também no caminho da santidade; ela foi minha companheira em todos os

meus sofrimentos, viagens e dificuldades que nós enfrentamos pelo Evangelho.

Isto é o que está escrito em sua lápide:

Aqui jaz o corpo da Sra. Anne Knollys,

filha de John Cheney, escudeiro, e esposa

de Hanserd Knollys (Ministro do Evangelho),

com quem teve 7 filhos e 3 filhas;

a qual morreu em 30 de abril de 1671, e aos 63 anos.

A minha única esposa, que em sua vida

Viveu por quarenta anos comigo,

Está agora em repouso, para sempre abençoada

com a imortalidade.

Minha querida se foi, deixou-me sozinho

Para Cristo, para agir e morrer,

Por Quem morreu por mim, e morreu para ser

Meu Salvador-Deus Altíssimo.

Fontes utilizadas:

*Bustin, Dennis. Paradox and Perseverance, Paternoster Press, 2006. p.303.

BaptistHistoryHomepage.com

Brook, Benjamin. The Lives of the Puritans, Vol. 3

Brown, John Newton. Memoir of Hanserd Knollys, 1837.

Bustin, Dennis. Paradox and Perseverance. Paternoster, 2006.

Howson, Barry H. Erroneous and Schismatical Opinions, Brill, 2001.

Pastoor, Charles and Johnson, Galen K. The A to Z of the Puritans. Scarecrow Press, 2007.

Renihan, James M. Edification And Beauty. Paternoster, 2008.

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Fonte que eu gostaria de ter acessado:

Autobiografia de Knollys intitulada: Life and Death of that Old Disciple of Jesus Christ, and Eminent

Minister of the Gospel, Hanserd Knollys, who died in the 93rd year of his age written with his own

hand to the year 1672, and continued in general, in an epistle by Mr. William Kiffin.[Vida e Morte

daquele Velho Discípulo de Jesus Cristo, e Eminente Ministro do Evangelho, Hanserd Knollys, que

morreu aos 93 anos, escrito com sua própria mão até o ano de 1672, e continuada, em geral, em

uma epístola pelo Sr. William Kiffin].

***

Jane Grove Keach

Jane Grove nasceu em 1639 em Winslow, Inglaterra. Em 1660, ela casou-se com

Benjamin Keach, que era um ano mais novo. Keach foi convencido da posição Batista em

sua adolescência e por volta da época de seu casamento com Jane era o pastor da igreja

Batista em Winslow. Esta igreja era uma igreja Batista Geral, e Benjamin Keach neste

momento sustentava a teologia Batista Geral. Não está claro quais eram os pensamentos

de Jane sobre a questão do Calvinismo, mas desde que ela voluntariamente casou-se

com um Batista, podemos ao menos concluir que ela não era simpatizante do pedoba-

tismo.

Tanto Batistas Gerais ou Batistas Particulares, ambos eram ilegais na Inglaterra naquela

época, e Benjamin Keach teve sua porção de perseguição. Em 1644, Keach foi preso por

pregar. Também nesse ano ele foi condenado por ter escrito um livro infantil, A New and

Easie Primer, o que foi dito promover heresia. Ele foi atacado e seus livros foram queima-

dos diante dele. Enquanto ele estava em detenção, Jane visitou-o e encorajou-o, e Ben-

jamin foi capaz de pregar para quem estava ali de passagem durante este confinamento.

A perseguição intensificou-se a tal ponto que em 1668 a família Keach tomou a decisão

de mudar-se para Londres. Durante a viagem, salteadores adentraram no coche em que

a família estava e roubaram o dinheiro de todos os passageiros. Benjamin estava sem

dinheiro quando eles chegaram na cidade. No entanto, a família juntamente com outros

passageiros do coche, processaram o município o qual foi finalmente capaz de restaurar

as posses que tinham perdido.

Jane teve cinco filhos com Benjamin. Três deles sobreviveram à idade adulta, duas filhas

e um filho. Uma filha, Hannah, posteriormente tornou-se uma Quaker. O filho, Elias,

plantou igrejas Batistas na Filadélfia, Pensilvânia. Jane, no entanto, não viu essas crianças

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crescerem. Após dez anos de casamento, Jane morreu em 1670, aos 31 anos. Benjamin

escreveu um poema in memoriam intitulado A Pillar Set Up [Uma Coluna Erigida]. Howard

Malcom, em suas memórias de Benjamin Keach, descreve lembranças de Keach sobre

Jane:

...Ela foi uma esposa muito terna e amorosa, e foi sua companheira nos sofrimentos

por dez anos... A extraordinária afeição que ele mostrava à sua memória, foi mani-

festada por ele escrever um poema na ocasião da sua morte, o qual ele intitulou, A

Pillar set up, atribuindo como sua razão, o exemplo de Jacó, “Assim morreu Raquel,

e foi sepultada...E Jacó pôs uma coluna sobre a sua sepultura; esta é a coluna da

sepultura de Raquel até o dia de hoje” [Gênesis 35:19-20]. Nele, ele referiu-se a ela

como um caráter mui elevado, elogiando seu zelo pela verdade, sinceridade na

religião, amor incomum pelos santos, e seu grande contentamento em qualquer

condição de vida que Deus Se agradava em colocá-la. Ele particularmente menciona

quão grande ajuda e conforto ela era para ele em seu sofrimento pela causa de

Cristo, visitava-o na prisão, e cuidava dele de todas as formas possíveis, e encora-

java-o a prosseguir, considerando uma honra para ambos, que eles fossem chama-

dos a sofrer por amor de Cristo. Ela tinha uma conversa celestial: sua fala era

temperada, e em sua maior parte, sobre coisas espirituais, buscando o bem daqueles

com quem ela conversava; e nisso ela foi tão bem sucedida, que muitos reconhece-

ram que estavam em dívida para com sua conversa quanto à conversão deles a

Deus.

Que maravilhosa porção escrita para a História Batista Reformada! Que gesto comovente

e (ouso dizer) romântico escrever um poema para a esposa da sua mocidade! Mas neste

momento eu devo admitir minha falta de credenciais acadêmicas, pois minha busca por

este poema foi ineficaz. Benjamin Keach é um dos mais eminentes e prolíficos Batistas

Particulares, e muitas de suas obras são facilmente encontrados online. No entanto, este

poema não é um deles. De acordo com este artigo da tese de James Barry Vaughn, o

poema foi perdido! Certamente com o renascimento Batista Reformado em seguimento,

alguém poderá encontrar uma cópia deste escrito. Até então, podemos ser gratas que nós

temos este vislumbre da vida de outra irmã Batista (seja ela Particular ou não), em Cristo.

***

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Susanna Skidmore Partridge Keach

Susanna Skidmore nasceu em algum momento dos anos 1600 em Rickmansworth,

Hertfordshire, Inglaterra. Seu pai, Henry Skidmore, era um produtor de cera (fabricante de

velas), como seu pai antes dele. Segundo Emily Cockayne no livro: Filth, Noise and Stench

in England 1660-1770, o comércio de cera era "notoriamente sujo e desagradável”. A cera

provinha da gordura não comestível da carne de boi ou de carneiro, e velas feitas assim

eram baratas e de pouca qualidade.

Quando Susanna cresceu, casou-se com Samuel Partridge, também de Rickmansworth.

O casamento foi de curta duração. Samuel morreu nove meses depois do casamento. Não

tiveram filhos.

Em algum momento Susanna foi para Londres. Se isso foi com o marido ou depois é

desconhecido. Também é desconhecido quando ela conheceu os Batistas Particulares.

Sabe-se, porém, que Benjamin Keach estava em Londres por volta de 1668, e que a sua

querida esposa Jane falecera em 1670. O que ocasionou o romance de Susanna e

Benjamin é desconhecido, mas a viúva e o viúvo foram providencialmente reunidos.

Em 1672, Susanna e Benjamin estavam casados. A este tempo, Keach havia se tornado

um Calvinista e estava familiarizado com os Batistas Particulares. Hanserd Knollys, um

amigo de Benjamin, oficiou o casamento. Sua esposa Anne havia morrido no ano anterior,

mas questiona-se se ela conhecia Susanna e quanta interação elas tiveram.

Mais tarde nesse ano, Benjamin e a igreja que ele pastoreava estabeleceram-se em

Horsleydown, Londres, a qual se transformou em uma grande congregação. Ele foi uma

grande influência e voz para os Batistas Particulares. Juntos, Susanna e Benjamin tiveram

cinco filhas: Elizabeth, Susanna, duas chamadas Rachel, e Rebekah. Elizabeth casou-se

com Thomas Stinton em 1690. A filha Susanna casou-se com Benjamin Stinton (irmão de

Thomas) em 1699. Rebekah casou-se com Thomas Crosby, um historiador Batista.

Susanna e Benjamin Keach foram casados por trinta e dois anos até a morte de Benjamin

em 1704. O genro Benjamin Stinton tornou-se o próximo pastor em Horsleydown, e

Susanna viveu com sua filha Rebekah e o genro Thomas Crosby. Felizmente Crosby

achou por bem colocar alguma descrição dela em sua História dos Batistas Calvinistas

Ingleses:

Ela era uma mulher de piedade extraordinária, que tinha um bom relato de todos;

uma mãe e avó mui terna, e se excedia em algo, era em seu amor e ternura para

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com os seus filhos e netos. Ela morou comigo por muitos anos, e durante o tempo

que eu estive familiarizado com ela, o que foi quase pelos últimos vinte anos de sua

vida, devo dizer que ela caminhou diante de Deus em verdade, e com coração per-

feito, e fez o que era bom aos Seus olhos. Ela vivia em paz, sem mácula e irrepre-

ensível. Seus olhos se desviavam da vaidade, e suas mãos estavam estendida, de

acordo com a sua capacidade, aos pobres e necessitados. Sua veste era a

humildade, e seus adornos, um espírito manso e tranquilo. Sua conversa era reta,

evangélica, sem cobiça, honesta, santa e celestial. Ela, de acordo com a promessa

de Deus, buscava por novos céus e uma nova terra, os quais não se veem, e pelas

coisas que são eternas. Sua confiança não estava na carne; sua alegria estava em

Cristo, e Cristo era seu tudo. Em seus momentos finais, tanta alegria e prontidão a

partir evidenciaram-se, o que fez um ministro reverendo presente, desejar que algum

ateu, ou um deísta estivesse perto, para ver o conforto que ela fruía, e a renúncia

tranquila de si mesma à vontade de Deus; e tal era o seu desejo de partir, que ela

desejou que ele orasse, mas não pela continuação de sua vida.

Susanna morreu em Fevereiro de 1727.

Fontes:

Cockayne, Emily. Hubbub: Filth, Noise and Stench in England 1660-1770. Crosby, Thomas. History of the English Baptists. Vol. 4

Haykin, Michael. The Reflections of a Puritan Theologian on Regeneration and Conversion.

Hicks, Tom. The Evangelical Convictions of Benjamin Keach [Baixe este e-book em Português:

oEstandartedeCristo.com].

Ried, Adam A. BiblicalStudies.org.uk

Skidmore, Warren. Skidmoregenealogy.com

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***

Hanna Kiffin

Hanna Kiffin nasceu por volta de 1615. Kiffin não é seu nome de solteira; este nome eu

não consegui descobrir. Hanna tomou o sobrenome Kiffin quando se casou com William

Kiffin, por volta de 1640. O casamento deles recebe uma passagem de menção nas

memórias de Kiffin:

...Uni-me a uma congregação Independente, com uma resolução, assim que aprouve

a Deus abrir um caminho, a saber, ir para a Nova Inglaterra; sendo que agora cheguei

à idade de 22 anos. Mas a providência de Deus impediu-me, e logo depois aprouve

a Deus conceder-me uma companheira adequada, que era uma comigo em julga-

mento, e se uniu à mesma congregação.

Esta igreja que Hanna pertencia era a igreja Jacob-Lathrop-Jessey [...]. Hanna parece ter

sido uma companheira fiel ao seu marido, a partir do pouco que eu fui capaz de reunir a

partir da autobiografia de Kiffin [...].

William, em seguida, caiu doente. Parecia aos parentes que ele não se recuperaria, de

modo que levaram o seu dinheiro, alegando que teriam que cuidar das crianças quando

ele partisse. Os médicos consultados também não esperavam uma recuperação. Hanna

ouviu falar por um amigo de um certo Dr. Trigg, e convenceu o médico a cuidar do caso.

Kiffin recuperou-se, e o médico recusou-se a ser pago. Isso aliviou William, já que os

parentes não devolveram o dinheiro que tinham tomado depois de sua recuperação.

O dinheiro parece ter sido escasso por um tempo. Por volta de 1643, William Kiffin era um

comerciante, e um líder na igreja Devonshire Square. Ele tivera algum lucro com a venda

de bens na Holanda, mas ele desejava dedicar seu tempo ao estudo da Palavra de Deus,

então, ele optou por não continuar indo para a Holanda. Hanna "também empregou dili-

gentemente a si mesma para conseguir o que podia, para que pudéssemos comer do nos-

so pão, e não fôssemos pesados a ninguém”. Em 1645, no entanto, a situação financeira

não era boa, então Kiffin fez um negócio com um membro da congregação: este membro

levaria as mercadorias até a Holanda para Kiffin. O Senhor abençoou este esforço imen-

samente, e concedeu a Kiffin a liberdade financeira para estudar e dar generosamente.

Juntos, Hanna e William tiveram pelo menos três filhos. Seu filho mais velho William

morreu em 1669 quando ele tinha cerca de 20 anos de idade. Kiffin escreve que isso foi

devastador para eles. Hanna também teria testemunhado a morte de Priscilla, que morreu

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em 1679 aos 24 anos. Seu segundo filho mais velho foi enviado à Itália para melhorar sua

saúde. Enquanto estava lá, ele entrou em uma discussão acalorada sobre assuntos teoló-

gicos, e posteriormente, foi envenenado por um padre católico romano. Enquanto Hanna

não viveu para ver isso, William viu seus dois netos, com idades entre 19 e 22 anos, serem

executados por traição.

Hanna morreu em 6 de outubro de 1682, aos 67 anos. William Kiffin relata:

Aprouve ao Senhor tomar para Si, minha querida e fiel esposa, com quem eu vivi por

quase quarenta e dois anos; cuja ternura para comigo, e fidelidade a Deus, eram tais

que não podem ser expressadas por mim, como ela constantemente simpatizou-se

comigo em todas as minhas aflições. Eu posso realmente dizer que eu nunca a ouvi

pronunciar o mínimo descontentamento sob todas as várias providências que

assistiram a mim ou a ela; ela via a mão de Deus em todas as nossas tristezas, assim

como constantemente me encorajou nos caminhos de Deus: sua morte foi a maior

tristeza que eu alguma vez já tive no mundo.

Fonte:

Kiffin, William, with notes by William Orne. Remarkable Passages in the Life of William Kiffin.

***

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.